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A onda de calor sentida nos últimos dias nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país sofre influência do fenômeno El Niño, segundo apontam pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima que os efeitos do El Niño devem ser sentidos pelo menos até abril do próximo ano.

"Tudo indica que teremos um verão extremamente quente. É um El Niño de intensidade muito forte que, juntamente com o aquecimento global, produz esses efeitos que nós estamos vendo", diz o coordenador da Rede Clima da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Pereira Filho. Como efeitos do fenômeno climático, ele cita ainda a seca no Amazonas, as chuvas intensas no Sul do país e o calor extremo no Sudeste e no Centro-Oeste.

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Os termômetros do Rio de Janeiro já haviam superado os 40°C em algumas ocasiões nesta semana. Na capital fluminense, a sensação térmica superou os 58°C nesta terça-feira (14). Já no Centro-Oeste, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relativos a ontem indicaram que Cuiabá foi a capital mais quente do país.

Ricardo de Camargo, meteorologista do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) também crê que essa onda de calor intensa pode se repetir.

"Realmente podemos enfrentar situações parecidas como essa justamente por conta da influência do El Niño. É bem provável que a gente tenha as condições propícias para o acontecimento de novas ondas de calor. O que não dá para fazer é uma antecipação tão fidedigna e tão assertiva de quando isso pode acontecer."

O fenômeno El Niño é caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de Leste para Oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. As mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera têm consequências no tempo e no clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica de circulação das massas de ar adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.

O El Niño – que ocorre em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos – persiste em média de seis a 15 meses. Segundo Saulo Rodrigues, no Brasil, o fenômeno provoca seca nas regiões Norte e Nordeste. Já o Sul registra ocorrência de chuvas torrenciais e ciclones extratropicais.

No Sudeste, conforme observa Ricardo de Camargo, a transição para o regime de chuvas, como é esperada para essa época do ano, está demorando.

"Estamos tendo um período extremamente longo em que não há atuação de nenhuma frente fria. Elas não estão conseguindo avançar em direção ao Sudeste e ao Centro-Oeste. Chove muito no Sul e as frentes frias vão embora direto para o oceano".

O meteorologista explica como a movimentação no Oceano Pacífico está ligada com essa situação. "A atmosfera sente a mudança do posicionamento das águas quentes que saem lá de perto da Ásia, da Austrália e da Oceania e vêm ocupar porções mais centrais ou até mais próximas da América do Sul. E aí existe um impacto. Uma das assinaturas é justamente essa dificuldade dos sistemas frontais conseguirem avançar mais em direção ao Sudeste e ao Centro-Oeste".

Aquecimento global

Mas só o El Niño não é suficiente para explicar a situação, segundo avalia o pesquisador da UnB. Ele considera que o fenômeno tem uma influência importante, mas a análise desses eventos extremos deve considerar em primeiro lugar o aquecimento global. O pesquisador alerta para as projeções indicando que as ocorrências de fortes chuvas, calor extremo e secas severas deverão ficar mais frequentes e mais intensas. São episódios que podem desencadear desastres socioambientais e problemas de saúde.

"Já existe um conhecimento científico sólido sobre a capacidade que as mudanças climáticas possuem de produzir grandes perdas e danos para a sociedade e para as atividades produtivas. As populações vulneráveis se tornam muito potencialmente vítimas desse cenário", observa Saulo Rodrigues.

De acordo com Ricardo de Camargo, não dá mais para colocar em dúvida que as mudanças climáticas estão em curso. "É inegável que as temperaturas estão cada vez mais altas em todos os lugares do planeta de uma maneira quase geral. Não há mais espaço para negacionismo com relação a isso. As projeções indicam que os sistemas transientes e os eventos extremos devem ficar mais frequentes, mais comuns e irão atingir com maior severidade. Se fizermos uma análise do que tem sido divulgado na mídia, veremos que realmente o mundo todo está enfrentando essas situações de episódios severos".

O meteorologista, no entanto, faz uma ponderação. "É difícil atribuir um percentual de responsabilidade da mudança climática nessa onda de calor que estamos vivenciando agora", avalia. Segundo ele, considerando a mudança no regime de precipitação que tem se observado, é possível fazer a associação, mas com algum cuidado.

Políticas Públicas

Saulo Rodrigues observa que os principais responsáveis pelo aquecimento global são os países desenvolvidos, que emitem maior quantidade de gases de efeito estufa. Ao mesmo tempo, ele avalia que o Brasil tem um desafio.

"Nós temos uma matriz energética com grande percentual de energia renovável. A matriz elétrica brasileira é 90% composta de energia renovável. Poucos países do mundo tem essa capacidade de produzir energia com baixas emissões de carbono. O Brasil tem esse ativo. O Brasil também tem a Floresta Amazônica e o Cerrado que retiram carbono da atmosfera. Isso é muito importante para o equilíbrio climático. Então o Brasil é parte da solução. O principal problema brasileiro é a questão do desmatamento".

O pesquisador da UnB cita alguns resultados positivos neste ano, com o registro da queda das taxas de desmatamento, mas faz um alerta. Segundo ele, o governo deve elaborar políticas públicas que considerem os efeitos de médio e longo prazo.

