Tópicos | Ciro Gomes

Dois dias após declarar que discursou para "gente preparada" em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e dizer que abordar os mesmos temas em uma favela seria um "serviço pesado", o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que a repercussão negativa de sua fala é uma "hipocrisia demagógica" que pretende "aviltar o debate" e "fazer a gente pedir desculpa porque estuda".

"Querem agora estabelecer para mim, alguma distinção hipócrita como se eu, ao falar a um conjunto de ilustres juristas, tivesse a mesma facilidade que eu tenho quando sistematicamente abordo a questão dos pobres. É uma hipocrisia demagógica que pretende aviltar o debate. Fazer a gente pedir desculpa porque estuda, porque aborda a complexidade dos problemas, embora traduzi-los seja tarefa nossa", afirmou em evento da OAB/SP, nesta sexta-feira (2).

##RECOMENDA##

A jornalistas, Ciro disse que é o único candidato que tem uma programa de mudança de modelo econômico que vai proteger os brasileiros pobres da "manipulação politiqueira". Ele criticou os dois líderes nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), por estarem "puramente copiando" propostas suas, como o imposto sobre grandes fortunas, no caso do presidente, e reestruturação das dívidas, por parte da campanha do petista. "Coisa que em 2018 eles diziam que era mentira, demagogia", afirmou.

Ciro também voltou a criticar a tentativa de homicídio contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Segundo o candidato, o caso "enche os brasileiros de vergonha por ter sido um compatriota nosso que fez esse ato criminoso".

Ele também vinculou o atentado no país vizinho ao assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda, no Paraná, em julho. "Se recusam, querem simplificar de uma forma grosseira, incitando paixões e ódios que estão produzindo esse tipo de episódio", disse, sobre os líderes da disputa. Para ele, a polarização arma "radicais enlouquecidos".

Pesquisas

Perguntado sobre a possibilidade de a senadora Simone Tebet (MDB) ultrapassá-lo nas pesquisas, o candidato disse que "ela tem que aspirar ganhar a eleição": "Pode acontecer, perfeitamente".

Na última rodada da pesquisa Datafolha, divulgada ontem, Ciro oscilou positivamente. O ex-governador passou de 7% para 9%, e Tebet foi de 2% para 5% - acima da margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

A advogados, Ciro voltou a criticar os governos anteriores por reproduzirem o mesmo modelo econômico. "Ficam zangadíssimos, falam que é falsa simetria. Não, qualquer imbecil sabe que o Lula é diferente do Bolsonaro. Eu estou falando é do modelo. É rigorosamente o mesmo", afirmou .

O candidato a presidente da República pelo PDT, Ciro Gomes, usou o Twitter para comentar sobre a tentativa frustrada de atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite desta quinta-feira, dia 1º. Segundo a polícia local, o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, tentou apertar o gatilho de uma arma apontada para Cristina, que teria falhado. Ele foi preso.

"O atentado frustrado a Cristina Kirchner por pouco não transforma em chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente. Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará. Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio. Paz!"

##RECOMENDA##

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou sobre o atentado. "Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa", escreveu Lula, no Twitter. "Que o autor sofra todas as consequências legais", completou Lula, também candidato ao Planalto neste ano.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu nesta quinta-feira (1º), por unanimidade, o registro de candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República. A vice da chapa, Ana Paula Matos (PDT), também teve o registro confirmado.

Os ministros rejeitaram uma impugnação à candidatura, apresentada pelo vereador Fernando Holiday, de São Paulo. Ele argumentou que Ciro Gomes possui condenação por injúria racial em primeira instância, o que o inabilitaria a ser candidato por “inadequação da vida pregressa”.  

##RECOMENDA##

Holiday se referiu ao caso em que Ciro o chamou de “capitão do mato”, em discurso de 2018. O pedetista foi condenado na esfera cível da Justiça de São Paulo a pagar indenização ao vereador.

Objetivos midiáticos

A defesa de Ciro Gomes acusou o vereador de litigância de má-fé e sustentou que a impugnação tem objetivos somente midiáticos, sem nenhuma pretensão de prosperar. Isso porque não há na Lei da Ficha Limpa ou em outra legislação a previsão de que condenação na esfera cível possa impedir candidaturas, frisou a defesa.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, destacou que o próprio TSE possui uma súmula para dizer que o conceito de “inadequação da vida pregressa”, previsto na Constituição, não pode ser aplicado sem que o motivo de tal inadequação esteja previsto em lei complementar.

Também citando a súmula, o relator no TSE, ministro Carlos Horbach, votou por negar a impugnação e deferir o registro de candidatura de Ciro Gomes. Todos os demais ministros seguiram o relator sem fazer observações.

