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Celebrada pelos sites de compras e questionada pelas entidades ligadas ao varejo, a isenção federal para compras online de até US$ 50 entra em vigor nesta terça-feira (1º). A portaria foi publicada no fim de junho.

Em troca da isenção, as empresas deverão entrar no programa de conformidade da Receita Federal, regulamentado por uma instrução normativa. A página de comércio eletrônico que aderir ao programa da Receita, chamado de Remessa Conforme, também terá acesso a uma declaração antecipada que permitirá o ingresso mais rápido da mercadoria no país.

Caso as empresas não ingressem do programa, haverá cobrança de alíquota de 60% de Imposto de Importação, como ocorre com as compras acima de US$ 50. A isenção para compras até US$ 50 será apenas para tributos federais. Todas as encomendas de empresas para pessoas físicas que aderirem ao Remessa Conforme pagarão 17% de Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados.

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A cobrança de ICMS foi regulamentada em junho pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne as Secretarias Estaduais de Fazenda, ajuda a resolver as finanças dos estados.

Modelo antigo

No modelo antigo, as remessas de empresas para pessoas físicas do exterior não eram isentas, estando sujeitas à alíquota de 60% de Imposto de Importação. Para encomendas entre US$ 500 e US$ 3 mil, também havia a cobrança de ICMS. No entanto, a cobrança era feita raramente sobre mercadorias de pequeno valor porque dependia de fiscalização da Receita Federal sobre as encomendas dos Correios.

No modelo antigo, o Imposto de Importação não era cobrado em duas situações. A primeira é a isenção estabelecida por lei para livros, revistas (e demais publicações periódicas) e remédios. No caso dos medicamentos, compras por pessoas físicas de até US$ 10 mil são isentas, com o produto liberado somente se cumprir os padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essas isenções foram mantidas nas novas regras porque são definidas por lei e não podem ser regulamentadas por portaria.

A portaria, no entanto, ampliou a isenção para encomendas de até US$ 50. O benefício, até agora, só era concedido se a remessa ocorresse entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais. Essa isenção, no entanto, gerou problemas porque diversos sites aproveitam a brecha para se passarem por pessoas físicas e evitarem o pagamento de imposto.

Primeira fase>

No fim de junho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha informado que a isenção representa apenas a primeira etapa da regularização do comércio eletrônico. Segundo o ministro, uma segunda etapa estabelecerá, em definitivo, um modelo de tributação federal para a importação online, mas ele não esclareceu se as compras de até US$ 50 voltarão a ser tributadas.

De acordo com Haddad, a segunda etapa do que chamou de “plano de conformidade” buscará preservar o equilíbrio entre os produtores nacionais e as lojas online que vendem produtos importados. A prioridade, destacou Haddad, será impedir práticas de concorrência desleal.

Resistência

Nos últimos meses, Haddad reuniu-se com varejistas estrangeiras de comércio eletrônico e com representantes do varejo nacional. A isenção federal preocupa a indústria e o comércio brasileiro, que alegam competição desleal com os produtos importados e ameaça a postos de trabalho.

Há duas semanas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apresentaram um estudo segundo o qual a medida provocará a extinção de até 2,5 milhões de empregos no segundo semestre. Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

 As empresas de Pernambuco venderam R$ 18,37 bilhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançada nesta quinta-feira (11).

Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal. Para acessar o banco de dados, clique aqui.

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No caso de Pernambuco, os dados revelam que 75,3% das vendas se deram para fora do estado, com destaque para aparelhos celulares, televisores e calçados esportivos.

No mesmo período, os pernambucanos fizeram compras online de outros estados no valor de R$ 13,62 bilhões (especialmente de São Paulo, Paraíba e Minas Gerais), com destaque para aparelhos celulares, televisores e refrigeradores.

O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.   

“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. “O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, completa.

Crescimento 

Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022. Neste intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$ 628 bilhões.

As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19 -- e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.

No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.

Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).   

A lista completa abrange milhares de produtos -- de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.

*Da assessoria 

A receita das vendas realizadas pelo comércio eletrônico no fim de semana da Black Friday, de 25 a 27 de novembro, aumentou 60% em comparação ao mesmo período de 2021. Os dados, divulgados hoje (8), em São Paulo, são da empresa de inteligência analítica Boa Vista, medidos pelo sistema antifraude Konduto. 

Em contrapartida ao crescimento da receita, o número de pedidos online caiu 25% na comparação com a edição de 2021. Segundo a Boa Vista, os dados apontam que os consumidores optaram por adquirir menos produtos, mas de maior valor.

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Acompanhando a redução do número de pedidos de compra online, as tentativas de fraudes nesta Black Friday também recuaram (-26%) em comparação com 2021. Mesmo assim, a empresa registrou tentativas de fraude que poderiam gerar prejuízo de R$ 71,5 milhões.

Celular

Os dados mostram, ainda, que as compras via celular têm aumentado ano a ano no país. Em 2020, as compras via mobile passaram de 50% do número total de aquisições online. Em 2022, esse número chegou a 74%. E as fraudes também acompanharam: 72% das tentativas de golpe foram originadas desses dispositivos.

Na análise por região, o Sudeste se destacou, registrando 62% das vendas e 59% das tentativas de fraude em todo o Brasil.

Em seu laboratório de robótica em Westborough, nos arredores de Boston (nordeste), a gigante do comércio eletrônico Amazon fabrica os robôs e desenvolve os processos para automatizar seus centros de distribuição e reduzir os prazos de entrega dos pedidos, um objetivo no qual aposta com tecnologia, gerando dúvidas sobre o futuro do trabalho humano em seus armazéns.

"O que vamos fazer nos próximos cinco anos vai tornar pequeno o que fizemos nos últimos dez anos", assegura Joe Quinlivan, vice-presidente da Amazon Robótica no centro de inovação e manufatura BOS27.

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O projeto "Delivering the Future (Entregando o futuro)" quer transformar a empresa fundada por Jeff Bezos há 28 anos para vender livros pela internet na pioneira da distribuição, com tecnologia própria e produção 'made in USA'.

A gigante da tecnologia conseguiu que um robô manipule produtos com a mesma destreza da mão humana.

Esta semana, diante de mais de uma centena de jornalistas de vários países convidados, a Amazon revelou sua última criação: "Sparrow", um robô com formato de cabeça de pássaro capaz de detectar, selecionar e gerenciar "milhões de produtos".

Dotado de câmeras, ele pega os produtos de uma esteira de transporte e os distribui em cestas para serem empacotados.

"Dada a variedade de materiais que temos nos nossos armazéns, Sparrow é um feito significativo", afirma, orgulhoso, o chefe de robótica da companhia, Tye Brady.

"Sparrow" se soma a outros robôs como "Robin" e "Cardinal" (todos nomes de aves), mas o novo dispositivo consegue, inclusive, manipular produtos dentro de pacotes.

Cerca de 75% das cinco bilhões de encomendas ao ano que a Amazon gerencia são manipulados por algum tipo de robô, segundo Quinlivan.

- Ameaça ou complemento? -

"Não se trata de que as máquinas substituam as pessoas. Trata-se de que as pessoas e as máquinas trabalhem juntas, colaborando para fazer um trabalho", assegura Brady.

Acusada de praticar "escravidão moderna" por alguns trabalhadores, a empresa com a segunda maior força de trabalho dos Estados Unidos, atrás do gigante da distribuição Walmart, conseguiu impedir a criação de sindicatos em suas instalações, exceto em um armazém de Nova York.

O Centro de Pesquisa do Trabalho e Educação da Universidade de Berkeley alerta que embora algumas tecnologias possam aliviar as tarefas mais pesadas nos depósitos, também podem contribuir para "aumentar a carga e o ritmo de trabalho, com novos métodos de controle dos trabalhadores".

E cita expressamente a Amazon e seu programa MissionRacer, "um vídeo game que confronta os trabalhadores entre si para preparar os pedidos dos clientes mais rapidamente".

Embora no curto e no médio prazos a tecnologia não vá representar uma perda maciça de postos de trabalho nos centros de distribuição, graças ao crescimento da demanda do comércio eletrônico, os que mais podem sofrer no longo prazo são os jovens, os homens, os latinos e os negros.

"Estes trabalhadores serão afetados desproporcionalmente pela mudança tecnológica", pois estão "sobre-representados" nesta indústria, em particular nos Estados Unidos, alerta o centro universitário.

Os latinos representam 35% da força de trabalho nos centros de armazenamento.

- Tecnologia própria e drones -

A Amazon controla toda a cadeia tecnológica: desenvolve programas de informática, inteligência artificial, aprendizagem das máquinas, manipulação robótica, simulação, design dos protótipos e até um tradutor simultâneo para mais de 100 idiomas.

Também decidiu fabricar seus robôs em Westborough e North Reading, com capacidade para produzir mil unidades diárias.

A obsessão da Amazon é reduzir ao menor intervalo possível o momento em que o consumidor compra o produto e aquele em que o recebe. Por isso, é de importância vital para o modelo da empresa a chamada "última milha" do processo de distribuição. A companhia conta com 275.000 distribuidores para cobrir 148.000 rotas diárias, que podem aumentar em períodos de pico.

Até o fim deste ano, começará a entregar pacotes com drones em menos de uma hora a partir do pedido em duas localidades na Califórnia e no Texas.

O comércio eletrônico brasileiro registrou quedas de desempenho no mês de abril. O tombo foi de 8,48% no volume de vendas e de 12,77% no faturamento em comparação com o mês anterior. Além disso, houve queda de faturamento na comparação de abril deste ano com o mesmo mês de 2021. Nesse caso, a baixa foi de 6,45%. Já o volume de vendas teve leve alta de 1,52% na comparação com abril do ano passado. Em contrapartida, no acumulado do ano, o crescimento de volumes vendido segue em 9,63% e em 6,27% no faturamento.

Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela NeotrustMovimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

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Para a coordenadora do Ciclo Micro e Pequena empresa (MPE) da camara-e.net, Renata Carcalho, a queda brusca de abril em relação a março é sazonal. "Historicamente, abril sempre foi um mês de quedas no comércio em geral, não apenas no e-commerce. Parte do motivo pelo qual é um período menos aquecido, é que os consumidores dispendem seus recursos com lazer, em razão dos feriados existentes nessa época", afirma.

Participação do e-commerce no comércio varejista

Em março de 2022, o e-commerce representou 13,2% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção).

No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,4%.

Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 10 de maio.

Para compor o índice, a NeotrustCompre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro.

Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV. Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pela NeotrustMovimento Compre & Confie.

O comércio digital se expande em ritmo acelerado no Brasil, mesmo como o país saindo da pandemia, disse, nesta segunda-feira (8), o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele enalteceu a marca de R$ 35 bilhões em vendas no segmento digital de janeiro a março, com aumento de 72% em relação ao mesmo período de 2020.

"Essa economia digital regional tem enorme potencial de desenvolvimento. Expande-se no Brasil em ritmo muito acelerado, é o quarto país do mundo e o segundo do hemisfério sul", afirmou Guedes em seu discurso de abertura no seminário "O papel do Mercosul na promoção do comércio eletrônico transfronteiriço e na construção do mercado digital regional".

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O ministro também celebrou a sétima colocação do Brasil no índice GovTech Maturity 2020, do Banco Mundial, que avaliou a maturidade em governo digital de 198 economias globais. No ranking, o País ficou atrás de Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e Reino Unido. "É o único país grande com essa maturidade digital atingida, à frente de Estados Unidos, Canadá", disse Guedes.

OPORTUNIDADE

A transformação digital dá ao Mercosul uma segunda grande oportunidade na corrida de integração global, disse Paulo Guedes. Ele destacou que o bloco foi criado como ferramenta para auxiliar a integração competitiva da região antes de iniciativas como a zona do euro, a área norte-americana de livre comércio ou a Aliança do Pacífico, mas depois ficou atrás.

"Temos agora a segunda grande oportunidade de relançamento de nossas plataformas no digital. Essa oportunidade para modernização do Mercosul tem de incluir a pegada digital, que transforma nosso mercado em extraordinariamente atraente, e ao mesmo tempo moderno, para que sigamos no projeto de integração global", afirmou o ministro em seu discurso de abertura no seminário.

Guedes acrescentou que a modernização do Mercosul também passa por ajustes tarifários, e ressaltou que teve apoio dos parceiros do bloco para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC), ainda que de forma temporária. "É importante ter atenção às necessidades internas, de forma a reduzir custos de itens essenciais para a população brasileira", justificou.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou a 11ª pesquisa com o intuito de avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 nos pequenos negócios. Foi traçado o perfil dos empreendedores que adotam a internet para comercializar seus produtos.

O levantamento apontou que pequenos negócios que atuam virtualmente apresentaram uma queda de faturamento, em média, de -42%, contra -44% das empresas que não aderiram ao ambiente digital. O Sebrae observou os negócios que ingressaram no ambiente digital a partir de maio de 2020, constatando que, a participação dessas empresas saltou de 59% para 67% em um ano.

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Segundo Carlos Melles, presidente do Sebrae, quem aderiu e soube explorar melhor essas ferramentas conseguiu sentir menos o impacto: “Quem aderiu às vendas online e soube explorar melhor essa ferramenta sentiu um pouco menos de impacto. A comercialização de produtos pela internet já era uma tendência, mas ela foi acelerada pela pandemia e permitiu que muitas empresas conseguissem se manter de pé”, afirma para Agência Sebrae.

O presidente ainda destaca o protagonismo feminino no uso da internet para vender seus produtos: 72% das empreendedoras fizeram uso, contra 64% dos homens. “Esse resultado reflete o fato de que as mulheres usam mais a internet do que os homens e, como elas estão mais conectadas, acabam aproveitando melhor as ferramentas digitais para comercializarem seus produtos e serviços e potencializarem as vendas”, pontua Carlos Melles.

Empreenderes jovens também estão ocupando bastante espaço nas vendas on-line. De acordo coma pesquisa, dos empreendedores com até 24 anos, 77% estão no mundo digital. Conforme a idade vai aumentando, esse índice se reduz gradativamente. Dos 25 até 35 anos, 76%; entre 36 e 45 anos, 70%; de 46 a 55, 64%; entre 56 e 65, 61%, e acima dos 65 anos, 52%. A escolaridade foi outro índice que se mostrou seguindo a mesma tendência. Dos empreendedores com nível superior, 70% estão no mundo virtual, seguidos pelos empresários com ensino médio completo (65%) e pelo médio incompleto (60%).

O hábito de realizar compras pela internet se tornou uma prática comum na pandemia do Covid-19. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria McKinsey & Company, o isolamento social trouxe mudanças no comportamento do consumidor que, em tempos normais, levariam dez anos para ocorrer. 

Em 2021, o e-commerce continua a obter resultados expressivos. O relatório da Neotrust indica um aumento de 57,4% no primeiro trimestre, quando comparado ao mesmo período de 2020. Além disso, um estudo realizado pela corretora brasileira XP Investimentos indica que o mercado digital deve crescer 32% em 2021. 

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Antes da pandemia, muitos tinham receio em realizar compras on-line, seja por questões de atrasos ou fraudes, mas a atual situação fez com que boa parte aderisse ao sistema, como foi o caso do influenciador digital Felipe Ruffino, 27 anos, de Mogi das Cruzes (SP). “Quando percebi que os valores eram mais em conta, entregas feitas praticamente no dia seguinte e no conforto da minha casa, não pensei duas vezes em comprar pela internet”, relata. Mesmo quando a crise sanitária chegar ao fim, Ruffino afirma que planeja continuar com a prática, caso os preços continuem mais baratos do que os vistos nas lojas físicas. 

O economista e consultor tributário Lamartine Dourado Cavalcante lembra que o Brasil já estava em curva crescente do e-commerce, o que pode aliviar o desemprego em modelos tradicionais de comércio, como lojas e restaurantes. “Estima-se que o e-commerce foi responsável pela criação de aproximadamente 75 mil empregos diretos e indiretos nos últimos 12 meses”, calcula.

Esta crescente gera tendências positivas e permanentes ao e-commerce. “A fatia de consumidores que preferem a comodidade continua em crescimento e está mais exigente na ‘relação x benefício’. Registra-se com isso o aumento da segurança para as transações financeiras”, explica o economista. 

De acordo com Cavalcante, esta tendência  pode ser um dos fatores que aliviarão a crise econômica gerada pela pandemia. “Se compararmos os empregos gerados ‘versus’ o número de desempregados no mesmo período, no setor comercial e de serviços, estima-se que houve uma compensação da ordem de 75%, ou seja, a cada quatro novos desempregados, três se recolocaram”, destaca.   

O e-commerce pode fortalecer a economia brasileira, não apenas em negociações para o consumidor final, business to consumer (B2C), mas também em operações business to business (B2B), que mostram alternativas de mercado para diversas marcas, como indica a especialista em Growth Marketing e Customer Success, Mônica Lobenschuss. “Além disso, as transações online permitem melhorar a gestão das empresas, aprender com os dados e buscar mais eficiência nas campanhas e operações logísticas. Esta busca pela escala e eficiência pode ser uma alavanca para a nossa economia”, ressalta. 

Mônica explica que a chave do crescimento do comércio digital consiste no investimento em tecnologias e melhorias em campanhas, experiência dos clientes e aprendizados contínuos com os resultados obtidos. Além disso, as tendências indicam que as pequenas empresas e comércios locais também terão seus espaços no ambiente virtual, junto às ferramentas de vendas presentes nas redes sociais. A especialista afirma que a Inteligência Artificial será outro recurso que auxiliará essas tendências e tornarão esses processos mais automáticos.

Os consumidores que decidiram evitar contatos mais diretos com outras pessoas para se proteger do novo coronavírus estão ampliando as compras pela internet. Na primeira quinzena deste mês, foi registrada alta de 30% a 40% nos pedidos online em relação ao igual período do ano passado, segundo entidades do setor. Os produtos que dispararam em vendas foram aqueles ligados à proteção da saúde, em especial o álcool gel e, nos últimos dias, alimentos.

Segundo dados do Compre e Confie, empresa do grupo ClearSale que trabalha com inteligência de mercado e atua no ramo de antifraude para e-commerce, a alta das vendas totais foi de 40% nos primeiros 15 dias do mês. Só os itens de saúde tiveram crescimento de 124%.

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No comparativo entre igual intervalo de 2019 e 2018, as compras via internet tinham aumentado 4%, informa André Dias, diretor executivo da empresa e coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net, principal entidade multissetorial da América Latina. Alimentos e bebidas tiveram alta de 30% e eletrodomésticos de 37%. A única categoria que teve queda foi a de eletrônicos, de 23%.

Dias ressalta que o faturamento setor cresce um pouco abaixo das vendas pois o tíquete médio das compras caiu, com procura maior por produtos de menor valor. A plataforma não mantém dados sobre serviços de delivery de comida, como iFood, Uber Eats e Rappi.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico(ABComm) informa que, desde o fim de semana, algumas lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde. Para outros segmentos, o presidente da entidade, Maurício Salvador, calcula crescimento médio de 30%.

Ele acredita que o setor está preparado para aumentos sazonais, como ocorre na época da Black Friday, mas admite que algumas lojas virtuais "já estão comunicando em seus sites possibilidade de atrasos e substituição de produtos por conta da ruptura de estoques."

Salvador ressalta que, apesar dessa alta atual nos negócios, a crise deve afetar o e-commerce. Antes da crise do coronavírus, a ABComm previa volume financeiro de R$ 106 bilhões para o setor, 18% acima do registrado em 2019, mas nas próximas semanas a projeção será refeita para baixo.

Reforço de pessoal

O Mercado Livre, uma das grandes plataformas online do País, registrou na primeira quinzena do mês avanço de 65% nas vendas de produtos dos segmentos de saúde, cuidado pessoal e alimentos e bebidas, na comparação com igual período de 2019. A comparação envolve itens como máscaras protetoras e álcool gel e produtos de primeira necessidade (alimentos, papel higiênico, fraldas etc). Para atender a alta demanda, a empresa está reforçando o time de logística. "Nosso planejamento prevê antecipar para um prazo imediato a curva de contratação prevista para três meses", afirma Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado e Envios para a América Latina.

O e-Bit Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, constatou que as vendas online de álcool gel bateram recorde nesse mês, com faturamento de R$ 1 milhão, depois de as vendas já terem crescido 310% em fevereiro ante março. A subcategoria, que antes representava menos de 1% da categoria Saúde, ampliou sua participação para 9% no fim da semana passada.

Segundo o fundador da empresa de integração de sistemas de e-commerce Wevo, Diogo Lupinari, desde segunda, quando foram iniciadas as movimentações de home office, o número de pedidos diários passaram de 8 mil para 40 mil. Já a plataforma de entregas colaborativas Eu Entrego, que realiza em média 3 mil entregas por dia para o varejo nacional, viu a demanda por seus serviços saltar para 15 mil entregas/dia desde o início da semana passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A startup colombiana Rappi vai inaugurar uma nova frente de negócios no Brasil nesta semana. A partir da próxima atualização, o aplicativo da empresa vai oferecer aos usuários o Rappi Mall, um serviço que promete colocar um "shopping center" na palma da mão do consumidor, com entregas feitas em até uma hora. Segundo a empresa, que revelou a novidade com exclusividade ao jornal O Estado de S. Paulo, a vertical já nasce com mais de 50 parceiros, incluindo marcas como Fast Shop, Decathlon, Saraiva e L'Occitane.

"Estamos tentando mudar o comércio eletrônico. Muitas marcas oferecem entregas em até 24 horas, mas queremos fazer tudo em uma hora", diz Eduardo Sodero, diretor da Rappi no Brasil. Inicialmente, o serviço vai funcionar apenas em São Paulo, mas a meta da empresa é que ele esteja presente em breve em todas as 60 cidades do País em que a startup atua. Para ficar de pé, a operação vai se sustentar em dois pilares: os entregadores parceiros da colombiana e as lojas físicas das empresas que se associaram à iniciativa.

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"Assim que o usuário fechar o pedido no aplicativo, mandamos uma mensagem para a loja preparar o pacote e o entregador já se dirigir ao local", explica o executivo. O modelo de negócios também será parecido com o que já é praticado pela Rappi com restaurantes parceiros: a startup colombiana cobra uma comissão sobre a venda dos produtos. Sodero não revelou qual será o porcentual praticado pela Rappi no Mall - com o negócio de entrega de refeições, esse valor costuma girar em torno de 25% do pedido do usuário.

Foco no produto

O sistema de organização do app, porém, vai ser diferente no Rappi Mall. Com restaurantes, o foco está nos estabelecimentos e depois nos pratos. Já no "shopping center", os produtos estarão no centro da experiência. "Primeiro, o usuário busca por um celular ou uma roupa, depois vai conferir as lojas", afirma Sodero. A previsão da Rappi é ter mil parceiros no fim do ano.

A empresa também está treinando os estabelecimentos parceiros para conseguir que os produtos sejam despachados de forma rápida. Segundo Sodero, há algumas lojas que já deixam tablets com o app do Rappi aberto, disponível aos vendedores. "Eles ficam numa fila, para atender tanto a quem entra na loja como os pedidos que chegam no tablet, e podem inclusive fazer sugestões pelo app. Se o consumidor busca uma bermuda, o vendedor pode sugerir uma camiseta que combina", afirma.

Na visão de Sodero, o Rappi Mall pode abrir "avenidas" para vários setores no e-commerce. "Muitas pesquisas mostram que alguns consumidores deixam de comprar online por conta do tempo e do custo da entrega", diz ele. Se o tempo será resolvido com ajuda dos 200 mil entregadores da companhia no País, o custo deixa de ser um entrave para quem assina o Rappi Prime, serviço da startup que, por R$ 19,90 ao mês, isenta do pagamento de taxas de entrega.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Black Friday  deve movimentar neste ano R$ 2,87 bilhões no e-commerce. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Esse montante representaria um crescimento de 16% em relação ao apurado pelo setor no mesmo evento de 2017. A data é considerada a segunda principal para o setor, perdendo apenas para o Natal.

No total, a expectativa é que as lojas virtuais brasileiras recebam mais de 8,8 milhões de pedidos, com tíquete médio de R$ 326. As categorias mais buscadas pelos consumidores devem ser, respectivamente: informática, Celulares, eletrônicos, moda e acessórios e casa e decoração. A previsão leva em conta as compras realizadas entre os dias 22 e 23 de novembro.

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Segundo Mauricio Salvador, presidente da ABComm, a cada ano a Black Friday ganha mais relevância e se consolida como um dos principais eventos para o varejo. A data também serve como uma antecipação das vendas de Natal.

"A estimativa da ABComm é de que cerca de 33% das compras na Black Friday sejam pessoas antecipando as compras de presentes de Natal. Com esse cenário, muitas lojas virtuais já preparam seus estoques esperando um ritmo agressivo nas vendas", afirma.

O comércio eletrônico deve faturar R$ 2,43 bilhões durante a Black Friday neste ano, o que representa um crescimento de 15% em relação a 2017, de acordo com a estimativa da empresa de mensuração e análise de dados Ebit Nielsen.

A previsão aponta ainda que 88,6% dos consumidores online têm intenção de realizar compras na data, uma alta de aproximadamente oito pontos percentuais em relação à pesquisa de expectativa de consumo realizada no ano passado.

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A internet deve permanecer como o principal canal de venda durante a Black Friday que ocorrerá no dia 23 de novembro. Em 2017, 52% das pessoas entrevistadas pela Ebit Nielsen afirmaram que fizeram suas compras em uma loja online e 57% delas compararam os preços dos produtos antes de concluir a aquisição.

A credibilidade da data também cresceu ao longo dos anos. Conforme a estimativa de 2017, o número de pessoas que não pretendem comprar durante a Black Friday por não confiar que realmente existam descontos diminuiu de 38% para 35%. Além disso, a confiança na marca é um fator determinante para 39% dos consumidores, seguido pelo menor prazo de entrega, citado por 28% dos entrevistados.

Entre o comportamento dos consumidores online, 46% afirmaram que vão fazer suas compras no dia 23, já 22% disseram que preferem comprar entre os dias 24 e 30, e 13% pretendem buscar por promoções entre os dias 16 e 22, semana que antecede a Black Friday.

Em 2017, o comércio eletrônico brasileiro sofreu uma tentativa de fraude a cada 5 segundos. É o que indica uma pesquisa realizada pela empresa Konduto, que levou em consideração mais de 40 milhões de processamentos.

O estudo ainda aponta que o índice de tentativas de golpes virtuais foi de 3,03% durante o ano, o que corresponde a uma transação fraudulenta a cada 33 processadas no comércio eletrônico. O volume bruto de tentativas de fraude foi de 6,09 milhões de compras, segundo o levantamento.

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"As tentativas de fraude também não representam necessariamente fraudes efetivas, que causaram prejuízo ao lojista. A maioria destas tentativas são detectadas a tempo, antes do envio do produto e do lançamento da cobrança no cartão de crédito do cliente", informa a Konduto.

A pesquisa também indica quando atividade criminosa é mais intensa na internet brasileira. De acordo com o relatório, a maioria das tentativas de fraude ocorre entre às 18h e 23h59, e a quarta é o dia da semana que em que acontecem mais compras perigosas.

O estudo levou em consideração uma amostragem de cerca de 40 milhões de transações entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o e-commerce nacional recebeu mais de 203 mil pedidos em 2017.

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Uma das datas mais esperadas pelo varejo, a Black Friday deve movimentar neste ano R$ 2,506 bilhões. É o que estima a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). De acordo com a entidade, o evento, que acontece no dia 24 de novembro, deve ter um crescimento de 18% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

No total, a expectativa é que as lojas virtuais brasileiras recebam mais de 10 milhões de pedidos, com tíquete médio de R$ 246. As categorias mais buscadas devem ser informática, celulares, eletrônicos, moda e acessórios e casa e decoração. A previsão leva em conta as compras realizadas entre os dias 20 e 24 de novembro.

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"O e-commerce brasileiro registra um ritmo muito bom de crescimento, o que deve se refletir nesta data. O período demanda promoções e condições especiais, tornando-se muito atrativo para os consumidores, principalmente nesse momento de retomada da economia nacional", comenta o presidente da ABComm, Mauricio Salvador.

O aumento de 18% nas vendas nesse período é maior do que a média do ano, de 12%. Segundo a ABComm, o motivo é o número de promoções oferecidas ao consumidor, em conjunto com o recebimento da primeira parcela do 13º salário, o que injeta uma boa quantia no cenário econômico.

"O e-commerce tem muito o que comemorar, as pessoas estão comprando cada vez mais pela internet. A segurança do usuário tende a aumentar conforme datas representativas são bem-sucedidas e oferecem boas condições", complementa o especialista.

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Você acha que é uma boa ideia deixar estranhos entrarem em sua casa? A Amazon pensa que sim. A gigante do comércio eletrônico anunciou nesta quarta-feira (25) um serviço de delivery que permite que entregadores entrem na residência dos consumidores para garantir que uma encomenda será entregue em segurança. A novidade chamada Amazon Key será lançada em 8 de novembro.

Para ter acesso ao serviço, o consumidor precisa primeiramente adquirir um kit que inclui uma câmera de segurança e uma espécie de fechadura inteligente. Desta forma, ao ir entregar uma encomenda em uma residência com o sistema, o funcionário da Amazon só precisa digitalizar um código de barras. Se tudo estiver correto, a porta é destrancada.

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Segundo a Amazon, todo o procedimento é filmado e, para conseguir acesso a uma residência, sempre será necessário que o entregador peça primeiro permissão por meio do sistema. Assim que o processo é concluído, o cliente recebe uma mensagem no celular avisando que seu pedido chegou, juntamente com um pequeno vídeo para mostrar que tudo foi feito corretamente.

Por US$ 249,99, a Amazon irá vender o sistema inteligente que habilita o serviço. Depois de ter a tecnologia instalada em sua residência, o consumidor será convidado a utilizar a ferramenta sempre que comprar algo no site. Mais de 10 milhões de itens são compatíveis com o Amazon Key. A novidade estará disponível em 37 cidades dos EUA.

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Os recém-lançados iPhone 8 e iPhone 8 Plus ainda não chegaram ao Brasil oficialmente. Mas isso não quer dizer que é impossível encontrá-los por aqui. Basta dar uma rápida procurada em sites de comércio eletrônico para encontrar os novos aparelhos da Apple disponíveis por valores que podem chegar a até R$ 7 mil.

No anúncio mais caro encontrado pelo LeiaJá nesta quinta-feira (28) no Mercado Livre, por exemplo, o vendedor informa que possui o iPhone 8 Plus nas cores cinza, prateado e dourado com memória de 256 GB para pronta entrega em São Paulo por R$ 7 mil.

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Já para o iPhone 8, o preço cai para valores que podem variar entre R$ 4.198 e R$ 5.600. Alguns vendedores, inclusive, incluem fotos dos aparelhos importados em seus anúncios para garantir que têm os produtos disponíveis antes mesmo do lançamento oficial da Apple.

Os smartphones que aparecem nos anúncios parecem ter sido importados dos EUA, onde as vendas do iPhone 8 e iPhone 8 Plus começaram no último dia 22. No exterior, a versão mais básica do iPhone 8 é vendida por US$ 700 (o equivalente a R$ 2.216). Embora não tenha definido uma data oficial de lançamento no Brasil, a Apple afirmou que eles estarão disponíveis ainda neste ano.

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As vendas do comércio eletrônico podem crescer entre 15% a 20% em 2017 na comparação com igual período do ano anterior, de acordo com estimativa do Google apresentada nesta terça-feira (22), durante evento em São Paulo. A companhia considerou que o evento promocional de novembro representa o pico de utilização de seu buscador no Brasil.

Se alcançar a estimativa de crescimento, as vendas do e-commerce na Black Friday poderão somar ao menos R$ 2,2 bilhões.

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Em 2016, o evento representou vendas de R$ 1,9 bilhão, conforme dados da Ebit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

O Índice Fipe/Buscapé, que mede a variação dos preços no comércio eletrônico, registrou alta de 6,13% em julho ante igual mês de 2015, número inferior ao do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que até julho acumulou avanço de 8,74% em 12 meses até julho. Em relação a junho, o indicador apresentou queda de 0,28% em julho, comportamento contrário ao IPCA, que subiu 0,52% em julho ante junho.

Segundo o levantamento, tomando como exemplo a variação no faturamento das vendas de julho de 2016 ante julho de 2015, mesmo com a inflação média de 6,13%, algumas categorias como Eletrodomésticos, Informática e Eletrônicos, que apresentaram inflação acima da média, tiveram variação positiva no faturamento, de 2,1%, 5,7% e 0,4%, respectivamente.

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Sobre o desempenho das vendas no setor em julho ante o mesmo período de 2015, pode-se concluir que a crise potencializou a venda de produtos mais baratos, como os das categorias Cosméticos e Perfumaria (crescimento de 21,1%) e Moda e Acessórios (crescimento de 41,3%). Neste último caso, a queda de preços, de 7,38%, contribuiu para o desempenho.

"Em tempos de recessão e orçamento apertado, o e-commerce atrai cada vez mais consumidores pela facilidade de comparação de preços, conveniência e grande elasticidade de ofertas e promoções que a Internet possibilita", avalia Sandoval Martins, CEO do Buscapé Company.

Estudo encomendado à empresa de inteligência de negócios Euromonitor pela plataforma de transação eletrônica PayPal aponta que, até 2020, o mercado de comércio eletrônico brasileiro saltará dos atuais US$ 19,5 bilhões para US$ 28 bilhões - um aumento de 43,5%. De acordo com a pesquisa, a venda de smartphones neste período crescerá 2% ao ano e alcançará 70 milhões de unidades em 2020. Já as de tablets subirão 4%, enquanto as de notebooks cairão 3%, confirmando a tendência de que um dispositivo substituirá o outro. A venda dos velhos modelos de aparelhos celulares cairá 49% no período.

Em 2015, foram negociados 310 smartphones para cada 1.000 habitantes no Brasil. O resultado, aponta a PayPal, é consequência do entendimento do usuário de que tarefas cotidianas, como pagamento de contas, pesquisa de preços e aquisição de produtos, podem ser feitas online, sobretudo quando o ambiente virtual inspira confiança. "Os aparelhos mudaram o hábito de consumo do brasileiro de tal forma que se tornaram parte do modo de vida das pessoas", afirma Paula Paschoal, executiva da empresa.

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A pesquisa avaliou também que, até 2020, 10% de todo o comércio virtual no Brasil virá de equipamentos móveis - hoje, esse índice é de 7%; em 2011, era de 2%. O setor que mais ganhará com o aumento da conectividade móvel será o de alimentação: hoje, ele representa 11% de tudo o que é comprado online no País; em 2020, representará 14%. Os transportes - serviços de táxi, passagens de ônibus e avião - passarão de 13% para 14%. Já alojamento, como locação de quartos e apartamentos e reservas de hotéis, representará 6% do total das compras via internet - hoje responde por 7%.

Na tentativa de impulsionar as vendas neste início de ano, o comércio eletrônico faz uma espécie de Black Friday fora de época. O mote da campanha é o Dia do Consumidor, comemorado na terça-feira (15). A campanha é liderada pelo Buscapé e Mercado Livre, duas plataformas de comércio eletrônico. Os descontos anunciados envolvem eletrônicos, eletrodomésticos, artigos de informática e decoração.

No Buscapé, as promoções tiveram início desde a primeira hora desta quarta-feira (16). A liquidação envolve 650 lojas, entre as quais estão grandes varejistas do comércio virtual, como B2W e CNova. No Mercado Livre, a promoção começou na última segunda-feira (14) e vai até 23 de março. São cerca de 350 lojas participantes e a promessa é de descontos de até 70% em alguns itens.

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O objetivo da ação é tentar impulsionar o comércio. Com a forte recessão enfrentada pela economia brasileira, o setor está em baixa. Em janeiro, as vendas do varejo caíram 10,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o pior resultado para o mês desde o início da série da Pesquisa Mensal de Comércio, em 2001.

Em novembro, mês da tradicional Black Friday, o comércio conseguiu esboçar uma reação por causa da campanha. Na época, as vendas no varejo surpreenderam os analistas e tiveram alta de 1,5% na comparação com outubro.

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