"Somos reconhecidamente um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, porque [o Brasil] se localiza em uma faixa tropical onde as temperaturas normalmente já são mais elevadas. O aquecimento global tende a intensificar essas temperaturas."

Segundo o pesquisador da UnB, a regulamentação do mercado de carbono, em discussão da Congresso, é positiva. Mas ele defende que o agronegócio não pode ficar de fora dos setores que deverão cumprir metas de descarbonização. Essa é uma questão que tem gerado divergências.

"O mercado voluntário de carbono, sem a regulação do estado, tem apresentado muitas imperfeições. Muitas empresas estão vendendo crédito de carbono de forma irregular, não apresentando os resultados que oferecem e isso traz muita insegurança para os investidores. Por isso é tão importante a regulação desse mercado".

Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (26) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem no Norte/Centro-Oeste, além de manter a liderança nas regiões Sudeste e Nordeste. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manteve em primeiro lugar no Sul.

De acordo com o levantamento, no Norte/Centro-Oeste, o petista manteve a porcentagem de votos em comparação à pesquisa anterior, do dia 19 de setembro, com 42%. Já Bolsonaro oscilou negativamente 2 pontos porcentuais (pp), agora com 36%.

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Já na região Nordeste, onde Lula tem grande apoio político, o ex-presidente tem 62%, oscilando negativamente 1 pp, enquanto o atual chefe do Executivo acumula 23%, em um crescimento de 5 pp em comparação ao levantamento anterior.

No Sudeste, Lula oscilou 2 pp para cima, agora com 45%, e Bolsonaro 1 pp também para cima, acumulando 33%. Por fim, no Sul, ambos caíram 3 pp (Lula acumula 38% e Bolsonaro 35%).

O levantamento foi contratado pela Globo e ouviu 3.008 pessoas entre os dias 24 e 26 de setembro em 183 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-01640/2022

A temperatura vai cair bastante nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste nos próximos dias. Em algumas áreas do Sul, a instabilidade pode provocar chuva forte, trovoadas, rajadas de vento e queda de granizo. O volume de chuva pode ultrapassar 100 milímetros em Santa Catarina, no norte do Rio Grande do Sul e, no sul do Paraná.

A geada que começou no último sábado (13), em áreas do Rio Grande do Sul e da Serra Catarinense, deve continuar nos próximos dias, com mínimas previstas entre 1º e 4º graus Celsus (C).

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Nesta segunda (8), a previsão é de temporais na Região Sul e no Mato Grosso do Sul, com chuvas e ventos fortes. Vai fazer frio também em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na terça-feira (9), a formação de uma frente fria vai manter o tempo muito instável, com previsão de temporais em áreas do centro-sul do Brasil.

Já na quarta-feira (10), deve chover em áreas onde a seca já supera os 80 dias, como no centro e sul de Goiás e no Distrito Federal, e também em pontos do Sudeste, como informa a meteorologista Naiane Araújo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

"O sul de Goiás vai ter uma virada de tempo em meados da semana que vem. São Paulo e Rio de Janeiro têm chances de chuva muito fraca e isolada", diz Naiane Araújo.

Deve nevar na serra catarinense também na quarta-feira (10). E no litoral da Região Sul e de São Paulo, são esperados ventos fortes acima dos 80 quilômetros por hora. 

O carnaval será de chuva na maior parte do país. Essa é a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Deste sábado (26) a terça-feira (1º) todos os dias têm chuvas previstas, sobretudo no Norte e no Sul do país. O Sul, inclusive, vinha sofrendo com uma estiagem nos últimos meses e terá uma trégua a partir do feriado.

Sul

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O dia de hoje será de tempo fechado em todo o Sul do país. A previsão nos três estados da região é de céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Na segunda-feira (28), o céu começa a abrir em quase todo o Paraná, com exceção do sul do estado. Já na terça-feira, o sol aparece no sul da região, próximo à fronteira com o Uruguai.

Norte

O sábado tem previsão de céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em toda Região Norte. O céu abre na segunda-feira, mas apenas no norte do Pará e em parte do Amapá. Na terça-feira, o tempo fecha novamente em todos os estados, com exceção da região mais ao norte de Roraima.

Nordeste

O tempo começa mais ameno na maior parte da região, com nuvens, mas sem chuva, em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e Ceará. Nos demais estados da região, a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva. No domingo, o céu fica encoberto com pancadas de chuva isoladas em parte do Ceará, inclusive na capital, Fortaleza. Já todo o Maranhão, o norte do Piauí e o centro e o sul da Bahia têm previsão de muitas nuvens com chuvas e trovoadas isoladas.

Na segunda-feira, o tempo fecha em toda região litorânea do Nordeste. Maranhão, norte do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e parte da Bahia. Nesses locais, a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Já na terça-feira, as possibilidades de chuva diminuem em toda região, com exceção do Maranhão, oeste do Piauí e parte da Bahia, incluindo a capital, Salvador, e os municípios mais ao sul.