O TSE tem até 12 de setembro para julgar todos os pedidos de registro de candidaturas à Presidência da República. Até o momento, apenas um dos 12 que foram apresentados foi negado pelo plenário, o de Roberto Jefferson (PTB).

O ex-senador e atual candidato a deputado federal pelo Ceará, Eunício Oliveira (MDB), lançou uma série de ataques contra Ciro Gomes (PDT) nas redes sociais. Ele afirmou que vai entrar com uma ordem para despejar o presidenciável do seu apartamento e o chamou de "mentiroso" e "coronelzinho de meia pataca".

Eunício acusou Ciro de ter recebido uma mala de dinheiro para a construção da Ponte Estaiada e disse que ele vendeu o apartamento, mas permanece no imóvel sem pagar aluguel. O próprio ex-senador comprou o apartamento e anunciou que vai entrar com uma ordem de despejo.

"Vc [sic] mora lá e tem vida nababesca, com dinheiro do Fdo [sic] Partidário, mas não paga aluguel, entrarei com uma ordem de despejo. Ciro, vc [sic] é um coronelzinho político decadente de meia pataca, mentiroso e dissimulado", publicou Eunício.

##RECOMENDA##

O presidente do Senado que participou do processo de impeachment de Dilma Roussef (PT) também citou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na investigação que ligava o pedetista ao recebimento de propina na reforma da Arena Castelão e o depoimento de Joesley Batista apontando que o Governo do Ceará cobrava dos empresário para liberar recursos do Fundo de Desenvolvimento Industrial.

Ciro Gomes ainda não rebateu as declarações do adversário político.

[@#video#@]

Nesta quarta-feira (31), os candidatos à Presidência da República participam de campanhas nas ruas e de eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiás e Amazonas. Também estão previstas entrevistas a veículos de imprensa. Confira a programação dos presidenciáveis.

Ciro Gomes (PDT): pela manhã, o candidato cumpre agenda no Rio de Janeiro. Às 9h, faz campanha com os candidatos ao governo fluminense Rodrigo Neves e ao Senado Cabo Daciolo, na região de comércio popular Saara. Às 11h30, tem encontro com empresários na sede da Firjan, no centro da cidade. À tarde, ele estará em Barretos (SP), onde fará uma visita ao Hospital de Amor de Barretos, às 16h.

##RECOMENDA##

Constituinte Eymael (DC): o candidato fará caminhada de campanha na avenida Mateo Bei, na Cidade São Mateus, em São Paulo (SP), às 13h.

Felipe D’Ávila (Novo): a agenda será em São Bernardo do Campo (SP). O candidato atende à imprensa, às 18h, na Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (ACIGABC). Às 18h45, participa do Evento Construindo um Novo ABC, na sede da associação.

Jair Bolsonaro (PL):  a agenda do candidato será em Curitiba. Às 14h, participa de motociata entre o bairro Uberaba e o Calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro, local conhecido como Boca Maldita, onde, às 17h, será realizado ato público.

Léo Péricles (UP): às 10h está prevista a chegada do candidato a Petrolina, onde concede entrevista ao Blog Tribuna do Nordeste às 11h. Às 12h30, Léo Péricles tem agendado almoço com militância do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Em seguida, às 15h, ele concede entrevista ao blog Carlos Britto. Às 16h, o candidato participa de debate na Fundação Universidade de Pernambuco (UPE). Depois de jantar às 18h, o candidato deve pegar voo para Recife às 19h.

Lula (PT): o candidato tem agenda em Manaus. Às 9h (horário de Brasília), ele concede entrevista à Rádio Clube do Pará (AM 690 e FM 104,7). Às 10h30 (horário local de Manaus), visita a fábrica da Honda. Às 15h (horário local), tem encontro sobre desenvolvimento sustentável no Museu do Amazonas (Musa). A agenda se encerra às 18h (horário local), com o ato Todos Juntos pelo Amazonas, na Via Torres.

Pablo Marçal (Pros): pela manhã, o candidato participa de entrevista para a BM&C News. À tarde, participa de mais uma entrevista, para o Correio do Poder, e grava material de campanha.

Roberto Jefferson (PTB): o candidato está em prisão domiciliar e não tem agenda pública prevista.

Simone Tebet (MDB): a candidata não divulgou sua agenda.

Sofia Manzano (PCB): a agenda será em Goiânia, com campanha no Instituto Federal de Goiás (IFG), às 15h, e visita à militante do PCB Dirce Machado, às 17h. Às 21h, participa de live promovida pelo Diálogos da Esperança e Rede Fale, em parceria com a Revista Zelota, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e Cristãos Contra o Fascismo.

