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"Fiquem agora com os comerciais". Essa frase é sempre dita pelos apresentadores quando avisam para os telespectadores os intervalos durate as atrações da TV brasileira.

Muitas pessoas trocam de canal, outras preferem não sintonizar as emissoras concorrentes para não perder nenhum detalhe do que está por vir, principalmente pela chuva de propagandas impactantes que surge ao longo da programação.

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Neste sábado (17) é comemorado o Dia da Criatividade, e o LeiaJa.com relembra comerciais que fizeram sucesso na mídia pela originalidade, graça e polêmica. 

Pipoca com Guaraná Antarctica

Mamíferos do leite Parmalat ("Tomou?")

Tio da Sukita

Jaime, o mordomo do suco Tang

Patrícia Lucchesi e o primeiro sutiã

"Paulinho, olha a tosse!"

Pôneis malditos da Nissan

Siris da cerveja Brahma

Hipnose para comprar o chocolate Batom

Canção "Aquarela" no comercial da Faber-Castell 

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A Caixa Cultural Recife, localizada no Marco Zero, receberá na próxima quarta feira (26) a 2ª edição do Clube do Choro, um projeto realizado pela Orquestra Criança Cidadã (OCC). A apresentação prestará um tributo aos 100 anos de nascimento de Jacob do Bandolim (1918 - 1963), mas também traz um repertório de músicas emblemáticas de vários compositores, do passado e presente, conectados ao gênero carioca. O show tem início às 15h.

Jacob do Bandolin foi um bandolinista e líder musical que teve papel fundamental na solidificação do choro brasileiro, diversas composições dele estão no repertório oficial. Além disso, o programa comtempla faixas de mestres consagrados como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Sérgio pimenta, Joaquim Calado, Chiquinha Gonzaga, entre outros.  

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A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social incentivado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, e conta com patrocínio master da Caixa Econômica Federal.

 

Serviço
2ª edição do Clube do Choro da Orquestra Criança Cidadã
Quarta -feira (26)|15h
Caixa Cultural Recife – (Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife).
Gratuito

 

*Por Jhorge Nascimento

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), uma das mais importantes do país, retoma suas atividades neste domingo, às 18h, com um concerto beneficente na Sala Cecília Meireles, na Lapa, centro do Rio, após um período de grave crise financeira. O concerto beneficente, em prol da própria fundação mantenedora da orquestra, terá como regente o maestro Roberto Tibiriçá e como solista o pianista Leonardo Hillsdorf. No repertório, obras de Chopin, Johann Strauss e Tchaikovsky.

Mais do que um retorno, a apresentação de hoje marca a conquista de dois novos e importantes contratos de patrocínio que permitiram à OSB regularizar, no início de setembro, o pagamento dos músicos, que ficaram meses sem receber salários. Ao longo dos anos de 2015 e 2016, a OSB perdeu a maior parte de seus investidores, em função da crise financeira no país, o que gerou um rombo de R$ 21 milhões e a suspensão das atividades de uma orquestra que soma mais de 5 mil concertos em 77 anos de atuação.

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“Com a reestruturação executiva que promovemos recentemente, seremos capazes de apresentar ao público um trabalho absolutamente novo no mercado e na história da música sinfônica no país, focando também nos projetos de responsabilidade social”, afirmou o presidente do conselho curador da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho. Ele informou que serão anunciadas no evento de hoje as datas dos próximos concertos na Sala Cecília Meireles, espaço da Secretaria Estadual de Cultura que, a partir de agora, concentrará a temporada de apresentações da orquestra.

A Fundação OSB também firmou parceria com a Rádio MEC FM, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para transmissões ao vivo dos concertos pela emissora e pelas redes sociais. Em entrevista ao programa Antena 1, da MEC FM, o pianista Miguel Proença, diretor da Sala Cecília Meireles, manifestou satisfação em abrigar os concertos da orquestra que marcou sua carreira musical.