Sudeste

A previsão para o dia de hoje é de sol com nuvens no Rio de Janeiro, possibilidade de chuva isolada em Minas Gerais e muitas nuvens com pancada de chuva isolada em São Paulo e no Espírito Santo. No domingo (27), o tempo fecha em São Paulo e no centro e sul de Minas, com muitas nuvens, com chuvas e trovoadas isoladas. Na capital de São Paulo e em toda região litorânea do estado, haverá nuvens e possibilidade de chuva.

A partir de segunda-feira, as chances de chuva reduzem na região. Parte de Minas Gerais tem possibilidade de chuva isolada, assim como em todo o estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Parte do Espírito Santo terá sol, assim como o centro e o norte de Minas. A terça-feira segue a tendência, com possibilidades de chuva isolada em toda a região, menos no Rio de Janeiro. Lá, a previsão é de nuvens, sem chuva.

Centro-Oeste

Será um sábado de nuvens e pancadas de chuva isoladas em toda a região Centro-Oeste. Amanhã, o céu fica mais nublado, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, com exceção de Brasília e o nordeste de Goiás. Nesses locais, haverá possibilidade de chuva isolada.

No dia seguinte, a chuva volta a ser apenas uma possibilidade em toda a região, com exceção do estado de Mato Grosso, que ainda terá pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A terça-feira segue a mesma tendência do dia anterior, com nuvens e possibilidade de chuva em todos os estados, menos em Mato Grosso, onde haverá chuva e trovoadas isoladas.

Nesta terça-feira (22), às 10h31, chega a primavera no Hemisfério Sul. A estação das flores termina no dia 21 de dezembro, às 7h02, quando dará lugar ao verão. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), climatologicamente este é um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do Brasil. A estação também marca o início da convergência de umidade vinda da Amazônia, que define a qualidade do período chuvoso sobre as regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte centro-sul da Região Norte.

Os meteorologistas explicam que, durante a estação, os volumes acumulados de precipitação no norte da Região Nordeste costumam ser inferiores a 100 mm, principalmente no norte do Piauí e noroeste do Ceará. As temperaturas são mais elevadas em grande parte da Região Norte, interior da Região Nordeste e em alguns pontos da parte central do Brasil. 

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Os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zcas) podem ocorrer durante a primavera, com chuvas no Sudeste, Centro-Oeste, Acre e Rondônia. Já na Região Sul, podem ocorrer episódios de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), que estão associados a chuvas fortes, rajadas de vento, descargas atmosféricas e eventual granizo. Com o gradativo aumento das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, tem-se o início do plantio das principais culturas de verão.

La Niña

Para os próximos meses, há probabilidade acima de 70% de que as condições do La Niña se iniciem durante a primavera de 2020 e permaneçam até o verão 2020/2021. Neste sentido, é fundamental esperar por atualizações futuras por meio do monitoramento da temperatura da superfície do mar no Pacífico, pois existem outros fatores, como a temperatura na superfície do Oceano Atlântico Tropical e na área oceânica próxima à costa do Uruguai e da Região Sul, que poderão influenciar o regime de chuvas no Brasil, dependendo da combinação destes fatores durante esta estação.

Região Nordeste

Na Região Nordeste, a previsão para a primavera indica chuvas próximas à média ou acima em grande parte da região, com exceção de algumas localidades sobre o norte da Bahia e leste do Nordeste brasileiro, onde as chuvas permanecerão ligeiramente abaixo da climatologia. 

As temperaturas serão predominantemente elevadas nos estados do Maranhão e Piauí, porém, nas localidades onde há a probabilidade de chuvas acima da média, os termômetros devem registrar temperaturas próximas à climatologia ou levemente inferiores à média.

Região Centro-Oeste

A previsão do Inmet para a Região Centro-Oeste aponta para uma irregularidade das chuvas para o próximo trimestre, onde devem permanecer acima da média sobre a parte central e norte de Mato Grosso, norte de Goiás e centro do Mato Grosso do Sul, principalmente no mês de novembro. Nas demais áreas, as chuvas devem permanecer próximas a média ou ligeiramente abaixo. 

Já para as temperaturas, as previsões indicam que as mesmas devem ultrapassar a média ao longo da estação, com exceção do Mato Grosso do Sul e sudoeste do Mato Grosso, onde as temperaturas poderão ser ligeiramente abaixo de seus valores climatológicos.

Região Sudeste

Na Região Sudeste, os próximos três meses devem ser de chuvas acima da média em grande parte da região. No leste de São Paulo e centro de Minas Gerais, as probabilidades indicam o risco de chuvas abaixo da média. Com o retorno das chuvas mais regulares no mês de novembro, a previsão indica o predomínio de temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média.

Região Sul

A previsão indica maior probabilidade de chuvas abaixo da climatologia em praticamente toda a região, exceto no norte do Paraná, onde devem ser acima da média. As temperaturas serão próximas às de costume e ligeiramente acima da média em grande parte da Região Sul, entretanto as entradas de sistemas frontais ainda poderão provocar declínio nas temperaturas, principalmente sobre o nordeste do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina.