Soraya Thronicke (União): a candidata cumpre agenda em Brasília. Às 9h, participa do "Diálogo com os Presidenciáveis", organizado pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), na sede da instituição. Às 13h, concede entrevista ao vivo para a TV Brasília. Já às 15h, se reúne com membros do Observatório Político do Setor de Serviços, para a apresentação do documento "O Brasil que queremos para 2023". 

Vera Lucia (PSTU): a candidata começa os compromissos de campanha às 11h, concedendo entrevista à Agência Estado/Estadão. Às 14h, está prevista a participação de panfletagem na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria (RS), onde Vera Lúcia participa às 19h30 de plenária com a militância e apoiadores.

Na estratégia de tentar arrancar votos do PT, Ciro Gomes (PDT) fez uma publicação em que questionou a saúde do ex-presidente Lula. O candidato voltou atrás, excluiu a postagem e admitiu que exagerou no teor da crítica. 

Na mensagem apagada nessa segunda-feira (29), Ciro afirmou que o adversário estava "cada dia mais fraco, fisicamente, psicologicamente e teoricamente para enfrentar a direita sanguinária". 

##RECOMENDA##

Após participar da sabatina promovida pela Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), o pedetista explicou que não teve a intenção de "falar nada sobre estado de saúde" e que foi "meio duro demais". Ele não pediu desculpas ao concorrente. 

"Eu não falei nada sobre estado de saúde, não. Eu só acho que aquilo ali era meio duro demais e que podia ficar na má inteligência. O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer", declarou. 

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu na noite da segunda-feira (30) suspender uma página na internet que utilizava o nome de Ciro Gomes, candidato à Presidência da República, contra ele próprio.

Araújo atendeu a pedido do PDT, partido de Ciro, que pediu a derrubada do domínio ciro.tv, criado pouco depois de o próprio candidato ter lançado a página cirotv.com.br. A página anônima, porém, trazia a frase: “não vote em Ciro Gomes”.

##RECOMENDA##

Entre outros argumentos, o partido escreveu que “o site registrado de forma similar ao do candidato gera desinformação, obsta o acesso correto às pautas do candidato, obstrui o debate proposto pelo site originário e, ainda, intenta lucro com a conduta dotada de má-fé”.

Além da mensagem contra Ciro Gomes, o domínio ciro.tv, que ainda estava no ar até a publicação da reportagem, promove enquete sobre quem vencerá a corrida presidencial, o que é vedado pela legislação eleitoral. O site anônimo ainda pede ajuda financeira via pix.

Ao determinar a suspensão do domínio, o ministro Raul Araújo escreveu estar claro que o objetivo do site anônimo é somente promover propaganda eleitoral negativa. Ele ressaltou que a utilização de páginas na Internet para propaganda eleitoral está restrita somente aos candidatos e partidos.

“A utilização de página anônima na Internet para promover propaganda eleitoral negativa, sem qualquer relação com partido, coligação ou candidato e candidata, caracteriza manifesta ilegalidade, exigindo-se a imediata suspensão do acesso”, escreveu o ministro.

Araújo deu 24 horas para que a Hostinger Brasil Hospedagem de Sites Ltda. tire o domínio ciro.tv do ar. O ministro também pede que a empresa forneça os dados de cadastro do responsável pelo site anônimo.

O candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, propôs o corte de 20% das renúncias fiscais concedidas pelo governo federal caso seja eleito. "Todo gasto desnecessário que não seja imperativo, vou fazer como o velho Tancredo, é proibido gastar, vou passar o pente fino", afirmou nesta terça-feira (30) para empresários durante evento da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com presidenciáveis, em Brasília.

Ele criticou a inserção de itens na Cesta Básica para não pagar PIS/Cofins. "Salmão, queijo suíço, filé mignon. Dá R$ 8 bilhões de renúncia fiscal", disse. No ano passado, a renúncia de impostos totalizou R$ 350 bilhões, segundo o candidato. "Com 20% de corte, são R$ 70 bilhões e acaba o déficit primário", completou.

##RECOMENDA##

Desenvolvimento

O candidato frisa que tem um projeto que endereça as soluções para o desenvolvimento nacional. Ciro fez tal afirmação ao responder pergunta sobre qual seria sua proposta para melhorar o ambiente de negócios no País por um dos participantes do evento. "Tenho proposto um projeto de desenvolvimento nacional. Projeto é um plano estratégico com começo, meio e fim, com divisão de tarefas e divisão de institucionalidades. Nenhum outro candidato no Brasil sabe para onde o Brasil vai do ponto de vista tecnológico", disse.

Para Ciro, melhorar o ambiente de negócios no Brasil passa por fazer uma reforma tributária que colide com interesses de Estados. Mas essa melhora, de acordo com o candidato do PDT passa também pela retomada do crescimento.

