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O Facebook anunciou na quinta-feira (3) que vai remover postagens de conteúdo falso sobre as vacinas contra a Covid-19, enquanto tenta gerenciar o fluxo de desinformação em sua plataforma.

A gigante da mídia social remove regularmente informações incorretas e potencialmente prejudiciais sobre o vírus e, desde outubro, baniu anúncios que desencorajam as pessoas a se vacinarem.

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"Nas próximas semanas, começaremos a remover falsas alegações sobre essas vacinas que foram descobertas por especialistas em saúde pública no Facebook e Instagram", disse a empresa em um blog.

"Isso pode incluir alegações falsas sobre a segurança, eficácia, componentes e efeitos colaterais das vacinas", incluindo "alegações falsas de que as vacinas contra a covid-19 contêm microchips ou qualquer outra coisa que não esteja na lista oficial de ingredientes da vacina", além de "teorias da conspiração" que foram provadas falsas, disse o Facebook.

A empresa disse que os critérios para considerar os posts elegíveis para remoção serão alterados com base na "orientação das autoridades de saúde pública".

O americano Mark Zuckerberg disse que o Facebook estava removendo informações falsas sobre o coronavírus e deu o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, reconhecendo que a rede social não estava pronta para lutar contra interferências nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.

O Facebook retirou uma alegação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de que os cientistas "mostraram" que havia uma cura para o coronavírus. "Isso obviamente não é verdade e é por isso que a removemos. Não importa quem diga isso", disse Zuckerberg em entrevista à rádio pública britânica BBC.

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O Facebook removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg.

O CEO e fundador da rede social também reconheceu que estava "atrasado" na luta contra a desinformação durante a última campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Prevenir a interferência eleitoral representa uma "corrida armamentista" contra países como Rússia, Irã ou China, disse.

"Os países continuarão tentando interferir e veremos problemas como esse, mas aprendemos muito desde 2016 e tenho certeza de que podemos proteger a integridade das próximas eleições".

Em busca de reeleição, o presidente Donald Trump enfrentará o democrata Joe Biden em uma eleição planejada em 3 de novembro.

O Facebook foi acusado de contribuir para a vitória de Trump contra Hillary Clinton há quatro anos devido à desinformação publicada online por governos estrangeiros.

Em comunicado ao Senado dos Estados Unidos em outubro de 2017, o Facebook admitiu que o conteúdo apoiado pela Rússia alcançou 126 milhões de americanos em sua plataforma durante e após a eleição presidencial de 2016.

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