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Esta quarta-feira (31) marca os 125 anos da primeira patente do cinetoscópio. Este foi o primeiro aparato tecnológico que conseguiu capturar o que hoje é denominado como “imagem-movimento”. Este aparelho começou a ser desenvolvido em 1895, por um assistente do cientista Thomas Edison chamado de William Dickson. O cinetoscópio de Dickson era capaz de capturar imagens, porém, ainda não fazia projeções em tela.

A ideia inicial de Dickson e Edison era combinar as tecnologias do cinetoscópio junto ao fonógrafo, assim, desenvolvendo um artefato que pudesse reproduzir simultaneamente o registro de imagem e som. Contudo, isso não foi possível na época.

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Esta invenção permitiu a reinterpretação por outros inventores. O francês Léon Bouly, em 1892, criou o cinematógrafo de Bouly, que conseguia realizar a gravação e projeção de imagens-movimento em tela, possibilitando assim a visualização coletiva e os primeiros experimentos de reprodução de imagens.

Bouly não possuía dinheiro o suficiente para registrar sua invenção, logo, os encarregados de prosseguir a inovação do cinematógrafo foram os irmãos Auguste e Louis Lumière, que o patentearam também no ano de 1895. O primeiro filme exibido pelos irmãos foi o “La Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (A saída da Fábrica Lumière em Lyon).

Na época, os irmãos despertaram grande curiosidade do público pelo caráter inovador. Por suas exibições, chamaram muita atenção de mágicos, hipnotizadores, ilusionistas, especialistas em efeitos, cenógrafos, diretores de teatro entre outros.

Um dos pioneiros da mistura de efeitos visuais com o cinema foi o ilusionista francês Georges Méliès, que produziu o clássico, considerado o primeiro filme de ficção, “Viagem à Lua”, de 1902. As produções de Mélièr seguiram influências de nomes como D. W Griffith, dos soviéticos Dziga Vertov e Sergei Eisenstein e também dos alemães Fritz Lang e Robert Wiene.

 

 Nesta segunda-feira (18), completa-se 90 anos da morte do inventor e empresário Thomas Alva Edison (1847-1931), responsável por patentear diversas invenções, que se fazem presente até os dias de hoje na vida humana, entre elas, a lâmpada elétrica.

Edison também foi uma figura importante na área de telecomunicações, uma vez que conseguiu otimizar outras invenções, como o telefone, concebido pelo inventor italiano Antonio Meucci (1808-1889) e a maquina de datilografia, do padre Francisco João de Azevedo (1814-1880).

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De acordo com o especialista em tecnologia, José Pacheco, Edison foi um empresário brilhante do século 19, que possuía capacidade de criar novas tecnologias a partir de seus conhecimentos avançados de ciência. “Seu mindset pode ser comparado aos dos empresários de sucesso do Silicon Valley desse século”, afirma.

Para Pacheco, o legado de Edison foi o fato de ter sido um dos pioneiros a transformar o desenvolvimento de novas tecnologias em um negócio lucrativo, além de reinvestir seus lucros para conceber outras invenções e conquistar mais  rendimentos. “Seus passos foram seguidos por homens como Steve Jobs (1955-2011), Jeff Bezos e Elon Musk”, destaca.

Pacheco lembra que Edison teve uma grande rivalidade com o inventor Nikola Tesla (1856- 1943), com o  qual disputou para definir um padrão de distribuição e o uso da energia elétrica. Na ocasião, Edison defendia a corrente contínua e Tesla a corrente alternada. “Podemos dizer que essa disputa acabou empatada, pois hoje a energia que chega no carregador de nossos celulares vem com corrente alternada e daí seque até nosso dispositivo como corrente contínua”, explica.

Embora tenham empatado em suas teorias, Pacheco ressalta que Tesla foi derrotado no aspecto financeiro, pois precisou vender sua patente, ao mesmo tempo em que Edison continuou com o alto faturamento de suas criações.

Segundo Pacheco, é difícil calcular o atual impacto que as invenções de Edison trouxeram as tecnologias atuais. “O fato é que é Edison foi um importante tijolo no muro que constitui o desenvolvimento humano. Ao olhar para sua história sob a perspectiva do século 21, sua forma de transformar ciência em tecnologia e lucro é seu principal legado”, finaliza.

 A contribuição de Edison para a indústria do cinema

Edison foi responsável por liderar o projeto que deu vida ao cinetoscópio em 1891, um projeto do  qual também participou o inventor William Kennedy Laurie Dickson (1860-1935). O aparelho, se destacava por apresentar imagens em movimentos. Mais tarde, ele foi aperfeiçoado pelos irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), que o batizaram de cinematógrafo.

Para a cineasta Janaina Reis, a invenção de Edison causou uma revolução na relação do homem com as imagens. “O audiovisual é uma arte mediada por essa tecnologia, que quanto mais evolui, mais a gente fica  fascinado pelas novas maneiras de captar essas imagens e contar histórias por meio delas”, comenta.

Janaina salienta que nos dias de hoje, o mundo vive imerso pelas imagens em movimento, que pode ser visto no cinema digital. Diante desta realidade, a cineasta explica que pontapé inicial foi o cinetoscópio de Edison. “O cinema é uma arte mediada por tecnologia, mas é uma invenção que vem do fascínio das pessoas por esses inventos”, define.

Ela defende que embora Edison tenha tido um importante papel na indústria audiovisual, os créditos também devem ser atribuídos a diversos cineastas e pessoas envolvidas na produção cinematográfica. 

Uma das grandes inovações do cinema, o cinetoscópio, completa hoje (20) 130 anos de criação. O aparelho foi concebido pelo engenheiro William Dickson (1860-1935), que atuava na Edison Laboratories do empresário Thomas Edison (1847-1931) em 1889. O invento era capaz de capturar imagens em movimentos e com isso, se tornou um precursor dos longas-metragens. 

 O fundador do Cineclube Incinerante da cidade de Guarulhos (SP), Edson Murata, lembra que registrar imagens em movimento era um sonho antigo de artistas e cientistas. Com o cinetoscópio, foi possível ir além das imagens  estáticas capturadas pela fotografia. “Depois da ampla disseminação deste aparelho, o mundo das artes, dos espetáculos e do entretenimento nunca mais foram os mesmos porque, a partir dela, foi edificada uma gigantesca indústria cultural e popular”, recorda. 

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Para Murata, o cinetoscópio também pode ser considerado o precursor da televisão, dos aparelhos de videocassetes, DVDs e blu-rays. “Até mesmo dos serviços de streaming, pois o que antes era uma apreciação individual de imagens móveis se tornou a exibição de filmes em espaços domésticos e não apenas nas salas de cinema”, explica. 

De acordo com Murata, a cultura contemporânea vive a era do audiovisual e não seria possível imaginar um mundo sem as sensações causadas pelas imagens em movimento, ou pelo som. “Os avanços na linguagem cinematográficas foram extraordinariamente rápidos nestes 130 anos e ainda estão em constante evolução e expansão iniciada por Thomas Edison,  cujo legado e influência são incalculáveis”, realça.

A diretora cinematográfica Janaína Reis, de Guarulhos (SP), acredita que o fato do cinetoscópio não ter sido patenteado possibilitou que a ideia de imagens em movimento fosse aperfeiçoada por outras pessoas, como foi o caso do cinematógrafo, dos irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948). “A partir daí a evolução foi constante e também as formas de usar isso, seja um registro do cotidiano ou de uma história de ficção, como feito por Alice Guy Blache (1873-1968) em 1896 e Georges Meliès (1861-1938), em 1902.  Fato é que a paixão pelas imagens em movimento sempre esteve junto da humanidade, é um fascínio”, destaca. 

Todas as evoluções cinematográficas, que incluem a concepção do cinetoscópio, contribuíram para tornar o cinema o que é hoje. O mesmo ocorre quando a tecnologia muda do analógico para o digital, que facilitou desde as grandes produções até as gravações de filmes caseiros. “Podemos gravar várias vezes a mesma cena e só vamos nos preocupar com espaço no cartão de memória, antes isso era muito difícil pois custava caro rodar filmes em película”, relata Janaína. 

Embora existam diversas evoluções tecnológicas na produção de filmes, Janaína destaca que cinema é arte e necessita de pessoas para existir. “As técnicas mudam, tecnologias avançam, mas o cineasta e seu olhar curioso sobre o mundo estão sempre lá”, afirma.

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