Entretanto, ele tergiversou ao ser perguntado sobre qual a sua proposta para assegurar os avanços da reforma trabalhista. Disse que aumentará a faixa de renda do trabalhador porque do ponto de vista da economia, é a massa de salários que dará a dimensão de escala.

"Eu irei alargar a faixa de renda do trabalho porque com isso direi onde a dinâmica da economia vai estar", disse, acrescentando que quer um novo código do trabalho já que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não compreende a realidade do mercado de trabalho.

Segundo Ciro, o objetivo nunca foi o equilíbrio das contas públicas, mas a transferência de recursos ao rentismo. "R$ 500 bilhões foram as contas de juros nos últimos 12 meses", disse, acrescentando que uma de suas propostas para melhorar o ambiente de negócios é simplificar o arcabouço tributário, reduzindo os seis impostos brasileiros em um, no IVA, e passando a cobrar o IVA no destino, em vez de cobrá-lo na origem.

Para Ciro, é "mentirosa" a ideia de que a individualidade é que vai resolver a questão trabalhista no Brasil. Para ele, a solução passa por uma ação de governo no sentido de reduzir a taxa de juros, que tem tirado dinheiro e poder de compra das pessoas.

O candidato voltou a afirmar que o juro do crédito no Brasil é muito alto e encarece o financiamento e que isso decorre de uma política e não de um fato isolado. Voltou a criticar os bancos alegando que no Brasil há cinco grandes instituições financeiras e que os quatro mais lucrativos do mundo são brasileiros.

Educação

Na educação, segundo Ciro, o Brasil é o pior do ponto de vista do Pisa e em operações básicas de matemática. De acordo com ele, a ideia é transformar o Brasil em um Portugal - país mais pobre da Europa Ocidental - em 30 anos.

"A orçamentação disso não passa por mentiras deslavadas de alguns candidatos que por aqui passaram. Os Estados hoje estão quebrados, ilíquidos e não podem mover um centavo de seus recursos. Eu vou consolidar a dívida dos Estados, de R$ 600 bilhões", disse.

O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) participa na manhã desta terça-feira, 30, do "Diálogos com Candidatos à Presidência da República" da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). O pedetista começou sua fala dizendo que conflitos de agenda não são desculpas para "candidatos" fujões justificarem ausência aos eventos.

"Conflitos de agenda não é desculpa para candidatos fujões não participarem de um evento tão importante como esse especialmente diante da situação econômica e dos problemas do País", disse Ciro após ouvir que alguns candidatos negaram participação no evento da Unes desta terça-feira.

##RECOMENDA##

O ex-ministro também disse que, se eleito, não vai manipular a taxa de câmbio como outros governos, citando as gestões anteriores de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Ciro disse que "ciclicamente, desde o Plano Real", o Brasil aumenta a taxa de juros para atrair dólares e, assim, fechar o balanço de pagamentos. "Meu governo tem o objetivo de não manipular artificialmente o câmbio", afirmou.

Ele respondia sobre a entrada de produtos importados ilegalmente no País. Ao subir a taxa de juros, o efeito, segundo Ciro, é a apreciação do Real, com o barateamento das importações.

Outra razão sobre o tema citada pelo candidato do PDT é a falta de funcionários suficientes da Polícia Federal e da Receita para fiscalizar e aplicar punições para enfrentar o problema do contrabando. "É preciso reestruturar a administração pública e punir", afirmou.

O debate eleitoral que reuniu os candidatos à presidência da República, nesse domingo (28), na Band, continua dando o que falar. Depois de atacar Ciro Gomes (PDT) com uma polêmica envolvendo Patricia Pillar, Jair Bolsonaro (PL) deixou muita gente indignada. Em um determinado momento do encontro, Bolsonaro reacendeu uma polêmica de 20 anos atrás, quando Ciro falou que o 'papel principal' da atriz era 'dormir com ele'. Os dois viveram juntos por 18 anos.

Nesta segunda-feira (29), Patricia decidiu se manifestar a respeito da fala de Bolsonaro contra o ex-companheiro. Ela contou, no Twitter, que a frase de Ciro foi infeliz e que o mesmo lhe pediu desculpas. "Parem de falar de mim", disparou Patricia Pillar.

##RECOMENDA##

Em uma série de mensagens, a atriz disse que Ciro Gomes não lhe deve mais nada: "Até hoje tenho por ele grande admiração e respeito. E por acreditar em seu projeto para o futuro do Brasil, terá meu voto". Patricia fez questão de pontuar que irá mover ações na Justiça se assuntos com fundamentos inverídicos sobre ela ganharem proporções.

"A partir dessa entrevista, adversários sem caráter criaram uma mentira sórdida sobre uma agressão que nunca aconteceu. Quem insistir em disseminar essa fake news perversa, sofrerá as devidas medidas judiciais. Quem tenta obter vantagens a partir da história pessoal de uma mulher, desconsiderando o que ela mesma diz, está desrespeitando todas as mulheres", escreveu ela.

No final de seu desabafo, Patricia Pillar prestou solidariedade para a jornalista Vera Magalhães. Durante o debate da Band, Jair Bolsonaro declarou que a apresentadora da TV Cultura "era uma vergonha para o jornalismo". Patricia soltou: "Por fim, minha solidariedade a todas as outras mulheres já derespeitadas por Bolsonaro, como a jornalista Vera Magalhães no debate na Band.

Veja o desabafo de Patricia Pillar:

[@#video#@]

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou que a impunidade é responsável pelo aumento da corrupção no País. Para o pedetista, a corrupção foi transformada como uma ferramenta central do modelo de governança política e, diante disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem responsabilidade a ser paga.

"O que tem feito aumentar a corrupção no Brasil é a impunidade. O problema aqui é a generalização e a transformação da corrupção numa ferramenta central do modelo de governança política no país", declarou Ciro, em entrevista à Jovem Pan, nesta quinta-feira (25).

##RECOMENDA##

Em uma análise sobre os governos do PT, o candidato afirma que a corrupção foi transformada numa ferramenta central do modelo de governança. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi eleito com um discurso de combate à corrupção, "rendeu-se, se acertou a essa gente", citando o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Questionado se Lula mereceu ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro ou se o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi parcial no julgamento, Ciro respondeu: "se você olhar as responsabilidades do Lula na generalização da corrupção, evidentemente o Lula tem responsabilidade a ser paga." Para o pedetista, Moro se apaixonou por política ainda como juiz. "E aí, abandonou o lugar de juiz para fazer uma sentença irrespondível. O Sérgio Moro começou a comandar o processo porque gostou do lugar de xerife moral da nação".

STF

O candidato à Presidência pelo PDT afirmou também que o Supremo Tribunal Federal (STF) está "muito aquém da grandeza histórica que o Brasil hoje espera e precisa". Para Ciro, no entanto, tal melhoria da Suprema Corte não será feita a partir da lei, mas com a restauração da autoridade da Presidência da República. "Porque no presidencialismo se confunde a chefia de Estado com a chefia de governo", pontuou.

Apesar da crítica à Suprema Corte, o candidato defendeu que é preciso acatar a palavra do STF. "Isso é chave de uma estabilidade institucional sem a qual é impossível, e fora dela é a selva da força", afirmou. Além disso, o pedetista disse ser contra o impeachment de qualquer membro da Corte. Segundo ele, "impeachment é para o cometimento de crime de responsabilidade. A gente não pode estar vulgarizando isso porque a gente não gosta criticamente".

Em meio à dificuldade de ascender aos dois dígitos, o candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) rebateu as pesquisas de intenções de voto. Segundo ele, a "pesquisa é retrato, a vida é filme". "Senão, a gente não precisava fazer eleição", disse em entrevista nesta manhã à Jovem Pan, nesta quinta-feira (25).

Em defesa à sua candidatura, mesmo em um ambiente de forte polarização, Ciro afirmou que ela está posta "não porque é fácil, ela está posta porque é necessária". Mantendo o discurso que fez em entrevista ao Jornal Nacional, ele criticou as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), que lideram as intenções de voto. "Eles representam o mesmo tipo de gestão econômica, o mesmo tipo de gestão política", comentou, acrescentando que sua tarefa será de "reconciliar o Brasil".

##RECOMENDA##

O candidato do PDT também avaliou com "muita preocupação" a denúncia de empresários que, em grupo de mensagens, defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença Jair Bolsonaro, nas eleições presidenciais. Na entrevista à Jovem Pan, Ciro defendeu que a liberdade é o princípio em uma democracia. "Portanto, qualquer constrangimento e cerceamento da liberdade só pode ser feito se for amplamente sustentado nos argumentos de fato e de direito que justifiquem a violação dela".

Na terça-feira (23), a Polícia Federal cumpriu mandados contra os empresários denunciados. Além de Luciano Hang, da Havan, são alvos José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para avaliar a situação, no entanto, Ciro afirmou que é preciso que as autoridades que determinaram a operação venham a público demonstrar os argumentos que justificaram tal ação. "Vamos supor que a versão dominante seja: havia uma conspiração de empresários, de homens do dinheiro", disse. "Eles estavam conspirando para praticar um golpe? Aí não tem mais liberdade. Se eles não competem nada, aí estamos diante de uma arbitrariedade."

Ciro disse ainda que, todos os dias, há invasão do direito da população pobre. No entanto, quando se invade direitos da população mais rica, há uma mobilização nacional.

