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A convenção do PRTB, nesse domingo (30), definiu a saída da família Fidelix do comando nacional da legenda. Fundador do partido, Levy Fidelix esteve no comando do PRTB por 27 anos. Ele morreu de Covid-19 em abril de 2021.

Por 25 votos a 1, a chapa Renovação formada por Rachel de Carvalho e Murad Karabachian venceu a disputa contra Júlio Cesar Fidelix, da chapa Família PRTB. A viúva de Levy não participou da disputa e não esteve na convenção. Inclusive, ela chegou a pedir que o Tribunal Superior Eleitoral cancelasse o evento.

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Há uma disputa interna pelo comando do partido desde a morte de Levy. Agora, os familiares do ex-candidato à Presidência, contestam o resultado e vão acionar TSE para tentar invalidar a convenção.

 

O fim de semana será agitado no Centro de Convenções de Pernambuco. No sábado (20) e domingo (21), o espaço localizado em Olinda vai celebrar o Dia do Orgulho Nerd com uma programação especial. De acordo com a organização, são esperadas cerca de 20 mil pessoas nos dois dias de evento.

Quem for ao local vai ter a oportunidade de conferir a presença de 50 atrações, entre elas o dublador Raphael Rossatto. O ator emprestou sua voz para Super Mario Bros - O Filme, interpretando o próprio Mario. Rossatto foi convocado para dar uma oficina de dublagem durante a convenção. A atividade está marcada para às 18h do sábado.

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Reunindo diversos elementos da cultura pop e do universo geek, a convenção também vai contemplar o público com shows, desfile de cosplay, concurso de K-pop, arena com videogames, entre outros divertimentos.

O evento se divide em duas plataformas: Setor A (Espaço Gratuito) - com Feirão Geek Power-Kon, Arena Gamer, espaço para artistas de quadrinhos e exposições Geek Experience, além de uma praça de alimentação geek. Já o segundo Setor, no Teatro Brum, terá a área Vip Premium com venda de ingressos, atrações, apresentações e convidados especiais (a preços populares). Mais informações estão disponíveis nas redes sociais.

Serviço

Convenção Dia do Orgulho Nerd - 10 Anos

20 e 21 de maio | 11h às 22h

Centro de Convenções de Pernambuco - Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n - Salgadinho, Olinda

Ingressos: R$ 40 (inteira) / R$20 (meia-entrada) - venda antecipada

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, teria mais força política para concorrer à Presidência em 2026 do que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, aposta do PL para participar da corrida eleitoral. Segundo o parlamentar, é natural que Tarcísio venha a disputar a vaga no Planalto caso o ex-presidente Jair Bolsonaro esteja inelegível, deixando aberta a cadeira para um eventual novo nome em São Paulo.

Na manhã desta terça-feira, 25, Nogueira participou da Convenção Nacional do Partido Progressista, em Brasília, e foi reconduzido à presidência da sigla, a mesma do presidente da Câmara, Arthur Lira.

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"O Tarcísio, se não ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, é mais forte do que ela. Me perdoem dizer isso. Política é fila", afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "A dona Michelle é a única pessoa que se elege senadora nos 27 Estados da federação, quer alguém mais forte do que ela?" Ciro reiterou, no entanto, que se Bolsonaro puder ser candidato, ele teria mais força neste cenário do que o governador, e que Michelle poderia disputar qualquer outro cargo em função de sua "força na política brasileira".

'Imbatível'

Ao ser questionado sobre o processo que irá analisar a inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às falas do ex-presidente em reunião com embaixadores sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, Nogueira disse que não via "nada demais", e comparou ao encontro convocado pela ex-presidente Dilma Rousseff à época do impechment. "Eu não vejo nada demais. A mesma reunião foi feita pela presidente Dilma quando foi cassada e fez a reunião com os embaixadores para denunciar um golpe", disse.

Segundo ele, a repercussão do tema o tornaria "imbatível". "Sabe qual é a grande dúvida se vão cassar Bolsonaro ou não? É vão tornar Bolsonaro imbatível. Se ele já elegeu a quantidade de pessoas que ele elegeu, imagine ele injustiçado (...) A população não vai aceitar."

Repetindo elogios ao ex-presidente, de quem foi ministro da Casa Civil, Nogueira avaliou que os principais responsáveis pela derrota de Bolsonaro nas últimas eleições foram os próprios aliados do ex-mandatário. "Nós cometemos muitos erros. Perdemos as eleições para nós mesmos", disse. "Culpa minha e de muita gente", destacou, ao lembrar dos acontecimentos envolvendo Roberto Jefferson, que atirou em policiais federais, e a deputada federal Carla Zambelli, que apontou uma arma para um homem no meio da rua. "Se não tivesse tido esses fatos nós teríamos ganhado a eleição com uma diferença maior do que o Lula ganhou."

'A narrativa de Lula Santo e Bolsonaro Bandido não vai colar'

Nogueira defendeu ainda a integridade de Bolsonaro diante do escândalo das joias que atingiu o ex-presidente. Conforme revelou o Estadão, o ex-chefe de estado recebeu três pacotes de joias do governo da Arábia Saudita quando ainda estava na gestão do Planalto.

O conjunto recebido por Bolsonaro soma entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões. "Eu tenho certeza da honestidade e seriedade de Bolsonaro", pontuou, e esclareceu que "a narrativa de que Lula é um santo e Bolsonaro é bandido não vai colar".

