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Pesquisadores e universitários usaram as redes sociais para apontar falhas na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com as publicações, o problema no sistema ocorre desde o último sábado (24) e tem impossibilitanto o acesso aos currículos na Plataforma Lattes.

Neste dia, o perfil oficial do CNPq emitiu uma nota relatando que estão trabalhando para solucionar o problema. "Ainda não há previsão para o restabelecimento total. Todos os esforços estão sendo envidados para o pleno retorno o mais breve possível", explica a publicação.

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Entretanto, nesta terça-feira (27), o problema persiste, o que gerou reclamações e acusações de sucateamento das instituições pelo Governo Federal. "Esse governo tem na sua essência o negacionismo e o obscurantismo, que vão na contra mão da ciência...consigo entender facilmente o desmonte do CNPq. Infelizmente vamos demorar muito tempo pra desfazer toda a destruição das instituições que estamos passando", escreveu um internauta. "Essas falhas no CV Lattes estão se tornando constantes. Triste em ver o CNPq sendo sucateado dessa maneira", desabafou outro.

A plataforma divulgou um novo informe no final da noite da segunda-feira (26). Nele, o CNPq afirma que está trabalhando, juntamente com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, para reestabelecer o sistema a fim de "restaurar o acesso aos currículos na Plataforma Lattes o mais rápido possível". Confira o comunicado:

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O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, afirmou na última terça-feira (14) que educação “sempre foi prioridade” para o governo e que o orçamento do setor “vai crescer em 2019, sem sombra de dúvida”. Colnago participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

O ministro ressaltou, no entanto, que os gastos obrigatórios, principalmente com pagamento de pessoal, têm crescido ano a ano limitando a parte discricionária do Ministério da Educação (MEC), ou seja, a parte que pode ser aplicada livremente em políticas públicas e investimentos. “[O orçamento] vai crescer. Agora, a composição dele, não sei como vai ser. A despesa obrigatória cresce. Talvez tenha alguma restrição, alguma limitação na discricionária”, disse.

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Colnago foi convidado para tratar das perspectivas para a educação diante de um cenário de contingenciamento e após a divulgação da possibilidade de cortes de cerca de 200 mil bolsas de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no próximo ano.

O orçamento para 2019 será definido pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá ser encaminhada pelo Executivo até o dia 31 deste mês para ser analisada e aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo Colnago, o orçamento ainda está em discussão. “Estamos buscando no Executivo espaços para que os ministérios tenham a melhor solução possível”.

Congelamento de gastos públicos

Na audiência, Colnago disse que o país passa por período de ajuste fiscal, apresentando déficit nas contas desde 2014. “A situação fiscal do país não é confortável, exige medidas para reestruturar a situação fiscal do país”. Dentre os componentes da despesa, o ministro destacou o regime geral da previdência, que deverá ser responsável pelo equivalente a 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2018 e os gastos com pessoal, com 4,4% do PIB deste ano.

Colnago também defendeu a Emenda Constitucional 95, conhecida como a PEC do Teto, que limita os gastos públicos por 20 anos. Segundo ele, a emenda é necessária para que haja priorização de gastos.

“Não há qualquer contingenciamento com relação à função educação. Há certeza do governo da importância da educação e esse esforço vem sendo feito ao longo dos anos”, garantiu.

Dados apresentados pelo ministro mostram que o gasto da União na educação passou de R$ 44,1 bilhões em 2010 para R$ 97,8 bilhões em 2017. Para este ano, a previsão é de R$ 103,5 bilhões. Ele apontou, no entanto, que a despesa com pessoal e encargos sociais cresce a cada ano, limitando os recursos que podem ser livremente investidos pelo Ministério da Educação. Em 2012, esses gastos representavam 39,8% das despesas primárias da pasta. Em 2018, essa porcentagem chega a 58,1%.

Nos últimos dez anos, a despesa do MEC com pessoal ativo cresce a um ritmo mais acelerado que os demais órgãos. No MEC, esse crescimento no período foi de 165%, enquanto, nos demais, 30%. “Temos alocado recursos em gastos obrigatórios, o que penaliza o exercício de políticas por parte do governo. Definir isso é efetivamente prioridade do governo”.

Parlamentares discordam

Os argumentos do ministro em relação ao peso do valor gasto com pessoal no orçamento foram contestados por parlamentares. Pedro Uczai (PT-SC) afirmou que para cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014 que prevê metas para melhorar a educação até 2024, é preciso contratar mais professores e que os cortes não podem ser feitos no pessoal.

