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A porta de um avião com 194 pessoas abriu durante um voo na Coreia do Sul, nesta sexta-feira (26). Nove passageiros foram parar no hospital e um homem foi detido pelas autoridades. 

A aeronave da companhia Asiana Airlines decolou da Ilha de Jeju com destino à cidade de Daegu. Minutos antes de pousar, a porta teria sido aberta pelo suspeito, sem nenhum motivo.

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Os passageiros levados ao hospital se queixaram de dificuldades para respirar. Um porta-voz da companhia disse que não houve feridos, pois todos a bordo estavam sentados com cintos de segurança já que o avião estava prestes a pousar. 

Após a chegada do iPhone 14, a atenção do mundo tecnológico se volta para o lançamento da Samsung, que deve chegar com o Galaxy S23 na primeira semana de fevereiro de 2023, durante evento que será realizado em San Francisco, cidade da Califórnia, Estados Unidos. 

Baseados em informações de um executivo da Samsung Electronics, os veículos de comunicação sul-coreanos apontam que a empresa irá voltar com o evento Unpacked de forma presencial, o que não acontecia desde 2020 por conta da pandemia da Covid-19. 

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Ainda não se sabe a data exata do lançamento. Além disso, segundo a Sam Mobile, relatórios sugerem que a nova leva de smartphones da gigante coreana deve pesar no bolso dos consumidores com preços mais altos do que seu antecessor, o Galaxy S22. Agora é só esperar pra ver.

Muitos personagens da série de sucesso da Netflix "Round 6" são baseados na vida de seu diretor sul-coreano, que acredita que os temas de desigualdade econômica e os problemas do capitalismo moderno ressoaram entre os telespectadores em todo o mundo.

A série sul-coreana de Hwang Dong-hyuk teve a estreia de maior sucesso da gigante do streaming em setembro, atraindo pelo menos 111 milhões de telespectadores.

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Sua visão distópica mostra centenas de pessoas marginalizadas se enfrentando em jogos infantis tradicionais, todos os quais Hwang brincava quando criança em Seul.

O vencedor pode ganhar milhões, mas os perdedores morrem.

As obras de Hwang apresentam visões críticas dos problemas sociais, poder e sofrimento humano, e ele baseou vários personagens, imperfeitos mas próximos, em si mesmo.

Como Sang-woo, um banqueiro na série, Hwang estudou na elitista Universidade Nacional de Seul, e precisou lutar financeiramente apesar de seu diploma.

Como Gi-hun, um trabalhador demitido e jogador compulsivo, Hwang foi criado por uma mãe viúva e sua família pobre morava em um apartamento subterrâneo semelhante ao apresentado no filme premiado de seu compatriota Bong Joon-ho "Parasita".

E uma de suas primeiras experiências no exterior o inspirou a criar Ali, um trabalhador migrante paquistanês abusado e explorado por seu empregador coreano, comentou o diretor à AFP.

"A Coreia é uma sociedade muito competitiva. Tive a sorte de sobreviver à competição e entrar em uma boa universidade", contou.

"Mas quando visitei o Reino Unido aos 24 anos, um funcionário branco da imigração no aeroporto me olhou com desprezo e fez comentários depreciativos. Acho isso chocante até hoje", disse. "Acho que naquele dia fui como Ali".

- Queda social -

Hwang estudou jornalismo e se tornou um ativista pró-democracia, e batizou o personagem principal de "Round 6" de Gi-hun em homenagem a um amigo daquela época.

Mas o país se tornou democrático na época em que ele se formou e "não consegui encontrar uma resposta para o que fazer no mundo real".

No início, "assistir a filmes era algo que eu fazia para passar o tempo", disse ele.

Mas então, com uma câmera de sua mãe, ele descobriu "a alegria de filmar algo e mostrar para outras pessoas".

Isso "mudou minha vida".

Seu primeiro longa-metragem, "My Father", de 2007, é baseado na história real de Aaron Bates, um coreano adotivo cuja busca por seu pai biológico o levou a um prisioneiro condenado à morte.

Em 2011, seu drama policial "Silenced", baseado em um caso real de abuso sexual envolvendo crianças com deficiência, foi um sucesso comercial, assim como sua comédia de 2014 "Miss Granny", inspirada em parte por sua mãe.

Três anos depois, seu drama histórico "The Fortress" tratou de um rei coreano do século XVII que enfrentou uma invasão chinesa brutal.

"Round 6" faz referência a várias experiências traumáticas que moldaram a mentalidade dos sul-coreanos atuais, incluindo a crise financeira asiática de 1997 e as demissões de 2009 na SsangYong Motors, que levaram a vários suicídios.

"Com referência às demissões da SsangYong Motor, eu queria mostrar que qualquer pessoa da classe média no mundo em que vivemos pode cair até o fundo da escala social", comentou Hwang à AFP.

- Absurdo -

Jason Bechervaise, professor da Korea Soongsil Cyber University, considera Hwang como "um cineasta estabelecido há mais de 10 anos" que "encontra maneiras de entreter o público".

