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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou novos dados do Censo da Educação Superior 2019. Eles mostram que entre 2018 e 2019, o número de matrículas em cursos tecnológicos cresceu 11,5%, o maior índice entre os graus acadêmicos, incluindo licenciatura e bacharelado. O levantamento ainda revela que com esse aumento de matrículas, os cursos tecnológicos concentram 14,2% do total de estudantes matriculados na graduação.

Ainda de acordo com o Censo, a maioria, (58,1%) cursa a graduação tecnológica por ensino a distância (EaD). Isso significa numericamente que 710.827 alunos usam o EaD como modalidade de estudo. Por outro lado, 41,9% dos alunos de cursos tecnológicos (513.024) optaram pelo ensino presencial, em 2019, entre os cerca de 1,2 milhão de estudantes desse grau acadêmico.

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De acordo com o Inep, os números mostram uma tendência de crescimento do enisno a distância. A pesquisa mostra também que, entre as 16.425.302 vagas disponíveis para a graduação, em 2019, 63,2% (10.395.600) foram ofertadas na modalidade a distância.

Dos matriculados nos cursos tecnológicos, 85,9% frequentam a rede privada, na qual 66% cursam a graduação na modalidade EaD. Apenas 14,1% do total de estudantes de cursos tecnológicos são de instituições públicas de ensino, assim, a maioria dos estudantes das redes públicas de ensino superior cursa graduação presencialmente. . Em relação às categorias administrativas das instituições de ensino, a rede estadual se destaca com mais da metade (91.462) das mais de 173 mil matrículas na rede pública.

Já quando se trata das áreas dos cursos com maior número de alunos matriculados, considerando todas as redes de ensino, o censo revelou uma concentração na área de negócios, administração e direito (55,8%), seguida por computação e tecnologias de informação e comunicação (16%) e serviços (12,9%).

Dados do Censo da Educação Superior 2019 mostraram que, em dez anos (de 2010 a 2019), 40% dos estudantes de graduação no Brasil concluíram os cursos nos quais iniciaram a formação. Os dados também mostraram uma taxa de desistência acumulada na casa dos 59% para o mesmo período. Ainda segundo os indicadores de fluxo revelados pelo levantamento, 1% dos estudantes permanece no curso iniciado uma década antes. 

Na rede privada, 37% dos estudantes que entraram na graduação em 2010 concluíram o curso até 2019. Já na rede federal, o percentual é de 46% e a rede estadual tem o melhor índice: 52% de concluintes entre 2010 e 2019. A produtividade nos cursos de graduação, no recorte por gênero, se mostrou maior entre as mulheres. Elas correspondem a 43% dos concluintes, e os homens, a 35%.   

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Os dados do censo foram divulgados na última sexta-feira (23). Por meio deles, é possível acompanhar os índices de conclusão, desistência ou permanência dos estudantes, em um curso, ao longo do tempo. Comparando o ensino presencial e a distância, o Censo mostrou percentuais de aproveitamento muito próximos: 40% dos ingressantes em cursos presenciais concluíram a graduação, frente a 36% dos alunos de cursos remotos. 

No que diz respeito ao financiamento dos cursos, 61% dos estudantes que fizeram seus cursos com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concluíram a graduação. Quando comparamos o número com o percentual de alunos da rede privada que não contam com o apoio do Fies, a taxa de conclusão é de 36%. No Programa Universidade Para Todos (Prouni), 59% conseguem concluir a graduação, contra os mesmos 36% que não fazem parte do programa. Para conferir os dados completos do Censo da Educação Superior 2019, acesse o site do Ministério da Educação (MEC)

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O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta sexta-feira (23), o Censo da Educação Superior 2019. De acordo com as informações, o ensino a distância mostrou um crescimento significativo nos últimos anos.

Em 2019, 63,2% (10.395.600) das vagas ofertadas foram EAD, entre as 16.425.302 oportunidades disponíveis para o nível de ensino. O censo mostra ainda que, em 2019, pela primeira vez na história, o número de ingressantes em cursos de EAD ultrapassou a quantidade de estudantes que iniciaram a graduação presencial, na rede privada. Ao todo, 50,7% (1.559.725) dos alunos que ingressaram em instituições privadas optaram por cursos a distância. Em contraponto, 49,3% (1.514.302) dos estudantes escolheram ingressar na educação superior de modo presencial.

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Entre os anos de 2009 a 2019, o levantamento aponta que o número de matrículas em cursos a distância aumentou 378,9%. Ingressantes em cursos de EAD correspondiam a 16,1% do total de calouros, em 2009. Em 2019, esse público representa 43,8% do total de estudantes que inicia a educação superior. Também houve um aumento de 17,8% dos que optaram por cursos presenciais para iniciar a graduação. 

Ainda segundo a pesquisa, há 2.608 instituições de educação superior no Brasil. Dessas, 88,4% (2.306) são privadas e 302, públicas. O Censo da Educação Superior mostra ainda que a rede privada ofertou 94,9% do total de vagas para graduação, em 2019, enquanto a rede pública disponibilizou 5,1% das oportunidades.

Os dados também revelam que mais de 6,3 milhões de alunos estudam em instituições particulares, totalizando uma participação de 75,8% do sistema de educação superior. De uma forma mais descomplicada, a cada quatro estudantes de graduação, três frequentam estabelecimentos de ensino privados.

Configuração – A rede privada é composta, em sua maioria, por faculdades, totalizando 83,8% dos estabelecimentos. Das públicas, 43,7% (132) são estaduais; 36,4%, federais (110); e 19,9%, municipais (60). O censo mostra ainda que a maioria das universidades é pública (54,5%). Em relação às instituições federais, 63,5% são universidades, enquanto 36,5% são Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets).

Vagas ocupadas e remanescentes – Em 2019, a rede federal teve mais de 90% de ocupação das novas vagas oferecidas. De acordo com o Inep, trata-se do maior índice entre as diferentes categorias administrativas. Em contraponto, mais de 87 mil vagas remanescentes (71,6%) não foram preenchidas nessa mesma rede de ensino. Já as instituições estaduais tiveram o maior percentual de preenchimento desse tipo de oportunidade: 33%.

Graus acadêmicos – Ao todo, 40.427 cursos de graduação foram oferecidos, em 2019, entre bacharelados, licenciaturas e cursos superiores em tecnologia. Do total, 88,7% (35.898) são presenciais e 11,3% (4.529), a distância. O bacharelado predomina entre os graus acadêmicos ofertados (60,4%). Vale destacar que bacharelandos optam, em sua maioria, pela modalidade presencial. Já no EAD, o predomínio é de estudantes de licenciatura. Os cursos de bacharelado também continuam concentrando a maioria dos ingressantes da educação superior (57,1%), seguidos pelos tecnológicos (22,7%) e pelos de licenciatura (20,2%). Entre 2018 e 2019, houve um aumento de 3,1% no número de ingressantes no grau de bacharelado. Já os cursos de licenciatura registraram uma alta de 3,5% nesse mesmo período. Por outro lado, destacaram-se os cursos de grau tecnológico, que apresentaram a maior variação positiva, com 14,1% de ingressantes em 2019. Na década (2009 a 2019), o grau tecnológico registrou o maior crescimento percentual: 132,5%.

Financiamentos e bolsas – O Censo da Educação Superior mostra que quase metade dos alunos matriculados na rede privada (45,6) conta com algum tipo de financiamento ou bolsa. Desses, 20% correspondem ao Programa Universidade Para Todos (Prouni); 19%, ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies); e 61%, a outros tipos de auxílio.

Professores – Ao todo, 386.073 docentes atuam na educação superior no Brasil. Desses, 54,3% são vinculados a instituições privadas e 45,7%, ao sistema público de ensino. Do total de professores, 37,5% (144.874) possuem mestrado e 45,9% (177.017), doutorado. Nesse sentido, os dados mostram que a meta 13 do Plano Nacional de Educação (PNE) foi alcançada. A diretriz educacional estabelece, como objetivo, a ampliação da “proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores”. Os resultados refletem a melhoria da qualificação dos docentes que atuam na educação superior no Brasil.

De acordo com o Censo da Educação Superior 2019, a presença de docentes com doutorado nos cursos de licenciatura é de 59,9%, enquanto os cursos de bacharelado e superiores em tecnologia registram 55,1% e 31,9% de doutores no corpo docente, respectivamente. O levantamento também mostrou que a maioria dos professores de cursos presenciais é composta por profissionais com doutorado. Já na modalidade de EaD, a maior parte é de mestres. Nos cursos presenciais, 88,1% dos docentes possuem mestrado ou doutorado. Em contraponto, nos cursos a distância, esse percentual é de 89,2%.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou o prazo para a coleta de dados do Censo da Educação Superior (Censup). A declaração das informações, referentes ao ano de 2019, agora podem ser realizadas até o dia 5 de junho, por parte dos responsáveis nas instituições. A decisão foi tomada devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19. 

Diante disso, o Censup continuará recebendo o preenchimento dos dados da primeira etapa da coleta. O diretor de estatísticas educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno, responsável pela pesquisa, ressalta a importância da declaração das informações. “Um bom sistema de informação ajuda os governos e a sociedade a buscar soluções para os problemas revelados pelas evidências empíricas. Essa constatação ganha ainda mais relevo em uma emergência como a que vivemos”, Eduardo ainda acrescenta que “é preciso informações relevantes e fidedignas para orientar as políticas para o período pós-pandemia. O Censo da Educação Superior será uma fonte de dados vital para o sucesso dessas políticas”, completa, segundo informaçõess divulgadas pelo Inep.

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Vale ressaltar que o preenchimento dos dados é atribuição do pesquisador institucional, representante da instituição junto ao Inep. O pesquisador que responde aos questionários eletrônicos do Sistema Censup verifica e corrige possíveis inconsistências dos dados declarados, além de responder no limite de suas atribuições questionamentos do instituto referentes ao Censo da Educação Superior.

Confira abaixo o novo cronograma divulgado pelo Inep: 

- Período de coleta dos dados declarados no Sistema Censup 2019 Representante legal e pesquisador institucional: 20/01/ a 05/06

- Período de verificação da consistência, conferência, ajustes, validação dos dados coletados e envio das justificativas de dados inconsistentes Representante legal e pesquisador institucional: 08/06 a  26/06

- Período de análise e respostas às justificativas de dados inconsistentes Inep: 29/06 a 10/07

- Período de ajustes dos dados conforme as orientações do Inep Representante legal e pesquisador institucional: 13/07 a 31/07

- Período de consolidação e homologação dos dados Inep: 03/08 a 04/09

- Período de preparação dos dados Inep: 08/09 a 16/10

- Divulgação do Censo Superior Inep: 23/10/2020

Os dados do Censo da Educação Superior, que trazem números relativos ao ano de 2018, foram divulgados nesta quarta-feira (11). Houve um crescimento de 5,4% no número de formandos brasileiros, o que significa que 1.264.288 estudantes concluíram os estudos no ano passado. Do total, cerca de um milhão se formaram em instituições privadas de ensino, enquanto menos de 260 mil receberão seus diplomas de universidades públicas.

O número de formandos acompanhou o aumento da quantidade de ingressantes, uma vez que 2018 registrou 6,8% mais alunos ingressantes que o ano anterior. Outra mudança significativa está na oferta de cursos na modalidade de ensino a distância, que aumentou 27,9%, enquanto os cursos presenciais registraram queda de 3,7% no mesmo período. 

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O censo também avalia a taxa de estudantes que concluem os cursos no tempo regular. Foi constatado que somente 33% dos estudantes que ingressaram em 2010 conseguiram concluir os cursos no tempo regular. A taxa de conclusão do curso, isto é, o percentual de estudantes matriculados que se formam, também é de 33%. Comparado a outros países, o Brasil se sai melhor que Portugal (29%), Holanda (28%) e Áustria (26%), que apresentam índices próximos. 

Mais informações podem ser encontradas no portal do Censo da Educação Superior.

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Desde a última atualização da regulamentação da educação a distância no Brasil, por meio do decreto nº 9.057/2017, os números de vagas e ingressos na modalidade Ensino a Distância (EAD) vêm alcançando índices cada vez maiores no que diz respeito ao ensino superior. De acordo com último Censo da Educação Superior no Brasil, referente ao ano de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), das 13,5 milhões de vagas oferecidas, 7,1 milhões foram para os cursos EAD.

Esta é a primeira vez na história que o ensino nesta modalidade supera as vagas presenciais. Especialistas indicam que o crescimento reflete os novos conceitos da educação na modernidade. No mesmo período, o oferecimento de cursos também teve um salto de 50% em comparação ao ano de 2017. Dentre as formações mais disputadas, pedagogia está em primeiro lugar, tanto nas instituições privadas quanto nas públicas.