“Quando cheguei ao Rio de Janeiro, ainda jovem, para estudar, não perdia os concertos da OSB. Os solistas da orquestra eram marcantes. Eu me lembro de Jacques Klein tocando em 11 concertos da OSB em um mesmo ano. Maestros maravilhosos passaram pela orquestra. Não há como uma instituição dessas desaparecer”, afirmou.

Reestruturação

A nova fase marca também o resultado de um trabalho de nove meses na reestruturação e na qualificação da gestão da fundação mantenedora da orquestra. “Implantamos importantes áreas gerenciais como a controladoria, a unidade de monitoramento de projetos e análise de conformidade legal – o que estamos chamando de ‘compliance cultural’. Procuramos estabelecer novos paradigmas de gestão, sobretudo alinhados com as mudanças da Lei Rouanet. Temos trabalhado lado a lado com o Ministério da Cultura, buscando o rigor necessário na prestação de contas dos projetos incentivados e chegamos a um sistema de gestão que pode servir de modelo para outros projetos culturais”, disse a diretora executiva da Fundação OSB, Ana Flavia Cabral Souza Leite.

Uma das novidades é o empreendimento da fundação no campo da responsabilidade social, com o projeto Conexões Musicais, que tem como proposta desenvolver os dois pilares de uma verdadeira política cultural – formação e fruição. O projeto de democratização do acesso à cultura será desenvolvido ao longo de três anos, passando por 30 cidades que já foram pré-selecionadas e propõe a música como instrumento de transformação e de envolvimento de milhares de crianças, alunos da rede pública de ensino e toda a população das localidades por onde a orquestra passa.

A reestruturação conta com o apoio dos músicos da OSB. “Sofremos muito nesse período sem salários e sem estar junto ao nosso público. O drama pessoal às vezes pesava mais do que o desejo de lutar, mas optamos por acreditar. Todos nós, músicos e administração, tiramos lições dessa crise. Hoje os músicos, através das comissões, mais do que nunca participam da gestão de forma efetiva”, disse o representante dos músicos, Nikolay Sapoundjiev.

Os ingressos para o concerto beneficente custam R$ 300, a inteira, e R$ 150, a meia-entrada. A Sala Cecília Meireles fica no Largo da Lapa, 47, no centro do Rio.

David Teie é um violoncelista americano alérgico a gatos, mas criou para eles um disco e o testou em um bar para estes animais em Londres.

A receita para tocar o coração dos felinos e relaxá-los é converter em sons musicais seus ruídos familiares, seu ronronar ou o chilrear dos pássaros.

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"Tenho cerca de 26 instrumentos diferentes para reproduzir o ronronar. Este tipo de som cria uma sensação de bem-estar", explicou à AFP este professor de música da Universidade de Maryland e integrante da Orquestra Nacional Sinfônica dos Estados Unidos.

Teie fez uma demonstração no bar "Lady Dinah's Cat Emporium", um dos dois estabelecimentos para gatos de Londres, no bairro de Shoreditch, onde há passarelas, rodas e todo tipo de entretenimento para estes animais.

Para ir ao bar com seu gato, as pessoas precisam fazer uma reserva com três semanas de antecedência, no mínimo, para uma visita de uma hora e meia que custa seis libras, sem bebida ou comida inclusos.

"Utilizo dez instrumentos acústicos, mas é preciso modificar com computador quase todos os sons para que se convertam em sons para animais", explicou.

Posteriormente, tocou algumas notas agudas, antes de passar a outras graves que chamaram imediatamente a atenção dos gatos, como é o caso de Lizzie, que ficou intrigada, e de Donnie, que soltou imediatamente o brinquedo que carregava para se aproximar do músico.

"Disse a mim mesmo que, se escrevesse música que os gatos gostassem mas que seus donos considerassem irritante, não a colocariam, então incorporei um toque de música humana para que fosse audível e para que também acalmasse as pessoas", explicou.

"Não está muito distante da música de relaxamento", disse à AFP Lauren Pears, a proprietária do bar de gatos, que se mostrava cética, mas percebeu que os gatos "demonstraram interesse e reagiram melhor do que se pensava".

"Music for Cats" é o nome do disco, e Teie já prepara um para cavalos e outro para cães.

