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A empresa Microsoft está em negociações avançadas para fazer a compra da plataforma de conversas Discord por cerca de 10 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 55 bilhões, na cotação atual).

O programa tem cerca de 120 milhões de usuários ativos mensais e em sua maioria é utilizado pela comunidade gamer, mas não limitada apenas a ela. O aplicativo é um serviço online gratuito que permite a comunicação por vídeo, voz e texto, podendo criar grupos e até fazer transmissões ao vivo.

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Segundo o portal Bloomberg, não há previsão de quando o negócio deve ser fechado e oficialmente, as duas empresas não se pronunciaram sobre o assunto. A pouco tempo houve também interesse da Amazon e da EPIC Games na compra.

Outra alternativa para o Discord é que caso não conclua a venda, ela poderá entrar na bolsa de valores, abrindo para os investidores.

Com a notícia, os usuários no Twitter já demonstraram não gostar da ideia da venda para o Microsoft, alegando que se tornaria um “Skype 2.0”, um aplicativo que ao ser comprado se tornou um pouco mais corporativo, fazendo assim, o Discord perder a essência.

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De acordo com a 7ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), 69,8% das mulheres no Brasil aderiram aos jogos eletrônicos. Além disso, o público feminino representa 53,8% dos jogadores no país. E embora tenham parte expressiva nesse segmento, as gamers ainda sofrem com o machismo da comunidade, seja nas partidas online ou na discussão entre amigos.

A doutora em microbiologia Raquel Dias, 34 anos, da Califórnia (EUA), teve o primeiro contato com um videogame na infância, quando os pais presentearam o irmão dela com um Master System da Sega. O brinquedo foi uma alternativa escolhida por eles para evitar que os filhos tivessem contato com a violência nas ruas. "A nossa recompensa por estudar e tirar boas notas no fim do ano era substituir o videogame antigo por um novo. Foi assim que eu conheci Super Nintendo, Mega Drive, Nintendo 64 e Playstation, e nunca mais larguei o mundo dos videogames", comenta.

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Raquel Dias, do canal "RD Gameplays & Tech" | Foto: Arquivo Pessoal

Após se mudar do Brasil, Raquel conheceu o mundo dos jogos online. Mesmo em uma comunidade estrangeira, ela afirma que precisa lidar com ofensas, assédios e insultos, como "volta para a cozinha". "Uma vez, me fizeram perder partidas ranqueadas, como quando alguns jogadores não se movem e sabotam o jogo por ter uma mulher no time", relembra.

Para evitar aborrecimentos, Raquel precisou alterar seu apelido no jogo para um nome mais masculino, além de desativar o chat de voz. "Sei que isso não resolve o problema. Eu sempre tento reportar os comportamentos tóxicos também e tento manter uma postura positiva no jogo para dar um bom exemplo", explica. "Quando vejo uma outra jogadora sendo discriminada ou assediada também tento repreender e denunciar esse tipo de comportamento", complementa.

Apesar dos desafios, Raquel tem muito carinho pelos jogos e cita alguns títulos que a marcaram, como "Legacy of Kain Soul Reaver" (Crystal Dynamics), "Final Fantasy VII" (Square Enix) e "The Last of Us" (Naughty Dog). Ela também administra um canal de games no YouTube, o "RD Gameplays & Tech".

Provar mais do que o necessário

A apresentadora do canal "XboxBr", Isadora Basile, 18 anos, de Embu das Artes (SP) é apaixonada por videogames desde a infância, quando o assunto era quase que obrigatório no grupo de amigos. Hoje, ela também precisa lidar com os desafios de ser uma mulher dentro da comunidade gamer e se sentir pressionada a ter que se provar mais do que o necessário. "O que mais me entristece nesse meio é o lado corporativo. Representantes de marcas ou empresas entram em contato comigo para trabalhos, quando na realidade há segundas intenções por trás. Esse obstáculo é um dos que mais doem", desabafa.

A apresentadora do canal "XboxBr", Isadora Basile | Foto: Arquivo Pessoal

A apresentadora, que tem como referência os jogos "Minecraft" (Mojang Studios) e "League of Legends" (Riot Games), diz que conta com a ajuda dos parentes para não desanimar em meio as pressões dos jogadores machistas. "As coisas negativas saem do nosso controle, mas quando temos as pessoas certas e que querem nosso bem por perto, tudo fica mais fácil de lidar", afirma ela, que é fã de "The Witcher 3" (CD Projekt RED) e "Counter-Strike: Global Offensive" (Valve).

 

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