Em meio às ameaças às instituições, o candidato declarou que, caso eleito, seu governo será de "respeito e acatamento às instituições". "A última palavra, ainda que seja para errar, é da Suprema Corte, porque é assim que funciona o Estado de Direito Democrático, e vamos tentar aperfeiçoar isso restaurando a autoridade da presidência da República", pontuou.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a proposta de distribuição de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para os candidatos à Presidência da República. A propaganda começa no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro. 

A apresentação do tempo destinado à campanha do primeiro turno foi apresentada na semana passada durante audiência pública promovida pelo TSE. O tempo é calculado conforme a representatividade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados. 

##RECOMENDA##

Conforme o cálculo, a distribuição do tempo diário dos candidatos nos blocos de propaganda ficou estabelecida assim:

- Luiz Inácio Lula da Silva (3 minutos e 39 segundos) - Coligação Brasil da Esperança, formada pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV), Federação PSOL/Rede, Solidariedade, PSB, AGIR, Avante e Pros

- Jair Bolsonaro (2 minutos e 38 segundos) - Coligação Pelo Bem do Brasil (PL, PP e Republicanos);

- Simone Tebet  (2 minutos e 20 segundos) - Coligação Brasil para Todos (MDB e Federação PSDB-Cidadania e o Podemos;

- Soraya Thronicke (2 minutos e 10 segundos) - União Brasil;

- Ciro Gomes (52 segundos) - PDT

- Roberto Jefferson (25 segundos) - PTB

- Felipe D’Avila (22 segundos ) - Novo

Os candidatos Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB) não atingiram os requisitos mínimos e não terão acesso ao horário eleitoral. Pela cláusula de barreira, as legendas precisam obter 1,5% dos votos válidos na última eleição em um terço dos estados ou nove deputados eleitos distribuídos por um terço do território nacional. 

Pablo Marçal (Pros) não entrou na contagem. Sob nova direção, a legenda revogou a candidatura dele.

No dia 26 de agosto, primeiro dia do horário eleitoral, a ordem de apresentação dos candidatos à Presidência da República será a seguinte: Roberto Jefferson, Soraya Thronicke, Felipe D'Avila, Lula, Simone Tebet, Bolsonaro e Ciro Gomes. 

O candidato à Presidência do Brasil pelo PDT, Ciro Gomes, ressaltou, durante sabatina do Jornal Nacional nesta terça-feira (23), que pretende unir o Brasil “ao redor de um projeto que tem diagnóstico”. Além disso, o pedetista afirmou representar “uma espécie de abolicionista num sistema escravista”, ao falar sobre alianças.

“Eu pretendo unir o Brasil ao redor de um projeto que tem um diagnóstico. O Brasil viveu a mais grave crise, se tomarmos os números do desemprego e da fome. São 33 milhões de pessoas que estão com fome; 120 não fizeram as três refeições. E hoje há pessoas e grupos políticos responsáveis por essa tragédia. Acho que a maior ameaça à democracia é o fracasso dela ao lado do povo, e eu vou me esforçar para unir e reconciliar o Brasil”, reafirmou.  

##RECOMENDA##

O PDT concorre à Presidência da República numa chapa puro-sangue e sem alianças com outros partidos, questionado sobre o isolamento, que gera a falta de alianças, o candidato contou ter jantado com o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, e que representa uma “espécie de abolicionista num sistema escravista”. 

“Você não vai esperar que o abolicionista ajude o escravista. Vou tentar transformar a minha eleição na eleição de ideias. Você fala de isolamento, mas eu jantei com o Bivar; me pediram para deixar a porta aberta até o último dia e no fim foi honesto, disse que ‘o problema do Ciro não é a pessoa dele, são as ideias’. E é basicamente isso: a gente tem que entender que eu represento uma espécie de abolicionista num sistema escravista”. 

Ele disse, ainda, que tentará fazer com que a eleição seja um “plebiscito programático”. “Porque faz parte da democracia brasileira. O mais importante talvez seja alargar a negociação, estabelecer uma negociação com governadores e prefeitos para que se envolvam nesse redesenho”. 

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) disse que assumiu o compromisso de tornar a educação pública do Brasil uma das dez melhores do mundo em um prazo de 15 anos, caso eleito. "Educação é e sempre será nossa prioridade. Só assim vamos realmente ser um País justo e próspero", disse Ciro, em peça publicitária de campanha publicada na sua conta oficial do Twitter.

No vídeo, Ciro lembrou que o Ceará, Estado que governou de 1991 a 1994 e seu principal palanque político, possui a melhor educação pública do Brasil. "Enquanto eles destroem a educação, eu vou salvá-la como fizemos no Ceará. Lá, ajudei a construir a melhor educação pública do Brasil. É um modelo baseado na valorização do professor, em escolas de tempo integral e no método de ensino que estimula o aluno a aprender cada vez mais e melhor", afirmou.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O ministro Raul Araújo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Instagram apague, no prazo máximo de 24 horas, publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na qual ele insinua que o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) seria contrário à fé católica e odioso aos cristãos.

