Tópicos | central nuclear

A central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, ocupada pelas forças russas e alvo recente de bombardeios, foi reconectada à rede de energia elétrica nesta sexta-feira (26), um dia depois de ter sido desconectada, anunciou a operadora ucraniana.

"Um dos reatores da central de Zaporizhzhia interrompidos na quinta-feira foi reconectado à rede elétrica hoje, sexta-feira, às 14H04 (8H04 de Brasília)", informou a operadora Energoatom.

A empresa afirmou que os sistemas de segurança funcionam de maneira normal.

O reator reconectado "produz energia elétrica para as necessidades da Ucrânia", acrescentou a Energoatom. "O aumento da potência está acontecendo".

"Os trabalhadores da central de Zaporizhzhia são autênticos heróis, que garantem a segurança nuclear da Ucrânia e de toda Europa", comentou a operadora.

A Ucrânia anunciou na quinta-feira que a central, que fica na região sul do país, havia sido "totalmente desconectada" da rede elétrica, pela primeira vez em sua história, porque as linhas elétricas haviam sido danificadas.

Zaporizhzhia é objeto de preocupação desde que foi ocupada pelas forças russas no início de março, poucos dias após o começo da ofensiva contra a Ucrânia (24 de fevereiro).

Um prédio administrativo sofreu um incêndio, mas os edifícios dos reatores parecem intactos: a AFP visitou no domingo a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Ucrânia e da Europa, que provocou alarme na comunidade internacional depois que foi tomada pelo exército russo.

As forças de Moscou tomaram em março o controle da central, que fica na cidade de Energodar, sul da Ucrânia, separada pelo rio Dniepr da capital regional Zaporizhzhia, sob controle ucraniano.

Os confrontos na área provocaram o temor na comunidade internacional de uma catástrofe nuclear similar a que aconteceu em 1986 em Chernobyl.

Durante uma visita da imprensa organizada pelo exército russo, a AFP observou os danos: a fachada de um prédio administrativo que era o centro de treinamento dos funcionários da central foi afetado pelas chamas e várias janelas estavam quebradas.

Mas não foram observados sinais de tiros ou bombardeios nos seis cubos de cúpula vermelha que contêm os reatores, que começaram a ser construídos na década de 1980.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia Atômica considerou "preocupante" a situação na central de Zaporizhzhia, a qual seus funcionários não conseguem ter acesso desde que passou a ser controlada por Moscou.

A central "funciona normalmente, de acordo com as normas nucleares, radioativas e ambientais", afirmou o general Valeri Vassiliev, especialista em questões nucleares e químicas enviado por Moscou para coordenar a segurança do local.

Mas não está claro como o local mantém o funcionamento com os empregados ucranianos.

A AFP não conseguiu conversar com nenhum funcionário da central e não foi possível estabelecer o grau de coordenação entre eles e os novos chefes.

Antes da ofensiva russa na Ucrânia, a central tinha capacidade de 5.700 megawatts, suficiente para cobrir mais de 20% das necessidades de energia elétrica do país.

Em meio à guerra na Ucrânia, a situação das centrais nucleares tomadas pelos russos continua a preocupar não apenas o país, mas toda a Europa.

Nesta quarta-feira (9), o ministro da Energia, Herman Halushchenko, usou sua página nas redes sociais para acusar a Rússia de torturar os funcionários da central nuclear de Zaporizhzhia, localizada em Enerhodar, e que foi tomada pelas forças militares russas na última sexta-feira (4).

##RECOMENDA##

A planta é a maior usina nuclear da Europa.

"As forças de ocupação russas torturam os funcionários da central nucelar. Segundo informações em nossa pose, os ocupantes obrigaram os diretores a publicar uma mensagem para usá-la com fins propagandísticos. Os funcionários da central nuclear de Zaporizhzhia estão reféns há quatro dias", escreveu o titular da pasta.

Ainda conforme Halushchenko, há cerca de 500 militares e 50 unidades de equipamentos pesados russos na parte interna da central.

"O pessoal está física e psicologicamente exausto. Fazemos um apelo aos nossos parceiros internacionais para que tomem todas as medidas para a retirada das forças de ocupação russa dos objetivos militares conquistados e fechem o espaço aéreo da Ucrânia", escreveu ainda.

Por conta da situação de guerra, não é possível checar de maneira independente se as declarações do ministro representam a realidade. A Rússia, por usa vez, afirmou que está adotando todas as medidas de segurança das plantas nucleares na Ucrânia e que tudo funciona normalmente.

