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As últimas semanas de 2023 foram marcadas por um aumento do número de casos confirmados de Covid-19 em Pernambuco. No entanto, a primeira semana de 2024 apresentou uma leve queda, em comparação ao período anterior. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que a tendência é seguir “numa diminuição sustentada de Covid-19 para as próximas semanas”. 

Segundo a pasta, na primeira semana epidemiológica, de 31 de dezembro até 6 de janeiro, o número de casos confirmados foi de 1.728, com um índice de 28,4% de positividade. “Os números de notificados e confirmados para Covid-19 mantêm a tendência de redução na quantidade absoluta de casos. A positividade diminui mais lentamente”, relatou a SES-PE, por meio de nota. 

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Os períodos mais críticos de casos confirmados ocorreram entre as semanas epidemiológicas 49 e 51, que contam do dia 3 a 23 de dezembro de 2023. Apenas nesse período, foram somados 10.556 casos, com uma variação de positividade de 29,9%, no pico, que contabilizou 13 óbitos. Os números absolutos passaram a diminuir gradualmente a partir da última semana do ano, que contou com 2.168 casos confirmados. A tendência de queda se deu também no número de mortes, que chegou a zero na primeira semana de 2024. 

Confira os números das últimas semanas de 2023: 

O número de internações também variou no mesmo período. A semana epidemiológica mais crítica foi a 49, quando houve 153 pessoas internadas. Nas semanas seguintes da 50 às 52, houve queda gradual, variando de 128 e 122. A primeira semana da 2024 contou 98 intervenções hospitalares. Confira a lista abaixo: 

Internações: 
SE 44 - 138 
SE 45 - 147 
SE 46 - 140 
SE 47 - 131 
SE 48 - 145 
SE 49 - 153 
SE 50 - 128 
SE 51 - 122 
SE 52 - 128 
SE 01/2024 - 98 

No entanto, a SES-PE reforçou que os leitos contados servem para o “acompanhamento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que não apenas envolvem os casos de Covid-19".  

Vacinas 

As vacinações, segundo a Secretaria, cabem às gestões municipais para a “realização das estratégias de aplicação, que incluem a abertura dos postos de saúde volantes, visita casa a casa, vacinação em locais com grande circulação de público, em escolas, entre outras”. 

No Recife, os postos de vacinação podem ser verificados no site Minha Vacina https://minhavacina.recife.pe.gov.br/locais-sem-agendamento" rel="noreferrer noopener" target="_blank">https://minhavacina.recife.pe.gov.br/locais-sem-agendamento, onde também é possível se cadastrar e agendar. 

Calendário Nacional de vacina do SUS 

Como uma forma de estimular e facilitar o registro das vacinações, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu, a partir de janeiro de 2024, as aplicações de doses contra a Covid-19 em seu calendário nacional para crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade.  

Entre as estratégias aplicadas, a imunização de grupos prioritários está em vigor o intervalo de seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Já o intervalo anual de vacinação será disponível para as seguintes populações: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua. 

Testes 

De acordo com a Secretaria de Saúde, a oferta de testagem para detecção da Covid-19 também é realizada pelas gestões municipais. Não foi informado quantos equipamentos de testagem foram distribuídos pelo estado. 

 

Pelo menos sete pessoas ficaram cegas após participarem de um mutirão de cirurgias contra catarata em Macapá, capital do Amapá. Ao todo, 104 dos 141 pacientes submetidos ao procedimento apresentaram alguma complicação que teria sido causada por um fungo, de acordo com a Secretaria de Saúde estadual (Sesa). Os Ministérios Públicos Federal e Estadual investigam o caso.

O mutirão de cirurgias foi realizado em 4 de setembro e fazia parte do programa Mais Visão, que recebe emenda parlamentar e é executado por uma empresa contratada para prestação do serviço por meio de convênio entre o Estado e o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capuchinhos).

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De acordo com a Sesa, do total de 141 pessoas atendidas, 104 foram contaminadas pelo fungo Fusarium, que provocou um quadro de endoftalmite, tipo raro de infecção produzido pela ação de microrganismos que penetram na parte interna do olho, como tecidos, fluidos e estrutura. Dentre os pacientes com complicações, sete deles precisaram passar por evisceração, quando o globo ocular é removido do crânio.

Segundo o governo do Estado, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) iniciou uma investigação para identificar o que motivou as infecções "assim que foi notificada pelo problema". "Após análises foi encontrado o fungo Fusarium, que provoca a endoftalmite", informou em nota.

O programa teve início em 2020, no Amapá, e, de acordo com o Capuchinhos, já realizou mais de 100 mil atendimentos, sendo a maior parte deles referente às cirurgias de catarata (50 mil). "A Secretaria de Estado da Saúde repassa os recursos federais para a entidade, que por sua vez, contrata uma empresa terceirizada responsável pelos procedimentos aos pacientes. O último repasse feito pelo convênio foi em setembro", afirmou a pasta por meio de nota.

"O Estado entende que a trajetória do Mais Visão ajudou milhares de pessoas com casos bem-sucedidos e com inúmeros relatos de retorno total da visão. Ainda assim, diante do ocorrido, os Capuchinhos paralisaram os atendimentos imediatamente após os primeiros relatos de infecção e, no dia 6 de outubro, o programa foi suspenso."

"O suporte dado às famílias pela empresa responsável pelos procedimentos também é acompanhado de perto pelo governo do Estado. Os pacientes estão recebendo serviços médicos 24 horas, medicação, transporte, deslocamento a outros Estados e atendimento psicológico", afirmou a administração estadual.

Ainda na semana passada, o Ministério Público do Amapá ouviu representantes de órgãos envolvidos no que se refere como "incidente" no Programa Mais Visão. Participaram do encontro o governador do Amapá, Clécio Luis; a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli; o procurador-geral do Estado, Tiago Albuquerque; e a superintendente de Vigilância em Saúde, Ana Cláudia Monteiro.

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que peixes consumidos nos principais centros urbanos da Amazônia estão contaminados por mercúrio. Os resultados mostram que os peixes de todos os seis estados amazônicos apresentaram níveis de contaminação acima do limite aceitável (maior ou igual a 0,5 microgramas por grama), estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo, realizado em parceria com o Greenpeace Brasil, o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o Instituto Socioambiental e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), indica que os piores índices estão em Roraima, onde 40% dos peixes têm mercúrio acima do limite recomendado, e no Acre, onde o índice é de 35,9%. Já os menores indicadores estão no Pará (15,8%) e no Amapá (11,4%).  

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“Na média, 21,3% dos peixes comercializados nas localidades e que chegam à mesa das famílias na região Amazônica têm níveis de mercúrio acima dos limites seguros”, destacou a Fiocruz, por meio de nota, ao destacar que, em todas as camadas populacionais analisadas, a ingestão diária de mercúrio excedeu a dose de referência recomendada.  

No município citado como mais crítico, Rio Branco, a potencial ingestão de mercúrio ultrapassou de 6,9 a 31,5 vezes a dose de referência indicada pela Agência de Proteção Ambiental do governo norte-americano.

“As mulheres em idade fértil – público mais vulnerável aos efeitos do mercúrio – estariam ingerindo até nove vezes mais mercúrio do que a dose preconizada; enquanto crianças de 2 a 4 anos, até 31 vezes mais do que o aconselhado”, alertou a Fiocruz.

Em Roraima, segundo estado considerado mais crítico, a potencial ingestão de mercúrio extrapolou de 5,9 a 27,2 vezes a dose de referência.

“Considerando os estratos populacionais mais vulneráveis à contaminação, mulheres em idade fértil estariam ingerindo até oito vezes mais mercúrio do que a dose indicada e crianças de 2 a 4 anos, até 27 vezes mais do que o recomendado”.

A pesquisa

Segundo a Fiocruz, a pesquisa buscou avaliar o risco à saúde humana em função do consumo de peixes contaminados, por meio de visitas a mercados e feiras em 17 cidades amazônicas onde foram compradas as amostras utilizadas. O levantamento foi realizado de março de 2021 a setembro de 2022 no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, em Rondônia e em Roraima.  

As amostras foram coletadas nos municípios de Altamira (PA), Belém (PA), Boa Vista (RR), Humaitá (AM), Itaituba (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Maraã (AM), Oiapoque (AP), Oriximiná (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santarém (PA), São Félix do Xingu (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tefé (AM).  

Foram avaliados 1.010 exemplares de peixes, de 80 espécies distintas, comprados em mercados, feiras e diretamente de pescadores, simulando o dia a dia dos consumidores locais. Do total geral de amostras, 110 eram peixes herbívoros (que consomem alimentos de origem vegetal), 130 detritívoros (que consomem detritos orgânicos), 286 onívoros (que consomem alimentos de origem animal e vegetal) e 484 carnívoros (que consomem alimentos de origem animal).  

Os carnívoros, mais apreciados pelos consumidores finais, apresentaram níveis de contaminação maiores que as espécies não-carnívoras. A análise comparativa entre espécies indicou que a contaminação é 14 vezes maior nos peixes carnívoros, quando comparados aos não carnívoros.

“A principal recomendação que os pesquisadores fazem é ter maior controle do território amazônico e erradicar os garimpos ilegais e outras fontes emissoras de mercúrio para o ambiente”, concluiu a Fiocruz. 

Uma empresa de produtos naturais na Austrália emitiu um recall depois que centenas de pessoas relataram sintomas preocupantes, incluindo alucinações, ao comer o espinafre de um lote da marca. A Food Standards Austrália e Nova Zelândia, órgão fiscalizador, está trabalhando com empresas de alimentos e autoridades estaduais para coordenar o recolhimento nacional. 

“Os consumidores que compraram o lote de espinafre em questão não devem comê-lo e devem descartá-lo”, disse a agência em comunicado na sexta-feira (16). As entidades acreditam que o produto, o “Baby Spinach”, da marca Riviera Farms, pode ter sido acidentalmente contaminado, levando as pessoas a sofrer possíveis reações tóxicas, como alucinações, arritmia cardíaca, visão turva, febre e desidratação. 

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Uma das vítimas da contaminação, Sajju Dangol, disse à NSW que todos os membros de sua família se sentiram mal depois de comer o espinafre. Todos eles tinham visão turva, dor de cabeça e alucinações. O produto, no entanto, não sofreu alteração no cheiro, cor ou textura. 

O recall nacional inclui sacos de espinafre vendidos pela Costco em New South Wales, Victoria e ACT, com datas de validade de 16 de dezembro até 28 de dezembro. A NSW Health disse que estava trabalhando com outras jurisdições para investigar o problema e, na noite de sexta-feira (16), 47 pessoas relataram sintomas após comer o Baby Spinach, pelo menos 17 das quais procuraram ajuda médica. Desde então, já foram feitas mais de 200 notificações do tipo. 

Em um comunicado, a Riviera Farms disse que emitiu um recall de todos os seus produtos nos lotes com datas de validade até 28 de dezembro, como medida de precaução.  

 

Mais uma empresa anunciou o recolhimento de petiscos para animais após os casos envolvendo intoxicação de cães por suspeita de ingestão de produtos contaminados. Em comunicado no site e nas redes sociais, a Balance anunciou nesta semana o recall imediato de três lotes do produto Balance Bifinhos. Ao menos 54 mortes suspeitas de pets são investigadas em todo o País.

Conforme a empresa, a presença de propilenoglicol contaminado foi verificada após análises feitas por técnicos contratados. "Em setembro, tão logo recebemos resultados conclusivos que apontaram a presença de etilenoglicol em lotes do Snack Dental Balance, iniciamos o recolhimento (recall) desses produtos do mercado e das casas dos consumidores", disse o comunicado.

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Na segunda quinzena de outubro, também foi detectada a substância na linha de bifinhos da Balance, o que levou a empresa a pedir a suspensão imediata de três lotes:

- Balance Bifinhos Filhote Frango

LOTE 22V074

Fabricado em 15.03.2022

- Balance Bifinhos Carne Vegetais

LOTE: 22V085

Fabricado em 26.03.2022

- Balance Bifinhos Frango Assado

LOTE: 22V085

Fabricado em 26.03.2022

"Importante ressaltar que qualquer outro produto Balance que não seja o Snack Dental ou que não esteja entre esses três lotes de Bifinhos pode continuar sendo consumido pelo seu pet", acrescentou em nota.

