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A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) pediu, nessa quarta-feira (8), ao Tribunal de Contas da União (TCU), o confisco das joias em posse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O Estadão revelou que Bolsonaro recebeu pessoalmente, em novembro do ano passado, o segundo pacote de joias da Arábia Saudita que chegou ao Brasil pela comitiva do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O estojo está no acervo privado do ex-presidente. O pacote continha relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (uma espécie de rosário islâmico) rose gold, todos da marca suíça Chopard.

No ofício enviado ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, a deputada Sâmia Bomfim destaca que os itens que hoje estão sob a posse de Bolsonaro não foram inspecionados pela Receita Federal ao entrar no País, em outubro de 2021. A parlamentar afirma ainda que os fatos violam os princípios constitucionais da razoabilidade e da moralidade.

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"Bolsonaro deixou um rastro de crimes ao se empoderar dessas joias. A forma que os objetos entraram no Brasil sem terem sido declarados para a Receita tem nome: é contrabando. É inconcebível que um presidente da República se preste a agir assim, mandando um funcionário do governo esconder joias numa mochila. Esses bens são do Estado brasileiro, são do povo, e vamos zelar até que sejam confiscados", afirma ela. Ainda não houve resposta do tribunal.

O TCU abriu também nessa quarta-feira um processo para investigar o caso. A relatoria ficou com o ministro Augusto Nardes, aliado de Bolsonaro. O Estadão apurou com integrante da Corte que o fato do ex-presidente ter incorporado as joias ao seu patrimônio privado pode causar problemas.

Mudança de versão

Em um primeiro momento, Bolsonaro negou ter recebido as joias. Após o Estadão revelar que os itens está em seu acervo privado, o ex-presidente mudou a versão, confirmou a posse das joias e passou a argumentar que os bens são de "caráter personalíssimo". A defesa se sustenta em acórdão do próprio TCU que determinou a devolução de presentes recebidos por Lula e Dilma Rousseff. Na ocasião, o tribunal entendeu que itens personalíssimos, como roupas e bonés, podem ficar no acervo privado do presidente da República. O relator do caso, ministro Walton Alencar, durante o julgamento declarou que joias como uma esmeralda devem ficar no acervo público.

Receita Federal

Um outro pacote de joias da Arábia Saudita está retido na alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Conforme o Estadão revelou, o governo de Jair Bolsonaro tentou trazer ilegalmente para o País um conjunto de colar, brincos, anel e relógio de pulso da marca Chopard, além da miniatura de um cavalo ornamental, avaliados em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões. Esse estojo também estava na bagagem da comitiva de Albuquerque.

No total, o governo Bolsonaro fez oito tentativas para reaver as joias, mas não obteve sucesso. Para isso, ele usou três ministérios - Minas e Energia, Economia e Relações Exteriores -, além de militares. Registro do Portal da Transparência revela que a demanda partiu do próprio presidente da República. Na alfândega, Albuquerque afirmou que as joias seriam para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele se negou a declarar que os objetos se tratavam de um presente de um governo para outro. Se assim o fizesse, os itens passariam a ser do acervo público, não mais de Bolsonaro.

A Polícia Federal divulgou neste domingo, 28, uma mensagem de seu diretor-geral, Rolando Alexandre de Souza, pelos 77 anos da corporação. Segundo o delegado, no ano passado foram realizadas 6.888 operações policiais, que resultaram na apreensão de mais de R$ 10 bilhões em patrimônio.

Leia a íntegra da mensagem:

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No dia 28 de março, a Polícia Federal completa os seus 77 anos de existência. Ao longo dessa história, a instituição atingiu os mais elevados índices de confiança da sociedade brasileira a partir das diversas atividades desenvolvidas, reafirmando a enorme importância de zelar pela nação e de combater o crime em nosso país.

Com técnica e independência a PF preserva os seus valores históricos e também projeta o seu futuro! O brio e a eficiência da instituição sempre nos levaram adiante e nos mantiveram firmes no caminho da virtude, do respeito à lei e da preservação dos direitos dos cidadãos.

No último ano, foram significativas as evoluções tecnológicas como, por exemplo, a vigilância da Amazônia efetuada por satélites que já contribuem para a diminuição do desmatamento na região. Além disso, com a recente aquisição de mais de 500 viaturas semi blindadas, novas obras e investimentos nas unidades, inclusive com um novo edifício sede de última geração, a PF segue ao encontro da modernidade com força e empenho no cumprimento das suas missões constitucionais.

Ao longo dos seus 77 anos de luta, a instituição jamais parou, sempre na busca por um país justo e desenvolvido. Em 2020, chegamos à marca histórica de 6.888 operações policiais com a apreensão de mais de 10 bilhões de reais em patrimônio nas nossas investigações e muitos outros bilhões de prejuízos evitados aos cofres públicos.

Orgulhosos daquilo que, ao longo das décadas, construímos juntos, com trabalho árduo e abnegação; agradecemos aos homens e mulheres que são o brilho da nossa instituição. Com capacidade inesgotável, muitas vezes abrindo mão do convívio das famílias para vencer os desafios diários, na incansável defesa da sociedade; servidores, ativos e inativos, policiais e administrativos são a luz dessa comemoração.

Parabéns a todos vocês!

Parabéns à Polícia Federal pelos seus 77 anos dedicados ao Brasil!

