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Através de uma articulação da vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, a capital pernambucana está construindo o Convênio de Irmanamento com a cidade de Luján, na Argentina. O fomento dessa cooperação mútua será eficaz em áreas como Turismo, Cultura, Comércio e Desenvolvimento Social. O prefeito de Luján, Leonardo Boto, e o Cônsul Geral da Argentina no Nordeste, Alejandro Funes, participaram da reunião online realizada na manhã desta quarta-feira (29) para avançar nas tratativas que irão definir os termos do convênio.

Coordenadora das Relações Internacionais da PCR, Isabella demonstrou todo interesse em selar a parceria com a cidade argentina. "É uma grande honra para nós recifenses a possibilidade de construir essa irmandade entre as duas cidades. Será uma maneira de impulsionar nossos laços históricos, religiosos, fraternos e culturais", afirma.

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"Temos todo o interesse em concluir esse processo de irmanamento. Essa troca de experiências entre Recife e Luján será fundamental para o progresso das duas cidades", continua Isabella.

Encontro com cônsules no Recife 

Considerado o primeiro hub consular do Nordeste e o segundo do Brasil, o Recife possui mais de 40 consulados estabelecidos na cidade. Com o objetivo de estreitar os laços com os cônsules visando oportunidades de parcerias e de novos projetos, Isabella de Roldão participou de mais um encontro realizado também no dia de hoje (29). Estiveram presentes Alejandro Funes, Cônsul Geral da Argentina no Nordeste; Johannes Bloos, Cônsul Geral da Alemanha; Jeffrey Lodemeyer, representando os Estados Unidos; Masami Ohno, Cônsul-Geral Adjunto do Japão; Dennis Christian, representante da Unicef; e Rosa Sánchez-Cascado Nogales, diretora do Instituto Cervantes.

Reunião com WRI 

Também nesta quarta-feira (29), Isabella de Roldão participou de uma reunião com representantes do World Research Institute (WRI Brasil), instituição global que atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções sustentáveis e focadas na pauta da mudança climática.

Na ocasião, foi apresentado o projeto Alianças para Transformação Urbana, que é financiado pelo fundo internacional climático ligado ao Ministério do Meio Ambiente da Alemanha. Do Brasil, as cidades do Recife, mais especificamente a Comunidade do Pilar, e Teresina (PI) estão recebendo ações do projeto, que visa gerar transformação urbana de forma sustentável e inclusiva.

*Da assessoria 

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Um sol forte e muito calor foram o presente de Recife e Olinda nesta terça-feira (12), dia em que as cidades completam idade nova. Em um dos cartões postais da mais velha, Olinda, que faz 478 anos, a Praça da Sé reuniu muitos turistas na manhã desta terça. Já no Recife, que completa 476, a orla de Boa Viagem estava repleta de gente que tirou a manhã para caminhar. 

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Morador de Boa Viagem, Manoel Ambrósio de Queiroz, de 74 anos, sempre pratica exercício e joga conversa fora com os amigos na orla da praia. Neste aniversário de Recife, ele alega que ainda há muitos problemas que devem ser resolvidos na cidade, principalmente, os relacionados à infraestrutura. “Existe uma disputa entre prefeitura e os proprietários de imóveis. Não se define que tem responsabilidade pela manutenção das calçadas. Você vê galerias sem tampas, esgoto escorrendo pelo meio fio, colocando em risco a vida de quem passa pelo local”, enumerou o aposentado que mora no bairro há 33 anos

As amigas Feliciana Brito, Dalva Xavier e Dilva Darce, também moradoras de Boa Viagem, afirmam que gostam muito de onde moram. “Eu não me mudaria daqui, eu adoro o Recife. É uma cidade muito bonita”, explicaram. 

Já no centro, onde o ponto forte é o comércio, a dona de uma banca de revistas destacou o crescimento da cidade. “Está melhorando e mais a cada ano. Tem mais ônibus que faz integração e facilita a volta do trabalhador para casa. Ainda tem mais posto médico e alguns vão até as residências dos pacientes”, disse a comerciante Ana Daniela Cavalcante, de 35 anos.

Em Olinda, algumas reclamações são feitas por moradores do bairro de Rio Doce, em relação à falta de segurança e iluminação pública. “Gosto muito daqui, tem mais emprego e mais oportunidade, mas quando chega 17h tenho que fechar a porta do meu comércio por que está sem luz no poste e tem assalto. Alguns aproveitam para usar drogas”, relatou Jerusa Maciel, 38, moradora da Vila Olímpica. 

Na Cidade Patrimônio, o Alto da Sé recebeu turistas de várias partes do mundo que atracaram estes dias em cruzeiro no Recife. Eles foram avisados pelos guias que hoje era aniversário da cidade e quem comemorou foram os artesãos do espaço, que aproveitaram o movimento atípico para um dia de semana. “É uma oportunidade boa de ganhar dinheiro”, afirmou o artesão em madeira, Belmiro Oliveira, 50. 

“É um orgulho pra mim comemorar o aniversário de Olinda e estar junto a ela neste aniversário. Orgulho de ser olindense e pernambucano”, afirmou o artesão que é morador do bairro de Bonsucesso há 23 anos. 

Olinda e Recife. Cidades irmãs que registram em cada esquina, uma história diferente ao longo de mais de 470 anos, seja ela de amor, de luta ou de conquistas. A mais velha, Olinda, guarda a recordação de um amor, que não é de Carnaval. De Recife, memórias de um homem que veio tentar a sorte na cidade grande...

Aos 476, Recife guarda uma história de luta, a de Seu Biu. Severino Luiz de França, de 102 anos, veio de um distrito de Caruaru, no Agreste, em 1927. Chegou com a esposa à capital para trabalhar. Desde então ele reside na Rua Santa Lúcia, no bairro do Iputinga, Zona Oeste da cidade, não na mesma casa, pois esta já teve que ser reconstruída duas vezes. “Antes quando chovia, alagava tudo e acabava com a casa que era de taipa. Só depois fizeram calçada, colocaram a galeria e não alaga mais”, explicou Seu Biu, que mora atualmente com três filhos de um total de sete. 

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Dona Adelice Dias de França, 62, nora de Seu Biu, mora na mesma rua há 53 anos. Para ela muitas coisas mudaram de lá pra cá. “Era tudo de barro, as casas eram de taipa todas com cerca de papoula (cercado feito com flores). Agora a gente vê casa de primeiro andar. Antes tínhamos que andar até a Caxangá pra pegar ônibus, agora tem o terminal aqui perto, mas os coletivos demoram muito pra chegar”, alegou. 

Seu Biu é viúvo desde 2005. O casamento com Dona Josefa Maria de França já chegou à quarta geração. Ele tem 34 netos, 46 bisnetos e sete tataranetos. Há poucos dias de completar 103 anos, ele diz que a vida longa se deu pelo estilo tranquilo. “Nunca fui de farra e agora tô procurando uma namorada, mas não estou achando. Ela deve estar perdida pelo mundo”, disse aos risos. 

E por falar de amor, a cidade vizinha, Olinda completa 477 anos e registra uma história que começou na década de 50 quando Maria Arminda Leal Duarte viu pela primeira vez, aos dez anos de idade, Francisco Bione, na época com 16.

Na ocasião, a garota residia na Rua de São Bento, na casa em que hoje é o arquivo da prefeitura da cidade. “Eu sempre morei lá e a família dele se mudou pra perto. Logo depois passou em um concurso e foi pra Minas Gerais. Quando ele voltou a gente ficou se paquerando e um ano e meio depois a gente casou. Eu tinha 16 anos e ele 23”, relatou. 

Naquela época era tudo diferente, segundo Dona Arminda. Onde hoje funcionam os Correios da cidade, havia uma praça, com um coreto e uma espécie de festa realizada aos domingos chamada de retreta. “Os rapazes ficavam na calçada, as moças passeando e assim a gente se paquerava. Antigamente a gente botava cadeira na rua, fazia festa, mas hoje em dia não tem festa mais nada”, lamentou.

Como boa olindense, Dona Arminda, até fica feliz com a proporção que o Carnaval da cidade ganhou mundo afora, mas garante que na época em que ela era jovem, a festa era bem melhor. “Antigamente os clubes eram muito mais bonitos, as músicas também. Hoje em dia não dá mais pra ver os blocos passarem, tem muita gente não dá pra ver as troças”, justificou.