O vídeo foi publicado pelo parlamentar no último dia 15 e apresenta, de forma editada, trechos de uma palestra feita por Ciro em 2017 no Brazil Fórum UK, em Oxford (Inglaterra).

##RECOMENDA##

Araújo destaca na decisão que é possível verificar que o vídeo, de fato, apresenta conteúdo produzido para desinformar, pois a mensagem transmitida com a publicação está "totalmente desconectada dos contextos fáticos em que se apresentava o candidato do PDT, Ciro Gomes". "Os recortes são manipulados com o objetivo de prejudicar a imagem do candidato, emprestando o sentido de que ele seria contrário à fé católica e odioso aos cristãos. Além disso, contém trecho no qual afirma que o candidato ‘comparou igrejas com o narcotráfico’ e ‘que ambos trabalham com dinheiro em espécie e poderiam fraudar eleições’", completa.

Na ação, ingressada pelo Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra Eduardo Bolsonaro, o partido alega que a postagem tem como objetivo "gerar desinformação", e configura "prática de propaganda eleitoral negativa". Araújo acatou a tese e pediu que "oficie-se ao provedor de aplicação Instagram para cumprimento desta determinação judicial de remoção, no prazo de 24h; para remoção definitiva do conteúdo propagandístico eleitoral ilícito".

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o Instagram retire do ar o vídeo publicado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). A gravação sugere que o atual candidato à presidência da república Ciro Gomes (PDT) é contrário às religiões católica e pentecostais, e pretende promover um certo enfraquecimento da moral cristã no país.

Na decisão, Araújo comunica que o vídeo busca desinformar os seguidores e apresentar falas retiradas do contexto. "A postagem impugnada [de Eduardo Bolsonaro] induz à desinformação, por meio da descontextualização de falas, objetivando construir posicionamentos contraditórios do candidato do PDT em relação à religião, e, além disso, o explícito sugestionamento de conclusões inverídicas a serem extraídas das imagens e textos divulgados no vídeo", escreveu o ministro.

##RECOMENDA##

No vídeo publicado pelo deputado, são compartilhados trechos de palestras em que Ciro Gomes fala frases como “quero o controle social e o fim da ilusão moralista católica” e que “temos que achar uma equação entre dinheiro e política, que também se liberte da moral católica e da moral neopentecostal”.

Na legenda do conteúdo, Eduardo Bolsonaro escreve a seguinte frase: "Entenda uma coisa, a esquerda odeia os cristãos. Para eles os sacerdotes são concorrentes e a moral judaico cristã, incompatível com o socialismo /comunismo /bolivarianismo."

Para o ministro Raul Araújo, os trechos são manipulados e dissociados do seu contexto real, para induzir que Ciro Gomes se posiciona contrariamente à fé cristã, o que demonstra a intenção de Eduardo Bolsonaro em prejudicar o candidato à presidência, em meio ao período eleitoral. Araújo ainda afirma a necessidade de preservar a veracidade dos fatos. "A proteção ao direito da veracidade da informação e da honra dos atores do processo eleitoral é uma diretriz para que a Justiça Eleitoral exerça seu papel de reguladora pontual do certame", destaca o ministro.

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, esteve nesta sexta-feira (19) em Osasco (SP), onde conversou com funcionários de três das empresas que funcionam no antigo terreno da Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários (Cobrasma). O local foi simbolicamente escolhido para destacar uma das propostas do ex-governador do Ceará: a necessidade de estabelecer um novo pacto entre governos, empresários e trabalhadores para reindustrializar o país. 

“Escolhi este lugar porque ele é simbólico do problema do Brasil. Aqui, funcionava uma grande empresa brasileira que, no auge, empregava 12 mil pessoas. Hoje, vocês são ao redor de 600 pessoas”, comentou Ciro Gomes ao discursar a empregados da Comercial Brasileira de Ferro e Aço (CBFA), uma das companhias que funcionam em parte do enorme terreno pertencente à antiga Cobrasma. 

##RECOMENDA##

Inaugurada em 1944, a Cobrasma foi a primeira fabricante de equipamentos ferroviários em aço do Brasil. Depois, passou a produzir peças para a indústria automobilística e Petrobras e chegou a ser qualificada para fabricar equipamentos para produção de energia nuclear. Em 1998, encerrou as atividades. Dados da própria Cobrasma indicam que o número máximo de empregados, 6.833, foi registrado em 1964, a partir de quando começou a decair. 