Rolando Alexandre de Souza

Diretor Geral da Polícia Federal

O governo Jair Bolsonaro vai editar uma Medida Provisória para abrir crédito de R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra a covid-19. Com a medida, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve reforçar o discurso de que a sua pasta vai comprar e distribuir todas as vacinas disponíveis do País, incluindo a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, órgão ligado ao governo paulista de João Doria (PSDB). A verba deve ser usada para compra de vacina e seus insumos, além da logística e da comunicação da campanha de imunização.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que esteve com Pazuello nesta sexta-feira, afirmou que as vacinas devem ser "requisitadas" pelo ministério. "Nenhum Estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de covid-19", afirmou Caiado, no Twitter. Integrantes do governo federal que acompanham a discussão afirmam que a MP deve se limitar a abrir crédito para a compra de vacinas. Dizem ainda que o texto está em construção e veem exagero na fala de Caiado. Também no Twitter, Doria disse que é uma "insanidade" uma MP que prevê confisco. Também chamou a ideia de ‘ataque ao federalismo".

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Em nota na noite desta sexta, o Ministério da Saúde afirmou que "em nenhum momento, o Ministério da Saúde se manifestou sobre confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos Estados". Também exaltou os 47 anos do Programa Nacional de Imunização (PNI), coordenado pela pasta, cujas ações "têm o apoio das secretarias estaduais e municipais de Saúde", para que "o trabalho possa ser realizado com eficiência".

Em seu discurso, Pazuello não tratou de requisição de vacinas, mas ele teve conversas reservadas de pelo menos uma hora com Caiado durante o evento. O próprio diretor do Butantã, Dimas Covas, disse ao Estadão que, se o ministério formalizar o interesse na Coronavac, as doses, então, serão todas ofertadas ao PNI.

Pazuello disse, na cerimônia, ter determinado a busca por recursos para vacinar "todo o nosso povo". O general voltou a chamar para o ministério a responsabilidade de organizar a imunização nacional. "Nenhum Estado da federação será tratado de forma diferente. Nenhum brasileiro terá vantagem sobre outros brasileiros", disse.

A declaração de Pazuello ocorre no momento em que o governo Bolsonaro é pressionado para antecipar o calendário de vacinação contra a covid-19, previsto para começar em março - outros países já iniciam suas campanhas este mês. Nos últimos dias, Pazuello tem dito que seria possível começar a vacinação até em dezembro ou janeiro, caso alguma fabricante de vacinas consiga o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governo Bolsonaro ainda busca reagir a Doria, que promete começar a imunizar a população paulista em 25 de janeiro, mesmo sem ter apresentado dados finais de eficácia da Coronavac. Em Goiânia, Pazuello afirmou que a "ansiedade" para a vacinação "faz parte" e mandou recados: "É criada pela própria situação da covid-19, dos riscos, da gravidade da contaminação. É causada pelo açodamento de algumas autoridades do País".

Pazuello afirmou que as "previsões" sobre a vacinação estão "diretamente" ligadas ao registro dos imunizantes na Anvisa. Para isso, é preciso ter todos os estudos finalizados e a agência tem prazo de 60 dias para liberar o produto ou não.

Outro caminho, mais célere, é pedir o uso emergencial, o que pode ser feito com testes finais em andamento, mas a aplicação só poderia ocorrer em grupos restritos, como de profissionais de saúde ou idosos. "Não é isso que nós consideramos como solução", disse. O ministro disse ainda que vai cobrar "pessoalmente" rapidez da Anvisa.

Recursos

Em audiência na Comissão do Congresso que acompanha as medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não faltarão recursos para comprar vacinas. "Mais que uma aspiração, é um direito do brasileiro. Se existe essa vacina, temos de buscar onde tiver. Não vai ser por falta de recursos que vamos deixar de cumprir essa obrigação", enfatizou, ressaltando que participou nesta sexta-feira de duas reuniões com o presidente Jair Bolsonaro - de duas horas cada - sobre vacinação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A produtora de "Tony Hawk's Pro Skater" atendeu o pedido dos fãs brasileiros e incluiu a banda Charlie Brown Jr. na trilha sonora oficial do game de skate. A playlist está disponível no Spotify e traz a música "Confisco" (1997) junto a de outros conjuntos, como Bad Religion e Rage Against the Machine.

Confira o som da banda liderada por Chorão (1970-2013):

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As participações nacionais em "Tony Hawk’s Pro Skater 1+2" não param por aí. Bob Burnquist e Letícia Bufoni, renomados skatistas brasileiros, também estarão presentes como personagens selecionáveis entre os diversos skatistas ao redor do mundo.

O esperado game será lançado em 4 de setembro para Xbox One (Microsoft), PlayStation 4 (Sony) e PC, por meio da Epic Games Store.

 

O governo do Tocantins confiscou 70% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) em oito hospitais particulares localizados na capital e nas duas maiores cidades do Estado, Araguaína, ao norte, e em Gurupi, ao sul de Palmas. As três cidades são consideradas estratégicas pela gestão estadual no enfrentamento do novo coronavírus e concentram os 46 leitos de UTIs da rede pública exclusivos para pacientes adultos infectados com a Covid-19.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Luis Edgar Tollini, a decisão foi tomada após empresas particulares da capital transportarem em táxi aéreo 17 pacientes do Pará para internação em UTIs da capital tocantinense. O secretário disse temer que esse movimento cause um colapso do Tocantins e afirma que 93% dos tocantinenses usam o SUS.

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O governo estadual não confirmou a quantidade de leitos atingidos pela requisição administrativa. O confisco desagradou ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Tocantins. Em nota, o sindicato repudiou o ato e o classificou como "ditatorial".

A portaria que requisitou os leitos prevê o prazo de dez dias para a abertura de processo administrativo que vai apurar o valor da indenização a ser paga aos hospitais. O Estado tem 1.646 infectados e 38 mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello pediu perdão nesta segunda-feira, 18, pelo confisco de saldos de cadernetas de poupança e contas correntes em março de 1990. Pelo Twitter, o agora senador disse que acreditou que as medidas radicais poderiam conter a inflação.

