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Chegou pouco depois das 3h da manhã desta segunda-feira (6), ao Aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, o corpo do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto após ser baleado no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (2). Os pais do menino já haviam chegado ao Piauí na noite de ontem.

As despesas com estadia e translado do corpo até a cidade de Corrente, a 864 quilômetros de Teresina, onde o corpo de Eduardo será enterrado, estão sendo custeados pelo governo estadual do Rio de Janeiro. A família de Eduardo deve embarcar pela manhã para o município do interior do Piauí. A previsão é de que o enterro ocorra ainda nesta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Corrente.

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Parentes do menino contestam a versão da Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) de que Eduardo foi atingido por uma bala perdida durante confronto entre policiais e criminosos. A mãe do menino, Terezinha Maria de Jesus, diz que o filho foi morto por um policial quando brincava na porta de casa, na localidade conhecida como Areal.

"Eu não estava no momento, mas minha esposa, sim. Ela reconheceria (o policial). Quero justiça para meu filho", disse o pai, José Maria Ferreira de Souza.

Reocupação

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar continua ocupando o Complexo do Alemão, em uma ação que começou na última quinta-feira. Ao todo, 270 policiais estão nas comunidades do Alemão, que será reocupado pela PM, segundo anunciou neste domingo o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo, Pezão não detalhou prazos para a ocupação, mas disse que ocorrerá sem a presença das Forças Armadas. "Vamos entrar mais fortes, fazer uma reocupação. Segurança continua sendo nossa política mãe", declarou o governador.

A proposta é alocar no conjunto de favelas novos policiais recém concursados. Segundo Pezão, há mais de seis mil policiais aprovados, com contratação prevista para este ano. O governador prevê também a reciclagem dos atuais PMs que já atuam em Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).

Centenas de moradores do conjunto de favelas do Complexo do Alemão fizeram um protesto pacífico no final da manhã deste sábado(4), caminhando pelas duas principais vias da região, as avenidas Itararé e Itaoca, para pedir paz na comunidade e justiça pela morte do menino Eduardo de Jesus, de 10 anos. O garoto foi atingido na quinta-feira (2) por uma bala perdida, na porta de casa.

Os moradores acusam a Polícia Militar (PM) de fazer o disparo, mas o comando da corporação ainda está investigando o fato. Carregando cartazes, pedaços de tecido e balões brancos, os moradores partiram da localidade conhecida como Grota e seguiram até a praça principal do bairro de Inhaúma, do outro lado da comunidade.

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Durante todo o trajeto, foram seguidos de perto por dezenas de policiais militares, que não intervieram no protesto. Em alguns momentos mais tensos, as pessoas vaiaram veículos da PM, principalmente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e o blindado conhecido como Caveirão.

A mãe de Eduardo, a diarista Terezinha Maria de Jesus, participou do início do ato, mas teve de ser retirada, ao se descontrolar e passar mal. Ela culpou a PM pela morte do filho. "Eles estão matando os inocentes. Essa polícia assassina tirou a vida do meu filho. Esses covardes", protestou Terezinha.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Marcelo Freixo (PSOL), esteve no protesto e questionou a política de segurança do governo do estado. "Tem que ter uma solução para isso, porque estamos falando da vida das pessoas. O primeiro passo é ouvir os moradores. Isso nunca aconteceu, nem para construir o teleférico nem para pensar em um modelo de polícia. É preciso parar com o discurso da guerra. Tem que ter diálogo", disse.

O líder comunitário Rene Silva, criador do jornal Voz da Comunidade, citou o aumento da violência como a principal causa do protesto: "O motivo da manifestação é a insatisfação das pessoas com essa violência, que já está desde o início do ano aqui no complexo. Estamos há 90 dias sem deixar de ouvir tiroteios. A solução não é reforçar o policiamento. Passa por investimento em outras áreas, que não chegaram com a mesma força que a polícia chegou na comunidade, como as áreas cultural e social".

O presidente da Associação de Moradores da Palmeira, Marcos Valério Alves, conhecido como Marquinho Pepé, fez questão de ressaltar que o ato não era contra a polícia, mas sim pela paz e pelo respeito mútuo. "O nosso objetivo é pela paz e pela vida. Não somos contra a UPP. Só queremos policiais comprometidos com a vida. Queremos um comandante que chame a população para conversar, que haja o diálogo. Nós queremos o nosso direito de ser respeitados. Hoje não existe nem respeito nem tolerância dentro do Alemão", disse Pepé.

Por meio de nota publicada ontem (3), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, informou que todas as despesas com o traslado e sepultamento do corpo do menino Eduardo para o Piauí, terra natal da família, serão pagas pelo estado. Pezão também se disse profundamente consternado com o caso e garantiu que a morte do garoto não ficará impune.

Os policiais envolvidos na ocorrência foram afastados das ruas e estão respondendo a um inquérito policial militar (IPM). As armas deles foram recolhidas e passarão por exame balístico.

 

 

O governo do Estado do Rio anunciou no início da noite desta sexta-feira (3) que arcará com todas as despesas de traslado e sepultamento do menino Eduardo de Jesus Ferreira. Eduardo, de 10 anos, morreu na quinta-feira (2) com um tiro no complexo de favelas do Alemão. O disparo teria partido de um policial militar, segundo a família. A Polícia Militar (PM) não confirma, mas os policiais que participaram da ação que resultou na morte do garoto foram afastados do serviço de rua.

Por desejo da família, o garoto será sepultado no Piauí, Estado natal da mãe, Terezinha de Jesus.

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Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão declarou que o Estado está dando total assistência à família. "Estou profundamente consternado. Conversei com o seu José (pai de Eduardo) e me coloquei à disposição da família para ajudar a abrandar a dor no coração dele e da mãe", afirmou Pezão.

"Determinei a funcionários do Estado todo o empenho no auxílio à família que, hoje, vive uma dor inimaginável", disse. Pedi também o máximo de rigor e celeridade nessa investigação. A morte do Eduardo não ficará impune. Não podemos perder nossas crianças de maneira brutal."

A Presidência da República divulgou na tarde desta sexta-feira (3) nota à imprensa com uma mensagem de solidariedade da presidente Dilma Rousseff (PT) à mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto na tarde dessa quinta-feira (2), no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. "Quero expressar minha solidariedade e sentimentos de respeito neste momento de dor a Terezinha Maria de Jesus, que perdeu o filho Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, no Complexo do Alemão. Espero que as circunstâncias dessa morte sejam esclarecidas e os responsáveis, julgados e punidos", diz a nota.

Eduardo foi atingido por um tiro de fuzil na porta de casa quando policiais em patrulhamento entraram em confronto com criminosos, segundo a Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Os policiais envolvidos na operação foram afastados das atividades e suas armas foram apreendidas para realização de confronto balístico. Uma perícia foi feita no local na mesma noite pela Delegacia de Homicídios e familiares da vítima prestaram depoimento, informou a Polícia Civil. O caso também será investigado por um Inquérito Policial Militar (IPM).

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Uma mulher foi morta e pelo menos outras duas pessoas ficaram feridas após um tiroteio no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, no fim da tarde desta quarta-feira (1°). A vítima teria sido baleada no rosto dentro de casa e morreu na hora.

Identificada como Elizabeth de Moura Francisco, de 40 anos, a mulher trabalhava na creche José Vieira da Silva, no morro do Alemão. Dentre os baleados estariam uma filha de Elizabeth, que tentou socorrê-la, e um homem não identificado. Segundo a Polícia Militar (PM), os policiais foram informados de que havia tiros na região e fizeram buscas na favela, mas não encontraram suspeitos.

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Um policial militar foi ferido durante um tiroteio no Morro do Alemão, no conjunto de favelas do mesmo nome, situado na zona norte do Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira, 16. Por volta de 20h, de acordo com a assessoria de imprensa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), policiais foram recebidos a tiros por criminosos armados em uma localidade conhecida como Largo da Pedra.

O PM, lotado na UPP do Morro do Alemão, foi baleado na perna e encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e transferido depois para o Hospital Central da PM, no Estácio, ambos na zona norte. O estado de saúde dele é estável. A ocorrência foi registrada na 45ª DP (Alemão).

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Há uma semana, um policial militar da UPP da Fazendinha, também no Complexo do Alemão, teve morte encefálica constatada após ter sido baleado no sábado, 7. Anderson Fernandes Cruz, de 34 anos, era lotado na UPP da qual fazia parte desde o ano passado.

Com a morte de Anderson, chegou a 14 o número de policiais militares mortos no Estado só neste ano - o sexto PM morto em serviço. No fim de semana em que foi baleado, outros 3 PMs haviam morrido, sendo um em serviço.

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro deve ir nos próximos dias à sede da Rede Globo no Projac, onde fica a casa do reality Big Brother Brasil. O motivo da visita é para ouvir o participante carioca Luan Patrício, 23, e esclarecer suas declarações de que matou um menor durante uma operação no Complexo do Alemão em 2010, quando servia ao exército.