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Nesta sexta-feira (25), o Shopping RioMar realizou o segundo dia de desfile do ‘Passarela RioMar. O centro de compras reuniu marcas de peso para apresentar as novidades das coleções Primavera/Verão 2016. As lojas BluK, Kingster, Coca-Cola e Colcci ditaram a moda com cores, estampas e muitas novidades para homens e mulheres.

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A primeira marca a apresentar os modelitos foi a BluK. A loja, que é pernambucana e está no mercado há 33 anos, mostrou estampas inspiradas na África e no Oriente Médio. Laura Ribeiro, responsável pela criação, falou sobre o processo de criação das peças. "A inspiração surgiu com a perspectiva de representar a mulher guerreira, mas que não perde a feminilidade. Além disso, a tendência da coleção é o conforto", explicou.

A marca paulista Kingster, que existe há dois anos, trouxe o estilo londrino para a passarela. De acordo com o diretor de marketing da empresa, Thiago Mendonça, as peças foram criadas a partir do estilo cosmopolita. “Estamos apresentando looks leves, despojados, mas com um toque de sofisticação. Inclusive, apostamos na alfaiataria clássica para a nova coleção”, falou.

A estudante de design de moda, Auristela Tiné, avaliou o desfile e as coleções. “Eu achei fantástico! O desfile da BluK trouxe tendências atuais, com fluidez e caimento perfeito das peças”, disse. Em relação à Kingster, ela elogiou o estilo da marca e a cor. “Eles capricharam no visual. A coleção traz um casual bem despojado e a cor rosa, de algumas roupas, chamou atenção para o que será tendência para 2016”, concluiu.

O Passarela RioMar é o primeiro evento do Shopping e segundo o centro de compras, deve acontecer duas vezes ao ano. O desfile segue até este sábado (26), com as marcas Lupo, Emma Fiorezzi, DWZ e Refazenda, a partir das 17h. O centro de compras fica no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

A primeira semana de agosto paulistana celebra um dos maiores monumentos da música em todos os tempos: as seis suítes para violoncelo solo de Johann Sebastian Bach. Desde que foram "redescobertas", na década final do século 19, num sebo em Barcelona pelo então jovem estudante catalão Pablo Casals, e estreadas em salas de concerto modernas, transformaram-se em símbolo máximo da genialidade de Bach. Dali até o final de sua vida, em 1973, Casals fez de Bach seu norte: "Pela manhã, para começar o dia, preciso de Bach mais que de comida e água. E tem de ser Bach. Preciso de perfeição e alegria".

De certo modo, os três eventos programadas para os três primeiros dias da semana trazem de volta a alegria em torno de uma obra-prima, perfeita. Na segunda, o violoncelista grego Dimos Goudaroulis faz uma palestra sobre as suítes. Radicado no Brasil há 18 anos e responsável por uma das mais belas e arrojadas gravações recentes da obra, ele retorna na quarta, 06, para tocar três delas em recital. Na terça, 05, o dublê de jornalista e cineasta canadense Eric Siblin lança a edição brasileira de As Suítes para Violoncelo - J.S. Bach, Pablo Casals e a Busca por uma Obra-prima Barroca, da Editora É Realizações. É boa a tradução de Pedro Sette-Câmara, mas há deslizes que uma revisão técnica poderia ter eliminado, como chamar musicólogos de "musicologistas" e deixar escapar coisas como "melodiosidade".

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Siblin segue na esteira do interessantíssimo Reinventing Bach, de Paul Elie (2012), no sentido de que não resiste ao fascínio do contraponto bachiano e constrói uma fuga a várias vozes, intercalando-as nos capítulos. Elie teceu sua polifonia contando as vidas de Bach, Albert Schweitzer, Casals e Glenn Gould, terminando com ecos, influências e recriações populares. Siblin simplificou a trama, limitando-se a Bach, Casals e sua própria empreitada em torno das suítes. De Bach, ele traça a vida e obra; de Casals, narra a saga da descoberta das suítes em Barcelona e o modo como as levou às salas de concerto e à célebre primeira gravação mundial nos anos 1930; e em seu percurso, vai descascando, como uma cebola, a sua aproximação a esta obra-prima.

As duas primeiras histórias, de Bach e Casals, já foram contadas "n" vezes e não apresentam novidades; apenas ordenam em linguagem saborosa o caudaloso volume de informações que as cerca. O mais interessante está mesmo no seu itinerário pessoal. "Minha descoberta pessoal das suítes aconteceu numa noite de outono em 2000 (...) eu estava na plateia do Conservatório Real de Música de Toronto para ouvir um violoncelista de quem eu nunca tinha ouvido falar tocar músicas que eu desconhecia absolutamente".

Como ele mesmo escreve lá pela página 59, "a única maneira de tirar a música clássica do museu é deixar de tocá-la num museu". Por isso encanta-se, por exemplo, com a atitude de Matt Haimovitz, que as gravou e passou uma temporada inteira tocando-as em bares, pizzarias e botecos de beira estrada. Matt assustou-se com a reação imediata das pessoas a um trecho velocíssimo, como nas Gigas, ou então a uma melodia majestosa, como nas Sarabandas.

Siblin traz com palavras as suítes para o nosso dia a dia."O gênero pode ser barroco, mas há múltiplas personalidades e mudanças de humor nas suítes. Consigo ouvir melodias de festas camponesas e minimalismo pós-moderno, lamentos espirituais e riffs de heavy metal, gigas medievais e trilhas sonoras de filmes de espionagem". E aconselha a seus leitores: "A experiência ideal para a maior parte dos ouvintes pode ser igual à minha quando ouvi a obra pela primeira vez - sem preconceitos. Mas basta conectar as notas e surge uma história".

Normalmente, temos chance de assistir a uma boa aula/palestra sobre as suítes; ou ler um ótimo livro sobre elas; ou até mesmo assisti-las em recital por um violoncelista de primeira qualidade. Nesta semana você tem o melhor dos mundos: pode fazer o seu próprio percurso completíssimo em direção às suítes de Bach. Você jamais as esquecerá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ela conquistou tudo que um cantor de ópera pode desejar. De Viena a Nova York, era disputada pelos principais palcos do mundo - em muitas montagens que, gravadas, se transformaram em CDs e DVDs de referência. Ainda assim, há pouco mais de um ano, a soprano francesa Natalie Dessay, de 48 anos, resolveu parar.

Anunciou ao mundo a decisão de abandonar os palcos de ópera para se dedicar a recitais e, mais importante, ao teatro de prosa. "Eu simplesmente cansei."

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Dessay desembarca neste fim de semana no Brasil, ao lado do marido, o barítono Laurent Naouri. Juntos, e acompanhados pelo pianista Maciej Pikulslky, fazem dois recitais, segunda, 04, e terça, 05, na Sala São Paulo, pelo Mozarteum Brasileiro. O trio vai interpretar canções de Poulenc, Fauré, Duparc. "Montamos um programa em torno de duetos escritos por esses autores para barítono e soprano", ela explica, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. "Mas, quando falo em duetos, são canções escritas para duas vozes. Nada de ópera", brinca, rindo.

O canto lírico surgiu por acaso na vida de Natalie Dessay. Estudava teatro até que, durante uma apresentação, alguém chamou a atenção para a qualidade de sua voz. Começou, então, a se dedicar ao canto. E, no início dos anos 1990, com uma gravação da Lakmé, de Delibes, surgiu para o mundo como uma das principais sopranos ligeiro de sua geração. Seguiram-se 20 anos de uma carreira de exceção, em papéis como Zerbinetta, Gilda, Alcina ou Ofelia. Nos últimos anos, incluiu na lista a Violetta da Traviata. Sua despedida, na França, foi com Manon e, nos EUA, com Os Contos de Hoffmann.

Nesta ópera, de Offenbach, ela interpretou o papel de Antonia - uma jovem cantora que, levada a cantar sem parar pelo malévolo Dr. Miracle, acaba morta. Não poderia ser um personagem mais significativo. "A carreira do cantor de ópera inclui a repetição incessante de alguns papéis. No meu caso, com o meu tipo de voz, essa lista era pequena e incluía basicamente jovens apaixonadas e sofredoras, praticamente adolescentes. O que eu poderia fazer? Estou com 48 anos e já não faz muito sentido interpretar essas moças."

