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A operadora aeroportuária Aena Brasil assumiu nesta terça-feira, 17, a administração do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O primeiro voo sob a nova gestão foi o Gol 1553, proveniente de Recife e com pouso no terminal da capital paulista às 6h03. A primeira decolagem foi do voo Azul 4006, às 6h09, com destino a Belo Horizonte. Na primeira meia hora de operação, foram 12 voos com 100% de pontualidade.

Localizado na zona sul da cidade de são Paulo, o aeroporto é o segundo mais movimentado do Brasil. Em 2019, antes da pandemia, Congonhas teve um fluxo de 22,2 milhões de passageiros. Em 2022, foram 17,7 milhões passageiros. Até agosto deste ano, já passaram pelo terminal 14,1 milhões passageiros.

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Entre as melhorias de curto prazo previstas pela empresa para o terminal da capital paulista estão a ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada.

"Na Fase I-B, os principais investimentos serão a revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves, com novas posições de contato, e outras melhorias ambientais e de sustentabilidade", informa a empresa em nota. Também está prevista a construção de um novo terminal de passageiros, com mais pontes de embarque. A entrega das obras da Fase I-B de Congonhas está prevista para junho de 2028.

Investimentos

A empresa venceu, em agosto do ano passado, a licitação da sétima rodada de concessões para gerir 11 aeroportos nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará. O aeroporto de Congonhas é o terceiro dessa rodada a passar para o controle da Aena. A empresa assumirá a operação dos demais aeroportos, de forma escalonada, até o dia 30 de novembro.

A Aena informa que já realizou investimento de R$ 3,3 bilhões em pagamentos iniciais. Durante a primeira fase do processo, foram feitas a elaboração e aprovação dos planos de transferência operacionais. Para isso, a companhia fez visitas técnicas aos 11 aeroportos com uma equipe de mais de 60 profissionais, que participaram de 40 reuniões com cerca de 100 stakeholders diferentes. A empresa também promoveu quase 14 mil horas de treinamento a mais de 170 profissionais que vão atuar nesses aeroportos.

Atualmente, a companhia opera o aeroporto de Uberlândia e mais seis aeródromos no Nordeste do Brasil - Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE).

A empresa investiu cerca de R$ 2 bilhões em obras, equipamentos e sistemas para melhorar tecnologia, segurança e conforto, com ampliação dos espaços e acréscimo de capacidade operacional. "Este projeto colocará os terminais do Nordeste em uma posição ideal para enfrentar o crescimento futuro e seguir contribuindo para o desenvolvimento econômico e a estruturação regional", afirma.

Ao final do processo da nova rodada, a Aena estará presente em nove Estados do País, com a gestão de 17 equipamentos que são responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional.

Um segundo lote de rodovias no Paraná será leiloado nesta sexta-feira (29) na sede da B3, em São Paulo. O trecho ofertado soma quase 605 quilômetros, incluindo estradas federais e estaduais. Estão previstos mais de R$ 17 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de concessão, incluindo R$ 6,5 bilhões destinados a custos operacionais.

O segundo lote é considerado um dos mais importantes entre os seis que devem ser concedidos no Paraná.

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As rodovias que serão disputadas nesta sexta cruzam pontos estratégicos do Estado, como o Porto de Paranaguá, foco de escoamento da produção agrícola, e a região metropolitana de Curitiba.

Ainda assim, a expectativa do mercado é de baixa concorrência, repetindo o cenário visto no lote anterior, que contou com apenas duas participantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tornou mais fácil a concessão do benefício por incapacidade temporária (conhecido como auxílio-doença). Agora, a emissão do parecer conclusivo da perícia médica federal não será mais necessária .

Para a concessão do benefício, será necessário o envio de uma lista de documentos. De acordo com o INSS, o prazo máximo para a concessão do benefício será de 180 dias. Se o pedido for negado, um novo requerimento pode ser solicitado num prazo máximo de 15 dias.

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Os documentos poderão ser enviados por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site. O requerimento também poderá ser realizado pela Central 135, mas o benefício ficará pendente "até que os documentos sejam entregues em uma Agência da Previdência Social (APS) ou anexados pela plataforma Meu INSS", explica o órgão.

De acordo com o INSS, as seguintes informações devem ser enviadas:

- Nome completo do segurado;

- Data de emissão do documento - não pode ser superior a 90 dias;

- Diagnóstico por extenso ou código da Classificação Internacional de Doenças (CID);

- Assinatura e identificação do profissional emitente, com nome e registro no conselho de classe, ou carimbo;

- Data do início do afastamento ou repouso;

- Prazo necessário estimado para o repouso.

Na terça-feira, 18, o governo federal editou uma medida provisória que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), com o objetivo de reduzir as filas de atendimento do INSS. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Hoje, 1,79 milhão de pessoas aguardam na fila por análise de solicitação de benefício e perícia médica, segundo o Portal da Transaparência Previdenciária.

O programa prevê que servidores administrativos e peritos médicos que aderirem recebam um pagamento de bônus de, respectivamente, R$ 68 e R$ 75 por processo concluído. O foco será em processos que aguardam na fila de espera do benefício há mais de 45 dias ou que tenham prazo judicial expirado, além de perícias atrasadas há mais de 30 dias.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu levar ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedido para tentar resolver o embaraço bilionário da concessão de telefonia fixa da Oi por meio de um acordo com a operadora. A medida foi aprovada pelos membros do conselho diretor no começo da noite de segunda-feira.