Na madrugada de quarta-feira (21), Luan disse em uma conversa que atirou e matou um jovem que estava armado. Ele narrou a história para o teólogo Marco. "A primeira vez que eu matei alguém no Complexo do Alemão, eu balancei", afirmou.

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O atual gerente de um salão de cabeleireiros, na época era militar e explicou como se deu a ação 'pacificadora' no Complexo. "Eu fiquei na linha de tiro embaixo, de rifle, dando cobertura para quem estava subindo". Luan justificou a ação afirmando que o jovem usava uma submetralhadora. "Acho que ele era mais novo do que eu. Eu estava com 19, ele devia estar com 16", disse. A Rede Globo ainda não se pronunciou sobre o caso.

 

O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios do Rio, pretendia ouvir nesta segunda-feira um sobrevivente que pode ser a testemunha-chave do assassinato do ativista LGBT Luiz Moura, o Guinha, de 41 anos, morto com quatro tiros de pistola 9mm no último sábado no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.

Também baleado durante o atentado, o homem que seria ouvido pela Polícia Civil continuava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, sem previsão de alta. A direção da unidade informou que ele apresentava quadro de saúde estável. Segundo moradores, os atiradores chegaram a pé e não estavam com o rosto coberto. Guinha foi morto na Rua 2, em frente ao Casarão da Cultura, no morro da Fazendinha. Ele havia saído de casa por volta de 17h e foi abordado por dois homens.

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Militante do movimento LGBT, Guinha promovia atividades esportivas e artísticas na comunidade. Ex-integrante do Coletivo Papo Reto, ele ajudou recentemente na mobilização de jovens para participação de uma oficina sobre "Militarização de favelas". Guinha havia fundado o Grupo Diversidade LGBT do Alemão e foi um dos organizadores da Parada Gay da comunidade.

O corpo do ativista foi enterrado no domingo, no cemitério de Inhaúma. O Grupo Conexão G de Cidadania LGBT para Moradores de Favelas divulgou uma nota em que afirma ter denunciado perseguições a moradores LGBT. "Guinha também foi à imprensa denunciar essa violência. Mas o que foi feito de lá para cá? E o que será feito a partir de agora?", indaga a presidente da entidade, Gilmara Cunha. Em entrevista pela manhã, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciou que haverá reforço no policiamento do Alemão a partir de janeiro, mas não detalhou as mudanças.

Quatro pessoas ficaram feridas sem gravidade após tiros serem disparados no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, na noite dessa quinta-feira (2). Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), policiais da UPP Adeus/Baiana foram procurados por um grupo de moradores da ocupação na antiga fábrica de plástico Tuffy.

Eles disseram que as vítimas tinham sido atingidas por tiros quando compravam comida em uma barraca, na calçada da fábrica que fica perto do acesso à favela Nova Brasília. Dois homens teriam sido atingidos por tiros de raspão - um no ombro e outro no joelho - e dois menores de idade tiveram ferimentos leves causados por estilhaços. Todos foram medicados na Unidade de Pronto Atendimento local e liberados em seguida.

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Nenhuma das vítimas soube explicar de onde partiram os disparos. O caso está sendo investigado pela 45ª Delegacia de Polícia (Alemão). De acordo com a CPP "não houve registro de confronto armado na região no momento do ocorrido".

Após nova noite de tiroteio, o policiamento segue reforçado na manhã desta terça-feira, 26, no Complexo de Favelas do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Por volta das 19h desta segunda-feira (25), criminosos atiraram contra policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que faziam patrulhamento pela comunidade Nova Brasília. Apesar dos disparos, ninguém ficou ferido, segundo a PM.

Os PMs fazem parte do Grupamento Tático da UPP Nova Brasília. Segundo a PM, eles foram atacados quando acessavam uma rua sem saída, transversal à Estrada do Itararé, uma das principais vias dos Complexos do Alemão e da Penha, ocupados desde 2010 pelas forças de segurança - primeiro pelo Exército, depois pela PM, por meio das UPPs.

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Ainda de acordo com a polícia, não há registro até agora de ocorrências na madrugada ou manhã desta terça-feira. No domingo (24), à noite, outro tiroteio deixou feridos dois moradores e dois PMs da UPP da Vila Cruzeiro, na Penha. Os moradores foram medicados e liberados. Os PMs, um atingido na perna e o outro no abdome, tiveram de ser internados.