"Tendo uma indústria nuclear desenvolvida, a Rússia está plenamente consciente dos potenciais riscos das infraestruturas nucleares e está fazendo o máximo para garantir a adequada segurança das plantas nucleares da Ucrânia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, à agência Tass.

Chernobyl 

Já em Chernobyl, tomada pelas forças russas em 25 de fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta segunda-feira (8) que perdeu contato sobre os dados de radiação emitidos pelo local, palco de uma das maiores tragédias nucleares do mundo em 1986.

Após o alarme, a instituição ainda afirmou que conseguiu detectar que a usina foi completamente paralisada nesta quarta, mas que "não há nenhum impacto crítico sobre a segurança" neste momento.

Porém, a empresa estatal ucraniana Energoatom emitiu um alerta nesta quarta em que afirma que há o risco de um lançamento de substâncias radioativas em Chernobyl por conta da paralisação.

Em linha com a estatal, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que essa perda de radioatividade pode acontecer "dentro de 48 horas" porque essa é a capacidade dos geradores armazenarem diesel para manter os sistemas de resfriamento funcionando.

"Sucessivamente, os sistemas de resfriamento da planta de estocagem do combustível nuclear pararão, tornando iminentes as perdas de radiação. A bárbara guerra de [Vladimir] Putin coloca em perigo toda a Europa. Deve ser parado imediatamente", postou Kuleba.

A AIEA, por sua vez, afirmou que os cerca de 210 funcionários de Chernobyl estão trabalhando ininterruptamente há 13 dias.

"Estou muito preocupado com a situação difícil e estressante que os funcionários da usina nuclear de Chernobyl enfrentam e os riscos potenciais que isso acarreta para a segurança nuclear. Apelo às forças no controle efetivo do local para facilitar urgentemente a rotação segura das equipes, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em comunicado.

A usina de Chernobyl registrou uma explosão no reator quatro entre os dias 25 e 26 de abril de 1986, provocando um dos maiores acidentes nucleares já registrados e que têm consequências até hoje, com uma zona de exclusão por conta do risco de radiação.

Da Ansa

Seis jovens japoneses apresentaram nesta quinta-feira (27) uma ação coletiva contra a central nuclear de Fukushima, alegando um vínculo entre o câncer de tireoide que sofrem e sua exposição à radiação, após a catástrofe de março de 2011.

Hoje com idades entre 17 e 27 anos, os demandantes eram menores à época e moravam na região de Fukushima, quando um forte terremoto no nordeste do Japão provocou um gigantesco tsunami que resultou no desastre nuclear.

Os advogados do grupo compareceram nesta quinta-feira a um tribunal de Tóquio para apresentar a ação coletiva, a primeira do tipo iniciada pelos habitantes da região. Dezenas de simpatizantes da causa se reuniram na frente da corte para manifestar seu apoio.

No total, eles pedem à empresa Tokyo Electric Power Company (TEPCO), operadora da central, uma indenização de 616 milhões de ienes (5,4 milhões de dólares), afirmou Kenichi Ido, um dos advogados.

As autoridades não reconhecem a existência de um vínculo entre a exposição à radiação de Fukushima e o câncer de tireoide.

Um relatório da ONU publicado no ano passado afirma que, uma década depois do desastre nuclear, "não foi documentado qualquer efeito nefasto para a saúde dos habitantes".

O aumento dos casos de câncer de tireiode entre crianças expostas à radiação pode ser resultado de melhores diagnósticos, destacou o Comitê Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atômica.

Os advogados dos jovens alegam, contudo, que nenhum caso de câncer entre o grupo é hereditário e que é muito provável que a doença tenha sido causada pela exposição à radiação.

"Alguns demandantes têm dificuldades de avançar no ensino superior e de encontrar empregos e até desistiram dos sonhos para o futuro", disse Ido.

- Medo -

"Demoramos dez anos para apresentar a ação, porque tínhamos medo de discriminação", caso levantássemos nossa voz, disse uma das demandantes.

"Era uma criança quando me disseram que tinha câncer e não tinha dinheiro para os gastos judiciais", acrescentou.

Sem conter as lágrimas, a jovem recordou o dia em que recebeu o diagnóstico: "Disseram claramente que não havia qualquer vínculo com o acidente".

Os demandantes tinham entre seis e 16 anos no momento do acidente nuclear e foram diagnosticados com câncer de tireoide entre 2012 e 2018.

Quatro foram submetidos a uma ablação total desta glândula e devem seguir um tratamento de reposição hormonal por toda vida, informou o advogado Ido. Os outros dois passaram por uma ablação parcial da tireoide.

