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As empresas comercializadoras de energia ainda avaliam as consequências das medidas de redução tarifária anunciadas pela presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira (11). A Energisa Comercializadora e a América Energia informaram que ainda irão analisar os detalhes da Medida Provisória publicada nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial da União para contabilizar a vantagem do mercado cativo sobre o ambiente livre e os possíveis prejuízos às comercializadoras. Os representantes das duas empresas participaram pela manhã do evento Energy Summit 2012.

A previsão é que as comercializadoras tenham desvantagem de preço em relação às distribuidoras do ambiente cativo que adquirem energia das empresas cujas concessões foram renovadas. Essas concessionárias já possuem investimentos amortizados e, por isso, podem oferecer energia a um preço mais competitivo do que o das demais. A redução de preços da energia deste grupo de empresas beneficiará o mercado cativo de energia, do qual as comercializadoras e seus clientes não fazem parte.

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Para a diretora da Energisa Comercializadora, Alessandra Genu Dutra Amaral, há um nicho de mercado específico para as comercializadoras que garantirá a sobrevivência do segmento. Um exemplo são os consumidores especiais que consomem energia fora do horário de ponta e, por isso, conseguem tarifas diferenciadas no ambiente livre.

O diretor da América Energia, Luiz Alfredo Cava, ressalta que o desconto de 28% para o megawatt-hora (MWh) da energia será concedido apenas aos consumidores industriais eletrointensivos. Para a média da indústria, o porcentual será menor. Ele calcula um desconto médio de 10% a 15%, inferior ao alcançado pelo mercado livre em muitas situações, segundo Cava, que afirmou conseguir desconto de até 22% para clientes que migram do ambiente cativo para o livre. "Já passamos por várias ondas em que houve diferenciação entre os mercados livre e cativo e sobrevivemos a todas elas", disse.

Cava não acredita que haverá um movimento significativo de transferência de clientes livres para o cativo em sua empresa. Porém, ressalta que as fontes alternativas de energia, que também participam do ambiente livre de comercialização, poderão ser prejudicadas pelas medidas de redução tarifária anunciadas terça-feira. Em sua opinião, haverá dificuldade das unidades geradoras de energia renovável conseguirem vender o MWh a preços tão competitivos quanto o das empresas que tiveram as suas concessões renovadas e garantir a continuidade do investimento.

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