* Com informações do Inmet

A área administrativa das empresas brasileiras segue contratando profissionais do setor, mesmo em meio à pandemia. A plataforma de empregos InfoJobs anunciou, na última segunda-feira (26), a abertura de 4.575 vagas de emprego para o departamento administrativo de diversas companhias, em diferentes regiões do Brasil. As inscrições devem ser realizadas por meio do site da agência mediadora

As contratantes devem preencher o quadro de funcionários com pessoas contratadas em caráter efetivo ou temporário. Há vagas para o trabalho em esquema home office. As funções exigem conclusão do ensino médio, técnico ou superior (Administração, Contábil, Marketing, Recursos Humanos). Dentre os requisitos para participar dos processos seletivos estão a boa fluência verbal, noções básicas em informática (pacote Microsoft Office), habilidade no trato com clientes no atendimento presencial e via telefone, entre outros.

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A maioria das vagas vão contemplar profissionais de cidades das regiões Sul (Porto Alegre-RS, Novo Hamburgo-RS e Maringá-PR), Sudeste (São Paulo-SP, Ribeirão Preto-SP, Cajamar-SP, Várzea Paulista-SP, Santana de Parnaíba-SP, Duque de Caxias-RJ, Belo Horizonte-MG e Itabira MG), Centro-Oeste (Catalão-GO e Rondonópolis-MT) e Nordeste (Imperatriz-MA).

A prefeitura de Oliveira de Fátima, município do Estado de Tocantins, abriu concurso público para preenchimento de 34 vagas para a atuação em diversas áreas, destinadas aos níveis fundamental, médio, técnico e superior. As inscrições podem ser realizadas até 10 de abril através do site da banca organizadora do processo.

Os contratados serão designados para exercer funções no poder executivo, do município, podendo assumir cargos como auxiliar de serviços gerais, fiscal tributário, nutricionista, assistente social, dentre outros cargos. Os salários variam de R$ 1.045 e podem chegar a R$ 4.000, com regimento de 20 a 40 horas semanais.

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Para garantir a participação no processo, o candidato deve realizar o pagamento de taxa de inscrição até a validade expressa em boleto. Sendo R$ 70, para o nível fundamental, R$ 90, para nível médio e técnico, e R$ 120, para nível superior. O período para solicitar isenção vai até dia 13 de março.

Candidatos com necessidades especiais devem declarar, no ato da inscrição, a condição de portador de deficiência. Para mais informações, basta acessar o edital do processo seletivo.

A Prefeitura Municipal de Braganey, no Estado do Paraná, realiza concurso público para provimento de 13 vagas, além de formação de cadastro de reserva. O certame conta com salários que variam de R$ 1.158,88 a R$ 15.469,55, e com regimento de 16 a 40 horas semanais a depender do cargo pretendido. Os interessados devem realizar as inscrições através do site da banca organizadora até dia 16 de março.

Após candidaturas no site, os interessados deverão pagar taxa de inscrição que varia de R$ 50 a R$ 170, a depender da função. Os participantes que pretendem concorrer a uma das vagas devem ter escolaridade no níveis fundamental (completo e incompleto), médio (magistério), médio (técnico) e superior (completo). Agente comunitário de saúde, assistente social, auxiliar administrativo e enfermeiro são alguns dos cargos disponíveis.

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O processo seletivo consiste em aplicação das provas objetivas previstas para 19 de abril e as provas práticas e de títulos estão marcadas para dia 10 de maio. Já o resultado final está programado para  15 de maio. Mais informações no site da organizadora do processo seletivo. Confira cronograma da seletiva:

A prefeitura municipal de Mineiros, junto com Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), no estado de Goiás, está com seletiva aberta para preenchimento de 1.556  vagas para quadro permanente e formação de cadastro reserva. Os salários variam de R$ 783,65 a R$ 9.990,44, em regimento de 20 a 40 horas semanais. As inscrições podem ser feitas até 23 de março pelo site da banca organizadora.

As oportunidades destinadas a áreas administrativas ofertam, ao total, 355 vagas ofertadas em ampla concorrência e para pessoas com deficiência (PCD) e 1.011 vagas destinadas à formação do cadastro de reserva. Já para administração indireta no SAAE, são 34 vagas também ofertadas em ampla concorrência e para PCD e outras 102 vagas destinadas à formação do cadastro de reserva.

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Para participar, os candidatos devem pagar taxa de inscrição de R$ 50 para nível fundamental, R$ 75 para nível médio e técnico e R$ 100 para nível superior. O contrato tem vigência de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.

Nas erratas, é possível identificar que as retificações consistem nas alterações dos pré-requisitos referente às provas de habilidade prática para nível fundamental na função motorista e operador de máquinas, para cargos do nível médio, técnico e nível superior, é possível acessar o conteúdo cobrado pela banca no edital retificado.

As provas objetivas de conhecimentos gerais e específicos estão previstas para dia 19 de abril, para nível médio, técnico e superior. Já as provas objetivas de conhecimentos gerais para o nível fundamental serão realizadas no dia 26 de abril. O cronograma é passivel de alterações. Para mais informações, basta acessar o edital do processo seletivo. 

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Produtores rurais e pequenos empresários das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste vão ter acesso a R$ 46,3 bilhões oriundos dos Fundos Constitucionais este ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) divulgados nesta segunda-feira (20).