Em 11 de março de 2011, um potente terremoto desencadeou um gigantesco tsunami que provocou a fusão dos núcleos dos três reatores da central Fukushima Daiichi, liberando importantes quantidades de radiação no ar que depois vazaram para o solo e para a água.

A tragédia deixou 18.500 mortos, ou desaparecidos, a maioria por causa do tsunami. Foi o pior desastre nuclear desde Chernobyl em 1986, depois do qual foram detectados muitos casos de câncer de tireoide.

Até junho de 2021, o departamento de Fukushima registrou 266 casos, ou suspeitos, de câncer de tireoide infantil.

"Quando o documento do processo chegar, vamos examinar com sinceridade depois de ler com atenção os detalhes", declarou à AFP o porta-voz da empresa TEPCO, Takahiro Yamato.

"Seguimos expressando nossas sinceras desculpas pelos problemas causados à população pelo acidente", completou.

A única central nuclear do Irã, localizada na cidade de Bushehr (sul), foi fechada nesta segunda-feira por "alguns dias" após uma "falha técnica" de natureza não especificada, informou a Organização de Energia Atômica do Irã (OIEA).

"Após uma falha técnica na central Bushehr (...) foi paralisada temporariamente e desconectada da rede elétrica nacional", afirma a OIEA em um comunicado.

"Naturalmente, depois de corrigida a falha técnica, a central voltará a ser conectada à rede elétrica nacional", completa o texto.

Equipada com um reator de 1.000 MW, a central foi construída pela Rússia e iniciou as operações em 2013.

Bushehr é um porto no Golfo, mais próximo das capitais de várias monarquias da Península Arábica que de Teerã. A central, construída em uma área na qual os terremotos são frequentes, preocupa estes países.

Os países árabes do Golfo vizinhos do Irã já expressaram em várias oportunidades a preocupação com a confiabilidade da central e o risco de vazamentos radioativos em caso de um grande terremoto.

Em abril, a região de Bushehr foi abalada por um terremoto de 5,8 graus de magnitude, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), que deixou cinco feridos, de acordo com a imprensa estatal iraniana.

"Todas as instalações, equipamentos e edifícios da central nuclear de Bushehr estão em perfeito estado e suas atividades não foram interrompidas pelo terremoto", afirmou na ocasião o departamento de Relações Públicas da central, citado pela agência oficial Irna.

- 20 centrais nucleares -

De acordo com a empresa nacional de distribuição de energia elétrica, a central de Bushehr passa por trabalhos de "reparo", de natureza não revelada e que podem prosseguir até o fim de semana (sexta-feira no Irã).

A empresa pediu aos iranianos que limitem o consumo para não saturar a rede durante o período de muito calor.

Em maio, Teerã e várias cidades iranianas sofreram apagões, que a imprensa local atribuiu à seca que afetou a geração de energia elétrica, assim como à mineração de criptomoedas, uma atividade que consome muita energia elétrica.

O então presidente Hassan Rohani anunciou em maio que a mineração de criptomoedas estava proibida até o fim do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil).

Em 2016, empresas russas e iranianas começaram a construir outros dois reatores de 1.000 MW em Bushehr.

O país, grande produtor de petróleo e gás, deseja construir até 20 centrais nucleares para diversificar seus recursos energéticos e depender menos dos combustíveis fósseis para o consumo interno.

Após anos de tensões por seu polêmico programa nuclear, O Irã assinou um acordo em 2015 com a comunidade internacional

O pacto oferecia à República Islâmica um alívio das sanções ocidentais e da ONU em troca do compromisso de que o país não desenvolveria armas atômicas e de uma drástica redução de seu programa nuclear, sob rígido controle das Nações Unidas.

Mas o acordo foi prejudicado em 2018 pela decisão do ex-presidente americano Donald Trump de abandonar o pacto e restabelecer as sanções de Washington.

Atualmente, negociações estão em curso em Viena para tentar salvar o acordo com o retorno dos Estados Unidos.

Algumas barras de combustíveis danificadas provocaram um acúmulo de gases radioativos na central nuclear de Taishan, informaram nesta quarta-feira (16) as autoridades chinesas, que descartaram qualquer perigo.

O canal de televisão americano CNN informou na segunda-feira um possível "vazamento" nesta central, que fica no sul da China e possui os únicos reatores EPR de última geração, um projeto que funciona com água pressurizada, que estão em funcionamento no mundo.

Até o momento, Pequim havia relativizado os riscos e afirmado que os níveis de radioatividade na central eram normais.

Nesta quarta-feira, o ministério chinês do Meio Ambiente e a Autoridade de Segurança Nuclear apresentaram as primeiras explicações técnicas.

