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O coronel Tibério César dos Santos, que acaba de deixar o comando-geral da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), fez uma fala inteiramente voltada à defesa da classe policial, enquanto discursava na solenidade de troca de comando, realizada no Quartel de Comando-Geral (QGC) do Derby, no Recife, nesta sexta-feira (26). Centralizando os agradecimentos às suas tropas e comandantes, Tibério alfinetou o Judiciário pelas “saidinhas” de presos e relembrou que a PM é "maior que os números" obtidos em 2023. 

“Foram vocês, soldados, cabos, sargentos e subtenentes, que eu comandei no ano de 2023, e para vocês eu peço toda a assistência. Sem vocês a ordem pública do nosso estado entraria em pleno colapso. São homens e mulheres que envergam com muito orgulho essa farda. Reconheço que não tem sido fácil para vocês, nos tempos atuais, na conjuntura pela qual passa nosso país, onde a preocupação maior, infelizmente, é soltar presos. E, infelizmente, muitas vezes, prender policiais”, disse o militar. 

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Assim que assumiu a tribuna para discursar, Tibério fez um afago às tropas, em virtude dos indicadores de violência do último ano, que foi também seu primeiro ano como comandante-geral. Em 2023, o número de mortes policiais aumentou em 30,42%. A polícia matou, em média, uma pessoa a cada três dias no estado. Essas mortes entram para o índice de homicídios de 2023, que cresceram em 6,2% no último ano, em comparação a 2022.  

Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), 2023 teve 3.632 Mortes Violentas Intencionais (MVI) em 365 dias. De janeiro a dezembro de 2022, foram registradas 3.418 mortes violentas. 

“Foi um ano difícil, eu sei, mas não tenho dúvidas de que seria muito pior se os senhores não estivessem à frente de suas tropas, com o empenho e a dedicação que vocês colocaram junto às unidades operacionais. Senhores e senhoras, vocês são muito mais do que números. São muito maiores e mais preciosos do que os números que vocês obtiveram em 2023”, continuou. 

Ainda em menção indireta ao Judiciário, criticou a saída de cerca de 2,500 presos do Complexo do Curado, no Grande Recife, em 2023. “Eu nunca presenciei, nos meus quase 31 anos [na PM], a quantidade de mandados de prisão expedidos contra policiais militares. O que intriga é saber que estão prendendo servidores públicos que possuem domicílios fixos e não possuem passagens, na maioria das vezes, pelo sistema prisional. Enquanto isso, mais de 2,500 presos do Complexo do Curado foram postos em liberdade ao longo de 2023. Dentre os 2,500, principalmente aqui na região metropolitana, estão homicidas, estupradores e traficantes", concluiu.

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nessa quarta-feira (2), o requerimento 788/2023, de autoria do deputado estadual José Patriota, que cria a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. O ex-presidente da Associação Municipalista de Pernambuco comandará o grupo que tem como objetivo de promover discussões, audiências públicas e propor medidas que beneficiem os micro e pequenos negócios no estado.
“A gente sabe das dificuldade que é tocar uma empresa e que esse negócio precisa ter um tratamento tributário, um tratamento de apoio técnico, de crédito facilitado, para que a gente possa não somente ocupar a mão de obra, mas sobretudo fazer com que o empreendedorismo possa crescer e se desenvolver no estado de Pernambuco", disse Patriota.
 A Frente Parlamentar tem previsão de ser instalada nas próximas semanas. Além do coordenador José Patriota, participarão os deputados: Antônio Moraes (PP), Débora Almeida (PSDB), Eriberto Filho (PSB), France Hacker (PSB), Izaías Régis (PSDB), João Paulo Costa (PCdoB), Luciano Duque (Solidariedade), Mário Ricardo (Republicanos) e Rodrigo Farias (PSB) como membros efetivos.

*Da assessoria de imprensa

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O Centrão quer comandar o Ministério dos Esportes e vem pressionando pela saída da ministra Ana Moser. Assim como foi feito com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o bloco cobra a gerência da pasta depois do apoio ao governo nas votações da Reforma Tributária e do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na Câmara. 

O doutor em Ciência Política Pedro Soares pontuou que os Ministérios servem como suporte ao desenvolvimento do governo, ao mesmo tempo que são parte do Executivo. Em uma gestão de coalizão, como a vivida no Brasil, eles acabam sendo negociados por apoio à agenda política da situação. 

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"Os ministérios, seja ele qual for, são mecanismos de apoio do Executivo e, pelo fato de serem mecanismo importantes na estruturação, no suporte e no caminhar de um governo, eles terminam se tornando moeda de troca, principalmente naqueles regimes que adotaram o presidencialismo de coalizão, como nos países da América Latina de maneira geral, explicou. 