O pedido de desculpas acontece mais de 30 anos após o anúncio do Plano Collor 1, em 16 de março de 1990. "Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos", escreveu.

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Collor disse que o objetivo central de sua equipe era conter a hiperinflação de 80% ao mês e que não via alternativa viável na época. A situação econômica do País, segundo ele, prejudicava os mais pobres e as "pessoas estavam morrendo de fome".

"Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência", diz a publicação. "Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros."

Nas últimas semanas, o ex-presidente tem reforçado sua presença nas redes sociais e abriu espaço para internautas enviarem perguntas. "Respondo toda e qualquer questão, mas o volume tá muito grande e vou aos poucos."

A China anunciou neste domingo (26) que confiscou mais de 89 milhões de máscaras faciais de baixa qualidade, à medida que crescem reclamações em todo o mundo de que muitos produtos importados do gigante asiático para combater o coronavírus violam os padrões mínimos de qualidade.

Desde seu surgimento na China, em dezembro, o vírus já infectou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo e causou mais de 200.000 mortes.

E a demanda por equipamentos de proteção aumentou na China, o principal fornecedor mundial.

Nas últimas semanas, vários países europeus como Espanha, Holanda ou Finlândia se queixaram das máscaras que receberam da China, considerando que não atendiam aos padrões de qualidade.

Até sexta-feira, mais de 89 milhões de máscaras consideradas não conformes foram confiscadas e 418.000 peças de equipamento de proteção, disse o chefe da administração de supervisão de mercado, Gan Lin, em entrevista coletiva.

A proporção dos produtos confiscados e exportados não foi especificada.

Segundo Gan, também foram confiscados desinfetantes fora dos padrões. O valor das mercadorias é avaliado em 7,6 milhões de yuans (cerca de um milhão de euros).

Pequim reforçou no início deste mês os regulamentos sobre a exportação de equipamentos médicos para combater o coronavírus, exigindo que os produtos atendam aos padrões da China e dos países destinatários.

Desde sábado, essa medida também se aplica a máscaras não cirúrgicas, de acordo com uma declaração do Ministério do Comércio.

O Canadá indicou na sexta-feira que cerca de um milhão de máscaras importadas da China não poderão ser distribuídas entre os profissionais da saúde mobilizados contra o coronavírus.

Até sexta, a China havia exportado mais de 1 bilhão de máscaras para 74 países e regiões, segundo Li Xingqian, funcionário do Ministério do Comércio.

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) anunciou em sua página no Twitter que 612 imóveis confiscados do tráfico de drogas 'irão em breve' a leilão. Moro destaca que a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), braço do Ministério que dirige, divulgou informações detalhadas sobre os imóveis, inclusive localização.

São apartamentos, sítios, terrenos, prédio, lotes, chácaras, fazendas, galpões e muitos outros itens em todas as regiões do país, apreendidos em processos contra organizações criminosas.

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Todo o patrimônio tomado do tráfico está apto à venda imediata pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SCGPU).

Moro disse à reportagem que 'a estratégia do Ministério da Justiça e Segurança Pública continua sendo a de acelerar a venda dos bens confiscados do tráfico de drogas'.

"O crime não pode compensar. Para o cidadão, os leilões são uma boa oportunidade para comprar imóveis e produtos com descontos no preço", argumenta o ministro.

Para facilitar o acesso dos interessados nesses bens, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas lançou um painel georreferenciado com a localização exata e as informações detalhadas dos 612 imóveis.

No painel disponibilizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas podem ser consultadas informações dos imóveis perdidos em favor do Fundo, de forma georreferenciada e desagregada por unidade da federação e cidade.

A Senad ressalta que, na prática, o painel reduz a burocracia e facilita que esses bens, perdidos em favor do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), sejam alienados o quanto antes, gerando recursos para políticas antidrogas.

O site torna as consultas acessíveis para qualquer cidadão interessado, apresentando distribuição por Estado e cidade com alta precisão de coordenadas geográficas.

"Disponibilizamos essa informação publicamente para reforçar a prioridade na gestão de ativos feita pela Senad. Estamos dando a máxima publicidade aos bens imóveis que estão sob a nossa administração e já estamos em tratativas com a SCGPU para proceder a venda da maioria deles brevemente", diz o diretor de Gestão de Ativos da pasta, Igor Montezuma.

Ele acrescenta. "Já passamos a relação de 143 imóveis, nas mais diversas localidades, para que a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União venda ainda nesse ano, conforme acordado entre os dois órgãos."

No painel há informação sobre a documentação judicial completa ou incompleta dos imóveis, indicando, assim, se há pendência com relação aos documentos encaminhados pelo Judiciário à Senad.

Quando a documentação está completa, o bem, do ponto de vista judicial, já pode ser leiloado, restando a necessidade de verificação dos requisitos e procedimentos administrativos para efetivar sua alienação.

As informações do painel são dinâmicas, variando conforme a data de sua extração. Quando há novo perdimento de bens em favor do Fundo Nacional Antidrogas, por decisão judicial, o quantitativo de bens aumenta. Da mesma forma, quando da realização dos leilões, esse quantitativo diminui.

Os imóveis do Fundo têm origem no perdimento de bens apreendidos em processos criminais relacionados ao tráfico de drogas e demais crimes previstos na Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas).

Seu registro é realizado no sistema Gfunad (sistema que promove a guarda e gerenciamento de dados dos bens do fundo) a partir das informações encaminhadas pelo Judiciário à Senad.

Esses bens têm como destinação principal a venda, por meio de leilões, resultando na arrecadação de recursos a serem aplicados em ações e projetos de enfrentamento e prevenção às drogas.

O Ministério Público em São Paulo (MP-SP) instaurou nesta quarta-feira, 4, um inquérito civil para apurar o recolhimento e a inutilização de material didático de ciências distribuído na rede de ensino paulista. O ato foi determinado na terça-feira, 3, pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que indicou, em postagem no Twitter, que o conteúdo fazia apologia à "ideologia de gênero".

A Promotoria vê "possível violação do direito à educação", "infração aos princípios constitucionais do ensino" e "eventual lesão ao erário" na decisão de recolher o material destinado para adolescentes do 8º ano do fundamental das escolas estaduais. O livro faz parte de uma coleção distribuída pela rede desde 2009, atualizada este ano e que chegou às escolas em agosto.

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A apostila apresenta um texto que trata da diversidade sexual abordando as diferenças entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual, e apresentando a definição de termos como "transgênero", "cisgênero", "homossexual" e "bissexual". Um trecho do texto registra: "podemos dizer que ninguém 'nasce homem ou mulher', mas que nos tornamos o que somos ao longo da vida, em razão da constante interação com o meio social."

Ao determinar a instauração do procedimento, o Núcleo da Capital do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público Estadual indicou que, segundo representações, a decisão se baseou na avaliação de que o conteúdo seria "impróprio para a respectiva idade e série" por tratar de "ideologia de gênero".

Segundo a Secretaria da Educação, o termo "identidade de gênero" está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, documento que define os objetivo de aprendizagem em cada etapa escolar, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação.

Na portaria que instaura o inquérito, o núcleo considera que entre os objetivos do Estado Brasileiro estão a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

No texto, o Ministério Público destaca ainda que o artigo 214 da Constituição prevê que "o planejamento das políticas públicas educacionais exige dos poderes públicos ações articuladas que conduzam a promoção humanística, científica e tecnológica do país".

Em ofício enviado à Unidade de Atendimento aos Órgãos de Controle Externo da Secretaria de Educação do Estado, a Promotoria pede esclarecimentos sobre os fundamentos jurídicos do ato administrativo que resultou no recolhimento das apostilas.

O Geduc também pergunta à pasta se houve eventual consulta aos docentes da rede e a órgãos colegiados de gestão democrática antes da adoção da medida e pede que sejam informados os valores pagos para edição, impressão, distribuição e armazenamento das apostilas, indicando as empresas que foram contratadas para os serviços ou os setores da administração pública que foram mobilizados para a realização de tais atividades.

O inquérito pede, caso o recolhimento seja mantido, que as cartilhas sejam preservadas para apuração dos fatos.

Consultada pela reportagem, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou "que está à disposição do Ministério Público Estadual para prestar todos os esclarecimentos necessários."

Bolsonaro

Cerca de 30 minutos após a publicação de Dória no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação destacando que a Advocacia-Geral da União se manifestou no sentido de que "legislar sobre ideologia de gênero" é uma competência federal.

No post, o presidente indicou ainda que determinou ao Ministério da Educação a preparação de um projeto de lei que proíba a "ideologia de gênero" no ensino fundamental. O MEC informou que ainda não vai se posicionar sobre o pedido para elaborar o projeto de lei.

O Banco Central (BC) não encontrou nem um centavo em cinco contas vinculadas ao empresário Vanderlei de Natale, alvo da Operação Descontaminação - desdobramento da Lava Jato que também pegou o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-ministro Moreira Franco. A investigação afirma que De Natale é ligado ao emedebista e também ao coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima, o coronel Lima.

O juiz Marcelo Bretas havia determinado o confisco de R$ 57.204.586,32 do amigo do ex-presidente e também de quatro empresas das quais ele é sócio. O BC sequestrou R$ 462.014,73 da Construbase Participações, R$ 2.861.624,93 da Construbase Engenharia, R$ 31,52 da VN Participações e R$ 83.417,70 da Probase Projetos e Engenharia.

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Em delação premiada, o empresário José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, relatou pagamentos indevidos da empreiteira no valor de R$ 1,091 milhão, em 2014, após solicitação do coronel Lima, no âmbito das obras da usina nuclear Angra 3, no Rio. A Lava Jato afirma que o coronel é operador financeiro de Michel Temer e "dinheiro desviado dos cofres públicos serviu para custear reforma na casa de Maristela Temer", filha do ex-presidente.

O Ministério Público Federal afirma que, após o pagamento de propina sobre as obras de Angra 3, o esquema cuja liderança é atribuída a Michel Temer "cuidou de lavar os proveitos do crime a fim de usufruir os recursos ilícitos". De acordo com a investigação, os valores foram lavados por meio de obras de Maristela e também por "pagamentos milionários feitos pela empresa Construbase para a empresa PDA Projetos".

A força-tarefa da Lava Jato identificou que a "Construbase Engenharia transferiu R$ 17.743.218,01, por meio de 58 transações entre 9 de setembro de 2010 e 20 de agosto de 2015, para a contas corrente da empresa PDA Projetos e Direção Arquitetônica LTDA".

"Durante as buscas na sede da empresa PDA Projetos foram identificados vários documentos que indicavam supostos contratos de prestação de serviço pela empresa PDA Projetos à Construbase. Todavia, não foram encontrados as correspondentes prestações de serviços. Os depósitos identificados são apenas mais uma forma do coronel João Baptista Lima Filho receber recursos de empreiteiras que contratam com o poder público e pagam propina por esses contratos", relatou a Procuradoria da República.

O Ministério Público Federal afirma que "a grande maioria dos contratos só consta o valor, o prazo e as notas fiscais emitidas". "Em apenas 3 dos 40 contratos listados há a indicação de ART (anotação da Responsabilidade Técnica), o que demonstra que sequer foi indicado nos outros contratos fictícios profissionais habilitados para a realização do objeto contratual", indicam os investigadores.