Em um comunicado conjunto, as duas entidades admitiram um aumento da radioatividade no interior de um dos reatores, provocada "por cinco barras de combustíveis danificadas".

O fenômeno foi considerado "comum" pelas autoridades, devido a "fatores incontroláveis" durante os processos de fabricação, transporte ou instalação na central.

As barras de combustível contêm pastilhas de urânio e proporcionam a energia que permitem o funcionamento de um reator nuclear.

O aumento da radioatividade na central está "no parâmetro regulamentar" e "não há vazamento" no meio ambiente, afirma o comunicado.

A empresa francesa EDF, que tem 30% do pacote acionário da central de Taishan ao lado da operadora chinesa CGN, informou na segunda-feira a presença de "gases raros" no circuito primário de um reator.

O início da operação dos reatores EPR de última geração sofreu atraso em projetos europeus similares no Reino Unido, França e Finlândia.

Um terremoto atingiu, nesta sexta-feira (27), uma região do sudoeste do Irã, a menos de 50 km da usina nuclear de Bushehr, a única no país, informaram organismos de monitoramento, que não reportaram danos.

O Instituto Geológico Americano (USGS) registrou um terremoto de magnitude 5,1 com um epicentro 45 km a leste da usina nuclear de Bushehr, localizada na costa, e a 38 km de profundidade.

A agência sismológica iraniana relatou em seu site uma magnitude de 4,9 com uma profundidade de 10 km.

O terremoto foi sentido às 5h23 locais (22h53 de quinta-feira no horário de Brasília) na área rural da cidade de Kalameh e não foram constatados danos imediatos, informou a agência Isna, citando uma autoridade iraniana.

"Com base na avaliação do Crescente Vermelho e das autoridades regionais, ainda não fomos informados de danos", disse o diretor da célula de crise da província, Jahangir Dehghani.

"A estrada que liga as cidades de Ahram e Kalameh foi cortada devido a deslizamentos de terra", acrescentou posteriormente.

Edifícios em cidades e vilarejos vizinhos "tiveram suas paredes fissuradas, mas nada desmoronou", disse Dehghani.

Fotos fornecidas por agências de notícias locais mostram escavadeiras limpando estradas e danos causados nas paredes de um castelo em Bushehr.

A central de Bushehr, que produz 1.000 megawatts, foi construída pela Rússia após anos de atraso e foi entregue oficialmente em setembro de 2013.

Em 2016, companhias russas e iranianas começaram a construir mais dois reatores de 1.000 megawatts em Bushehr. A construção deve levar 10 anos.

Os países do Golfo vizinhos do Irã expressaram repetidamente seus temores sobre a vulnerabilidade da usina de Bushehr, citando em particular o risco de vazamentos radioativos no caso de um grande terremoto.

A República Islâmica quer construir 20 usinas nucleares a longo prazo, a fim de diversificar seus recursos energéticos para ser menos dependente dos combustíveis fósseis.

Seu programa nuclear está no centro de uma disputa com os Estados Unidos, que acusa o Irã de querer adquirir a bomba atômica, o que Teerã nega categoricamente.

As tensões entre os dois países se intensificaram desde a retirada unilateral, em maio de 2018, do presidente americano Donald Trump do acordo nuclear internacional iraniano, seguido pelo restabelecimento de duras sanções econômicas contra Teerã.

Concluído em 2015 entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha, o acordo permitiu o levantamento de parte das sanções contra Teerã em troca do compromisso iraniano de não adquirir armas nucleares.

Nos últimos meses, o Irã parou de honrar alguns de seus compromissos assumidos sob o acordo em resposta às sanções americanas.

Localizado nas fronteiras de várias placas tectônicas e atravessado por várias falhas, o Irã é uma área de forte atividade sísmica.

O último grande terremoto data de novembro de 2017: um terremoto de magnitude 7,3 na província de Kermanshah (oeste) que matou 620 pessoas.

Em 2003, um terremoto de magnitude 6,6 na província de Kerman, no sudeste do Irã, devastou a cidade antiga de Bam e matou pelo menos 31.000 pessoas.

O terremoto mais mortal nos últimos 30 anos, de magnitude 7,4, deixou 40.000 mortos e meio milhão de pessoas desabrigadas no norte do país em 1990.

Um terremoto de 5,9 graus de magnitude sacudiu nesta quinta-feira (19) a região de Bushehr, sul do Irã, sem provocar vítimas ou danificar a única central nuclear do país, que fica perto desta cidade.

