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Transportando diversas caixas de cigarros com nota fiscal irregular, um homem de 50 anos foi preso pela Polícia Civil. Na delegacia, o motorista afirmou que não era a primeira vez que transportava os produtos e indicou a polícia onde ficava a fábrica. No local, os agentes apreenderam 436 mil maços de cigarros na fábrica clandestina que fica no Jardim Tavares, Zona Oeste da Capital.

A ação aconteceu na última segunda-feira (1°), quando agentes da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) de Carapicuíba realizavam investigações quando suspeitaram do motorista. A civil afirma que encontrou, além dos maços, diversos materiais para a produção de cigarros de marcas que o estabelecimento não tinha permissão para fabricar. 

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Toda a mercadoria foi apreendida e o responsável pelo local foi encaminhado ao distrito policial, onde foi autuado. O caso foi registrado como outras substâncias nocivas à saúde. 

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Nem sempre a gente se dá conta disso, mas o fato é que a vida é uma contagem regressiva. Desde o nascimento, nosso relógio biológico não para e é bom lembrar que algumas coisas podem acelerar o tique-taque. Imagine aquele reloginho digital que a gente vê nos filmes, a contagem regressiva de uma bomba. Agora pense em alguém com um cigarro na boca. À medida que o cigarro vai queimando, diminuindo de tamanho, a contagem regressiva acelera.

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É exatamente isso que acontece. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as três principais causas de mortes evitáveis no mundo são o tabagismo ativo, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo passivo. Não foi à toa que o 31 de maio foi escolhido como o Dia Mundial Sem Tabaco. Foi para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do cigarro, um vício que traz muito sofrimento e encurta a vida.

O perigo é silencioso. Cerca de 80% dos efeitos do tabagismo podem permanecer “invisíveis” por muito tempo e, quando se revelam, já causaram grandes estragos. Quando um cigarro é aceso, além da fumaça tragada pelo fumante, 2/3 são lançados no ambiente. Essa fumaça possui cerca de quatro mil compostos; 200 são tóxicos e 40 cancerígenos. Fumar é o principal fator de risco para o câncer e para outras doenças graves, cardiorrespiratórias e cardiovasculares.

Muitos tipos de câncer não apresentam sintomas no início e quando são descobertos já estão em um estágio avançado, quando as chances de cura são menores. “É muito comum que pacientes com câncer de pulmão, por exemplo, descubram a doença ao fazer exames de rotina para outros problemas de saúde”, diz a oncologista clínica Paula Sampaio. “Muitas vezes, vão ao médico por causa de uma tosse que não para, dificuldades respiratórias, e descobrem um tumor”, explica.

Incidência

O câncer pode acometer qualquer pessoa, independentemente de gênero, etnia ou idade. “Segundo a OMS, cerca de 30% dos cânceres podem ser evitados se adotarmos hábitos saudáveis. Por ironia, o câncer de pulmão, que é o tipo mais letal, é um deles. Pode perfeitamente ser evitado, já que mais de 90% dos casos têm o cigarro como causa principal”, diz a médica.

A incidência global do câncer de pulmão pode chegar a 1,8 milhão de novos casos por ano. É o que mais mata no mundo, com 1,6 milhão de mortes. Para o Brasil, estimam-se 18.740 casos novos de câncer de pulmão entre homens e de 12.530 entre as mulheres para 2019. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pulmão em homens é o segundo mais frequente. Entre as mulheres é o quarto mais frequente.

O cigarro não causa apenas câncer de pulmão. “Várias pesquisas já comprovaram que o fumo está relacionado a pelo menos 17 tipos diferentes de câncer. Somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%”, destaca Paula Sampaio.

Vício

Nove em cada dez fumantes gostariam de largar o cigarro; 63% já tentaram fazer, mas não conseguiram. É o que diz uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). São pessoas que continuam fumando não porque querem, mas porque não conseguem se livrar do vício.

A médica alerta que, de todas as drogas, a nicotina é a mais difícil de largar, mesmo depois de um diagnóstico de câncer. “Um dado alarmante divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que mais de 50% dos pacientes com a doença continuam fumando durante o tratamento”, informa a médica.

Esta dificuldade é bem conhecida pela a aposentada de 70 anos que, entrevistada, preferiu não ser identificada. Ela fuma desde os 24. Começou “de brincadeira", diz. "Acendia o cigarro para o meu irmão e minha cunhada e, quando vi, já estava dependente”, lembra. Só conseguiu parar por um período, quando ficou grávida da única filha.

Em novembro de 2015, ela descobriu que estava com câncer quando fazia exames de rotina. O tumor em um dos pulmões estava com seis centímetros. Hoje, ela faz quimioterapia, mas quase três anos depois, e ainda em tratamento, ela não consegue abandonar o cigarro. “Sinto muita vergonha, mas não consigo parar de fumar. É mais forte do que eu. Tenho necessidade de ter sempre uma carteira de cigarros na bolsa”, conta ela.

O vício dificulta até atividades simples, como viajar com a família. A dependência é tão grande que uma viagem de avião pode se tornar um martírio. “No ano passado, nas férias com a família, viajamos para os EUA. O voo acabou demorando um pouco mais do que as seis horas previstas. Foi o suficiente para eu entrar em abstinência. Eu chorava, queria sair do avião de qualquer jeito para fumar”, lembra.

“Quando encontro outras pessoas fumando, principalmente jovens, sinto pena e abordo mesmo. Conto minha história e peço para parar de fumar enquanto é tempo”, afirma a aposentada. “É melhor que as pessoas não cometam o mesmo erro que eu e nem comecem a fumar”, aconselha.

A OMS classifica o tabagismo no grupo das doenças pediátricas porque cerca de 75% dos fumantes se tornam dependentes antes dos 18 anos; muitos o fazem aos 12 ou 13, e até antes. Somente 5% começam a fumar depois dos 25. Estudo veiculado na revista científica Pediatrics, por exemplo, mostrou que ambientes expostos à fumaça de cigarro estão impregnados por partículas cancerígenas, que podem permanecer no local por até dois meses e afetar principalmente as crianças.

Além dos fumantes – cerca de 21 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério de Saúde –, outro grupo que também sofre com as consequências do consumo do tabaco são os fumantes passivos.

Quem convive em ambientes fechados com fumantes também fica exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos gerados pela queima do tabaco e tem praticamente os mesmos riscos de desenvolver câncer. Conforme o Ministério da Saúde, mais de 14 milhões de brasileiros são fumantes passivos.

A notíia boa: o Ministério da Saúde divulgou, na última pesquisa Vigitel (2017), que o hábito de fumar caiu 36% entre os brasileiros de 2006 a 2017. A pesquisa também constatou que o Brasil conta hoje com mais ex-fumantes do que fumantes ativos: são 26 milhões contra 21 milhões.

Risco para fumantes passivos

1) Em bebês - Um risco cinco vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil); maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

2) Em crianças - Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio; risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e intensificação da asma. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os filhos de fumantes têm capacidade pulmonar duas vezes menor do que os filhos de gestantes que não fumaram durante a gestação.

3) Em adultos não fumantes - Maior risco de desenvolver doenças por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça; um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de infarto do que os não fumantes que não se expõem. (Fonte: Blog da Saúde)

Benefícios de parar de fumar

1) Em 20 minutos a frequência cardíaca fica próxima do normal.

2) Em 12 horas o nível de monóxido de carbono do sangue volta ao normal.

3) Em 24 horas o risco de ataque cardíaco diminui.

4) Entre dois a três meses a circulação sanguínea e função pulmonar melhoram.

5) Em até nove meses é percebida melhora na capacidade respiratória.

6) Em um ano o risco de ataque cardíaco diminui em 50%.

7) A partir de cinco anos o risco de derrame cerebral é igual ao de alguém que nunca fumou.

8) A partir de dez anos o risco de câncer de pulmão é quase igual ao de alguém que nunca fumou.

9) A partir de 15 anos o risco de doenças cardíacas é quase igual ao de alguém que nunca fumou. (Fonte: Oncoguia)

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos 12 anos a quantidade de fumantes caiu 40% no país, com 9,3% dos brasileiros afirmando ter vício em tabaco. Essa diminuição reflete na expectativa de vida da população, conforme mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Excluindo todas as causas de morte atribuídas ao tabagismo, o estudo projetou um ganho de 2,8 anos entre os homens e 0,3 entre as mulheres até 2030 devido à queda no número de fumantes.

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A pesquisa também revela que a prevalência do tabagismo entre os homens sempre foi maior. De 1980 a 2015, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de mortes decorrentes do consumo do tabaco, sendo 4,7 milhões de homens e 1,8 milhão de mulheres. A diferença no número de mortes por sexo indica ainda que a iniciação das mulheres no tabagismo ocorre aproximadamente 15 anos após a dos homens.

O cigarro é o responsável por cerca de 50 doenças, como diversos tipos de câncer, bronquite, enfisema, pressão alta, infarto, AVC e impotência sexual. E as consequências desse hábito podem ser irreversíveis.

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Brasil teve queda significativa no número de fumantes

- Tabagismo: ansiosos usam cigarro como escape

 

Hoje é o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para incentivar as pessoas a ficarem um dia sem fumar e também para chamar a atenção para os efeitos negativos que esse hábito causa à saúde.

Entre os fumantes estão muitas pessoas que sofrem de ansiedade e acabam desenvolvendo o vício de fumar para aliviar a tensão, e o cigarro possui substâncias que causam alterações químicas no organismo. "Quando a pessoa descobre uma forma de escape ela cria um condicionamento, o que vira uma compulsão por perder o controle, que pode prejudicar a saúde, a vida social, convivência familiar e até o trabalho", explica o psicólogo Rodrigo Casemiro. 

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Segundo Casemiro, a ansiedade é um estado de agitação interior, que ocorre por diversos fatores, sejam eles positivos ou negativos. Além disso, pode vir acompanhada de sintomas como tensão muscular, dor de cabeça, inquietação, aceleração de batimentos cardíacos, dor de barriga e respiração ofegante, entre outros.

A operadora de máquina, Fernanda Kazue Egashira, 30 anos, foi diagnosticada com ansiedade em 2016 e o vício no cigarro acabou virando sua forma de relaxar. "Quando fico ansiosa ou nervosa, meu escape é o cigarro, sem dúvida. Mas não se trata de encarar [o cigarro] como um remédio. Eu não me vejo parando de fumar tão cedo. Se tem algo que me deixa irritada é saber que meu cigarro tá acabando", conta.

O problema é que o uso continuo do cigarro pode causar consequências, como o desenvolvimento de câncer de pulmão e garganta, queda de cabelo, impotência sexual e dificuldades respiratórias. Ainda pode prejudicar a saúde de pessoas próximas, que se tornam fumantes passivos ao inalar a fumaça do cigarro, que pode desencadear doenças graves, como as que atingem o sistema respiratório.

Há 32 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 31 de maio – esta sexta-feira – como o Dia Mundial sem Tabaco. O objetivo é alertar sobre o risco de doenças cardiovasculares, já que anualmente o consumo da substância é responsável por cerca de sete milhões de mortes, das quais mais de 600 mil são por exposição involuntária à fumaça. No Recife, o hábito de fumar registrou uma queda de 37,4% entre 2006 e 2017. A diminuição conta com o auxílio de políticas públicas de redução e disponibilidade de tratamento gratuito através dos cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD) espalhados pelo município.

De acordo com a OMS, existem mais de um bilhão de fumantes no mundo que consomem cerca de seis trilhões de cigarros ao ano. “Em um momento de nervoso, você pode fumar uma carteira em um só dia”, declarou o artista plástico Rafael Silva. Aos 38 anos, ele revela que começou a fumar aos 13 anos através da influência publicitária e da cultura de massa, “existia muita propaganda, além disso tem a questão da elegância. Eu comecei vendo em filmes e novelas”, explicou. É válido pontuar que desde 1996, o Brasil vetou a produção e a veiculação de anúncios relacionadas ao tabagismo.

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"Nicotina é uma droga muito forte"

A nicotina, presente no cigarro, altera o sistema nervoso central e chega ao cérebro entre sete e nove segundos, resultando em uma variação do estado emocional e comportamental. Tais modificações induzem a dependência, caracterizada pela necessidade física e psicológica da substância. Mesmo sem o desejo de parar, Rafael sente os problemas acarretados em 25 anos de cigarro na respiração e faz inalação com soro fisiológico duas vezes por semana. “A gente tanta reduzir, pois sabe que o cigarro é ruim. Todos tentam, mas nicotina é uma droga muito forte. Ela é uma das piores”, confessou.

Influenciada pelo marido – que morreu pelo uso abusivo de tabaco - a contadora Clêci Reis começou a fumar aos 19 anos. Hoje com 65, ela se orgulha de ter vencido a nicotina. “Iria fazer 52 anos e me conscientizei que, com a idade, ia vir problemas de saúde. Hoje eu odeio cigarro”. Para a contadora, o dia 2 de janeiro de 2005 é um troféu, já que esta foi a data que decidiu não fumar mais e até hoje mantém a decisão.

Em relação ao tratamento, desde 1989, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) articula a Rede de Tratamento do Tabagismo através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com os Estados e municípios. Na capital pernambucana, os Caps AD de Afogados, Rosarinho, Ipsep, Cordeiro e Tamarineira oferecem tratamento e acompanhamento gratuitos, além de medicamentos - adesivos de nicotina e Cloridrato de Bupropiona, para minimizar os sintomas das crises de abstinência.

A OMS aponta que em 20 minutos sem cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal                 Foto: Pixabay

O tratamento

O principal centro em combate ao tabagismo é o de Prevenção Tratamento e Reabilitação de Alcoolismo (CPTRA), na Tamarineira, Zona Norte do Recife. A unidade realiza acompanhamento terapêutico com profissionais especializados através de dinâmicas em grupo formados por cerca de 20 fumantes, a cada 4 meses. "Na abordagem grupo, a gente trabalha tanto questões objetivas inerentes ao uso, que são as possibilidades e recursos para a redução da quantidade, a identificação de gatilhos que disparam [o consumo], e também questões subjetivas. Você entende que as pessoas que procuram, geralmente, têm problemas graves com o cigarro, muitas vezes usam mais de 30 por dia, realmente são fumantes graves", explicou o gerente do CPTRA Luiz Carlos. Ele acredita que a ansiedade, desamparo e sentimento de solidão levam as pessoas a fumar. "O cigarro ocupa de certa forma um espaço significativo na vida dessas pessoas além da questão química", afirmou.

O tratamento tem a finalidade de apresentar um novo comportamento aos fumantes, através de desconstruções comportamentais relacionadas ao ato de fumar, combinadas a intervenções cognitivas com treinamento de habilidades. O INCA adverte que, à princípio, deve-se evitar café e bebidas alcoólicas, pois estimulam à vontade. "A pessoa bebendo, a mente vai pedindo mais nicotina e você chega a fumar duas carteiras em um fim de semana", declarou o artista plástico. Clêci concorda que o tabaco é facilmente atrelado ao consumo de álcool. "As vezes eu passava 15 dias sem fumar. Chegava fim de semana, eu pegava duas cervejas e já dava vontade. Eu acho que era mais para alcoólatra do que para fumante", brincou. 

Menos cigarro, mais saúde 

Independente da idade, parar de fumar é uma opção que maximiza os cuidados com a saúde e com o bolso. Hoje, o dinheiro que a contadora gastava com carteiras de cigarro é revertido na mensalidade da hidroginástica. A OMS aponta que em 20 minutos sem cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; em duas horas, a nicotina é extinta do sangue; em oito horas, o nível de oxigênio no sangue é normalizado; entre 12 horas e um dia, os pulmões já apresentam uma melhora no funcionamento; após dois dias, o olfato já identifica melhor os cheiros e desperta o paladar; após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido pela metade, e em 10 anos, o risco é igual ao de pessoas que nunca fumaram.

Serviço

Confira os endereços dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD)

CPTRA - Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 2130, Tamarineira;

Caps AD do Rosarinho - Estação Vicente Araújo- Rua Couto Magalhães, 480;

Caps AD de Afogados - Espaço Travessia René Ribeiro, Rua Jacira, 210;

Caps AD do Ipsep - Professor José Lucena, Rua Santos Cosme e Damião, 186;

Caps AD Cordeiro - Rua Rondônia, 100.

Dúvidas ou informações podem ser obtidas através do telefone 3355-2821 ou pelo e-mail saúdementalal@gmail.com.

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil é signatário, contribuiu para acelerar a redução do número de fumantes, que já vinha ocorrendo no país em anos anteriores. A afirmação é da secretária executiva da Comissão Nacional para a implementação da Convenção, a médica Tânia Cavalcante, do Instituto Nacional do Câncer, no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta sexta-feira (31). A convenção é o primeiro tratado internacional de saúde pública com o objetivo conter a epidemia global do tabagismo

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2017 a prevalência de fumantes era 10,1%, enquanto em 2006 atingiu 15,7%.

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“O Brasil é um dos países que teve queda mais significativa na prevalência de fumantes. O último dado Vigitel de 2017 -  ainda não foi lançado o de 2018 - mostra que a proporção de fumantes no Brasil era de 10% na população acima de 18 anos, o que é equivalente a 15 milhões ou 16 milhões de pessoas”, afirmou Tânia, em entrevista à Agência Brasil, acrescentando que esse não é um número desprezível porque tem impacto grande no sistema de saúde.

A convenção é um conjunto de leis, entre elas a de aumento de preços de impostos, a de restrição de vendas de cigarros a menores, de proibição de propaganda de cigarros e medidas educativas, como as campanhas de advertência sanitária nas embalagens do produto. O tratado foi ratificado pelo Congresso Nacional e promulgado pela Presidência da República em 2005.

“Entre 1989, quando tivemos o primeiro estudo, até 2008, que é pouco depois que o Brasil ratifica a convenção promulgada em 2005, a queda na prevalência de fumantes foi de 46%. No intervalo entre 2008 e 2013, esse índice foi de 20%. Em cinco anos, tivemos uma queda que foi quase a metade do que se alcançou nos 20 anos anteriores, quando a gente não tinha a convenção, mas algumas ações que já vinham colaborando para reduzir o tabagismo”, disse a médica.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% dos tabagistas começam a fumar antes dos 18 anos. Para Tânia, a iniciação de fumantes também sofreu impacto com a redução do tabagismo no Brasil. Em 2009, 24% das crianças e adolescentes experimentavam cigarros, enquanto em 2015 eram 19%. “Ainda é um número alto, embora seja muito mais baixo que em outros países”, acrescentou.

A coordenadora disse ainda que a decisão do governo de aumentar os impostos sobre o cigarro influenciou o consumo da população de renda mais baixa e das faixas mais jovens. “Aqui no Brasil se comprova o que as pesquisas do Banco Mundial já mostravam, que essa é uma das medidas mais efetivas para reduzir o tabagismo, especialmente entre os jovens, na prevenção da iniciação e nas populações com menor renda e escolaridade. A convenção agrega valores ao que já vinha sendo feito no Brasil desde meados da década de 90”, observou.

Segundo a secretária, a Comissão Nacional para a implementação da Convenção tem integrantes de vários órgãos de 18 setores do governo, incluindo a Advocacia-Geral da União (AGU), que no último dia 21 entrou com uma ação na Justiça do Rio Grande do Sul pedindo o ressarcimento, pelas empresas produtoras de fumo, dos gastos públicos no tratamento de doenças causadas pelo tabagismo. A ação é decorrente do cumprimento do Artigo 19 da convenção, que trata da responsabilização civil pelos danos. A Receita Federal também tem acento na convenção para tratar das questões tributárias.

A médica lembrou que o Brasil também ratificou o protocolo relacionado ao Artigo 15 do tratado, que se refere à eliminação do mercado ilegal de cigarros.

“Esse protocolo já tem a adesão de mais de 50 países, e a cooperação internacional é o eixo mais importante, porque hoje o que está por trás do comércio ilegal é o crime organizado, a corrupção e a lavagem de dinheiro. Então, é preciso que haja cooperação dos órgãos que têm o poder no tema, que passa a ser de segurança pública, mas também de saúde pública. O cigarro contrabandeado é tema de saúde pública porque facilita a iniciação do tabagismo de crianças e adolescentes, pois é muito mais barato”.

De acordo com a pesquisa colaborativa, coordenada pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (Iecs), 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência do tabagismo. Cerca de 12,6% de todas as mortes que ocorrem no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros. As mortes por doenças cardíacas respondem pela maior parte delas: 34,99 mil. Os dados são de 2015 e se referem a pessoas com mais de 35 anos.

Doenças

Entre as pessoas que adoecem por causas atribuídas ao tabagismo, as cardíacas atingem 477,47 mil. A pulmonar obstrutiva crônica vem em segundo lugar, com 378,59 mil casos, seguida de 121,15 mil com pneumonia, 59, 50 mil de acidente vascular cerebral, além de 73,5 mil diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Desse total, 26,85 mil com câncer de pulmão.

Custos

A pesquisa mostrou ainda que as despesas médicas e a perda de produtividade atribuídas ao tabagismo alcançam R$ 56,9 bilhões, sendo R$ 39,4 bilhões de custos médicos diretos, o equivalente a 8% de todo o gasto com saúde e a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos, em razão da morte prematura e da incapacidade.

Enquanto o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um grupo de trabalho para avaliar a diminuição do imposto do cigarro, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), apresentou, nesta quarta-feira (15), um projeto de lei que visa justamente o contrário como forma de diminuir o consumo: aumentar a carga tributária sobre produtos do tabaco.

 O texto cria a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de produtos do tabaco. O senador explica que pagarão a taxa os produtores e importadores, pessoa física ou jurídica, de charutos, cigarrilha e cigarros.

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De acordo com Humberto, há inúmeros estudos e evidências no mundo de que a medida, que é relativamente simples e barata, repercute em toda a cadeia econômica e no custo dos cigarros ao consumidor final – em especial os pobres e os jovens, atualmente os segmentos mais afetados pelo tabagismo.

 “Assim, conseguimos reduzir o seu consumo tanto em países desenvolvidos como nos países mais pobres. Outro grupo sensível a mudanças de preço é o daqueles que fumam grandes quantidades. De todas as intervenções para combater o fumo, o aumento dos impostos tem demonstrado ser a mais efetiva”, ressaltou.

 A proposição estabelece que o Tribunal de Contas da União acompanhará a efetiva e correta utilização dos recursos arrecadados pela Cide-Tabaco, elaborando parecer anual a ser encaminhado ao Congresso Nacional e à Presidência da República.

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A empresa Le Bras Frères, responsável por montar os andaimes no teto da catedral Notre-Dame de Paris, que estava em reforma no momento do incêndio da semana passada, admitiu que alguns operários fumavam na obra, apesar da proibição.

"Efetivamente, alguns funcionários violavam esta proibição de vez em quando e lamentamos", afirmou à AFP o porta-voz da empresa, Marc Eskenazi. "Informamos a polícia", completou.

O porta-voz respondeu desta maneira a um texto da revista satírica Le Canard enchaîné, publicado nesta quarta-feira (24), que afirma que a polícia encontrou sete guimbas de cigarro perto dos andaimes.

Eskenazi, no entanto, descartou a possibilidade de uma guimba mal apagada ter provocado o incêndio que destruiu na segunda-feira da semana passada parte do teto da catedral gótica e derrubou seu emblemático pináculo (conhecido como flecha).

"Qualquer pessoa que já tentou alguma vez acender o fogo em uma chaminé (sabe que) não acontece muita coisa quando você lança uma guimba sobre um tronco de carvalho", disse, em referência aos 1.200 troncos que sustentavam o teto da catedral.

"Era proibido fumar nos andaimes. Mas era um pouco complicado descer porque levava tempo", declarou Eskenazi.

Questionado sobre a possibilidade do fogo ter começado nos motores elétricos dos elevadores instalados para montar os andaimes, Eskenazi disse que "não se identificou nenhum problema" nestes.

"De todas as maneiras ficam longe da flecha. E pelo que foi estabelecido, o incêndio começou dentro do edifício", afirmou.

"Sob nenhuma circunstância são responsáveis pelo incêndio", declarou.

Os primeiros indícios apontam que o fogo começou por acidente, provavelmente por um curto-circuito, mas os especialistas ainda precisam examinar minuciosamente todos os vestígios em busca de provas para determinar as causas exatas.

A catedral de Notre-Dame é o monumento histórico mais visitado da Europa, com entre 12 e 14 milhões de turistas por ano.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, criou grupo de trabalho (GT) "para avaliar a conveniência e oportunidade da redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil, e, assim, diminuir o consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade, o contrabando e os riscos à saúde dele decorrentes". A portaria com a decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 26.

Segundo o ato, representantes da Polícia Federal, Secretaria Nacional do Consumidor e Assessoria Especial de Assuntos Legislativos, órgãos do Ministério da Justiça, irão integrar o grupo. Ainda serão convidados a compor a equipe representantes dos ministérios da Economia e da Saúde.

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"O GT poderá convidar pesquisadores e especialistas para participarem ou assessorarem o grupo, quando necessários para o cumprimento de sua finalidade", cita a portaria. "O GT será provisoriamente presidido pelo representante da Polícia Federal e, depois de completo, pelo membro escolhido pelo próprio grupo de trabalho", acrescenta.

O grupo produzirá estudos sobre a tributação de cigarros fabricados no Brasil e propostas de melhorias à política fiscal e tributária do setor, incluindo medidas para a redução do consumo de cigarros estrangeiros de baixa qualidade e contrabandeados, que, segundo a pasta, já ocupam ilegalmente parte significativa do mercado brasileiro, com danos à arrecadação tributária e à saúde pública.

Também faz parte do material a ser elaborado proposta de alterações ou edição de normas necessárias para a efetiva aplicação das ações sugeridas. O relatório final dos trabalhos deverá ser entregue ao ministro Moro no prazo de 90 dias.

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) teve um relatório aprovado, nessa quarta-feira (20), pela Comissão de Assuntos Sociais referente ao tabagismo. Caso o texto passe a valer, o fumo em veículos será proibido na presença de menores de 18 anos.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a Câmara dos Deputados ainda irão analisar o relatório. Humberto explica que a proposta altera o Código Brasileiro de Trânsito ao prever a vedação do uso de produtos fumígenos em veículos na presença de crianças ou adolescentes, sujeito à multa e cômputo de pontos na carteira para o motorista que fumar ou permitir o fumo no carro com menor de idade.

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“Temos que proteger os mais vulneráveis do fumo passivo, sabidamente pernicioso e responsável por significativa parcela da carga de doenças provocada pelo tabaco”, justificou.

O parecer de Humberto ainda proíbe o uso de aditivos e aromas em produtos de tabaco, como mentol, que refresca a garganta e facilita a adaptação do iniciante ao fumo, ou a amônia, que acelera a absorção da nicotina. O texto também veda a exibição de qualquer forma de propaganda e exposição, mesmo nos pontos de venda.

Segundo o senador, a restrição ao uso de aditivos é uma medida de controle do tabagismo adotada mundialmente. “Pelo menos 40 países impuseram restrições a aditivos de sabor e aroma em cigarros, incluindo o Canadá, que baniu o uso de mentol em produtos de tabaco em 2017, e os 28 membros da União Europeia, cuja proibição para sabores característicos em cigarros e outros produtos de tabaco será ampliada para incluir o mentol em 2020”, explicou.

De acordo com o parlamentar, as restrições de publicidade e exposição, inclusive nos pontos de venda, também são registradas em diversos países do mundo, com a finalidade de evitar o contato e a familiarização das crianças e adolescentes com esses produtos.

“Estamos dando um grande passo para a redução do uso de cigarro no país. Cerca de 130 mil brasileiros morrem por ano pelos efeitos do fumo, sendo que o Brasil gasta R$ 21 bilhões anualmente com saúde apenas para tratar doenças relacionadas ao tabaco. É um quadro aterrorizante”, finalizou.

Cerca de 15 toneladas de cigarros apreendidos neste mês de janeiro foram destruídos pela Alfândega do Aeroporto Internacional de Brasília, nesta sexta-feira (25). O valor da mercadoria, segundo a Receita Federal, é de aproximadamente R$ 3,7 milhões.

Caixas de cigarro, contendo 500 maços cada, foram esmagadas por um trator de esteira até romper as sete camadas das embalagens que os protegem. A Receita Federal confirma que depois de esmagado, o resíduo é misturado ao lixo orgânico já existente no local da destruição.

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Além dos cigarros, foram destruídos charutos e tabaco para narguilé. A destruição dos produtos aconteceu em parceria com a prefeitura de Planaltina de Goiás, possibilitando a destruição dos cigarros e o descarte, em aterro sanitário.

Mais de 12 mil cigarros contrabandeados foram encontrados pela Polícia Civil de São Paulo, após uma denúncia anônima. Além dos cigarros, a polícia ainda encontrou no local duas pistolas calibre 380, um revólver, uma espingarda, doze munições e duas miras lasers, de uso restrito.

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Todos esses materiais estavam num armazém, situado no município de Lindoia, em SP. No local, os agentes foram recebidos por um comerciante de 55 anos, que alegou ser proprietário do estabelecimento. Nas buscas, os agentes se depararam com os 12 mil e 300 pacotes de cigarros de origem paraguaia, proibidos de serem comercializados em território brasileiro, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Todos os objetos foram apreendidos, sendo solicitado exames ao Instituto de Criminalística (IC). O caso foi registrado como contrabando e posse ilegal de arma de fogo. O comerciante está à disposição da Justiça de São Paulo.

Em Bezerros, Agreste de Pernambuco, uma carga de 6 mil 580 maços de cigarro paraguaio e 465 pares de tênis falsificados foi apreendida nesta segunda-feira (7), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A mercadoria era transportada em um ônibus que havia saído da Feira da Sulanca, em Caruaru, com destino ao município de Mari, na Paraíba.

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O flagrante ocorreu durante fiscalização de veículos que fazem o transporte de passageiros. Dezenas de caixas com os produtos foram encontradas pela PRF. O proprietário do veículo estava no local e informou que não sabia quem havia embarcado a mercadoria no coletivo. Ele foi encaminhado, juntamente com toda a mercadoria, para a Delegacia de Polícia Federal em Caruaru, que investiga o caso.

O Instituto de Pesquisa Datafolha revelou que 82% dos atuais fumantes optariam por uma solução menos danosa do que o cigarro, enquanto que 78% dos não fumantes recomendariam outras alternativas a terceiros, fumantes ativos ou passivos. Também segundo a pesquisa, a média declarada de consumo de cigarros no Brasil é de 13 unidades por dia para cada fumante.

O Datafolha mostra que 79% dos brasileiros são favoráveis a que o governo autorize a venda dele opções menos nocivas à saúde no Brasil, já disponibilizada por algumas empresas estrangeiras. É um dado em linha com a resposta de 80% dos entrevistados que concordam que os fumantes deveriam ter acesso a produtos de risco reduzido.

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A comercialização desses produtos está banida no Brasil desde 2009, enquanto que em diversos países do mundo o tema tem avançado bastante. Agências como o Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos e a Agencia de Saúde Pública no Reino Unido (Public Health England) entendem que novas tecnologias de risco reduzido podem ter um papel importante na redução dos danos à saúde causados pelo cigarro, funcionando de maneira complementar às políticas públicas de cessação.

“É indiscutível que a maioria dos fumantes tem plena consciência dos danos causados pelo hábito de fumar cigarros. Contudo, muitos ainda continuarão fumando e sabem que sofrerão sérias consequências à sua saúde. A pergunta que se faz é, existindo soluções que tem o potencial de reduzir os danos à saúde, por que elas não estão hoje disponíveis aos adultos fumantes brasileiros? ”, argumenta Fernando Vieira, Diretor de Assuntos Corporativos da Philip Morris Brasil, empresa responsável pela contratação da pesquisa feita pelo Datafolha.

O estudo aponta, ainda, que o principal motivo que leva os fumantes a se interessarem por produtos de menor risco está ligado ao bem-estar: 76% dizem que fariam a troca porque querem ter menos problemas de saúde. No entanto, a pesquisa mostrou que o brasileiro ainda desconhece que alternativas ao cigarro e de menor risco já estão disponíveis no exterior: 75% dos entrevistados não sabem definir o que ou quais seriam produtos de risco reduzido e, deste total, apenas 1% já ouviu falar das soluções já existentes que usam o tabaco aquecido.

A pesquisa do Datafolha foi feita em julho com pessoas de 18 anos ou mais, a maioria na faixa de 25 a 59 anos. As 1982 entrevistas foram distribuídas por 129 municípios de todas as regiões do país para representar a população brasileira maior de idade, pertencente a todas as classes econômicas, de acordo com cotas de sexo e idade baseadas na PNAD 2016 (IBGE).

Por Tamires Melo

Um estudo coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta uma redução na proporção do consumo de cigarros ilegais no Brasil. Apresentado semana passada em Genebra, durante um encontro para se discutir estratégias conjuntas no combate ao mercado ilegal de produtos derivados do tabaco, o trabalho indica que o consumo de cigarros contrabandeados ou pirateados no País caiu de 39,7 bilhões em 2016 para 34,9 bilhões no ano passado. Ao mesmo tempo, o consumo de produtos legais aumentou, passando de 53,1 bilhões para 55,8 bilhões.

"As estimativas mostram uma reversão da tendência, que era de aumento do mercado ilegal", afirma Tânia Cavalcante secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ), um acordo firmado por 181 países para reduzir e prevenir o tabagismo. "É preciso ver os próximos resultados, para avaliar se a tendência se confirma", afirma.

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A queda contraria previsões feitas pela indústria do tabaco. Depois de aumento de impostos, o setor acreditava que a população migraria para o mercado ilegal, o que não ocorreu. A secretária executiva lista uma série de hipóteses que podem ter contribuído para a mudança do consumo. Apreensões de produtos ilegais em áreas de fronteira e maior fiscalização podem ter levado a uma redução da oferta.

Estratégia

O mercado ilegal é considerado por especialistas no combate ao tabagismo como um problema a ser resolvido. As estratégias para redução e prevenção do tabagismo passam pelo aumento de preços, por regras claras para embalagens e até pela composição de cigarros. Medidas que somente são implementadas no mercado formal. "Preços mais altos favorecem não apenas a redução do consumo dos cigarros, mas inibem a experimentação de cigarros por crianças e adolescentes", disse Tânia.

Ela diz estar preocupada com a estabilização dos números de consumo de cigarro no Brasil, em 10,11%. Na faixa entre 18 e 24 anos, o porcentual de fumantes saltou de 7,4% para 8,5% entre 2016 e 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fundação do magnata e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg revelou nesta terça-feira (14) os nomes de três organizações escolhidas para liderar a STOP, uma ONG que terá 20 milhões de dólares - em três anos - para denunciar as "práticas enganosas" da indústria do cigarro.

A Universidade de Bath, na Grã-Bretanha, o Centro Mundial para a Boa Governança na Luta Contra o Fumo, na Tailândia, e a União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Respiratórias, em Paris, dirigirão "de forma coletiva um novo grupo mundial de vigilância da indústria do cigarro: STOP.

Este grupo publicará relatórios de pesquisas com detalhes sobre as "estratégias enganosas" da indústria do cigarro e proporcionará ferramentas e material de treinamento para países de renda média e baixa que desejem combater o fumo.

"STOP protegerá os consumidores revelando as manobras da indústria do cigarro, incluindo a mercadologia voltada aos jovens", disse Michael Bloomberg, embaixador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para doenças não contagiosas e fundador da Bloomberg Philanthropies.

A organização garante ter investido quase 1 bilhão de dólares desde 2007 na luta contra o cigarro em todo o mundo.

"A indústria do cigarro é um grande obstáculo na luta mundial contra as mortes prematuras por câncer e doenças cardíacas", destaca o doutor Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, no comunicado da fundação.

Segundo a OMS, quase 80% do 1 bilhão de fumantes no mundo vivem em países de renda média ou baixa e a epidemia de tabaquismo mata mais de 7 milhões de pessoas a cada ano.

Cerca de 7,2 milhões de cigarros foram apreendidos na manhã desta sexta-feira (20) em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco. A apreensão, realizada pela Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE), em parceria com as polícias Civil e Militar, além da Receita Federal do Brasil (RFB), apreendeu os 360 mil maços em um galpão clandestino no município. Segundo a Sefaz-PE, a carga veio do Paraguai.

A movimentação do produto estava sendo monitorada pela secretaria desde sua saída do estado de São Paulo. As informações sobre os indícios de irregularidades foram repassadas à Polícia Civil, que requisitou à Justiça o mandado de busca e apreensão. Além dos cigarros, também foram encontrados documentos, como cheques e talonários de pedidos, além de computadores, que serão analisados pelo Laboratório de Auditoria Digital da Secretaria. Uma pena de perdimento e a carga será destruída. 

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Uma análise da documentação será feita para identificar todos os responsáveis pela comercialização dos cigarros. “Diante da dificuldade de o Fisco em acessar o galpão, representamos por um mandado de busca e apreensão. Após as análises dos documentos procederemos na identificação e responsabilização criminal dos envolvidos por crimes contra a saúde pública e a ordem tributária, bem como de receptação”, afirmou o delegado da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deccot) da Polícia Civil, Germano Bezerra.

Esta quinta-feira (31) é tida como o Dia Mundial da Luta Contra o Tabaco, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo como objetivo alertar os fumantes sobre o perigo que o cigarro traz para a saúde humana. Este vício está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão no mundo, tendo nos 10% restantes 1/3 dos chamados fumantes passivos. Apesar desses dados preocupantes, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas, popularmente conhecida como câncer, entre a população fumante. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deverá somar 31.270 novos casos de tumores pulmonares em 2018 por conta do consumo do tabaco. 

A nicotina que está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos aumenta as chances de quem consome desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. O oncologista Eduardo Inojosa diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. “Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles, perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença”, diz.

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O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos por vídeo são cada vez mais realizados com um menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

Quando você para de fumar o corpo responde positivamente

Segundo informações médicas, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas.

Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E, após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30% (trinta por cento).

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

Com informações da assessoria

Dois policiais civis e um policial militar foram presos em flagrante na quarta-feira (4) com uma carga de 130 mil cigarros contrabandeados do Paraguai. Eles são acusados de revender a mercadoria ao invés de encaminhar o material para a delegacia.

A prisão ocorreu nas proximidades do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. O proprietário da mercadoria também foi detido.

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Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, a participação de policiais em desvio de cargas estava sendo investigada desde dezembro de 2017. "Que isso sirva de exemplo, que seja pedagógico. Não vamos aceitar condutas como essa de desvio e cometimento de crimes", afirmou Joselito.

Um dos policiais civis estava afastado desde 2015 por estar respondendo a um processo criminal. O segundo policial civil estava na ativa. Já o policial militar estava afastado por licença médica.

"Diante de uma situação de desvio de conduta, ele [policial militar] será submetido a procedimento administrativo em paralelo ao que se passar na área criminal", resumiu o major Luiz Brito. O PM estava há nove anos na corporação e era lotado no 16º Batalhão, que atua no centro da capital.

Os crimes pelos quais os presos vão responder são peculato, contrabando e organização criminosa armada. Presos em flagrante, os policiais vão passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (5), podendo ter a prisão preventiva decretada.

Um homem pode ficar até seis meses preso após divulgar a foto do seu filho de nove meses com um cigarro na boca. O caso aconteceu na Indonésia.

O pai foi identificado como Muzammil, de 36 anos. Ele já está detido. As fotos foram tiradas pela sua esposa, de 18 anos.

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A mulher não foi presa. O motivo não foi divulgado pela polícia local. 

A imprensa da Indonésia informou que não existe um crime específico na lei do país por encorajar crianças a fumar. Entretanto, Muzammil pode ficar preso por seis meses através do Ato de Proteção da Criança.

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