Além do recall de produtos por parte da Balance, a Bassar Indústria e Comércio Ltda, a FVO Alimentos Ltda, a Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais, a Upper Dog comercial Ltda e a Petitos receberam a determinação do Ministério da Agricultura para o recolhimento de produtos após a detecção do uso de dois lotes de propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol (AD5035C22 e AD4055C21), fornecidos pela empresa Tecnoclean. Veja aqui a lista dos produtos recolhidos.

Utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, o propilenoglicol é geralmente usado para ajudar na conservação de alimentos e dar maciez. É permitido desde que seja adquirido de empresas registradas. Já o monoetilenoglicol, conhecido também como etilenoglicol, é uma substância tóxica geralmente usada para refrigeração e encontrada em baterias, motores de carro e freezers ou geladeiras.

Em paralelo às investigações do Ministério da Agricultura, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em 28 de setembro nova resolução que complementa medidas de fiscalização anteriores relacionadas ao propilenoglicol com indícios de contaminação com monoetilenoglicol. Com isso, ficam proibidos a distribuição, a comercialização e o uso, além de determinado o recolhimento, de todo o propilenoglicol que contenha números de lotes com os códigos 5053C22 e 4055C21 (acrescentado ou não por letras iniciais complementares) e dos produtos fabricados a partir deles. Veja aqui a lista atualizada.

Anteriormente, em 12 de setembro, a Anvisa já havia suspendido a comercialização, distribuição, manipulação e uso de dois lotes do ingrediente propilenoglicol fornecido pela empresa Tecnoclean Industrial Ltda (AD5035C22 e AD4055C21), após ser identificada a contaminação da substância fornecida. A Tecnoclean, por sua vez, diz ter usado insumos importados.

Em outra decisão, em 22 de setembro, a Anvisa publicou resolução proibindo a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda (nome fantasia Keishi) fabricados entre 25 de julho e 24 de agosto, assim como o recolhimentos dos produtos.

Veja a nota da Balance na íntegra:

Caso Etilenoglicol - Recall de Snack Dental e de três lotes do produto Balance Bifinhos

Em respeito a você e ao seu pet, viemos explicar alguns fatos e fazer um pedido importante diante dos casos de contaminação de produtos por etilenoglicol.

Assim como outras marcas, a Balance também comercializa produtos que são de fabricação de fornecedores terceirizados, como é o caso do Snack Dental e dos Bifinhos Balance.

Desde que os primeiros casos suspeitos vieram à tona, nós temos cobrado explicações desses fornecedores - Bassar, no caso do Snack Dental; e Patense, no caso de Bifinhos - e ambos nos asseguraram que os produtos deles que comercializamos não estavam com suspeitas de contaminação por etilenoglicol.

No entanto, respeitando os nossos valores inegociáveis de qualidade, segurança e integridade, optamos por conduzir análises técnicas próprias e independentes em ambas as linhas de produtos.

Em setembro, tão logo recebemos resultados conclusivos que apontaram a presença de etilenoglicol em lotes do Snack Dental Balance, iniciamos o recolhimento (recall) desses produtos do mercado e das casas dos consumidores.

Na segunda semana de outubro, viemos pedir a você, tutor, que suspenda imediatamente o consumo dos três lotes a seguir de Bifinhos Balance e acione os nossos canais de atendimento para que seja realizado um processo de recolhimento (recall) de todos os produtos Balance Bifinhos desses lotes. São eles:

- Balance Bifinhos Filhote Frango

LOTE 22V074

Fabricado em 15.03.2022

- Balance Bifinhos Carne Vegetais

LOTE: 22V085

Fabricado em 26.03.2022

- Balance Bifinhos Frango Assado

LOTE: 22V085

Fabricado em 26.03.2022

Importante ressaltar que qualquer outro produto Balance que não seja o Snack Dental ou que não esteja entre esses três lotes de Bifinhos pode continuar sendo consumido pelo seu pet normalmente, pois atendem rigorosamente aos nossos padrões de qualidade e controle, estando, portanto, dentro da conformidade de segurança.

Continuamos acompanhando e auxiliando as investigações junto ao MAPA e demais órgãos competentes, acatando todas as orientações e medidas responsáveis que nos são solicitadas.

Nos colocamos à disposição para lhe atender diretamente e tirar suas dúvidas por meio dos nossos canais de atendimento ao consumidor, no site, ou no número 0800 728 2822 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h).

Donos de cães passam a optar por alimentos naturais

Com a série de mortes de cães com suspeita de intoxicação por petiscos para pets, donos de animais de estimação alteraram a rotina de seus pets. Entre as mudanças, os tutores evitam snacks industrializados, recorrem a petiscos caseiros e até frutas.

Os fabricantes afirmam seguir padrões de qualidade e dizem que os clientes devem evitar somente os lotes especificados pelo governo. Já os especialistas alertam que os pets devem ingerir somente comida indicada por profissionais, mesmo quando se tratam de alimentos naturais.

Pernambuco tem atravessado um período difícil provocado pelas fortes chuvas. Nessa época, junto com inundações de rios e córregos temos a presença de agentes infecciosos nas águas, com sintomas que podem demorar a surgir. Além do temporal, o acúmulo de lixo nas ruas e a possibilidade de animais, como ratos, contaminarem a água com sua urina propiciam as infecções.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), até o momento foram notificados 120 casos suspeitos de leptospirose, sendo 28 confirmados, 29 descartados e 63 que permanecem em investigação - dois óbitos foram confirmados. 

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Esses dados são referentes a última atualização que leva em consideração os casos do início de 2022 até o dia 7 de maio deste ano. Os municípios com maiores incidências são Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda.

A SES detalha que a leptospirose é uma doença infecciosa transmitida ao homem pela urina de roedores, principalmente por ocasião das enchentes. A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais (bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a leptospirose ao homem). 

Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas. Podem também ocorrer vômitos, diarréia e tosse. Nas formas graves, geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelados), sangramento e alterações urinárias. Pode haver necessidade de internação hospitalar. 

A pasta aponta ainda que o período de incubação, ou seja, o tempo que a pessoa leva para manifestar os sintomas desde a infecção da doença pode variar de 1 a 30 dias e, normalmente, ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição à situação de risco.

Como a população pode se proteger?

Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de contaminação, rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção de galerias de esgoto e águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desassoreamento, limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações humanas e o controle de roedores.

É importante evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.

Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil. A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos), disponível em serviços particulares, evita que estes adoeçam e transmitam a doença por aqueles sorovares que a vacina protege, ficando a critério do proprietário, vacinar ou não o animal, sendo válida como estratégia de proteção individual.

Nesta sexta-feira (13), Pernambuco registrou 639 pessoas contaminadas pela Covid-19, sendo a maioria dos casos (99,4%) leves. Agora, Pernambuco totaliza 930.411 confirmações da doença, sendo 58.569 graves e 871.842 leves.

A Secretaria Estadual de Saúde também contabilizou quatro óbitos antigos que foram recuperados pelas unidades de saúde e/ou secretarias municipais, ocorridos entre os dias 9 e 25 de fevereiro deste ano. Com isso, o Estado totaliza 21.657 mortes pelo novo coronavírus.

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A China registrou nesta quinta-feira (10) 402 novos casos de coronavírus, quase o dobro do número de quarta-feira (9), no momento em que a contagiosa variante ômicron está presente em um terço das províncias do país.

Apesar dos números muito reduzidos na comparação com grande parte do mundo, o balanço representa o maior nível de contágio para a China desde março de 2020.

O primeiro país a detectar o vírus no fim 2019 segue uma política rígida que permitiu conter a pandemia, mas com um elevado custo social e econômico.

Com a detecção de poucos casos em uma região ou cidade, as autoridades impõem geralmente severas medidas de confinamento e organizam testes em larga escala entre a população.

Depois de mais de dois anos de pandemia, o questionamento é cada vez maior sobre a viabilidade da estratégia, enquanto o resto do mundo tenta recuperar a normalidade e conviver com o vírus.

Em seu discurso anual no Parlamento, o primeiro-ministro Li Keqiang afirmou no sábado que a China deveria otimizar as medidas contra a epidemia.

A maioria dos novos casos de quinta-feira foi registrada na província de Jilin (nordeste), fronteira com a Coreia do Norte, e na cidade portuária de Qingdao (leste).

Apesar do aumento de casos, as autoridades locais parecem adotar uma estratégia mais moderada.

A capital de mesmo nome de Jilin não decretou um confinamento e apenas ordenou que os cidadãos evitem deslocamentos desnecessários.

Em Qingdao, apenas os habitantes das áreas em que foram detectados casos da variante ômicron estão sendo submetidos a testes em larga escala.

Como comparação, em outubro de 2020 esta metrópole de 10 milhões de habitantes organizou testes para todos os moradores após a detecção de alguns casos.

Em dezembro, as autoridades de Xi'an (norte) determinaram um confinamento de um mês aos 13 milhões de habitantes após um foco da doença na cidade. Este foi o confinamento mais prolongado na China desde o fechamento de Wuhan (centro), primeiro foco da pandemia, entre janeiro e abril de 2020.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de um lote de filé-mignon da marca BF Meat, após o Ministério da Agricultura identificar que o produto estava contaminado pela bactéria salmonella. A decisão da agência, publicada na terça-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU), proíbe a comercialização, distribuição e uso do lote de 27 de janeiro de 2022, com validade no dia 28 de março.

Os locais em que o lote contaminado foi distribuído não foram informados na publicação, mas os procedimentos para recolhimento são de responsabilidade da empresa produtora da carne bovina. Caso o cliente tenha comprado filé-mignon do lote informado, é necessário entrar em contato com a empresa, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) disponível no rótulo. A BF Meat irá recolher voluntariamente o lote.

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As infecções por salmonella são extremamente comuns – Salmonella é um grupo de bactérias que comumente causam doenças transmitidas por alimentos. Uma infecção pela bactéria é chamada de salmonelose (ou salmonella), e é possível contraí-la consumindo produtos alimentícios contaminados, incluindo aves cruas, ovos, carne bovina e, em alguns casos, frutas e legumes. Também é possível pegar salmonella ao manusear animais de estimação – principalmente alguns pássaros e répteis.

A salmonella causa uma doença gastrointestinal leve a grave chamada gastroenterite, que também é conhecida como gripe estomacal. Os sintomas geralmente começam entre seis horas e seis dias após a exposição à bactéria (embora possa levar várias semanas para algumas pessoas desenvolverem sintomas. Os sintomas comuns incluem diarreia, cólicas abdominais, febre, dor de cabeça, náusea e vômito, e perda de apetite.

Pessoas infectadas naturalmente pelo Sars-CoV-2 e vacinadas contra o vírus apresentam imunidade reforçada e mais duradoura contra a Covid-19. As conclusões estão em um estudo da Universidade do Oregon, nos EUA, publicado nesta quinta-feira (28) na versão online da revista Science Immunology. De acordo com a pesquisa, a quantidade de anticorpos no sangue de pessoas que foram infectadas e vacinadas é até dez vezes maior na comparação com as só vacinadas.

Os pesquisadores analisaram a resposta imunológica de 104 pessoas que estavam vacinadas contra a covid-19. Elas foram divididas em três grupos. O primeiro tinha 42 vacinados sem contágio prévio. O segundo era formado por 31 pessoas que receberam imunizante após uma infecção pela doença. Outros 31 foram infectados depois da vacinação.

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Em seguida, os cientistas coletaram sangue dos participantes. As amostras foram expostas em laboratório a três variantes do Sars-CoV-2. As cepas escolhidas foram a Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Delta (B.1.617.2). A Ômicron não foi testada. "A imunidade gerada apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta mais forte, outras não", explicou um dos coautores do estudo - Marcel Curlin, professor de doenças infecciosas na Escola de Medicina da Universidade do Oregon. "Mas a vacinação combinada à imunidade pela infecção quase sempre oferece resposta robusta."

Os resultados mostraram que os dois grupos com "imunidade híbrida" (vacinados e infectados), independentemente da ordem, geraram os maiores níveis de anticorpos em comparação ao grupo que apenas recebeu a vacina. O estudo foi feito antes do surgimento da variante Ômicron. Ela vem se disseminando em uma velocidade inédita. Mas os pesquisadores acreditam que as respostas imunológicas híbridas devem ser igualmente robustas com a nova variante que é altamente contagiosa.

"A possibilidade de nos infectarmos agora é alta porque há muito vírus ao nosso redor neste momento", afirmou outro coautor do estudo - Fikadu Tafesse, professor assistente de microbiologia molecular e imunologia. "O melhor que podemos fazer agora é tomar a vacina o quanto antes. Então, se o vírus vier, teremos um caso leve da doença e ficaremos com uma superimunidade."

Como boa parte da população mundial já está vacinada e a nova variante é extremamente contagiosa muitos pesquisadores acreditam que a pandemia pode estar próxima do fim. "A essa altura, muitas pessoas já vacinadas devem pegar a doença e alcançar a imunidade híbrida", disse o coautor Bill Messer, também professor de Medicina. "Com o passar do tempo, o vírus terá de enfrentar uma humanidade com uma imunidade cada vez mais robusta."

Endemia

Neste ponto, acreditam aos autores, a doença tende a se tornar endêmica. Cientistas ressaltam que, embora as conclusões reforcem as de estudos anteriores, a amostra usada foi pequena, o contágio ocorreu em laboratório, e a Ômicron não foi testada. Por isso, dizem, a vacinação continua imprescindível.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O futuro sem o coronavírus parece cada vez mais incerto, isso porque mesmo após a redução dos casos de contaminação diante da vacinação e das políticas de contenção da doença, houve neste começo de 2022 registros crescentes de infectados, além do surgimento da variante, a Ômicron. Segundo os dados do consórcio dos veículos de imprensa, houve um aumento de 170% em relação aos casos registrados em 14 dias.

Neste cenário de retrocesso, medidas que pareciam prestes a serem flexibilizadas, como o distanciamento social e o cancelamento de atividades presenciais, voltaram a ser consideradas.

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Dessa maneira, quem também sofre com o aumento de casos é o ambiente de trabalho, onde empregadores e funcionários precisam não só relembrar as medidas preventivas, como também se atualizar enquanto a conduta correta diante de casos de infectados pela Covid-19.

Em entrevista ao LeiaJá, a gestora de Recursos Humanos Alessandra Alves reforça o papel da empresa em cumprir as medidas necessárias. “É fundamental que a empresa desenvolva uma política de orientações tanto para prevenção do contágio, como a disponibilização de máscaras, álcool em gel e materiais informativos, quanto para casos de diagnóstico positivos de funcionários, como o afastamento do profissional, a adoção do modelo home office ou mesmo antecipação das férias para redução do fluxo de funcionários no ambiente.”

A reportagem também conversou com o advogado e professor de direito trabalhista, Fábio Porto, que esclareceu qual a conduta correta: “O funcionário deve ser afastado imediatamente das suas funções laborais, ainda que esteja assintomático, bem como, não pode ser demitido durante sua ausência para tratamento da doença.”

O advogado ainda ressalta que não é razoável exigir atestado médico, pois obrigaria o funcionário a comparecer a uma unidade de saúde, que já está sobrecarregada pelo aumento de casos.

Fábio ainda esclarece o direito do funcionário ao afastamento e as leis que o asseguram nesse momento. "A Lei n° 14.128/21, de 26/03/2021, referente ao estado de pandemia vivenciado globalmente, determina que o trabalhador deve se ausentar do trabalho por um período mínimo de 7 (sete) dias, dispensada a apresentação de atestado médico. Apenas no 8º dia de ausência e isolamento, deve o funcionário apresentar justificativa para sua falta, que pode ser o documento da unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) ou documento eletrônico regulamentado pelo Ministério da Saúde."

Para orientar ainda mais empregadores e funcionários diante de casos de Covid-19, o Ministério do Trabalho e Previdência (MTPS) e o Ministério da Saúde (MS), estabeleceram um documento oficial com as orientações necessárias publicado no Diário Oficial da União no dia 25 de janeiro de 2022. Confira as principais informações em caso de contaminação no ambiente de trabalho:

2.5 A organização deve afastar das atividades laborais presenciais, por dez dias, os trabalhadores considerados casos confirmados de Covid-19.

2.5.1 A organização pode reduzir o afastamento desses trabalhadores das atividades laborais presenciais para sete dias desde que esteja sem febre há 24 horas, sem o uso de medicamentos antitérmicos, e com remissão dos sinais e sintomas respiratórios.

2.6 A organização deve afastar das atividades laborais presenciais, por dez dias, os trabalhadores considerados contactantes próximos de casos confirmados de Covid-19.

Obs: contactante é o funcionário que teve contato físico com o colaborador infectado ou  teve contato durante mais de quinze minutos a menos de um metro de distância sem ambos utilizarem máscara facial ou utilizarem de forma incorreta.

2.7 A organização deve afastar das atividades laborais presenciais, por dez dias, os trabalhadores considerados casos suspeitos de Covid-19.

2.8 A organização deve orientar seus empregados afastados do trabalho nos termos dos itens 2.5, 2.6 e 2.7 a permanecer em suas residências, assegurada a manutenção da remuneração durante o afastamento.

2.9 A organização deve estabelecer procedimentos para identificação de casos suspeitos, incluídos canais para comunicação com os trabalhadores referente ao aparecimento de sinais ou sintomas compatíveis com a Covid-19, e sobre contato com caso confirmado ou suspeito da Covid-19.

2.10  A organização deve levantar informações sobre os contatantes próximos, as atividades, o local de trabalho e as áreas comuns frequentadas pelo trabalhador suspeito ou confirmado da Covid-19.

2.11 Os contatantes próximos de caso suspeito da Covid-19 devem ser informados sobre o caso e orientados a relatar imediatamente à organização o surgimento de qualquer sinal ou sintoma relacionado à doença.