A reação à sua decisão foi difusa, ela conta. Nem todo mundo entendeu seus motivos. "No mundo da ópera, ainda que ninguém coloque as coisas dessa forma direta, todos esperam que você, uma vez que tenha encontrado uma fórmula de sucesso, siga fazendo a mesma coisa até não poder mais. E, para profissionais que pensam dessa forma, é natural que minha decisão soe estranha. Mas, o que esperavam de mim? Queriam me ver, aos 85 anos, interpretando jovens desesperançadas?", diz, sem citar nomes.

Canções

Natalie conversa com a reportagem pelo telefone. Explica que está no carro, em uma estrada do interior da França, por onde passou antes da viagem ao Brasil. Ela se diverte com a curiosidade que sua decisão desperta nas pessoas. Diz estar feliz com a nova vida, que lhe permite, entre outras coisas, mais tempo com a família. "Não é preciso entender o que aconteceu como um fim, mas, antes, como um recomeço. Havia um desejo de me reinventar e esse me pareceu o momento mais adequado, ainda sou jovem, tenho energia de sobra e, ao mesmo tempo, uma experiência adquirida que me ajuda a dar novos passos", diz.

Nessa nova vida, a música permanecerá, claro, ao seu lado. Ela tem se dedicado a recitais e concertos sinfônicos. Em São Paulo, vai interpretar canções de compositores franceses: Fauré, Duparc, Poulenc, Delibes e Widor. "O ponto de partida para o repertório foi a pesquisa que eu e meu marido fizemos de duetos escritos por esses autores. Achamos coisas interessantes e pouco executadas. E essas peças acabam sendo o eixo em torno do qual outras peças foram sendo acrescidas à lista", ela explica.

As canções francesas, chamadas originalmente de melodies, derivam do lied alemão - e ambos os gêneros cabem sob o guarda-chuva a que se costuma dar o nome, em português, de canção de arte. Seja em qual língua for, o que importa nesse repertório é a conversa intimista entre texto e música - e as camadas de significado que dela consegue extrair o intérprete.

Mas seria possível identificar especificidades que tornam únicas as canções francesas? A pergunta é feita a Natalie, mas é uma voz masculina que responde ao fundo. É Laurent Naouri, que está ao volante. Para ele, a diferença está, acima de tudo, na poesia. E Natalie concorda. "É preciso observar a poesia e, consequentemente, a própria estrutura do idioma francês, seja em poemas de caráter p0pular, seja numa escrita mais clássica, como a de Baudelaire. E, claro, o modo como os compositores a interpretaram. A sensação que tenho é de que a canção não nasce simplesmente, ela é uma tentativa de compreender a estrutura do poema, a maneira como o texto é gerado."

Novo começo

Natalie está lançando dois novos discos. Em Elle et Lui, gravou canções de Michel Legrand, com o próprio compositor ao piano; e, em Rio Paris, participa da homenagem da violonista Liat Cohen à música popular brasileira (os dois foram lançados em edição nacional pela Warner Classics).

Para a soprano, a música popular é um caminho possível, mas o foco, diz, é evitar rótulos. Entre seus planos, está o teatro de prosa. E, quem sabe, óperas contemporâneas, que lhe deem a chance de explorar sua voz de outra forma. "Tenho conversado sobre isso e talvez logo tenha um projeto a anunciar. Mas não importa o gênero: o fundamental é fazer coisas que me permitam refinar não apenas a musicalidade, mas também a atuação, o teatro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A data exata dos 150 anos de nascimento de Richard Strauss é 11 de junho próximo, mas já pipocam muitos lançamentos em função da efeméride. Um dos CDs mais interessantes, e que não merece passar desapercebido, é Strauss & Mahler - Quartetos com piano e lieder (Sony, download por US$9,99). Ele registra o primeiro encontro entre a soprano Simone Kermes e o ótimo Fauré Quartett. Os quartetos de ambos os compositores são obras da juventude. O disco vale pelos fabulosos arranjos das canções para soprano e quarteto com piano por Dietrich Zöllner. De repente, o acompanhamento ganha nova dimensão, mais ampla e sugestiva. E as performances, de elevadíssimo nível, incluem seis das mais conhecidas canções de Strauss. Sabe-se que ele compôs lieder por quase meio século para sua amada, a soprano Pauline de Ahna. Conheceu-a em 1887, quando tinha 23 anos. Casaram-se sete anos depois e viveram juntos até a morte do compositor, em 1949.

Seu presente de casamento foram duas canções que estão nesse emocionante CD: Morgen (manhã), até hoje seu lied mais famoso, que chegou a orquestrar posteriormente; e Cäcilie, sua mais ardente declaração de amor a Pauline. A voz límpida e afinadíssima de Simone Kermes é perfeita para este repertório intenso e refinado. Ela e o quarteto estão espetaculares.

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Zueignung, ou Dedicatória, tem um buquê brahmsiano manifesto. Heimliche Aufforderung, ou Convite Secreto à Noite, termina com o verso "venha, maravilhosa noite desejada com tanto ardor!". Strauss deixou instruções expressas proibindo arranjos de suas obras, sobretudo os lieder. Em boa hora, sua bisneta Madeleine Rohla-Strauss, permitiu os arranjos de Zöllner, com certeza depois de ouvi-los.

Os dois lieder de Mahler são de sua juventude e giram em torno do amor, só que o espectro da morte já rondando, em contraponto à vida, que naquela altura ainda lhe falava mais alto. O arranjo de Onde Soam os Belos Trompetes, poema da antologia A Trompa Mágica do Menino, por exemplo, é antológico. Erinnerung (memória), de 1880, completa a parte vocal do disco.

Os dois quartetos com piano recebem do Fauré Quartett interpretações irretocáveis. O extenso - 37 minutos - quarteto de Strauss, escrito aos 21 anos, deve além da conta ao quarteto opus 25 de Brahms, literalmente citado nos compassos iniciais do Allegro. O movimento de quarteto de Mahler, composto aos 16 anos, e que dura 13 minutos, só tem interesse histórico: deve demais a outro quarteto de Brahms, o terceiro, em dó menor, que estreara um ano antes em Viena.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pré-venda de ingressos para a exibição do show de Andre Rieu já está disponível no site e nos complexos da Rede UCI.  O renomado violinista, maestro e compositor poderá ser visto nos cinemas de nove cidades brasileiras em sessões nos dias 27, 28 e 29 de setembro. No recife, o concerto Andre Rieu 2013 – Em Maastricht será exibido no UCI Kinoplex Recife Shopping (sala 10), UCI Kinoplex Plaza Casa Forte Shopping (sala 01) e no UCI Kinoplex Shopping Tacaruna (sala 03).

Aos 63 anos e com uma extensa discografia - que conta com mais de vinte álbuns – Andre Rieu já vendeu cerca de 20 milhões de cópias. Em seus shows, o músico conta com a Orquestra Johann Strauss, criada em 1987, e também com cenário e figurinos. 

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Os ingressos custam R$ 50 e R$ 25, à venda nas bilheterias e terminais de autoatendimento da Rede UCI ou no site da rede

Composições de grandes nomes da música erudita fazem parte do concerto da Orquestra Sinfônica do Recife, que ocorre nesta quarta (11), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, localizado na Praça da República. Peças de Ludwig Van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart e Peter Ilyich Tchaikovsky serão conduzidas ao longo da apresentação, que será comandada, pela primeira vez, pelo maestro Marlos Nobre. A abertura do programa ficará por conta de uma importante composição brasileira, no campo simbólico e artístico: o hino nacional.

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Abertura Egmont Opus 84, de Beethoven, Orquestra nº 23 em La Maior, K. 488, de Wolfgang Amadeus Mozart, e Sinfonia nº 5 em Mi menor Opus 64, de Tchaikovsky, estão entre as obras que fazem parte do repertório. O concerto ainda contará com a participação da solista Rachel Gico Casado.