Relações Internacionais

Questionado sobre a comparação da diplomacia durante o governo Bolsonaro e a intensa agenda externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato, o senador subiu o tom e disse que o primeiro ato internacional do atual mandatário foi criar "um estelionato eleitoral" na Argentina. "As pessoas não são tão tolas em um país que precisa de uma infraestrutura enorme como o Brasil para fazer um gasoduto na Argentina. O Fernandes é o Lula de amanhã", citou ao criticar as ações do governo brasileiro em solo argentino.

Nogueira ainda criticou o acordo de paz proposta por Lula na guerra entre Rússia e Ucrânia e questionou que "se ele não controlou nem o Palácio do Planalto para invadir, ele vai ensinar o mundo?", frisou. "Nós estamos sem comando. O país não iniciou o seu governo", afirmou.

O partido Novo aprovou em convenção nacional realizada nesta quarta-feira, 1º, a utilização dos rendimentos do Fundo Partidário que estão em uma aplicação de renda fixa do Banco do Brasil. A decisão, antecipada pelo Estadão, marca uma mudança nos princípios da sigla, que apresentava como "cartão de visitas" o fato de não usar dinheiro público.

O Novo tem atualmente R$ 106 milhões aplicados. O partido foi formalizado em 2015, mas esses recursos foram turbinados em 2018, quando a sigla elegeu 8 deputados federais. Se devolvesse o dinheiro ao Tesouro, os recursos do Novo seriam redistribuídos entre as demais siglas. O partido decidiu então depositar os repasses em uma aplicação até que conseguisse mudar a legislação e dar outro fim ao dinheiro.

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A convenção também aprovou uma remuneração aos dirigentes.

Na terça-feira, 28, o ex-presidente da sigla, João Amoêdo, se manifestou contra a mudança e afirmou que a decisão é ilegal. Segundo ele, o partido teria de submeter a proposta aos órgãos públicos antes de aprovar o uso do Fundo Partidário, já que o aproveitamento dos recursos significa uma alteração no estatuto do partido. "Para ter acesso imediato ao dinheiro público, o diretório nacional burla a lei", escreveu. "Fica o alerta para filiados e Justiça Eleitoral."

A lei eleitoral diz que "as alterações programáticas ou estatutárias, após registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral". O partido afirmou ao Estadão que, como se trata de uma mudança aprovada por meio de resolução, não será preciso submeter à Justiça Eleitoral. "Com isso, o uso do recurso já fica permitido", disse a legenda, via assessoria.

O partido disse ainda que criará uma comissão de governança e transparência por "prezar pela responsabilidade do uso do dinheiro público". Em no máximo 30 dias, essa comissão vai apresentar uma minuta das regras de como fazer o uso correto dos rendimentos do Fundo.

Amoêdo foi candidato à Presidência da República pela legenda em 2018, mas foi se afastando do partido durante o mandato de Jair Bolsonaro. Ele acabou sendo expulso do partido no ano passado após declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva. (COLABOROU DAVI MEDEIROS)

 Durante convenção partidária do PSB e PT de Pernambuco nesta sexta-feira (5), o candidato a governador de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB) alfinetou a concorrente. O ex-prefeito e atual secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Geraldo Julio (PSB), estava no palanque ao lado de Renata Campos, mãe do prefeito João Campos (PSB) e do candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB). 

Cabral disse que o jogo só começa oficialmente no dia 15 de agosto, quando o período da oficialização das candidaturas é finalizado e a campanha eleitoral começa, de fato. “A gente vai ter a oportunidade de discutir Pernambuco com o cidadão, apresentar a nossa história, o nosso pensamento, o que a gente quer construir para o futuro e apresentar o nosso time. O time da gente é do presidente Lula (PT), da Frente Popular”. 

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De acordo com o candidato, o objetivo da Frente Popular é juntar forças também no campo democrático para tirar Bolsonaro da Presidência. “Para que a gente não tenha mais quatro anos de tragédia no Brasil e no estado de Pernambuco. Vamos denunciar esse governo. Inclusive, aqui no estado temos candidaturas colocadas que têm relação direta com ele, como a de Anderson, que é legítima de Bolsonaro; tem Miguel, que o pai é líder do governo, e tem a terceira candidatura, que diz que nem é contra Bolsonaro e nem contra Lula. O momento é para a gente ter lado”, evidenciou. 

No discurso, a candidata ao Senado, Teresa Leitão (PT), afirmou: “é muito bom e todo mundo quer ser chamado do candidato de Lula”. “Isso [a candidatura] foi fruto de uma negociação, uma aliança que traz para Pernambuco o melhor candidato para assumir a cadeira no Palácio do Campo das Princesas. Aqui está o verdadeiro time de Lula, que Lula confia. O palanque que apoia Lula e é apoiado por ele. Me desculpem qualquer um que se sinta ofendido por isso”, ironizou. 

Ao comentar sobre o anúncio que o PP fez nesta sexta com o nome de Antônio Mário para concorrer ao Senado, mas manter o apoio à Frente Popular, a petista e candidata ao Senado pela Frente, afirmou que “o nome de Lula é doce”. “Quando ele tava preso, inelegível, tinha gente que se esquecia dele. Teve gente que votou contra os princípios de tudo aquilo o que Lula vai ter que rever, que ele tá chamando de revogaço. Teresa ser de Lula não é só ser do PT, é ter um projeto de sociedade, para o povo de Pernambuco e o povo do Brasil, construído com Lula em todos os momentos, seja na adversidade, seja na bonança”. 

O candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB), que realizou convenção nesta sexta-feira, 5, reafirmou a estratégia de manter-se distante da polarização nacional ao dizer que "fala com todo mundo" e que é o "tipo de cara que: passou a eleição, passou a eleição".

"Minha experiência de 10 anos no Congresso me deu bagagem suficiente para ter condições de lidar com todos os tipos de pensamento das mais diferentes correntes ideológicas. Para mim não tem isso. Engraçado que a gente vê especulações na imprensa: Neto está falando com a direção nacional de tal partido, de um lado. Depois, está falando com outro. Eu falo com todo mundo" disse o candidato em coletiva pouco antes de iniciar a convenção.

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Nas últimas semana tem circulado a informação de que o PT estaria conversando a União Brasil com vistas ao apoio de Lula no primeiro turno das eleições. A conversa teria esbarradão na disputa da Bahia onde PT e as correntes ligadas a ACM Neto são adversários históricos.

As direções nacionais dos partidos negam as conversas. O candidato, contudo, não se aprofundou no assunto.

"A gente vê outros candidatos falarem mais de seus próprios partidos do que de si próprios. Só que a questão é a seguinte: dia 1.º de janeiro quem é que vai ter que responder pela Segurança Pública, Saúde (...)? É na porta do presidente? Eu não estou dizendo que vai ser o presidente A, B ou C. É na porta do governador".

O principal adversário de ACM Neto na disputa é Jerônimo Rodrigues, candidato do PT, cujo cabo eleitoral é Lula. A aposta do PT baiano é a de que Lula consiga transferir votos a Jerônimo para provocar um segundo com Neto. O ex-ministro João Roma (PL) da palanque a Jair Bolsonaro, mas até agora nada indução que irá ampliar.

A chapa de ACM Neto tem como vice a empresária Ana Coelho (Republicanos) e Caça Leão (PP). A coligação contempla 13 partidos (UB, PP, Republicanos, PSDB, PDT, PSC, Solidariedade, Cidadania, Podemos, PRTB, PTB, DC e PMN).

No último dia do prazo das convenções, nesta sexta-feira (5), o Partido Progressista (PP) apresenta seus candidatos para Pernambuco nas eleições de 2022. O evento ocorre às 14h, na sede do partido, na Avenida Antônio de Góes, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.  

Entre os representantes do PP, o presidente estadual da sigla, o deputado federal Eduardo da Fonte, vai oficializar candidatura de Marília da Guarda à Câmara dos Deputados. Integrante da Guarda Civil Municipal do Recife (GCMR), ela defende a valorização dos agentes da segurança e a representatividade feminina no espaço político.  

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Ela comentou sobre o que os pernambucanos podem esperar da sua campanha para deputada federal. "O povo pernambucano pode esperar de nós uma campanha limpa e transparente, com foco na segurança, nas mulheres, e nas conquistas dos direitos dos trabalhadores. Neste momento de ataques a democracia e aos direitos fundamentais das mulheres e dos trabalhadores, sinto uma responsabilidade ainda maior em ocupar esse lugar", destacou.  

O Partido Progressista faz parte da Frente Popular e defende as campanhas de Danilo Cabral (PSB) para o Governo do Estado e Teresa Leitão (PT) para o Senado.

 

O União Brasil levará o nome da senadora Soraya Thronicke (MS) a presidente da República para convenção nacional nesta sexta-feira, 5, informou a cúpula da legenda nesta tarde. Soraya ascende à vaga após seu correligionário e líder do partido, Luciano Bivar (PE), desistir de concorrer para tentar à reeleição como deputado. "Hoje é um dia de muita felicidade para o União Brasil", resumiu Bivar na abertura do evento que marcou a confirmação da escolha do nome da senadora, em São Paulo.

De acordo com os integrantes da sigla, Soraya é "muito bem avaliada". O nome a vice na chapa será definida até sexta-feira, no fim das convenções partidárias. Segundo ele, o nome será a "cereja do bolo".

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Soraya afirmou não ter preferência por um nome masculino ou feminino, mas adiantou que o partido não seguirá a estratégia de formar uma chapa pura. A senadora agradeceu o convite para concorrer ao Planalto substituindo Bivar, "uma tarefa difícil", segundo ela.

Segundo ela, o projeto de Bivar, que se sustenta principalmente na proposta da criação de um imposto único, terá continuidade, mas com um "toque feminino".

Vice-líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, a senadora mas adotou posições críticas ao presidente em relação à pandemia. Diferentemente de Bivar, a Soraya não precisa renovar o mandato e ainda tem mais quatro anos no Congresso, o que a permite entrar na disputa presidencial sem ter que abrir mão do cargo.

Soraya era cotada para a vice de Bivar. Integrantes da cúpula do União Brasil dizem que o movimento do deputado passou por um acordo de apoio informal ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Inicialmente, o diretório da legenda em Pernambuco calculava eleger os deputados federais Mendonça Filho e Fernando Coelho Filho. Colegas de Bivar no Estado dizem que ele vai tentar garantir a reeleição buscando se associar a Lula, que é popular em Pernambuco.

Em Pernambuco, a federação Psol/Rede Sustentabilidade oficializa suas candidaturas locais em evento na próxima quarta-feira (4). Nacionalmente, a federação ocorreu no último sábado (30), com declarado apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto. A coligação contou com partidos como o PT, PSB, PV, PCdoB e Solidariedade, cenário diferente do pernambucano. 