Esse é um caminho novo para se resolver os litígios entre as empresas e o poder público. A chance de solução de disputas por acordo veio somente em janeiro, com a criação da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos do TCU - iniciativa liderada pelo ministro Bruno Dantas. O primeiro acordo foi homologado neste mês e envolveu usinas hidrelétricas, a agência reguladora do setor e o Ministério de Minas e Energia.

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O caso da Oi já é o maior e mais complexo do gênero. Também pode ser a salvação para a companhia, que em março entrou pela segunda vez em recuperação judicial, com dívidas de R$ 44,3 bilhões. Para se levantar, é essencial que a tele administre a sangria de recursos com a concessão de telefonia fixa - um serviço obsoleto, mas que continuará exigindo desembolsos com manutenção das redes até o fim de 2025, quando termina o contrato de concessão. Pelas contas da Anatel, a Oi gastou cerca de R$ 8 bilhões em 2022 com manutenção de orelhões, centrais telefônicas, redes próprias e de terceiros e call center, entre outros. Já a receita da área ficou abaixo de R$ 2 bilhões.

ARBITRAGEM

A Oi abriu no ano passado processo de arbitragem cobrando da Anatel compensação pelos prejuízos econômicos provocados pela concessão. A operadora calcula que tem a receber R$ 53 bilhões, mas entram nessa conta reclamações antigas, com chance de cair por prescrição do prazo. Os valores e os prazos são incertos.

Em paralelo, a Oi poderia mudar do regime de concessão para o de autorização, o que a livraria dos desembolsos pesados do contrato. No entanto, para isso, terá de pagar uma compensação de pelo menos R$ 12 bilhões à União. O valor ainda é revisado pela Anatel, mas, uma vez definido, não poderá ser mais questionado.

"Havendo crédito e débito de ambas as partes, entendemos que é conveniente buscar uma solução de consenso aproveitando a nova estrutura no TCU", afirmou ao Estadão/Broadcast o conselheiro da Anatel Artur Coimbra, que é o porta-voz da agência sobre o tema. "Como já tiveram os primeiros acordos em outros setores, estamos otimistas, também vamos conseguir."

Com a resolução, a Anatel não terá de se preocupar com o fim da concessão da telefonia fixa e a busca de outras operadoras para prestar esse serviço, que ainda é importante para algumas áreas, como segurança e emergência, além de prefeituras, empresas e população nas áreas remotas e carentes de internet.

"Da nossa parte, também não temos interesse em brigar com as empresas. Isso toma tempo e tira o nosso foco, que é pensar em soluções de conectividade para a população", disse o presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

PROCESSO

Os conselheiros da Anatel estimam que é possível fechar o acordo ainda neste ano. Uma vez que o pedido de conciliação seja aprovado pelo TCU, será composta uma comissão com representantes da Corte (no papel de mediador), além da Anatel, Oi, Ministério das Comunicações e Advocacia-Geral da União. A comissão terá 90 dias para costurar um acordo e o TCU, 30 dias para emitir um parecer.

Se tudo correr bem, a Anatel seguirá os mesmos passos com Telefônica (dona da Vivo), Claro (controladora da Embratel), Algar e Sercomtel, que também cobram reparações via arbitragem. "A partir do aprendizado do caso Oi, vamos dar andamento aos outros quatro casos mais rapidamente. Vão poder correr em paralelo", afirmou Coimbra.

Provedores regionais disputarão rede óptica

Após a Oi divulgar em seu novo plano de recuperação judicial que fará mais uma rodada de venda de ativos, os provedores regionais de internet manifestaram interesse em participar de uma futura aquisição. Segundo as empresas, a participação seria essencial para evitar uma concentração do mercado de banda larga.

O plano de recuperação da Oi definiu a venda de dois grandes ativos. Um deles é a sua participação de 34% na V.tal, empresa de redes neutras de fibra óptica. Além disso, o plano previu a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os 4 milhões de clientes de banda larga da Oi Fibra.

O presidente da Mega Telecom, Carlos Eduardo Sedeh, afirmou que os provedores regionais ganharam musculatura nos últimos anos e que já existem várias empresas que beiram ou ultrapassam 1 milhão de clientes.

"Isso nos credencia a começar a falar sobre um eventual fatiamento da Oi. Se isso for uma pauta, os associados da Telcomp estão prontos para participar dessa discussão", afirmou Sedeh, em debate ocorrido durante simpósio da Telcomp - associação que representa os provedores regionais de internet.

"Queremos que isso (venda dos ativos da Oi) seja feito de forma clara e transparente. Que a gente possa participar desse processo em pé de igualdade com as operadoras tradicionais."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que o Aeroporto Santos Dumont passará a ser de ponte aérea Congonhas-Rio e Brasília-Rio; já o Aeroporto do Galeão receberá os demais voos domésticos. Segundo o prefeito, contudo, a decisão não é imediata.

O anúncio foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (14), no Palácio do Planalto. "O presidente Lula deu o comando", garantiu o prefeito. Em sua avaliação, a mudança é "importantíssima, sob todos os aspectos".

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Apesar de o Aeroporto Santos Dumont não oferecer voos diretos com destino internacional, Paes citou o fato de um passageiro fazer o check-in no local e pegar a carga no destino final. "Isso não será mais possível", afirmou.

O prefeito afirmou que as medidas não terão efeito imediato. "Você tem passagens vendidas por sei lá, seis meses, então provavelmente essas medidas vão valer a partir de janeiro", declarou.