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O Censo na prática

Dayanna Ximenes, gerente acadêmica do grupo Ser Educacional, explica que o motivo principal do progresso nos cursos de graduação a distância. Segundo ela, os alunos estão cada vez mais procurando uma metodologia que seja mais acessível, tanto partindo da perspectiva financeira quanto de tempo. “As vagas em EAD estão sendo ampliadas porque a gente sabe que a tendência do aluno hoje é procurar uma maneira mais acessível para estudar. O cursos EAD têm um custo mais baixo e oferecem mais flexibilidade de horários e de tempo. Então, o EAD atrai muito o estudante para esse tipo de metodologia, que de fato é uma metodologia que vem dando certo”, avalia. Além dos pontos financeiros e de flexibilidade de tempo, Dayanna coloca que a credibilidade do curso EAD, sendo reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), é um diferencial para a escolha do estudante.

Nas universidades privadas é onde estão concentradas a maior oferta de graduação EAD. São mais de 7 milhões de vagas, incluindo as de programas especiais e remanescentes. Ainda segundo Dayanna, a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau concede 50 cursos de graduação a distância, nos quais os que têm mais matrículas são os de farmácia, engenharias e arquitetura. “Mesmo sendo mais práticos, esses cursos têm tido um crescimento maior do que os demais. A qualidade que é oferecida no ensino é fundamental para manter o estudante no curso”, acrescenta.

Um outro curso a distância que está dentre as opções na UNINASSAU é o de marketing, em que o estudante Felix Bento, 33, estuda. O graduando que está no quarto e último período do curso e considera que a modalidade EAD não é muito diferente da presencial, exceto pela metodologia. De acordo com o rapaz, o tipo de estudo vem proporcionando-lhe uma maior capacidade de análise crítica. “Estudando a distância, eu me torno um estudante com uma postura mais ativa, ou seja, eu mesmo sou o responsável por buscar os conteúdos e absorvê-los. Esse fator eu vejo como um diferencial para que eu possa me tornar um profissional mais qualificado. Além de que, com o EAD, eu posso organizar a minha programação e conciliar os estudos com o meu trabalho”, analisa. 

O número de ingressantes em 2018 também é destaque do Censo que revelou um aumento de 7% com relação ao ano anterior. Ou seja, mais de 3 milhões de alunos que podem ter o perfil de Felix começaram a estudar a distância. No modelo presencial, contudo, nos últimos 5 anos, os ingressos nos cursos de graduação diminuíram 13%.

Mais de 90 instituições públicas ofertam hoje cursos a distância no país, inclusive as do Estado de Pernambuco. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conta com cinco cursos EAD, sendo os de ciências contábeis e letras os mais procurados. Fábio de Souza, que responde pelos cursos EAD na UFPE, diz que os cursos possibilitam que os estudantes oriundos dos municípios do interior possam cursar a graduação. As oportunidades estão espalhadas em 18 polos de apoio, do Litoral ao Sertão.

Assim como Dayanna, Fábio acredita que a adaptação do tempo ao modelo de ensino a distância facilita na dedicação do aluno ao curso. “O estudante vai adaptar o seu tempo para que ele possa se dedicar ao curso, o que permite, por exemplo, que ele consiga trabalhar e realizar outras atividades no seu tempo livre. Outro fator é a oportunidade de estudar mesmo estando em outra cidade, o que possivelmente eles não conseguiriam ter acesso da forma presencial”, completa.

Em coletiva de imprensa para apresentar os dados do Censo da Educação Superior de 2018, o ministro da Educação Abraham Weintraub descartou a possibilidade de instabilidades na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que chamou de "terrorismos". As provas estão previstas para os dias 3 e 11 de novembro deste ano. Total de inscritos ultrapassa os 5 milhões. 

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O ministrou falou sobre especulações com relação a aplicação das provas, que segundo ele, não se materializam "Eu diria que as reportagens que incitavam um certo 'terrorismo' nos 5 milhões de brasileiros que vão fazer o Enem, não estão se materializando. No começo de novembro vai o Enem, faltam 45 dias e tudo está absolutamente correndo normal, perfeitamente. Então, continuamos tranquilos e otimistas para o evento do Enem" declarou o chefe da pasta. 

Abraham Weintraub aproveitou para elogiar a aplicação Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2019, bem como a elaboração dos resultados do Censo da Educação, que para ele, ambos foram executados com sucesso. O Encceja, inclusive, foi usado como exemplo pelo ministro para reiterar o trabalho feito pelo Inep e o MEC, que nas palavras dele, foi desenvolvido sem nenhum incidente.

Desistências no ensino superior

Um ponto chamado atenção pelo ministro foi o elevado grau de desistência dos estudantes que ingressam no ensino superior. Conforme analisou o Censo da Educação, 56,8% dos alunos desistiram dos cursos, seja na rede pública ou privada. Nas instituições privadas foram identificados o maior número de evasão com 59,9%, em seguida as universidades federais com 47,6%. Realidade foi classificada pelo ministro como "ineficiência". 

"Qualquer atividade econômica (e o ensino é uma atividade econômica quando ele é público), ele tem que ter critérios de eficiência. A gente é muito eficiente aqui no Brasil, aonde mais da metade dos ingressantes desistem ao longo do curso. Sendo que há também um elevado grau de pessoas que ficam muito mais tempo que o necessário para concluir o curso. Então são duas claras de ineficiência e desperdício", analisou.

 

 

 

Pela primeira vez na história brasileira, o número de vagas oferecidas para o ingresso no Ensino Superior à Distância (EAD) supera as da modalidade presencial. Avaliação foi feita pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quinta-feira (19), durante a coletiva de imprensa para a apresentação dos dados do Censo da Educação Superior 2018, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Do total das 13,5 milhões de vagas, 7,1 milhões são referentes às vagas EAD.

As instituições da rede privada de ensino superior concentram a maior quantidade de vagas EAD, que somam no total 5.737.142, enquanto nas universidades públicas, o número é menor, totalizando 108.801. De acordo com o Diretor de Estatísticas Educacionais, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, essa diferença no número de vagas se dá pela própria estrutura das rede privada. A rede privada de ensino superior também detém a maior parte das universidades que oferecem cursos EAD, com 244 instituições. Na rede pública, 99 universidades ofertam cursos na mesma modalidade. 

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Esse aumento é classificado pelo diretor como um fenômeno na educação superior brasileira, visto que no geral, a modalidade EAD avaçou em 50,7% só no ano de 2018.

No que se refere ao número de ingressos, os cursos de graduação a distância cresceu 40% no último ano, com maior concentração nos cursos de bacharelado. Nos cursos presenciais houve uma queda de 13% nos últimos cinco anos.

Vaga remanescentes

O número de vagas remanescentes, que são as vagas que não foram preenchidas pelos alunos aprovados nas instituições, o Censo da Educação Superior mostrou que as instituições públicas são as que mais preenche vagas com 30,6%, mas no que diz respeito as vagas remanescentes os números são bem inferiores, representando 11,3. Refere-se a rede pública, as universidades federais, estaduais e municipais. 

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quinta-feira (20) a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) Transferência. A notícia foi dada em Brasília, durante a divulgação dos dados do Censo da Educação Superior 2017. A novidade, de acordo com a pasta, tenta combater a baixa ocupação de vagas remanescentes em universidades públicas.

O Censo revelou que no ano passado foram oferecidas mais de 10,7 milhões de vagas em cursos de graduação, das quais, 73% eram novas oportunidades. Dessas novas, 90% foram preenchidas em universidades geridas pelo governo federal. No entanto, quando o Censo analisa as remanescentes, o resultado, para o MEC, não é satisfatório.

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Segundo conclusão do Censo, 99 mil vagas remanescentes disponibilizadas ano passado, mais as oportunidades oferecidas em anos anteriores, chegam a um número de 2,8 milhões. “Entretanto, 70% dessas vagas remanescentes não foram preenchidas, impedindo que um grande universo de estudantes frequente uma universidade federal sem qualquer custo extra ao Governo”, identificou o MEC.

Para o ministro da Educação Rossieli Soares, o não preenchimento das vagas remanescentes causa malefícios aos cofres federais. “Estas vagas ociosas representam um verdadeiro desperdício de dinheiro público, que vem sendo acumuladas há anos. Com certeza, temos muitos estudantes que sonham em estudar em uma universidade pública, mesmo tendo algum tipo de bolsa ou financiamento em instituição privada”, declarou, conforme informações do site do MEC. 