O evento do Psol/Rede-PE deve acontecer às 18h, no salão da Paróquia da Soledade, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. Com o ato político, as legendas abrem campanha na disputa majoritária com os nomes de João Arnaldo para governador, Alice Gabino para vice-governadora e Eugênia Lima para senadora da chapa.  

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"Nós da federação PSOL/Rede estamos juntos para fortalecer uma proposta de governo para todos, que não defenda apenas os interesses familiares e de uma política opressora. Construiremos um novo amanhã para todos e todas", frisa Tiago Paraíba, presidente do PSOL-PE e responsável no estado pela federação.   

Já no ponto de vista da disputa proporcional, a federação dos partidos contará com chapa completa tanto para a disputa por vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), quanto na Câmara Federal. Serão 26 candidatos a Deputados Federais e 50 candidatos a deputados estaduais, com representantes de todas as regiões do estado, e das mais diversas áreas de atuação e pautas.  

 

Após deixar o palco de um Classic Hall lotado de apoiadores neste domingo (31), a candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) repercutiu, junto à imprensa, questões relacionadas à consolidação da convenção que oficializou sua candidatura, e também os próximos passos da campanha que pretende expandir seu lugar no pleito pelo Executivo estadual.  

Diferentemente dos seus adversários, Marília retornou com um discurso mais brando e não fez críticas diretas ao PSB em Pernambuco. A ex-deputada federal utilizou dados sobre a fome e o desemprego no estado para justificar a sua popularidade e a descrença da população na gestão atual. Por outro lado, voltou a mencionar que supostas estratégias antigas de ataque à sua imagem (em referência à corrida municipal contra João Campos, em 2020), voltaram a acontecer. 

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“O que os adversários falam é direito deles, eu vou respeitar esse direito e defender que digam o que quiserem. [...] O grande desafio é a gente conquistar, a cada dia, mais um. Mais uma mente, mais uma consciência, mais um coração”, disse a candidata, inicialmente. 

Perguntada mais uma vez sobre as críticas entre os socialistas e mesmo entre os demais candidatos, que criticam a constante associação ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a dizer que não encara a oposição de forma negativa e que não deve seguir os mesmos padrões estratégicos. 

“O discurso de ódio foi uma prática deles na última campanha e, na minha opinião, é um desrespeito ao povo, acima de tudo. No que depender de mim, a nossa campanha vai ter muito respeito aos nossos adversários. E vamos querer também o respeito às nossas opiniões, mas principalmente respeito à opinião do povo. Vamos lutar contra todas as perseguições, por gente que queria estar aqui, mas está sendo perseguida em suas cidades, em seus estados, assim como artistas que estão sendo perseguidos, como a própria Lia de Itamaracá, que teve os seus shows cancelados após declarar apoio a mim. Essas pessoas estão sendo oprimidas por quem acha que manda na vontade do povo”, continuou. 

‘A mulher guerreira de Arraes e Lula’ 

O ex-governador de Pernambuco, um dos mais bem avaliados da história do país, e também avô de Marília, Miguel Arraes, faz parte do novo jingle e vídeo de campanha da pernambucana. O familiar divide o palanque da candidata com Lula, que mesmo não apoiando publicamente a campanha da ex-petista, é um dos principais pilares de seu discurso. 

“A associação Marília-Lula é natural, porque é um posicionamento que eu tive por toda a minha vida. É quem eu defendo, é quem eu acredito que é o melhor para o Brasil, e é isso que a gente quer: é fazer o presidente Lula ser eleito com o maior percentual de votos que ele vai ter no país. Essa é a disputa, e não a de quem é ou não é o candidato de Lula”, disse. 

O legado de Arraes foi abordado através do Programa Chapéu de Palha. A promessa não é nova: no ano passado, Marília já prometia que faria uma releitura da política pública criada por Miguel Arraes, na década de 1980. “O Chapéu de Palha é um programa muito importante, porque foi um dos primeiros programas sociais de transferência de renda no Brasil. A gente precisa reeditar, modernizar, adaptar o Chapéu de Palha para os novos tempos, inclusive, levando para a cidade a oportunidade de empreendedorismo, de acesso ao microcrédito e de qualificação profissional. Assim como na zona rural, para que os trabalhadores tenham mais acesso à assistência técnica, para que tenham também um reforço, para passar por períodos mais difíceis, ainda mais hoje, com o desenvolvimento estancado”, comentou Marília, ao LeiaJá

A candidata, no entanto, demonstrou não ter interesse em basear sua campanha no legado de terceiros, mas utilizar o seu histórico político para um melhor entendimento do público sobre os seus ideais. “Nós estamos com novas ideias e com um novo jeito de caminhar, mas é necessário olhar para trás e saber de onde a gente veio, o que a gente representa, mas também é importante olhar para o futuro, pensar em qual estado vamos entregar aos nossos filhos. Diferente do que 'eles' têm feito, que é somente um monte de acordos, visando apenas ganhar a eleição”, completou. 

Por fim, disse que está positiva sobre a campanha até outubro e que, mesmo liderando as pesquisas, não as utiliza como parâmetro de sucesso. Para Marília, só quem se importa com as pesquisas é quem está “atrás”. “Não olho para pesquisas. A gente está liderando hoje, mas eu não olho para elas. Olho para Pernambuco, para os desafios que a gente tem. Pesquisas são detalhes, são notícias que são dadas, e a gente não se guia por elas”, concluiu. 

