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A primeira audiência em um tribunal de Hamburgo sobre as demandas apresentadas na Alemanha por pessoas vacinadas contra a Covid-19 que alegam sofrer efeitos colaterais foi adiada nesta segunda-feira (12), após um recurso dos denunciantes para que o caso sejam examinado por vários magistrados.

O caso é muito complexo. As vacinas contra a Covid-19, desenvolvidas em poucos meses, salvaram vidas, mas alguns afirmam que prejudicaram sua saúde.

O processo deveria começar nesta segunda-feira com uma audiência de várias horas, mas o início do julgamento foi adiado no último minuto por um recurso da parte denunciante, que questionou a imparcialidade do juiz e pediu que o caso seja analisado por um painel de magistrados.

"A imparcialidade do juiz foi questionada pelos advogados dos demandantes", anunciou o porta-voz do tribunal.

Os advogados solicitaram que o julgamento seja presidido por um painel de magistrados especializados em temas de saúde, e não por um único juiz, o que permitiria a presença de pessoas "realmente especializadas", declarou Marco Rogert, um dos advogados.

Uma audiência acontecerá nos próximos dias e o tribunal decidirá a forma do processo, informou o advogado.

A campanha de vacinação contra a covid teve uma dimensão inédita, com o objetivo de lutar contra uma pandemia letal que provocou o confinamento de milhões de pessoas e paralisou a economia mundial.

O laboratório alemão BioNtech desenvolveu em parceria com a americana Pfizer uma das principais vacinas contra a covid.

De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), as vacinas ajudaram a evitar quase 20 milhões de mortes.

Apesar disso, centenas de ações foram iniciadas na Alemanha para buscar o reconhecimento de um nexo causal entre as vacinas e o desenvolvimento de patologias médicas.

Uma demandante afirma que sofre efeitos como "dor na parte superior do corpo, inchaço nas extremidades, exaustão, fadiga e distúrbios do sono" desde que recebeu a vacina Pfizer-BioNtech, de acordo com o tribunal.

Muitos problemas "nefastos para o trabalho" desta médica, funcionária de um hospital, "que não consegue trabalhar a mesma quantidade de horas que antes", afirmou à AFP o advogado Tobias Ulbrich.

Ela pede pelo menos 150.000 euros de indenização.

Mais audiências devem acontecer nos próximos meses, de acordo com a advogado, que afirma representar 250 demandantes, "todos com boa saúde" antes de sofrer sintomas que atribuem à vacinação.

"Os sintomas são muito diferentes: vão de trombose a doenças cardíacas", resumiu Joachim Cäsar-Preller, outro advogado alemão que representa 140 clientes com casos similares.

Das 192 milhões de vacinas aplicadas na Alemanha, o instituto científico Paul Ehrlich recebeu 338.857 relatos de supostos efeitos colaterais, incluindo 54.879 considerados graves.

O laboratório BioNtech explica que, até o momento, "nenhuma relação causal foi comprovada entre os problemas de saúde descritos e a vacinação nos casos examinados".

BioNtech conquistou fama mundial com sua parceria com a Pfizer para fabricar uma vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19, da qual milhões de doses foram vendidas.

A tecnologia inovadora e a rapidez da homologação do fármaco, devido à emergência de saúde, geraram uma onda de ceticismo e de desinformação sobre a vacina, com questionamentos sobre sua segurança.

- "Longo caminho" -

A comunidade médica na Alemanha leva a sério a existência de sintomas pós-vacina, e muitos hospitais têm consultas dedicadas a tais casos.

Além da via jurídica, recursos administrativos estão previstos em casos de complicações com a vacinação.

Mais de 8.000 demandas do tipo foram apresentadas até meados de abril, e 335 foram aceitas, segundo a imprensa alemã.

Os procedimentos judiciais para estabelecer uma relação causal com as vacinas será um "longo caminho, repleto de armadilhas", reconheceu o advogado Cäsar-Preller.

De acordo com a lei, para estabelecer a responsabilidade dos fabricantes, os efeitos colaterais devem superar um "nível justificável, de acordo com conhecimento da ciência médica".

O dano deve ser suficientemente "grave" para ser levado em consideração, explicou Anatol Dutta, professor de Direito da Universidade de Munique.

A demandante Kathrin K., de 45 anos, considera que seus sintomas entram nesta categoria. Ela declarou à AFP que perdeu "25 quilos em 10 dias" depois da injeção e que passou por várias operações no intestino.

"Eu odeio quando as pessoas dizem que sou um caso isolado. Eu não sou", afirmou.