Os recursos serão concedidos por meio de bancos públicos e devem aquecer a economia, gerar emprego e renda, segundo o ministério. “Embora as operações de crédito sejam voltadas, prioritariamente, a atividades de pequeno e médio porte, também são asseguradas condições atrativas de financiamento a grandes investidores”, diz nota do ministério.

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O Nordeste contará com R$ 29,3 bilhões para investimentos em setores como agricultura, pecuária, indústria, agroindústria, turismo, comércio, serviços e infraestrutura. A prioridade de acesso aos recursos são os micro, pequenos e pequenos-médios produtores rurais e urbanos dos nove estados da região. Também serão disponibilizados recursos para Minas Gerais e do Espírito Santo.

De todo o valor empenhado, R$ 19 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) serão diretamente destinados a investimentos nos estados sendo 5% para Alagoas; 21% para a Bahia; 14% ao Ceará; 3% para o Espírito Santo; 10% ao Maranhão; 6% para Minas Gerais; 6% para a Paraíba; 14% para Pernambuco; 10% ao Piauí; 6% para o Rio Grande do Norte; e 5% para Sergipe.

O setor de infraestrutura nordestino terá acesso a R$ 10,23 bilhões que poderão ser utilizados em plantas de geração de energia elétrica renovável e construção de estradas e ferrovias.

Para o Norte, serão liberados R$ 9,9 bilhões sendo R$ 2,92 bilhões para o Pará, R$ 2,04 bilhões para Rondônia, R$ 2,12 bilhões para Tocantins e R$ 1,64 bilhão para o Amazonas. Acre, Amapá e Roraima contarão com R$ 491,64 milhões, cada.

O Centro-Oeste contará com R$ 7,1 bilhões sendo 10% para o Distrito Federal, 33% para Goiás e Mato Grosso e 24% para o Mato Grosso do Sul. A maior parcela dos valores destina-se ao agronegócio, enquanto o setor de infraestrutura na região poderá acessar R$ 296 milhões, de acordo com o MDR.

Fundos Constitucionais

Os Fundos Constitucionais foram criados para implementar a política de desenvolvimento regional e reduzir as desigualdades entre as diferentes áreas do país. As operações de crédito têm condições mais atrativas e possibilitam o financiamento de projetos para abertura do próprio negócio, investimentos para expansão das atividades, aquisição de estoque e até para custeio de gastos relacionados à administração.

Para o setor rural, as taxas de juros são as mais baixas e contemplam agricultores familiares por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para ter acesso ao financiamento é preciso procurar os bancos públicos operadores do crédito: o Banco do Brasil (Centro-Oeste), o Banco do Nordeste (Nordeste) e o Banco da Amazônia (Norte).

* Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional

 

Uma massa de ar polar intensa vai levar frio à região Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste, a partir de hoje (4). As baixas temperaturas são esperadas até no Norte do país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Temperaturas abaixo de 0 graus Celsius (ºC) devem ser registradas nas áreas de serra e planalto do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nos três estados, a previsão é de que os termômetros registrem -5 ºC nas manhãs de quinta-feira até o domingo (7). Nas outras regiões, o frio mais intenso deve ocorrer nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul no final de semana. As mínimas previstas para as primeiras horas chegam a 5 °C. 

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Na região Sul, o pico de frio deve ocorrer até sábado. Nas outras regiões, as temperaturas mais baixas serão no final de semana com aumento gradual a partir da próxima segunda-feira (8).

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), fez um alerta para que, durante o período de baixas temperaturas, seja oferecida atenção especial à população mais vulnerável (doentes, moradores de rua, idosos e crianças).

A população deve se manter agasalhada, beber bastante líquido e evitar locais fechados e de grande circulação de pessoas. Tais medidas previnem doenças respiratórias como gripe, resfriados e pneumonia. Nas noites mais frias, animais domésticos também devem ficar abrigados.

O leilão da concessão de três blocos de aeroportos está marcado para a próxima sexta-feira (15), às 10h, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Localizados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, os 12 aeroportos, juntos, recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões.

Na terça-feira (12), as empresas e consórcios devem apresentar as propostas em duas vias em envelopes lacrados, os quais deverão conter as propostas, as garantias e os documentos.

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Em novembro, conforme o anúncio feito pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o valor mínimo de outorga, para arrematar os 12 terminais, será de R$ 219 milhões, à vista.

Ao longo da concessão o valor total da outorga é de R$ 2,1 bilhões. O prazo de concessão será de 30 anos.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os 12 aeroportos que devem ser leiloados são os de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso; de João Pessoa, do Recife, de Maceió, Aracaju, Juazeiro do Norte, no Ceará, e de Campina Grande, da Paraíba; de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo. 

Em janeiro, o diretor do Departamento de Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann, disse que a previsão é concluir todo o processo de concessão dos aeroportos em quatro anos.

Neste ano, 77 pessoas morreram em todo o Brasil após contraírem a dengue e ao menos 181 óbitos estão sendo investigados como suspeitos da doença, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

Ao todo, foram confirmados no país 148 casos de dengue grave e 1.736 casos da doença com sinais alarmantes. No mesmo período de 2017, foram confirmados 208 casos de dengue grave e 2.245 casos alarmantes, além de 115 mortes por complicações da doença.