- - > LeiaJá também: 'Arraes abre campanha com Classic Hall lotado dentro e fora'

   Neste domingo (31), Marília Arraes (Solidariedade) se tornou, oficialmente, candidata ao Governo de Pernambuco. A convenção que consolidou sua chapa ao lado de André de Paula, agora também candidato ao Senado, aconteceu no Classic Hall, no Grande Recife, arrastando uma multidão dentro e fora da casa de shows, que tem capacidade para 18 mil pessoas. 

O evento abriu para o público às 14h, mas Marília chegou, junto aos aliados, por volta das 16h. Assim como no evento do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Recife, o setor cultural abriu os discursos e exposição das demandas, antes dos discursos da chapa serem iniciados. O nome de Lula também foi mencionado diversas vezes pelos cerimonialistas e faz parte, inclusive, do jingle de campanha: “A mulher guerreira de Arraes e Lula, Lá”. 

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  Assista à live no canal oficial de Marília Arraes no YouTube.

O ato contou com a presença de lideranças políticas locais e nacionais. O presidente nacional do Avante, Luís Tibé. “O Avante está e estará em toda a campanha, não só simbolicamente, mas com sua militância aguerrida em sua campanha, Marília. É resgatar a esperança do povo mais humilde do estado. Esqueceram das pessoas e estão pensando nas coisas. Em MG foi exemplo disso, quando o grupo político atual do estado pensou em só ficar no poder. Sebastião com certeza será o primeiro vice-governador do Avante e isso será um avanço enorme para o nosso partido”, destacou Tibé.

"O governo atual (de Pernambuco) não quer apenas se apropriar do Governo. Eles querem se apropriar do presidente Lula e do que essa candidatura representa", alfinetou Tibé.

Em um discurso de apoio a Marília e a postulação de Lula (PT) à presidência da República, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força também ressaltou as mazelas da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Marília tem coragem, enfrentou os poderosos daqui e será a futura governadora de Pernambuco. […] Marília, confirmamos nossa disposição de apoiar Lula. Portanto, o SD, a partir de quarta-feira, faz parte de uma frente nacional com seis partidos e mais os chantagistas do estado, que vocês sabem quem é. Apoiamos Lula porque o Brasil está parado e quebrado. Esse governo deixou milhões passando fome. Daqui a 62 dias, levaremos Marília ao Governo de Pernambuco e Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto", disse Paulinho. 

 

Afastado do governo do Rio por impeachment e inelegível por 5 anos, o ex-governador fluminense Wilson Witzel trabalha para se candidatar ao Palácio Guanabara já em 2022. Witzel disputa dentro do nanico PMB o posto de candidato a governador, apesar das decisões do Tribunal Especial Misto e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que cassou seu mandato. O partido vai decidir em convenção neste sábado, 30, os nomes dos candidatos à Câmara dos Deputados. Também vai escolher quem será o representante da sigla na disputa majoritária.

"Eu coloco meu nome à disposição dos filiados, dos convencionais, para estarmos juntos nessa luta e fazer com que o Rio de Janeiro volte a dar certo. Aquilo que estava dando certo (...) Infelizmente, o que estava certo foi substituído por aquilo que é errado", afirmou Witzel em um vídeo enviado aos integrantes do partido e publicado em suas redes sociais.

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Para ser candidato, além de convencer a maioria simples dos 120 filiados do PMB com direito a voto, o ex-governador terá que recuperar na Justiça o direito de se candidatar. Witzel já teve um pedido para anular o impeachment negado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O Órgão Especial já tinha decidido que não poderia revisar atos do Tribunal Especial Misto (TEM), mas os advogados de Witzel insistiram no recurso.

O ex-governador argumenta que é "ficha limpa" e afirma que o impeachment foi "um golpe de estado".

"Quem não deve não teme. Aos que ficam procurando pelo em ovo: nada consta. Sou ficha limpa e o impeachment foi um golpe de Estado contra a vontade popular. Sou o candidato que as máfias, milicianos e traficantes não querem", diz.

Em outro post na rede social, Witzel escreveu:

"Deixa o povo decidir. O impeachment foi um golpe na democracia. Ações penais anuladas, vazamentos seletivos, fraude processual e nenhuma ação de improbidade", postou ele.

Em nova tentativa de reverter a inelegibilidade, o ex-juiz federal recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica, para pedir a restituição de seus direitos políticos e a revisão do processo de impeachment. Witzel alega que a cassação "burla a soberania popular" e é "um ataque ao estado democrático de direito".

Witzel já tentou anular a decisão dos deputados e desembargadores, que aprovaram o impedimento, em todas as instâncias da Justiça. Foi sempre derrotado. O ex-governador foi denunciado pelo Ministério Público Federal na operação Tris in Idem, desdobramento da Lava Jato no Rio que apontou corrupção na Saúde do Estado.

Na presença do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) foi oficializado nesta sexta-feira, 29, em convenção do PL de Goiás, candidato a governador do Estado. A vice ainda não foi definida. O ex-senador Wilder Morais (PL) tentará um retorno ao Senado em chapa pura.

Eleito pelo extinto PSL na onda bolsonarista, Major Vitor Hugo foi líder do governo federal na Câmara dos Deputados de janeiro de 2019 a agosto de 2020, quando foi substituído por Ricardo Barros (PP-PR), do Centrão.

