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Conectado a um tubo respiratório debaixo de várias mantas, um homem infectado com Covid-19 geme em um leito no serviço de emergências de um hospital de Chongqing, no centro da China.

O vírus se espalha nesta cidade e por todo o país e o número de casos aumenta. As autoridades afirmam que é impossível monitorar os contágios após o abandono abrupto dos testes em massa, das restrições de viagens e dos confinamentos aplicados desde o início da pandemia.

Um paramédico do Primer Hospital Universitário Afiliado de Chongqing confirma que o idoso tem covid. Todos os dias, eles recebem uma dezena de pessoas, das quais 80%-90% estão infectadas com o coronavírus.

"A maioria são idosos", diz ele, durante seu turno nesta quinta-feira.

"Muitos dos funcionários do hospital também estão positivos, mas não temos outra opção a não ser continuar trabalhando", acrescenta.

O paciente mais velho esperou meia hora para ser atendido. Em uma sala contígua, a equipe da AFP viu outras seis pessoas doentes acamadas, cercadas por médicos e familiares preocupados.

Em sua maioria, também são pessoas de idade avançada e, segundo um médico, "basicamente" pacientes com covid. Cinco estão conectados a ventiladores e com claras dificuldades respiratórias.

Milhões de idosos na China ainda não completaram o esquema de vacinação, o que aumenta o medo de uma morte em massa desse grupo, devido ao vírus. Sob as novas instruções do governo, porém, muitos não serão contabilizados como vítimas da pandemia.

Antes, as pessoas que morriam enquanto infectadas eram registradas como óbitos por covid-19. Agora, serão contabilizados apenas quem morrer por insuficiência respiratória como consequência direta da infecção.

“As pessoas mais velhas têm outras patologias prévias. Apenas um número muito pequeno morre diretamente de insuficiência respiratória causada pela covid”, alegou uma autoridade de saúde esta semana.

Um médico ouvido pela AFP confirmou que parte significativa dos leitos está ocupada por pacientes com covid, mas evitou dar mais detalhes. A AFP não conseguiu acesso ao departamento de pacientes respiratórios críticos.

- Crematórios ocupados -

Em um enorme crematório na zona rural da cidade, uma longa fila de veículos esperava nesta quinta-feira para estacionar dentro do complexo funerário.

Dezenas de familiares se reuniam em grupos, alguns carregando urnas de madeira, em meio ao barulho dos gongos fúnebres e ao cheiro de incenso.

Quatro famílias disseram à AFP que seus parentes não morreram de covid, mas de doenças prévias. Um homem de meia-idade contou, no entanto, que um parente de idade avançada faleceu após testar positivo para o vírus.

"Tenho estado constantemente ocupado", diz um motorista funerário. "Trabalhamos mais de dez horas por dia com poucas pausas", acrescenta.

"Recentemente, o número de cremações tem sido muito alto", relata um funcionário de outro crematório da cidade.

"Não é possível colocar os corpos nas geladeiras, eles devem ser cremados no mesmo dia", completou.

Um motorista de táxi diz que muita gente já foi infectada, incluindo ele, toda sua família e a maioria de seus amigos.

"Não tivemos escolha a não ser nos tratarmos em casa", afirmou à AFP. Para ele, a China "deveria ter reaberto há muito tempo".

"A covid não é nada do outro mundo. A maioria das pessoas se contamina e segue em frente", minimizou.

Na cidade de São Paulo, quase 90% das aplicações da vacina pediátrica Pfizer Baby, que protege crianças entre 6 meses e menores de 3 anos contra Covid-19, são de doses remanescentes - a da "xepa". Isso ocorre porque, uma vez aberto um frasco, todas as doses precisam ser aplicadas. Para não haver perdas, convoca-se quem está no cadastro de reserva.

Essa situação mostra que o público-alvo da campanha, que são as crianças com comorbidade, imunossuprimidas e indígenas, não está buscando o imunizante no porcentual esperado. Até o momento, 16.355 doses foram administradas para a faixa etária, e 2.017 (12,3%) se destinaram às crianças que integram o público elegível, enquanto as demais 14.338 doses (87,7%) foram aplicadas em menores sem comorbidades.

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O baixo índice de cobertura vacinal entre o público-alvo da campanha (25,8% do total de 7,8 mil crianças que se enquadram nos grupos prioritários) fez a Prefeitura iniciar uma ação de busca ativa na terça-feira. O objetivo da Secretaria de Saúde é imunizar todas as crianças elegíveis. Essa procura ocorrerá por meio de visitas domiciliares e por ligação telefônica, que pode variar "de acordo com as estratégias adotadas pelas unidades (de saúde)". A campanha de vacinação pediátrica começou a ser feita há pouco mais de um mês.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia liberado a distribuição do imunizante em setembro, mas o Ministério da Saúde limitou o uso do medicamento apenas para crianças com comorbidades. Conforme a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), 364.439 pessoas entre 6 meses e menores de 3 anos vivem na cidade de São Paulo. Os pouco mais de 16 mil imunizados que se encontram nessa faixa etária representam apenas 4,1% do público infantil da capital paulista com direito à imunização.

Não há previsão ainda, por parte da Prefeitura, de quando os imunizantes serão liberados para todas as crianças de forma irrestrita. Outras cidades paulistas, como Campinas, Cotia e Cubatão, já estenderam a vacinação para todo o público nessa faixa etária. Na segunda, o governo de Minas também liberou todos os municípios do Estado a distribuir o imunizante sem restrição.

SEM DOSES

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a baixa adesão do público elegível já era esperada pela dificuldade de ter, nessa faixa etária, diagnósticos que comprovem alguma comorbidade nas crianças. Mas, a especialista lembra também que a estratégia de vacinar grupos prioritários é consequência da baixa quantidade de doses compradas pelo governo federal. "A regra é porque o Ministério da Saúde não comprou doses suficientes", diz.

Além da falta do imunizante específico, Raquel explica que há ainda famílias que desconfiam da importância da vacina para os pequenos de saúde mais fragilizada. "Mesmo aquelas que se encaixam (no público elegível), que tenham algum grau de imunossupressão, como as crianças oncológicas, os país têm dúvidas sobre o benefício da vacinação", diz a infectologista, que reafirma a eficácia e segurança dos imunizantes e defende que o poder público incentiva e conscientize a população sobre a importância da aplicação. "Falta um esclarecimento por parte dos gestores públicos, e dos médicos que cuidam dessas crianças, sobre a importância da vacinação e qual o impacto da covid-19 nesse público."

De acordo com diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a medida de vacinar apenas os bebês e crianças com comorbidades é "equivocada e ineficaz", porque leva ao envio dos imunizantes apenas para os grandes centros, onde há maior concentração do público elegível. "A vacinação tem de ser para todos", afirma.

O esquema de vacinação com a Pfizer Baby contempla três aplicações, cujos intervalos entre as doses são de quatro semanas entre a primeira e a segunda, e de oito semanas entre a segunda e a terceira. Em nota, o Ministério da Saúde informou à reportagem que a pasta está em processo de aquisição de mais doses da vacina Pfizer Baby com previsão de entrega para o mês de janeiro, sem detalhar quantidade e data de envio. Desde a aprovação do produto pela Anvisa, em setembro, o governo federal comprou 1 milhão de doses e destinou 206 mil para o Estado de São Paulo.

A Secretaria do Governo de São Paulo informou que o Estado tem 195 mil crianças no grupo prioritário e 1,5 milhão de pessoas dentro da faixa etária da campanha somando o público infantil com e sem comorbidades. Conforme os dados da pasta, 39,2 mil crianças foram imunizadas até agora com Pfizer Baby, sem dar mais especificações. "A pasta estadual havia solicitado ao Ministério da Saúde 615 mil doses."

ONDE SE VACINAR

A Prefeitura informa que população pode inscrever crianças sem comorbidades para receber as doses remanescentes da Pfizer Baby. O cadastro deve ser realizado nas unidades de saúde de referência da residência de cada família e mediante uma apresentação do comprovante de endereço da capital paulista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta terça-feira (20), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 1.664 novos casos da Covid-19, além de 11 óbitos.

Dos novos registros, 25 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.639 são leves. Pernambuco totaliza 1.110.980 casos confirmados da doença, sendo 60.511 graves e 1.050.469 leves.

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No boletim de hoje também constam 11 mortes, ocorridas entre o dia 11 de maio de 2021 e o último domingo (18). Com isso, o Estado totaliza 22.545 mortes pela Covid-19.

Os crematórios na China lutam para gerenciar a chegada de cadáveres, enquanto o país lida com um aumento de casos de Covid-19 que as autoridades já consideram impossível de rastrear.

Os contágios disparam na China, sobrecarregando os hospitais e deixando as prateleiras das farmácias vazias, após a decisão do governo de acabar com quase três anos de confinamentos, quarentenas e rastreios em massa.

Do nordeste ao sudoeste, trabalhadores de crematórios de todo o país disseram à AFP que não conseguem acompanhar o aumento das mortes.

Em Chongqing, cidade de 30 milhões de habitantes cujas autoridades pediram esta semana que pessoas com sintomas leves fossem trabalhar, um funcionário comentou à AFP que seu crematório ficou sem espaço para armazenar cadáveres.

"O número de corpos aumentou nos últimos dias", declarou, sem fornecer seu sobrenome.

"Estamos muito ocupados, já não há espaço refrigerado para guardar cadáveres", insistiu, embora sem relacionar diretamente este pico à covid.

Em Guangdong (sul), um funcionário de um crematório no distrito de Zengcheng disse à AFP que estavam cremando mais de 30 cadáveres por dia.

"Recebemos corpos enviados de outros distritos. Não há outra opção", relatou.

Outro incinerador da cidade também está "extremamente ocupado". "É três ou quatro vezes mais do que nos anos anteriores, estamos queimando cerca de 40 cadáveres por dia, quando antes era apenas uma dúzia", declarou um trabalhador.

"Toda Guangzhou está assim", acrescentou, que disse ser "difícil dizer" se este aumento está relacionado com a covid.

Na cidade de Shenyang, no nordeste do país, um agente funerário informou que os corpos demoravam até cinco dias para serem enterrados porque os crematórios estavam "absolutamente saturados".

Questionado se tinha relação com a covid, ele respondeu: "O que você acha? Nunca vi um ano como este."

- "Potencial de mutação" -

Na capital, as autoridades de Pequim registraram apenas 5 mortes por covid-19 nesta terça-feira, contra 2 na véspera.

Mas em frente ao crematório de Dongjiao, em Pequim, repórteres da AFP viram mais de uma dúzia de veículos esperando para entrar, a maioria carros funerários.

Um motorista na fila disse à AFP que esperava há várias horas.

Não estava claro se o engarrafamento era causado por um aumento nas mortes por covid e a equipe se recusou a responder às perguntas.

O fim dos testes obrigatórios dificulta o rastreamento de infecções.

As autoridades reconheceram na semana passada que era "impossível" saber a magnitude do surto epidêmico no momento.

Além disso, as autoridades de saúde do país disseram nesta terça-feira que apenas as mortes causadas diretamente por insuficiência respiratória provocada pelo vírus seriam incluídas nas estatísticas como vítimas da covid-19.

"Atualmente, depois de ser infectado com a variante ômicron, a principal causa de morte ainda são doenças anteriores", disse Wang Guiqiang, do Hospital da Universidade de Pequim, em uma coletiva de imprensa da Comissão Nacional de Saúde.

"As pessoas mais velhas têm outras patologias prévias, só um número muito reduzido morre diretamente de insuficiência respiratória causada pela covid", acrescentou.

O Departamento de Estado americano afirmou na segunda-feira que o aumento na China era uma preocupação internacional.

"Agora sabemos que sempre que o vírus se espalha, fica fora de controle, tem o potencial de sofrer mutações e ameaçar pessoas em todos os lugares", declarou o porta-voz Ned Price.

"O balanço do vírus é preocupante para o resto do mundo, dado o tamanho do PIB da China", acrescentou.

A menos de 15 dias do fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Controladoria-Geral da União (CGU) produziu dois pareceres sobre um pedido de acesso ao cartão de vacinação do presidente da República. As minutas apontam para direções contrárias: uma nega o pedido; a outra, concede. O procedimento nunca foi adotado na CGU e ocorre em meio a disputas internas pelo preenchimento de cargos de comando no novo governo.

A decisão sobre atender ou não o pedido apresentado por uma cidadã é da Ouvidoria-Geral da CGU. O setor é o ponto nevrálgico no processamento dos pedidos de informação apresentados ao governo federal. Tem o poder de determinar a entrega de documentos quando o ministério a quem o pedido foi direcionado não quer liberar. O pedido de acesso ao cartão de vacinação de Bolsonaro foi apresentado à Secretaria-Geral da Presidência da República, que negou a demanda, alegando que se tratava de uma informação pessoal.

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Em 2021, caso semelhante chegou à CGU e foi negado com imposição de sigilo de 100 anos sob o argumento de que a Lei de Acesso à Informação (LAI) garante a proteção a dados relativos à vida privada. Jair Bolsonaro passou a pandemia de covid-19 colocando em dúvida a eficácia das vacinas.

Após o pedido de acesso ao cartão de vacina do presidente ser negado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, a autora do requerimento recorreu à CGU. Segundo a LAI, a Controladoria é a instância de apelação. Desde o dia 15 de setembro, a cidadã vinha insistindo que a informação deveria ser liberada porque o próprio Bolsonaro tinha feito uma "live" dizendo que não tinha problema: "já falei pra minha assessoria quem quiser meu cartão de vacina pode mostrar", afirmou na transmissão por rede social.

Antes de decidir, a CGU pediu esclarecimentos ao Planalto. O Gabinete Pessoal do presidente alegou que não havia consentimento expresso de Bolsonaro para liberar a informação, nem tinha condição de consultá-lo, insistindo que o pedido envolvia um dado pessoal, protegido por lei.

Seguindo as decisões mais recentes da CGU, a analista responsável pelo caso elaborou, então, um parecer negando o acesso. Na reta final da gestão Bolsonaro, a chefia da Ouvidoria sugeriu que o pedido poderia ter outra conclusão: ser atendido se o presidente concordasse em liberar seu cartão de vacinação. Um segundo parecer foi, então, produzido. Os dois textos estão sob a forma de minutas, esperando decisão.

Se negar o pedido, a CGU apenas estaria aplicando a regra da gestão Bolsonaro de dar preferência ao sigilo sobre a transparência em casos relacionados a informação pessoal. Já se optar pela liberação, quem assinar o ato na Controladoria mandaria um recado para a futura administração petista de que está mais alinhado com a liberação de informações, ainda que isso tenha ocorrido apenas nas duas últimas semanas do fim do governo.

O cargo de ouvidor-geral na CGU está vago. O antigo ocupante foi indicado para ser superintendente no Espírito Santo no mês passado, contando com a possibilidade de permanecer na função por até quatro anos, segundo uma praxe adotada no órgão. O ouvidor-adjunto foi deslocado para uma função de diretoria. Um terceiro auditor, que ocupava a chefia de gabinete, assumiu interinamente a função de ouvidor com pretensões de permanecer no posto no futuro governo Lula.

Autonomia dos servidores

A produção de duplo parecer é inédita na CGU. O manual do órgão prevê que o parecerista recebe o processo, analisa o caso e chega a uma conclusão, redigindo uma proposta de decisão. Ou seja, no papel, tem autonomia para firmar seu convencimento. Se os chefes considerarem que a resposta final deve ser outra, incluem, após o parecer técnico, um posicionamento, justificando seus motivos para divergir.

O Estadão ouviu auditores e ex-ouvidores da CGU. Todos confirmaram que a produção de dois pareceres com conclusões diferentes é fora do padrão. "A situação é, no mínimo, inadequada e parece pôr em risco o que a experiência brasileira produziu de melhor: a autonomia do servidor-parecerista como garantia institucional 'pró-acesso'", diz José Eduardo Romão, o primeiro a ocupar o cargo de ouvidor na CGU, quando a LAI entrou em vigor em maio de 2012.

Para ele, é "natural e salutar" que o ouvidor possa conversar com pareceristas, desde que haja um ambiente "de segurança psicológica e controle". "Mas, como há assimetria de poder, esse processo só pode ocorrer com as alçadas e prerrogativas claramente definidas, ou seja, com a garantia de que o parecerista exercerá sua função com autonomia", afirma Romão.

'Rascunhos'

Procurada, a CGU sustentou, por meio de nota, que dá liberdade aos pareceristas para produzirem seus despachos e confirmou a existência dos dois pareceres. Mas alegou que os textos são apenas "rascunhos" ainda não assinados nem submetidos às chefias do setor. Informou ainda que os documentos foram produzidos antecipadamente porque a analista do caso entraria de férias. A Ouvidoria reconheceu que houve conversa entre a servidora e seu superior e que este falou que o caso poderia ter decisão pela liberação da informação se houvesse o consentimento do presidente da República.

Ainda segundo a Ouvidoria, foi encaminhado ao gabinete do ministro Wagner Rosário, chefe da CGU, um novo pedido para que Bolsonaro seja diretamente consultado e diga se aceita ou não liberar seu cartão de vacinação. Ainda não houve resposta.

As autoridades de saúde chinesas anunciaram nesta segunda-feira (19) duas novas mortes por Covid-19, ambas na capital Pequim. Foram os primeiros óbitos registrados em duas semanas, em meio ao esperado aumento no número de casos da doença depois que o país abrandou sua rígida política de "covid zero".

A China não registrava uma morte por covid-19 desde 4 de dezembro, embora relatos não oficiais de uma nova onda de casos sejam generalizados.

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Com os novos registros, a Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês) elevou o total da China para 5.237 mortes por coronavírus nos últimos três anos, de 380.453 casos da doença - números muito menores do que em outros grandes países, mas também baseados em estatísticas cujos métodos de coleta são questionados.

Os chineses contabilizam apenas aqueles que morreram diretamente da covid-19, excluindo pessoas cujas condições subjacentes, como diabetes e doenças cardíacas, foram agravadas pelo vírus.

Em muitos outros países, as diretrizes estipulam que qualquer morte em que o coronavírus seja um fator ou contribuinte seja classificada como uma morte relacionada à covid-19.

Nas últimas semanas, depoimentos de familiares e pessoas que trabalham no setor funerário, que não quiseram ser identificados por medo de represálias, indicaram aumento no número de mortes pela doença.

A China costuma atribuir o volume baixo de casos e mortes à sua dura política de combate ao vírus. No entanto, medidas como restrições de viagens, testes obrigatórios e quarentenas colocaram a sociedade chinesa e a economia nacional sob enorme estresse, aparentemente convencendo o Partido Comunista a seguir conselhos externos e alterar sua estratégia.Fonte: Dow Jones Newswires.

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 22.584 novos casos de Covid-19 na últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 53 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. 

Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada neste sábado (17), com exceção das informações de 14 estados, que já não informam dados nos finais de semana.  