"O documento é mais uma prova da ausência de prestação de serviço e a tentativa de ludibriar as autoridades com contratos fictícios de prestação de serviço para dar aparência de licitude às transferências de recursos para a empresa PDA Projetos."

Defesas

Após o desembargador Ivan Athié soltar os investigados da Descontaminação, as defesas se manifestaram desta forma:

A defesa de Michel Temer disse que "a decisão do desembargador federal Antonio Ivan Athié, que concedeu liminar para determinar a imediata liberação do ex-presidente, merece o reconhecimento de todos os que respeitam o ordenamento jurídico e as garantias individuais inscritas na Constituição da República".

O MDB divulgou nota na qual afirma que a decisão de Athié "reconheceu a arbitrariedade e violação dos procedimento".

Os criminalistas Maurício Silva Leite e Cristiano Benzota, que defendem o Coronel Lima, disseram que "a decisão proferida é de extrema importância pois valoriza os princípios fundamentais dispostos na Constituição Federal, além de demonstrar a serenidade e imparcialidade do Tribunal ao apreciar a questão."

"A defesa de Wellington Moreira Franco aguardava, de modo sereno, a liminar do Tribunal. É importante ao desenvolvimento da sociedade que se preservem os direitos individuais e se respeite a lei", disse o criminalista Antônio Sérgio Moraes Pitombo, defensor do ex-ministro.

Fernando José da Costa, defensor de Vanderlei Natale, disse que a "justiça foi feita". "A prisão acaba com a dignidade de um homem, os bloqueios acabam com seu patrimônio, mormente quando tais decisões são ilegais. Sua rápida revogação pelas instâncias superiores é um recado para que magistrados de primeira instância tenham mais cautela antes de decidir favoravelmente a pedidos formulados pelo Ministério Público, principalmente naqueles que não é dada oportunidade do investigado se manifestar".

O governo dos Estados Unidos reverteu parcialmente uma política de mais de duas décadas sobre Cuba e autorizou a abertura de processos em seus tribunais contra empresas cubanas que gerenciem bens de americanos na ilha. No entanto, não avançou com sua ameaça de autorizar ações similares contra empresas estrangeiras em Cuba, especialmente conglomerados europeus.

A seção número 3 da Lei Helms-Burton, de 1996, permite entrar com ações na Justiça americana contra empresas que registrem lucros graças a ativos que tenham sido nacionalizados depois da Revolução Cubana, de 1959. Mas os sucessivos governos americanos suspenderam este parágrafo para evitar um confronto com aliados dos EUA cujas empresas poderiam ser afetadas.

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A medida foi tomada em meio aos esforços do governo de Donald Trump de ampliar as sanções econômicas contra Cuba e reverter as políticas adotadas pelo governo de Barack Obama. "Hoje estou anunciando uma exceção à suspensão de 30 dias do título 3 da Lei de Liberdade", anunciou, na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

A lista assinala entidades ou organizações que estejam sob o controle de militares cubanos, serviços de inteligência ou segurança. Um aspecto sem precedentes do ato permitirá que cubanos que não eram cidadãos americanos na época que sua propriedade foi confiscada possam apelar a tribunais federais dos EUA.

A possibilidade de abertura de processos contra companhias estrangeiras havia alarmado a União Europeia, que desde 2017 é o maior sócio comercial de Cuba. "Está claro que, com essa ação, estamos aumentando a pressão sobre o governo cubano", afirmou um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA.

No entanto, o governo de Cuba rejeitou a decisão dos Estados Unidos e garantiu os investimentos de seus sócios estrangeiros. "A decisão do Departamento de Estado é um ato hostil e irresponsável que busca agravar o bloqueio e asfixiar a economia cubana", tuitou o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez.

De acordo com o chanceler, as empresas estrangeiras e cubanas têm como respaldo as leis de Cuba, o direito internacional e as leis de seus próprios países.

O governo de Trump acusa Cuba de fazer parte da "troika da tirania" na América Latina, juntamente com Venezuela e Nicarágua, e já havia ameaçado nas últimas semanas ativar a seção número 3 da Lei Helms-Burton.

"Continuaremos estudando o impacto dessas suspensões na situação dos direitos humanos em Cuba", disse o Departamento de Estado, em comunicado, no qual especificou que as exceções entrarão em vigor a partir do dia 19.

Quando a lei foi adotada, em 1996, o Departamento de Estado estimou que havia cerca de 200 mil possíveis ações judiciais. "Encorajamos qualquer um que tenha negócios em Cuba a reconsiderar se está lidando com bens confiscados e sendo cúmplices da ditadura cubana", acrescentou a diplomacia americana.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, crítico de Havana, se manifestou antes do anúncio. "O papel de Cuba na usurpação da democracia e na promoção da repressão na Venezuela é claro", disse. "Essa é a razão pela qual os Estados Unidos continuarão endurecendo as restrições financeiras aos militares cubanos e aos serviços de inteligência", acrescentou Bolton. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai defender no Congresso mudanças na legislação para permitir o confisco de bens comprados com recursos ilícitos ou derivados de crime, mesmo que não haja comprovação de que tenham sido obtidos ilegalmente. No pacote que pretende encaminhar em fevereiro aos parlamentares, Moro vai incluir o chamado confisco alargado, que autoriza o poder público a retirar da propriedade de condenados por crimes como corrupção, tráfico de drogas e associação criminosa tudo aquilo cuja origem eles não conseguirem comprovar como lícita.

Promessa de campanha de Jair Bolsonaro, mudanças na legislação visam a fortalecer o combate à corrupção e ao crime organizado. Moro apresentou na sexta-feira passada ao presidente as proposições que pretende incluir no plano, mas elas ainda não estão totalmente fechadas.

