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Foi revelado o primeiro teaser do filme Nosso Sonho, que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha. O longa é estrelado por Lucas Penteado (Claudinho) e Juan Paiva (Buchecha). A estreia nos cinemas está prevista para o dia 21 de setembro.

A trama retrata a história dos dois jovens de uma comunidade no Rio de Janeiro, que conquistaram o público nos anos 1990 com hits do funk melody como “Só Love”, “Quero Te Encontrar” e a faixa que nomeia a cinebiografia: “Nosso Sonho”.

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A direção é de Eduardo Albergaria, com produção musical do próprio Buchecha. O elenco também conta com Clara Moneke (Vai na Fé), Tatiana Tiburcio, Nando Cunha, Lellê Landim, Isabela Garcia e Antonio Pitanga.

O primeiro disco da dupla foi lançado em 1996, eles possuem cinco álbuns no total, incluindo uma versão de músicas ao vivo. Em 2002, Claudinho sofreu um acidente de carro e faleceu. Atualmente, Buchecha segue carreira solo.

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Nesta semana é celebrado o Dia Nacional do Documentário Brasileiro. O Leia Já conversou com o crítico de cinema e televisão Franthiesco Ballerini sobre o gênero e quais títulos marcaram a história do cinema nacional. Ele elenca os seis que considera os mais representativos da produção brasileira. Confira:

O Prisioneiro da Grade de Ferro (Autoretratos) - 2003, de Paulo Sacramento

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Um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, os detentos aprendem a utilizar câmeras em um curso de filmagem e passam a documentar seu cotidiano no maior presídio da América Latina. A direção é de Paulo Sacramento

A intenção é criar uma imagem fora do estereótipo que a mídia criava sobre os detentos, dar a eles a oportunidade de se autoretratarem, de contar a própria história. É uma oportunidade rara de entrarmos no mundo da psique de pessoas que são deixadas à parte da sociedade”, comenta Ballerini.

Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado

A partir do ciclo de vida de um tomate, o filme revela o drama dos moradores da “Ilha das Flores” que procuram alimento no lixo. Aborda um tema urgente da população mundial, que é o desperdício de comida. Usando uma linguagem meio bem-humorada, cínica, misturando também um discurso científico, quase quebrando a fronteira do que é documentário e do que é ficção. O crítico lembra que o documentário mostra como aquele alimento é desprezado pela classe média alta, não servindo nem para alimentar os porcos, que depois vão ser alimentos da humanidade. Assim, o tomate vai para o lixão onde as populações segregadas muitas vezes só têm aquilo como opção de alimento, todos os dias. 

Serras da Desordem (2006), de Andrea Topacci

O filme acompanha um indígena que escapa de um ataque à sua comunidade, e durante dez anos, anda sozinho pelas serras do Brasil. Ele se torna manchete nacional e centro de polêmica criada por antropólogos e linguistas quanto à sua origem e identidade.

"Moostra com profundidade como em busca do desenvolvimento, a civilização dilacera comunidades que vivem há séculos isolados em regiões protegendo aquele meio ambiente”, sintetiza Ballerini. 

Notícias de uma Guerra Particular (1999), de Kátia Lund e João Moreira Salles

"Você tem um raro acesso a múltiplas versões, visões e olhares sobre algo que é muito grave no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, que é o tráfico de drogas. A equipe do Salles ficou dois anos investigando na favela de Santa Marta para fazer um painel da visão do tráfico de drogas no ponto de vista dos moradores, dos traficantes, dos policiais e é simplesmente magnífico”, conta Ballerini.

Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho

Atendendo a um anúncio de jornal, 23 mulheres contam suas histórias de vida gravadas em um estúdio. “O filme é absolutamente ousado, ele mistura ficção com documentário ao entrevistar mulheres aparentemente anônimas, e mulheres famosas como Andrea Beltrão, Fernanda Montenegro e a Marília Pêra coletando depoimentos. Em determinado momento você começa a entender porque o filme chama jogo de cena, é literalmente isso, a proposta do Coutinho”, diz Ballerini.

O documentário provoca a dúvida sobre quais histórias contadas são reais ou encenações. “É um filme que te leva às lágrimas", finaliza o crítico. 

O cinema feito no Brasil já passou por diversas fases e hoje conta com produções de qualidade e público crescente. O dia 19 de junho foi escolhido para render-lhe homenagem

O cinema brasileiro já atravessou diversas fases. A chanchada, na década de 1930; o 'Cinema Novo', nos anos 1950; a pornochanchada nos 1970; e uma espécie de renascimento, na chegada dos 1990, com o 'Cinema de Retomada'. De lá para cá, a produção nacional vem crescendo, resistindo às dificuldades e crises e mostrando o potencial do país na sétima arte. 

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O dia 19 de junho é dedicado a celebrar esta arte nacional. O Dia do Cinema Brasileiro foi escolhido nesta data pois foi quando, em 1898, foram registradas as primeiras imagens, em solo nacional, com um cinematógrafo. Para celebrar, que tal conhecer alguns dos filmes brasileiros mais assistidos nos últimos tempos? Confira.

Os Dez Mandamentos (2016) - 11, 216 milhões de espectadores

Tropa de Elite (2010) - 10.736.995 de público

Dona Flor e Seus Dois Maridos (1977) - 10.735.524 espectadores

Minha Mãe é uma Peça 2 (2016) - 8,8 milhões de espectadores

A Dama do Lotação (1978) - 6.509.134 de público 

Se eu fosse você 2 (2009) - 6.112.851 de espectadores

O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977) - 5.786.226 de público

2 Filhos de Francisco (2005) - 5.319.677 de pessoas

Nada a Perder (2018) - 11.285.248 de espectadores



 

Neste mês de julho, começa o período de férias, seja no ambiente escolar ou acadêmico. Com o tempo livre, uma boa opção de lazer é acompanhar obras cinematográficas. O LeiaJá entrevistou o crítico de cinema e autor do livro “Cinema Brasileiro no Século 21”, Franthiesco Ballerini, para dar dicas de filmes nacionais que todo brasileiro deve assistir. O especialista também contou como está o cenário cinematográfico no Brasil. Confira:

Central do Brasil (1998) – Direção de Walter Salles

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O filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro), uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, e parte em uma busca no interior do Nordeste para encontrar o pai de um garoto chamado Josué (Vinícius de Oliveira), que perdeu a mãe em um acidente de ônibus. A obra ganhou o 'Urso de Ouro (melhor filme)' e o 'Urso de Prata (melhor atriz)' no Festival de Berlim, além de levar o 'Globo de Ouro' de melhor filme estrangeiro. Franthiesco comenta que este é um dos melhores trabalhos de direção, e um dos melhores trabalhos de harmonia entre todos os elementos de um filme.

Cidade de Deus (2002) – Direção de Fernando Meirelles e Kátia Lund

A trama gira em torno do jovem Buscapé (Alexandre Rodrigues), morador da periferia, que tem seu destino traçado fora dos caminhos da bandidagem, por conta de seu talento como fotógrafo. Vale destacar a presença do personagem Zé Pequeno (Leandro Firmino), como um dos grandes antagonistas do filme, que foi indicado a quatro categorias do Oscar: melhor diretor; melhor fotografia; melhor montagem e melhor roteiro adaptado. De acordo com o crítico, este também é um dos filmes que conseguem ser um trabalho impecável de autoralidade, com apelo ao público.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) - Direção de Glauber Rocha

O cineasta brasileiro, que na época tinha apenas 25 anos, trouxe na obra uma história sobre rebelião popular com cenário principal nos sertões brasileiros. A sinopse oficial conta que, depois de matar um patrão inescrupuloso, Manoel (Geraldo Del Rey) foge com a mulher Rosa (Yoná Magalhães) para as terras áridas do sertão. Para Franthiesco, esta obra cinematográfica tem o melhor roteiro sobre a gênese da violência, que gera o cangaceiro.

Limite (1931) – Direção de Mário Peixoto

O filme é preto e branco, e também mudo. A trama aborda a história de duas mulheres e um homem que estão em um barco à deriva, que posteriormente passam a ficar cansados de remar. Conformados com a morte, os personagens passam a relembrar situações do passado. O filme chegou a ser exibido em Paris e Londres, e hoje existem cópias do filme incompleto, por conta de trechos que se perderam. Estudiosos e cineastas já o assistiram, como Orson Welles (1915 – 1985) em sua passagem no Brasil, no ano de 1942. Segundo Franthiesco Ballerini, esta é uma obra que precisa ser vista.

O Bandido da Luz Vermelha (1968) – Direção de Rogério Sganzerla

Neste filme, a história é inspirada nos crimes do assaltante João Acácio Pereira da Costa, o bandido da luz vermelha, que realiza assaltos em residências, e foge das autoridades policiais. De acordo com o cineasta Sganzerla, este é um longa que mistura diversos gêneros: faroeste, musical, documentário, policial, comédia, ficção científica e se torna um “filme-soma”. Franthiesco avalia que este foi um filme “importantíssimo”.

Terra em Transe (1967) – Direção Glauber Rocha

O longa traz um contexto sobre política em sua composição, por conta do momento em que foi feito, nos anos 60, durante a ditadura militar. A trama mostra um país chamado Eldorado, onde o poeta e jornalista Paulo Martins (Jardel Filho) decide abandonar a proteção de um político, para apoiar o populista Felipe Vieira (José Lewgoy) para governador. Para o crítico de cinema, este é um filme fundamental para entender o Brasil de hoje. “Glauber foi muito visionário na época”, destaca.

Importância do cinema nacional

De acordo com Ballerini, é importante que o Brasil produza obras cinematográficas, porque o cinema por si só é uma manifestação da cultura de um país. “O cinema trafega e flutua muito bem pelo mundo, por meio dos festivais, pelo streaming também. Então é uma maneira excelente de mostrar nosso país, nossa cultura, nossa cara, o lado bom e o lado ruim”, aponta.

Existem caminhos para que a cultura brasileira seja exposta, de modo que se rompa a barreira da estereotipação. “O cinema é o caminho para a gente fugir do estereótipo do futebol e do carnaval, ou até mesmo de falar dessas manifestações, fugindo dos estereótipos. É importantíssimo, o cinema já fez isso muito bem”, comenta.

Franthiesco ressalta que existe uma ideia equivocada, de que os filmes nacionais mostram apenas as mazelas do país. “Ao contrário, o cinema brasileiro é um dos canais para se mostrar a pluralidade da nossa cultura”, diz.

No último sábado (22) ocorreu pré-lançamento do filme “Vagabundos Enrascados”, gravado no município de Guarulhos (SP) e estrelado pela atriz cantora, dubladora e humorista Suely Franco,  que estreou na TV Globo há 48 anos e cujo último trabalho na emissora foi na telenovela "A dona do pedaço" (2019). 

O longa-metragem  conta com a direção da atriz, apresentadora, produtora, roteirista e diretora Barbara Mascarenhas e o enredo ficou a cargo do  roteirista James Salinas. O projeto é viabilizado pela Lei Aldir Blanc, que visa o incentivo à cultura, durante a pandemia do Covid-19. 

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O filme conta a história de três amigos, que ganham a vida com trapaças e trabalhos duvidosos. Em uma determinada ocasião, eles encontram uma possibilidade de interceptar e entregar uma encomenda para máfia chinesa, o que lhes garantiriam muito dinheiro. Durante a jornada, o trio terá que lidar com diversos desafios que prometem trazer um desfecho cômico e trágico. 

Também estará presente no elenco o ator Tony Lee, conhecido por participar das séries “A Garota da Moto” (2016 - SBT) e o “O Grande Gonzales” (2016). Outro que marca presença no filme é o rapper Helião do RZO, responsável pelas canções “O Trem” (1999), “Pobre no Brasil só leva chute” (1998) e os álbuns “Todos São Manos” (1999) e “Evolução é uma Coisa” (2003).

“Vagabundos Enrascados” foi feito por meio do cinema de guerrilha, uma prática utilizada para descrever produções de filmes que contam com baixo ou nenhum orçamento. “Eu prefiro ser guerrilha, porque esse é realmente o lugar onde nós estamos. Numa trincheira pela Cultura, onde importa quem está ao seu lado. O importante é a relação de estar juntos e porque estar juntos. A guerrilha é um lugar de poucos recursos, mas repleto de criatividade, força ativa, profissionalismo e disposição em lutar pelo resultado final do projeto”, comenta Barbara. 

De acordo com a diretora, os desafios de produções não se resumem aos acontecimentos da pandemia, mas também, em mostrar que com uma equipe criativa, é possível encontrar soluções para fazer cinema com pouco dinheiro. Mas, Barbara destaca que a crise sanitária trouxe limitações e mesmo com todos os protocolos de segurança, dois integrantes da equipe testaram positivo para o Covid-19. 

Apesar dos inconvenientes, a diretora afirma que a criatividade do grupo, permitiu que eles encontrassem maneiras de driblar os problemas. Barbara também ressalta a vontade de realizar esse tipo de produção na cidade de Guarulhos e o desejo de valorizar os bairros do município, entre eles, Macedo, Santa Clara e Santa Mena, que serviram de cenário para o filme. 

“Vagabundos Enrascados” está previsto para ser lançado até setembro de 2021.

Nesta quinta-feira (11), a partir das 22h, a plataforma Sesc Digital disponibiliza três filmes de Kleber Mendonça Filho: "O Som ao Redor" (2012), "Aquarius" (2016), e o fenômeno lançado pela cineasta pernambucano em parceria com Juliano Dornelles, "Bacurau" (2019). As produções estarão acessíveis por até 24 horas de maneira gratuita.

A mostra de filmes é um complemento da live "No Roteiro: Kleber Mendonça Filho", que acontece também nesta quinta-feira (11), no canal oficial do CineSesc no YouTube, às 20h, com o autor das produções. Durante o evento, o autor trará mais informações e curiosidades sobre o livro "Três Roteiros", onde é apresentado o roteiro original dos longas.

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"O Som Ao Redor" foi um dos trabalhos de grande repercussão do diretor. O longa traz uma mensagem sobre ter posses e como este contexto está presente na história do Brasil, mesmo em épocas diferentes. O cineasta havia sido premiado em festivais por curtas-metragens e, a partir deste trabalho, expressou um estilo próprio em contar histórias.

Já em "Aquarius", Mendonça amadurece como autor, e o ápice desse processo de contar histórias vem com "Bacurau", filme que mescla faroeste e suspense e mostra como o diretor é uma referência no cinema nacional.

A Cinemateca Pernambucana, da Fundação Joaquim Nabuco, divulgou o balanço de acessos ao site onde estão disponíveis 261 produções cinematográficas do Estado. Em 2020, o portal contabilizou 286.693 visitas. No ano anterior, a marca foi de 38.928. Ou seja, um aumento de 736,46% nos acessos. Para a coordenadora do Cinema da Fundação e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, os números atestam a importância de disponibilizar as produções para o acesso virtual, sobretudo na pandemia. “Com o distanciamento social e fechamento das salas de cinema, os acessos diários foram tão grandes que dobramos nosso link para melhor atender ao público”, revela.

De acordo com Ana Farache, novos títulos foram adicionados à plataforma no último ano. “Muitos diretores chegaram a disponibilizar mais filmes para serem assistidos online no portal.” Depois de Pernambuco, onde houve a concentração de 59% dos acessos, São Paulo (10,53%), Rio de Janeiro (5,57%), Bahia (3,40%), Minas Gerais (2,94%), Ceará (2,70%), Paraíba (2,43%), Rio Grande do Norte (2,31%), Distrito Federal (1,99%) e Rio Grande do Sul (1,40%)  foram os estados brasileiros com o maior percentual de engajamento. O balanço revelou ainda que 1,98% dos acessos foram realizados dos Estados Unidos. Portugal (0,71%), França (0,43%) e Argentina (0,31%) também visitaram o acervo do cinema pernambucano.

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Recorde, o dia 31 de março reservou 21.376 dos acessos totais. Na data, obras que até então só poderiam ser conferidas no espaço foram liberadas para o acesso remoto. Em seguida, os períodos de 20 de maio a 19 de junho, 26 a 30 de julho e 4 a 6 de novembro conservam uma média de mais de mil acessos diários. Para os monitores da Cinemateca Pernambucana, o reforço das mídias sociais e o monitoramento do sistema de streaming contribuíram para a marca. “Toda a cadeia produtiva sai mais fortalecida com essa propagação ampla de um cinema que já é reconhecido mundialmente como de grande valor estético e sócio-cultural, além de ser inspiração para novos realizadores”, celebra a coordenadora da Cinemateca Pernambucana.

Dentre as produções, os sucessos de audiência tratam de aspectos profundos desses Brasis, como os dramas A História da Eternidade (7.203 acessos), de Camilo Cavalcante, ambientado no Sertão; e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2.688), de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, que fala das solidões. Mas não foram apenas as ficções que renderam cliques, o documental O Silêncio da Noite É Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (4.092), de Petrônio Lorena, investiga a poesia do Pajeú e também foi campeão de acessos. O remake da comédia O Auto da Compadecida (2.770), de Guel Arraes, adaptado para o público surdo, e o curta-metragem A Arte de Ser Profano (3.079), de Fernando Spencer, completam o ranking.

Cinemateca Pernambucana

Inaugurada em 2018, a Cinemateca Pernambucana funciona no Campus Gilberto Freyre, da Fundaj, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Quase 300 filmes, entre curtas e longas-metragem, podem ser conferidos no acervo do espaço. São produções que datam desde 1924 até os dias atuais.

A Cinemateca se constitui, também, como centro avançado de estudos e pesquisas na área do cinema. “Coletar, catalogar, preservar, difundir, estudar, pesquisar e ressignificar as obras. Essas são as responsabilidades de uma cinemateca. Sem esquecer que a história dos filmes do passado fortalece e expande a nova produção audiovisual”, defende Ana Farache. Confira as produções em cinematecapernambucana.com.br

 

*Via assessoria de imprensa

Após passar por salas multiplex e cineclubes de todo o mundo, conquistar 32 prêmios, inclusive em um dos mais importantes festivais de cinema da atualidade, o de Cannes - no qual levou o prêmio Especial do Júri, em 2019 -, o filme Bacurau chega à televisão aberta. O longa, assinado pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, será exibido nesta segunda (30), na TV Globo, no tradicional Tela Quente. 

Bacurau foi assistido por 700 mil pessoas somente nos cinemas brasileiros. O filme narra a história de uma cidade do interior nordestino que reage à invasão e ataques de pessoas de fora, em um verdadeiro ‘faroeste’ brasileiro. Aclamado pelo público e pela crítica especializada, o longa conta com grandes estrelas no elenco, como Sônia Braga, Thomás Aquino, Silvero Pereira, e Bárbara Colen, entre outros. 

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Nas redes sociais, o diretor Kleber Mendonça Filho festejou a chegada do que ele chama de “cinema popular brasileiro” ao veículo que possibilita o acesso das grandes massas à arte e cultura. Em seus perfis, ele celebrou: “Nosso filme boneco na Tela Quente. Sensacional isso aqui. Ocupando o horário nobre”. 

Uma mostra de cinema promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) vai exibir 44 filmes de terror brasileiros contemporâneos a partir desta quarta-feira (28) pela internet. A mostra MacaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo apresentará ao público longas e curtas realizados por cineastas nacionais nos últimos cinco anos.

Devido à pandemia de Covid-19, a mostra será feita de forma online, até o dia 23, e os filmes serão exibidos gratuitamente na plataforma Darkflix. Além dos filmes serão realizadas palestras, debates e cursos também virtuais.

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Os longa-metragens ficarão disponíveis por 24 horas, com um limite de visualizações (saindo do ar assim que atingir esse limite). Já os curtas ficarão no ar por uma semana.

Entre os longas que serão exibidos na mostra estão Morto Não Fala, de Dennison Ramalho, O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida, Sem Seu Sangue, de Alice Furtado (que estreou no Festival de Cannes), Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra, Terminal Praia Grande, de Mavi Simão, O Clube dos Canibais, de Guto Parente, Condado Macabro, de André de Campos Mello e Marcos DeBrito, e Mal Nosso, de Samuel Galli.

Os dois últimos longas de Rodrigo Aragão, O Cemitério das Almas Perdidas e A Mata Negra, também estão na programação da mostra, que ainda contará com debates com o diretor.

“Percebi que as pessoas não conhecem mesmo, quase sempre nunca ouviram falar que existia horror sendo feito no cinema brasileiro contemporâneo. Eles até estão disponíveis em plataformas digitais, em canais a cabo, mas você tem que procurar um a um, assinar esses serviços ou ter o canal disponível na sua TV a cabo. Com essa mostra, disponibilizando online, gratuitamente, a gente acredita que muita gente vai preencher essa lacuna de não poder conhecer o cinema de horror brasileiro”, disse Carlos Primati, que faz a curadoria da mostra junto com Breno Lira Gomes.

A mostra também homenageará José Mojica Marins, considerado o pai do cinema nacional de horror e criador do personagem Zé do Caixão, que faleceu no início deste ano. Serão exibidos os curtas Saci, dirigido por ele, e Lasanha Assassina, animação que tem a dublagem de Zé do Caixão.

Confira a programação:

Quarta-feira (28)

18h – O Hóspede (curta-metragem)

19h – Live com os diretores Ramon Porto Mota e Ian Abé da produtora homenageada Vermelho Profundo

20h – A Noite Amarela (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras)

29 de outubro, quinta-feira

16h – Cova Aberta (curta-metragem)

18h – O Nó do Diabo – Episódio 1

20h – Canto dos Ossos

Sexta-feira (30)

18h – O Nó do Diabo – Episódio 2

19h – Live com Mariah Benaglia e Jhésus Tribuzi da produtora Vermelho Profundo

20h – Os Mortos (curta-metragem)

Sábado (31)

15h – O Nó do Diabo – Episódio 3

16h – Curso com o curador Carlos Primati - Módulo 1

18h – O Desejo do Morto (curta-metragem)

19h – Debate: O Terror e o Cinema Brasileiro, com a cineasta Gabriela Amaral Almeida, o cineasta Rodrigo Aragão, a crítica de cinema Flávia Guerra. Mediação do curador Carlos Primati.

20h – A Mata Negra

Domingo (1°/11)

16h – O Nó do Diabo – Episódio 4

18h – Mais Denso que o Sangue (curta-metragem)

20h – Não tão Longe (curta-metragem)

Segunda-feira (2/11)

16h – O Nó do Diabo – Episódio 5

18h – Sem seu Sangue (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras)

19h – Live com o curador Carlos Primati e a diretora de Sem seu Sangue Alice Furtado

20h – As Núpcias de Drácula

Terça-feira (3/11)

18h – A Noite Amarela (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras)

20h – Os Jovens Baumann (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras)

Quarta-feira (4/11)

18h – Christabel

19h – Live com a pesquisadora Laura Loguercio Cánepa e a diretora homenageada Gabriela Amaral Almeida

20h – O Animal Cordial

Quinta-feira (5/11)

18h – Uma Primavera (curta-metragem)

20h – #ninfabebê

Sexta-feira (6/11)

18h – Estátua! (curta-metragem)

19h – Live com o curador Breno Lira Gomes e o ator de “Quando eu era vivo” Antonio Fagundes

20h – Quando eu era Vivo

Sábado (7/11)

14h – O Segredo dos Diamantes

15h – A Mão que Afaga (curta-metragem)

16h – Curso com o curador Carlos Primati - Módulo 2

18h – O Caseiro

19h – Palestra com a cineasta Gabriela Amaral Almeida com o tema Escrevendo histórias de terror para o cinema

20h – A sombra do pai

Domingo (8/11)

16h – O Animal Cordial

18h – O Clube dos Canibais

20h – Condado macabro

Segunda-feira (9/11)

18h – Quando eu era vivo

19h – Live com o curador Carlos Primati e o diretor de Quando eu era vivo e montador dos curtas da homenageada, Marco Dutra

20h – Terminal Praia Grande

Terça-feira (10/11)

18h – A sombra do pai

20h – Terra e luz

Quarta-feira (11/11)

18h – A capital dos mortos 2: Mundo morto

20h – Nocturnu (curta-metragem)

21h30 – Live com o crítico Marcelo Miranda e o cineasta homenageado Dennison Ramalho

Quinta-feira (12/11)

16h – Canto dos ossos

18h – Amor só de mãe (curta-metragem)

20h – Quando o galo cantar pela terceira vez renegarás tua mãe

Sexta-feira (13/11)

18h – O diabo mora aqui

19h – Live com o curador Breno Lira Gomes e a atriz de Morto não fala Bianca Comparato

20h – Morto não fala

Sábado (14/11)

16h – Curso com o curador Carlos Primati - Módulo 3

18h – As núpcias de Drácula

19h – Debate: A atuação no cinema de terror, com a atriz Luciana Paes, a crítica de cinema Cecília Barroso. Mediação do curador Breno Lira Gomes.

20h – Christabel

Domingo (15/11)

16h – Ninjas (curta-metragem)

18h – Condado macabro

20h – Mal nosso

Segunda-feira (16/11)

16h – A casa de Cecília

18h – O caseiro

19h – Live com o curador Breno Lira Gomes e a atriz e produtora de Através da sombra Virginia Cavendish

20h – Através da sombra

Terça-feira (17/11)

16h – Morto não fala

18h – Terra e luz

20h – A capital dos mortos 2: Mundo morto

Quarta-feira (18/11)

18h – O clube dos canibais

20h – O saci (curta-metragem)

Quinta-feira (19/11)

16h - A lasanha assassina (curta-metragem)

18h - #ninfabebê

20h – Mal nosso

Sexta-feira (20/11)

18h – O segredo de Davi (Acessível: Legenda descritiva)

20h – Tirarei as medidas do seu caixão (curta-metragem)

Sábado (21/11)

14h – O segredo dos diamantes

16h – Curso com o curador Carlos Primati - Módulo 4

18h – Os jovens Baumann

19h – Palestra com a pesquisadora e crítica de cinema Beatriz Saldanha com o tema Diretoras e o terror

20h – A casa de Cecília

Domingo (22/11)

16h – Através da sombra

18h – Coração das trevas (Coffin Joe’s Heart of Darkness - curta-metragem)

20h – Quando o galo cantar pela terceira vez renegarás tua mãe

Segunda-feira (23/11)

18h – O cemitério das almas perdidas

19h – Live com o curador Carlos Primati e o diretor de O cemitério das almas perdidas e A mata negra, Rodrigo Aragão

20h – A mata negra

 

A quarentena fez com que inúmeras plataformas de streaming, cinematecas e produtoras disponibilizassem seus serviços e produtos de graça para o público. Entre os disponíveis o LeiaJá separou 5 títulos nacionais que você tem que assistir.

O Homem Que Virou Suco (1979)

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Deraldo (José Dumont) é um poeta nordestino recém-chegado a São Paulo e tenta sobreviver vendendo sua arte, porém é confundido com um operário que matou o patrão. Para provar sua inocência, o personagem passa a procurar o assassino. Disponível em  https://www.spcineplay.com.br/.

 

Carmen – Banana is My Business (1994)

O documentário retrata a vida e obra da cantora e atriz Carmen Miranda. De origem portuguesa, mas radicada no Brasil desde os 10 meses, ela ficou famosa na Old Hollywood entre as décadas de 1930 e 1940. Disponível em  https://www.spcineplay.com.br/.

 

À meia Noite Levarei Sua Alma (1964)

O primeiro filme de José Mojica Marins (1936-2020) – renomado cineasta brasileiro – a apresentar o personagem Zé do Caixão. A obra de Mojica bebia diretamente da fonte expressionista alemã, que tem como principal característica elementos sombrios grotescos e mórbidos na sua criação. Disponível em  https://www.spcineplay.com.br/.

 

Finis Hominis (1971)

Um misterioso homem nu surge do mar e passa a andar pelas ruas de São Paulo dividindo seus ensinamentos com as pessoas, gerando a dúvida se seria ele um novo messias ou um mensageiro do fim do mundo. Disponível em  https://www.spcineplay.com.br/.

 

Inferninho (2018)

Deusimar é a dona do Inferninho, um bar que funciona mais como um refúgio para a proprietária. Porém, ela quer ir embora para um lugar distante. Jarbas, um marinheiro que acaba de chegar, deseja ficar. Começa a nascer entre os dois um amor capaz de mudar seus destinos. Disponível em https://embaubafilmes.com.br/locadora/inferninho/.

Única plataforma pública de streaming do Brasil, a Spcine Play liberou, na última terça-feira (17), todo o conteúdo de produção audiovisual disponível em seu ambiente de distribuição digital. Em tempos de permanência nos lares para evitar a proliferação do coronavírus (Covid-19), o material ficará acessível a todos os usuários da rede durante 30 dias.

 Os cinéfilos que puderem ficar em casa terão a chance de aproveitar o tempo para curtir clássicos do cinema brasileiro, além de outras obras como séries, shows e performances. Na programação, destaque para o Especial Mês da Mulher, com produções de cineastas brasileiras, como Helena Ignez e Tatá Amaral, junto às raridades criadas pelos saudosos Hector Babenco (1946-2016) e José Mojica Marins (1936-2020), o eterno Zé do Caixão.

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Para acessar o catálogo Spcine Play não é necessário assinar o conteúdo da plataforma.

Mesmo após a redefinição da Cota de Tela, medida que assegura a presença dos filmes nacionais nas salas dos cinemas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a produção audiovisual brasileira. Segundo ele, há tempos não faz um "bom filme no país" e por isso, o presidente defende que não se use mais recursos públicos para o cinema nacional.

Em live nas redes sociais, transmitida na última quinta (26), Bolsonaro afirmou que devem ser feitas no Brasil produções que interessam à população de maneira geral "e não às minorias". Ainda segundo o presidente, essa medida diminuiria gradualmente a necessidade da Cota de Telas. "Obviamente que, fazendo bons filmes, não vamos precisar de cotas mais. Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é? Vamos fazer filmes da história do Brasil, da nossa cultura e arte, que interessa a população como um todo não às minorias". 

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Além das críticas, o presidente disse que não deverá mais ser usado recurso público para as peças do audiovisual e insistiu, ainda, que não cabe à indústria cinematográfica fazer filmes que abordem a "questão da ideologia", embora para ele, a recomendação não configure "censura". "Os filmes que estamos fazendo a partir de agora não vão ter mais a questão da ideologia, aquelas mentiras todas de histórias passadas, falando do período de 1964 a 1985. é sempre fazendo a cabeça da população com se esse pessoal da esquerda foi o mais puro, ético e moral do mundo. E o resto como se fosse o resto". 

 

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta semana, um decreto que estabelece a chamada Cota de Tela. A medida estabelece um número mínimo de filmes nacionais a serem exibidos pelas salas de cinema do país durante o ano. A decisão foi publicada na última terça (24), no DIário Oficial da União. 

O objetivo da Cota é proteger o cinema nacional evitando que blockbusters internacionais façam ocupações predatórias nos cinemas minimizando, ou até mesmo excluindo, o espaço para os filmes produzidos no Brasil. Segundo o decreto, uma empresa que tiver apenas uma sala será obrigada a exibir títulos nacionais durante 27 dias em 2020. 

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Esse número varia de acordo com o tamanho dos complexos exibidores. Empresas que tenham a partir de 201 salas, por exemplo, deverão dedicar 57 dias de sua programação ao cinema nacional no ano que vem. O regulamento também estabelece a quantidade de títulos a serem distribuídos nesse período. A partir de 10 salas, deve ser feita a exibição de um mínimo de 15 filmes nacionais. 

 

O Projeta Brasil Cinemark - projeto que exalta o cinema brasileiro - completa 20 anos em 2019 e, para comemorar, vai promover um dia inteiro de exibições a valores populares. Na próxima terça (12), grandes títulos da sétima arte nacional ocuparão as salas da rede com ingressos a R$ 4. Entre os filmes, estão Carlota Joaquina, Princesa do Brasil; Se eu fosse você e Minha mãe é uma peça. 

A programação do Projeta deste ano vai exibir clássicos e filmes brasileiros lançados nos últimos 12 meses. O objetivo da iniciativa é festejar a história do cinema brasileiro e também impulsionar os longas recém-lançados. Os ingressos terão valor popular no intuito de tornar as sessões mais acessíveis a todos os públicos. A programação completa pode ser conferida no site da rede. 

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Além disso, nesta edição o público infanto-juvenil terá uma programação inteiramente voltada para ele. No dia 16 de novembro, a Cinemark vai promover exibições de sucessos para essa faixa-etária, como Detetives do Prédio Azul 2, Turma da Mônica - Laços e Cinderela Pop. A motivação para esta ação inédita é estimular a formação de público para os filmes nacionais. As entradas também terão preço popular e toda a renda será revertida para projetos e programas de incentivo à produção cinematográfica brasileira. 

Serviço

Projeta Brasil - 20 anos

12 de novembro 

Cinemas da Rede Cinemark

R$ 4

Projeta Brasil - Nova Geração

16 de novembro - 10h

Cinemas da Rede Cinemark

R$ 4

Em Novembro, o Museu da Imagem e do Som (MIS), na capital paulista, recebe a exposição imersiva “Musicais no Cinema”. A mostra traça um panorama sobre o universo do musical de cinema nacional e internacional desde os primórdios até o premiado “La La Land” (2016).

A exposição foi concebida pelo Musée de la Musique – Philharmonie de Paris (França). Por meio de fotografias, vídeos, cartazes, documentos de produção, figurinos e depoimentos. A mostra reúne filmes musicais de diferentes partes do mundo. Além de levar ao público uma sensação de estar participando do filme.

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A curadoria da exposição é de N. T. Binh e a adaptação para o MIS, foi desenvolvida pelo jornalista e cineasta Duda Leite. Entre os destaques da mostra estão “Cantando na Chuva” (1952), “Amor, sublime amor” (1961) e “Dançando no escuro” (2000). Leite também acrescentou espaços e conteúdos inéditos baseados na cultura brasileira, como “Assim era o Atlântida”, dedicado ao estúdio cinematográfico brasileiro do gênero musical, e uma área que homenageia a atriz e cantora Carmen Miranda.

Serviço

Musicais no Cinema

Quando: de 13 de novembro a 16 de fevereiro

Horários: Terça a sábado das 10h às 20h; Domingos e feriados das 10h às 19h

Onde: MIS - Avenida Europa, 158 - São Paulo - SP

Ingressos pelo site R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia entrada)

 

No mês passado, o filme A Vida Invisível, dirigido por Karim Aïnouz, desbancou outros 11 filmes e foi escolhido o representante do Brasil na corrida ao Oscar do próximo ano. A produção disputa agora com títulos de outros países para figurar entre os cinco indicados na categoria de melhor filme estrangeiro. Para o produtor do filme, Rodrigo Teixeira, diversos elementos qualificam a obra para uma indicação. Ele considera, por exemplo, que o gênero melodrama pode ser um diferencial.

"Acho que o gênero do filme é um ponto positivo. O melodrama conversa muito com o público dos Estados Unidos. É um clássico também do cinema norte-americano", disse à Agência Brasil.

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O filme é baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, e conta a história de duas irmãs que vivem sob um rígido regime patriarcal, o que faz com que elas trilhem caminhos distintos. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para o dia 31 de outubro. Nesta terça-feira (17), ele será exibido em sessão gratuita na abertura Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH), que chega à sua 13ª edição propondo uma reflexão sobre o sucesso internacional dos filmes brasileiros.

Em maio, A Vida Invisível foi premiado na mostra "Um certo olhar", que integra o prestigiado Festival de Cannes, na França. Para Rodrigo, essa conquista coloca o filme diretamente como elegível para disputar um Oscar. Além disso, a carreira sólida e reconhecida internacionalmente do diretor Karim, que está em seu sétimo longa-metragem, também contribui para a indicação.

A cerimônia do Oscar está agendada para o dia 9 de fevereiro. O anúncio dos filmes estrangeiros finalistas ao Oscar será no dia 13 de janeiro. A última vez que uma produção brasileira concorreu na categoria foi em 1999, com Central do Brasil, de Walter Salles. O filme contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que concorreu ao Oscar de melhor atriz naquele ano.

Esse é outro diferencial que pode influenciar na escolha de A Vida Invisível, na visão de Rodrigo Teixeira. O elenco do filme também conta com a presença de Fernanda Montenegro. "A sua participação coloca um selo no nosso filme. É a maior atriz do cinema brasileiro, uma artista que é unanime e engrandece qualquer obra em que esteja presente".

A produtora RT Features, responsável pelo filme, vem desenvolvendo uma campanha em busca da indicação. Com o objetivo de figurar entre os cinco, uma equipe está em turnê pelos Estados Unidos, em viagens de apresentação e lobby. Está nos planos a promoção de sessões para os integrantes da Academia do Oscar em cidades onde estão o maior número de votantes. A campanha mira também o circuito de festivais norte-americanos.

"Posso afirmar que a RT Features está inserida no mercado americano, com diversos longa-metragens produzidos e premiados. Em 2018, fomos a única produtora com três filmes no Independent Spirit Awards. Nesse mesmo ano, trabalhei conjuntamente com os outros produtores na campanha do Oscar do Me Chame Pelo Seu Nome e pude acompanhar de perto esse processo. Essa experiência também é um ponto positivo. E, além disso, um dos pontos mais importantes de uma campanha para o Oscar é a distribuidora norte-americana. E a Amazon, que irá distribuir o filme nos Estados Unidos, tem olhado com muita atenção para essa premiação", disse Rodrigo.

Neste sábado (27) é comemorado o Dia Nacional da Empregada Doméstica. A data foi escolhida em homenagem a Santa Zita, denominada padroeira das empregadas. Ela nasceu na Toscana, Itália e trabalhou como doméstica desde os 12 anos.

No Brasil, a categoria só conseguiu conquistar direitos similares aos demais trabalhadores em 2015. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o país é recordista em número de pessoas no setor e chega a empregar 7 milhões.

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Conhecida por ser mulher forte e corajosa, a empregada doméstica é intérprete de músicas, poemas e produções audiovisuais. O LeiaJá listou 5 filmes que traz domésticas como protagonista principal. Confira:

Que horas ela volta?

 

Roma

 

Histórias Cruzadas

 

Domésticas

 

Doméstica

As salas de cinema do Ceará alcançaram uma marca importante para a produção nacional. No último final de semana, o longa Cine Holliúdy 2 - A Chibata Cideral, de Halder Gomes, bateu um recorde no seu estado de origem. O filme foi visto por mais de 31 mil pessoas e bateu até Capitã Marvel.

Esta não é a primeira vez que uma produção de Halder ultrapassa um filme internacional. No lançamento de Cine Holliúdy - O Artista contra a Caba do Mal, em VHS nas locadoras do Ceará, o longa superou Matrix em número de locações. Para o diretor, os bons resultados são explicados por uma questão de identificação do povo cearense: "Percebi que aquelas pessoas gostavam de se ver nos filmes",  disse em entrevista à Folha de São Paulo.

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Desde a última sexta (22), Cine Holliúdi 2 foi visto por 31 mil pessoas, no cinema. Em segundo lugar, neste mesmo final de semana, ficou o recém-lançado Capitã Marvel, com 16 mil espectadores. O longa nacional chega às salas do restante do país no dia 4 de abril. Em maio, a produção vira série na TV Globo.

 

O sonho de um carioca apaixonado pela sétima arte e, sobretudo, pelo cinema brasileiro, está correndo sério risco de virar um pesadelo. A sala de cinema Ponto Cine, localizada no Guadalupe, subúrbio do Rio de Janeiro, especializada em filmes nacionais, está prestes a fechar as portas por conta do baixo movimento e falta de apoio.

O cinema foi idealizado por Adailton Medeiros há nove anos. A paixão dele pelo cinema é tamanha que aos nove anos de idade ele construiu seu próprio projetor de filmes. Em 2006, Adalton abriu a sala, em um bairro periférico do Rio, para que essa servisse como veículo para levar a sétima arte aos moradores da região. Sendo assim, o Ponto Cine foi a primeira sala popular de cinema digital no Brasil, priorizando os filmes brasileiros em sua programação e vendendo ingressos a preços populares: R$ 9,00, a inteira; e R$ 4,50, a meia-entrada.

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Vendo o movimento da sala cair e as contas apertarem, Isabella Medeiros, filha de Adailton se preocupou. A estudante de apenas 17 anos, que sonha em fazer faculdade de Cinema, resolveu, então, fazer um apelo pela internet. No Twitter, ela pediu ajuda dos internautas: "esse cinema é o sonho do meu pai. Deem uma moral por favor, todo mundo gosta de ver filme então vamos juntar o útil ao agradável, o preço é super acessível", disse ela no microblog.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Isabella falou sobre o Ponto Cine, fundado quando ela tinha apenas quatro anos de idade: "O cinema sempre foi minha segunda casa, desde pequena tenho muito orgulho daquele local". Em 2018, o lugar chegou a passar seis meses fechado; a repercussão foi tão grande que possibilitou uma retomada dos serviços e rendeu ao Ponto Cine o título de patrimônio como atividade cultural, artística, de lazer, educação e inclusão, segundo a lei 8.144, de 29 de outubro de 2018.

Porém, a ajuda não tem sido suficiente e a sala está com o destino prejudicado. A bilheteria não rende o suficiente para o funcionamento do espaço e a baixa procura do público só aumenta o problema. “O Ponto Cine sempre foi muito cheio, tinham pessoas que até sentavam nas escadas pra não perder a sessão, quando foi perdendo o público eu comecei a ficar desesperada”, diz Isabella.

Foi então que ela recorreu ao Twitter para fazer um apelo, sabendo do alcance da rede social. "Já demos algumas entrevistas para jornais e blogs e já conseguimos ajuda de divulgação de alguns atores, isso já ajuda imensamente! Muitas pessoas já se disponibilizaram marcando idas com a escola. Mas ainda precisamos muito de patrocínio”

A jovem elenca alguns motivos para a falta de usuários no Ponto: “Primeiro pela própria conjuntura do país, estamos em crise e pleno desemprego e isso afeta especialmente as pessoas dessa região, pois aqui é onde moram o maior número de trabalhadores com mão de obra não especializadas, ou seja, os primeiros a serem demitidos”.

A disputa com os blockbusters e títulos americanos só torna a luta do cinema ainda mais árdua. “Acho que o brasileiro se interessa pouco pela sua cinematografia por isso temos que fazer um trabalho diferenciado como o do Ponto Cine”.

A valorização do cinema nacional pela sala lhe rendeu prêmios como o Faz Diferença, dado pelo Jornal O Globo, em 2008, na Categoria Cinema; e o Adicional de Renda da Ancine desde 2007. O prêmio concedido pela Agência Nacional do Cinema garante uma verba que cobre a manutenção do cinema, que, pelo visto, anda carecendo mesmo é do carinho do público.

 

A Downtown filmes divulgou hoje, o segundo trailer de “O Doutrinador”, longa baseado nas HQs brasileiras do vigilante mascarado que caça e mata políticos corruptos. Veja o video e a sinopse abaixo

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"O Doutrinador” conta a história de Miguel, um agente federal altamente treinado, que se vê em um Brasil tomado por quadrilhas de empresários e políticos corruptos. Até que um incidente pessoal, faz ele nomear a corrupção brasileira como sua maior inimiga. E a partir daí ele libera seu alter-ego, O Doutrinador, um vigilante mascarado que começa a caçar e matar políticos corruptos em plena época de eleições presidenciais.

Nos quadrinhos, o personagem foi criado pelo brasileiro Luciano Correa, e fez sucesso tanto aqui, quanto pelo resto do mundo atráves da internet e de edições impressas. O longa é dirigido Gustavo Bonafé, e tem no elenco: Kiko Pisolato, Eduardo Moscovis, Marilia Gabriela, Helena Ranaldi, Tainá Medina, Tuca Andrada e Samuel de Assis. A estreia está prevista para 01 de Novembro.

Escrito por Pietro Tenorio

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