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Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 35.892.110.

O número de casos em acompanhamento de Covid-19 está em 658.468. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.

Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 691.863, desde o início da pandemia. Ainda há 3.191 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi Covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Até agora, 34.541.779 pessoas se recuperaram da Covid-19. O número corresponde a 96,3% dos infectados desde o início da pandemia.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por Covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (176.876), Rio de Janeiro (76.288), Minas Gerais (64.203), Paraná (45.621) e Rio Grande do Sul (41.377).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.035), Amapá (2.165), Roraima (2.178), Tocantins (4.208) e Sergipe (6.475).

Vacinação

Até este sábado, o vacinômetro do Ministério da Saúde apontava que um total de 496.596.956 doses de vacinas contra Covid-19 foram aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização. Destas aplicações totais de vacina, 181,3 milhões são primeira dose, 163,7 milhões são segunda e 5 milhões são dose única. 

A dose de reforço já foi aplicada em mais de 102 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em pouco mais de 39,4 milhões. O painel registra ainda 4,9 milhões de doses como "adicionais", que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.

O Brasil tem 106.948.663 pessoas (49,8% da população) imunizadas com reforço ou a dose adicional da vacina contra a covid-19.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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Quanto à primeira dose, 182.415.426 pessoas (84,9%) tomaram a vacina. Já a segunda foi aplicada em 172.376.091 pessoas (80,2%).

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta sexta-feira (16), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 2.042 novos casos da Covid-19, além de três óbitos.

Dos novos registros, 15 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.027 são leves. Pernambuco totaliza 1.106.891 casos confirmados da doença, sendo 60.458 graves e 1.046.433 leves.

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No boletim de hoje também constam três mortes, ocorridas entre os dias 20 de dezembro de 2020 e 30 de novembro deste ano. Com isso, o Estado totaliza 22.527 mortes pela Covid-19.

Funcionários de crematórios em Pequim disseram nesta sexta-feira (16) que seus estabelecimentos estão sobrecarregados com a onda sem precedentes de casos de Covid-19 na China que, segundo as autoridades, em breve atingirá as áreas rurais do país.

A epidemia se propaga rapidamente por todo o país, uma semana após a suspensão da maioria das restrições de saúde em vigor há quase três anos.

As autoridades admitem que agora é "impossível" contar o número de casos.

"Nós cremamos 20 corpos por dia, principalmente de idosos. Muitas pessoas adoeceram recentemente", contou à AFP um funcionário do crematório. "Dos 60 que trabalham aqui, mais de 10 testaram positivo para covid, mas não temos escolha porque há muito trabalho," acrescentou.

Trabalhadores de outras duas funerárias de Pequim, entrevistados pela AFP, disseram que seus estabelecimentos estão funcionando 24 horas por dia, oferecendo serviços de cremação no mesmo dia para atender à forte demanda. Outro estabelecimento desse tipo indicou que sua lista de espera é de uma semana.

Apesar disso, os números oficiais não registram nenhuma morte relacionada à covid-19 desde 4 de dezembro.

A organização de luta contra a covid-19 pediu aos governos locais que aumentem a vigilância e os cuidados médicos para as pessoas que retornam para suas casas nas áreas rurais antes do feriado do Ano Novo Chinês em janeiro.

O evento causa o maior deslocamento populacional do mundo todos os anos. Espera-se que seja ainda maior este ano, uma vez que as restrições de viagem entre as províncias foram suspensas.

A imprensa estatal chinesa e os especialistas em saúde minimizam o perigo da variante ômicron, e o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan propôs renomear a covid-19 como "resfriado do vírus".

No entanto, milhões de idosos não foram vacinados e os testes de antígenos e medicamentos para febre são escassos.

Um estudo recente de pesquisadores da Universidade de Hong Kong afirmou que a covid pode matar um milhão de pessoas na China neste inverno, se uma quarta dose de vacina ou novas restrições não forem impostas.