A Justiça de São Paulo mandou notificar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de mais uma multa por não usar máscara na pandemia. Desta vez, a cobrança é referente ao ato realizado na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro de 2021.

Em discurso aos apoiadores, Bolsonaro criticou prefeitos e governadores por medidas restritivas no combate à pandemia.

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O auto de infração afirma que o ex-presidente não respeitou a "exigência do uso obrigatório de máscara de proteção facial nos espaços de acesso aberto ao público, vias públicas, incluindo as áreas de uso comum da população".

Bolsonaro foi multado em R$ 376,8 mil. O caso está na Vara das Execuções Fiscais Estaduais, que pediu manifestação do ex-presidente.

Redução

Nesta semana, a Justiça de São Paulo reduziu outra multa imposta ao ex-presidente por deixar de usar máscara. A punição envolve uma visita a Iporanga, no Vale do Ribeira, em agosto de 2021. Ele circulou pela cidade e cumprimentou apoiadores sem o equipamento, violando as regras sanitárias vigentes no auge da pandemia.

A multa, aplicada pelo Governo de São Paulo, foi de R$ 43,6 mil. Bolsonaro entrou com recurso. O ex-presidente argumentou que o valor foi "desproporcional" e que ele não foi informado sobre a infração.

A juíza Nandra Martins da Silva Machado, da 4ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital, reduziu a multa em quase dez vezes e passou o valor para R$ 524,59.

Inicialmente, Bolsonaro foi enquadrado no Código Sanitário do Estado de São Paulo. A juíza, no entanto, afirmou que havia uma resolução específica publicada pela Secretaria de Saúde na pandemia, que previa a multa de R$ 524,59 para a "população em geral" que deixasse de usar máscara em lugares públicos.

"Havendo duas normas prevendo duas penalidades distintas para uma mesma infração sanitária - transeunte que na~o usa máscara de proteção facial - prevalece a da Resolução, pelo valor inferior que previu", decidiu a juíza.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi diagnosticada com covid-19 na última quinta-feira, 18. A parlamentar está internada no DF Star, em Brasília, desde a última segunda-feira, 15. A assessoria de Zambelli informou que ela não se vacinou contra o coronavírus por "recomendação médica" e que teria se contaminado durante viagem à Coreia do Sul.

Zambelli foi hospitalizada ao se sentir mal depois de voltar do país asiático. A assessoria da deputada afirma que ela não apresenta sintomas de covid, mas continuará no hospital para fazer mais exames. Em live divulgada em rede social, neste sábado, 20, Zambelli disse que estava em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que "ainda não se sabe muito bem qual a causa" do mal-estar. A deputada, contudo, não mencionou o diagnóstico de covid no pronunciamento.

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Ela afirmou que deve permanecer hospitalizada até a próxima segunda ou terça-feira e, depois, continuar o tratamento em São Paulo. A parlamentar disse ainda que negociará sua participação à distância em votações da Câmara dos Deputados.

No vídeo, a parlamentar diz sofrer há anos com problemas de saúde. Ela conta ter fibromialgia - uma síndrome que afeta a musculatura e causa dor e sensibilidade no corpo - e síndrome de Ehlers-Danos - doença do tecido conjuntivo que torna a pele elástica e afeta as articulações. Zambelli relata ainda ter feito um tratamento na Coreia do Sul para circulação e fazer uso de ozônio, parte de uma terapia experimental sem comprovação científica. A assessoria da deputada acrescentou que ela estava fazendo tratamento de úlcera gástrica antes de ser internada.

A assessoria do DF Star informou não ter boletim médico da deputada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, teve alta hospitalar neste sábado, 20, e continuará a se recuperar em casa, segundo informações divulgadas pela Suprema Corte. Toffoli havia sido internado na quarta-feira, 17, no Hospital DF Star, em Brasília, com o diagnóstico de covid-19.

Essa não é a primeira vez que o ministro contrai o vírus. Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira, 17, após um diagnóstico positivo para covid-19.

De acordo com sua assessoria, o ministro está bem e é tratado com antiviral e medicamentos sintomáticos (dirigidos a cada sintoma, como antitérmicos). Não há previsão de alta. Essa não é a primeira vez que o Dias Toffoli contrai o vírus.

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Em 2020, ele foi diagnosticado com covid-19, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou em casa após recomendações médicas da cardiologista intensivista Ludhmila Hajjar, do Vila Nova Star.

A primeira fase de testes clínicos da vacina SpiN-Tec contra a Covid-19 tem apresentado resultados positivos. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é a primeira vacina 100% nacional, por não depender de transferência de tecnologia ou de importação. Dados preliminares indicam que ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários e tem potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus causador da doença. 

Depois de passar pela fase pré-clínica, quando os testes realizados em animais de laboratório não apresentaram efeitos colaterais, a fase clínica 1 começou em novembro do ano passado. Até março deste ano, a vacina foi aplicada em 36 pessoas, com idade entre 18 e 54 anos. Os dados estão em análise pelos pesquisadores e devem ser apresentados ainda neste mês para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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A expectativa é que a fase clínica 2 comece no início de junho com 372 voluntários entre 18 e 85 anos. Eles precisam ter sido vacinados com duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca, e uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina bivalente não pode participar dessa fase. Ter tido Covid-19 não é um impeditivo, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses. Na fase 2, o foco dos testes é na imunogenicidade, ou seja, verificar o nível de anticorpos gerados e a resposta dos linfócitos na proteção do organismo.  

A informações são de Helton Santiago, coordenador dos testes clínicos da vacina e professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Ele explica que, ao contrário do que ocorreu nos testes das primeiras vacinas contra a Covid-19, desta vez o objetivo é testar a eficácia da SpiN-Tec como dose de reforço. 

“Seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose. A estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço. O nosso tem o diferencial de focar na imunidade celular. Quando os anticorpos neutralizantes falham, é a imunidade celular que segura a infecção e a deixa leve. Então, a gente acredita que essa vacina vai ser ideal para proteger contra novas variantes. Enquanto outras vão perder a eficácia, a nossa não deixa as variantes escaparem da imunidade”. 

Etapas seguintes

O cronograma prevê o início da fase 3 em dezembro deste ano ou em janeiro de 2024. Até o início de 2025 a vacina pode estar disponível para a população. Os testes contam com investimentos de diferentes fontes: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

Helton Santiago reforça que é preciso ter paciência com possíveis ajustes de datas. Por ser a primeira vez que se produz uma vacina do tipo no Brasil, os testes estão mais sujeitos aos imprevistos e empecilhos da falta de experiência prévia. 

“Nós estamos aprendendo sobre o que é necessário para tirar uma vacina da pesquisa básica e levar para a pesquisa clínica. E estamos enfrentando vários gargalos da ciência brasileira e resolvendo da melhor forma possível. Então, muitas vezes, a gente faz um planejamento de cronograma e enfrenta situações que às vezes nem sabia que existiam”, explica Helton. “Não estão faltando recursos para a caminhada. Os entraves são realmente técnicos. Precisamos criar estruturas, criar ensaios, criar know-how para vencer várias etapas que o Brasil não tinha a expertise necessária”. 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi internada na sexta-feira passada (5) em um hospital de São Paulo após testar positivo para a Covid-19.

A paciente "continua sob cuidados médicos e sua condição clínica mantém-se estável e com boa evolução", informou o boletim divulgado na tarde de domingo (7) pelo Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo.

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A ministra testou positivo após ter feito uma viagem à Terra Indígena Yanomami, no estado amazônico de Roraima, junto com suas colegas Sônia Guajajara, titular da pasta dos Povos Indígenas, e Nísia Trindade, da Saúde.

Marina Silva, de 65 anos, é acompanhada por uma equipe formada por cardiologista, infectologista e pneumologista, informou o centro médico.

Em comunicado divulgado no sábado (6) nas redes sociais, Marina afirmou estar recebendo atendimento médico adequado e que os sintomas que apresentava estavam sob controle.

Além disso, recomendou a todos que estiveram com ela em Roraima que realizassem o teste para o coronavírus.

Da Ansa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu nesta sexta-feira (5) o nível máximo de alerta sobre a pandemia de Covid-19, que deixou "pelo menos 20 milhões" de mortos no mundo, ao considerar que a doença está suficientemente controlada.

“Com grande esperança declaro que a Covid-19 já não é mais uma emergência sanitária de alcance internacional”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele calcula que a pandemia deixou “pelo menos 20 milhões” de mortos, quase três vezes mais do que o balanço oficial de sua organização.

Em 3 de maio, o quadro de indicadores da OMS mostrava pouco menos de sete milhões de mortes registradas oficialmente.

Os especialistas ouvidos pelo diretor-geral consideraram "que é o momento de passar para uma gestão a longo prazo da pandemia de Covid-19", apesar das incertezas que subsistem sobre a evolução do vírus.

O nível máximo de alerta da organização foi declarado em 30 de janeiro de 2020, poucas semanas após a detecção na China dos primeiros casos da doença viral respiratória contra a qual não havia tratamento específico na época.

Todas as pessoas acima de 18 anos poderão receber a vacina bivalente da Pfizer na cidade de São Paulo a partir do próximo sábado, 6, divulgou a Secretaria Municipal de Saúde. Por enquanto, apenas pessoas acima de 40 anos estão recebendo o imunizante na capital paulista.

Desde 24 de abril, o Ministério da Saúde autorizou a ampliação da vacina bivalente da covid-19 para toda a população acima de 18 anos no País. No entanto, em razão da disponibilidade de imunizantes, Estados e municípios têm adotado estratégias diferentes. Na capital paulista, tem funcionado por escalonamento de faixas etárias, além de grupos de risco.

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Segundo a secretaria, São Paulo recebeu na noite da última terça-feira, 2, mais de um milhão de doses do imunizante que serão distribuídos para as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. Desta forma, foi possível ampliar a imunização para outras faixas etárias.

"A imunização com a Pfizer bivalente é recomendada para quem completou o esquema básico de vacinação ou que já recebeu uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da mais recente dose recebida", disse.

A pasta reforça ainda que é importante que o grupo prioritário elegível, principalmente os idosos, procurem as unidades para receber a vacina para prevenir as formas graves da doença. Diante da confirmação do primeiro caso da variante XBB.1.16 da covid-19, conhecida como Arcturus, na cidade de São Paulo, na segunda-feira, 1º, especialistas, assim como as autoridades, têm destacado a importância de a população manter a vacinação contra o novo coronavírus em dia.

Atualmente, o imunizante está disponível para pessoas acima de 40 anos de idade, além de maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua. Desde 27 de fevereiro, até o momento, a capital paulista aplicou 1.298.068 doses da vacina.

Campanha de multivacinação

Também no sábado, será realizado o 'Dia D' de multivacinação, com vacinas contra a covid-19, influenza (vírus da gripe), vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela, entre outras, além de ser feita a atualização de carteirinhas de vacinação de crianças e adolescentes com imunizantes disponíveis de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Na ocasião, as UBSs entregarão aos adolescentes que comparecerem às unidades para se vacinar, a Declaração de Vacinação Atualizada (DVA), que deverá ser preenchida e entregue à escola em que o aluno está matriculado.

Excepcionalmente neste sábado, todas as UBSs estarão abertas das 8h às 17h, e as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, funcionam normalmente das 7h às 19h.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça (2) a ampliação do público elegível para a vacina bivalente contra a Covid-19. Pessoas acima de 40 anos poderão buscar a injeção atualizada da Pfizer a partir desta quarta (3).

Conforme a administração municipal, podem receber o imunizante pessoas que completaram o esquema básico ou que já receberam uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da mais recente. Antes, a vacina atualizada estava disponível para pessoas de 50 anos ou mais, além de maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em Instituições de Longa Permanência e funcionários desses equipamentos, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além de população em situação de rua. Até a sexta-feira (29), a capital administrou mais de 1,24 milhão de injeções bivalentes.

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Dose restante

A "xepa" segue disponível para pessoas acima de 18 anos, previamente cadastradas na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes ao fim do dia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (1º) que em 11 de maio encerrará a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina contra a Covid-19 para viajantes e funcionários do governo dos Estados Unidos.

"Hoje anunciamos que o governo acabará com a exigência de vacina contra a Covid-19 para funcionários federais, contratados e viajantes aéreos até o final de 11 de maio, mesmo dia em que termina a emergência de saúde pública da Covid-19", informou o governo em comunicado.

Mais de um milhão de pessoas morreram de Covid-19 nos Estados Unidos. No entanto, a Casa Branca disse que a pandemia praticamente foi contida, levando o governo a suspender as restrições que estavam em vigor enquanto a doença se espalhava por comunidades inteiras e forçava a paralisia econômica.

"Desde janeiro de 2021, as mortes por Covid-19 caíram 95% e as hospitalizações caíram perto de 91%. Globalmente, as mortes relacionadas à covid estão em seus níveis mais baixos desde o início da pandemia", acrescentou o comunicado.

De acordo com a Casa Branca, "os requisitos da vacina reforçaram a vacinação em todo o país e nossa extensa campanha de vacinação salvou milhões de vidas".

Embora a exigência de vacinação para estrangeiros a bordo de voos com destino aos Estados Unidos fosse uma prática comum em muitos países, a vacinação obrigatória para funcionários do governo às vezes provocava forte reação política em casa.

Além de acabar com as regras de vacinação, o presidente Joe Biden anunciou em abril que estava declarando oficialmente o fim da emergência nacional de saúde que por mais de três anos sustentou uma série de ações extraordinárias do governo.

Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano, e hoje presente em quase 40 países, a nova variante da Covid-19 Arcturus, também chamada de XBB.1.16, já circula no Brasil. A cepa recém-descoberta foi detectada no Estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde. A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.

Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.

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A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 - que por sua vez derivou da Ômicron - e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a Organização Mundial da Saúde mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de "variante de monitoramento" para "variante de interesse". A linhagem já foi sequenciada em ao menos 37 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.

De acordo com o Ministério da Saúde, um caso da variante XBB.1.16 foi registrado no Estado de São Paulo. A pasta afirma que as evidências sobre essa linhagem "não indicam riscos à saúde pública se comparada a XBB.1.5" - que é a principal cepa em circulação no País - e nem de aumento na gravidade dos casos.

Aumento da circulação

Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.

De acordo com a OMS, a avaliação de risco global para Arcturus (XBB.1.16) é baixa em comparação com a Kraken (XBB.1.5), mas a possibilidade de a primeira se tornar mais predominante que a segunda não está descartada.

O último relatório técnico da OMS publicado nesta semana informa que nenhuma mudança na gravidade da saúde de pacientes contaminados foi relatada em países onde a XBB.1.16 está circulando. Somente na Índia e na Indonésia, foi presenciado um ligeiro aumento na ocupação de leitos, mas os níveis de internações ainda estão bem abaixo do que foi presenciado em ondas de variantes anteriores, segundo a organização.

Porém, embora os riscos da Arcturus sejam baixos, a variante foi lembrada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em discurso de abertura feito em entrevista coletiva no último dia 26.

"Como ilustra o surgimento da nova variante XBB.1.16, o vírus ainda está mudando e ainda é capaz de causar novas ondas de doenças e mortes", disse. Adhanom ainda afirmou ter esperanças de declarar o fim do covid-19 como uma emergência de saúde pública ainda este ano.

Vacinas atuais protegem, diz especialista

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque "um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul", a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

"A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade", disse o especialista.

De acordo com Orellana, os sintomas provocados pela nova variante são, predominantemente:

- Conjuntivite

- Tosse seca

- Episódios febris

Alguns desses sintomas foram vistos com menos frequência em cepas que predominaram no passado. Isso prova, segundo o especialista, que "o vírus não muda apenas em termos de estrutura genética, mas em relação à própria sintomatologia".

Mesmo assim, o epidemiologista tem um discurso tranquilizador. Ele diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. "Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem", diz.

Apesar de não ter nenhum estudo específico que ateste que a nova variante seja mais letal, a Arcturus, segundo ele, "mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo".

Nesta quarta-feira (26), os municípios de Vitória de Santo Antão e Moreno anunciaram a ampliação da dose da vacina bivalente para maiores de 18 anos. Quem tem pelo menos duas doses das vacinas, Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer há pelo menos 4 meses já pode receber a proteção contra a covid-19.

A decisão vai de acordo com a ordem do Ministério da Saúde, que através de nota técnica emitida na última terça-feira (25), solicitou que os municípios de todo território nacional deverão iniciar a vacinação para o público acima de 18 anos, de acordo com a quantidade do imunizante nos estoques de cada cidade.

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No município de Vitória de Santo Antão, é necessário o agendamento antes de comparecer nos pontos de vacinação. A partir das 12h desta quinta-feira (27), os moradores poderão agendar a dose bivalente através do site da prefeitura ou pelo aplicativo Vitória Online.

Em Moreno, a bivalente estará disponível nos locais de vacinação habituais da cidade, e nas Unidades Básicas de Saúde, conforme cronograma de cada unidade. Não é necessário agendamento, mas é preciso levar o cartão do SUS ou CPF e cartão de vacina.

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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, suspendeu agenda na Península do Iucatã nesse domingo (23), após informar que testou positivo para o coronavírus. O presidente escreveu nas redes sociais que seu quadro não é grave.

López Obrador, de 69 anos, tem um histórico de problemas no coração e disse que iria cumprir isolamento por alguns dias na Cidade do México. Ele adoeceu por covid-19 outras duas vezes, no início de 2021 e em janeiro de 2022.

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Fonte: Associated Press.

Para esclarecer a população sobre o uso da vacina Oxford-AstraZeneca contra a Covid-19, o Ministério da Saúde divulgou na semana passada informações sobre a recomendação vigente. Conforme a pasta, desde dezembro a vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes. Ou seja, ela permanece sendo aplicada no País.

A recomendação é reforçada após a circulação de notícias falsas em redes sociais, dizendo que uma nota técnica do Ministério da Saúde, divulgada em dezembro, informava que o imunizante teria causado trombose em pessoas na faixa etária acima de 40 anos, principalmente entre as mulheres. E, por isso, não seria mais autorizada sua aplicação.

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"O Ministério da Saúde reforça que todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As estratégias de vacinação no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em consideração o avanço tecnológico do setor e novas evidências científicas sobre o tema, discutidos no âmbito da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações."

Conforme a pasta, a vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida no início da pandemia e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi "extremamente importante" para o controle dos casos e redução de óbitos por covid-19 no País e no mundo. Na quinta, a Anvisa também esclareceu que nenhuma das vacinas contra a covid-19 aprovadas pela agência reguladora foi proibida ou desautorizada. "Sobre a vacina da Oxford-AstraZeneca, é importante esclarecer que a vacina está registrada no Brasil. Com isso, está autorizada para uso no País dentro das condições e indicações aprovadas pela Anvisa", disse. "Com o surgimento de novas variantes, com a evolução tecnológica e com o avanço do conhecimento sobre a doença, é perfeitamente normal que algumas das vacinas da primeira geração aplicadas anteriormente sejam substituídas por outros imunizantes, como acontece com outras vacinas atualizadas regularmente."

BULA

Segundo a Anvisa, o papel da agência é analisar os pedidos apresentados pelas empresas farmacêuticas, a fim de verificar se os dados e informações técnicas garantem a eficácia, segurança e qualidade das vacinas e de qualquer outro medicamento autorizado no País. "Como parte do monitoramento pós-uso da vacina no Brasil, a Anvisa solicitou, em abril de 2021, a alteração da bula da vacina Oxford-AstraZeneca para incluir no item 'advertência e precauções' sobre possíveis ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia. Todos os eventos adversos conhecidos estão indicados em bula", informou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na segunda-feira (10) uma resolução bipartidária aprovada no Congresso para encerrar a emergência nacional em resposta à pandemia da Covid-19, após três anos. A medida é adotada semanas antes de que vencesse o prazo previsto para essa emergência.

O estado de emergência nacional liberava o governo para adotar medidas abrangentes em resposta ao vírus e apoiar os sistemas econômico, de saúde e bem-estar do país.

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Algumas das medidas já foram reduzidas com sucesso, enquanto outras ainda estão sendo gradualmente cortadas.

A emergência de saúde pública - que dá margem para restrições duras à imigração na fronteira com o México - deve vencer em 11 de maio.

A Casa Branca emitiu um comunicado de uma linha, na segunda-feira, para dizer que Biden havia assinado a medida a portas fechadas, após ter se declarado em público contra ela, mas não a ponto de vetá-la.

Mais de 1,13 milhão de pessoas morreram nos EUA de covid-19 nos últimos três anos, entre elas 1.773 na semana encerrada em 5 de abril. Fonte: Associated Press.

Um estudo mostrou que a contaminação de mulheres pela Covid-19 durante a gestação pode ter causado problemas no desenvolvimento cerebral dos bebês. A pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Miami, nos Estados Unidos.

Dois casos apontados como evidência de transmissão do coronavírus através da placenta foram estudados pelos pesquisadores. O relato é o primeiro a comprovar os riscos do contágio ainda durante a gestação. 

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Os bebês não positivaram para a Sars-CoV-2, mas tinham altos níveis de anticorpos do patógeno. O vírus foi encontrado na placenta das duas participantes. Ainda que seja raro, os bebês sofreram graves consequências no desenvolvimento cerebral desde que nasceram. Ambos tiveram as primeiras convulsões no primeiro dia de vida e nos meses seguintes desenvolveram microcefalia.

Um dos bebês morreu pouco tempo depois de completar um ano de vida e a outra criança passa periodicamente por internações ocasionadas pelas suas condições neurológicas.

O bebê que morreu passou por uma autópsia, que revelou a presença do vírus da Covid-19 em seu cérebro, mesmo um ano depois do seu nascimento. Os médicos que lideraram o estudo afirmaram que a presença indetectável em exames regulares foi a principal causa da morte da criança.

De acordo com o estudo, as mães foram contaminadas pelo vírus ainda nas primeiras ondas, em meados de 2020, e ainda não haviam sido vacinadas. Uma das mães teve o quadro leve, enquanto a outra ficou tão doente que os médicos adiaram o parto para as 32 semanas de gestação. A pesquisa não revelou qual delas foi a mãe que o bebê faleceu.

Por não se referir a pacientes que ficaram doentes antes da disponibilidade de vacina, o estudo não determina se as mães que se contaminaram depois de serem imunizadas poderiam enfrentar consequências semelhantes.

Os cientistas que participaram do estudo recomendaram que todas as mães gestantes que foram contaminadas com o vírus procurem um pediatra para examinar o feto e o bebê, bem como observar possíveis atrasos no desenvolvimento dos pequenos.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para aplicar doses de reforço da vacina contra a Covid-19 somente nos grupos de alto risco suscitou debate entre especialistas da área. A avaliação entre médicos brasileiros é que no País uma nova vacinação em massa realmente não seria necessária, enquanto outros pontuam que as especificidades locais devem ser levadas em consideração.

No comunicado, a OMS justifica a recomendação "dado o alto nível de imunização alcançado pelas populações em vários países", mas afirma que as autoridades locais devem analisar contextos específicos. "É um reflexo de que grande parte da população já está vacinada, foi infectada com a Covid-19, ou as duas coisas ao mesmo tempo", afirmou Hanna Nohynek, presidente do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Vacinas (Sage) da OMS.

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Representante do Brasil no comitê da OMS, o pediatra e infectologista Renato Kfouri destaca que a nova recomendação vale especialmente para as doses de reforço. "A questão é reforço, levando em consideração principalmente que todos precisam ter tomado três doses no esquema básico", afirmou ele.

Segundo Kfouri, a discussão no grupo de especialistas foi bastante intensa porque levava em conta muitas realidades diferentes. "Estabelecer uma recomendação única para os países não é uma tarefa fácil, então, acho que o que foi decidido é o que já imaginávamos e defendemos. Não há evidências suficientes hoje para reforçar a vacina na população inteira (no mundo todo)", afirmou.

"A doença está ficando com caráter endêmico. A pandemia está acabando e vamos migrar para um modelo de vacinação, como vacinamos as pessoas contra a gripe, entendendo quais são os grupos mais vulneráveis e fazendo recomendações em saúde pública, focadas no público que tem maior risco de mortalidade", disse ainda Kfouri, também presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Lauro Ferreira Pinto Neto, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Escola de Medicina da Santa Casa de Vitória, concorda com a decisão anunciada pela OMS, que leva em conta, segundo ele, a realidade atual. "O painel é dinâmico e mudanças podem ocorrer", afirma o especialista.

Decisão

Já Giovanna Marssola Nascimento, infectologista do Hospital Leforte da unidade Morumbi, lembra que o próprio consenso dos especialistas da OMS orientou que os países embasassem suas decisões em fatores contextuais (carga da doença, custo-efetividade e outras prioridades programáticas ou de saúde e custos de oportunidade).

"O cenário brasileiro é de baixa cobertura vacinal de várias doenças por falta de políticas de incentivo nos últimos anos. Estamos em um momento de resgatar a importância da cobertura vacinal no País. Desencorajar este processo seria, a meu ver, um retrocesso", afirma a especialista.

Cláudia França Cavalcante Valente, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), afirma que as reavaliações acontecem em todos os programas de imunizações para todas as doenças.

Com a Covid-19 em novo momento epidemiológico, é indicada uma reavaliação sobre a aplicação da vacina de reforço, mas no caso do Brasil, segundo ela, devem ser seguidas as indicações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil alcançou, nesta terça-feira (28), a marca de 700.000 mortes por Covid-19, três anos após o registro do primeiro caso da doença no país, o segundo com mais óbitos no mundo durante a pandemia, informou o ministério da Saúde.

O número "compreende todas as trajetórias interrompidas e famílias enlutadas. Milhares dessas pessoas poderiam ter histórias diferentes com uma ação simples: a vacinação", destacou a pasta em um comunicado.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior número de falecimentos na América Latina e o segundo no mundo (em números absolutos, nos dois casos), atrás dos Estados Unidos, que acumulou 1,1 milhão de vítimas.

A covid matou um total de 6,8 milhões de pessoas no mundo, de acordo com o último registro da OMS, em 21 de março de 2023.

Mais de 85% da população brasileira tomou ao menos uma dose da vacina anti-covid desde o início da campanha de vacinação em janeiro de 2021. Já foram aplicadas, aproximadamente, 510 milhões de doses de imunizantes, de acordo com dados do ministério da Saúde.

A pandemia começou no Brasil no final de fevereiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), um negacionista que comparou o covid a "uma gripezinha", se negou a usar máscara e se opôs à vacinação.

O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros opositores a Bolsonaro defenderam a vacinação no combate ao vírus, que desacelerou a multiplicação dos casos e evitou milhões de mortes.

Lula chegou a chamar o então presidente de "genocida" devido à sua gestão na pandemia.

"A vacina que hoje está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde do Brasil poderia ter mudado a vida das famílias que perderam pessoas queridas durante a pandemia", indicou o ministério na nota.

O Brasil disponibilizou recentemente vacinas bivalentes contra as diferentes variantes da doença.

Três anos após o surgimento da Covid-19, os debates sobre a origem da doença voltam à tona. Um estudo recente reforça a hipótese majoritária de transmissão de um animal, mas os defensores de um vazamento de laboratório na China não jogam a toalha.

"Não podemos dizer categoricamente como a pandemia começou", declarou recentemente Maria Van Kerkhove, epidemiologista americana da Organização Mundial da Saúde (OMS), em meio a um debate renovado sobre o assunto.

O mundo científico estima, principalmente, que a pandemia começou no início de 2020, porque um animal selvagem transmitiu o vírus para humanos meses antes, provavelmente no mercado de Huanan, na cidade chinesa de Wuhan.

Alguns pesquisadores defendem, no entanto, a hipótese de vazamento do laboratório de um instituto científico da mesma cidade.

A China rejeita firmemente essa teoria, mas também nega que o mercado de Huanan abrigasse animais suscetíveis à transmissão do vírus.

O debate foi retomado em fevereiro, depois que o diretor do FBI (a Polícia Federal americana), Christopher Wray, garantiu que essa teoria do vazamento do laboratório é "muito provável".

Embora tenham causado grande comoção na mídia, as declarações não tiveram grande impacto na opinião científica majoritária.

"Essas propostas não parecem se basear em novos elementos e [a teoria do vazamento] continua sendo a menos convincente das duas hipóteses", disse a cientista britânica Alice Hughes, especialista em biodiversidade, ao Science Media Center.

- O cão-guaxinim -

Semanas depois, os defensores da transmissão natural recuperaram a vantagem midiática, após um estudo que analisou as amostras coletadas no início de 2020 no mercado de Wuhan.

Vários veículos de comunicação americanos, especialmente o jornal The New York Times, noticiaram este trabalho antes mesmo de ser publicado online, apresentando-o como um avanço para apoiar esta tese.

Depois de fechar o mercado de Huanan no início de 2020, as autoridades chinesas coletaram inúmeras amostras no local. Cientistas liderados pela francesa Florence Débarre trabalharam com base nesses dados.

Neles, encontraram o DNA e o RNA de inúmeros mamíferos silvestres, o que permite atestar sua presença no mercado antes de seu fechamento.

Chama a atenção o caso do cão-guaxinim. Este animal, que pertence à família canina mas se parece com um guaxinim, pode ter sido infectado pelo coronavírus e ter sido um elo de contágio entre morcegos e humanos.

Este trabalho, que não foi publicado em revista científica, não prova, porém, que o cão-guaxinim esteja na origem da pandemia, nem permite afirmar categoricamente que estes animais foram infectados, porque as amostras não foram retiradas diretamente deles.

- Dados inacessíveis -

Mas essa teoria parece plausível, já que, em alguns mercados, o DNA desses animais estava muito presente junto com o do vírus e quase não foram encontrados vestígios do genoma humano.

E, mesmo que a infecção seja admitida, é impossível determinar se eles transmitiram o vírus para um ser humano, ou se a transmissão foi invertida.

Este estudo constitui "uma nova peça do quebra-cabeça que sustenta um vínculo entre o mercado de animais de Wuhan e a origem da pandemia", mas "não é uma prova irrefutável", disse o virologista Connor Bamford, da Universidade Queen's, de Belfast.

Para ele, seria preciso ter amostras mais antigas, do final de 2019, quando a covid surgiu sem fazer barulho, e retiradas diretamente desses animais.

Mas esse é um grande obstáculo na investigação da origem da covid: é quase impossível acessar os dados originais. Mesmo os dados com os quais a equipe de Débarre trabalhou não estão mais acessíveis.

Eles estavam inicialmente disponíveis em uma plataforma para pesquisadores, a Gisaid, mas foram removidos a pedido dos cientistas chineses que os publicaram online.

"Temos dados absolutamente cruciais que nos permitem esclarecer o início da pandemia, mas não podemos compartilhá-los, porque não são nossos", lamenta esta pesquisadora em conversa com a AFP. "Quanto mais pessoas estudarem esses dados, mais informações poderemos extrair", afirma.

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