“Pessoas perderam a oportunidade de defender suas famílias com salários decentes, previdência, aposentadoria, somando-se [aos atuais] quase 10 milhões de brasileiros que estão desempregados e a outros 5 milhões de desalentados que desistiram de procurar emprego”, acrescentou o candidato, referindo-se a dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Para o candidato, que defende que a política industrial deve ser o centro de qualquer projeto de desenvolvimento nacional, a campanha eleitoral é o momento de os candidatos apresentarem soluções para os problemas que o país enfrenta, como a má qualidade da educação e o baixo crescimento econômico. 

“Uma campanha não deve ser uma troca de insultos, uma briga, mas sim uma ocasião para que cada candidato apresente um diagnóstico sobre o que está acontecendo com o Brasil. Sobre porque há tanta gente desempregada. Por que o salário-mínimo tem, hoje, o pior poder de compra dos últimos 20 anos e por que a inflação voltou pesada nos alimentos? Por que a educação do filho do trabalhador não prepara para a disputa cada vez mais difícil da vaga de trabalho moderna. A ocasião política é esta.”

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) reafirmou, na manhã desta quinta-feira (18), seu compromisso com um processo de simplificação do arcabouço tributário brasileiro, destacando que tal medida se insere no leque de decisões de cunho econômico que um eventual governo seu adotará com o objetivo de retomar o crescimento econômico.

Ciro participa nesta manhã, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), de uma das várias audiências que a casa tem feito com os candidatos à Presidência.

##RECOMENDA##

"Só o Brasil tem seis tributos sobre valor adicionado. O mundo tem um e o que eu defendo é o IVA Imposto sobre Valor Agregado", disse.

Para o candidato, o grande problema do Brasil é o colapso das finanças dos Estados. Por isso, ele defende a proposta de refinanciamento do passivo dos Estados. "Um novo modelo econômico, um novo modelo de governança política".

Juros

Ciro Gomes voltou a atribuir a atual situação de baixo crescimento da economia e elevado índice de desemprego e desestruturação do quadro fiscal à expansiva taxa de juros. Ao conversar com jornalistas antes de entrar para evento da ACSP, onde fala nesta manhã para representantes do comércio paulistano, o pedetista destacou as dificuldades pelas quais o setor vem passando há mais de dez anos. De acordo com Ciro, essa dificuldade do comércio, que ficou aguda na pandemia, revela os problemas que levaram à perdição de toda uma década.

"Ao meu ver, a estagnação que nos trouxe a essa década toda perdida é o modelo econômico cujo a grande variável é o juro muito alto. E se o juro é muito alto, você erode completamente a economia popular, o consumo despenca. Nós estamos com a menor renda mínima histórica, o salário mínimo típico do Brasil é o menor dos últimos 20 anos em termos de poder de compra", disse o candidato.

Ciro, então, voltou a falar sobre uma proposta que já constava do seu programa de 2018, que é a de reestruturar a dívida das famílias. Seria, de acordo com ele, um contingente de 66,6 milhões famílias a ser chamado para renegociar suas dívidas.

"Com isso eu consigo fazer a grande alavanca da economia, que é o consumo das famílias", disse Ciro, acrescentando que num eventual governo dele o salário mínimo "galopará" acima da variação da inflação e do crescimento do PIB com um ajuste nas contas públicas.

A pesquisa Genial/Quaest, publicada nesta quarta-feira (17), apontou que o ex-presidente Lula (PT) é o líder das intenções de voto no primeiro turno à Presidência. O petista obteve uma vantagem de 12 pontos percentuais para Jair Bolsonaro (PL) e conseguiu ampliar a diferença no segundo turno.  

O estudo realizado no formato estimulado, quando os concorrentes são apresentados aos eleitores, Lula obteve o desempenho de 45% no primeiro turno e Bolsonaro manteve o segundo lugar, com 33%. 

##RECOMENDA##

O resultado mostra que os dois principais candidatos à Presidência estão em posições confortáveis para levar a eleição ao segundo turno, já que o terceiro mais bem avaliado, Ciro Gomes (PDT) atingiu apenas 6% e Simone Tebet (MDB) marcou 3%. O eleitorado que disse estar indeciso representa 6%. Brancos e nulos também foram 6%. 

Segundo turno

Com a polarização colocada à prova no segundo turno, de acordo com a pesquisa, Lula seria eleito com 51%. Bolsonaro obteve apenas 38% das intenções de voto. Indecisos foram 4%. Brancos, nulos e os que disseram que não vão votar foram 7% 

A Genial/Quaest ouviu dois mil eleitores presencialmente entre os dias 11 e 14 de agosto. O levantamento possui o índice de 95% de confiança e foi protocolado na Justiça Eleitoral com o registro: BR-01167/2022. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando