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Há 40 anos, no dia 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, centro da capital paulista, mais de 300 mil pessoas se reuniam durante o comício pelo voto direto para presidente da República. O evento não só deu visibilidade à campanha para a implementação do voto popular para a chefia do Poder Executivo, conhecida como Diretas Já!, como ficou marcado na história como símbolo de grande mobilização dos brasileiros, incluindo políticos, artistas, esportistas e trabalhadores de diversas categorias, contra a continuidade da ditadura civil-militar, que se estendia desde 1964.

Antes do evento da Praça da Sé, os comícios para chamar a atenção dos brasileiros para o tema começaram com pouca participação popular. O volume de participantes só aumentou com o maior apoio político e com o agravamento da situação econômica, no começo de 1984. 

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A campanha Diretas Já! foi iniciada em 1983 a partir da proposta de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira. A proposta alterava o sistema de eleição instituído pelos militares, no qual um colégio eleitoral formado por parlamentares, escolhidos pelo povo, elegia o presidente da República. 

Os primeiros comícios das Diretas Já! ocorreram em março de 1983. Em junho, uma frente suprapartidária reuniu os governadores Leonel Brizola, do Rio de Janeiro, e Franco Montoro, de São Paulo, e o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva. Outros governadores se engajam ao movimento, entre eles Waldir Pires (PMDB), da Bahia; Roberto Magalhães (PDS), de Pernambuco; José Richa (PMDB), do Paraná; e Gerson Camata (PMDB), do Espírito Santo.

A mobilização contou com o apoio de várias instituições, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Quase todos os setores da sociedade, de todas as classes sociais, participaram. A mobilização popular levou milhares de pessoas aos cerca de 30 comícios organizados em 1983 e 1984.

Bases

Mesmo com a derrota, no dia 25 de abril de 1984, da emenda Dante de Oliveira, as bases para a democracia já estavam formadas. As lideranças capitalizaram a força do movimento para convencer o colégio eleitoral a encerrar a ditadura. Embora a mudança desejada não tenha ocorrido imediatamente, o movimento Diretas Já! sinalizou o início de uma transformação rumo à democracia no Brasil. 

O ex-vereador e ex-deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo (PT) era um dos responsáveis pela mobilização e por arrecadar recursos para a realização dos comícios. Ele conta que o movimento começou em 1983 com um pequeno evento na Praça Charles Muller, em frente ao Estádio do Pacaembu. Antes disso, o candidato a governador de São Paulo na época, Luiz Inácio Lula da Silva, havia sido derrotado nas primeiras eleições às quais o PT concorria, em 1982. Eleições essas que ocorreram depois da Lei da Anistia e permitiam que o eleitor escolhesse senadores, deputados federais e estaduais, vereadores e governadores.  

“Quando acabou a eleição, estávamos em uma situação dificílima. Então, o José Dirceu foi procurar o governador Franco Montoro, montou o comitê pelas diretas e o primeiro ato pelas eleições diretas foi esse pequeno comício. Faço questão de dizer que o José Dirceu foi um dos grandes organizadores da campanha pelas Diretas”, ressalta Adriano Diogo, ao citar o ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula.  

Diogo destacou que apesar de o governador liberar os comícios, a organização popular ficava toda por conta do partido e que para chegar à Praça da Sé foi um logo caminho, com muito trabalho e articulação com os outros partidos que aderiram. 

“Era um momento muito bom, porque ao mesmo tempo em que tínhamos medo de que a ditadura voltasse e nós fôssemos reprimidos, porque já tínhamos um passado de perseguição, tínhamos uma esperança muito grande. E quando falávamos de eleições diretas para presidente, a população não acreditava que ia acontecer, mas recebia muito bem. Foi um período muito interessante”, lembrou. 

Democracia Corinthiana

O mesmo orgulho por ter participado de um momento tão intenso da história do Brasil é expressado pelo ex-diretor de futebol do Sport Club Corinthians Paulista, Adilson Monteiro Alves. Ele, que já era ligado à política desde a juventude, ao assumir o cargo quis levar consigo a consciência política aos integrantes e jogadores do time. Foi então que nasceu a Democracia Corinthiana. Com adesão de atletas de peso como Wladimir, Sócrates, Casagrande, Zé Maria, Zenon, entre outros, o futebol serviu como instrumento para engrossar a campanha pelas Diretas Já e pela volta da democracia no Brasil. 

“Quando eu fui convidado para ser diretor de futebol, eu fui com minha experiência política e disse aos jogadores que não era só futebol, que nós estávamos vivendo uma ditadura e tínhamos que participar disso, que eles eram pessoas públicas e o que diziam era ouvido. Aos poucos eles foram entendendo e em 1982 nós participamos da primeira eleição direta para governador e escrevemos na camisa “Dia 15 vote”.  

A estreia do uniforme foi em jogo contra o América, no Campeonato Paulista, transmitido pela televisão em uma quarta-feira à noite. Mais tarde, houve ainda a faixa histórica que estampava a frase “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”, exibida pelo time na final do jogo que definiria o bicampeonato paulista em 1982/1983.  

“A Democracia Corinthiana foi muito importante porque nós fomos a voz do esporte na luta contra o autoritarismo. Rompeu as fronteiras do conservadorismo e por isso enfrentou todo tipo de adversidade. E foi sensacional participar do comício. Tivemos Belchior, Fafá de Belém e quem encerrou foi Geraldo Vandré, cantando Para não dizer que não falei das flores (também conhecida como Caminhando), enquanto todos nós estávamos de mãos dadas no palanque. Foi emocionante”.  

Diversidade

A professora de história Mary Zanin foi ao comício de 25 de janeiro de 1984 com duas amigas e ressaltou que as três só perceberam a grandiosidade do ato ao observarem tantas categorias de trabalhadores, sindicatos e partidos políticos misturados na Praça da Sé. “Eu já participava das greves e assembleias dos metalúrgicos em 1980, 1981, acompanhando meu pai e meu irmão e aí fui começando a entender o movimento que mexia muito comigo, tanto que depois fui estudar ciência sociais”.  

Ela lembrou que o regime militar já estava estremecido e que as eleições anteriores para governador já haviam mostrado que o povo estava começando a se mexer e a se reconhecer como cidadãos com direitos, inclusive de votar. Para Mary, além da questão política havia a questão econômica, já que esse setor também não ia bem. “O trabalhador e as pessoas mais pobres estavam todos descontentes com a economia. Algumas pessoas não entendiam a ditadura e a política, mas percebiam que estavam sem dinheiro, que tinha uma inflação alta e tudo isso levou a essa busca pela democracia”.  

Mary recorda que ao começar a lecionar história ficava emocionada ao abrir os livros didáticos no capítulo que tratava desse período e pensar que estava lá participando e contribuindo para a conquista do direito ao voto para presidente. “É um sentimento bom de ter contribuído e de continuar contribuindo, porque continuei participando e, como professora, sempre esclarecendo. É emocionante ter feito parte disso”. 

Naquele período, a jornalista Rosana Córnea tinha 21 anos, era bancária, estava estudando jornalismo e acompanhou a efervescência do surgimento do movimento sindical e pelas Diretas Já com muita esperança e crença de que as coisas iriam mudar a partir dali. Ela participou do comício de janeiro e do seguinte, em abril. Apesar da frustração pela não aprovação da emenda Dante de Oliveira, ela reconhece o grande avanço político no país, porque apesar de as eleições de 1985 para presidente da República terem sido indiretas, em 1989 ela teve a chance de votar pela primeira vez para presidente. 

“Foi uma época muito interessante e importante de viver, tanto para a formação profissional quanto como cidadã. Não era uma mobilização só da esquerda, era mais amplo, percebíamos o envolvimento até de quem não tinha partido nenhum ou não participava de nenhum movimento específico, mas que foi acreditando no exercício da democracia, da cidadania, por achar importante poder escolher o presidente do país. Era muito bonito ver aquele monte de gente e com bandeiras do que quisessem”, pontuou.   

Ao relembrar e comparar aquele período com os dias atuais, Rosana ressalta que a sensação é a de que nunca podemos perder o desejo de lutar pela democracia, que deve ser um exercício permanente e necessário.

“Basta ver que temos observado a democracia sendo ameaçada constantemente aqui no Brasil, em países da América do Sul, na América do Norte e em outros continentes. Hoje eu vejo que aquilo foi muito importante para eu continuar exercitando tudo isso”.    

 

 

Pelo menos 39 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no noroeste do Paquistão neste domingo (30), quando uma bomba explodiu durante um comício organizado por um partido islâmico radical, informou a polícia.

O ataque teve como alvo o partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), que realizava uma reunião com a presença de mais de 400 membros e simpatizantes na cidade de Khar, perto da fronteira com o Afeganistão, para as eleições do final do ano.

"Posso confirmar que no hospital há 39 mortos e 123 feridos, incluindo 17 pacientes em estado grave", disse à AFP Riaz Anwar, delegado do Ministério da Saúde na província de Jaiber Pastunjuá. Este balanço foi confirmado pelo governador provincial.

Imagens do local da explosão que circulam nas redes sociais mostram corpos espalhados e voluntários ajudando vítimas ensanguentadas a entrar em ambulâncias.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas o braço local do grupo Estado Islâmico (EI) recentemente realizou ataques contra o JUI-F.

No ano passado, o EI disse estar por trás de ataques violentos contra eruditos religiosos afiliados ao partido, que tem uma enorme rede de mesquitas e madrassas no norte e no oeste do país.

O grupo jihadista acusa o JUI-F de hipocrisia por ser um grupo religioso islâmico que apoiou sucessivos governos e militares.

No Paquistão, houve um grande aumento nos ataques desde que os talibãs afegãos voltaram ao poder no vizinho Afeganistão em 2021.

O grupo de talibãs do Paquistão, Tehreek–e-Taliban Pakistan, tem como alvo oficiais de segurança, incluindo policiais.

Em janeiro, um homem-bomba ligado aos talibãs do Paquistão se explodiu em uma mesquita dentro de um complexo policial na cidade de Peshawar, no noroeste, matando mais de 80 policiais.

Os ataques se concentraram nas regiões que fazem fronteira com o Afeganistão. Islamabad alega que alguns estão sendo planejados em solo afegão, uma acusação que Cabul nega.

Bajaur é um dos sete distritos remotos que fazem fronteira com o Afeganistão.

O Paquistão era atormentado por bombardeios quase diários, mas uma grande operação militar de limpeza, iniciada em 2014, restaurou a ordem em grande parte.

Desde então, a segurança melhorou com o noroeste sob o controle das autoridades paquistanesas, após a aprovação da legislação em 2018.

Analistas dizem que os militantes em antigas áreas tribais adjacentes a Peshawar e na fronteira com o Afeganistão se tornaram corajosos desde o retorno do Talibã afegão.

O governo paquistanês deve ser dissolvido nas próximas semanas, antes das eleições marcadas para outubro ou novembro, e os partidos políticos se preparam para a campanha.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, foi ovacionado nesta terça-feira (11) durante um comício em uma praça no centro de Vilnius, a capital da Lituânia, no qual defendeu a adesão de seu país à Otan em meio à guerra com a Rússia.

"Glória à Ucrânia!", gritou Zelensky, vestido com roupa militar, em um palco montado na praça, onde foi recebido como um astro do rock e aclamado longamente, em um evento paralelo à cúpula da Otan na capital lituana.

Zelensky deu um abraço efusivo no presidente anfitrião, Gitanas Nauseda, e foi novamente ovacionado. Lituânia e Ucrânia fizeram parte da União Soviética até a queda da Cortina de Ferro, no início dos anos 1990.

Sob um sol radiante, Zelensky apareceu junto com sua esposa e discursou em ucraniano para a multidão, que levantou um mar de telefones celulares para eternizar a ocasião.

"A Otan vai dar segurança para a Ucrânia. A Ucrânia vai tornar a Otan mais forte", disse Zelensky, em um discurso de aproximadamente dez minutos, com tradução simultânea para o lituano.

Uma bandeira da Ucrânia, levada a Vilnius por um revezamento de corredores desde Bakhmut, palco da mais dura batalha com o Exército russo no leste da Ucrânia, foi hasteada até o alto de um mastro.

O evento, chamado "Hastear a bandeira da Ucrânia na Otan", continuou com apresentações musicais de vários artistas locais.

- Reviver a experiência -

Entusiasmada com a ideia de ver Zelensky, Gabija Malikonyte, de 26 anos, chegou acompanhada de sua mãe, Daiva, duas horas antes do início do ato, para ficar o mais perto possível do palco.

As duas mulheres, como todos na multidão, não escondiam seu apoio à Ucrânia e faziam paralelos com os 50 anos da "ocupação" soviética de seu próprio país.

"Lutamos por nossa independência em 1990, é como se estivéssemos vivendo tudo de novo", disse Daiva Malikonien. "Se não fossemos parte da Otan, a Rússia nos atacaria, porque somos um país pequeno", acrescentou.

"A Otan nos apoia e queremos que nossos irmãos e irmãs [ucranianos] também façam parte dela", afirmou outro presente, Alexandres Ilyin, enrolado com uma bandeira ucraniana.

Ieva Vasiliauskaite escondia as lágrimas atrás de seus óculos de sol.

"Espero que os ucranianos obtenham um veredicto positivo da Otan, porque eles merecem, estão em guerra não apenas pela Ucrânia, mas pelos países bálticos e por toda a Europa", declarou.

"Espero que tenham a oportunidade de pelo menos dar um ou dois passos para a adesão" à aliança militar, acrescentou.

Durante comício realizado em Petrolina, Sertão de Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário, a quem chamou de "ladrão". O mandatário também voltou a afirmar que vai ganhar a eleição no primeiro turno.

Bolsonaro vem ignorando todas as pesquisas de intenção de voto que estão sendo divulgadas no país. Muitas delas, principalmente as mais recentes, como a Ipec, que foi divulgada na segunda-feira (27), confirmam que Lula é o preferido do eleitor brasileiro e tem grandes chances de sair vitorioso no primeiro turno, com 52% dos votos válidos. 

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"Nós acreditamos no povo brasileiro, que no próximo dia 2 de outubro vai reeleger Jair Bolsonaro no primeiro turno", asseverou o chefe do Executivo. "O que eu tenho a oferecer para vocês é exatamente o contrário do que o ladrão fez ao longo de 14 anos. Completamos três anos e meio no Brasil sem corrupção por parte do governo federal", complementou, um dia depois que reportagem da Folha de S. Paulo revelou um suposto esquema de corrupção dentro do gabinete do presidente.

De acordo com a Folha, a Polícia Federal encontrou no telefone do tenente-coronel Mauro Cid mensagens que levantaram suspeitas quanto a transações financeiras feitas no gabinete de Bolsonaro. Conversas por escrito, fotos e áudios trocados por Cid com outros funcionários da Presidência que sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.

Em comício em Campinas, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, argumentou há pouco que "não está difícil de escolher" em quem votar na eleição presidencial marcada para o próximo dia 2 de outubro. "Nós temos dois nomes para o dia 2 de outubro. Ou melhor, um nome e um ladrão do outro lado", afirmou arrancando aplausos e reação de euforia dos manifestantes presentes. O presidente se refere ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, que também já foi presidente do Brasil por dois mandatos (2003-2010).

Bolsonaro disse aos apoiadores que eles têm facilidade de escolher e elencou uma lista de diferença entre os dois candidatos, sempre usando as expressões "do lado de cá" e "do lado de lá tem um ladrão". Segundo o chefe do Executivo, de um lado, está uma pessoa que defende a família e de outro um candidato que diz que os valores familiares estão em retrocesso. Também citou o aborto, dizendo que de um lado há um defensor da vida desde a sua concepção, mas que de outro alguém que quer aprovar o aborto.

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O chefe do executivo continuou as comparações dizendo que de um lado há um presidente que respeita a dor de uma mãe que tem o filho no mundo das drogas e, de outro, um ladrão que quer legalizar as drogas. "Do lado de cá, alguém que respeita a propriedade privada. So lado de lá, um cara que diz que quer valorizar o MST", citou, mencionado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Bolsonaro prosseguiu: "do lado de cá, alguém que diz que há o sagrado direito de legítima defesa, por isso defende o armamento para o cidadão de bem", voltando a arrancar aplausos dos presentes. "Do outro lado, um ladrão que quer desarmar o cidadão de bem", disse repetindo que povo armado jamais será escravizado. Neste momento, os apoiadores começaram a gritar "mito, mito".

Na tentativa de colar no governo do presidente e candidato Jair Bolsonaro (PL) a pecha da corrupção, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, citou neste sábado (24) os escândalos de corrupção deflagrados no Ministério da Educação (MEC) revelados por série de reportagens do Estadão. "Agora, o MEC não compra mais livros. O MEC distribui dinheiro para os pastores. Vocês viram a corrupção do ministro da Educação ajudando maus pastores", declarou o petista em comício no bairro do Grajaú, no extremo sul da capital paulista.

Para evitar qualquer mal-estar com o eleitorado religioso, o candidato, contudo, ressaltou que a crítica é voltada aos "maus pastores". "A gente respeita a igreja evangélica", ressaltou, na semana que um empresário denunciou pedido de propina dentro do pneu na pasta da educação.

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Ao reforçar o discurso de contraposição a Bolsonaro, Lula prometeu desfazer a política armamentista do atual governo. "A gente não vai facilitar mais a compra de arma. A compra de arma, como Bolsonaro está fazendo, é para dar facilidade para o narcotráfico ter acesso a arma. Homem sério, família séria não precisa de arma dentro de casa", avaliou o petista.

Na pauta econômica, Lula disse ser preciso reduzir a inflação para ajudar as famílias na hora do supermercado. "Não tem coisa mais triste no mundo do que uma mãe ou pai não atender desejo de um filho de comer uma bolacha", disse o ex-presidente. "É preciso dizer para vocês o salário mínimo vai voltar a aumentar todo ano", seguiu.

Em campanha por uma vitória em primeiro turno, Lula buscou, no comício do Grajaú, reforçar a imagem de "candidato da paz" que adotou na campanha. "Até dia 2, temos visitar casa por casa, bar por bar, igreja por igreja, fábrica por fábrica, para pedir voto para o Lulinha paz e amor", declarou, resgatando mais uma vez o slogan das eleições de 2002, quando precisou fazer aceno ao centro para vencer a disputa presidencial da época.

Sob sol intenso no extremo sul da capital paulista, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste sábado (24) em comício no bairro do Grajaú que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tem como estratégia política esvaziar a ida às urnas. A declaração reforça a campanha petista anti-abstenção, que visa, com isso, tentar vencer a disputa em primeiro turno.

"Deixa eu fazer apelo para vocês. Tudo o que o nosso principal adversário quer é que o povo não compareça para votar. O problema de a gente não votar é que, se a gente não votar, perde a autoridade moral de cobrar", declarou o petista. "Houve uma abstenção muito grande na última eleição. A gente não pode ter 20% de abstenção e 10% de voto nulo", acrescentou.

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Lula afirmou que, em 2 de outubro, data do primeiro turno, o Brasil vai conquistar a "segunda independência" e ainda alertou para um aumento de temperatura da disputa política. "O nível da campanha vai baixar, então vocês precisam ficar espertos. Primeiro, no zap, não acreditem nas mentiras que vocês vão receber".

Em busca de uma maioria no Congresso, se eleito, Lula pediu empenho dos militantes para eleger aliados que não apoiem a privatização de empresas públicas. "Vamos fazer revolução sem comprar uma arma, sem dar um único tiro", seguiu o candidato, na tentativa de se contrapor a Bolsonaro, defensor do armamento da população. "Nosso adversário não preside esse país, porque não governa". De acordo com o petista, Bolsonaro acorda todos os dias com enxaqueca em razão das pesquisas de intenção de voto que apontam a liderança do PT.

Lula reforçou críticas à Operação Lava Jato e ao ex-juiz Sergio Moro, mas disse ter se preparado ao longo dos 500 dias de prisão como o líder sul-africano Nelson Mandela, para deixar o cárcere sem raiva.

Ovacionado em comício em Campinas, interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro disse que completou três anos e oito meses de governo sem corrupção no Brasil. "Isso é obrigação", disse o candidato à reeleição pelo PL. "Acusam-me de tudo, mas não me chamam de corrupto", disse. Na verdade, uma série de reportagens com denúncias de corrupção no Ministério da Educação e envolvendo a compra de 51 imóveis por Bolsonaro e parentes com dinheiro vivo têm sido publicada nos últimos meses. O senador Flavio Bolsonaro, que é filho do presidente, tentou censurar a publicação por meio da Justiça, mas não obteve êxito.

"Dizem que eu digo palavrão. Sim, digo palavrão, mas não sou ladrão", afirmou, usando a palavra para mais uma vez se remeter ao seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Sou um cidadão, sou caipira, sou um capiau do interior de São Paulo, mas não sou ignorante como é esse ladrão", arrancando mais uma vez gritos de "mito, mito" entre os presentes. Na quinta-feira, no Programa do Ratinho (SBT) o petista disse que o atual chefe do Executivo é "ignorantão", "xucro" e parece um "capiau do interior de São Paulo".

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Bolsonaro afirmou que sabe das potencialidades de seu País e que é um presidente que quer ordem, paz e progresso. "Mas se precisar lutar contra essa quadrilha do Lula, nós lutaremos", afirmou dizendo pela terceira vez neste comício que "povo armado jamais será escravizado". Neste momento, seus apoiadores começam a bradar: "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

Depois de dizer que tem recebido o apoio de motociclistas por todas as partes do País que tem visitado, o chefe do Executivo mencionou que foi recebido em Garanhuns (PE), com honra de chefe de Estado pelo povo da região - Lula nasceu no local. "Todo o Brasil está conosco A vitória será no primeiro turno", previu.

Ao final do comício, ele comparou as chapas com mais chance de vitória: "Do lado de cá, dois militares, dois soldados que serviram ao Brasil. Do lado de lá, dois ladrões", citou, em referência também ao vice de Lula, Geraldo Alckmin. Um, conforme Bolsonaro, roubou o Brasil por 14 anos e outro, teria roubado a merenda de escolas de São Paulo por oito anos.

O candidato do PL pediu para que seus seguidores ajudassem a convencer conhecidos que ainda estão em dúvida sobre quem votar, dizendo que basta apresentar o rumo que países tomaram ao seguirem "essa ideologia comunista". "É só mostrar o quanto o Brasil foi saqueado de 2003 a 2015", disse, citando mais uma vez o endividamento da Petrobras durante as gestões do PT, e cifras que teriam sido "saqueadas" também do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa.

"Esse é o governo do PT, Esse é Luiz Inácio Lula da Silva, o maior ladrão que passou pela história da humanidade. O nosso povo não merece que esse bandido volte para a cena do crime."

Em comício em Campinas, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, voltou a dizer que o Brasil é um exemplo para o mundo na economia. O chefe do executivo repetiu que criou o PIX, idealizado no governo Michel Temer e colocado em prática pelo atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. "Criamos coisas fantásticas, mesmo durante a pandemia", enfatizou, salientando que o instrumento de pagamento ajudou a milhões de pessoas deixaram a informalidade.

Bolsonaro também repetiu que o Brasil é o sexto país mais digitalizado do mundo e apresentou números de crescimento do emprego formal. "(Este é um) Brasil que está dando certo, um País que é uma potência na área de alimentos e brevemente também o será na produção de energia via as nossas eólicas off shores na costa do Nordeste brasileiro."

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O candidato continuou dizendo que se trata de um País que está "condenado a dar certo", pois é um país do livre mercado e da livre concorrência. "É um País onde o chefe do Executivo sempre lutou por liberdade para todos vocês."

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, já está em cima do carro de som para fazer um comício no Largo do Rosário, região central de Campinas, interior de São Paulo. Algumas imagens do evento estão sendo transmitidas pela página de Bolsonaro em suas redes sociais.

No local, o locutor rebateu uma fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também candidato ao Planalto (PT) feita na quinta-feira no Programa do Ratinho (SBT). De acordo com o petista, o chefe do Executivo atual é "ignorantão", "xucro" e parece um "capiau do interior de São Paulo". "Somos ignorantes do interior de São Paulo, mas não somos jumentos, não somos burros de errar no dia da eleição: é Bolsonaro presidente", afirmou o locutor.

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Na sequência, o candidato ao Senado por São Paulo Marcos Pontes (PL) também pegou carona no tema, dizendo ser capiau porque nasceu em Bauru, cidade também do interior de São Paulo. Conhecido como "astronauta", ele é ex-ministro do governo de Bolsonaro. O vereador Tenente Santini, de Campinas, também usou a expressão em sua fala.

Antes disso, o chefe do Executivo participou de uma motociata pela cidade, levando o candidato a governador de São Paulo que foi seu ministro, Tarcísio de Freitas (Republicanos ), na garupa. Nenhum dos dois usava capacete. Dário Saadi, prefeito de Campinas também pelo Republicanos, não foi citado entre os que participam do evento.

O presidente Jair Bolsonaro, que veste uma camisa amarela, foi cumprimentado por apoiadores que o aguardavam ao som de "mito, mito" e "primeiro turno, primeiro turno" antes de comício para reeleição realizado no Largo do Rosário, região central de Campinas, interior de São Paulo. As imagens do evento estão sendo transmitidas pela página de Bolsonaro em suas redes sociais.

Depois, participou de uma motociata pela cidade, levando o candidato a governador de São Paulo que foi seu ministro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na garupa. Tarcísio veste uma camisa da seleção de futebol, em que nas costas se lê: "Tarcísio é 10". Nenhum dos dois usava capacete.

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Enquanto aguardavam a chegada do presidente, apoiadores que estavam no Largo do Rosário faziam ataques ao adversário e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. No carro de som, o locutor dizia aos manifestantes que, na Argentina, a população está comendo gatos e cachorros por causa da crise econômica do país. O vizinho é liderado por um presidente de esquerda, claro desafeto de Bolsonaro.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mandar recado para o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22) durante comício em Manaus (AM). O chefe do Executivo disse que, se for reeleito, vai "fazer valer" o que está escrito na Constituição e, por isso, "tudo vai ser diferente". Quando faz ameaças veladas à Corte, como nos atos de 7 de setembro, Bolsonaro costuma dizer que os magistrados atuam "fora das quatro linhas da Constituição".

"Tenho certeza que, com a nossa reeleição, tudo vai ser diferente. Nós vamos fazer valer o que está escrito na nossa Constituição brasileira. Nós temos tudo para sermos uma grande nação", declarou o presidente a apoiadores. "O próximo dia 2 é um divisor entre a ordem e o progresso e a desordem e o vale-tudo para o lado de lá. Nós sabemos o que nós queremos. Vocês sabem o que têm que fazer, e devem se empenhar para eleger pessoas que tenham compromisso de verdade com o futuro do seu País", emendou Bolsonaro.

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Em um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios durante a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que levaria de volta para as "quatro linhas" todos que estivessem fora, caso fosse reeleito. Hoje, o presidente repetiu a afirmação de que a população agora sabe "o que é" o STF. O candidato à reeleição também usou o discurso em Manaus para atacar seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e para reforçar a pauta de costumes.

"Lá atrás, aquele bandido de nove dedos fez campanha para Hugo Chávez na Venezuela e, depois, fez campanha também para Nicolás Maduro", disse o presidente, em referência a Lula. Bolsonaro voltou a associar o petista à ditadura da Nicarágua, que, segundo ele, persegue padres. "Para o lado de lá, eles não respeitam a religião de ninguém. Tanto é verdade que lá na Nicarágua estão prendendo padres e expulsando freiras, e o cara Lula diz que nós não temos que meter o nariz nestas questões", afirmou.

Bolsonaro também disse que é contra o aborto, a legalização das drogas e a ideologia de gênero, temas que animam sua militância. "Estamos aqui, muita gente até esbanjando alegria, mas o momento é de extrema responsabilidade. Nós sabemos o que está em jogo no próximo dia 2 de outubro", declarou, ao citar a pauta de costumes. O presidente ainda voltou a afirmar que tem certeza de que vai vencer a eleição no primeiro turno, embora as pesquisas de intenção de voto não apontem essa possibilidade.

Durante discurso em Belém (PA) nesta quinta-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que seu principal adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "continuará no lixo da história". A um grupo de apoiadores, o candidato também voltou a afirmar que vai vencer a eleição no primeiro turno, embora as pesquisas de intenção de voto não apontem essa possibilidade.

"Fiquem tranquilos, o Lula continuará no lixo da história. Este cara nunca mais vai roubar o povo brasileiro. Ser honesto não é virtude, é obrigação de qualquer cidadão", disse Bolsonaro, após os militantes gritarem "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". A fala do presidente faz parte da estratégia montada por sua campanha à reeleição. A ordem é intensificar os ataques contra Lula e o PT para tentar aumentar a rejeição do petista na reta final antes do primeiro turno.

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O presidente tem subido o tom contra Lula ao longo da campanha. Na última sexta-feira, 16, em Londrina, no Paraná, Bolsonaro associou o PT ao "mal", à "corrupção" e a "tudo que não presta". No dia 14, em Natal (RN), o candidato à reeleição comparou a eleição a uma "encruzilhada" e também atacou o petista. No dia 9, em Araguatins (TO), o chefe do Executivo disse que iria "varrer" o PT para o "lixo da história" se fosse reeleito.

No discurso aos apoiadores hoje, Bolsonaro também focou na pauta de costumes, com críticas ao aborto, à ideologia de gênero e à legalização das drogas. "Dizer a vocês que o Estado pode ser laico, mas o seu presidente é cristão. E nós, diferentemente do outro candidato, nós defendemos a vida desde a sua concepção, nós dizemos não ao aborto, nós dizemos não à ideologia de gênero, nós dizemos não à legalização das drogas", disse o chefe do Executivo.

Bolsonaro ainda exaltou indicadores econômicos do País e ressaltou a queda no preço da gasolina, a deflação mensal e o aumento do Auxílio Brasil. "Isso só é possível porque é um governo que não rouba, que não tem corrupção, é um governo que respeita o seu povo", afirmou.

"A todos vocês eu só tenho a agradecer o apoio que tive em 2018. E tenho certeza que o apoio será dobrado por ocasião das eleições de 2 de outubro. E o que é melhor: nós vamos ganhar no primeiro turno", emendou Bolsonaro. Nos últimos dias, o entorno do presidente tem tentado afastar o "clima de derrota" na militância.

Com a estagnação de Bolsonaro nas pesquisas e a ofensiva de Lula pelo voto útil para tentar vencer no primeiro turno, a campanha tem apostado em fatos que mostrem "força política", como os atos de apoiadores no 7 de setembro, a viagem a Londres para o funeral da rainha Elizabeth II e o discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Falar em vitória no primeiro turno faz parte dessa estratégia.

Em discurso durante comício no interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou seu principal adversário na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de "capeta". O chefe do Executivo também disse nesta terça-feira, 13, que quer ficar mais quatro anos no Palácio do Planalto e entregar o cargo "lá na frente" para alguém da "mesma linha".

"Temos um mal pela frente, um capeta pela frente que quer impor o comunismo no nosso Brasil. Uma pessoa que foi liderança mundial em corrupção. Uma pessoa que nada deixou de bom para o nosso País e nunca respeitou a família brasileira", declarou o candidato à reeleição, em Sorocaba (SP), numa referência a Lula.

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Bolsonaro discursou em um trio elétrico, acompanhado dos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, e Marcos Pontes (PL), que disputa uma vaga no Senado. "Tenho certeza, com mais quatro anos, entregando lá na frente para outra pessoa da mesma linha nossa, nós faremos a diferença no cenário mundial", disse o presidente.

"Nós não sairemos do Brasil. Quem tem que sair do Brasil são aqueles que não querem a liberdade do seu povo, aqueles que não aceitam o livre mercado", emendou Bolsonaro. Nesta madrugada, em entrevista a um podcast voltado para o público cristão, o chefe do Executivo havia dito que entregaria a faixa em caso de derrota nas eleições e sinalizou que pode deixar a vida política depois de 31 de dezembro de 2022.

"Se essa for a vontade de Deus, eu continuo na Presidência. Se não for, a gente passa, aí, a faixa e vou me recolher, porque com a minha idade eu não tenho mais nada a fazer aqui na Terra se acabar essa minha passagem pela política em 31 de dezembro no corrente ano", declarou Bolsonaro, no podcast.

Na última sexta-feira, 9, durante comício em Araguatins (TO), o presidente chamou o PT de "praga" e disse que "varreria" o partido para o "lixo da história". A declaração foi dada no mesmo dia em que um apoiador do chefe do Executivo foi preso por ter matado a facadas um eleitor de Lula, após uma discussão sobre política em Confresa (MT).

Hoje, em Sorocaba (SP), Bolsonaro também alfinetou o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), seu desafeto. O tucano tentou disputar a Presidência neste ano, mas não conseguiu apoio do próprio partido para ir até o final da disputa.

"Nos momentos difíceis que passamos, a política em São Paulo sofreu muito com um governador que tinha uma calcinha apertada, que não pensava em nada mais além de ser presidente da República, que se elegeu usando meu nome e depois virou inimiguinho, ficou brigadinho com a gente. Hoje está jogado na vala do esquecimento, do ostracismo", disse Bolsonaro sobre Doria.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, voltou a defender a ampliação de direitos trabalhistas, a criação de empregos e a retomada de programas sociais que marcaram a sua gestão, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o investimento em universidades públicas, na manhã desta sexta-feira, 9.

Durante comício com pastores e evangélicos em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o petista seguiu a estratégia da campanha e focou nas questões econômicas e sociais ao falar ao eleitorado religioso.

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"Colocamos o Bolsa Família no nome da mulher porque elas têm mais responsabilidade que homens (...) A carteira verde amarela cortou direito a férias, Natal, Ano Novo. O povo precisa de garantias. Vamos voltar a ter aumento de salário mínimo todo ano", disse o ex-presidente ao lado de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Lula criticou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) por "usar a religião e as igrejas" para ganhos eleitorais. Em um aceno ao público, o petista disse que o Estado não deve ter religião ou igreja.

"O Estado não deve ter religião, não deve ter igrejas. Ninguém deve usar o nome de Deus para ganhar votos como é feito hoje. Já fui candidato 5 vezes. Nunca fui pedir votos em igrejas. Se tem um brasileiro que não precisa provar que acredita em Deus, esse brasileiro sou eu", disse.

O petista relembrou que foi criada em seu governo a Lei da Liberdade Religiosa, em 2003, e disse que fará um governo sem distinção de cor, credo ou classe social.

O ato eleitoral contou com a participação de pastores da Assembleia de Deus, de igrejas Batista, Quadrangular, Presbiterianas, entre outras determinações evangélicas. O comício começou por volta das 10h, com discursos de líderes religiosos em defesa do ex-presidente Lula.

Os discursos foram intercalados com vídeos de campanha voltados para o público evangélico e apresentações gospel. O tradicional jingle "Sem medo de ser feliz", reedição da música usada na primeira campanha presidencial de Lula, em 1989, ficou de fora do repertório do evento. A versão atual conta com a voz de Pablo Vittar, Duda Beat e Martinho da Vila.

A Comissão de Fiscalização de Propaganda (CPROPAG) do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) está enviando aos partidos, coligações e federações o formulário de Comunicação de Evento de Propaganda Eleitoral. O documento deve ser preenchido e encaminhado sempre que forem promovidos eventos como passeata, comício, carreata e caminhada. 

Segundo a  resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 23.610/2019, os partidos são obrigados a comunicar os eventos à Polícia Militar (PM); responsável por garantir a segurança, providenciar adequações no trânsito, entre outras medidas necessárias. Por outro lado, a comunicação aos juízes da propaganda do Recife tem a finalidade de obter informações prévias sobre os atos de campanha a serem realizados em locais públicos, e visa facilitar o contato da Justiça Eleitoral com o organizador do evento. 

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No formulário, a ser enviado 24 horas antes do evento, deve-se constar endereços de e-mail e o número de whatsapp do responsável, e detalhes como dia e hora e, trajeto, em caso de passeata e carreata, se utilizará veículos de som, entre outras informações. 

Os organizadores de atos de campanha devem encaminhar ao Tribunal Eleitoral a documentação de comprovação de que houve comunicação à PM. Este documento será usado para decidir sobre a precedência de aviso em situações de eventos coincidentes. 

*Da assessoria

O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o atual presidente Jair Bolsonaro está anunciando redução da gasolina porque "roubou o ano inteiro". "Ele está todo dia anunciando queda da gasolina, de 20%, de 7%. Roubaram o povo no ano inteiro e agora, a um mês da eleição, estão reduzindo a gasolina e criando benefício emergencial. Se cair dinheirinho na conta de vocês, peguem porque é dinheiro de vocês, de impostos", afirmou Lula a militantes em comício em Belém (PA) disse na noite desta quinta-feira, 1º.

Lula voltou a chamar Bolsonaro de "genocida" pela sua atuação na pandemia e citou crise de Manaus. "Temos que pedir votos no WhatsApp e no Twitter para destruir as fake news do genocida", afirmou.

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O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, em eventual governo seu, a partir de 1º de janeiro, não haverá mais garimpo ilegal no Brasil. "A Amazônia não será mais lugar para ter queimada ou derrubada. Ser lugar para ser estudado, estudar a biodiversidade e criar oportunidades a partir dela. A partir de 1º de janeiro não haverá mais garimpo ilegal neste País. Não haverá mais garimpo nas terras indígenas", afirmou Lula a militantes em comício em Belém (PA) na noite desta quinta-feira, 1º.

Lula falou também sobre criação e recriação de algumas pastas, como o Ministério da Mulher, Ministério da Igualdade Racial e Ministério da Pesca. "Vamos criar o Ministério dos Povos Originários. Um quilombola ou indígena será ministro neste País", prometeu aos apoiadores.

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O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer a retomada do Minha Casa Minha Vida (MCMV) em comício em Belém (PA). "Eles acabaram com o Minha Casa Minha Vida e criaram o Minha Casa Verde e Amarela. Até hoje não vi uma desgraçada dessa casa. Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e vocês vão pintar a casa da cor que quiserem", disse Lula a militantes.

Lula também criticou o desemprego elevado do Brasil e a criação da carteira de trabalho Verde e Amarelo. "A carteira de trabalho que queremos é a carteira de trabalho que o funcionário tenha garantia e que seja indenizado se for demitido", afirmou.

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Lula voltou a afirmar que conhece de perto a realidade dos brasileiros. "Conheço de cor e salteado a dor dos brasileiros. Conheço a angústia de quem procura emprego e não consegue", afirmou. Ele apontou também que teve um dos governos mais bem avaliados da história, com 87% de bom ou ótimo ao fim da sua gestão.

O governador do Pará e aliado de Lula, Helder Barbalho, acompanhou o comício. Antes de Lula falar, várias lideranças da frente reforçaram que a Amazônia será prioridade em um eventual governo Lula e voltaram a defender a economia da biodiversidade.

O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a Lei das Diretrizes do Orçamento (LDO) do governo Bolsonaro proposta nesta semana não inclui reajuste do salário mínimo. "Aumentamos o salário mínimo em 74% nos governos do PT. Faz oito anos que não tem aumento do salário mínimo. LDO de Bolsonaro não tem aumento de salário mínimo, não tem reajuste para funcionário público e nem reajuste na tabela do imposto de renda. É essa gente que quer governar o País?", questionou Lula a militantes em comício em Belém (PA), nesta quinta-feira (1º).

Lula prometeu também a retomada do programa "Luz para Todos" e do aumento da compra de produtos da agricultura familiar para merenda escolar. "Estou condenado a fazer mais do que eu fiz no meu primeiro governo", afirmou.

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O governador do Pará e aliado de Lula, Helder Barbalho, acompanhou o comício. Antes de Lula falar, várias lideranças da frente reforçaram que a Amazônia será prioridade em um eventual governo Lula e voltaram a defender a economia da biodiversidade.

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