Pelo menos 50 moradores do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, fizeram um ato no início da tarde deste sábado para pedir paz na comunidade. Dezenas de policiais, armados com fuzis, acompanharam o grupo. A manifestação durou uma hora e meia e terminou sem registro de tumulto.

Os moradores se concentraram no entorno da estação Palmeiras, a última do teleférico, e caminharam até a Estrada do Itararé, na Grota. O grupo cantava o rap "Eu só quero é ser feliz" e levava faixas com críticas à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP): "A paz no Complexo do Alemão é feita de morte!", "Pacificação sem oportunidade e educação é como apagar o fogo com gasolina" e "Mães do Complexo não aguentam mais perder seus filhos. Queremos paz. Fora UPP".

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O Alemão foi ocupado por forças de segurança no fim de 2010 e as UPPs começaram a funcionar a partir de julho de 2012, quando soldados do Exército deixaram as favelas. Durante a caminhada, manifestantes usaram sprays para grafitar muros com mensagens como "+ Paz - Tiros + Amor", "SOS Complexo do Alemão", "Paz ou Ficção?" e "Essa guerra não é nossa".

No Largo do Cruzeiro, palco de recente conflito armado, eles gritaram os nomes de 15 vítimas da violência na comunidade. Catorze eram moradores e um, policial militar, disse Thamyra Thamara, do coletivo Ocupa Alemão. Em seguida, o grupo rezou o Pai Nosso. Os conflitos no Complexo do Alemão ficaram mais intensos a partir de março e voltaram a aumentar depois da Copa do Mundo. Pelo menos três pessoas morreram nas últimas semanas.

Uma das participantes do ato foi a microempresária Denise Morais da Silva, mãe do mototaxista Caio Silva, morto em 27 de maio. "Um soldado da UPP Nova Brasília (uma das favelas do complexo) matou meu filho de 20 anos sem ele ter envolvimento com nada. Estou aqui hoje para me juntar a todas as mães e pedir paz. Eu não faço apologia do tráfico. Espero Justiça", afirmou.

Um garoto de 14 anos, baleado em 27 de julho, estava com o braço direito enfaixado e o olho direito tampado - segundo ele, a bala ficou alojada no olho. "Eu só quero que o Complexo volte a ser o que era. Muitos jovens estão morrendo", declarou. O comerciante local Cléber Araújo, de 38 anos, afirmou que o tio da mulher dele foi assassinado com um tiro no peito há 15 dias. "Aqui, a bala não é de borracha."

Rhuan Vianna, morador do Complexo do Alemão, na zona norte, foi baleado nas costas durante troca de tiros entre policiais e traficantes que permanecem na comunidade mesmo após a ocupação pelas forças de segurança, em novembro de 2010. Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na zona norte, e já recebeu alta. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, o tiro foi superficial.

Na página do Facebook, a Voz da Comunidade publicou uma foto de Rhuan deitado de lado em uma maca, recebendo medicamento na veia. Na imagem, ele está de olhos abertos e rói as unhas. Inicialmente, o jornal havia informado que ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte, perto do conjunto de favelas.

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De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais faziam um patrulhamento de rotina por volta das 23h dessa terça-feira (5), quando se depararam com criminosos armados no Largo do Bulufa, na favela da Grota. Houve troca de tiros e os bandidos conseguiram fugir.

O caso foi registrado na 45ª Delegacia de Polícia (Alemão).

Após dois dias seguidos de tiroteios entre PMs e traficantes, o policiamento continua reforçado nesta quarta-feira (30) no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio. Um PM ficou ferido e três suspeitos foram presos nas trocas de tiros de segunda e terça-feira. As quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do complexo, que contam com um efetivo de 1.230 policiais, estão com um reforço diário de outros 300 PMs, de diferentes UPPs.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também tem feito diligências frequentes no Alemão. Mais cedo nesta quarta, os PMs encontraram 34 pequenos tubos com cocaína e 74 "sacolés" de maconha escondidos em uma lixeira. O material, segundo a PM, foi encaminhado à delegacia que fica instalada dentro do Alemão, a 45ª DP.

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Apesar dos tiroteios durante a semana, todas as escolas públicas do complexo estão funcionando normalmente hoje, segundo as secretarias municipal e estadual de Educação. O teleférico do Alemão também opera normalmente. Em meio ao clima tenso, o governador do Rio e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), estará hoje às 15h no Alemão para "visitar obras de construção de apartamentos" do programa Minha Casa Minha Vida.

Ontem, houve dois tiroteios entre suspeitos e PMs na região. No segundo, à tarde, um policial foi baleado de raspão na perna por tiros que vieram da comunidade Nova Brasília, segundo a PM. o soldado foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, de acordo com a polícia, passa bem.

Um suspeito apontado pela polícia como o segundo homem na hierarquia do tráfico de drogas no complexo do Alemão foi preso ontem pela manhã por policiais da 45ª DP. Anderson dos Santos do Nascimento, conhecido como "Gordinho", foi detido na favela Fazendinha e, segundo o titular da 45ª DP, Felipe Cury, é o homem de confiança do traficante Eduardo Fernandes de Oliveira, o "2D", preso em abril deste ano.

Um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi ferido por estilhaços de bala na perna durante tiroteio no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. O confronto aconteceu na noite dessa quarta-feira (30), quando um grupo de policiais patrulhava a favela Nova Brasília.

O cabo, cujo nome não foi revelado, foi levado para um hospital e depois liberado. O policiamento na região segue reforçado por agentes do Bope e do Batalhão de Choque, desde o último domingo (27), quando Arlinda Bezerra, de 72 anos, foi baleada e morreu. No dia seguinte, quatro ônibus foram incendiados e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) depredada. Depois da confusão, um jovem foi preso, um adolescente apreendido e um homem foi baleado.

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A Unidade de Pronto Atendimento do Alemão, na zona norte, foi depredada na noite de segunda-feira (28), em mais um protesto contra a morte da aposentada Arlinda Bezerra das Chagas, de 72 anos, atingida por bala perdida no domingo (27), quando tentava proteger o sobrinho-neto, de 10 anos.

Por volta das 21h30, um grupo forçou a porta da frente da UPA, deixando em pânico pacientes e profissionais que estavam no local. Assustados, médicos chegaram a pular por uma das janelas da unidade, para tentar escapar do ataque.

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Imagens postadas numa rede social mostram a unidade destruída: monitores de televisão arrancados, cadeiras reviradas, computadores quebrados e jogados ao chão, brinquedos do setor de pediatria danificados. Um morador do Alemão comentou: "Já não funcionava, agora tem desculpa para não funcionar".

Ao todo, nove ônibus foram incendiados esta noite no Rio - cinco em Costa Barros, na Zona Norte, em protesto contra a morte de um adolescente, e quatro no Complexo do Alemão.

Dois policiais militares foram baleados no fim da tarde desta quinta-feira, 17, no conjunto de favelas do Alemão, na zona norte do Rio de janeiro. Os PMs participavam de um patrulhamento de rotina quando se depararam com homens armados e se iniciou uma troca de tiros. Um dos policiais foi atingido de raspão no pé e outro na coxa direita. Após serem atendidos na Unidade de Pronto Atendimento da comunidade, os PMS, lotados na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão, foram transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar. Agentes do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) das UPPs e de outras unidades da região fazem buscas pelos criminosos.

Um tiroteio ocorrido na manhã desta quinta-feira (10), entre policiais militares e traficantes no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, suspendeu o funcionamento do teleférico que liga a estação ferroviária de Bonsucesso a várias favelas da região por questões de segurança.

De acordo com a SuperVia, que administra o teleférico, o serviço ficou interrompido das 10h57 às 11h35. Ainda segundo a empresa, os passageiros foram informados pelo sistema de áudio das cabines e estações sobre o problema e puderam desembarcar em suas estações de destino.

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A troca de tiros ocorreu na Rua Joaquim de Queiroz, no Morro do Alemão, logo após os PMs terem apreendido uma van roubada. Criminosos atiraram na direção dos policiais, que revidaram. Dois suspeitos foram detidos.

Na noite de terça-feira (8), um PM foi baleado durante outro confronto com traficantes no Complexo do Alemão. Identificado como Rodrigo Taboas Mendes, o policial foi atingido no braço. Lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela do Jacarezinho, ele reforçava o patrulhamento no Morro do Alemão, que também possui uma UPP. O confronto ocorreu na localidade conhecida como Avenida Central, por volta das 21h30.

Um policial militar foi ferido na mão por um tiro disparado acidentalmente por ele mesmo, no início da manhã desta segunda-feira, 7, dentro da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.

O policial, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, assumiria o plantão e se feriu ao manusear o seu armamento. O acidente ocorreu na Reserva Única de Material Bélico (RUMB), no pátio interno da CPP. O ferido foi encaminhado ao Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, e passa bem.

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De acordo com a CPP, "foi aberto procedimento apuratório para investigar as circunstâncias do acidente".

Outro caso

Na noite de 17 de março, quatro PMs foram feridos por estilhaços de bala, disparada acidentalmente depois de um treinamento dado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) a agentes lotados em UPPs no Complexo do Alemão. O episódio também ocorreu no pátio da CPP.

O acidente ocorreu quando, ao desembarcarem do caminhão do Bope, na sede da CPP, a arma de um dos PMs ficou presa ao veículo, caiu no chão e disparou.

Quatro policiais foram atingidos superficialmente por estilhaços. Eles foram medicados e passam bem.

Provavelmente você já deve ter ouvido falar ou visto algum filme brasileiro que envolva favelas e policiais. O longa Alemão possui esse tipo de abordagem, mas sofre ao ser tachado de “mais do mesmo” por internautas nas redes sociais. Com participação especial de Cauã Reymond, a trama mostra a saga de cinco policiais infiltrados na tentativa de escaparem vivos do Complexo de mesmo nome, localizado no Rio de Janeiro.

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Embora Alemão tenha um pouco desse “mais do mesmo” dos outros filmes (tráfico, favela, polícia vs. traficante), ele tem um direcionamento diferente. Em Tropa de Elite, por exemplo, o capitão Nascimento é aplaudido enquanto que no novo filme de José Eduardo Belmonte não existem heróis e vilões. Traficante ou policial, a busca deles é pela sobrevivência.

Com direção de José Eduardo Belmonte, Alemão tem ótimas atuações apesar do roteiro fraco, com lacunas que não foram fechadas. Branco (Milhem Cortaz), Samuel (Caio Blat), Carlinhos (Marcelo Melo Jr.), Danilo (Gabriel Braga Nunes) e Doca (Otávio Müller) são policiais que trabalham infiltrados no Morro do Alemão, Rio de Janeiro, antes da histórica invasão da polícia e do exército em 2010. O suspense começa quando alguém revela suas verdadeiras identidades para o traficante do local Playboy (Cauã Reymond). Durante todo o filme, eles ficam escondidos numa pizzaria a fim de procurar uma solução para escapar com vida daquele lugar.

Quem também integra o elenco do filme é Antonio Fagundes. Embora todo o elenco esteja bem, ele e Milhem Cortaz possuem as melhores atuações do longa. Outro destaque é para Marcelo melo Jr., nome pouco conhecido entre os brasileiros, mas que assume com maestria o seu papel. Além de tiros e medo, Alemão também inclui amor, sentimento que será fundamental para o desfecho da trama.

A história pouco aborda a vida pessoal dos policiais, o que importa naquele momento é a situação de vida ou morte em que eles estão no Morro do Alemão. Na trilha sonora não deixam de tocar o funk e rap. O problema está na música instrumental utilizada: repetitiva e angustiante. 

Em uma das sequências, Alemão apresenta um estilo próximo aos filmes de Quentin Tarantino. O Morro do Alemão vira cenário de um faroeste moderno, com metralhadoras e até bombas. Durante a subida dos créditos, o filme traz uma reflexão. A polícia, que salvou o Morro do Alemão dos traficantes, é mostrada com outra face em imagens reais nos protestos ocorridos em 2013. Inclusive o caso de Amarildo, ajudante de pedreiro que foi confundido com um traficante e acabou sendo morto por policiais, ganha espaço nesse momento reflexivo. 

Alemão estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13) devido ao novo padrão estabelecido pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec).

 

 

Três carros foram encontrados queimados, na manhã deste sábado, 1, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Os veículos foram deixados do lado de uma das estações do teleférico. Os casos de violência no complexo, que tem uma Unidade de Polícia Pacificadora desde 2012, vêm assustando os moradores e colocando em xeque a eficácia da pacificação. As ações são creditadas a traficantes de drogas que resistem à tomada do território pela polícia. Os moradores estão tensos por temer a volta do domínio do tráfico.

Na sexta-feira, 31 de janeiro, foram lançados coquetéis molotov no terreno onde fica a UPP. Dois carros que pertenciam a um policial militar e a um policial civil foram atingidos e pegaram fogo.

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Na terça-feira, 28 de janeiro, quando foram registrados tiroteios, a delegacia instalada em dezembro no complexo já havia sido atacada. Bandidos dispararam tiros de fuzil na fachada do prédio que a abriga. Instalações da UPP e contêineres da PM que funcionam como postos avançados também foram alvejados. Em novembro, um PM que trabalha ali foi morto por traficantes. Em dezembro também foram registrados ataques a tiros a PMs lotados na UPP.

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