De acordo com o centro sismológico iraniano da Universidade de Teerã, o epicentro do terremoto, registrado às 11H04 locais (3H34 de Brasília), foi a área pouco habitada de Kaki, que fica a 80 km da central nuclear de 1.000 megawatts, a única no Irã atualmente.

"O terremoto não afetou as atividades da central", afirmou Mahmud Jafari, diretor da central de Bushehr. O terremoto não provocou vítimas, de acordo com o departamento de emergências.

Desde novembro de 2017 o Irã registra um aumento da atividade sísmica, com vários tremores de magnitude superior a 5.

Uma companhia elétrica japonesa anunciou nesta segunda-feira (terça-feira no horário local) uma série de inspeções na central nuclear Sendai, uma das duas únicas em serviço no arquipélago, a fim de responder às inquietudes derivadas de uma série de abalos sísmicos ocorridos em seus arredores.

"Em resposta aos requerimentos do prefeito de Kagoshima (região do sudeste onde se encontra a central), preparamos alguns testes depois dos terremotos de Kumamoto e vamos realizá-los a partir desta terça-feira", explicou a companhia Kyushu Electric Power em comunicado.

A central elétrica havia rejeitado duas vezes o pedido de suspensão imediata dos reatores Sendai 1 e 2 formulada pelo prefeito de Kagoshima, e lhe prometeu em troca realizar os exames pertinentes.

"Ao realizar os testes, queremos atenuar as preocupações da população", ressaltou a companhia, que não entrou em detalhes sobre as inspeções previstas.

Sendai 1 e 2, relançadas em 2015 quando a prefeitura era governada por outro prefeito, devem parar respectivamente em outubro e dezembro de dois a três meses, a fim de realizar operações de manutenção obrigatórias após 13 meses de funcionamento comercial.

Das 42 unidades existentes (contra 54 antes do acidente de Fukushima em março de 2011), só há atualmente três reatores operacionais no arquipélago, dos quais um, Ikata 3 (sudeste), acaba de arrancar sua exploração comercial após ser reativada em agosto.

Redes de centrais nucleares, bem como de outras infraestruturas de grande porte, poderiam estar sujeitas a ataques cibernéticos jihadistas nos próximos cinco anos, advertiu neste sábado (26) em uma entrevista o coordenador antiterrorismo da União Europeia.

"Eu não ficaria surpreso se houvesse uma tentativa nos próximos cinco anos de utilizar a internet para cometer ataques", declarou Gilles de Kerchove ao jornal La Libre Belgique. "Poderia assumir a forma de um ataque a um centro de controle de uma usina de energia nuclear, a um centro de controle de tráfego aéreo ou ferroviário", afirma o coordenador.

##RECOMENDA##

"Em um dado momento, haverá um membro do grupo Estado Islâmico (EI) com um doutorado em tecnologia da informação, que será capaz de entrar num sistema do tipo", alertou.

A miniaturização dos explosivos e o crescente conhecimento dos combatentes do EI em biotecnologia constituem outras ameaças, de acordo com o funcionário europeu. "O que vai acontecer quando as pessoas se perguntarem como desenvolver um vírus na cozinha da minha mãe'?", perguntou-se.

A imprensa belga e internacional informou na sexta-feira (25) que a célula extremista responsável pelos ataques de terça-feira (22) em Bruxelas havia planejado um ataque com armas de guerra nas ruas da capital belga, como em 13 de novembro, em Paris, e a fabricação de uma bomba suja radioativa, após dois dos homens-bomba, os irmãos El Bakraoui, vigiarem por vídeo um especialista nuclear belga.

Os ataques reivindicados pelo EI no aeroporto e uma estação de metrô de Bruxelas fizeram 31 mortos e 300 feridos.

A empresa que opera a central nuclear de Fukushima no Japão, a Tepco, informou neste domingo (7) que um possível novo vazamento de água contaminada pode ter acontecido em um depósito subterrâneo de armazenamento, mas minimizou as consequências para o meio ambiente.

A Tepco já havia anunciado que 120 toneladas de líquido contaminado teriam vazado na noite de sexta-feira de um depósito - dos sete da central - situado a 800 metros do oceano.

Foram detectados elementos radioativos na água acumulada entre o solo ao redor do tanque e a capa externa de um revestimento impermeável no fundo do depósito, mas a Tepco considera pouco provável que a água radioativa possa chegar ao mar.

Segundo a operadora, elementos radioativos foram detectados ao redor da segunda cuba.

"Uma quantidade mínima de água teria vazado do depósito, mas não constatamos uma diminuição do nível de água no tanque", afirma a empresa em um comunicado.

Os incidentes se multiplicaram nas últimas semanas na central de Fukushima, afetada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março de 2011.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando