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Com a pandemia de Covid-19 no mundo, a necessidade de trabalhar remotamente de casa se expandiu e, diante disso, a Microsoft Teams recebeu atualizações para se adaptar às necessidades das pessoas. Agora, reuniões com até 20 mil pessoas serão possíveis através da plataforma.

Esse número gigantesco de pessoas reunidas no Microsoft Teams será realizado no modo palestra, devendo ser utilizada principalmente durante anúncios ou reuniões gerais em grandes empresas, com apenas uma pessoa falando.

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Com essa atualização, uma outra novidade é a possibilidade de reuniões de até mil pessoas, com todas podendo falar simultaneamente. Segundo informações da própria Microsoft, A transição entre um modo e outro será feita automaticamente, com base no número de participantes na sala. 

No momento em que o Palácio do Planalto tenta organizar sua articulação política no Congresso, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse ter assumido o papel de apaziguador de conflitos na relação com o Legislativo, mesmo se for preciso "lavar roupa suja". Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, que será veiculada domingo à noite (26), Faria negou a existência de uma queda de braço entre ele e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a quem cabe comandar as articulações políticas com o Congresso, e disse não entrar na seara do general.

"Ele (Ramos) tem conversado comigo diariamente. Querem fazer até minha intriga com ele, mas não vão conseguir, porque todo dia eu falo com ele às sete horas da manhã. E a gente já desmonta isso", afirmou o ministro, na entrevista que vai ao ar amanhã.

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Como mostrou o Estadão, o governo pretende reorganizar sua articulação no Congresso após a derrota na votação da proposta de emenda à Constituição que transformou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em programa permanente. O revés sofrido na Câmara foi debitado na conta do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Pontes

Com bom trânsito no Congresso, Faria promoveu recentemente um encontro entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - havia um estresse na relação entre os dois.

Escolhido para o ministério após quatro mandatos de deputado federal, Faria negou que esteja exercendo o papel que cabe a Ramos, de negociar a votação de projetos e emendas parlamentares, mas admitiu já ter entrado em campo para desfazer problemas, como os ocorridos entre Guedes e Maia.

Foi aí que ele classificou o seu trabalho como o de "lavar roupa suja". "Eu não entro na articulação política. Por quê? A articulação política é o seguinte: vamos votar aqui o projeto tal. Aí negocia emenda, destaque, vê quem vai ser o relator.

Isso é um trabalho da articulação política. O meu trabalho é quando eu vejo: ‘Fernando está chateado com Fábio’. Eu sou amigo do Fernando e vou promover ali um encontro dos dois para fazerem uma DR (sigla usada para se referir a "discutir a relação"), lavar roupa suja e pronto", argumentou. E concluiu: "Esse é o meu papel. Um papel de apaziguar relação. Não entro na seara exclusiva de articulação política. Isso aí é outra forçação (sic) de intriga. Mas não cairemos nisso".

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), colocou na equipe de comunicação do Estado o marqueteiro Paulo Vasconcelos, publicitário que comandou a campanha à Presidência da República do hoje deputado federal Aécio Neves (PSDB) em 2014 e responsável, ao lado da irmã do parlamentar, Andrea Neves, pela estratégia de mídia dos governos do tucano. Ao menos por enquanto, a participação de Vasconcelos na área de comunicação de Zema é "episódica" e "voluntária", segundo o Estado.

O governo afirma, porém - ao mesmo tempo em que explica o motivo da ida do marqueteiro para a equipe -, haver a necessidade de contratação de consultoria na área de comunicação por causa da "crise e alongamento da pandemia".

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Em nota, o Palácio Tiradentes diz que "ao longo das últimas semanas, Paulo Vasconcelos vem prestando um apoio episódico, voluntário e pessoal nas questões de comunicação. Não há qualquer contratação neste momento, relativa a esse apoio de consultoria".

Em seguida, o texto diz que "dado o aprofundamento da crise e alongamento da pandemia, o Estado avalia a contratação de um trabalho específico de consultoria de comunicação focada neste cenário". Se comparado a outros Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, Minas Gerais, ao menos segundo os dados oficiais, registra resultados satisfatórios na tentativa de evitar a propagação do novo coronavírus.

Na área econômica, no entanto, com a elevação de gastos na Saúde, a situação piora um quadro que antes da pandemia já era ruim. O déficit para 2021 foi estimado em R$ 17,3 bilhões. O cenário nas contas públicas fez soar o alerta no governo para a área da comunicação, sobretudo levando-se em consideração que Zema deverá tentar a reeleição em 2022.

O assunto, porém, é evitado externamente por integrantes da cúpula do governo Zema, sobretudo por envolver um ex-auxiliar de Aécio. O governador do Novo foi eleito em 2018 exatamente por ser colocar contrário a Aécio e seu grupo político - que comandou o estado entre 2003 e 2014 - e ao PT, que, com Fernando Pimentel, governou Minas entre 2015 e 2018.

De acordo com Vasconcelos, a estrutura que se pretende montar para a comunicação do governo é exatamente a que existiu nas gestões de Aécio em Minas. A organização da área, segundo ele, ocorre via núcleo que reúne representantes de empresas públicas, autarquias e secretarias de Estado. Todas as ações passam por esse núcleo, retirando a autonomia individual. Durante os governos de Aécio, o núcleo tinha Andrea Neves e Vasconcelos entre seus integrantes, o que perdurou nos dois governos do tucano. A atuação dos integrantes do núcleo, no grupo, não era remunerada, segundo o marqueteiro.

Contrato

Vasconcelos afirma que, no primeiro governo de Aécio, que foi de 2003 a 2006, manteve contrato com o governo na área de comunicação, via sua agência de publicidade, chamada Vitória. Agora, com um pé no governo do Novo, o marqueteiro afirma que voltará a atuar para o Executivo estadual. "Ainda não sabemos como a contratação ocorrerá, se pelo próprio governo, ou pelo Novo", afirmou, destacando que, por se tratar de consultoria, não é necessária licitação, caso a contratação venha a ocorrer pelo governo. Ele diz que, no governo, terá salário de R$ 7,5 mil, mesmo valor pago a chefes de assessorias de comunicação de secretarias do Estado. Vasconcelos chegou ao governo Zema pelas mãos do vice-governador, Paulo Brant, em março deste ano.

Ligado aos Neves, ao menos até 2014, Vasconcelos nega que sua ida para o governo Zema possa ter relação com um possível início de influência de Aécio e Andrea no Palácio Tiradentes. "Não tenho nenhum contato com os dois", afirmou.

Assim como o ex-governador de Minas e atual deputado federal, Vasconcelos é investigado pela Polícia Federal em inquéritos que apuram corrupção passiva, corrupção ativa e caixa dois por repasses de recursos envolvendo campanhas eleitorais tucanas de 2010 e 2014. O marqueteiro nega irregularidade. "Sempre estive à disposição da Justiça", diz. O deputado tucano também nega irregularidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11) que espera "melhorar" as comunicações do governo com a recriação do Ministério das Comunicações e a nomeação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para a chefia da pasta. "Obviamente a Secom (Secretaria Especial de Comunicação) vai para lá, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai para lá. Vamos tentar melhorar as comunicações do governo" declarou o presidente.

Criticado pelo possível aumento de custos com o novo ministério, Bolsonaro garantiu que não haverá despesas. "Não houve aumento de despesas. Zero. Nenhum cargo foi criado. Você pode falar: criou cargo, tem o salário do ministro. Bem, o Fábio Farias pode optar entre receber o salário de deputado ou abrir mão e receber o de ministro."

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Economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmaram que a nova pasta não deve ter impacto relevante nas despesas do Executivo Federal, mas não representa um "custo zero" aos cofres públicos, como diz o presidente.

Na última quarta-feira, 10, o governo anunciou a recriação do ministério das Comunicações, que antes era parte da pasta comandada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes. Segundo Bolsonaro, a escolha de Faria se deu pela relação com Silvio Santos, dono do SBT, e não pela sua aproximação com o Centrão. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel.

Cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

Na live, Bolsonaro afirmou que as ações que pedem a cassação de sua chapa com Hamilton Mourão não têm "cabimento" e são tentativas de "querer decidir no tapetão". "Realmente é uma tentativa ali, por parte desses partidos, de querer decidir no tapetão. Logicamente a gente fica preocupado, mas não tem cabimento prosperar uma ação nesse sentido. Não existe, com todo respeito ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que tem a obrigação de apoiar as coisas. No meu entender deveria ser arquivado de ofício essa questão", disse o presidente.

Na última terça-feira, 9, o TSE adiou a conclusão do julgamento de duas das ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro e Mourão nas eleições presidenciais de 2018. O ministro Alexandre de Moraes pediu vista (mais tempo para analisar o processo). O placar terminou em 3 votos a favor e 2 contra a reabertura de prazo para produção de provas no processo.

As ações tratam de ataques cibernéticos a um grupo de Facebook que teria favorecido Bolsonaro. Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) alegam que, durante a campanha, o grupo do Facebook "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataque virtual que alterou o conteúdo da página, incluindo o nome, que mudou para "Mulheres COM Bolsonaro #17", e isso teria beneficiado a imagem de Bolsonaro, então candidato.

Em relação ao placar, Bolsonaro disse que aqueles que votaram pela continuidade do processo não necessariamente votariam pela cassação da chapa. Em seguida, no entanto, o presidente voltou atrás. "Se bem que eu vi um ministro falando que se descobrisse ligação desse hacker comigo, seria passível de cassação da chave."

Na transmissão, Filipe G. Martin, assessor internacional do presidente, afirmou que mesmo se o hacker fosse um apoiador de Bolsonaro, isso não seria responsabilidade do presidente."

O novo ministro das Comunicações, deputado Fábio Faria (PSD-RN), entra no governo Jair Bolsonaro com um papel de pacificador da relação do Palácio do Planalto com o Congresso e a missão de melhorar o relacionamento do Executivo com imprensa.

Aos 42 anos, o deputado que está em seu quarto mandato na Câmara é de família tradicional na política potiguar e foi escolhido por seu trânsito nos bastidores do Palácio do Planalto. Faria tem a simpatia do clã Bolsonaro, por suas relações com o setor de mídia e laços familiares. É genro de Silvio Santos, dono do SBT, casado com Patrícia Abravanel, uma das herdeiras e apresentadora do canal. Ela é dona também da TV Alphaville, um canal por assinatura que leva o nome do bairro de luxo onde moram, em Barueri, na Grande São Paulo. Ministro e a mulher também são sócios numa empresa de produção artística ligada à TV aberta, a New Beginnings.

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Um tipo de emissário informal do sogro em Brasília, Faria acompanhou o presidente numa visita à casa da família de Silvio Santos, em São Paulo, no ano passado. Antes, Silvio assistiu ao desfile de 7 de Setembro na tribuna de honra com o presidente. Nas redes sociais, gosta de exibir a vida em família com a mulher e os três filhos. Vaidoso e com fama de galã, veste-se com ternos bem cortados, costuma deixar o cabelo mais longo, mas em casa dá lugar aos trajes esportivos. Uma de suas predileções é fazer "lives" com receitas e dicas de culinária.

Faria é conhecido como um imitador entre os políticos. Há vídeos dele imitando os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Uma vez se passou pelo próprio Silvio Santos, por telefone, para pregar uma peça em familiares do dono do SBT. O sogro acompanhava tudo ao lado do, agora, ministro. Nos bastidores, aliados contam que Faria também faz o personagem Bolsonaro.

O elo do novo ministro com o setor vai além da relação com a família Abravanel. O pai dele, Robinson Faria, ex-governador do Rio Grande do Norte e presidente do PSD local, é dono de rádios que operam no interior do Estado e usam a marca Rádio Agreste. A família possui atualmente três outorgas, duas FM e uma AM. O novo ministro foi sócio do negócio, mas saiu formalmente da empresa Rádio Agreste em 2013 - a Receita Federal ainda não registra a baixa.

Sua nomeação ocorre por uma insatisfação com o setor das comunicações. Chegaram ao Planalto reclamações de demora nos processos de outorga de rádios e TVs, muitas controladas nos Estados por políticos. Bolsonaro reconheceu que o governo deixava a desejar.

Faria negou, há algumas semanas, que estivesse articulando para que o PSD voltasse ao comando do ministério. "Foi uma indicação 100% pessoal, nada a ver com o PSD", disse após o anúncio de Bolsonaro, ainda no Palácio do Planalto.

Antes no PMN, Faria apoiou e aconselhou os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O líder Diego Andrade (PSD-MG) disse estar "pronto para ajudar nas boas propostas do governo". O deputado Fábio Trad (PSD-MS) foi mais crítico: "Ao Fábio Faria, meus sinceros votos de que consiga preservar a sanidade mental neste governo e convença o presidente a respeitar a imprensa".

De atuação discreta no baixo clero da Câmara, faz parte da Mesa Diretora como terceiro-secretário, sendo mais conhecido pelo trânsito nos bastidores, inclusive com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Atualmente, dedica parte de seu tempo no papel de adversário político da governadora Fátima Bezerra (PT), que derrotou o pai dele na tentativa de reeleição, em 2018. O ex-governador ficou em terceiro lugar. Faria recebeu 70.350 votos na eleição de 2018, ocupando a oitava e última vaga dos eleitos pelo Rio Grande do Norte. Com base eleitoral no interior, se formou há 20 anos no curso de administração de empresas pela Universidade Potiguar.

Lava Jato

Por duas vezes, o deputado foi delatado em investigações contra corrupção relacionadas à Operação Lava Jato. Uma por executivos da Odebrecht e outra pelos da JBS. Os inquéritos foram arquivados por falta de provas no Supremo Tribunal Federal.

Parte das investigações seguiu, no entanto, na Justiça Eleitoral com relação ao pai do ministro. Os delatores disseram que o deputado teria recebido R$ 100 mil como caixa dois na campanha de 2010. Nas listas de propina, seu apelido seria "Garanhão" ou ainda "Bonitão". Pai e filho negam irregularidades.

Em 2009, Faria foi protagonista de um episódio de abuso de dinheiro público, tendo usado cota parlamentar para pagar passagens de sua ex-namorada Adriane Galisteu e de sua mãe. Ele devolveu R$ 21 mil após o caso vir à tona.

A Coreia do Norte anunciou que vai cortar seus canais de comunicação, sobretudo militares, com o "inimigo" sul-coreano na terça-feira (9), anunciou a agência estatal norte coreana KCNA, depois que ativistas ameaçaram lançar panfletos de propaganda contra Pyongyang através da fronteira.

Pyongyang "cortará completamente a ligação entre as autoridades do Norte e do Sul", assim como outros canais de comunicação, sobretudo entre as forças armadas dos dois países ou os partidos políticos no poder em Seul e Pyongyang, reportou a KCNA.

A interrupção está prevista para as 12h locais de terça-feira (hh de Brasília), acrescentou. As relações entre os dois vizinhos estão estagnadas, apesar de três cúpulas celebradas em 2018 entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

A Coreia do Norte ameaçou na semana passada fechar o escritório de ligação com a Coreia do Sul e tomar medidas adicionais para punir Seul.

Kim Yo Jong, a influente irmã de Kim Jong Un, também ameaçou descartar o acordo militar entre os dois países a não ser que Seul impeça que os militares enviem panfletos anti-Pyongyang.

A Coreia do Norte pôs fim à maioria de seus contatos com o Sul depois da cúpula fracassada entre Kim e o presidente americano, Donald Trump, em 2019, em Hanói, que deixou em ponto morto as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano. Foi sua segunda cúpula.

O governo federal retirou R$ 83,9 milhões que seriam usados no programa Bolsa Família para destinar à Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom). A medida atinge os recursos previstos para a região Nordeste do País e causou críticas no Congresso por ocorrer durante a pandemia do coronavírus, quando muitas famílias estão sem fonte de renda. O dinheiro será utilizado para comunicação institucional, ou seja, para fazer publicidade das ações da gestão de Jair Bolsonaro.

A portaria que prevê a transferência dos recursos do Orçamento foi publicada na edição desta terça-feira, 2, no Diário Oficial da União (DOU). O ato foi assinado pelo secretário executivo do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Segundo técnicos do Congresso, como não há recurso extra, apenas realocação dentro do Orçamento, não é preciso de aval dos parlamentares. O valor total destinado ao Bolsa Família no ano inteiro é de R$ 32,5 bilhões.

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Procurado, o Ministério da Cidadania informou que o pagamento do benefício está garantido, mas não esclareceu o motivo da realocação dos recursos.

Para comparação, os R$ 83,9 milhões transferidos para Secom bancar publicidade institucional dariam para comprar 1.263 respiradores hospitalares - ao custo de R$ 66,4 mil cada, um dos preços que o governo federal pagou em compras da Saúde. Ou ainda 856.164 mil testes tipo RT-PCR para detectar a infecção pelo novo coronavírus em pacientes - o preço unitário foi de R$ 98.

A Secom já havia aumentado para R$ 17,8 milhões suas despesas com propaganda durante a pandemia do novo coronavírus. Os recursos estão sendo utilizados para divulgar peças publicitárias com o mote de que é preciso "proteger vidas e empregos". Depois do fracasso com a campanha "O Brasil não pode parar", vetada judicialmente, a secretaria e o presidente também adotaram a frase "ninguém fica para trás".

A campanha institucional da Secom é diferente da produzida pelo Ministério da Saúde para fins de utilidade pública, que tem objetivo de passar orientações sobre a doença covid-19 e o novo coronavírus, bem como recomendações de higiene, etiqueta e distanciamento social e até convocar estudantes de Medicina e Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia. O ministério já gastou R$ 61 milhões e deve ampliar a despesa com produção de mais conteúdo.

O dinheiro para bancar a publicidade institucional do governo Bolsonaro tem saído do orçamento de "Enfrentamento da Emergência de Saúde Nacional", de dois dos ministérios mais envolvidos em ações diretas para atendimento à população, Saúde e Cidadania. A Secom centralizou a produção das peças publicitárias.

A campanha é feita pela agência Calia Y2, sem que tenha havido uma seleção interna das propostas das outras agências contratadas pela Secom, a NBS e a Artplan, como é regra. Isso porque, segundo documentos internos da secretaria, a Calia propôs a realização da campanha, e o governo aprovou e adotou a sugestão. Nesse caso, o processo de seleção é dispensado, conforme previsto nas normas da secretaria.

Na terça-feira, 2, relatório produzido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso apontou que governou veiculou 2 milhões de anúncios em canais com conteúdos considerados "inadequados". A lista inclui páginas que disseminam fake news, propagam jogos de azar ilegais e até sites pornográficos.

A Secom disse que a escolha de onde os anúncios seriam veiculados coube ao Google, mas a empresa rebateu e informou ser possível bloquear que propaganda institucional seja publicada neste tipo de site.

Parlamentares criticam realocar recursos em publicidade

Parlamentares criticaram a realocação dos recursos nesta quinta-feira, principalmente por envolver dinheiro que seria destinado à população de baixa renda. "É importante lembrar que isso acontece no momento de aumento da fila do Bolsa Família, ao mesmo tempo que pairam sobre a Secom denúncias de mal uso de suas verbas para a propagação de fake news e mensagens e ódio", disse a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) ao Estadão/Broadcast.

O líder do Novo, deputado Paulo Gamine (RJ), classificou a medida como "imoral". "No meio a uma crise onde os brasileiros estão perdendo emprego, renda e a extrema miséria vem crescendo no País, é preocupante ver o governo preocupado com publicidade institucional", disse. Ele afirmou ainda que o recurso da Secom foi reduzido de R$ 273 milhões para R$ 73 milhões na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020. "Nós reduzimos esse gasto e agora o governo que recompor esse valor. A que custo? Para que?", afirmou.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) criticou a ação no plenário da Câmara. "Tirar R$ 83 milhões da boca de famílias pobres para fake news é crime", disse ela.

"Enquanto tivermos pessoas sofrendo na fila do Bolsa Família ou do Auxílio Emergencial, qualquer redução no orçamento do ministério da Cidadania é questionável. Mais ainda quando o recurso acaba direcionado para comunicação", afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

O Estadão revelou em março que a região Nordeste, que teve recursos do Bolsa Família transferidos nesta quinta-feira, só recebeu 3% dos novos benefícios concedidos no mês de janeiro de 2020. Por outro lado, Sudeste e Sul foram priorizadas nas novas concessões e reuniram 75% dos benefícios liberados no primeiro mês deste ano. O Tribunal de Contas da União avalia se houve irregularidade.

Pasta não esclarece motivo da realocação do recurso

O Ministério da Cidadania, responsável pelo Bolsa Família, enviou nota sobre a transferência de recursos do programa assistencial para a Secretaria de Comunicação do Governo, mas não esclareceu o motivo para a realocação do recurso.

"A folha de pagamento do Programa Bolsa Família (PBF), no mês de abril, foi custeada em 95% por recursos do auxílio emergencial. Naquele mês, 13.566.568 famílias beneficiadas com o PBF receberam o benefício. Em abril foram destinados às famílias mais de R$ 15 bilhões", diz a pasta comandada por Onyx Lorenzoni.

"É importante destacar que o auxílio emergencial destinou às famílias do PBF, na Região Nordeste, mais de R$ 7,7 bilhões, em abril, o que beneficiou a 6.851.543 famílias", conclui o ministério.

O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) procurou o Ministério da Economia, responsável pela operação, além da Secom, para questionar o motivo da transferência, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

O governo federal retirou R$ 83,9 milhões que seriam usados no programa Bolsa Família para destinar à Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom). A medida atinge os recursos previstos para a região Nordeste do País e causou críticas no Congresso por ocorrer durante a pandemia do coronavírus, quando muitas famílias estão sem fonte de renda. O dinheiro será utilizado para comunicação institucional, ou seja, para fazer publicidade das ações da gestão de Jair Bolsonaro.

A portaria que prevê a transferência dos recursos do Orçamento foi publicada na edição desta terça-feira, 2, no Diário Oficial da União (DOU). O ato foi assinado pelo secretário executivo do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Segundo técnicos do Congresso, como não há recurso extra, apenas realocação dentro do Orçamento, não é preciso de aval dos parlamentares. O valor total destinado ao Bolsa Família no ano inteiro é de R$ 32,5 bilhões.

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Procurado, o Ministério da Cidadania informou que o pagamento do benefício está garantido, mas não esclareceu o motivo da realocação dos recursos.

Para comparação, os R$ 83,9 milhões transferidos para Secom bancar publicidade institucional dariam para comprar 1.263 respiradores hospitalares - ao custo de R$ 66,4 mil cada, um dos preços que o governo federal pagou em compras da Saúde. Ou ainda 856.164 mil testes tipo RT-PCR para detectar a infecção pelo novo coronavírus em pacientes - o preço unitário foi de R$ 98.

A Secom já havia aumentado para R$ 17,8 milhões suas despesas com propaganda durante a pandemia do novo coronavírus. Os recursos estão sendo utilizados para divulgar peças publicitárias com o mote de que é preciso "proteger vidas e empregos". Depois do fracasso com a campanha "O Brasil não pode parar", vetada judicialmente, a secretaria e o presidente também adotaram a frase "ninguém fica para trás".

A campanha institucional da Secom é diferente da produzida pelo Ministério da Saúde para fins de utilidade pública, que tem objetivo de passar orientações sobre a doença covid-19 e o novo coronavírus, bem como recomendações de higiene, etiqueta e distanciamento social e até convocar estudantes de Medicina e Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia. O ministério já gastou R$ 61 milhões e deve ampliar a despesa com produção de mais conteúdo.

O dinheiro para bancar a publicidade institucional do governo Bolsonaro tem saído do orçamento de "Enfrentamento da Emergência de Saúde Nacional", de dois dos ministérios mais envolvidos em ações diretas para atendimento à população, Saúde e Cidadania. A Secom centralizou a produção das peças publicitárias.

A campanha é feita pela agência Calia Y2, sem que tenha havido uma seleção interna das propostas das outras agências contratadas pela Secom, a NBS e a Artplan, como é regra. Isso porque, segundo documentos internos da secretaria, a Calia propôs a realização da campanha, e o governo aprovou e adotou a sugestão. Nesse caso, o processo de seleção é dispensado, conforme previsto nas normas da secretaria.

Na terça-feira, 2, relatório produzido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso apontou que governou veiculou 2 milhões de anúncios em canais com conteúdos considerados "inadequados". A lista inclui páginas que disseminam fake news, propagam jogos de azar ilegais e até sites pornográficos.

A Secom disse que a escolha de onde os anúncios seriam veiculados coube ao Google, mas a empresa rebateu e informou ser possível bloquear que propaganda institucional seja publicada neste tipo de site.

Parlamentares criticam realocar recursos em publicidade

Parlamentares criticaram a realocação dos recursos nesta quinta-feira, principalmente por envolver dinheiro que seria destinado à população de baixa renda. "É importante lembrar que isso acontece no momento de aumento da fila do Bolsa Família, ao mesmo tempo que pairam sobre a Secom denúncias de mal uso de suas verbas para a propagação de fake news e mensagens e ódio", disse a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) ao Estadão/Broadcast.

O líder do Novo, deputado Paulo Gamine (RJ), classificou a medida como "imoral". "No meio a uma crise onde os brasileiros estão perdendo emprego, renda e a extrema miséria vem crescendo no País, é preocupante ver o governo preocupado com publicidade institucional", disse. Ele afirmou ainda que o recurso da Secom foi reduzido de R$ 273 milhões para R$ 73 milhões na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020. "Nós reduzimos esse gasto e agora o governo que recompor esse valor. A que custo? Para que?", afirmou.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) criticou a ação no plenário da Câmara. "Tirar R$ 83 milhões da boca de famílias pobres para fake news é crime", disse ela.

"Enquanto tivermos pessoas sofrendo na fila do Bolsa Família ou do Auxílio Emergencial, qualquer redução no orçamento do ministério da Cidadania é questionável. Mais ainda quando o recurso acaba direcionado para comunicação", afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

O Estadão revelou em março que a região Nordeste, que teve recursos do Bolsa Família transferidos nesta quinta-feira, só recebeu 3% dos novos benefícios concedidos no mês de janeiro de 2020. Por outro lado, Sudeste e Sul foram priorizadas nas novas concessões e reuniram 75% dos benefícios liberados no primeiro mês deste ano. O Tribunal de Contas da União avalia se houve irregularidade.

Pasta não esclarece motivo da realocação do recurso

O Ministério da Cidadania, responsável pelo Bolsa Família, enviou nota sobre a transferência de recursos do programa assistencial para a Secretaria de Comunicação do Governo, mas não esclareceu o motivo para a realocação do recurso.

"A folha de pagamento do Programa Bolsa Família (PBF), no mês de abril, foi custeada em 95% por recursos do auxílio emergencial. Naquele mês, 13.566.568 famílias beneficiadas com o PBF receberam o benefício. Em abril foram destinados às famílias mais de R$ 15 bilhões", diz a pasta comandada por Onyx Lorenzoni.

"É importante destacar que o auxílio emergencial destinou às famílias do PBF, na Região Nordeste, mais de R$ 7,7 bilhões, em abril, o que beneficiou a 6.851.543 famílias", conclui o ministério.

O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) procurou o Ministério da Economia, responsável pela operação, além da Secom, para questionar o motivo da transferência, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

A pandemia de coronavírus (Covid-19) trouxe à tona a falta de acessibilidade e a necessária atenção a diferentes grupos que compõem a sociedade. Sendo este um momento de maior atenção, onde a criatividade é útil, a comunicação entre pessoas surdas e não surdas não pode ser comprometida pelo uso de máscaras. "Estamos vivendo uma época onde todos nós precisamos exercitar a empatia, e colocá-la em prática, principalmente, quando nos deparamos com uma pessoa surda", explica a fonoaudióloga e intérprete de Libras Cristiane Calciolari.

A comunicação entre pessoas surdas e não surdas através da Língua Brasileira de Sinais (Libras) depende, prioritariamente, das expressões faciais. O uso obrigatório de máscaras pode dificultar grande parte do entendimento e compreensão em um diálogo. Máscaras que contenham um material transparente na região da boca se mostraram eficazes contra essa barreira que foi criada.

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A fonoaudióloga Cristiane Calciolari usa máscara com transparência na região da boca | Foto: Arquivo Pessoal

 

"Com a boca coberta, não entendo nada. Melhora se tiver o visor de plástico transparente, porque aí é possível a comunicação e a socialização e eu consigo me comunicar. Me sinto em paz e independente", diz Bruno Ramos, surdo e pedagogo instrutor de Libras. "Com a máscara comum, se a pessoa abaixar o acessório para falar tem o perigo de contaminação. É muito melhor com o plástico transparente, onde a pessoa quando fala eu consigo ver. A comunicação acontece de forma efetiva e a acessibilidade acontece", complementa.

A fonoaudióloga Cristiane explica que fazer com que os surdos se sintam seguros e independentes para traçar uma comunicação direta e ativa é o principal ponto de partida na comunicação com não surdos. "Ter paciência em tentar estabelecer uma comunicação, seja através de gestos ou mesmo pela escrita, é muito importante para eles, para se sentirem compreendidos e, acima de tudo, pertencentes a sociedade", finaliza.

 

Um grupo de cearenses criou um aplicativo para tentar facilitar a vida de servidores públicos. O Comunicação Pública ajuda a despachar demandas durante o período de distanciamento social diminuindo a distância entre os cidadãos e diversas entidades brasileiras.

O app atua nas regiões do Ceará, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e em Pernambuco. Ele reúne advogados, defensores públicos, magistrados, servidores públicos e população em geral em um mesmo ambiente, promovendo o andamento mais ágil das demandas. De acordo com a empresa, nos últimos trinta dias, foram registradas 1.032 ocorrências nos canais das unidades judiciárias pernambucanas e desse total, 495 foram mensagens de administradores de perfis na ferramenta, além de 537 outros usuários solicitantes. 

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Órgãos públicos podem criar um perfil oficial na rede e as pessoas interessadas nos seus serviços passam a ter um diálogo direto com os administradores da conta. É possível acessar a ferramenta tanto pelo celular quanto pelo site oficial. O app está disponível gratuitamente para celulares Android e iOS.

Alunos de licenciatura poderão se inscrever, sem precisar sair de casa, em cursos com fundamentos destinados a português, matemática e tecnologia da informação e comunicação. No total, são 50 mil vagas gratuitas.

O projeto é uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal de Goiás (UFG). Os interessados podem se inscrever até o dia 20 de abril pela plataforma online do MEC, AVAMEC. O interessado precisa apenas se cadastrar na plataforma e inserir seus dados (e-mail,endereço e telefone). Depois, selecionar o curso que quer fazer e clicar no botão “inscrever”.

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Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, embora os cursos possam ser feitos por qualquer pessoa que tenha interesse, o intuito é de ajudar na formação continuada de docentes e discentes dos cursos de licenciatura de matemática, português e pedagogia. “Com os constantes avanços tecnológicos, a educação a distância é favorecida e se torna cada dia mais abrangente e ao alcance das pessoas nas diferentes regiões do país. Em função da pandemia de coronavírus e do isolamento social, a medida se torna ainda mais importante”, disse Macedo.

O professor Gilson Oliveira Barreto, coordenador do Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (LabTIME) da UFG, diz que os inscritos podem começar as aulas na hora da inscrição. Cada curso tem uma carga horária de 60 horas.