E quando o assunto é a folia de Momo, a carnavalesca Jocilda Airola da Silva, 74, conhecida como Dona Dá, foi a responsável por animar a Rua da Boa Hora. “Aqui na rua não passava nenhuma troça, começamos a enviar ofício para eles passarem por aqui e a gente entregava uma lembrancinha. Antes a gente fazia 20, 30 troféus. Hoje são mais de 100 e não precisamos nem chamar. Já é um roteiro certo,” disse Dona Dá, que recebe as troças na Quarta-feira de Cinzas com frutas, cachaça e vinho há 30 anos. “Olinda é um eterno Carnaval. É por isso que dizem que as pessoas que moram aqui são felizes”, exclamou a carnavalesca.

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Conhecidas pelas belas igrejas e pela folia de carnaval, as cidades de Recife e Olinda são procuradas por turistas de vários estados do Brasil e por estrangeiros. Os valores dos imóveis nestas localidades variam de acordo com a época, mas os lugares mais procurados não mudaram muito desde a década de 1960. 

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Na cidade do Recife, segundo o Conselheiro Federal do sistema do Conselho Regional Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci/Creci), Petrus Mendonça, atualmente os bairros mais valorizados do município são Casa Forte, Graças e Boa Viagem. “O valor do aluguel de apartamentos em Casa Forte, que tem hoje a maior renda per capta varia entre 1.400 e 1.500 em um prédio com elevador”, afirma. Já os bairros menos valorizados são Tejipió e a Mustardinha, que, de acordo com o arquiteto André Lemoine, até a década de 1970 foram locais de criadouro de animais de grande porte e por isso a elite não se interessou por essas regiões.

O bairro de Boa Viagem, até a década de 1950 era considerado de veraneio e só a partir dessa época iniciaram as construções de edifícios. “Os primeiros prédios a serem erguidos foram Acaiaca (1958), California (1960) e o hotel Boa Viagem, demolido no início do século XXI. Só a partir de 1970 Boa Viagem se transforma em área comercial e a partir de 1980 o local inicia com a supervalorização”, conta Lemoine.

Segundo o arquiteto, Boa Viagem só começou a ser reconhecida como bairro nobre a partir de 1990 quando começou a se perceber que o local já estava com poucos terrenos para novas construções. Em 2008, o plano diretor considerou o local superlotado. 

O valor dos imóveis pode variar de acordo com o período, principalmente na capital pernambucana onde o mercado imobiliário estava passando por dificuldades. “Há três anos não tínhamos imóveis suficientes, e agora, com as pessoas se acomodando nas cidades vizinhas já houve uma estabilização nos preços”, comenta Petrus Mendonça. Na década de 1980, os prédios no Recife começaram a ser construídos com um modelo padrão. “Isso tirou a identidade que os arquitetos podem dar em suas obras e a cidade parece ter a mesma cara em todos os lugares”, ressalta Lemoine. 

Há 50 anos, em Olinda, o Bairro Novo estava começando a se desenvolver e logo depois isso aconteceu com Casa Caiada, Jardim Atlântico e Ouro Preto. Na década de 1970, foi a vez do Sítio Histórico, que começou a ser povoado pela elite de Olinda. “Os bairros de menor valor comercial sempre foram os do entorno do Sítio Histórico. O que acontece nesses locais até hoje é uma maior deterioração e insegurança por parte dos moradores”, afirma o arquiteto. 

No Sítio histórico durante o carnaval, o valor do aluguel de uma casa de dois quartos pode chegar a 2.000 reais, enquanto em outros períodos do ano custa 700 reais. Atualmente uma casa com três quartos no Bairro Novo varia entre 350 e 400 mil reais. “Dependendo da proximidade com o mar o valor de imóveis em Olinda varia. Quanto mais próximo, mais caro fica, assim como em Boa Viagem no Recife”, afirma Petrus Mendoça.

Confira o valor comercial de apartamentos nas duas cidades:

-No bairro Novo em Olinda, o aluguel de apartamento varia entre R$ 700, com dois quartos, e R$ 1.300 com três quartos próximo ao mar. 

-Na cidade do Recife,mais precisamente no bairro de Casa Forte, o valor do aluguel de apartamento, varia entre R$ 1.400, com dois quartos e R$ 2.000 com três quartos. Em Boa Viagem, o valor do aluguel de uma apartamento de quatro quartos varia entre R$ 2.200 e R$ 2.500.

-Ainda no bairro de Boa Viagem, o valor de venda de um apartamento varia entre R$ 350 mil, com dois quartos, e R$ 700 mil com quatro quartos.

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