Confira o documento na íntegra clicando aqui.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite deste domingo (2) em que "contraindica o embarque de passageiros que possuem viagens programadas em navios de cruzeiro para os próximos dias". A nota é divulgada após a agência pedir ao Ministério da Saúde a interrupção da atual temporada de cruzeiros. Já são 174 casos confirmados de Covid-19 desde a semana passada em navios. A Anvisa também impediu, neste domingo, o embarque de 3 mil passageiros no navio MSC Splendida.

De acordo com a Anvisa, o impedimento ocorre "devido ao reconhecimento pelas autoridades locais de saúde e pela Anvisa, da existência de transmissão sustentada de covid entre tripulantes". A notificação, segundo a agência, ocorreu no sábado, 1º.

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Na mesma nota, a agência reafirmou a necessidade de suspender a temporada de cruzeiros. A medida deve ser tomada pelo Ministério da Saúde, que afirmou até o momento que avalia medidas cabíveis. "Em razão do grave risco à saúde da população, a Anvisa já recomendou ao Ministério da Saúde, desde o dia 31/12, que revisitasse a posição sobre a temporada de navios de cruzeiros".

A MSC Cruzeiros, responsável pela operação do navio MSC Splendida, também divulgou nota na noite deste domingo em que confirma não ter recebido autorização para realizar o embarque de hóspedes no porto de Santos, onde o navio estava atracado. A companhia não divulgou o número de passageiros que embarcariam neste domingo.

O MSC Splendida é um dos navios que registraram casos positivos de covid desde a semana passada - os outros dois são o Costa Diadema e o MSC Preziosa, de responsabilidade da mesma empresa. O Preziosa, deste domingo, chegou ao Rio de Janeiro com 28 casos confirmados do coronavírus - sendo dois tripulantes e 26 passageiros. Neste caso, a Anvisa autorizou o embarque de novos passageiros. Ao todo, até o momento, são 174 casos já notificados em navios atracados na costa brasileira durante a atual temporada.

A MSC Cruzeiros, ainda em nota, afirma que os passageiros que embarcariam neste domingo têm algumas opções a partir de agora. Solicitar uma carta de crédito no valor original do cruzeiro, a ser resgatada em qualquer outro cruzeiro até 31 de dezembro deste ano. A pessoa pode, ainda, pedir o reembolso dos pacotes.

"No fim dessa tarde, a Companhia recebeu a informação das autoridades de que, infelizmente, o MSC Splendida, que está atualmente em Santos operando cruzeiros somente no litoral brasileiro, não foi autorizado a realizar o embarque dos hóspedes para seu próximo cruzeiro, em razão dos limitados casos positivos identificados a bordo", afirmou a nota.

"A MSC Cruzeiros está operando desde agosto de 2020 e, até o momento, recebeu, com segurança e responsabilidade, mais de um milhão de hóspedes em seus navios em todo o mundo, graças a um protocolo de saúde e segurança que foi reconhecido como tendo estabelecido o padrão para a indústria em geral e outros setores", continuou o comunicado da empresa.

Mais de três mil pessoas começaram a desembarcar neste domingo do navio MSC Preziosa, da MSC Cruzeiros, que desde a manhã está atracado no Píer Mauá, no Porto do Rio de Janeiro, após registrar cerca de 20 casos de suspeita de covid-19 entre passageiros e tripulantes. É o terceiro cruzeiro com registro de surto do coronavírus ao longo dos últimos dias. Ao todo, pelo menos 166 casos da doença já foram notificados em embarcações atracadas na costa brasileira.

Primeira a desembarcar junto com o marido, Vera Maia, 54 anos, disse que a viagem foi maravilhosa e mesmo com a demora para o desembarque havia muita organização e informações a bordo. A viagem durou oito dias e passou por Salvador, Ilhéus e Búzios. "Não temos o que reclamar, não tivemos contato com nenhum dos infectados e está tudo muito organizado", disse ao desembarcar.

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Ansiosa desde às 9h da manhã à espera da avó que está no navio, Antônia, 7, passou do choro à alegria só saber que o desembarque foi liberado. A avó, Denise Torres, acenava a todo momento de dentro do navio e depois da fila de desembarque. "Foi a primeira vez que minha mãe resolveu ir em um cruzeiro, ficamos com medo, mas agora está tudo bem", disse a mãe de Antônia, Ariana Xavier, 35.

Enquanto a fila do desembarque diminuía, a do embarque por, sua vez, só crescia. Cláudio de Souza Marques, publicitário, 57, aguardava pacientemente a hora de entrar no Preziosa para uma viagem pelas praias de São Paulo. O risco de contaminação no navio não era uma preocupação. "Todos fizemos testes na segunda, na quarta-feira e hoje, como exigiram, e vamos fazer mais um lá dentro, meu nariz não aguenta mais, mas é bom porque mostra que é seguro", afirmou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio apontou que, em contato com a Anvisa, foi informada de que há cerca de 20 casos confirmados de covid-19 no navio MSC Preziosa. Segundo o comunicado, "todos os pacientes, assim como os cerca de 35 a 40 contactantes estão cumprindo isolamento a bordo". A pasta informou ainda que realizaria a investigação epidemiológica em conjunto com a Anvisa neste domingo, a fim de determinar o cenário epidemiológico da embarcação.

Após os surtos registrados nos cruzeiros MSC Splendida e Costa Diadema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ao Ministério da Saúde a suspensão provisória da temporada de navios de cruzeiro. A recomendação foi feita nesta sexta-feira, 31, até que haja mais dados disponíveis para avaliação do cenário epidemiológico. O ministério informou neste sábado, 1º, que avaliaria as "medidas cabíveis".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investiga suspeita de casos de Covid-19 em um terceiro navio de cruzeiro na costa brasileira, desta vez na Região dos Lagos, no estado do Rio, o MSC Preziosa. No final de 2021, dois outros navios, o MSC Splendida, em Santos, e o Costa Diadema, na Bahia, tiveram surtos da doença.

A empresa responsável pelo MSC Preziosa confirma os casos de Covid-19 em nota à imprensa, mas afirma que são poucos infectados. "Identificamos um pequeno número de casos de Covid-19 entre as pessoas que estão a bordo do MSC Preziosa, que representa 0,6% do total da população a bordo", destaca a nota, ressaltando que os infectados têm sintomas leves ou são assintomáticos.

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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o MSC Preziosa, que chegou ao Rio neste domingo (2), tem ao menos 20 casos confirmados de coronavírus confirmados.

A Anvisa já recomendou ao governo a suspensão provisória da temporada de cruzeiros no País, por conta dos surtos de Covid-19 e a chegada da nova variante, a Ôminicron. O Ministério da Saúde informou no sábado (1º) que "avaliará as medidas cabíveis" a serem tomadas.

Os dois cruzeiros que tiveram surtos da doença na virada do ano registraram mais de 100 casos. No dia 31, a Anvisa informou que interrompeu as atividades do Costa Diadema, após identificar 68 casos de Covid-19 entre passageiros e tripulantes. A embarcação estava atracada no Porto de Salvador. A viagem terminaria nesta segunda-feira (3), no Porto de Santos. O MSC Splendida, em Santos, também teve seu cruzeiro interrompido devido ao surto da doença.

Logo depois de ser noticiado que Tarcísio Meira e Glória Menezes foram hospitalizados em São Paulo por Conta da Covid-19, nesse sábado (7), a nora do casal, Mocita Fagundes, usou as redes sociais para confirmar o infortuno e revelar que, apesar de estarem isolados, os atores contraíram o vírus em um descuido.

"Saiu na imprensa que o casal Glória e Tarcisão estão internados com Covid. Infelizmente não é fake news. É verdade. Estavam isolados e em um descuido foram contaminados. Essa doença é traiçoeira. Mas estamos muito fortalecidos, cheios de amor e muita esperança em tê-los em casa daqui a pouquinho. Por enquanto, peço que se unam a nós nessa corrente de orações e energias positivas. Não vou ficar me alongando e nem dando boletins médicos. Vou ficar quietinha ao lado do Tarcísio Filho que, graças a Deus, testou negativo para Covid. Carinho e oração sempre fazem um bem danado, escreveu no Instagram", declarou. 

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A nora não detalhou qual teria sido o descuido. Mocita é casada com o ator Tarcísio Filho.

Os casos de Covid-19 aumentaram 10% na última semana na Europa, informou nesta quinta-feira (1º) a Organização Mundial da Saúde (OMS), alertando sobre uma nova onda do vírus em um momento em que vários países tentam retomar o turismo por meio de um passaporte sanitário.

"Na semana passada, o número de casos subiu 10%, devido ao aumento dos contatos, às viagens e ao fim das restrições sociais (...). Haverá uma nova onda na região europeia, a não ser que continuemos sendo disciplinados", estimou Hans Kluge, diretor da OMS para a região, que inclui uma vasta área de 53 territórios.

A OMS atribui a maioria desses casos à variante Delta, surgida na Índia e muito mais contagiosa, que representará 90% dos casos na União Europeia (UE) até o final de agosto, estimou na semana passada o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

"Apesar dos esforços consideráveis dos Estados-membros, milhões de pessoas ainda não estão vacinadas" na região Europa da OMS, disse Kluge.

Ele relembrou que em agosto a Europa "não estará totalmente imunizada" (63% das pessoas da região aguardam ainda uma primeira dose), será um período de férias e haverá poucas restrições e, portanto, mais riscos.

Um exemplo é o grande surto declarado em Mallorca, nas espanholas Ilhas Baleares, com quase 2.000 contágios após uma viagem de estudantes para celebrar o fim do ano letivo.

Cerca de 6.000 pessoas precisam agora fazer uma quarentena. Nesta quinta-feira, uma embarcação com 118 estudantes infectados a bordo zarpou rumo a Valência (leste da Espanha), de onde os jovens poderão voltar para suas cidades depois de apresentarem um resultado negativo nos testes.

- Certificado sanitário em vigor na UE -

A OMS também pediu nesta quinta-feira às autoridades das cidades que vão receber as últimas partidas da Eurocopa para serem especialmente vigilantes com os espectadores, inclusive antes de sua chegada ao estádio e assim que o abandonarem.

Londres receberá as semifinais e a final do torneio na semana que vem e a cidade russa de São Petersburgo será sede da partida das quartas de final entre Espanha e Suíça.

Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de a Eurocopa ter gerado focos da doença, Kluge respondeu: "Espero que não, mas não posso descartar" a hipótese.

Na Rússia, uma das sedes da Eurocopa, a situação piora. Nas últimas 24 horas, houve 672 mortes por covid-19, o terceiro recorde diário consecutivo neste país, castigado pela variante Delta.

O país registrou também 21.042 novos casos e a propagação do vírus levou o presidente Vladimir Putin a pedir que seus concidadãos se vacinem. Entretanto, a relutância da população ante os imunizantes é muito grande apesar de o país fabricar a Sputnik V, que vende para várias nações do mundo.

Entre elas Guatemala, que pedirá a devolução do pagamento pela compra da vacina Sputnik V se a Rússia não enviar a tempo ao menos oito milhões de doses.

Em todo o mundo, a pandemia provocou quase 4 milhões de óbitos e mais de 182 milhões de casos desde dezembro de 2019.

No empenho de recuperar parte da vida normal, do turismo e da vida social, um certificado sanitário adotado pelos países da UE entrou em vigor nesta quinta-feira.

O documento - um código QR - certifica que o portador está totalmente vacinado com imunizantes aprovados na UE, ou que deu negativo em um teste recente ou já possui anticorpos por ter se recuperado da infecção.

A intenção é que o certificado permita viajar pelos 27 países da UE e quatro países que se associaram à iniciativa (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein).

- Turistas nas praias de Phuket -

A situação sanitária também se agrava em vários pontos da Ásia. Nesta quinta-feira, militares e policiais patrulhavam as ruas desertas de Bangladesh, no primeiro dia da entrada em vigor de um confinamento rigoroso de uma semana.

Os hospitais do país estão lotados, principalmente nas regiões que fazem fronteira com a Índia.

A Indonésia vai impor novamente as restrições de emergência para enfrentar uma crescente onda de casos. Os novos contágios chegaram a níveis recorde (21.000 diários) neste arquipélago do sudeste asiático.