O Ministério explicou ainda alguns fatores que seriam decisivos para o não aproveitamento das vagas remanescentes. “A alta taxa de desistência nos cursos de graduação, principalmente em cursos de licenciatura, é uma das causas da ampliação de vagas remanescentes. Outro fenômeno está diretamente relacionado ao formato do Sistema de Seleção Unificada, que permite ao participante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) encontrar o curso possível com a nota alcançada, mesmo que em uma unidade da federação distante de sua residência. O que por um lado promove o acesso, por outro pode estar aumentando o abandono dos cursos quando o mesmo estudante consegue uma opção que considera mais adequada”, analisou o MEC. 

Outra análise traz um recorte referente aos institutos federais. De acordo com o Ministério da Educação, dos 329 mil estudantes que ingressaram nessas instituições de ensino, um quinto participou do Enem de novo, mesmo já estando matriculado. O diretor de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Eduardo Moreno Sampaio, afirma que essas mudanças intensificam as desistências.

“Essa é uma evidência de que esses alunos buscam mudar de curso ou instituição, fenômeno que potencializa a desistência do curso e a criação de mais vagas remanescentes”, disse o diretor de estatísticas educacionais.

Apesar do anúncio do Sisu Transferência, o MEC ainda não tem mais detalhes sobre como a nova modalidade funcionará. Ao LeiaJá, a assessoria de imprensa do Ministério adiantou que a proposta ainda será discutida com as instituições de ensino, assim como os critérios seletivos serão definidos. 

Direito, pedagogia e administração são os maiores cursos de graduação do país em número de alunos, de acordo com o Censo da Educação Superior 2017, divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Juntos, esses cursos representam mais de um quarto das matrículas, 27,4%.

Pelo menos desde 2009, esses cursos lideram a lista de mais procurados tanto em número de matrículas quanto em ingressantes e concluintes. Do total das matrículas vigentes em 2017, 10,6% são em direito; 8,6% em pedagogia; e 8,2% em administração.

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Segundo o censo, no total, o ensino superior tem cerca de 8,3 milhões de estudantes em cursos de graduação. A maior parte dos estudantes está matriculada em instituições de ensino privadas, com 75,3% das matrículas. Ao todo, 6,5 milhões estão matriculados em cursos presenciais e, cerca de 1,8 milhões, em cursos a distância.

Consideradas apenas as licenciaturas, que formam professores para atuar nas salas de aula, pedagogia foi o curso mais procurado. Ao todo, as licenciaturas representam 19,3% das matrículas no ensino superior. Dessas, 44,7% são em pedagogia.

O curso é seguido por formação de professor de educação física, com 11,7% das matrículas em licenciaturas; formação de professor de matemática, com 6%; formação de professor de história, 5,7%; formação de professor de biologia, 5,3%; e formação de professor de português, 5%.

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As universidades federais do País têm até o próximo dia 15 de maio para fazer a conferência, promover ajustes e validar as informações no Censo da Educação Superior de 2014. O levantamento estatístico fica a cargo de cada gestor das instituições de ensino superior. Ao longo desta semana, especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) vão conferir a consistência das informações passadas pelas universidades.

O Censo da Educação Superior reúne dados de cursos superiores presenciais, a distância e sequenciais, tais como número de vagas ofertadas, matrículas, ingressantes e concluintes. As alterações e mais informações podem ser feitas e obtidas pelo sistema do Censo da Educação Superior na internet

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O Ministério da Educação (MEC) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (4), a criação do Sistema de Consulta de Graduados (SCG). O intuito é disponibilizar informações declaradas ao Censo da Educação Superior por instituição de nível superior pertencente aos sistemas federal e estadual de ensino.

As informações referem-se à conclusão de curso superior de graduação por seus egressos, a partir do ano de 2010. Segundo o DOU, os detalhes informativos que constarão no sistema são nome completo do aluno, nome da instituição que ofereceu o curso, denominação da graduação concluída, detalhamento sobre o grau de curso finalizado e ano de conclusão da qualificação.

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De acordo com o DOU, para preservar a intimidade do egresso consultado, o acesso às informações apenas será feito mediante a digitação no SCG do nome completo ou CPF, nome da instituição que ofertou o curso superior e nome completo da mãe do estudante. Confira outros detalhes sobre o SCG no Diário.

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