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Segundo o boletim epidemiológico, em 2018, a região Centro-Oeste registra, até o momento, o maior número de casos confirmados de dengue grave e alarmante, com 74 e 1.101 casos, respectivamente. Seguem em investigação 375 casos dos dois tipos da doença.

O horário brasileiro de verão terminará à 0h deste domingo (19). Os relógios deverão ser atrasados em uma hora em todos os estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o objetivo principal da mudança é aproveitar melhor a luz solar durante esse período, sobretudo nos horários de pico, entre às 18h e 21h.

O governo ainda não divulgou qual foi a economia de energia com a medida neste ano, que entrou em vigor no mês de outubro, mas a previsão inicial era de que o horário de verão resultasse em uma economia de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso das termelétricas.

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Com o término do horário de verão, os passageiros do transporte aéreo deverão ficar atentos ao horário do bilhete de passagem, que é impresso em hora local. Para evitar transtornos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta aos consumidores a entrar em contato com as empresas aéreas em caso de dúvidas.

Em palestra para empresários da região Centro Oeste nesta terça-feira (18) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou o ajuste fiscal promovido pelo governo federal, classificando-o como "pífio". Cunha disse que o País vive uma "crise de confiança" e, sem citar nominalmente a presidente Dilma Rousseff, parodiou a declaração da petista sobre dobrar metas não estabelecidas.

Cunha disse que as crises política e econômica enfrentadas pelo Brasil são "irmãs siamesas", mas que a prioridade é debelar os entraves políticos. "É preciso que a gente saiba enfrentar as duas separadamente, mas a prioridade é sempre resolver a crise política porque ela te proporciona as condições políticas para enfrentar a crise econômica. A crise política permite a imagem da segurança para aqueles que querem enfrentar a crise econômica", disse Cunha em palestra na terceira edição do evento "Visão Capital", promovido pelo "Jornal de Brasília".

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Cunha afirmou que o País vive uma "crise de confiança" e que o ajuste fiscal promovido pelo governo é "pífio". "Muito do que a gente vive da crise econômica de hoje não (é) só por modelos equivocados que possam ter sido implantados no passado na administração da economia, mas é também pela perda da confiança que a sociedade tem no comando da economia", afirmou.

"Vivemos, mais que a crise econômica, a crise de confiança. O ajuste fiscal, em si, é pífio e ele não tem nem relevância numérica no problema da falta de superávit. Ele é muito mais simbólico, com o objetivo de mostrar que se tem controle sobre as contas públicas e, consequentemente, você gerar perante os investidores a segurança de que o dinheiro vai ser aplicado num País que vai dar certo", disse Cunha, acrescentando que "a confiança tem que ser restabelecida".

"Deixamos de ser a bola da vez aos olhos da comunidade internacional. Precisamos voltar a ser a bola da vez", disse o peemedebista.

Reforma tributária

Aos empresários, Eduardo Cunha falou da discussão que corre na Câmara sobre reforma tributária. Ele se posicionou contra o aumento da carga tributária, solução, segundo o peemedebista, "longe de ser inteligente".

Ao prometer colocar em votação o texto que sair da comissão que discute o tema na Casa entre setembro e outubro, concluindo-a até o final do ano, Eduardo Cunha parodiou uma declaração de Dilma Rousseff feita em julho deste ano, quando ela tentava explicar a meta estabelecida para o Pronatec.

"Como diria..., primeiro a gente atinge a meta. Depois a gente dobra a meta. (risos) Vamos tentar atingir a meta e, depois, se possível, a gente dobra. Vamos chegar e atingir esse objetivo e, atingido esse objetivo, a gente espera poder tratar de coisas que tenham a ver com o Centro Oeste, ver o que é possível dentro do nosso País atingir", afirmou Cunha, sem mencionar o nome de Dilma, arrancando risos contidos da plateia.

A frase utilizada por adversários para ironizar a presidente ganhou grande repercussão nas redes sociais: "Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta", disse Dilma sobre o Pronatec Aprendiz em 28 de julho.

Questionado por um dos empresários sobre o "clima político" para que a presidente Dilma conclua seu mandato, Cunha se esquivou. "Prefiro não entrar neste tipo de debate. Seria alimentar um tipo de debate que não cabe a mim. Prefiro não responder. O dia a dia vai acabar respondendo", afirmou.

O Centro-Oeste, região com o maior porcentual da população favorável à redução da maioridade penal, foi também a que deu maior apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/93) aprovada na semana passada, em primeiro turno, pelo plenário da Câmara dos Deputados. Levantamento feito pelo Estado mostra que 82% dos parlamentares da região disseram "sim" ao texto que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

O Sul, por sua vez, foi a região que menos apoiou a PEC, com 59% dos deputados com voto "sim" à redução da maioridade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, apenas 45% dos parlamentares apoiaram a medida, com 14 votos dos 31 deputados do Estado. A bancada de Goiás, também do Centro-Oeste, foi a que proporcionalmente mais defendeu a proposta - 15 dos 17 parlamentares (88%) foram favoráveis ao texto.