"É uma decisão política; não vai prejudicar Guarulhos, não vai prejudicar ninguém. É dessas coisas que o Brasil tem a jabuticaba e a burrice humana às vezes; interesse dos outros que a gente não sabe nem de onde veio", disse. Em sua avaliação, a decisão aponta para uma recuperação do Aeroporto do Galeão.

Concessão

Conforme o prefeito do Rio, o tema da concessão conjunta entre os aeroportos não foi conversado. "Estou comemorando a vitória de hoje; o que vamos fazer depois com a concessão estou à disposição do governo federal para ajudar", disse.

"Tem uma burocracia, certos cuidados e zelos, que têm que ser tomados. A Changi, concessionária do Galeão, já disse que quer ficar. Desistiu de desistir. Mas eu sinceramente não estou aí para quem vai ficar; acho que é bom ela ficar, mas tem que ter as condições de ela ficar", declarou. "O que importa é que tenha voos no Galeão."

Na segunda-feira, 12, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), conversou com Lula sobre uma gestão compartilhada dos Aeroportos Santos Dumont e do Galeão. A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, Estado e prefeitura.

Para o prefeito, a gestão compartilhada é um caminho. "Pode ser uma alternativa, mas esse tema é absolutamente irrelevante neste momento. Pode ser um caminho para superar a dificuldade jurídica", pontuou.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus preventivo ao advogado Tacla Duran para ele participar de audiência pública da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara sobre denúncias de extorsão na Operação Lava Jato. A audiência foi marcada para o dia 19 de junho, às 14h30.

Tacla Duran vive na Espanha. Acusado de lavagem de dinheiro em 2016 enquanto advogado da Odebrecht, ele alega ter sido alvo de extorsão pelo ex-juiz Sergio Moro e pelo ex-procurador Deltan Dallagnol.

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O objetivo do habeas corpus é garantir que Tacla Duran não seja preso enquanto estiver no Brasil.

"Assim, diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada "imunidade", a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao Parlamento, penso que não há outra alternativa senão a concessão de salvo-conduto para esta finalidade", afirmou Toffoli na decisão.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ter sido traído pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), e acredita que a parlamentar fez um acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para retornar às redes sociais e se livrar da ameaça de prisão, de acordo com Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. 

O ex-presidente diz ter tido certeza do possível acordo no dia 6 de fevereiro, quando leu a notícia de que Moraes havia permitido que Zambelli reativasse suas redes, que estavam suspensas por ordem do tribunal. A decisão desbloqueou os perfis de Zambelli no Facebook, Twitter, Instagram, TikTok, Gettr, WhatsApp e Linkedin. 

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Segundo Moraes, houve a “cessação” por parte da parlamentar, “de conteúdos revestidos de ilicitudes e tendentes a transgredir a integridade do processo eleitoral”.

Por sua vez, Carla Zambelli compartilhou uma entrevista que concedeu à Folha de S.Paulo e desmentiu o título que diz “Zambelli critica Bolsonaro, diz que pode ser presa e perde trégua ao STF e foco em Lula”. Na ocasião, ela apontou não ter criticado Bolsonaro e pediu que os seguidores lessem a entrevista na íntegra. 

No entanto, a própria Zambelli disse, na entrevista, que a prioridade dela agora não é mais defender Bolsonaro, mas sim atacar o presidente Lula (PT). “Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e o governo. Qualquer um que os atacasse tinha que virar alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos”. 

Ela também afirmou que atacava o Supremo para “proteger” Bolsonaro, e admitiu que partiu dela a iniciativa de lançar uma ponte de diálogo com Moraes para, inclusive, protegê-lo do PT. “Liguei [para Alexandre de Moraes] e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou À disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar”, apontou. 

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O governo federal e a concessionária RioGaleão estão em busca de uma equação, que poderia eventualmente envolver alguma de indenização de outorga, a fim de manter a companhia à frente do aeroporto internacional do Rio. A informação foi dada pelo o ministro Márcio França, de Portos e Aeroportos, após reunião com o presidente da RioGaleão, Alexandre Monteiro, neste sábado, 21. A concessionária quer devolver o aeroporto devido aos prejuízos acarretados pela pandemia de covid-19.

"Como houve renúncia da RioGaleão, vamos ver como pode ser desrenunciado", afirmou o ministro após o encontro, no aeroporto, que incluiu a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, além de secretários municipais e de Estado.

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O ministro reafirmou diversas vezes que a RioGaleão demonstra vontade em continuar com a concessão. "Ninguém quer abrir mão de vincular sua marca ao Rio de Janeiro", afirmou França, ressaltando que, em função de diversas situações no governo passado, a RioGaleão foi "induzida a fazer uma renúncia desse contrato porque tinham a intenção talvez de fazer os dois aeroporto Santos Dummont em conjunto".

Um caminho possível é a "relicitação", apontou, mas o processo pode ser mais demorado. "A relicitação, que na verdade é uma nova licitação, precisa de vários cálculos de quanto se indeniza a empresa que tinha até então a outorga. Então na verdade tem de devolver a ela o investimento - ou parte do investimento - que fez."

O ministro citou decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou a relicitação da concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN). "Abriu a possibilidade de encaminharmos de alguma forma."

E acrescentou: "Queremos dar uma outra fórmula, que pode ser mais rápida e eficiente. Se for possível, bom. Se não for possível juridicamente, vamos encontrar uma fórmula para que a mesma empresa também possa continuar concorrendo no Brasil em tantos outros aeroportos."

Ele lembrou que a concessionária sofreu com a pandemia de covid. "Eu vim dizer isso também, que nós temos essa consciência."

Durante a pandemia, lembrou, diversos concessionários pleitearam descontos em suas outorgas. O governo consentiu, mas exigiu renovação anual do pedido, o que reduziria a segurança jurídica das operações. Este pode ser o ponto de entrada do governo para remediar o desconforto dos concessionários.

"Vamos encontrar um formato de retomar essa possibilidade de manter a concessão porque a maneira mais simples seria a empresa continuar. Essa é uma das maiores empresas do mundo e temos confiança no que eles fazem", reforçou França, destacando ainda que a empresa quer continuar.

"Não ficou nada decidido. Mas entabulado", disse o ministro sobre a reunião deste sábado. Apesar da indefinição, França afirmou ainda que o futuro do Galeão e do Santos Dummont está garantido porque estão no Rio. "O Galeão não é apenas um grande aeroporto, é a porta de entrada do Brasil."

Questionado sobre a solução para eventual impasse, o ministro disse que a Infraero poderia assumir o terminal, mas reforçou que não é esse o objetivo.

Em relação ao Carnaval, o ministro afirmou que recebeu garantias das autoridades de que o terminal estará funcionando plenamente no período.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) renovou as concessões de radiodifusão da TV Globo, TV Record e TV Bandeirantes nesta terça-feira, 20, autorizando as empresas a funcionarem pelos próximos 15 anos. As renovações das concessões das emissoras foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 21.

O decreto é assinado pelo presidente da República e pelo ex-ministro das Comunicações, Fábio Faria, que teve a exoneração publicada na mesma edição do Diário Oficial. No texto, a Presidência renova as concessões da Globo em São Paulo, Rio, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco; da rádio e da TV Bandeirantes em Minas Gerais, e da rádio e da TV Record em São Paulo.

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Ao longo de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou em diversas ocasiões não renovar a concessão da TV Globo e de impor critérios rígidos para autorizar a continuidade da operação da emissora. Um dos chavões utilizados pelo presidente para se referir ao grupo de comunicação foi "a mamata vai acabar".

Em 2019, depois da veiculação pela emissora de uma reportagem sobre a morte da vereadora Marielle Franco, a partir do depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, onde Bolsonaro tem casa, o presidente insinuou que dificultaria a renovação da concessão.

"Vocês têm que estar arrumadinhos para 2022, hein, eu estou dando o aviso antes!", disse ele na época.

Em fevereiro deste ano, o presidente voltou a fazer declarações semelhantes, garantindo ter informações que a emissora teria "dificuldades" para conseguir renovar a concessão.

A última renovação da concessão das emissoras havia sido em 2008 - a lei exige que as concessões públicas de radiodifusão sejam renovadas a cada 15 anos - ainda durante o segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O processo será enviado em mensagem presidencial ao Congresso Nacional para análise e deliberação.

O governo do Estado do Rio de Janeiro suspendeu nesta quarta-feira o processo de licitação do Maracanã. A determinação partiu do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que identificou irregularidades no edital de concessão. A corte deu 15 dias para que o governo apresente sua defesa ou adeque o documento.

A suspensão acontece na véspera da data programada pelo próprio governo para a abertura dos envelopes com propostas de concessão. Até o momento, dois grupos surgiram como interessados: um formado por Flamengo e Fluminense - que já administram provisoriamente a arena -, e outro por Vasco e a construtora WTorre.

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O processo de concessão foi suspenso após o corpo técnico do TCE-RJ apontar desequilíbrio entre os critérios técnico e econômico no edital apresentado pelo governo. O tribunal também considerou que nem todas as etapas prévias foram realizadas, como ausência de uma audiência pública sobre a concessão.

Em nota, a assessoria do governo do Estado do Rio informou que "todos os esclarecimentos necessários serão apresentados para que o processo seja retomado o mais breve possível". O texto acrescenta que "a concessão é fruto de estudos, análises técnicas e muito diálogo com a sociedade e com os clubes cariocas".

A nova concessão do Maracanã tenta dar um novo rumo ao estádio, que passou por diversos problemas de gestão nos últimos anos. Reformado para a Copa do Mundo de 2014 a um custo bilionário, em 2013 ele foi cedido à iniciativa privada, em um modelo de concessão que se mostraria um fracasso.

À época, o Consórcio Maracanã, liderado pela Odebrecht, venceu a licitação que previa a exploração de todo o complexo esportivo pelo prazo de 35 anos. Mudanças no escopo do contrato, porém, levaram o acordo a resultar em sucessivos déficits milionários. A empresa tentou por anos rever o acordo, até que em março de 2019 o então governador do Estado, Wilson Witzel (que acabaria afastado em processo de impeachment), anulou a concessão. Desde então, a arena vem sendo administrada de forma provisória por Flamengo e Fluminense.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adiou novamente a realização de audiência pública para discutir a desestatização do Porto de Santos e receber sugestões ao processo, conforme aviso publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira(6). Agora, a nova data será 19 de setembro.

Inicialmente, o debate ocorreria em 22 de agosto e depois em 6 de setembro. A audiência do dia 19 será virtual e terá início às 9h30. Os interessados em participar podem obter informações no site do BNDES.

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Na última quinta-feira, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, disse que enviou "informalmente" na terça-feira, 30, ao Tribunal de Contas da União (TCU) todos os estudos e projeto para a privatização do terminal.

Sampaio disse esperar que todos os ritos de governança para que o projeto seja enviado formalmente ao TCU se encerrem até o dia 16.

Os estudos passam por tramitações na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e BNDES.

Como já mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro tem reiterado que o governo pretende leiloar o Porto de Santos ainda neste ano, apesar do calendário apertado. A expectativa do governo é de que o processo tenha uma tramitação breve na Corte de Contas.

A adoção do modelo de PPPs em rodovias onde a tarifa seria muito elevada se estruturada em formato de concessão "pura" poderá ser uma das vias do programa de infraestrutura rodoviária em um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República. O estudo dessa opção está sugerido em documento de propostas da Fundação Perseu Abramo, instituto do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem entre seus integrantes articuladores da campanha do petista.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar de o caderno não ser parte do programa de governo de Lula, funciona como uma espécie de ensaio de propostas que podem ser efetivadas caso o petista seja eleito.

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Na terça-feira, o presidenciável prometeu em encontro com empresários da construção civil, se eleito, anunciar um grande programa de infraestrutura já em janeiro.

As PPPs podem ser viabilizadas de algumas formas, mas, em geral, o conceito prevê uma parceria com a iniciativa privada de modo que a União continue presente no ativo, mesmo após o leilão. Diferente de uma concessão comum, o poder público pode fazer aportes no projeto, por exemplo, remunerando a empresa privada pela prestação dos serviços. Ou seja, exige desembolso de recursos do Tesouro.

Os autores da Perseu Abramo sugerem um fortalecimento amplo das PPPs num eventual governo petista. Para o caso das rodovias, a opção pode ser usada para trechos em regiões onde o valor da tarifa de pedágio de uma concessão comum não compensaria os ganhos que os veículos têm com a redução de custo de uma estrada bem administrada. Atualmente, não existe uma PPP em rodovia federal.

"Estudar novos modelos de contratação de manutenção em rodovias sem capacidade de pagamento de tarifas, seja na modalidade de concessão administrativa ou de Programa de Contratação, Restauração e Manutenção (CREMA)", sugerem os autores, que falam na estruturação de um banco de estudos e projetos para o setor rodoviário.

A busca de outras modelagens para conceder trechos à iniciativa privada - com PPPs, por exemplo - é um assunto que tem mobilizado o segmento. Isso porque, apesar de ainda existirem projetos e trechos viáveis de leiloar a partir de uma concessão pura, há um reconhecimento de que a quantidade desses ativos é limitada. Ou seja, muitos quilômetros de estrada que precisam de intervenção e investimento não seriam economicamente atrativos para a iniciativa privada assumir de forma completa. Também não há recurso público para investir em todas, o que leva a necessidade de novos arranjos para a conservação e ampliação dessas estradas.

Um eventual governo Lula, contudo, deve continuar licitando no formato de concessões comuns onde é possível. No plano para rodovias, os autores da Perseu Abramo sugerem a realização de novas concessões priorizando projetos que analisem o impacto no custo do frete e na capacidade de pagamento local. Uma avaliação sobre mecanismos de redução de riscos e de ampliação da atratividade de operadores, como mecanismos de bandas de demanda e mitigação de risco cambial, também é citada.

Em relação às concessões e autorizações que já estão em vigor, não só de rodovias, o caderno ainda sugere que haja uma avaliação dos cronogramas de investimentos para eventualmente se promover uma repactuação, estabelecendo "sanções mais claras e rigorosas" para atrasos no empreendimento.

A Justiça Federal negou uma liminar pedida em ação civil pública para que o leilão da concessão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, fosse adiado. A decisão foi proferida na sexta-feira (5). O certame está previsto para ocorrer no próximo dia 18. A ação alegava a necessidade de tutela imediata devido a possíveis danos ambientais e do aumento de ruídos com a passagem da administração para o setor privado, uma vez que o edital prevê o crescimento de até 40% nas operações do aeroporto, que é cercado por bairros residenciais.

Em sua decisão, o juiz federal Caio José Bovino Greggio considerou que o certame foi previamente aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que os estudos de impacto ambiental foram apresentados e que uma audiência pública foi realizada em 2021, ocasião em que a população pôde participar e ter acesso às decisões do projeto de concessão.

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O juiz também afirma que o aumento de operações em Congonhas não é líquido e certo, mas uma variável prevista no projeto que pode ou não ser implantada pela concessionária. A expansão da capacidade do aeroporto pedida pela Infraero adicionaria de 3 a 4 movimentos por hora no terminal, que hoje opera com 32 a 33 pousos e decolagens por hora na aviação comercial, segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. A decisão também considera os possíveis impactos econômicos para a União caso o leilão fosse suspenso.

No final de julho, como o Estadão mostrou, moradores de bairros vizinhos do Aeroporto de Congonhas têm se queixado de alta de ruídos de aviões nos últimos meses e temem que a concessão piore a situação em bairros antes já afetados pelo barulho, como o Jabaquara, e em locais onde o incômodo aumentou nos últimos meses, como Paraíso e Jardins.

"Estamos surpresos com a decisão de indeferimento da tutela. Segunda-feira teremos uma reunião entre as associações de bairro e os advogados para decidirmos os próximos passos", diz a empresária e presidente da Associação Viva Moema, Simone Boacnin. "Em audiência pública da sétima rodada, nenhuma das nossas sugestões para um equilíbrio entre os interesses econômicos e as necessidades da população do entorno foram incorporadas no certame. Dá para aceitar que fomos ouvidos?"

Dados da Infraero, órgão que administra os aeroportos, apontam que as reclamações por ruído nos arredores do Aeroporto de Congonhas foram de 13, nos cinco últimos meses de 2021, para 816, de janeiro a maio - alta de 6.176%. Os moradores associam a situação a mudanças de rota de voos feitas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) em maio do ano passado. Por outro lado, o órgão federal defende que o ruído geral diminuiu 15,18%, mas sem especificar se houve aumento em algumas regiões.

Um grupo formado por presidentes e membros de associações de bairros como Moema e Vila Mariana cobrou mais estudos antes da realização do leilão e pediu que as obrigações da concessionária vencedora sejam melhor delimitadas. O Ministério da Infraestrutura afirmou que os estudos necessários foram feitos e que, juntamente com a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), irá se manifestar na Justiça quando for notificado. Conforme o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o processo foi distribuído nesta terça na 12ª Vara Cível Federal de São Paulo.

Considerado um dos ativos mais valiosos da União no Estado de São Paulo, o Aeroporto de Congonhas foi incluído na sétima rodada de concessões aeroportuárias da Anac, que prevê alcançar ao menos R$ 7,3 bilhões em investimentos nos 15 aeroportos incluídos no pacote - o Campo de Marte também está na lista.

Diante dessa situação, representantes de entidades de ao menos oito bairros se uniram nos últimos meses para pressionar os órgãos públicos a rever a mudança de rotas no Aeroporto de Congonhas ou mesmo a tomar ações para diminuir os impactos nos locais afetados, como instalar barreiras contra ruído no sítio aeroportuário e criar um fundo para auxiliar no isolamento acústico das casas e prédios afetados.

O grupo se diz ainda preocupado com os impactos ambientais e relata que os aviões têm passado mais próximos de áreas verdes, como o Parque Ibirapuera. "Nós somos a favor da concessão, que o desenvolvimento da cidade aconteça, mas de uma forma mais amigável com a população", explicou o presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Lusitânia (Sojal), Nelson Cury.

Além de reuniões com órgãos de aviação civil, os representantes das associações de bairros já participaram de audiências públicas na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa de São Paulo. Nesta semana, foram recebidos ainda pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Mario Sarrubbo. A judicialização, explicaram os moradores, foi o caminho adotado após as demandas do grupo não serem atendidas.

Após ser suspenso por cinco vezes pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), o edital de concessão dos serviços de cemitérios e crematórios públicos e serviços funerários de São Paulo será publicado no Diário Oficial após incorporar as mudanças sugeridas pelo órgão de fiscalização.

"É um projeto de concessão, pelo prazo de 25 anos, para serviços cemiteriais, que inclui a gestão, manutenção, operação, revitalização e até expansão", explica Tarcila Peres Santos, secretária executiva de Desestatização e Parcerias da Prefeitura. Um conceito importante do projeto é que a Prefeitura fixou uma tarifa máxima que pode ser praticada nos serviços já existentes. Também estipulou um valor para os quatro lotes e os cemitérios foram divididos em categorias para compor esses lotes. E exige requalificação completa dos cemitérios e digitalização de 100% dos registros, incluindo os já existentes.

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"A gente tinha antigamente os pacotes que são tabelados pelo Serviço Funerário. Estamos colocando como obrigação que o pacote social tenha uma redução de 25%. As gratuidades serão contempladas e vamos melhorar o serviço prestado. Então será possível atender mais pessoas a um custo menor", comenta Tarcila.

A expectativa da Prefeitura de São Paulo é que esse projeto de concessão traga benefícios econômicos somados de R$ 7 bilhões, incluindo o valor da outorga fixa da concessão, o recolhimento de 4% das receitas auferidas pelas concessionárias e o retorno de ISS. "Sem contar a desoneração, pois a gente deixa de utilizar recursos públicos do orçamento."

Críticas

Existem alguns outros modelos de concessão no Brasil, mas nos moldes e tamanho deste de São Paulo é algo inédito. Até por isso houve críticas do Procon, do Cade e até do Ministério Público, que entrou com ação de inconstitucionalidade. Mas a Prefeitura avisa que tudo isso foi debatido com a equipe técnica.

Para a Associação de Cemitérios e Crematórios do Brasil, o modelo de concessão adotado pela Prefeitura de São Paulo não é o mais adequado. "Ele é prejudicial ao usuário, pois criará um oligopólio na cidade que atuará sem competição por décadas", disse. Já Tarcila defende que haverá um serviço com mais qualidade e mais inovação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, marcou a segunda audiência para a tentativa de conciliação entre União e Pernambuco na disputa pela titularidade do arquipélago de Fernando de Noronha para o dia 27 de junho.

“Dando continuidade aos trabalhos em prol de solução consensual do conflito, ficam as partes intimadas a comparecerem presencialmente à audiência já designada para o dia 27 de junho, a ser realizada no STF”, disse Lewandowski. 

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O magistrado é o relator da ação protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão diz que há um acordo celebrado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com o governador Jarbas Vasconcelos (MDB). Ele também afirma que Pernambuco vem desrespeitando um contrato de cessão de uso, assinado em 2002, e impedindo a atuação do governo federal na preservação da área. 

O ministro do STF determinou, ainda, que o governo federal e de Pernambuco têm até o dia 24 de junho para indicar os representantes habilitados, com amplos poderes de decidir em caso de acordo. A primeira tentativa de conciliação aconteceu no dia 25 de maio, realizada por videoconferência, mas a reunião acabou sem resultado definido. 

 Como solução a insatisfação do serviço prestado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife, o metrô vai passar por licitação e sua responsabilidade ficará a cargo da iniciativa privada nos próximos 30 anos. O processo deve iniciar com uma audiência pública neste mês, com a previsão da assinatura do contrato de concessão no primeiro semestre de 2023. 

Custeado pelo governo federal com o gasto de 70% da operação, o sistema metroviário do Recife será estadualizado antes do contrato com a empresa vencedora da licitação. Dessa forma, o Governo de Pernambuco vai acompanhar as etapas da concessão e a qualidade do serviço prestado.  

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Cerca de 221 mil passageiros utilizam o ramal diariamente e pagam a tarifa de R$ 4,25. Entretanto sofrem com uma rotina de superlotação, atrasos e falhas técnicas recorrentes. O interesse dos usuários é que a futura administração ofereça melhorias ao metrô e possa expandir a rede.  

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Embora vá ser cedida ao setor privado, a administração pública deverá desembolsar R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 3,1 bilhões da União e R$ 700 milhões dos cofres do estado. 

O gasto calculado para os 30 anos de concessão é de R$ 8,4 bilhões, divididos em R$ 6 bilhões para despesas operacionais e R$ 2,4 bilhões para requalificação, com o investimento de R$ 2,1 bilhões nos primeiros três anos. Dessa forma, a empresa concessionária vai receber a conta de R$ 4,6 bilhões. 

A União deve aprovar a concessão até o fim do mês para que uma consulta pública sobre a proposta seja aberta. Os Tribunais de Contas estadual e federal tem 90 dias para aprovar a documentação apresentada. O edital de licitação deve ser publicado ainda em 2022, com a assinatura do contrato no primeiro semestre do próximo ano. 

A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até à morte na Barra da Tijuca, na zona oeste, no dia 24 de janeiro, disse que já sofreu ameaças e não se sente segura para assumir o gerenciamento dos quiosques Biruta e Tropicália oferecidos à família pela Prefeitura. A ideia era criar ali um memorial em homenagem ao jovem morto e, ao mesmo tempo, oferecer uma oportunidade de trabalho à família.

"Se ele (o prefeito Eduardo Paes) quiser fazer ali um memorial para Moïse, ele pode fazer, mas nós não vamos ficar com esses quiosques", afirmou Gabie Nzazi, primo de Moïse. "Nós não somos bem vindos ali."

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O advogado Álvaro Quintão, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, que está acompanhando a família, confirmou a decisão.

"A família se reuniu ontem e, analisando a proposta com calma, percebeu que não teria nenhuma segurança", afirmou. "Ainda existe uma discussão muito grande sobre quem seriam os donos dos quiosques. A polícia ainda não conseguiu identificar todas as pessoas que aparecem nas imagens (do linchamento), que atuam e trabalham nos quiosques. Ou seja, por motivo de total insegurança e medo a família decidiu não aceitar a proposta."

O gerenciamento dos quiosques até 2030 foi oferecido à família do congolês na última segunda-feira, pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). A concessão do Tropicália, onde o jovem congolês foi morto no último dia 24, poderia ser feita imediatamente, segundo o prefeito. Mas a do quiosque contíguo, o Biruta, teria que aguardar a resolução de pendências judiciais.

Pela documentação da Rio Orla, o atual administrador do Biruta é Celso Carnaval, que já afirmou que não pretende abrir mão do quiosque. A concessionária cancelou o contrato no ano passado e move uma ação de reintegração de posse contra Carnaval. Acusa-o de sublocar o quiosque, entre outras irregularidades. Ele diz ser concessionário há muitos anos e nega ter feito alguma coisa errada.

Durante os depoimentos à polícia, dois dos homens que agrediram Moïse identificaram como dono do Biruta o policial Alauir Mattos de Farias. O policial, porém, disse que sua irmã, Viviane de Mattos Faria, gerenciava o estabelecimento. Disse que aparecia por lá informalmente, apenas para ajudá-la.

No caso do Tropicália, o contrato está suspenso por conta das investigações do crime. Segundo a Prefeitura, se ficar comprovado que não há envolvimento do dono com a morte de Moïse, ele será devidamente indenizado. Carlos Fábio da Silva Muzi seria o proprietário de fato do quiosque. Entretanto, pela documentação da Rio Orla, o estabelecimento está no nome do sogro de Muzi, Arnaldo Monteiro de Almeida.

De acordo com os advogados da família de Moïse, deve haver novo encontro com o prefeito Eduardo Paes (PSD), provavelmente na próxima semana.

"Queremos conversar de novo com ele (o prefeito) para ver se ele pode ajudar de outras formas", afirmou o primo do jovem assassinado.

Pouco mais de oito anos após ter sua concessão leiloada por R$ 19 bilhões, com ágio de 294%, em novembro de 2013, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio, será devolvido à União. A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (10) à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pela Changi, operadora de aeroportos de Cingapura. A RIOGaleão, concessionária controlada pela Changi, citou o mau desempenho econômico do Brasil desde 2014 e os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 sobre a aviação civil ao anunciar a devolução.

Agora, o governo federal fará um leilão para selecionar o novo operador da concessão. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, informou que a nova concessão será avaliada em conjunto com a do Santos Dumont, aeroporto localizado no centro da capital fluminense, ainda sob gestão da estatal Infraero.

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"Vamos avaliar a concessão de Galeão e Santos Dumont em conjunto. Tenho certeza de que isso também, de alguma forma, responde a uma preocupação manifestada pelo setor produtivo e do governo do Rio de Janeiro", disse.

A previsão, segundo o ministro, é de que os dois terminais sejam concedidos no segundo semestre de 2023 para o mesmo operador, em uma 8.ª rodada de licitações de aeroportos.

A concessão do Santos Dumont - que estava incluída na 7.ª rodada de licitações de aeroportos, agendada para este ano - provocou uma disputa entre autoridades e representantes do empresariado do Rio e o governo federal.

As autoridades locais se opõem ao modelo de concessão do ministério, por receio de que a operação privada no terminal menor esvazie ainda mais o Galeão. Logo após o anúncio da devolução da concessão, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), foi às redes sociais defender a "relicitação" do terminal internacional de forma "alinhada" com a concessão do Santos Dumont.

Histórico

Desde que assumiu a concessão do Galeão, em 2014, a Changi investiu R$ 2,6 bilhões para ampliar a capacidade do aeroporto e aprimorar sua operação. Para isso, tomou um empréstimo-ponte de R$ 1,1 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2014, substituído, no fim de 2017, por um financiamento de longo prazo de R$ 1,6 bilhão.

Os problemas começaram quando "o Brasil sofreu uma profunda recessão econômica de 2014 ao início de 2016", seguida por "um fraco crescimento econômico" durante a fase de pós-recessão. Nesse período, o tráfego total de passageiros no País caiu "cerca de 7%", segundo a concessionária.

"Em 2020, quando o setor aéreo mal havia se recuperado ao nível de 2013, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto", diz a nota da RIOGaleão.

Do sucesso do leilão de 2013, para a "amargura dos pessimistas", nas palavras da então presidente Dilma Rousseff, os problemas do Galeão incluem também a Operação Lava Jato. O consórcio vencedor era liderado pela Odebrecht Transport, operadora da construtora atingida pelas investigações. Na concessionária original, a Changi era sócia minoritária.

Após os problemas causados pela Lava Jato, a Odebrecht precisou se desfazer da participação na RIOGaleão e vendeu sua fatia para a própria Changi, no fim de 2017.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parentes de Moïse Kabagambe, assassinado brutalmente a pauladas na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, em 24 de janeiro, receberam na tarde desta segunda-feira, 7, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), a concessão do quiosque Tropicália, onde o jovem congolês foi morto. O quiosque contíguo, o Biruta, também será cedido à família, mas somente depois de resolvidas pendências judiciais.

"Esse crime, de tamanha violência, não pode ser tratado como algo normal, corriqueiro em nossa cidade. Não vamos permitir que a barbárie seja normalizada", afirmou Paes, ladeado pela mãe de Moïse, Ivone Lay, e de três irmãos do rapaz: Samy, Kevin e Djodjo. "A nossa cidade repudia esse crime brutal; lamentamos muito a perda de vocês. Sabemos que a morte não pode ser reparada, mas vamos honrar a memória de Moïse, para que ele não seja esquecido."

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A ideia é que os quiosques funcionem também como uma espécie de memorial, em homenagem a Moïse e à cultura africana. Samy Kabagambe falou em nome da família e agradeceu ao povo brasileiro pela solidariedade demonstrada após a morte do irmão.

"A gente sabe que isso que aconteceu com o meu irmão não é o coração de todo o povo brasileiro", disse. "Recebemos muitas mensagens de apoio de muitas instituições. Gostaríamos apenas de agradecer a todos."

A Prefeitura informou que irá apoiar a família do congolês na gestão do quiosque, com apoio legal e burocrático, suporte jurídico, reforma do espaço, compra de maquinário e mobiliário, orientação de gerenciamento, além de treinamento para os que forem trabalhar no local. A concessão é válida até 22 de fevereiro de 2030 e, segundo o prefeito, os trabalhos devem começar imediatamente.

Pela manhã, antes do evento na Prefeitura, a família de Moïse foi recebida no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah, ofereceu à família uma linha de crédito para que eles possam gerir o quiosque. O secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Matheus Quintal, ofereceu proteção à família por meio do programa Provita, que protege vítimas ou testemunhas de crimes.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro, por sua vez, anunciou que vai prestar assistência jurídica à família de Moïse. O órgão vai cuidar da reparação civil aos parentes da vítima. O advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, segue representando a família na ação criminal contra os agressores.

Após o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, incitar a 'eliminação' da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) com uma metralhadora, nesta quinta-feira (16), a correligionária Marília Arraes (PT-PE) prestou solidariedade à colega e afirmou em seu Twitter que "ratos assim precisam voltar pro esgoto de onde vieram".

Contrário ao Projeto de Lei (PL) de Bonavides sobre a retirada do 'vos declaro marido e mulher' ao fim dos casamentos para evitar constrangimento à comunidade LGBTQIA+, em seu programa de rádio nessa quarta (15), Ratinho afirmou que a deputada deveria ir lavar as cuecas do marido e que "tinha que eliminar esses loucos", antes de perguntar se podia pegar uma metralhadora.

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Em um movimento de repúdio ao comunicador, Marília Arraes criticou a violência, a misoginia e a falta de civilidade empregada em sua fala e garantiu que a Câmara vai reagir às declarações que ameaçam a segurança de Bonavides. 

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Mulheres se unem contra o apresentador

Representantes do Congresso e da esfera Executiva prestaram apoio à deputada. A parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou Ratinho de "asqueroso" e lembrou que o "discurso criminoso" foi reproduzido em um aparelho de concessão pública. "Não toleraresmo a violência política de gênero", publicou. Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos!

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que um feminicídio ocorre no Brasil a cada 6h30 e que o apresentador precisa ser responsabilizado por ameaça e incitação ao ódio e ao homicídio.

A única governadora do país, Fátima Bezerra (PT-RN), definiu a fala de Ratinho como "inconcebível" e que sequer deve existir. "Seguiremos ocupando espaços na política para desespero daqueles que se acham no direito de dizer o lugar onde devemos estar. Iludidos", apontou.

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