O presidente Lula (PT) conseguiu manter Nísia Trindade no cargo e, agora, se desdobra para garantir a permanência de Ana Moser. A diferença nos dois casos é a posição do Ministério dentro do governo e a quantidade de recursos disponíveis. A Saúde é uma das pastas prioritárias e mais robustas, enquanto o Ministério dos Esportes tem status de pasta secundária, sendo alvo mais fácil na pauta de negociações. 

O presidente do Republicanos em Pernambuco e vice-líder na Câmara, o deputado Silvio Costa Filho, aparece entre os nomes cotados a assumir o cargo de Ana Moser. A escolha contraria a carreira da ministra, que fez parte do grupo que trouxe a primeira medalha olímpica de vôlei para o Brasil e conhece as necessidades de investimento para o desenvolvimento de atletas. 

"De maneira 'racional', Silvio Costa Filho não seria a pessoa mais indicada. Não teria uma pessoa mais indicada do que uma personalidade que foi esportista", comentou o cientista. 

Nas redes sociais, atletas e apoiadores do atual governo fizeram uma campanha pela permanência da gestora. Na avaliação de Pedro Soares, Lula não vai ceder à pressão sobre a cadeira da ministra, no entanto, terá que compensar o Centrão para preservar a relação com o Congresso. 

"Não acredito que vá acontecer, porque a pressão para que Ana Moser fique é muito grande. Talvez haja uma troca, como a gente presencia isso desde o primeiro governo Lula. O governo Lula é extremamente articulador e sabe estabelecer uma troca dentro das alas políticas que fazem parte dessa grande coalizão", concluiu. 

Nessa terça-feira (11), a ministra se reuniu com o presidente Lula e com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta antes de viajar como representante do governo brasileiro na Copa do Mundo Feminina de Futebol, na Oceania. A previsão é que a pressão aumente enquanto a ministra estiver fora do país.

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O comando está com elas. O show de encerramento do projeto "Elas no comando", realizado em Belém, na segunda quinzena de maio, foi marcado por uma mistura de sentimentos e poesia musical. O palco se encheu de talentos regionais como Layse e as Sinceras, Azuliteral, DJ Carol C, Helena Pessoa, Julia Passos e Malu Guedelha. O evento também teve a participação da cantora mineira Roberta Campos. As misturas de ritmo, conceito e música deram força para todas as mulheres presentes.

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Para a cantora Layse, o projeto foi algo que lhe permitiu transmitir para mulheres a força em todas as áreas além do palco. “Nós temos que ter coragem de acreditar em nós mesmas", disse. A cantora destacou que o evento transmite para as novas artistas a coragem que devem ter para começar. “Devemos ser algo de motivação. Poder estar incentivando com a sororidade. Tenham coragem!”, afirmou.

A baixista da banda Layse e as sinceras, Camila Barbalho, ressaltou a importância de projeto como esse. “Precisamos que projetos assim sejam mais frequentes, ou seja, que haja iniciativas de protagonizar as mulheres. Para que não sejamos uma novidade como ‘Olha, que inusitadas mulheres no palco’. Naturalizar a mulher no palco é tirar esse estigma negativo da mulher na música”, comentou.

A cantora Azuliteral comentou que ficou muito feliz quando foi convidada  para o show de encerramento. “Fiquei muito feliz com o convite direcionado a uma banda só de mulheres. Eu já tinha alguns nomes que me acompanhariam e elas têm uma conexão e uma escuta profunda, isso é incrível", disse. “Acredito muito, muito nas coisa que compartilhamos hoje, sobre os  sentimentos serem fluidos e sobre a nossa força que fazemos juntas. Então, o projeto traz essa oportunidade magnífica para nós”, destacou a cantora. 

Roberta Campos, cantora mineira que foi a atração da noite, disse que amou a visita a Belém. “Eu estava com a expectativa alta, mas foi mais legal do que eu imaginava. Estou muito feliz, espero que eu possa voltar várias vezes.” Além disso, Roberta comentou que almeja voltar várias vezes para o Estado, pois achou o povo paraense muito caloroso e receptivo. “Fui muito bem recebida e me trataram muito bem”, assinalou.

Por Hellen Rocha e Mel Chaves (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

   

    

 

 

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O festival de música “Elas no comando” tem como objetivo inspirar, encorajar e alcançar visibilidade para mulheres que desejam estar nos bastidores ou na frente dos holofotes. O evento será realizado de 18 a 20 de maio (os endereços dos locais de shows se encontram na programação abaixo) e terá a participação de cantoras nacionais e regionais.

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O festival, com entrada gratuita, oferece oportunidade para novas artistas em ascensão e uma conexão única com o público, com o intuito de protagonizar a força feminina dentro do universo musical. A edição de 2023 contará com novos nomes de artistas selecionadas para os pockets shows, como: Mainumy, Matemba, Sidiane Nunes e Ruth Clark. O encerramento do evento contará com apresentação da cantora mineira Roberta Campos, indicada ao Grammy Latino com a canção "De janeiro a janeiro", e da paraense Malu Guedelha. 