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Pesquisa Datafolha divulgada em abril apontou que o apoio à redução era maior entre os moradores do Centro-Oeste (93%). No entanto, a região não é a recordista em homicídios, segundo as duas últimas edições do Mapa da Violência divulgadas neste ano. Analisados os dados de morte por arma de fogo na população total, a região figura em segundo lugar, com 26,5 mortes por 100 mil habitantes em 2012. O topo do ranking é ocupado pelo Nordeste, com taxa de 31,5.

Três Unidades da Federação do Centro-Oeste apresentam taxa de presidiários superior à média nacional. Enquanto a taxa brasileira é de 299,7 pessoas privadas de liberdade para cada 100 mil habitantes, Mato Grosso do Sul tem 568,9 (1.º lugar), o Distrito Federal, 496,8 (3.º) e Mato Grosso, 321,2 (10.º).

Ideologia. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, diz que manifestações de apoio, até mesmo dos parlamentares, são fruto de subjetividade que ignora dados concretos. "São questões muito mais ideológicas do que dados objetivos da realidade", afirma o professor. "As Regiões Nordeste e Norte aparecem com Estados em que mais cresceu a violência e não são as que mais defendem a redução", diz.

Os deputados mais votados do Distrito Federal e de Goiás nas últimas eleições integram a chamada "bancada da bala", composta por parlamentares com atividades ligadas à segurança pública.

Alberto Fraga (DEM-DF), por exemplo, foi coronel da Polícia Militar e o Delegado Waldir (PSDB-GO), delegado de polícia e diretor de presídios.

Fraga não sabe explicar a razão de o Centro-Oeste liderar o apoio à redução, uma vez que o sentimento de impunidade, para ele, é nacional. "Não se pode achar que está tudo bem. O povo brasileiro espera que a gente faça alguma coisa", diz o deputado. "Por que dramatizar a coisa? É porque a presidente (Dilma Rousseff) não quer? Ela, com 10% de aprovação, não tem de querer nada mesmo", afirma. "(A proposta aprovada) não é para botar criança na cadeia. A medida é para punir bandidos perigosos que, por acaso, são menores de idade."

Entre outros motivos, Delegado Waldir aponta a cobrança do eleitorado conservador como razão para o recorde de votos da bancada de seu Estado. "Goiás tem um eleitor conservador. Fui eleito como de direita e conservador em 2010, como suplente, e já defendia a redução da maioridade penal", diz o parlamentar, que fez intensa campanha a favor da alteração.

Mapa. A bancada do Sudeste foi a segunda que, porcentualmente, mais apoiou a redução da maioridade, com 69,3% de votos "sim". Em seguida, veio o Norte, com 66,7%, e o Nordeste, com 63,6%.

A proposta mais branda de redução foi aprovada por 323 votos a favor, 155 contra, duas abstenções e quatro obstruções, 24 horas depois de os deputados rejeitarem o substitutivo que reduzia a maioridade penal também para crimes como tráfico de drogas. O texto aprovado ainda será votado em segundo turno e depois seguirá para apreciação do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inadimplência dos consumidores do Centro-Oeste cresceu 3,98% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o maior ritmo entre todas as regiões do País - a média nacional ficou em 3,39%. Apenas em abril, o Centro-Oeste registrou 95 mil novos consumidores no banco de dados do Indicador Regional de Inadimplência calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). No quadrimestre, o segundo lugar é ocupado pela região Sul (3,19%), seguida pelas regiões Nordeste (3,07%) e Norte (2,81%). Última da lista, a região Sudeste apresentou crescimento de apenas 2,66% no atraso dos pagamentos.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados refletem a dificuldade do ambiente macroeconômico do País. "A pressão exercida pela aceleração da inflação, aumento das taxas de juros e piora dos indicadores econômicos, sobretudo os de renda e emprego, tem impactado a capacidade de pagamento dos brasileiros."

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Bancos

O dado do indicador regional mostra que quase metade da inadimplência (48,43%) é representada por dívidas com bancos, item que inclui pendências no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros. O endividamento com as instituições financeiras liderou o levantamento em quatro das cinco regiões. Apenas no Centro-Oeste a situação foi adversa. O que puxou os números nesta região foi o atraso no pagamento de serviços básicos como água e luz, que cresceu 12,19%.

A principal aposta do governo para tirar do papel o plano de concessões das ferrovias dará um passo concreto nesta semana. A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), prevista para cortar o principal polo de produção de grãos do País, em Mato Grosso, vai receber licença prévia ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A autorização, apurou o ‘Estado’, está pronta e deve ser oficializada nesta semana.

A autorização será dada para todo o trajeto de 1.582 km de extensão da ferrovia. A Fico começa no município de Vilhena, em Rondônia, e corta todo o Estado do Mato Grosso, até chegar em Goiás, na cidade de Uruaçu. Neste ponto, conecta-se à ferrovia Norte-Sul.

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A licença prévia atesta a viabilidade do empreendimento quanto ao impacto socioambiental da obra. Para que a construção ferrovia tenha início efetivo, será preciso, agora, buscar a licença de instalação do projeto.

A Fico é a prioridade do governo no pacote de concessões ferroviárias, um plano de 11 mil km de novas ferrovias, anunciado pela presidente Dilma Rousseff mais de dois anos atrás, mas que até hoje não conseguiu andar.

A expectativa era fazer o leilão de ao menos uma concessão de ferrovia até o fim deste ano, com a oferta da Fico para a iniciativa privada, mas tudo indica que o pregão ficará para 2015. O Ministério dos Transportes e a Valec não comentaram o assunto.

Apesar do licenciamento do Ibama para mais de 1,5 mil quilômetros de ferrovia, o trecho que mais interessa aos investidores é o trecho Uruaçu-Lucas do Rio Verde (MT).

Com este traçado de cerca de 900 quilômetros, seria possível ligar a região de produção agrícola à Norte-Sul. Ainda assim, há dúvidas sobre o custo total do empreendimento. Ao analisar o trecho de 900 quilômetros da ferrovia, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que a construção demandaria investimentos de R$ 5,3 bilhões, enquanto investidores que estudaram o projeto preveem necessidade de injetar até R$ 7 bilhões na Fico.

Pronto

Em agosto, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, chegou a dizer que o projeto estava pronto para ser licitado e que o governo estava analisando sugestões de melhoria feitas por interessados. No início deste ano, um grupo de gigantes do agronegócio chegou a sinalizar o interesse em construir a ferrovia, mas pedidos de revisões no traçado proposto minaram as negociações. Para um especialista que acompanha de perto o assunto, o governo ainda precisa definir detalhes de assuntos como financiamento, garantias por parte da Valec e termos do contrato.

O processo de licenciamento ambiental da Fico foi tocado pela estatal Valec que, pelo plano original do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria a empresa responsável por construir a ferrovia. A previsão era concluir a ferrovia em 2014. Com o anúncio do pacote de concessões, em agosto de 2012, a Fico foi sacada da Valec e passou para a lista de projetos a serem concedidos.

A dificuldade de viabilizar o projeto distancia o governo de um plano bem mais ambicioso. Nos escaninhos do Ministério dos Transportes, a Fico é tratada como parte da chamada "Ferrovia Transcontinental", planejada para ter 4.400 km de extensão em solo brasileiro e avançar pela América Latina, uma malha de trilhos que ligaria os oceanos Atlântico e o Pacífico. Colaborou Lu Aiko. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora os números da economia brasileira sinalizem de forma cada vez mais clara a desaceleração da atividade em diferentes setores, alimentando a baixa confiança de empresários e consumidores, ainda existe no Brasil uma fronteira de crescimento. No cinturão formado por Nordeste, Centro-Oeste e Norte, o consumo, o mercado de trabalho e a economia como um todo ainda têm fôlego para exibir resultados superiores aos do Sudeste e do Sul, bem como da média do País.

Em 2011, último dado disponível, as três regiões juntas respondiam por 28,4% do total da renda gerada no Brasil, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) - um aumento de 2 pontos porcentuais em relação a 2002, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço em participação neste período foi contínuo, mas, além disso, elas passaram a ganhar em outras frentes.

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No primeiro trimestre de 2014, o Nordeste gerou 1,04 milhão de postos de trabalho em relação a igual período de 2013, mais da metade do 1,77 milhão de vagas abertas no País inteiro no período. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), também apurada pelo IBGE, que contabiliza tanto empregos formais quanto informais, embora ainda não conte com dados por setor. Trata-se do melhor desempenho entre as regiões, com alta de 4,9%, superior à média nacional, que aponta 2%.

"O Nordeste é o que vem apresentando o maior crescimento em termos de emprego e foi a região que mais contribuiu para a queda do desemprego nos últimos trimestres", observa o pesquisador Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Segundo ele, a geração de postos de trabalho aumenta a massa de rendimentos obtida por uma população, impulsionando o consumo das famílias.

A explicação pode estar no custo de trabalho, que ainda é mais barato, apesar de a defasagem na formação dos trabalhadores em relação a outros locais ter diminuído, avalia Moura. A taxa de desemprego por lá também é mais elevada (de 9,3% no primeiro trimestre deste ano, ante 7,1% na média do País), o que se traduz em maior disponibilidade de mão de obra. "O Nordeste está um pouco mais longe do pleno emprego do que outras regiões. Por isso, a geração de vagas é mais robusta", explica o economista do Ibre/FGV.

O Centro-Oeste, por sua vez, abriu 181 mil postos de trabalho, o que significou avanço de 2,6% ante o primeiro trimestre de 2013. No Norte, foram 122 mil vagas, aumento de 1,8% - levemente abaixo da média nacional, mas ainda assim melhor que Sul e Sudeste, ambos com alta de 0,8% no período.

"O crescimento econômico está mais para Nordeste, Centro-Oeste e Norte, porque é lá que está a fronteira do consumo. Sul e Sudeste estão mais saturados", diz o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

PIB. Na projeção da economista Camila Saito, da Tendências, o PIB brasileiro deve crescer 1,3% neste ano. Únicas acima da média, a Região Norte deve avançar 2,4%, enquanto o Nordeste terá expansão de 2,2%, e o Centro-Oeste, de 2,1%. Apesar de ficarem à frente das regiões mais desenvolvidas, as três regiões não conseguirão fugir à tendência de desaceleração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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