"Hwang faz parte de um sistema capitalista e o sucesso de sua série significa que ele se beneficia desse sistema, mas isso não significa que ele não deva lutar com sua própria natureza", comentou à AFP.

Areum Jeong, pesquisadora do cinema coreano na Sichuan University-Pittsburgh, disse que o diretor costuma despertar debate social, mesmo antes da série da Netflix.

"Silenced" abordou "a injustiça, corrupção moral, questões não resolvidas no sistema judicial coreano e, eventualmente, motivou os telespectadores a exigirem reformas legislativas", afirmou à AFP.

Hwang escreveu "Round 6" há uma década, mas os produtores não estavam interessados, achando o roteiro "muito absurdo, estranho e irreal".

Mas a ascensão dos serviços de streaming tornou alguns materiais mais viáveis, e ele aceitou o projeto com a perspectiva de trabalhar com a Netflix.

No entanto, nunca imaginou que "se tornaria a sensação mundial que é agora".

"Acho que os espectadores de todo o mundo se relacionam profundamente com a questão da desigualdade social" retratada na série, "especialmente em tempos de pandemia", aponta.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) informou, nesta quinta-feira (27), que as inscrições para o processo seletivo dos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) da University of Science and Technology (UST), universidade multicampus sul-coreana devem ser realizadas até o dia 18 de setembro.

A Universidade trabalha em parceria com 32 centros de pesquisa vinculados ao MCTI local. O início das aulas está previsto para março de 2021. Para mais informações acesse o material disponibilizado pela UFRPE.

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Todos os cursos oferecidos pela UST são ministrados em língua inglesa, o que contribui para a proporção relativamente alta em comparação com instituições sul-coreanas de ensino superior de estudantes estrangeiros em seu corpo discente: 33%. Outros atrativos oferecidos incluem bolsas mensais de 1.350 dólares (doutorado) e 1.000 dólares (mestrado), bem como cobertura parcial ou integral das semestralidades. Os programas de pós-graduação que contam com maior presença de estudantes estrangeiros são os das áreas de nanotecnologia, biomedicina, química, energia, física, materiais, biotecnologia e oceanografia.

A UST é uma universidade multicampus de pós-graduação que funciona em simbiose com 32 centros nacionais de pesquisa do Ministério da Ciência e das Tecnologias da Informação da Coreia do Sul. As aulas, pesquisas e treinamentos, bem como a orientação acadêmica, são oferecidos por pesquisadores afiliados aos referidos centros de pesquisa, nas instalações desses próprios. Nesse sentido, a Universidade funciona seguindo esquema descentralizado, pelo qual não mantém instalações próprias para hospedar os alunos, que são alocados e recebem instrução nos centros de pesquisa parceiros.

O prefeito da cidade de Seul e provável candidato à presidência, Park Won-soon, foi encontrado morto nesta quinta-feira (9) pela polícia da Coreia do Sul horas depois de a família reportar seu desaparecimento. Um dia antes, ele foi alvo de uma denúncia de assédio sexual. A polícia informou que está investigando a causa exata da morte, embora haja indício de suicídio.

Sua morte e a possível ligação com assédio sexual colocaram o país em choque, uma vez que Park tinha um histórico de defesa de direitos humanos, em especial das mulheres.

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Como prefeito de uma cidade de quase 10 milhões de habitantes, Park era o segundo político mais influente do país, atrás apenas do presidente, Moon Jae-in, e desempenhou um papel de destaque na resposta da cidade à pandemia de coronavírus. Ele foi um dos mais agressivos líderes do país na contenção da covid-19. Seul tem apenas 1,4 mil casos confirmados da doença. Com um sistema de testagem em massa e restrições rígidas, a Coreia do Sul se tornou referência no controle da epidemia.

Park era visto como potencial candidato à presidência nas eleições de 2022. Seu primeiro mandato na capital, onde vive quase um quinto da população do país, foi como candidato independente. Ele entrou em 2012 no agora governista Partido Liberal Democrático, de centro-esquerda.

Park deixou a residência oficial por volta de 10h40 (hora local) de ontem usando um chapéu preto e uma mochila, após cancelar uma reunião. Seu desaparecimento ocorreu um dia depois de uma secretária denunciar à polícia que ele a assediava sexualmente desde 2017, segundo duas estações de TV de Seul.

Um agente da polícia relatou que o corpo de Park, de 64 anos, foi encontrado no Monte Bukak, no distrito de Jogno, norte da capital sul-coreana, perto de onde ele foi visto pela última vez depois de sair de casa. Cinco horas antes, sua filha havia relatado seu desaparecimento.

Segundo a família, ele deixou "uma carta que se assemelhava a um testamento" e tinha desligado seu celular. Cerca de 600 policiais sul-coreanos procuraram pelo prefeito, com cães farejadores e drones.

Ativista e popular. Prefeito de Seul desde 2011, Park foi considerado um crítico incansável da desigualdade de gênero e um antagonista da ex-presidente Park Geun-hye. Ele apoiou enormes manifestações contra ela em Seul, que finalmente levaram ao impeachment da então presidente sob acusações de corrupção, em 2017.

Nascido em Changyeong, na Província de Gyeongsang do Sul, ele tinha grande popularidade. Foi o único governante na história de Seul a ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo. Antes de se tornar prefeito, Park foi um destacado advogado que fundou o grupo de direitos civis mais influente do país.

Como advogado, ele ganhou vários casos importantes, incluindo a primeira condenação por assédio sexual da Coreia do Sul. Park também fez campanha pelos direitos das chamadas "mulheres de conforto", escravas sexuais coreanas atraídas ou forçadas a trabalhar em bordéis para o Exército japonês durante a 2.ª Guerra.

Nos anos 80, durante a ditadura militar, ele ajudou a condenar um policial que abusou de uma estudante durante interrogatório.

Nos últimos anos, o movimento #MeToo ganhou força no país. Em abril, o prefeito da segunda maior cidade da Coreia do Sul, Busan, renunciou após admitir má conduta sexual e ser acusado de agredir uma funcionária pública.

Várias mulheres apresentaram acusações de abuso sexual contra uma série de sul-coreanos importantes, incluindo diretores de teatro, políticos, professores, líderes religiosos e um ex-treinador da equipe nacional de patinação de velocidade. Muitos dos acusados pediram desculpas e renunciaram a suas posições. Vários ainda enfrentam acusações criminais. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sete brasileiras -fãs de K-pop foram forçadas a se prostituirem após serem atraídas à Coreia do Sul sob a falsa oferta de se tornar "celebridades" da indústria musical. As vítimas têm idades entre 20 e 30 anos e já estão sob proteção do Estado.

As ofertas foram feitas em julho através das redes sociais, de acordo com o The Asia Business Daily. Os cinco criminosos enviaram passagens aéreas e garantiram que as vítimas não precisariam arcar com os custos. "Vou te transformar numa celebridade", afirmava uma das mensagens. O grupo chegou ao país no último dia 8.

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Já na Coreia, o grupo tive seus passaportes retidos e foi preso em alojamentos em Paju, na província de Gyeonggi. Elas foram forçadas a se prostituir e pagar as passagens, até o dia 17 de agosto, quando as autoridades locais prenderam os suspeitos, após a Embaixada do Brasil receber uma denúncia. As vítimas estão sob proteção do Estado em abrigos para imigrantes.

 

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, fez um aceno ao Japão com a intenção de encerrar a disputa comercial entre os dois países, ao dizer que Seul irá "de bom grado dar as mãos" se Tóquio quiser conversar. Em discurso televisionado nacionalmente, Moon minimizou a ameaça representada por lançamentos balísticos de curto alcance testados pela Coreia do Norte recentemente e expressou a esperança de que os americanos e os norte-coreanos em breve retomarão as negociações nucleares.

"Se um país arma um setor onde tem uma vantagem competitiva, a ordem do livre-comércio pacífico inevitavelmente sofre. Um país que conseguiu o crescimento primeiro não deve largar a escada enquanto outros estão seguindo seus passos", disse Moon, em referência ao Japão. "Se o Japão, melhor tarde do que nunca, escolher o caminho do diálogo e da cooperação, teremos o prazer de dar as mãos." Fonte: Associated Press.

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Por utilizar câmeras espiãs em motéis para filmar e transmitir ao vivo vídeos de aproximadamente 1.600 hóspedes de motéis da Coreia do Sul, quatro homens foram presos nessa quarta-feira (20). De acordo com a polícia, o grupo arrecadou cerca de 7 milhões de won, equivalente a R$ 23.400, nos últimos três meses.

Segundo informações do portal Extra, desde agosto de 2018 os suspeitos se passavam por clientes para instalar ilegalmente as câmeras em 42 apartamentos de 30 estabelecimentos do país. Adquiridas em sites do exterior, as câmeras eram escondidas em televisões, tomadas e secadores de cabelo.

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A plataforma utilizada para exibir os vídeos foi criada em novembro do ano passado e, até ser tirada do ar, tinha 97 assinantes. "Foi o primeiro caso com que já lidamos no qual vídeos eram transmitidos ao vivo pela internet", respondeu a polícia sul-coreana em comunicado.

O incêndio que atingiu uma sauna pública da cidade de Daegu, ao sul da Coreia do Sul, deixou dois mortos e mais de 70 feridos nesta terça-feira (19), de acordo com a agência de notícias local "Yanhap". As autoridades investigam a origem das chamas e acreditam que a quantidade de vítimas pode aumentar.

As chamas começaram no banheiro masculino por volta das 7h10 (horário local). O incêndio demorou aproximadamente 20 minutos para ser controlado. A inalação da fumaça tóxica matou duas pessoas e fez com que grande parte dos clientes, que ficaram feridos, fosse hospitalizada. Outra vítima sofreu queimaduras graves.

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Os regulamentos contra incêndio e as medidas de segurança de várias edificações estão sob risco na Coreia do Sul. O que ficou claro nos últimos anos em dois casos específicos, em uma academia e outro em um hospital, que deixaram 29 e 41 mortos, respectivamente.

Institutos federais são 38, estando presentes em todos os estados brasileiros. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

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Uma Coreia do Sul dentro do ensino público brasileiro. Segundo os resultados mais recentes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), de 2015, se a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica fosse um país, ele estaria na 11.ª colocação, nas áreas analisadas - matemática, leitura e ciências- e à frente de países como Estados Unidos, Alemanha e do próprio Brasil. Em 2018, a Rede comemora os dez anos dos Institutos Federais (IF’s) com a consolidação de um amplo projeto de expansão que inclui, entre os anos de 2003 e 2016, a entrega de 500 novas unidades, totalizando 644 campi em funcionamento. A estrutura está inserida em 38 IF’s presentes em todos os estados, dispondo de cursos de qualificação, ensino médio integrado, cursos superiores de tecnologia e licenciaturas.

Para o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Roberto Gil Rodrigues de Almeida, o desempenho dos Institutos nos indicadores internacionais mostra que seus dez anos de funcionamento devem ser celebrados. “Considerando que nossas instituições promovem a inclusão, isso comprova que pessoas anteriormente privadas de um ensino de qualidade agora têm acesso a um modelo de educação profissional e tecnológica socialmente referenciado”, declara. Instância de discussão, proposição e promoção de políticas de desenvolvimento da formação profissional e tecnológica, pesquisa e inovação, o Conif se consolidou a partir da extinção do Conselho de Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), criado em 1999, em substituição ao Conselho de Diretores das Escolas Técnicas Federais (Conditec).

O presidente Nilo Peçanha, pioneiro ao criar uma rede de ensino técnico no Brasil, em 1909 / Foto: Domínio público 

A história do Conselho da Rede está intimamente ligada à dos IF’s, que começa exatamente no dia de 29 de dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona a n 11.892, responsável por instituir a Rede Federal e transformar em um só organismo as estruturas de 31 centros federais de educação tecnológica (Cefets); 75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds); 39 escolas agrotécnicas; sete escolas técnicas federais; oito escolas vinculadas a universidades. As raízes do ensino técnico profissional, contudo, já estavam bem fincadas há muito mais tempo.

Conforme lembra Anália Ribeiro, reitora do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), a Rede Federal existe desde 1909, ano em que o presidente Nilo Peçanha ergueu, em apenas três meses, as primeiras 19 escolas de Aprendizes e Artífices, que revolucionariam a educação de um país de herança escravista, no qual o trabalho manual e o conhecimento técnico eram desprezados em detrimento da supervalorização do diploma universitário. “As escolas são a origem dos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Cefets). A perspectiva do governo Nilo Peçanha era a de inserir pessoas dos estratos mais pobres da sociedade no mercado de trabalho. A inclusão está na genética da educação profissional no Brasil”, afirma Anália.

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De acordo com a reitora, o surgimento dos Institutos Federais também é produto de uma mudança de mentalidade em relação à formação no ensino técnico, oriunda de debates intensificados a partir do ano de 2003. “Ganhou força a perspectiva de que a qualificação técnica deve vir acompanhada de outros tipos de qualificação e formação. O que importa para nós, além de formar um técnico para o mercado, é formar um ser humano”, explica. Assim, os IF’s constituíram-se a partir de novos princípios, a exemplo da verticalização, isto é, a visão de que é necessário incentivar o estudante a buscar formação continuada. “Já há casos, em alguns IF’s, em que o estudante começou no ensino médio integrado, depois fez graduação, mestrado e doutorado. Alguns cursos no IFPE já oferecem mestrado”, completa. 

Para Anália, a formação continuada auxilia os estudantes a se adaptarem, por exemplo, a um mercado cada vez mais automatizado. “Nosso aluno apropria-se simultaneamente da técnica e do fundamento científico, estando apto a continuar mantendo-se atualizado. Além disso, temos vários cursos voltados para a questão da automação, oferecendo a iniciação científica para que sejam desenvolvidos produtos aliando as tecnologias da informação e da comunicação com a mecânica, por exemplo”, completa.

Nesse sentido, os números da extensão e da pesquisa são expressivos. Em 2008, o IFPE possuía apenas 12 estudantes de iniciação científica, enquanto o número atual é de 352 alunos. Já o número de projetos de extensão cresceu de 31 projetos com 52 bolsistas, em 2010, para 191 projetos com 315 bolsistas. “A força do nosso programa de iniciação deriva do forte investimento que fazemos em formação de professores, que contam com grande facilidade de liberação para mestrado e doutorado, posteriormente orientando estudantes de nível médio. No mais, como atendemos o substrato mais pobre da sociedade, sabemos da importância das bolsas”, conclui Anália.

Arte: João de Lima/LeiaJáImagens

No caso do IFPE, a maior parte dos cerca de 24 mil alunos matriculados é oriunda de famílias cuja renda não ultrapassa um salário e meio per capita. “Isso significa uma mudança social significativa, porque a partir da educação nossos alunos não só conseguem mudar suas vidas, como a de suas famílias”, completa Anália. Pernambuco, aliás, entre os IF’s, é o que estado do país que possui o maior número de estudantes indígenas. “Só no campus Pesqueira, nós temos mais cem alunos do povo Xucuru. Também atuamos junto a outros grupos vulneráveis, como campesinos, quilombolas e assentados, além de termos um convênio com a Funase (Fundação de Atendimento Socioeducativo), a partir do qual trabalhamos com cursos de formação continuada para menores em processo de ressocialização”, conclui a reitora.

Conexão com os diferentes mercados 

Ao longo de seus dez anos de atuação, os IF’s intensificaram suas relações com os arranjos produtivos das localidades onde cada campus está inserido. Em Pernambuco, por exemplo, é claro o direcionamento da estrutura em Olinda para a economia criativa e as artes, propulsores do desenvolvimento local. Durante a chamada “expansão dois”, mais três campi foram construídos na perspectiva da interiorização (Afogados, Caruaru e Garanhuns), cada um deles desenvolvido com foco em uma área diferente.

Já na “expansão três” foram criados sete novos campi, um em Palmares e os outros seis na Região Metropolitana do Recife (RMR), que buscavam atender à grande demanda do mercado por mão de obra técnica após um “boom” de investimentos feitos no estado. “Assim como, devido à proximidade com Goiana, os campi Igarassu e Paulista se voltam para os negócios, administração, controle de qualidade, logística e tecnologias da informação e comunicação”, conclui a reitora do IFPE.

Reitora do IFPE destaca a expansão dos Institutos / Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Como política de estado, os IF’s compõem a Lei Orçamentária Anual da União (LOA), além de possuírem marcos (um acordo de metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), que vale por determinado período) que norteiam sua atuação. Apesar de se tratarem de uma política pública, os IF’s não possuem exatamente um orçamento fixo. “O MEC distribui para a rede um determinado orçamento, mas não é segredo que, atravessando isso, existe a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, que congela os investimentos do país em educação. É algo que precisamos considerar no atual cenário, até porque o número de alunos vem crescendo significativamente”, alerta Anália.

Só no IFPE, são seis novos campi em construção, dois deles com previsão de inauguração para este ano, tendo finalmente a perspectiva de funcionarem com a sua total capacidade. Apesar disso, a reitora lembra que novas expansões demandam determinadas condições, como a contratação de docentes e corpo técnico administrativo compatível com a estrutura física. No segundo semestre de 2019, também devem ser entregues as sedes definitivas de Jaboatão dos Guararapes e Paulista. “Mas não é só o prédio. Eu também preciso comprar laboratórios, equipamentos de sala de aula, dentre outros. É de extrema importância que o orçamento seja ampliado. São desafios que o país precisa enfrentar”, defende.

Reportagem integra a série “Além da técnica: a função social dos Institutos Federais”, que conta história dos dez anos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, traçando um paralelo entre a contribuição dos projetos de extensão das instituições e o respaldo na sociedade, seja na forma de inclusão de classes mais baixas na educação, como também no benefício direto da população pelas pesquisas realizadas nos institutos. A seguir, confira as demais matérias da série:

Além da técnica: a função social dos Institutos Federais

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O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, desembarcou em Pyongyang nesta terça-feira, 18, para uma terceira reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que recebeu Moon no aeroporto. Os objetivos do presidente sul-coreano são elevados: tentar resolver a diplomacia nuclear paralisada, amenizar um impasse militar de décadas e promover a paz na Península Coreana.

Antes da viagem, Moon disse que irá pressionar por "paz irreversível e permanente" e por um melhor diálogo entre Pyongyang e Washington durante as conversas "de coração para coração" com Kim. O chefe de gabinete da Coreia do Sul, no entanto, minimizou a chance de que o encontro de Moon com Kim produzirá um grande progresso na diplomacia nuclear.

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Moon foi recebido no Aeroporto Internacional Sunan, em Pyongyang, por milhares de norte-coreanos que se dividiram em fileiras e foram vestidos com ternos pretos. Eles acenaram com buquês de flores artificiais, com a bandeira norte-coreana e também com uma bandeira branca e azul com um mapa simbolizando a península unificada.

Soldados norte-coreanos e tropas navais se posicionaram para dar as boas-vindas a Moon e a irmã de Kim Jong-un andou em meio aos preparativos para receber o presidente sul-coreano, segundo imagens da mídia de Seul. Fonte: Associated Press.

O alpinista Alain Robert, apelidado de "Spiderman Francês", foi detido em Seul nesta quarta-feira quando tentava escalar sem cordas o Lotte World Tower, o quinto maior arranha-céu do mundo, com 555 metros de altura e 123 andares.

Alain Robert, de 55 anos, foi preso quando estava no 75º andar por agentes de segurança, que o obrigaram a entrar em uma cabine suspensa e o transportaram para o telhado do prédio.

"Eu havia escalado cerca de 75 andares e brincado um pouco de gato e o rato" com os guardas, que o seguiam pela escalada de dentro do prédio, disse Robert à AFP.

A escalada foi uma homenagem ao processo de paz que está ocorrendo na península coreana, explicou Robert.

"Finalmente decidi desistir", indicou ele, antes de ser transferido para uma delegacia de Seul.

"Eles podem me impor uma multa pesada, mas fiz isso pensando no que está acontecendo agora entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte", disse Robert. "É a minha maneira de agradecer Kim Jong Un e Moon Jae-in", ressaltou o homem-aranha francês, referindo-se ao líder norte-coreano e ao presidente sul-coreano.

Por sua parte, o porta-voz do edifício afirmou que a atitude de Robert era "lamentável".

"Ele estava subindo sem permissão, é perigoso", declarou You In-sik para justificar a intervenção dos serviços de segurança.

Alain Robert, que escala com as mãos e sem material de qualquer espécie, está no Livro Guinness com mais de cem grandes arranha-céus escalados.

Durante uma reunião com secretários de alto escalão do governo, nesta segunda-feira (30), o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, propôs o prêmio Nobel da Paz ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com Monn Jae-in, Trump tem feito um esforço no sentido de acabar com as divergências com a Coreia do Norte por seus programas de armas nucleares.  

“O presidente Trump deveria ganhar um prêmio Nobel da Paz. O que precisamos é apenas de paz”, teria dito Moon, segundo uma autoridade que falou com jornalistas sobre o encontro. 

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Na última sexta-feira (27), Moon e o líder norte-coreano Kim Jong-un prometerem acabar com as hostilidades entre os dois países e trabalhar pela “completa desnuclearização” da península coreana. 

Neste mês, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, que foi agraciado com o Nobel em 1980, chegou a defender que o ex-presidente Lula receba a honraria em 2019. De acordo com Adolfo, é preciso mostrar ao mundo as melhorias no Brasil deixadas pelo líder petista. 

O argentino lançou, no início de abril, uma campanha para recolher assinaturas e apoiar a candidatura de Lula. A campanha, no site change.org, já conseguiu juntar mais de 240 mil assinaturas. 

 

Uma atriz sul-coreana que foi sequestrada por agentes norte-coreanas por ordem do falecido pai do atual dirigente Kim Jong Un e obrigada a participar de filmes para o regime faleceu aos 91 anos.

Choi Eun-hee foi a grande estrela do cinema sul-coreana durante décadas, antes de ser sequestrada por espiões norte-coreanos em Hong Kong em 1978, por ordem de Kim Jong Il.

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De acordo com a imprensa, a atriz viajou para a ex-colônia britânica - devolvida em 1997 para a China - para uma reunião com um possível investidor para sua Escola de Arte. Mas seu guia a levou até um barco, do qual ela foi transferida para um cargueiro com destino a Coreia do Norte.

Pouco depois, seu marido, o famoso diretor de cinema Shin Sang-ok, também foi levado para a Coreia do Norte em circunstâncias ainda misteriosas.

O casal permaneceu sequestrado no Norte por oito anos. Eles rodaram vários filmes por ordem de Kim Jong Il. Apesar da situação, viajavam ao exterior para filmagens e festivais de cinema, sempre sob a rígida vigilância de agentes norte-coreanos.

Choi foi premiada como melhor atriz no Festival Internacional de Cinema de Moscou em 1985 por seu papel em "Salt", um filme sobre os coreanos que lutaram contra os colonizadores japoneses entre 1910 e 1945.

Choi e Shin, que se divorciaram em 1976, voltaram a casar durante uma viagem a Hungria a pedido de Kim.

Pouco depois de uma participação no Festival de Berlim em 1986, os dois protagonizaram uma fuga espetacular com a ajuda da embaixada dos Estados Unidos em Viena. Os dois permaneceram nos Estados Unidos durante mais de uma década e retornaram a Coreia do Sul em 1999.

Shin faleceu em 2006.

A história do casal inspirou livros e filmes.

Em 2011, Choi explicou em uma entrevista que Kim Jong Il os "respeitava como artistas", mas que nunca poderia perdoar o "sequestro escandaloso".

Ela estreou no cinema em 1942 e se tornou uma estrela pouco depois da Guerra da Coreia (1950-53), que determinou a divisão da península. Entre as décadas de 1950 e 1970, participou de mais de 100 filmes, vários deles dirigidos por Shin.

O funeral está programado para quinta-feira em Seul.

A Coreia do Norte sequestrou centenas de sul-coreanos nas décadas posteriores à Guerra da Coreia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a China está feliz por ele estar buscando um solução diplomática para a crise norte-coreana, em vez de seguir com as ameaças.

Trump falou com o presidente chinês Xi Jinping na sexta-feira, depois de ter anunciado que estava disposto a encontrar o líder norte-coreano Kim Jong Un. O presidente norte-americano escreveu em sua conta no Twitter que ele e Xi falaram sobre a decisão de aceitar o encontro e que Xi "aprecia que os EUA estão trabalhando para resolver o problema diplomaticamente, em vez de ir com a alternativa ameaçadora".

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No passado, Trump ameaçou a Coreia do Norte com "fogo e fúria como o mundo nunca sentiu".

Trump também disse que a China "continua a ser útil". Anteriormente, ele repetidamente exortou o país asiático a fazer mais para pressionar a Coreia do Norte a abandonar seu programa nuclear.

Fonte: Associated Press

As Coreias do Norte e do Sul aceitaram compor sua primeira equipe olímpica unificada e irão desfilar juntas na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno em fevereiro, segundo a agência sul-coreana Yonhap nesta quarta-feira (17). O time conjunto será o de hóquei feminino.

A declaração foi feita em um documento enviado pelos dois países e publicado pelo Ministério da Unificação coreana, localizado em Seul, depois de reunião feita em Panmunjom, cidade que faz fronteira onde foi firmado o cessar-fogo.

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O desfile dos dois países, na abertura dos jogos, terá uma bandeira unindo os dois países.

Na mesma reunião, a Coreia do Norte sugeriu mandar uma equipe de 550 membros, incluindo 140 artistas, 30 lutadores de Taekwondo e 230 animadoras de torcida. Está previsto para a delegação chegar à Coreia do Sul no dia 25 de janeiro, de acordo com o comunicado.

Por Beatriz Gouvêa

Segundo meios de comunicação japoneses, um representante da Coreia do Norte teria dito que seu país provavelmente participará dos Jogos Olímpicos de Inverno no próximo mês, na Coreia do Sul.

As notícias citam que Chang Ung disse a repórteres no aeroporto de Pequim no sábado que uma dupla de patinação norte-coreana que se classificou provavelmente irá para os Jogos.

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Citando fontes não identificadas, o serviço japonês Kyodo News e a NHK disseram que Chang se dirigiu para a Suíça, onde ele iria se encontrar com representantes do Comitê Olímpico Internacional.

O líder norte-coreano Kim Jong An ofereceu o envio de uma delegação para as Olimpíadas em Pyeongchang, em um discurso de Ano Novo. A Coreia do Norte e do Sul concordaram em conversar sobre as Olimpíadas, na fronteira, a partir de terça-feira, um fato raro.

Suas mensagens são sedutoras e suas fotos, atraentes, mas as sereias que tentam enfeitiçar os executivos sul-coreanos do bitcoin poderiam ser hackers norte-coreanos, advertem especialistas.

Diante das múltiplas sanções por seu programa nuclear, a Coreia do Norte implementa um batalhão de aguerridos hackers para encontrar novas fontes de divisas, embora o negue veementemente.

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Suas habilidades neste terreno ficaram em evidência com o ciberataque à Sony Pictures Entertainment em 2014, que foi considerado uma vingança do regime pelo filme "A Entrevista", uma sátira que zombava do líder norte-coreano, Kim Jong-Un.

Mas as vítimas passaram a ser financeiras, como bancos ou plataformas de troca da criptomoeda bitcoin. Washington acusou recentemente Pyongyang do ciberataque mundial "Wannacry", que em maio infectou 300.000 computadores em 150 países.

Segundo meios sul-coreanos que citam serviços de inteligência do país, hackers norte-coreanos se fazem passar por mulheres jovens no Facebook para se aproximarem dos funcionários de plataformas de câmbio, aos que terminam enviando arquivos com vírus.

Também bombardeiam os executivos com e-mails em que fingem buscar emprego e em que anexam currículos com vírus para roubar dados pessoais e profissionais. Segundo Moon Jong-Hyun, diretor da empresa de cibersegurança EST Security de Seul, nos últimos anos se multiplicaram este tipo de estratégias contra membros de alto escalão do governo e do exército.

"Abrem contas do Facebook e mantêm vínculos de amizade durante meses antes de apunhá-los pelas costas", explica.

"Organização criminosa"

Simon Choi, diretor da empresa Hauri de Seul, reuniu grandes quantidades de dados sobre hacking norte-coreano. Em sua opinião, devido às novas sanções impostas pela comunidade internacional, "as operações de hacking da Coreia do Norte passaram de ser ataques contra 'o Estado inimigo' a ser um negócio lucrativo".

Os hackers norte-coreanos estão de olho no bitcoin ao menos desde 2012, explica. Quando sua cotação dispara, o mesmo acontece com os ataques. A falta de regulação e a "debilidade dos controles contra a lavagem" de dinheiro em muitos países também ajudam a explicar o "atrativo" das moedas virtuais, indica a empresa americana especializada FireEye.

Estas divisas "se tornaram um objetivo interessante para um regime que atua em muitos sentidos como uma organização criminosa", escreveu em setembro a FireEye.

A empresa explica que entre maio e julho a Coreia do Norte tentou em três ocasiões hackear plataformas sul-coreanas de troca de criptomoedas para "encher as arcas do Estado ou da elite de Pyongyang".

E em outubro, o grupo de hackers Lazarus, vinculado ao Norte, lançou uma campanha de roubo de dados contra a indústria do bitcoin, segundo a companhia americana Secureworks.

"Imprevisíveis"

Pyongyang é acusada de ter roubado, em 2016, 81 milhões de dólares do Banco Central de Bangladesh (BCB), e em outubro passado, 60 milhões de dólares do banco taiwanês Far Eastern International. A Coreia do Norte rejeita veementemente essas acusações, que considera "difamatórias", mas para os analistas os rastros deixados mostram que não são tão falsas.

O ataque contra o BCB foi vinculado a "atores estatais da Coreia do Norte", segundo a empresa Symantec, e o do banco taiwanês apresentava certas "características" do Lazarus, segundo a britânica BAE Systems.

O dinheiro costuma ser lavado em cassinos das Filipinas e de Macau ou em plataformas chinesas de divisas, explica Lim Jong-In, professor de cibersegurança da Universidade da Coreia, em Seul.

Segundo especialistas, os talentos norte-coreanos são recrutados desde muito jovens e formados em instituições de elite, como a Universidade tecnológica Kim Chaek ou a Universidade militar Kim Il-Sung de Pyongyang. Há mais de 7.000 hackers.

Para Kevin Mandia, diretor da FireEye, a Coreia do Norte faz parte de um quarteto, junto com o Irã, Rússia e China, responsável por mais de 90% das violações informáticas contabilizadas por sua empresa. Enfrentar os hackers norte-coreanos é "interessante", porque "eles são difíceis de prever", diz.

A Coreia do Norte lançou um novo míssil balístico na madrugada desta quarta-feira (29), tarde de terça no horário brasileiro.

A informação é da agência sul-coreana "Yonhap", que diz que um projétil "não identificado" foi disparado de uma área nos arredores de Pyongsong, na província de Pyongan Sul, centro-oeste do país asiático.

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O míssil voou na direção leste e, segundo a "Yonhap", os militares de Coreia do Sul e Estados Unidos estão analisando os detalhes do lançamento. Em resposta, as Forças Armadas de Seul conduziram um lançamento de "mísseis de ataque de precisão".

Esse foi o primeiro teste balístico do regime de Kim Jong-un desde 15 de setembro, quando um projétil intermediário sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido e caiu no Oceano Pacífico.

Durante a manhã, o governo do Japão já havia anunciado a captação de sinais de rádio que poderiam indicar a preparação de um novo lançamento. O disparo chega menos de 10 dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter incluído a Coreia do Norte na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

O país asiático tinha sido retirado da relação em 2008, pelo então mandatário George W. Bush, em uma tentativa de salvar as negociações sobre o programa nuclear de Pyongyang.

Desde o início do ano, a troca de provocações tem sido intensa na península coreana, alimentada pela retórica agressiva de Trump e Kim Jong-un. Além de projéteis de curto e médio alcance, a Coreia do Norte testou mísseis intercontinentais capazes de atingir os EUA e realizou, em setembro, a maior detonação nuclear de sua história.

O teste provocou um terremoto de magnitude 6.3 na escala Richter e, segundo Pyongyang, foi feito com uma bomba de hidrogênio. Em resposta, Trump deslocou um submarino nuclear e bombardeiros para a região e ameaçou atacar o país asiático com "fogo e fúria nunca antes vistos".

Da Ansa

Os mercados acionários americanos registraram fortes perdas nesta terça-feira, 5, em reação à troca de ameaças entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, além da aproximação de outro poderoso furacão, que pode afetar a economia do país.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,07%, aos 21.753,31 pontos; o S&P 500 recuou 0,76%, aos 2.457,85 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,93%, aos 6.375,57 pontos. Foi a pior perda diária dos três índices em três semanas.

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Após o teste de bomba de hidrogênio realizado pela Coreia do Norte, os investidores procuraram ativos com maior segurança, como o ouro, o iene e os Treasuries, abandonando ações, que são vistas como ativos com menor segurança. "Não existe um plano sólido sobre o que podemos fazer com a Coreia do Norte. As pessoas estão ficando nervosas em relação a isso", disse o diretor de investimentos da Deutsche Bank Wealth Management, Larry Adam.

Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, comunicou que permitirá que o Japão e Coreia do Sul comprem "uma quantidade substancialmente alta" de equipamentos militares americanos. O anúncio foi uma resposta ao aviso do Sul de que o Norte parece estar se preparando para testar outro míssil intercontinental.

Com o movimento de cautela, papéis de instituições financeiras e de gigantes de tecnologia lideraram o movimento baixista visto em todo o pregão. O Goldman Sachs caiu 3,59% e o Bank of America cedeu 3,24%; já a Apple recuou 1,20% e o Facebook teve baixa de 0,76%.

No radar dos investidores, também esteve a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de acabar com o programa de proteção a jovens imigrantes (Daca, na sigla em inglês), cujo anúncio foi realizado pelo procurador-geral do país, Jeff Sessions. "A decisão de acabar com o Daca não é apenas errada. É particularmente cruel oferecer aos jovens o sonho americano, encorajá-los a sair das sombras e confiar no nosso governo, para depois puni-los por isso", disse o presidente-executivo (CEO) do Facebook, Mark Zuckerberg. Fonte: Dow Jones Newswires

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