Para Sidiane Nunes, cantora e compositora, o projeto tem o significado de potência para as mulheres. “Este projeto me passa a sensação de acolhimento e força, foi uma honra ter sido selecionada”, disse. A cantora comentou também que sua expectativa para o show é transmitir a poesia para o público por meio da arte. “Todas as ações estão sendo feitas por mulheres incríveis para entregarmos nesse pocket show um trabalho inédito e poético”, explicou.

A cantora Ruth Clark, que também foi uma das escolhidas pelo "Elas", afirmou que o projeto é algo individual, cada pessoa tem seus próprios objetivos. Mainumy, cantora muito ligada a canções de raízes amazônicas, revelou que está levando três composições. "Está sendo muito legal preparar tudo com carinho e muito amor para apresentar. Espero que quem esteja lá, esteja de coração aberto para essas mulheres que vão estar no palco e o que elas tem a oferecer”, afirmou.

As artistas estão muito animadas com o que vão apresentar nessa quinta-feira, 18. “Eu levo como mais uma vitória na minha carreira. Para mim, ser selecionada me fez acreditar em mim mesma”, disse Matemba.

Programação completa

Dia 18, quinta-feira

Locais: Casa Soma (Tv. Cap. Pedro Albuquerque, 395 - Cidade Velha), Na figueredo (Av. Gentil Bitencourt, 449 - Nazaré), CN produções (R. Veiga Cabral, 1008 A - Batista Campos).

Casa Soma

9h às 11h - Oficina de gestão de projetos com Viviane Chaves.

14h às 17h - Oficina de maquiagem com Victória Maquiatrix.

18h às 18h40 - Yoga com Krishna Rohini.

18h às 18h40 - Contação de histórias com Otânia.

 Na figueredo

20h às 22h30 - Pocket show com Mainumy, Matemba, Sidiane e Ruth Clark.

 CN produções

9h às 12h - Oficina de desenho de luz para show: Projeto do rider técnico ao grid de palco com Natasha Leite.

Dia 19, sexta-feira

Locais : Casa Soma, Na figueredo, Teatro Gasômetro.

 Casa Soma

9h às 12h (Teoria) e 15h às 18h (Prática) - Oficina de fotografia com Nay Jinkings.

15h às 18h - Oficina de produção cultural com Lany Cavalero.

18h - Feirinha criativa e gastronômica.

19h - Exibição do filme de Bianca D'aquino, "Monteiro Lopes". 

20h30- Exibição do filme "Mestre Cupijó e seu ritmo", de Jorane Castro.

Na figueredo

16h10 às 17h - Palestras de direitos autorais com Márcia Xavier. 

17h às 17h40 - Palestra por elas que fazem a música por Mila Ventura.

 18h às 19h40 - Palestra: Letra e composição com Dona Onete e mediação de Josivana Rodrigues.

20h - Show de Nic Dias.

Teatro Gasômetro

9h às 12h - Desenho de luz para show com Natasha Leite.

Dia 20, sábado

Local: Teatro Gasômetro

18h - DJ Carol C

19h - Show de Azuliteral

20h - Show de Layse e as sinceras com a participação de Helena Pessoa e Júlia Passos.

21h - Show de Roberta Campos com a participação de Malu Guedelha.

Por Hellen Rocha e Mel Chaves (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira, 14, que o novo nome para comandar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já foi indicado. Assim que o órgão tiver uma nova direção, o seu trabalho será reformulado, afirmou.

Ele evitou comentar sobre a atuação da Abin no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como revelou hoje o jornal O Globo, durante os três primeiros anos da gestão do ex-chefe do Executivo, a agência operou um sistema secreto de monitoramento da localização de cidadãos em todo o território nacional.

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Costa garantiu que, sob sua gestão, toda lei será respeitada e eventuais denúncias serão levadas aos órgãos responsáveis, como Controladora Geral da União (CGU), Ministério Público e Judiciário como um todo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu a Abin para a Casa Civil, pasta diretamente ligada à Presidência da República. O órgão estava anteriormente sob comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), único ministério comandado por um militar na Esplanada, o general Gonçalves Dias.

A estratégia do governo é desmilitarizar a Abin, após o fracasso na antecipação e monitoramento das invasões do dia 8 de janeiro, e reformular o órgão em uma tentativa de "limpar" os serviços de inteligência e segurança institucional de militares ainda fiéis a Bolsonaro.

Depois da troca no comando do Exército, nesta segunda-feira (23), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, indicou que os golpistas não serão perdoados e a chegada do general Tomás Miguel Ribeiro Paiva deve fortalecer a apuração em torno dos militares que participaram a depredação à Praça dos Três Poderes do último dia 8.

O ministro encontrou hoje com o novo comandante do Exército, o general Tomás Ribeiro Miguel Paiva, e disse que não fez recomendações sobre como o comandante deve guiar a tropa.

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Após a reunião, Múcio foi categórico ao apontar que "Lula não vai perdoar golpistas" ao comentar sobre o envolvimento de militares nos atos golpistas, seja nas cenas de vandalismo ou na tentativa de evitar a prisão dos criminosos. "Vamos identificar os culpados. Não vamos trabalhar em cima de suspeições e vamos investigar", afirmou ao G1.

Menos de um mês à frente do Exército, o general Júlio Cesar da Arruda foi demitido pelo presidente Lula (PT) nesse fim de semana. O ex-comandante teria protegido extremistas acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, inclusive atrasando a prisão para a manhã do dia seguinte aos ataques. A demora teria garantido a saída de familiares de militares que estavam no local.

Novidade na área. Mariana Rios é a nova contratada da Record TV e irá assumir o comando do reality Ilha Record, no lugar de Sabrina Sato.

Através de suas redes sociais, ela postou um carrossel de fotos assinando o contrato e agradeceu pela oportunidade.

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"Começando uma nova história! Obrigada Record pela oportunidade e confiança! Esse é um dos dias mais felizes da minha vida!", escreveu na legenda.

Nos comentários, Mariana recebeu diversas mensagens de amigos famosos:

"Voa! Te amo", escreveu Marcelo Serrado.

"Voa, Mari", comentou Jennifer Nascimento.

"Parabéns, Mari", disse Adriane Galisteu.

O reality da Record está previsto para estrear no dia 19 de julho.

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O novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Ronaldo Miguel Vieira, tomou posse nesta terça-feira, 2, e disse que vai focar no combate a roubos e furtos no Estado, que tiveram alta de 7,4% e 28%, respectivamente, na comparação com o ano passado. Ele ainda prometeu manter o uso de câmeras em uniformes de policiais, medida que teve bons resultados, mas que divide pré-candidatos ao governo estadual.

"Os crimes de roubo estão muito perto já de virarem latrocínio. Eles (os assaltantes) já têm o armamento, a intenção, e vai ter a vítima, a parte mais frágil desse crime de roubo", disse Vieira. Nesse cenário, o novo chefe da PM definiu o crime cometido por falsos entregadores de aplicativos de comida como "extremamente preocupante", e afirmou que a polícia trabalha para proteger a população. A troca dos comandos da PM e da Polícia Civil são uma tentativa do governador Rodrigo Garcia (PSDB) de dar uma resposta rápida ao problema.

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Recentemente, o jovem Renan Silva Loureiro, de 20 anos, foi morto a tiros no Jabaquara, zona sul paulistana, após ser assaltado por um falso entregador. "O caso do Renan foi muito triste. Acho que para todo mundo aqui: a gente ficou extremamente sensibilizado. Eu fiquei, sou pai", frisou Vieira, que tem dois filhos.

"Já estão sendo feitas reuniões no Palácio (dos Bandeirantes) junto com a Polícia Civil, com os aplicativos, para a gente tentar entender como a pode fazer para operacionalizar melhor esse combate a esses crimes usando os falsos entregadores", acrescentou. O detalhamento das ações, contudo, só deve ser anunciado em evento promovido pelo governo paulista nesta quarta-feira, 4.

Conforme Vieira, o objetivo é dar continuidade e até mesmo intensificar operações que buscam rastrear motociclistas que cometem crimes. Como parte das ações para coibir esse tipo de crime na capital, as polícias Civil e Militar realizaram, entre sexta-feira, 29, e sábado, 30, uma operação com o objetivo de combater delitos cometidos por criminosos que se passam por entregadores. Mais de 740 veículos foram abordados e nove pessoas foram detidas.

"Lembrando que os entregadores - a maioria esmagadora - são novos jovens que estão no mercado trabalhando. São os primeiros empregos de jovens que estão no mercado, e a gente não pode discriminar essa profissão", disse. "Infelizmente, criminosos, bandidos estão usando essa atividade como disfarce para cometer roubos."

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que, no 1º trimestre deste ano, o número de roubos aumentou 7,45%, ante o mesmo período do ano passado. Já os furtos cresceram 28,5% no mesmo período. "A gente tem de usar indicadores criminais para, onde tem a mancha criminal, atuar", disse Vieira.

O comandante da PM reforça, em meio a isso, que duas frentes principais devem ser conduzidas neste momento. "A gente tem a parte dos indicadores, que temos de combater, e o principal também: a percepção de segurança da população (...) A gente tem de mostrar para a população que a Polícia Militar está presente", reforçou.

Diversas autoridades estiveram presentes no evento de posse do novo comandante da PM nesta terça, que ocorreu na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, no Tucuruvi, zona norte da cidade. Entre elas, estavam o governador Rodrigo Garcia, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Campos, e o novo delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves.

Em parte da cerimônia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Alexandre de Moraes também esteve ao lado do governador. Desafeto do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores, Moraes é um dos principais alvos em manifestações bolsonaristas e é o ministro da Corte que recebeu a maior quantidade de pedidos de impeachment - contra ele, são 12 dos 27 pedidos sem análise na Casa.

Na corporação, porém, Vieira ressaltou que manifestações políticas não serão permitidas. "A Polícia Militar respeita a opinião de todos. Toda a parte de qualquer partido político a Polícia Militar respeita. Só que - dentro do quartel, usando farda, usando equipamento - (em relação a) reuniões dentro do quartel para apoiar candidato A ou B, a Polícia Militar será, como sempre foi, contra."

Câmeras

O novo comandante da PM disse também ser a favor do uso de câmeras portáteis em uniformes de policiais, medida que tem aparecido em debates políticos. Como mostrou o Estadão, a maioria dos pré-candidatos ao governo paulista tem adotado um tom crítico em relação ao uso de câmeras acopladas ao uniforme de policiais militares. "Vamos continuar com o programa, vamos implementar, ter avanço", ressaltou Vieira.

O comandante-geral reforçou que, desde 2014, a corporação estuda e planeja a implementação das câmeras. Para isso, explica, atuaram desde comissões de mitigação de risco a membros da Corregedoria da polícia. "Não temos comprometimento nenhum com o erro, não temos o menor problema de cortar da própria carne", disse.

Entre os benefícios de os policiais utilizarem as câmeras, apontou Vieira, estão a facilidade para localizar agentes para envio de reforço e também a proteção provida contra eventuais fraudes. "O policial vai ter que estar sempre se aperfeiçoando, porque ele vai estar protegido pela COP (câmera operacional portátil), mas também a COP vai estar cobrando a atitude profissional dele", disse Vieira, que confirmou ainda que haverá ampliação do programa.

Policiais federais cumprem nesta terça-feira (23) mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem organização criminosa que atua nos estados do Rio de Janeiro e do Amazonas. Entre os alvos estão líderes de um grupo chamado Comando Vermelho do Amazonas, uma espécie de subsidiária da facção criminosa homônima fluminense.

De acordo com a Polícia Federal (PF), os suspeitos comandavam a organização criminosa a partir do estado do Rio de Janeiro.

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Até as 10h de hoje (23), três pessoas haviam sido presas, segundo a assessoria de imprensa da PF, entre eles um homem apontado como a principal liderança da organização criminosa, cujo nome não foi divulgado.

Os mandados da terceira fase da Operação Nômade, desencadeada em fevereiro deste ano, foram expedidos pela Justiça Estadual do Amazonas e visam auxiliar nas investigações das práticas de crimes de organização criminosa e tráfico de drogas.

A operação, realizada no Rio de Janeiro, contou com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o ministro da Economia, Paulo Guedes, e comentar a entrevista que concedeu à revista Veja na semana passada. Em evento da Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (27), o chefe do Executivo afirmou, contudo, que se fosse trocar o comandante da Economia, seria por alguém com política diferente da dele.

"A revista Veja perguntou para mim se eu trocaria o Paulo Guedes. Ah, trocar o Paulo Guedes, se for para trocar tem que trocar por alguém com política diferente da dele. Se não, é trocar seis por meia dúzia", afirmou Bolsonaro. "Se não tivesse alguém com a garra dele, será que teria caído apenas, o que é bastante, 4%?", questionou o presidente, citando o encolhimento da economia brasileira em 2020, primeiro ano da pandemia.

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Em uma nova defesa de Guedes, o chefe do Executivo ainda citou o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que disse que o desempenho econômico do Brasil tem sido melhor que o esperado.

"Qual economista queria estar no lugar dele, com aquela pandemia, tendo que fazer coisas completamente diferentes daquilo que ele se preparou ao longo de toda a sua vida?", questionou Bolsonaro.

No primeiro dia da semana em que participará de vários eventos para marcar os mil dias de governo, Bolsonaro afirmou ainda, durante o evento, que viajará nos próximos dias não apenas fazendo entregas de obras, mas "mostrando o que está acontecendo".

No início da noite desta terça-feira (1), o governador Paulo Câmara (PSB) aceitou o pedido de exoneração do coronel Vanildo Maranhão, comandante da Polícia Militar. A partir da próxima quarta (2), a PM passará a ser chefiada pelo coronel José Roberto Santana, que ocupava o cargo de diretor de Planejamento Operacional da corporação.

A exoneração de Vanildo Maranhão ocorre três dias depois da operação de repressão ao ato a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A ação da Polícia Militar deixou dois homens- que não participavam da manifestação- cegos, após terem sido alvejados por policiais, com tiros de bala de borracha.

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Na mesma operação, um policial disparou spray de pimenta no rosto da vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT). Imagens divulgadas nas redes sociais da parlamentar mostram o momento em que ela se aproxima de uma viatura e tenta dialogar com os agentes, sendo atingida. Liana precisou ser socorrida para a UPA de Torrões, na Zona Oeste da capital pernambucana.

O governador Paulo Câmara negou ter autorizado a operação. Há procedimentos investigatórios instaurados pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social e pela Polícia Civil.

O nome do general Joaquim Silva e Luna foi confirmado para o cargo de presidente da Petrobras. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pela estatal. Silva e Luna foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em substituição ao economista Roberto Castello Branco, que se desligou da empresa.

A decisão foi formalizada pelo Conselho de Administração da estatal, que elegeu Silva e Luna, além de aprovar outros nomes para compor a Diretoria Executiva. Rodrigo Araujo Alves foi escolhido como diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores; Cláudio Rogério Linassi Mastella, diretor executivo de Comercialização e Logística; Fernando Assumpção Borges, diretor executivo de Exploração e Produção; e João Henrique Rittershaussen, diretor executivo de Desenvolvimento da Produção.

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Foram reconduzidos Nicolás Simone, como diretor executivo de Transformação Digital e Inovação; Roberto Furian Ardenghy, diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade; e Rodrigo Costa Lima e Silva, diretor executivo de Refino e Gás Natural.

Silva e Luna foi diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, de fevereiro de 2019 até abril de 2021. É general de exército da reserva e serviu no Ministério da Defesa, de março de 2014 a janeiro de 2019, como secretário-geral e como ministro da Defesa. É graduado pela Academia Militar das Agulhas Negras, na arma de engenharia.

 

O presidente Jair Bolsonaro participou na tarde desta segunda-feira (12) da cerimônia de transmissão de comando da Aeronáutica. O evento ocorreu na Base Aérea de Brasília, e contou também com as presenças do vice-presidente, Hamilton Mourão, e do ministro da Defesa, Braga Netto.

A troca de comandos das três Forças Armadas foi anunciada há quase duas semanas, após uma reforma ministerial que também incluiu o Ministério da Defesa, com a substituição de Fernando Azevedo e Silva por Braga Netto.

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Na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior passou a ser o novo comandante. Ele substitui o tenente-brigadeiro Antônio Carlos Bermúdez, que estava no cargo desde o início do governo, em 2019.

Na última sexta-feira (9), Bolsonaro já havia participado da transmissão de cargo do Comando da Marinha, assumido pelo o almirante de esquadra Almir Garnier Santos, que substituiu Ilques Barbosa. No próximo dia 20, está prevista a transmissão de cargo no Exército. Neste caso, assumirá o comando o general Paulo Sergio Nogueira, no lugar do general Edson Leal Pujol.

Em discurso, o ministro da Defesa destacou algumas das principais ações da Força Aérea Brasileira (FAB) nos últimos anos, incluindo a apresentação do caça F-39 Gripen e a entrada em operação dos aviões KC-390.

"A despeito de todas as limitações orçamentárias, a Força Aérea consolidou o conceito da Dimensão 22, avançando nos seus principais programas estratégicos, com a incorporação do primeiro caça F-39 Grippen NG, e das primeiras aeronaves de transporte multimissão KC-390 Millenium, verdadeiros marcos da evolução tecnológica da aviação e de considerável ganho operacional para a defesa nacional", afirmou Braga Netto.

O ministro ainda mencionou a atuação da FAB no transporte de órgãos para transplantes e nas operações de abastecimento de medicamentos, insumos e vacinas no combate à pandemia.

 

Os partidos de esquerda, centro e direita se uniram ao atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de vencer o deputado Arthur Lira (PP), que conta com 191 deputados e é apoiado por Jair Bolsonaro para comandar a casa.

O grupo de Maia, que ainda não definiu quem será o candidato, é formado pelas bancadas do DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania, PT, PSB, PDT, PCdoB, PV e Rede. O PSOL decidiu não se juntar ao bloco e deve lançar candidatura própria

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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tenta fazer com que o PSOL, que tem 10 deputados na Câmara, se junte ao bloco para fortalecer a luta contra o Arthur Lira. Para isso, ela fala da possibilidade da indicação de alguma mulher para ser candidata à presidência, entre elas Luiza Erundina (PSOL).

“Mais que na hora de uma mulher ter protagonismo na disputa pela presidência da Câmara. Na esquerda temos companheiras valorosas: Benedita da Silva, Lidice da Mata, Luiza Erundina, se o PSOL estiver no bloco. Todas com grande experiência parlamentar, vivência e conhecimento da Casa”, diz.

O deputado Carlos Veras (PT) disse, em entrevista ao LeiaJá, que, neste bloco, pode haver mais de uma candidatura, desde que esses candidatos estejam alinhados com os eixos programáticos do partido como a defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, por exemplo. 

Veras explica que a construção do bloco não obriga que todos os partidos alinhados apoiem o mesmo candidato e que só, havendo o segundo turno das votações, haja o  realinhamento. O deputado aponta que o que eles estão querendo fazer é impossibilitar que Bolsonaro interfira na independência da casa. 

"Nós não podemos ter um presidente para colocar em pauta apenas o que Bolsonaro quer e da forma que ele quer - não precisamos de dois bolsonaros", salienta o petista.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Em carta divulgada neste sábado (19), Rodrigo Maia afirmou que o grupo tem muitas diferenças "porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático", escreveu.

Para ganhar a eleição no primeiro turno, é preciso de 257 votos. Mesmo sem o PSOL, o bloco de Maia tem 281 deputados, no entanto, como a votação é secreta, não tem como garantir se todos os deputados, mesmo o partido integrando o grupo, vá seguir a indicação.

O Diretório Nacional do PSB, por exemplo, recomendou que seus deputados não votem em nenhum candidato apoiado por Bolsonaro, no entanto, existe um racha entre os pessebistas. Uma ala, comandada pelo líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, se movimenta para fortalecer o grupo de Maia.

No outro lado, o deputado Felipe Carreras comanda uma ala do PSB que defende o apoio ao Arthur Lira. Sonda-se que, dos 31 deputados pessebistas, 18 estejam unidos com Carreras.

"Sou filiado há 26 anos ao PSB, meu único partido. Não reconheço a liderança de Molon na condução do processo sucessório na mesa. Ele falta com a verdade em relação a decisão da nossa bancada. Não vamos aceitar o seu posicionamento e submissão. Ele fraturou a bancada", afirma Felipe Carreras.

Mesmo declarando voto em Lira, Carreras assevera que é oposição ao governo. "Veja a que ponto chegou a oposição em nosso país: na sucessão da casa, as siglas desse campo estão esperando a decisão de Rodrigo Maia e sendo liderados por ele", aponta.

O deputado Tadeu Calheiros (PSB) confirma que há esse racha no partido, mas não sabe dizer qual a proporção disso e quantos deputados estariam ao lado de Arthur Lira. "Houve uma recomendação do diretório (em não votar em Lira), mas não houve um fechamento de questão e, naturalmente, alguns deputados vêm cogitando a ideia de votar no Arthur Lira", esclarece.

No entanto, o deputado reconhece que, mesmo o diretório não impondo o fechamento de questão, essa recomendação não pode ser ignorada. Tadeu avalia que respeita e segue as decisões do partido e não deveria ser rejeitado. "Ainda mais com essa característica que foi uma decisão unânime, sem contestações, mas vai ter gente que vai entender que não estariam obrigados a observá-la", pontua.

Os deputados Baleia Rossi, que é presidente do MDB, e Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria, são os parlamentares apoiados por Rodrigo Maia para a sucessão na Câmara dos Deputados.

O ex-senador Armando Monteiro perdeu a presidência estadual do PTB e, a convite do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, Coronel Meira deve assumir o comando do PTB em Pernambuco. A medida ocorre depois que Armando anunciou apoio pessoal a Marília Arraes (PT).

O PTB já havia definido que não apoiaria nenhum partido de esquerda nas eleições municipais e, no Recife, estava apoiando a candidatura de Mendonça Filho (DEM), que ficou em terceiro lugar. Oficialmente, o partido na capital pernambucana não está apoiando nem João Campos (PSB) nem Marília Arraes (PT), mas essa sinalização do presidente estadual Armando Monteiro não foi bem vista pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. 

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Por meio de nota, Armando anunciou que está se desfiliando do PTB após tomar conhecimento das especulações de mudanças no comando do partido em Pernambuco que, segundo afirma, não foram confirmadas. 

Confira a nota na íntegra

Tomando conhecimento de especulações sobre mudanças no comando do PTB em Pernambuco, que até o presente momento não foram confirmadas, antecipo a minha decisão de me desfiliar em caráter irrevogável do Partido Trabalhista Brasileiro. Comunico minha decisão, neste momento, ao meu amigo José Humberto Cavalcanti, Presidente Estadual, ao tempo em que reafirmo a minha irredutível decisão de apoiar a candidatura de Marília Arraes à Prefeita, que representa, neste momento, a melhor alternativa para o Recife, interrompendo um já longo, medíocre, e mal sucedido ciclo de gestões do PSB. 

Ao longo da minha vida pública, nunca admiti cabresto, nem recebo ordem unida. 

Agradeço a todos os companheiros do partido, dirigentes, parlamentares, gestores municipais, vereadores, lideranças e  correligionários em geral, que nunca me faltaram, desde que iniciamos essa construção em 2003, sob a liderança do saudoso ex-presidente e empresário, José Carlos Martinez. Estou seguro de que em breves dias, nos reencontraremos. 

Pela primeira vez na história, a Organização Mundial do Comércio (OMC) será comandada por uma mulher.

O porta-voz da entidade, Keith Rockwell, anunciou nesta quinta-feira (8) os nomes das duas finalistas na disputa para suceder o brasileiro Roberto Azevêdo, que deixou o cargo em 31 de agosto, um ano antes do fim de seu mandato.

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As candidatas são a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e a sul-coreana Yoo Myung-hee, que serão submetidas a uma terceira rodada de consultas com os Estados-membros entre 19 e 27 de outubro. A vencedora deve ser anunciada até 7 de novembro.

Okonjo-Iweala, 66 anos, foi a primeira ministra das Finanças e das Relações Exteriores na história da Nigéria e tem um quarto de século de carreira como economista no Banco Mundial. Já Yoo, 53, é a atual ministra do Comércio da Coreia do Sul e primeira mulher a ocupar o cargo.

Azevêdo encerraria seu segundo mandato de quatro anos em 2021, mas deixou o cargo de diretor-geral da OMC em 31 de agosto, alegando uma decisão "pessoal" e sem "motivações políticas".

A organização vem perdendo influência em um contexto de protecionismo crescente - capitaneado pela maior economia do planeta, os Estados Unidos - e cada vez mais acordos bilaterais feitos à margem da entidade. 

Da Ansa

A investigação sobre os homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018, vai trocar de mãos pela segunda vez. O delegado Moisés Santana, que era titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, assumiu a Delegacia de Homicídios da capital e será o responsável pelo caso, substituindo Daniel Rosa.

Quando a vereadora e o motorista foram mortos, o titular da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro era o delegado Giniton Lages. À época, o governador era Luiz Fernando Pezão (MDB), mas a segurança pública no Estado do Rio estava sob intervenção federal. O interventor era o general Walter Braga Netto e o secretário de Segurança, Richard Nunes.

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Um ano depois do crime, logo após identificar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz como autores do crime, Lages foi substituído pelo delegado Daniel Rosa. O Rio já era governado por Wilson Witzel (PSC), que extinguiu a secretaria de Segurança. As delegacias passaram a ser subordinadas ao secretário de Polícia Civil, delegado Marcus Vinicius de Almeida Braga. Braga pediu demissão no final de maio e Flávio Brito assumiu o cargo no início de junho, nomeado por Witzel.

Em 28 de agosto, Witzel foi afastado do cargo pela Justiça e seu vice, Cláudio Castro (PSC), assumiu como governador interino. Dezessete dias depois, na segunda-feira, 14, Castro anunciou a troca do secretário de Polícia Civil. Allan Turnowski assumiu o lugar de Brito, e logo anunciou mudanças na pasta. Antônio Ricardo Nunes deixou a chefia do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), que foi assumida por Roberto Cardoso. O DGHPP comanda as delegacias de Homicídios da capital e da Região Metropolitana.

Cardoso então trocou Daniel Rosa por Moisés Santana. Rosa já era o responsável pela investigação da morte de Marielle em outubro de 2019, quando o depoimento de um porteiro envolveu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso. Bolsonaro, que na época do crime era deputado federal, e Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato, tinham casas no mesmo condomínio, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

Um porteiro desse condomínio afirmou à polícia que no dia do crime Élcio Queiroz, outro acusado pela morte de Marielle, chegou ao condomínio perguntando por Jair. Segundo essa versão, Bolsonaro atendeu o interfone e autorizou a entrada de Queiroz. Peritos da Polícia Civil analisaram a gravação e atestaram que a voz não era de Bolsonaro, mas de Ronnie Lessa. O próprio porteiro se retratou, mas a divulgação da versão inicial dele irritou o presidente, que passou a considerar Witzel um desafeto.

Questionado pela imprensa se a substituição de Rosa foi causada por interferência política, Turnowski negou. Segundo ele, tratou-se de uma troca por razões técnicas, e a investigação sobre a morte de Marielle seguirá avançando.

A reportagem questionou a secretaria de Polícia Civil, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

O governo federal trocou o titular da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado pelo ministro Rogério Marinho. A nova superintendente da Sudam agora é Louise Caroline Campos Low, que entra no lugar de Paulo Roberto Correia da Silva.

Antes, Louise ocupou a função de assessora técnica em uma coordenação da Secretaria de Governo da Presidência.

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As respectivas nomeação e exoneração estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (9).

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