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Já Morais foi senador de 2012 a 2019 após assumir o cargo de Demóstenes Torres, cassado há dez anos por favorecimento ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.

O lançamento de Vitor Hugo ao governo envolve a estratégia de Bolsonaro de montar palanques nos Estados para viabilizar sua campanha à reeleição. O favorito na corrida pelo Executivo local, no entanto, é o atual governador, Ronaldo Caiado (União Brasil), antes bolsonarista, mas rompido com o Palácio do Planalto desde o início da pandemia de covid-19 por divergências na condução da política sanitária no País.

De acordo com a mais recente pesquisa RealTime Big Data, Caiado tem 37% das intenções de voto. Em seguida, vêm o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), com 20%; e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota), que marca 19%. Vitor Hugo pontua 10%.

Durante convenção nacional do PSB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as Forças Armadas não podem ser tratadas como "objeto", nesta sexta-feira (29). Segundo o petista, o presidente Jair Bolsonaro (PL) busca atrair militares para apoiar às suspeitas infundadas que levanta contra o sistema eleitoral, e classificou "idiotice". 

Na convenção, foi aprovada a coligação do PSB com federação PT-PV-PCdoB, ambos irão apoiar a candidatura de Lula. Além disso, o ex-presidente confirmou como vice na chapa presidencial o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, filiado ao PSB. 

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"Nunca tive nenhum problema com as Forças Armadas porque as Forças Armadas elas têm suas funções estabelecidas na Constituição. As Forças Armadas nunca perguntam para que nem o porquê da decisão de um presidente. Eles cumprem. O que nós precisamos é estabelecer uma relação de respeito. É uma relação em que cada um cumpra com a sua função e não ter um presidente que trata as Forças Armadas como se fossem um objeto na mão dele", afirmou Lula. 

Além disso, durante a convenção o petista defendeu em seu discurso a educação como solução na vida dos jovens que têm com expectativa de vida roubar.  “Esse país não pode dar conta de suprir a expectativa e a esperança de milhões e milhões de jovens, que têm uma expectativa de estudar. Que tem expectativa de trabalhar, de ter a oportunidade e nós não poderemos permitir que esses jovens continuem tendo como razão de vida roubar celular para vender e sobreviver. Essa gente tem que estudar, tem trabalhar e essa gente precisa ser tratada com respeito. É a educação que vai dar qualidade no salário deles, é a educação que vai dar perspectiva de vida e de futuro pra essa gente”, afirmou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Palácio do Planalto, utilizou um trocadilho para prometer, num eventual terceiro mandato no comando do País, que não faltarão "lula" e "chuchu" a ninguém. São referências a ele próprio e ao apelido "picolé de chuchu" dado por Paulo Maluf ao ex-governador e agora vice de sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB).

"Por conta do Alckmin, estou comendo muita salada de chuchu", declarou Lula. O ex-presidente brincou ainda que muita gente vai aprender a "cozinhar lula" em seu eventual governo e disse que, assim, vai acabar com a fome no País. Em crítica velada ao aumento da inflação no governo Bolsonaro, o petista afirmou que não pode oferecer "lula" a Alckmin porque o fruto do mar está muito caro.

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O ex-presidente também disse que a aliança feita em torno dele e de Alckmin é a mais importante já feita entre partidos democráticos. O ex-governador de São Paulo integrou o PSDB por 33 anos. Após atritos internos, o agora ex-tucano deixou no ano passado o partido que ajudou a fundar. Neste ano, filiou-se ao PSB para formar a aliança com Lula. De perfil conservador e adversário do PT por décadas, Alckmin decidiu se juntar aos petistas para tentar derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na convenção que o lançou como candidato a vice-presidente pelo PSB, Geraldo Alckmin fez diversas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem se referiu como responsável por causar mal ao País. "Seu tempo acabou, suas mentiras não mais se sustentam", disse.

Em referência às tentativas de Bolsonaro de descredibilizar as urnas eletrônicas e atacar as instituições brasileiras, o ex-governador afirmou que "é hora de darmos um basta" às ameaças à democracia.

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"Quem alega fraude tem de provar e quem não prova tem de ser punido pela farsa de acusar. Não vamos cair no jogo da mentira, não vamos nos render às manhas de um presidente que não quer voltar para casa", disse. "É hora de Bolsonaro ir embora, seu tempo acabou, suas ideias e seus conceitos não servem ao país, suas mentiras não mais se sustentam, seu plano ardiloso contra democracia fracassou e as urnas vão livrar o Brasil de todo mal que ele causou", continuou.

Economia

Na seara econômica, Alckmin afirmou que, na contramão do crescimento e desenvolvimento do País, o governo Bolsonaro gerou mais inflação, deteriorou relações internacionais e aumentou a fome e a pobreza.

"As despesas públicas aumentaram, os impostos continuam altos, o real desvalorizou, o meio ambiente está exposto à devastação. E o que aconteceu em troca? Mais crescimento, desenvolvimento? Nada disso", disse. "Oportunidades desperdiçadas, chances perdidas, agressões estúpidas e inconsequentes a países parceiros, erros nas relações diplomáticas que só causaram prejuízo ao Brasil. E a pobreza agravada pela inflação, a fome voltou e o sofrimento do nosso povo só se agravou".