Uma situação diferente da vivida na ilha turística de Phuket, no sul da Tailândia, onde chegaram nesta quinta-feira os primeiros 250 turistas em mais de um ano para desfrutar de suas famosas praias de areia branca.

O turismo representa quase um quinto da economia do reino e antes da crise quase 40 milhões de pessoas viajavam para a Tailândia todo ano.

"Depois de dois anos sem viajar, escolhi Phuket para mudar de ambiente", disse à AFP Omar Al Raessi, de 37 anos, dos Emirados Árabes Unidos.

Um novo estudo da Fiocruz Pernambuco confirmou que os lugares com maior risco de contaminação da Covid-19 são os terminais de ônibus, seguido dos arredores dos hospitais. Para essa investigação, foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por usuários do transporte público no Recife.

Leitores de biometria, catracas, corrimão de escadas e outras superfícies foram analisadas pela Fiocruz pernambucana. O órgão aponta que os lugares foram selecionados por atenderem a duas condições: grande fluxo e alta concentração de pessoas; e organizados em seis grupos: terminais de passageiros, unidades de saúde, parques públicos, mercados públicos, áreas de praia e centro de distribuição de alimentos. 

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As amostras foram submetidas ao exame padrão ouro para detecção do novo coronavírus, o RT-qPCR. Do total de amostras obtidas, foi confirmada a presença do SARS-CoV-2 em 97 (24%). Quase metade delas foram recolhidas em terminais integrados de ônibus (47 amostras positivas ou 48,7%), onde as superfícies com maior índice de contaminação foram os terminais de autoatendimento e os corrimões. 

O pesquisador da Fiocruz PE e coordenador do estudo, Lindomar Pena, ressalta que não foi detectado vírus ativo nos exames. "Porém em algum momento ele esteve ativo naquele local, o que demonstra serem ambientes onde há mais gente infectada circulando", explica.

As áreas próximas às unidades de saúde ficaram em segundo lugar, com 26,8 % das amostras positivas. Seguidas dos parques públicos (14,4%), mercados públicos (4,1%), praias (4,1%) e outros lugares (2,2%). O vírus foi encontrado predominantemente em banheiros, terminais de autoatendimento, corrimões, playgrounds e equipamentos de ginástica ao ar livre. Além disso, o vírus foi encontrado com maior frequência em superfícies metálicas (46,3%) e plásticas (18,5%).

O doutorando em Biociências e Biotecnologia em Saúde (BBS) na Fiocruz PE e autor principal do artigo, Severino Jefferson Ribeiro, ressalta a importância dos achados da pesquisa. "Além desses resultados servirem como subsídio para as autoridades de saúde, este trabalho permitiu observar que a população não está seguindo rigorosamente as medidas voltadas para prevenir a transmissão do vírus", pontua.

Neste sábado (26), Pernambuco registrou 1.410 novos casos da Covid-19, totalizando 545.690 infectados pela doença no Estado. Além disso, 39 novos óbitos foram registrados. O número total de mortes agora é 17.526.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) detalha que entre os casos confirmados hoje, 118 são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.292 são considerados leves.  A SES informa, ainda, que os 39 óbitos confirmados aconteceram entre 23 de dezembro de 2020 e 25 de junho de 2021. 

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Com mais um morador confirmado com a Covid-19 nessa sexta-feira (16), Fernando de Noronha acumula 555 casos de contágio local e 82 importados. Com a pandemia controlada, a ilha registrou apenas dois óbitos.

Atualmente Noronha acomoda 28 pacientes em isolamento domiciliar, aponta a Administração, que calcula ter notificado 637 pessoas com a doença.

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Nessa sexta (16), três pacientes alcançaram a cura clínica e ampliaram o índice de recuperações para 607 casos.

Comparando as duas primeiras semanas do ano com as duas últimas semanas, Pernambuco teve um aumento de 197% das internações de jovens que estão na faixa etária de 20 a 39 anos. Segundo o secretário de Saúde do Estado, isso reforça a preocupação com essa população "que tem a falsa sensação de menor risco e estão se protegendo, ao que tudo indica, menos do que as pessoas de mais idade". 

Longo diz que entre uma parte dos idosos, a Secretaria Estadual de Saúde está percebendo o efeito inverso, com menos idosos sendo internados, o que deve ser a progressão das vacinações contra a Covid-19. Entre os primeiros idosos imunizados com a primeira dose da AstraZeneca, aqueles com mais de 85 anos, houve uma redução - comparando as duas primeiras semanas do ano com as duas últimas - de 33% das internações nos leitos de UTI desse público. 

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Esses idosos, inclusive, ainda devem tomar a segunda dose do imunizante nos próximos dias, visto que tomaram a primeira dose no dia 25 de janeiro. Para a segunda vacinação são necessários 3 meses de espera. 

"Nas demais faixas de idosos ainda não houve queda, mas o crescimento foi num ritmo menor que entre os jovens. Apenas nas faixas entre 60 e 69 anos, onde muitos sequer ainda foram imunizados, a gente notou um ritmo maior de internações, que supera os 200% de internações", explica o secretário de Saúde.

Ou seja, os idosos entre 60 e 69 anos são os que mais sofrem, juntamente com os jovens de 20 e 39 anos. André salienta que as ações da população são determinantes para que as coisas melhorem no Estado, inclusive, para as mudanças nas medidas de restrições para o plano de convivência. 

Vacina

Nas primeiras horas da sexta-feira (16), após um pequeno atraso, o Governo de Pernambuco deve receber mais um lote com 255 mil doses das vacinas, sendo 102.400 doses da CoronaVac e 152.750 doses da AstraZeneca. Essa nova remessa deve começar a ser enviada aos municípios pernambucanos durante a manhã da própria sexta. 

"Estamos fazendo de tudo para acelerar a imunização em nosso Estado. Até agora, sem contar com as doses que chegaram, 1,5 milhão de doses já foram aplicadas em Pernambuco", pontua Longo.

O secretário complementa dizendo que o Estado tem capacidade de vacinar em um ritmo maior, precisando de mais vacinas para conseguir colocar em prática toda a sua estrutura de vacinação.

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