“No caso da educação, as despesas que têm crescido significam ampliação de atendimento, cumprimento de direito. Tem que abrir escola. O pessoal que cresce é esse pessoal que atende o direito do cidadão”, complementa a Professora Dorinha (DEM-TO). Dorinha destacou que, apesar do valor orçamentário crescer ano a ano, a parte livre dos gastos, cai ano a ano, prejudicando uma oferta de educação de qualidade.

Movimentos sociais

Grupo de estudantes ligados à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) organizou um protesto em frente ao anexo da Câmara dos Deputados onde ocorreu a audiência. Eles são contra os possíveis cortes no setor. As entidades também participaram da audiência com outras organizações ligadas à educação. Elas traziam cartazes com os dizeres: “Contra Cortes na Educação”.

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) poderá perder mais um terço dos recursos em 2019, segundo a proposta orçamentária em discussão. Nesse caso, para não cortar bolsas, o órgão terá de praticamente zerar investimentos em pesquisa.

Pela proposta inicial, o orçamento do CNPq - principal agência de fomento à pesquisa científica no País - cairia de R$ 1,2 bilhão para R$ 800 milhões; uma redução de 33%. "É um valor inaceitável", disse ao Estado, com exclusividade, o presidente do conselho, Mario Neto Borges. Só as bolsas atuais já custam mais do que isso: cerca de R$ 900 milhões. O CNPq paga atualmente cerca 80 mil bolsistas, em sua maioria jovens pesquisadores que formam a base da pirâmide de ciência e tecnologia no Brasil.

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Diferentemente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) - órgão do Ministério da Educação que financia a pós-graduação de forma geral e também alega não ter verba para suprir financiamentos em 2019 - o CNPq tem todas as bolsas atreladas a projetos de pesquisa.

A missão principal do conselho, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), é fomentar o desenvolvimento científico do País, ressalta Borges. Mas os cortes orçamentários dos últimos anos desidrataram o órgão de tal forma que só resta dinheiro para bolsas, e quase nada para auxílio à pesquisa.

No orçamento deste ano, R$ 900 milhões são para bolsas e R$ 300 milhões, para o financiamento de projetos. O órgão também recebe recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), mas são recursos sujeitos a contingenciamento.

Dois programas de importância estratégica para a ciência do País - já prejudicados fortemente pelos cortes orçamentários dos últimos anos - seriam diretamente afetados pela falta de recursos: o Edital Universal - voltado para jovens pesquisadores - e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.

"Confesso que estou perplexo", disse o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC). "É a política de terra arrasada. O orçamento deste ano já é terrível, e agora pode ficar ainda pior."

Borges disse que continuará dando prioridade ao pagamento das bolsas, já que, além de dar suporte à pesquisa, elas são um fonte de sustento de milhares de estudantes.

Justificativa. O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão disse que os valores do orçamento ainda não estão fechados, e definiu apenas o montante total para cada pasta. "A partir disso, cada ministério tem autonomia para decidir como vai aplicar seus recursos."

Nesse caso, quem responde pelo orçamento do CNPq é o MCTIC. A pasta de Ciência e Tecnologia, comandada pelo ministro Gilberto Kassab, disse que os valores previstos são "suficientes para o custeio de atividades", mas não para a realização de investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação Bill&Melinda Gates está realizando o concurso Grand Challenges Explorations, que oferece US$ 100 mil para projetos de pesquisa humanitária com duração de 18 meses, exclusivamente para brasileiros. O número de vagas não foi informado e as inscrições seguirão abertas até o dia 2 de maio

O concurso é realizado através de uma parceria entre a fundação, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo é desenvolver experiências de ciência da informação, epidemiologia e saúde pública no Brasil abordando questões prioritárias em saúde materna e infantil, através da ciência de dados. 

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Não é preciso ter doutorado, mestrado ou graduação para concorrer, sendo possível inclusive a participação de instituições. Os interessados devem descrever sua ideia de pesquisa em duas páginas, enviando uma cópia em português e outra em inglês, separadas em duas seções: uma deve explicar a ideia e a outra é sobre como pretende testar o projeto. Para mais informações, acesse o site da Fundação Bill&Melinda Gates

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Por meio de editais de fomento, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai oferecer R$ 6,7 milhões para a realização de feiras, mostras e olimpíadas científicas. Os órgãos e institutos interessados em promover esse tipo de atividade já podem se inscrever para captar os recursos. A medida visa à manutenção das políticas de popularização da ciência no País.