Alckmin atacou também o discurso do presidente em prol dos costumes e da família brasileira. "Bolsonaro se vangloria de defender os valores da família, mas, de verdade, ninguém fez mais para arruinar a estabilidade da vida familiar neste País do que o seu próprio governo", criticou.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira, 29, durante convenção do PSB, que o governo "quebrou a cara" ontem com o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou estabilidade na corrida pelo Palácio do Planalto e um cenário no qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia vencer no primeiro turno.

"Não se pode comprar voto do povo brasileiro", declarou Gleisi, em referência às medidas sociais adotadas pelo governo Bolsonaro às vésperas da eleição. Como mostrou ontem o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a campanha de Lula esperava um aumento na intenção de voto de Bolsonaro diante da redução no preço dos combustíveis, com o teto do ICMS, e da aprovação da emenda constitucional que decreta estado de emergência no País para autorizar o governo a aumentar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e conceder outros benefícios em ano eleitoral.

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O levantamento, contudo, mostrou Lula com 47% das intenções de voto, mesmo nível da pesquisa de junho, e Bolsonaro com 29%, uma variação de um ponto porcentual para cima, dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais. Com isso, ganhou força na campanha petista a estratégia de tentar atrair mais aliados para resolver a eleição no primeiro turno.

Na convenção do PSB que ocorre nesta sexta, 29, o partido aprovou o nome de Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste fim de semana, os partidos dos candidatos mais bem avaliados ao Governo de Pernambuco realizam suas convenções e devem anunciar o trio de indicados a compor a chapa da disputa estadual e no Senado. As convenções simbolizam a largada da corrida eleitoral, que neste ano apresenta um cenário bastante acirrado.

Cinco candidatos à frente nas pesquisas articulam alianças dentro do próprio estado para romper a hegemonia do PSB, representada pelo deputado Danilo Cabral. A consolidação da Frente Popular do litoral ao interior é o principal obstáculo para a oposição.

"É uma das campanhas mais difíceis de Pernambuco nos últimos tempos por termos pré-candidatos com bastante representatividade. Um representando a máquina pública que já está na mão de um grupo há mais de 16 anos e os outros candidatos representando uma certa inovação para esse cenário", sintetizou o cientista político Caio Souza.

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 Essa multiplicidade de palanques se caracteriza pela aposta dos partidos em perfis jovens, representantes da renovação geracional das lideranças políticas do estado. Outro realce se dá no fortalecimento de candidaturas femininas, com destaque para Marília Arraes (Solidariedae) e Raquel Lyra (PSDB), que podem valorizar a representatividade para atrair a maior fatia do eleitorado de Pernambuco, onde 54% dos eleitores são mulheres.

“São jovens candidatos, dos quais três ex-prefeitos de importantes cidades (Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina) renunciaram aos seus mandatos com boas aprovações e reeleição consolidada. São de famílias tradicionais, mas trazem novas ideias", sublinhou o cientista político Marconi Aurélio e Silva.

Souza enxerga Marília como uma figura promissora, sobretudo pela escolha de Sebá Oliveira (Avante) como vice para alcançar votos no interior. Contudo, o deputado federal declarou voto no presidenciável do seu partido, André Janones, que, apesar da afinidade com Lula, choca com os esforços de Marília para vincular sua campanha à imagem do ex-presidente. Sem o suporte do líder petista, que faz campanha para Danilo Cabral, seu desempenho pode ser limitado. 

Ainda assim, a estratégia de conversar com partidos mais afastados da esquerda pode lhe render bons frutos. Não à toa que, em um eventual segundo turno, não será surpresa vê-la ao lado dos atuais concorrentes. "Marília não conseguiu angariar o apoio do PP e do Pros como gostaria, tendo apenas o apoio do Avante e do senador André de Paula (PSD). São nichos bem distintos, então, ela tem uma boa aliança", avaliou.

Sem tanta popularidade na Região Metropolitana do Recife, Danilo "depende muito de seus padrinhos para que tenha seu nome alavancado", tanto que tem a atual vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB), como vice de chapa. Apoiado por Lula, mesmo tendo votado pelo impeachment de Dilma Roussef, o deputado vai precisar de jogo de cintura diante do relacionamento abalado entre PSB e PT herdado nas últimas eleições municipais. 

"Toda a quebra de confiança de 2020 fez com que parte da ala petista não concorde com a candidatura de Danilo e tenha maior simpatia de Marília", comentou o estudioso.

Com uma composição de apoiadores no Agreste, Raquel Lyra (PSDB) aposta na solidez da sua vice, Priscila Krause (Cidadania), para conquistar votos na capital. Por outro lado, como representam uma vertente mais centralizada da direita, "apesar da popularidade adquirida ao longo da carreira política, elas não conseguem atrair votos do bolsonarismo para compor sua votação", compreende.

No outro eixo da polarização nacional, Anderson Ferreira (PL) montou uma chapa 'puro sangue' ao lado de Izabel Urquiza. Além disso, o ex-prefeito tem o ex-ministro do turismo e pré-candidato ao Senado, Gilson Machado, no seu bloco eleitoral.

Para o cientista político, o voto evangélico será, mais uma vez, uma das principais bases da sua campanha. "Anderson não conseguiu fazer uma linha de alianças muito grande. No entanto, tem o presidente como seu principal aliado, além da máquina de Jaboatão e de alguns prefeitos", considera.

Na mesma linha de composição de chapa, Miguel Coelho (União Brasil) anunciou como vice Alessandra Vieira. Atrás dos demais concorrentes nas pesquisas, Souza explica que as forças políticas do estado ainda não agregaram seu nome.

"Ele tem um bom cabo eleitoral na figura do pai [o senador Fernando Bezerra Coelho], mas sem o piso de um apoio que venha lhe dar mais sustentação [...] A campanha majoritária depende de personagens fora da localidade para dar volume na votação", complementou o especialista.

Filiado ao PL, o presidente Jair Bolsonaro disse que tem vontade de voltar para o PP, que oficializou nesta quarta-feira, 27, o apoio a sua candidatura à reeleição. O chefe do Executivo se elegeu em 2018 pelo antigo PSL, hoje União Brasil, mas rompeu com o partido durante seu mandato e decidiu, em novembro do ano passado, ingressar na legenda comandada pelo ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, preso no escândalo do Mensalão.

"Tenho duas notícias inéditas: primeiro para o presidente da Câmara, Arthur Lira: sou o deputado 514 nessa Casa. Outra para o Ciro Nogueira: nesse clima, nesse ambiente - ainda bem que Valdemar não está aqui -, mas que dá vontade de voltar, dá", declarou Bolsonaro, em seu discurso na convenção, que ocorreu no auditório Nereu Ramos, na Câmara.

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"É com muito orgulho que estou aqui nessa Casa, mas o ambiente é daqueles do Partido Progressista, ao qual integrei por mais de 20 anos. Nós somos irmãos e como é bom voltar aqui, ver algumas caras que não são novas, mas são bastante familiares, e nos faz encher de orgulho de trazer boas recordações", emendou o presidente.

Bolsonaro disse que o Executivo e o Legislativo trabalham em "perfeita harmonia" e afirmou que espera muitas realizações no ano que vem, caso Lira seja reeleito presidente da Câmara. "Maioria do parlamento está afinada com Executivo, e todos ganham com isso", declarou. "Os Poderes têm que se respeitar para o bem de todos."

O presidente disse, ainda, que a política externa é "excepcional" e que o Brasil tem negócios com o mundo todo. Também afirmou, de forma irônica, que o País está na contramão, com inflação baixa e PIB em alta. "Os números sempre refletem a verdade, exceto as pesquisas", criticou.

O chefe do Executivo também elogiou o discurso da primeira-dama Michelle na convenção do PL, no último domingo, que lançou sua candidatura à reeleição. Para Bolsonaro, ela falou "muito melhor".

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse nesta quarta-feira, 27, durante convenção nacional do partido para lançá-la à Presidência da República, que os alicerces democráticos do País estão abalados. A parlamentar citou a fome, a miséria, a desigualdade e o desemprego e, principalmente, a polarização política e o discurso de ódio.

Com apoio da federação formada por PSDB e Cidadania, Tebet tenta se colocar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto, mas ainda não conseguiu decolar nas pesquisas de intenção de voto. Ela não citou nenhum dos dois nominalmente em seu discurso inicial.

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"Infelizmente, o Brasil vive um dos momentos mais sensíveis. Nossos alicerces democráticos estão abalados, pela fome, pela miséria, pela desigualdade social, pelo desemprego, mas estão abalados principalmente por essa polarização ideológica, esse discurso de ódio, do 'nós contra eles', que está levando ao abismo", declarou Tebet.

O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, abriu a convenção e autorizou os delegados a votar. O ato político é realizado de forma virtual, e a votação ocorre por meio da plataforma Zoom. A expectativa é de que o resultado seja divulgado às 14h. Participam também o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e o do Cidadania, Roberto Freire.

Com 52 anos, Tebet vai disputar o Palácio do Planalto pela primeira vez. Antes de assumir uma cadeira no Senado em 2014, ela foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul, de 2003 a 2005, prefeita de Três Lagoas (MS), de 2005 a 2010, e vice-governadora do Estado, de 2011 a 2015. No ano passado, a parlamentar se destacou em seus discursos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investigou ações do governo na pandemia.

Apesar de ter o apoio do presidente nacional do MDB, Tebet enfrentou resistência da ala do partido que prefere apoiar Lula no primeiro turno. A avaliação desse grupo de emedebistas, liderado pelo senador Renan Calheiros (AL), é de que uma candidatura pouco competitiva à Presidência pode prejudicar os candidatos da sigla nos Estados e levar a uma redução da bancada de deputados federais no ano que vem. Atualmente, a legenda tem 37 assentos na Câmara.

"Hoje nós vamos fazer uma convenção que vai entrar para a História do MDB. Não no discurso, mas na prática nós vamos mostrar que, efetivamente, lugar de mulher é onde ela quiser. E, se Deus quiser, a nossa Simone Tebet será a nossa próxima presidente do Brasil", afirmou Baleia Rossi.

Em entrevista à GloboNews na segunda-feira, 25, a senadora disse que fará uma campanha com base no tripé economia verde, agenda social e "governo afetivo". Tebet defendeu a necessidade de se fazer no País uma reforma tributária, se posicionou contra a privatização da Petrobras, mas admitiu a possibilidade de venda de refinarias da estatal. Também afirmou que pode retomar, se eleita presidente, a política de reajuste do salário mínimo acima da inflação.

Como a hesitação do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em ingressar na chapa do MDB à Presidência, a possibilidade de a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) concorrer como vice de Tebet voltou a ganhar força. O nome da parlamentar é visto como positivo porque seria um aceno ao eleitorado feminino, à região Nordeste e ao público religioso, já que Eliziane é evangélica.

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