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Outra medida, que deve seguir depois para o Congresso, é a que prevê o confisco de bens na esfera cível, mesmo que não haja condenação criminal, conhecida como extinção do domínio. Nesse tipo de ação, que só seria aberta se houver indícios de que os bens foram adquiridos por meio de crime, o proprietário teria de explicar como obteve o patrimônio; do contrário perderia o bem.

Por exemplo, a mulher de traficante ou condenado por corrupção, mesmo que não tenha sido condenada, pode ter o imóvel em seu nome confiscado pelo poder público caso não prove à Justiça que tenha usado dinheiro com origem lícita para fazer a compra.

Um terceiro ponto que Moro defende, mas não deve incluir no pacote, é a criminalização do enriquecimento ilícito, hoje passível de punição apenas na esfera administrativa. A proposta já está em discussão no Congresso e Moro planeja encampá-la.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), Cristiano Maronna, as três propostas ferem a presunção da inocência e invertem o ônus da prova, já que o cidadão teria de provar que é inocente ou que a origem do patrimônio é legal.

"No confisco alargado, há ruptura de um princípio fundamental do processo penal, o da presunção da inocência, e do in dubio pro reo (na dúvida, decide-se a favor do réu). Na dúvida, o sujeito vai perder o patrimônio porque vai se buscar ampliar e alargar essa ideia de confisco", disse Maronna. "O grande problema é que não levam em conta a ideia de equilíbrio e proporcionalidade, mas exclusivamente os interesses da acusação. Embora sejam relevantes, eles não são os únicos. É por isso que a Constituição prevê freios e contrapesos aos poderes acusatórios", afirmou.

Coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público Federal, a subprocuradora Luiza Frischeisen rebate e argumenta que as três propostas dariam ao MP ferramentas para combater o financiamento do crime e a lavagem do dinheiro. "Aumenta a possibilidade de atingir o fluxo do dinheiro que alimenta o crime organizado." Luiza disse que as mudanças, se aprovadas, facilitariam o confisco de patrimônio em nome de laranjas que não estiveram envolvidos em atividade criminosa.

Excluídas

A extinção de domínio, o confisco alargado e a criminalização do enriquecimento ilícito faziam parte das Dez Medidas de Combate à Corrupção, pacote que o Ministério Público Federal apresentou ao Congresso em 2015. Foram excluídas, contudo, na votação no plenário da Câmara dos Deputados, em que o projeto original foi desfigurado.

Na visão de Moro o capital político do governo recém-eleito pode favorecer o andamento das propostas, que estariam de acordo com o sentimento demonstrado nas urnas. Quando aceitou o cargo de ministro, afirmou que seu objetivo era difundir nacionalmente "avanços" obtidos na Operação Lava Jato e, para ele, essas mudanças na lei são fundamentais para isso.

Conforme as propostas de Moro, poderão ser alteradas pelo menos 15 leis, como as que tratam de execução penal e lavagem de dinheiro, além dos códigos Penal e o de Processo Penal.

Ex-coordenador da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), o advogado Antenor Madruga afirmou que as medidas não ferem o processo legal e não impedem o cidadão de se defender. "Talvez o enriquecimento ilícito seja algo que precise de uma maior discussão antes de aprovação. Nem tudo se resolve com direito penal. Pode ser também no cível", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Manifestantes foram às ruas em Buenos Aires e em várias cidades da Argentina para pedir ao Senado que retire a imunidade da ex-presidente e senadora Cristina Kirchner. Com a medida, a parlamentar poderia ser presa. Eles defendem ainda a aprovação de uma lei que autoriza a Justiça a repassar para o Estado bens e dinheiro obtidos ilicitamente após serem confiscados.

Simpatizantes do governo presidente Mauricio Macri também participaram dos protestos. Os manifestantes cantaram músicas de apoio ao juiz Claudio Bonadio, responsável por investigar vários casos nos quais a ex-presidente é investigada.

O juiz pediu ao Senado o fim do foro privilegiado da ex-presidente, uma solicitação que não deve ser aprovada. Amanhã (23), porém, os senadores discutem se autorizam que vários imóveis de Cristina sejam alvo de operações de busca e apreensão.

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Estado

Os manifestantes querem ainda a aprovação da lei que permite que a Justiça determine como propriedade do Estado bens que tenham origem delitiva, como a corrupção. O projeto foi apresentado há dois anos pelo Mudemos, partido de Macri, mas não houve avanço nas negociações com a oposição.

Para o deputado governista Héctor Flores, houve uma demonstração, com as manifestações, que a sociedade argentina quer o fim da corrupção. Para o parlamentar, os 12 anos dos governos dos Kirchner - Néstor e Cristina - foram desastrosos para o país. 

*Com informações da Agência EFE.

Pelo menos três remessas de canabidiol importadas dos Estados Unidos por pacientes brasileiros, cada uma no valor médio de U$ 1 mil (cerca de R$ 3,8 mil), foram confiscadas pela alfândega americana nos últimos 30 dias por causa de um conflito das diferentes leis americanas.

Como o composto, feito à base de maconha, não é produzido no Brasil e só pode ser importado com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os pacientes prejudicados pelo confisco da encomenda não têm outra forma de conseguir a medicação e estão tendo pioras nos estados de saúde. O produto é usado no tratamento de diversas doenças, principalmente contra crises convulsivas.

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Inicialmente, os pacientes e a empresa importadora do produto acreditaram que a medicação havia sido furtada após chegar ao Brasil. Isso porque as caixas foram entregues lacradas na casa dos clientes, mas, ao serem abertas, estavam sem o medicamento, apenas com o isopor e a capa de alumínio que protege o produto. A Polícia Federal brasileira chegou a abrir inquérito para investigar o sumiço dos frascos de canabidiol.