O apoio de R$ 3,5 milhões à realização de olimpíadas científicas em âmbito nacional é um reconhecimento das competições como instrumentos de popularização da ciência e melhoria dos ensinos fundamental e médio. O edital também prevê apoio a olimpíadas científicas internacionais no Brasil, nas fases finais.

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Mostras

Já o edital para apoiar a realização de feiras de ciências e mostras científicas nacionais, estaduais e municipais também permite a identificação de jovens talentosos que possam ser estimulados a seguir carreiras técnico-científicas e docente. Além disso, possibilita a seleção dos melhores trabalhos para participação em feiras e mostras internacionais. O valor da chamada é de R$ 3,2 milhões.

Os anúncios integram um pacote de R$ 25,75 milhões, distribuídos em seis chamadas públicas do CNPq, em apoio a pesquisas integradas e sustentáveis na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica, no Pampa, no Pantanal e em baías fluviais e marinhas do litoral brasileiro; e à implantação, manutenção e monitoramento de redes de inventário da biota na Amazônia Legal.

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Na última sexta-feira (28), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) publicou quatro editais de cooperação internacional para o desenvolvimento de projetos de pesquisadores brasileiros com a França e com a Alemanha. Confira a lista de programas e seus editais:

Probral

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O programa Probral, que apoia projetos de pesquisa desenvolvidos por brasileiros e alemães vinculados a instituições de ensino superior e pesquisa públicas e privadas, além de incentivar a mobilidade de alunos e professores de doutorado e pós-doutorado. Confira o edital.  

Brafitec 

O edital do Brafitec busca fomentar o intercâmbio entre instituições do Brasil e da França através da seleção de projetos de parcerias na área de Engenharia em diversos níveis de estudo e pesquisa, inclusive na graduação. 

Bragfost 

O simpósio binacional Bragfost é realizado alternadamente no Brasil e na Alemanha reunindo 60 jovens cientistas dos dois países para discutir linhas de pesquisa e promover debates interdisciplinares. Confira o edital do evento. 

Capes e Cnpq 

A chamada visa a formação de professores e pesquisadores para a consolidação da cooperação científica entre Brasil e Alemanha em todas as áreas do conhecimento. Para mais informações, acesse o edital e a página do programa.

Até o ano de 2015, mil bolsas de estudos serão oferecidas para estudantes do último ano de graduação e para recém-formados que desenvolverem projetos de inovação nas empresas. É o que promete a parceria firmada, nessa terça-feira (27), entre o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O convênio integra a agenda da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao todo, o CNPq vai investir R$ 29 milhões no pagamento das bolsas. Os recursos são oriundos do Fundo Verde-Amarelo, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O acordo, denominado “Inova Talentos”, prevê que as empresas apresentem projetos de inovação.

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As propostas poderão ser inscritas do dia 3 de setembro e 11 de novembro, por meio da grande rede. De acordo com o CNI, os projetos aprovados contarão com o trabalho de profissionais financiados pelo CNPq e a seleção deles será feita pelo IEL e custeada pela empresa. Isso serve também para treinamentos e acompanhamento dos trabalhadores.

Também deverão apresentar projetos os estudantes que querem concorrer às bolsas. Os trabalhos, também abrangendo a ideia de inovação, receberão avaliação de uma banca examinadora composta por especialistas no tema. Segundo o CNI, os selecionados receberão bolsas que podem chegar a R$ 3 mil mensais, durante um ano.

“Esse programa propiciará às empresas mecanismos e informações para se tornarem cada vez mais inovadoras”, destaca o presidente do CNI, Robson Braga de Andrade, conforme informações da assessoria de comunicação da instituição.

Uma portaria, publicada nesta quarta-feira (12), no Diário Oficial da União (DOU), tornou público que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) definiu a relação de cidades de alto custo, para quais o órgão pagará adicional de localidade às mensalidades de bolsa no exterior.

Segundo o documento, a publicação já está em vigência e é retroativo ao dia 1º de junho. Outros detalhes informativos sobre a portaria podem ser obtidos por meio do DOU.





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