No conteúdo para alunos de português, os assuntos vão de conceitos básicos de texto até graus mais evoluídos de interpretação e escrita no campo universitário. Entre os assuntos incluídos no conteúdo de matemática, estão conjuntos numéricos e as operações fundamentais. No curso de tecnologias da informação e comunicação os conteúdos mostram a realidade atual e os meios tecnológicos, alem das oportunidades geradas por esses meios para utilizar os potenciais de seus dispositivos para fazer leituras e estudos e elaborar obras intelectuais.

No final do curso, se o candidato obedecer a todas as exigências, pode receber uma declaração de que realizou a carga horária da formação. A declaração poderá ser usada na rede de ensino para o avanço profissional e auxiliar o estudante na vida profissional ou na vida acadêmica para atestar que fez curso e cumpriu as horas estabelecidas.

A Escola de Economia Criativa (Expolab) conta com cursos voltados para profissionalização. Neste semestre está sendo ofertado o curso de marketing digital, com dois meses de duração. O conteúdo programático será composto com assuntos como produção de conteúdo, ferramentas digitais, publicidade, funil de vendas e entre outros. 

As aulas estão prevista para iniciar dia 28 de fevereiro, na sede da Expolab, localizada na Rua Carlos Porto Carreiro, 190, Boa Vista, área central do Recife. Os encontros serão ministrados pelo professor, jornalista e publicitário Bruno Diniz.

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O público que a empresa pretende atingir para as aulas são estudantes e profissionais de marketing digital e comunicação, como também de outras áreas que necessitam de profissionais com esses conhecimentos. Para mais informações sobre inscrições e investimento, os interessado devem acessar o site da Expolab ou entrar em contato pelo telefone (81) 99931-3683.

A Polícia Federal informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator do processo que investiga ataques ao Supremo, que a corte pode ser alvo de ataque terrorista. Informado da situação, o presidente do STF, Dias Toffoli, encaminhou para os outros magistrados do tribunal de justiça que eles reforcem a segurança individual.

Segundo a Folha de São Paulo, os supostos terroristas dizem em suas comunicações que os ministros mantêm uma rotina que "facilita o contato físico e visual" e, por conta disso, seriam autoridades de acesso fácil para os indivíduos que pretendem fazer algum ataque.

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A Polícia Federal teria interceptado a comunicação do grupo terrorista na deep web, que é uma camada mais profunda da internet e só é possível acessar via convite ou tendo acesso a endereços específicos. 

O centro de inovação Overdrives, está com vagas abertas para estágios na área de comunicação. O selecionado irá atuar no gerenciamento de redes sociais do produto, executar planos de comunicação, fabricar peças audiovisuais, criar identidades visuais para stories, peças marketing e conteúdo.

Ao total, são duas vagas, sendo uma para área de design e uma para publicidade ou áreas relacionadas. Os interessados podem encaminhar o currículo para o e-mail queroinovar@overdrives.com.br.

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Overdrives é um Centro de Inovação da que atua como aceleradora de startups na capital e para aproximá-las do mercado. O Centro combina estratégias “entre o mercado consumidor, ecossistemas de inovação, startups e grande abertura com universidades é a base que forma o espírito do Overdrives".

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deu 48 horas para que a Secretaria de Governo de João Doria (PSDB) esclareça edital de comunicação digital estimado em R$ 15,8 milhões.

Em resposta, o governo afirma que 'vai prestar todos os esclarecimentos ao TCE sobre a absoluta legalidade, transparência e lisura da respectiva licitação, cujo modelo é exatamente o mesmo já utilizado em diversas outras administrações públicas e esferas de poder'.

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O pedido de esclarecimentos assinado pelo relator conselheiro Renato Martins Costa foi publicado nesta terça, 4, no Caderno Legislativo do Diário Oficial do Estado.

Ele foi motivado por representação do senador Major Olímpio (PSL) que pede liminar para suspender o certame, marcado para 16 de março.

Olímpio acredita que o edital não respeita os preceitos da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

Segundo ele, é irregular 'a destinação de substanciosos recursos públicos a empresa privada para monitoramento e atuação em redes sociais, mais ainda por se tratar de hipótese associada ao desvio de finalidade pública'.

Costa, então, solicitou à Unidade de Comunicação da Secretaria de Governo que apresente argumentação em sua defesa e justifique a realização da contratação.

COM A PALAVRA, O GOVERNO DE SÃO PAULO

RESPOSTA GOVERNO DE SP

- O Governo de SP vai prestar todos os esclarecimentos ao TCE sobre a absoluta legalidade, transparência e lisura da respectiva licitação, cujo modelo é exatamente o mesmo já utilizado em diversas outras administrações públicas e esferas de poder.

- O edital 01/2020 foi aberto no dia 25 de janeiro para contratação, por meio de concorrência pública, de empresa responsável pelo gerenciamento do portal e das redes sociais do Governo de São Paulo. A estimativa é que o novo contrato gere a redução de custos de, no mínimo, 54,5%, com possibilidade da economia chegar a 69,7% em relação ao contrato atual, assinado em 2017.

- O primeiro edital no país a utilizar os mesmos termos - "análise dos principais influenciadores em fichas individualizadas" - que o edital de São Paulo usa agora foi o Governo Federal, em 2014, e desde então é modelo para licitações do gênero em todo o país: http://www.secom.gov.br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/edita....

- Esse contrato federal está vigente até hoje e a sua última modificação foi em 5 de julho do ano passado, conforme consta neste link: http://www.secom.gov.br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/editais/.

- O Governo Federal sugere aos estados e municípios o uso desses termos no modelo de edital de comunicação digital disponível na Secretaria de Comunicação federal: http://secom.gov.br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/arquivos-....

- A Associação Brasileira dos Agentes Digitais também recomenda que o edital seja utilizado como modelo pelo Poder Público: https://abradi.com.br/wp-content/uploads/2015/05/edital.pdf.

- O Banco Central seguiu a recomendação federal e publicou em 2015 um edital de licitação com os termos: https://www.bcb.gov.br/adm/edital/concorrencia/demap0862015/ecdemap08620....

- Os mesmos termos são utilizados na licitação realizada pela cidade do Rio de Janeiro em 2015: http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/editais_aviso.asp?processo=0100...

- No mesmo ano que a capital fluminense, a Prefeitura de Juiz de Fora divulgou um edital no mesmo modelo: https://www.pjf.mg.gov.br/secretarias/cpl/editais/pregao_presencial/2015...

- No ano passado, o Governo do Distrito Federal lançou um edital de licitação nos mesmos termos: http://www.comunicacao.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2019/07/SEI_GDF-249...