Questionada pela reportagem, a empresa transportadora das mercadorias, a americana UPS, informou que, na verdade, os produtos não haviam sido furtados, mas, sim, interceptados pela U.S. Customs and Border Protection (CBP), a alfândega dos Estados Unidos, no Aeroporto de Louisville, no Estado do Kentucky, informação confirmada pelo órgão à reportagem.

Em nota, a alfândega afirma que "embora o uso de maconha, principalmente para fins medicinais, tenha sido descriminalizado em algum grau por alguns Estados dos EUA, a venda, posse, produção e distribuição de maconha continuam sendo ilegais sob a lei federal" do país. O órgão não informou por que apenas essas três encomendas foram confiscadas sob essa alegação, se dezenas de outras remessas do tipo são enviadas para o Brasil todos os meses.

Já a UPS afirmou que está "cooperando com a CBP, e trabalhando juntamente com nossos clientes, para que eles tenham todas as informações a respeito das circunstâncias do conteúdo confiscado de suas remessas". Enquanto isso, as famílias dos pacientes que ficaram sem remédio demonstram desespero pela falta.

Um dos prejudicados é Lázaro Medina Souza, de 23 anos, que sofre de epilepsia grave desde os cinco anos e toma o canabidiol para controlar as crises convulsivas. "Nós já tínhamos tentado de tudo, eram umas 20 crises por dia. Depois que começamos com o canabidiol, praticamente zerou. Agora já estamos há dez dias sem o remédio e ele voltou a ter crises. Em uma delas, ele caiu da cama e se machucou. Nós, que somos pais, não sabemos o que fazer", conta a operadora de caixa Valdenia Medina Sousa, de 41 anos.

Outro paciente afetado pelo problema é o garoto Felipe da Silva Marra, de 6 anos, que sofre de uma síndrome genética rara e usa o canabidiol há dois anos. "Além de controlar as crises convulsivas, o remédio ajudava na parte cognitiva e na irritabilidade. Com o canabidiol, ele fica mais feliz, mais sociável", comenta a fisioterapeuta Viviane Ferreira Marra, de 36 anos, mãe do menino.

Nova remessa

Representante da CBDRx Functional Remedies no Brasil, uma das fabricantes do produto nos Estados Unidos, Cassio Ismael diz que a empresa já envia o produto para o País há três anos e o confisco nunca havia acontecido. "Isso deve ser apurado rigorosamente para que não falte medicamento para os pacientes. O absurdo é não haver notificação nenhuma (do confisco) nem para a empresa que está vendendo nem para o paciente", declarou. De qualquer forma, a fabricante já providenciou outras três remessas de produto para os pacientes prejudicados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeitura do pequeno município de Santa Vitória do Palmar, no interior do Rio Grande do Sul, declarou estado de calamidade pública por causa dos reflexos da greve dos caminhoneiros. Todo combustível disponível foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação. Ou seja, quem tiver gasolina ou diesel sobrando deverá entregar à administração pública. Mas quase ninguém tem combustível na cidade, que fica a 240 quilômetros de Rio Grande e a 260 km de Pelotas.

A situação só não está pior porque na quinta-feira, 24, um produtor rural cedeu 400 litros para a prefeitura, que na quarta-feira, 23, só tinha 200 litros. "Toda semana recebemos 10 mil litros de combustível. Esta semana não recebemos nenhum", afirma o prefeito de Santa Vitória do Palmar, Wellington Bacelo.

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Com o baixo estoque, a prefeitura foi obrigada a suspender o transporte coletivo e as aulas. A cidade, de 31 mil habitantes, é a quarta maior em extensão no Estado. Tem 24 escolas espalhadas pela zona rural e urbana e 15 linhas escolares. "São 800 km de estradas no município. Vários alunos dependem do transporte para chegar às escolas, assim como médicos e enfermeiras, aos postos de saúde", diz o prefeito.

Todos os dias veículos da prefeitura levam e trazem pacientes para tratamento ou consultas médicas em Rio Grande. Mas até esse serviço está suspenso. Consultas e exames foram cancelados. Apenas alguns casos de tratamentos graves estão mantidos, conta o prefeito. Outro problema tem sido verificado nas fazendas. "Os produtores não conseguem enviar o leite para as cooperativas porque estão sem combustível. Vão perder tudo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria peruana confiscou cinco imóveis e congelou contas bancárias do ex-presidente Ollanta Humala e de sua mulher, Nadine Heredia, investigados por supostas contribuições da Odebrecht, uma semana após deixarem a prisão.

A Procuradoria explicou que os imóveis, situados em Lima ou nos arredores, serão entregues ao Programa Nacional de Bens Confiscados "em razão do fato de supostamente terem sido adquiridos com dinheiro ilícito". O julgamento do casal deve ocorrer em julho.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná apresentou à Justiça Federal na última quinta-feira, 19, pedido de alienação antecipada do apartamento de luxo de Nelson Leal Júnior em Balneário Camboriú (SC), sequestrado pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba durante a deflagração da Operação Integração. As informações foram divulgadas pela Procuradoria da República no Paraná.

A acusação aponta que a aquisição do apartamento teria ocorrido de forma oculta, com pagamentos de aproximadamente R$ 500 mil em espécie. A compra do imóvel, na denúncia oferecida no início deste mês, foi descrita como um ato de lavagem de dinheiro praticado por Leal.

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De acordo com os procuradores, o fato de o réu ter sido exonerado dos cargos que ocupava compromete sua renda e, consequentemente, põe em risco a manutenção do imóvel. Como o apartamento foi sequestrado pelo juízo, o MPF entendeu que há risco de deterioração do bem, o que pode comprometer a futura reparação do dano. Por isso, apontou-se a necessidade de sua imediata alienação.

Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), é apontado como o principal responsável pelo esquema fraudulento no órgão estatal. Conforme aponta a denúncia, ao mesmo tempo em que viabilizava os aditivos favoráveis à concessionária Econorte, Leal apresentou incremento patrimonial incompatível com seus rendimentos, usando recursos em espécie para aquisição do apartamento de luxo em questão. Segundo a acusação, Leal recebeu, entre 2013 e 2016, mais de R$ 2 milhões em depósitos sem comprovação de origem nas contas-correntes que controlava.

Defesa

A reportagem entrou em contato com a defesa de Nelson Leal, mas ainda não obteve retorno.

Ao condenar o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o juiz federal Sérgio Moro impôs a ele um confisco de R$ 7,35 milhões além de uma indenização no mesmo montante. O dinheiro, por ordem de Moro, será destinado ao caixa do Congresso.

Para o juiz da Lava Jato, no caso envolvendo o ex-senador, "a vítima não foi a Petrobras, mas o Congresso".

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Argello foi preso em abril na Operação Vitória de Pirro, desdobramento da Lava Jato, por supostamente blindar empreiteiros que formaram cartel na Petrobras entre 2004 e 2014. Argello integrava duas CPIs instaladas no Congresso para investigar desvios na estatal petrolífera.

"Para este crime, a vítima não foi a Petrobras, mas o Congresso, representando o recebimento de propina por integrante da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito, uma afronta à dignidade do Parlamento", afirmou Moro.

A investigação mostrou que Gim Argello recebeu R$ 7,35 milhões da UTC Engenharia, da Toyo Setal e da OAS em 2014. Segundo a força-tarefa, o repasse de propinas foi feito via doações eleitorais: R$ 5 milhões da UTC Engenharia, R$ 2 milhões da Toyo Setal e R$ 350 mil da OAS, montante destinado à Paróquia São Pedro, em Taguatinga.

Na mesma sentença, juiz da Lava Jato impôs ao empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, 8 anos e 2 meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Outro empreiteiro, Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, pegou 10 anos e seis meses de prisão pelos mesmos crimes.

O executivo Walmir Pinheiro Santana, ligado à UTC, foi condenado a 9 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Ricardo Pessoa e Walmir Santana são delatores da Lava Jato e vão cumprir penas estabelecidas em seus acordos de colaboração premiada.

"Assim, confisco do produto do crime e a indenização deverão ser revertidas ao Congresso. A condenação pela indenização mínima não se aplica aos condenados colaboradores, sujeitos ao confisco e à indenização específica prevista no acordo de colaboração e que abrangem este crimes e outros que são objeto de processos conexos. Valerão contra eles apenas se supervenientemente, descumprido o acordo", determinou Moro.

O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta segunda-feira, 22, o bloqueio de R$ 100 milhões do marqueteiro João Santana, da mulher dele, Monica Regina Cunha Moura, e das duas empresas controladas pelo casal, a Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda. e a Polis Propaganda & Marketing Ltda.

Moro também ordenou o confisco de mais R$ 75 milhões de outros três alvos da Operação Acarajé - R$ 25 milhões do executivo Fernando Miggliacio, da empreiteira Odebrecht, R$ 25 milhões da Eagle do Brasil Ltda. e R$ 25 milhões do engenheiro Zwi Skornicki.

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"Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos", assinalou a decisão.

O juiz considerou "os valores milionários" dos supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas atribuídos a Santana e aos outros investigados. Ele citou, como exemplo, "pagamentos ilegais, só na Shellbill, de US$ 7,5 milhões de dólares".

O juiz observou que "na hipótese probatória mais provável, tais valores destinar-se-iam a remunerar os serviços de publicidade prestados por João Santana e Mônica Regina ao Partido dos Trabalhadores, o que é bastante grave, pois também representa corrupção do sistema político partidário".

Europa

O Ministério Público da Suíça confirmou nesta segunda que uma quantia "substancial" de dinheiro depositada em nome de Santana em um banco do país foi congelada. As autoridades afirmaram que conduzem uma investigação que se concentrará a partir de agora em indícios e suspeitas sobre partidos, políticos e financiamento de campanhas - entre elas, a da presidente Dilma Rousseff em 2014.

Em um e-mail à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a procuradoria suíça indicou que não revelaria, por enquanto, o nome do banco ou os valores congelados em nome de Santana.

Os suíços já congelaram mais de 300 contas relativas ao escândalos da Petrobras e ampliaram as investigações diante de indícios de irregularidade envolvendo contas relativas à Odebrecht. No total, mais de US$ 400 milhões haviam sido identificados com origem suspeita, o que levou o MP local a admitir que o sistema financeiro foi afetado.

À reportagem, pessoas próximas ao processo admitiram, na condição de anonimato, que o caso deixou de ser "empresarial" e passou a ter "cunho político".

O parlamento dinamarquês aprovou nesta terça-feira, por uma maioria de 81 votos dos 109 presentes, a criticada reforma da lei de asilo, que tem como objetivo dissuadir os solicitantes de tentar a sorte no país, e que prevê o confisco de bens.

O texto, apresentado pelo governo do primeiro-ministro liberal Lars Løkke Rasmussen e apoiado por todas as formações de direita, estabelece um corte dos direitos sociais dos migrantes e prolonga os prazos para reagrupamento familiar e a concessão de permissão de residência permanente.

Depois de pouco menos de quatro horas de debate, o texto apresentado pelo governo do primeiro-ministro liberal Lars Løkke Rasmussen, foi aprovado em uma votação na qual 70 parlamentares se ausentaram, 27 votaram contra e um se absteve.

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