A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados a partir das 19h, na bilheteria do Teatro de Santa Isabel.

Serviço

Concerto da Orquestra Sinfônica do Recife

Quarta (11) l 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

Gratuito (ingressos devem ser retirados a partir das 19h na bilheteria do Teatro)

(81) 3355 3324 

O Projeto Quarta Musical apresenta nesta quarta (3), às 19h, no auditório do Conservatório Pernambucano de Música, um recital com duo de viola e piano com o violinista Rafael Altino e a pianista Ana Lúcia Altino.

Durante o recital, os músicos interpretam obras de compositores consagrados, como Johann Sebastian Bach, Johannes Brahms, Liduino Pitombeira, Arvo Pärt, George Enesco e uma homenagem aos 100 anos do compositor Benjamin Brite. A entrada é gratuita.
 
Serviço
Quarta Musical
Quarta (3) | 19h
Auditório Cussy de Almeida do Conservatório Pernambucano de Música (Avenida João de Barros, 594 - Santo Amaro)
Gratuita


 

 

Integrante do Seinway Wall of Fame, Miguel Proença se apresenta no Recife na noite desta quinta (21) no palco do Teatro de Santa Isabel. O recital faz parte do projeto Piano Itinerante com Miguel Proença, que teve início em 2012 e percorreu seis cidades brasileiras. 

O concerto é oferecido a preços populares - R$ 10 e R$ 5 (meia entrada) - e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro. No programa, peças de Chopin, Ravel, Villa-Lobos, Debussy e Gluck-Kempff. 

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Gaúcho, Miguel Proença comemorou 50 anos de carreira em 2012 e lançou um CD triplo intitulado Pianíssimo. Em seu currículo constam apresentações ao redor de todo o mundo, inclusive uma turnê internacional. A apresentação começa às 20h30.

Serviço

Piano Itinerante com Miguel Proença

Quinta (21), às 20h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Santo Antônio)

R$ 10 | r$ 5 (meia)

Começa, nesta quinta-feira (14), a segunda edição o festival Virtuosi Sem Fronteiras, no Teatro de Santa Isabel, localizado no Centro do Recife. Ao todo, são oito espetáculos instrumentais de música erudita e popular, que iniciam às 20h e oferecem duas apresentações por dia. O objetivo é defender a música de qualidade, independentemente do rótulo que ela carrega.

Os músicos que se apresentam no Virtuosi Sem Fronteiras foram selecionados não só por sua qualidade, mas também por sua versatilidade, a ideia é que eles caminhem nos campos da música erudita e popular. A abertura fica a cargo do compositor e multi-instrumentista André Mehmari, que recebeu prêmios na area da música erudita (Concurso Nacional de Composição Camargo Guarnieri) e popular (Prêmio Visa, Nascente-USP).

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Também são oferecidas oficinas gratuitas de piano popular, violoncelo, percussão e harpa. Para efetuar as inscrições, os interessados devem entrar no site do festival e preencher o formulário. O festival encerra no próximo dia 17.

Serviço

II VIRTUOSI SEM FRONTEIRAS

Teatro de Santa Isabel – Recife

81 3363 0138

14, 15, 16 e 17 de março de 2013

Gratuito

O pioneiro compositor de música clássica americano Elliott Carter, que ganhou dois prêmios Pulitzer em uma carreira de quase oito décadas, morreu em Nova York, aos 103 anos.

Carter compôs 158 obras, das primeiras Sinfonia No 1 (1942) e Holiday Overture (1944) à criada este ano e intitulada Dialogues II, que estreou no mês passado na Itália, e a ainda inédita Instances.

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Nascido na cidade de Nova York, em dezembro de 1908, Carter começou na música clássica sob influência de seu amigo e mentor Charles Ives e estudou na Universidade de Harvard e no Nadia Boulanger de Paris.

"A grande diversidade e variedade de sua música tem, e continuará tendo, influência em inúmeros compositores e artistas de todo o mundo", afirmou a gravadora Boosey and Hawkes em um comunicado anunciando sua morte.

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