- O atual edital da concorrência do Governo de São Paulo está disponível em: https://www.imprensaoficial.com.br/ENegocios/MostraDetalhesLicitacao_14_....

- Não haverá fichamento individual de perfis ou pessoas. O edital prevê relatórios com separação entre críticas e apoio, para que sejam identificadas demandas da população e adotadas políticas públicas de comunicação e gestão pública.

- A análise de redes sociais prevê uma listagem das publicações relacionadas aos serviços do Governo de São Paulo, com a respectiva classificação de interação necessária dentro da própria rede social.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional acusou o secretário adjunto da Comunicação Social da Presidência da República, Samy Liberman, de estar envolvido em um esquema empresarial de fraudes e crimes tributários. O “número 2” da Secom já está com os bens bloqueados pela Justiça, aponta o jornal Folha de São Paulo.

Ele seria uma das peças fundamentais relacionada a irregularidades encontradas pela Receita Federal que incluem criação de empresas fantasmas, emissão de notas fiscais falsas, simulação de contratos e sonegação de impostos de 2014 e 2015. As multas aplicadas pelo fisco somam R$ 55 milhões.

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O atual secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, está envolvido em outro escândalo. Na semana passada, foi revelado que Wajngarten - responsável pela distribuição de verbas publicitárias do Governo Federal - ganhava dinheiro de emissoras de televisão, com a Band e a Record. Ele é sócio da FW Comunicação e Marketing, com 95% das cotas da empresa. Dentre os serviços, a empresa realiza estudos de mídia.

O documentário "Comunicação Comunitária em São Paulo - Quatro iniciativas que capacitam jovens de forma gratuita" (2019) aborda três projetos de São Paulo e um de Guarulhos que realizam cursos de Comunicação nas periferias. O objetivo é fazer com que os estudantes consigam entrar no mercado de trabalho, melhorando assim a qualidade de vida, e que eles sejam capacitados para fazer com que a comunidade tenha acesso a informações de qualidade, com rigor na apuração e com menos fake news.

O Com Com Pimentas, um dos projetos abordados, atua no bairro Pimentas, em Guarulhos. A Escola de Notícias recebe os jovens da região do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Já a Rádio Conectados e a Agência Mural ensinam comunicação aos moradores de São Paulo e da região metropolitana.

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Todos esses projetos oferecem aulas gratuitas, entre cinema, jornalismo impresso, fotografia, televisão e rádio, e se sustentam em sua maioria por meio de editais públicos. Juntos, são responsáveis por capacitar moradores de periferia e levar conhecimento para além dos meios formais de ensino.

O documentário foi produzido por Mayara Nascimento para a conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Guarulhos (UNG). Assista na íntegra:

por Mayara Nascimento

Os militares buscam dinheiro privado para manter as atividades da TV pública do governo federal. Condenada pelos bolsonaristas na campanha eleitoral de 2018 e no começo da atual gestão, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ainda provoca disputa no Palácio do Planalto. A equipe do secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, e o grupo do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) não desistiram de extinguir o sistema de emissoras de rádio e TV. O presidente Jair Bolsonaro chancelou, no entanto, a proposta dos ministros generais de alavancar a EBC por meio do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). A estratégia facilita a entrada de recursos externos e dá uma sobrevida à companhia.

No último dia 12, o Diário Oficial publicou a resolução que permite a integração da EBC ao PPI. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será o responsável por um estudo, com prazo de até um ano, para avaliar a proposta. Um comitê interministerial, integrado pela Secretaria de Governo da Presidência, Casa Civil e Ministério da Economia, será criado para acompanhar e opinar sobre o negócio.

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Em maio, a ala civil do governo pôs em prática o plano de acabar com a EBC. O próprio Bolsonaro chegou a dizer, em entrevista, que a empresa "não serve para nada". "Tem que extinguir aquilo lá", afirmou. Os militares, porém, entraram em ação com palavras que soaram como música para quem foi formado na caserna. O argumento usado por eles foi o de que a empresa, embora pesada, é "estratégica" e ajuda na "segurança nacional". Mesmo assim, a tesourada no orçamento da emissora chegou a 18%: passou de R$ 614 milhões neste ano para R$ 504 milhões em 2020.

A extinção da EBC une divergentes. Carlos Bolsonaro, por exemplo, é um crítico mordaz do trabalho de Fábio Wajngarten. Na quinta-feira passada, o vereador usou o Twitter para dizer que a comunicação do governo é "uma bela porcaria". O secretário não respondeu.

Os militares convenceram Bolsonaro a levar um novo plano de gestão da empresa. A ideia é que ela vire uma espécie de "BBC brasileira", que receberia capital privado, mas seria controlada pelo governo. Por ironia, quando Luiz Inácio Lula da Silva era presidente, os petistas também disseram que transformariam a EBC na British Broadcasting Corporation, o complexo britânico de rádios, TVs e agências, fundado em 1922, em Londres, custeado por recursos públicos, privados e uma taxa de licença a todas as residências com televisores na Inglaterra.

‘Joia rara’. Em novembro, o general Luiz Carlos Pereira Gomes, presidente da EBC, lançou uma nova identidade visual da empresa para, segundo ele, alcançar modernidade, eficiência, sustentação econômica e financeira. Mudou a logomarca azul, herdada de governos do PT, para uma verde e amarela. Há uma alusão ao mapa do Brasil, com a união de seus pontos extremos.

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, também indicou que a EBC - subordinada à pasta comandada por ele - não é mais um patinho feio para o Planalto. "Sei dessa joia rara que é a Empresa Brasil de Comunicação, que nós todos amamos."

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, então ministro da Secretaria de Governo, foi o primeiro integrante da equipe de Bolsonaro a fazer uma radiografia da EBC. Embora tenha prosseguido com o enxugamento iniciado na gestão de Michel Temer, ele se posicionou contra a extinção do grupo de comunicação. Observou que, naquele momento - com a maioria dos funcionários concursados -, a empresa tinha gasto R$ 70 milhões em equipamentos e tomava medidas de melhoria de gestão. Santos Cruz foi demitido em junho.

A EBC começou a ser chamada de "TV do Lula" em 2007, quando sofreu uma reformulação. Aposentou o nome de Radiobrás e passou a funcionar no subsolo de um shopping, até então decadente, de Brasília. O valor anual do aluguel de 2019 é de R$ 7,8 milhões. O contrato vai até o fim do próximo ano.

De 1.600 funcionários, a EBC pulou para 2.600 no fim do governo Dilma Rousseff. A empresa tinha despesa de R$ 200 milhões por ano e passou a gastar mais de R$ 500 milhões. Temer reduziu o número de funcionários para 1980. Hoje, 1.882 trabalham na EBC, de acordo com a empresa.

O plano audacioso não garantiu nem mesmo que o canal da TV Brasil chegasse a meio ponto de audiência e um ponto de share (porcentual de aparelhos ligados no horário de exibição do programa). A EBC está em sétimo lugar entre as emissoras abertas, atrás da TV Cultura, do governo paulista.

Ditadura expandiu rádios na Amazônia

Embora tenha adotado o sistema de microondas e torres da Embratel, nos anos 1970 - medida que possibilitou a expansão do sinal da TV no País -, a ditadura militar optou por investir em rádio na Amazônia. Era época de guerrilhas rurais, que ouviam nos rincões da floresta a frequência de rádios comunistas de Havana e do Leste Europeu. Foi nesse período que a então Radiobrás ganhou importância, sendo considerada uma empresa estratégica.

Foram inauguradas 12 emissoras de rádios, além de algumas TVs, em cidades da fronteira e nas capitais da Amazônia Legal. A principal emissora do grupo era a Rádio Nacional da Amazônia, que transmitia por ondas curtas e passou a entrar em cidades remotas.

A TV do "Brasil Grande" - como ficou conhecida a política desenvolvimentista instalada pelo governo militar - não passa, atualmente, de "TV Traço", segundo os críticos, que apontam a baixa audiência dos programas. Para um grupo político que ganhou a eleição presidencial de 2018 erguendo uma rede na internet de propagação de mensagens e vídeos de Jair Bolsonaro, a estrutura da EBC é um mastodonte. Os militares, por sua vez, dizem que não é possível manter um governo, pelo menos em boa parte do território nacional, só com um celular na mão e um sinal de internet.

Os generais observam que a audiência dos produtos da EBC não é nominal, mas multiplicada pelas emissoras, portais, jornais e todos os segmentos da mídia, que replicam o seu conteúdo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) voltou a atacar a equipe nomeada por seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, e afirmou nesta quinta-feira (19) que a comunicação do governo "sempre foi uma bela de uma porcaria".

A comunicação do Palácio do Planalto é comandada pelo secretário Fabio Wajngarten. O ministro da Secretaria Geral do Governo, general Luiz Eduardo Ramos, é responsável pela secretaria. O Planalto disse que "não irá se manifestar" sobre as declarações de Carlos.

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O "filho 02" de Jair Bolsonaro" compartilhou no Twitter vídeo em que o presidente insinua relação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), com ação do Ministério Público em endereços do senador Flávio Bolsonaro (Sem partido-RJ) e de seus assessores.

"Se eu fosse comunicação do governo, o que sempre foi uma bela de uma porcaria, só neste vídeo trabalharia umas 5 mensagens facilmente. Se não fosse o voluntarismo de quem quer o bem deste país não sei o que aconteceria. De resto, qualquer ilação é lixo", escreveu Carlos.

O vídeo traz declarações de Bolsonaro a jornalistas feitas nesta quinta em frente ao Palácio da Alvorada. Não é a primeira vez que Carlos escancara sua oposição a membros do governo Bolsonaro. A queda do ex-ministro general Alberto Santos Cruz, que coordenava a comunicação do Planalto, foi atribuída a pressões do vereador.

Carlos também fritou neste ano o ex-ministro Gustavo Bebianno, demitido em fevereiro. A lista de alvos no governo do "filho 02" ainda é composta pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

Em abril, Carlos fez uma ofensiva nas redes sociais com quase 20 publicações em menos de dois dias contra Mourão. Ele negava que estivesse apenas "reclamando do vice" no Twitter e dizia que não eram ataques: "são apenas fatos que já aconteceram e gostaria de continuar compartilhando", escreveu.

O vereador é apontado como membro do "gabinete do ódio", grupo de assessores e aliados de Bolsonaro, seguidores do escritor Olavo de Carvalho, que pensam a estratégia de comunicação da militância do governo.

Carlos Bolsonaro chegou a passar 26 dias sem publicar em suas redes sociais. O parlamentar reapareceu na rede social em 8 de dezembro. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Carlos havia sumido das redes em uma tentativa de se preservar após ter o nome envolvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista das Fake News e ver assessores voltarem a prestar depoimento na investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RIO). O "sabático" forçado incomoda o segundo filho do presidente, mas era recebido com alívio por ministros e aliados de Bolsonaro.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou hoje (5) que o Poder Judiciário como um todo se comunica muito mal, perdendo para outras instituições o prestígio gerado na opinião pública pelo combate à corrupção observado nos últimos anos no Brasil.

"Nós nos comunicamos mal. O que se divulga cotidianamente: a Polícia Federal prendeu, e o que se divulga depois: a Justiça soltou. Quem mandou prender foi a Justiça. Vejam a nossa dificuldade de comunicação”, exemplificou Toffoli. “A imagem que ficou nesses últimos anos é que a Justiça só serve para soltar”, afirmou.

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Para o ministro, o Judiciário deveria ser mais reconhecido pelo combate ao crime, pois delegados da PF, por exemplo, seriam apenas “instrumentos” que cumprem decisões judiciais.

“A Polícia Federal se comunica bem com a imprensa, o Ministério Público se comunica bem com a imprensa. Nós, do Poder Judiciário, não estamos nos comunicando bem. O capital do ponto de vista de apoiamento de ações como de combate à corrupção, que são decisão do Judiciário, esse capital é, na comunicação, perdido para outras instituições”, avaliou.

As declarações foram feitas durante encontro organizado pelo CNJ em Brasília que reúne assessores de tribunais de todo o país para debater a comunicação no âmbito do Poder Judiciário. O evento marcou a criação de uma plataforma unificada para a troca e promoção de boas práticas de comunicação entre as cortes brasileiras.

Em seu discurso, Toffoli provocou servidores e magistrados que, para ele, introjetam sensos comuns equivocados sobre o Judiciário brasileiro, entre os quais a ideia de que a Justiça é morosa ou inoperante. Ele citou, como exemplo, dados sobre a produtividade da Justiça do Trabalho, cuja existência defendeu. “Nós não temos o direito de criticar que a imprensa está divulgando erroneamente, porque nós mesmos temos esse senso comum. Nós, servidores, nós, julgadores, nós, assessores de comunicação. Nós estamos alimentando um senso comum que nos prejudica”, disse o ministro.

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