Oficialmente, apenas nove mortes foram atribuídas à epidemia desde meados de novembro. O país registra mais de 10.000 casos diários desde então.

Nas redes sociais viralizaram diversos vídeos de pacientes com covid, sentados em bancos do lado de fora de hospitais lotados e recebendo infusões de solução salina.

A AFP conseguiu geolocalizar um deles, filmado em frente a um hospital na cidade de Hanchuan, na província de Hubei (centro). Um funcionário do hospital confirmou que as imagens datam de terça-feira.

"Os pacientes se ofereceram para se sentar ao sol porque havia muitas pessoas lá dentro", limitou-se a dizer à AFP.

Há três anos foi identificado o primeiro caso de Covid-19 na China, início de uma doença que se espalhou por todo mundo e que agora deve servir de lição para a próxima pandemia, segundo especialistas.

“Não estamos nos movendo o suficiente para estarmos prontos”, disse à AFP William Rodriguez, diretor da Find, uma fundação supervisionada pela ONU, cujo objetivo é melhorar o acesso a testes de diagnóstico ao redor do mundo.

Os exames, principalmente os que podem ser feitos em casa, são essenciais para impedir a propagação de uma doença. Outros dispositivos são a identificação de vírus, ou de bactérias, que podem provocar a próxima pandemia, a descoberta de vacinas, ou tratamentos de emergência, ou a produção e a distribuição desses produtos.

Os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram as negociações internacionais para combater futuras pandemias. Já o Banco Mundial criou um fundo específico, alimentado pelos países do G20 (da ordem de US$ 1,6 bilhão até o momento).

- "Algumas mutações" -

As iniciativas também são privadas. Na Austrália, o magnata Geoffrey Cumming destinou US$ 170 milhões para financiar um centro de pesquisas dirigido pela infectologista Sharon Lewin.

Essa equipe se concentrará no desenvolvimento de tecnologias que possam servir de base para tratamentos rapidamente adaptáveis contra novos patógenos.

O modelo são as vacinas de RNA mensageiro que foram desenvolvidas contra a covid. O centro australiano deve estar pronto em cerca de seis meses, disse Sharon Lewin à AFP.

O objetivo é saber como responder com urgência a um patógeno desconhecido, mas a antecipação também envolve a identificação de riscos conhecidos.

A OMS trabalha na atualização de sua lista de micróbios sob vigilância. Além da gripe, estão sob atenção os coronavírus em geral e os vírus do Ebola e da Zika, altamente perigosos.

"Apenas algumas mutações de cada um desses vírus" são suficientes para multiplicar sua propagação, alerta a epidemiologista Jennifer Nuzzo, da Brown University, nos Estados Unidos.

Outros patógenos sob estreita vigilância são os arenavírus, ou paramixovírus, aos quais pertencem o sarampo e a caxumba, ou o vírus de Marburg.

- 'Várias crises' -

Especialistas e ativistas temem, acima de tudo, a falta de vontade política, como no caso de financiamento.

A organização CEPI, cofundada por vários países e pela Fundação Bill e Melinda Gates para enfrentar epidemias, busca US$ 800 milhões para preparar um plano de resposta em cinco anos.

Também existe a espinhosa questão do acesso às vacinas, a começar pelos países mais pobres.

“Para mim, a tragédia da covid foi a distribuição desigual das vacinas, mesmo quando já eram acessíveis”, diz Nuzzo.

Os especialistas concordam: se não houver acesso rápido e barato a vacinas na América Latina, na África, ou na Ásia, a próxima crise não terá uma resposta adequada.

As discussões sobre patentes dentro da OMS são, no entanto, "extremamente preocupantes", afirma Mohga Kamal-Yanni, representante da ONG People's Vaccine Alliance.

O Brasil tem 106.908.870 pessoas (49,8% da população) imunizadas com reforço ou a dose adicional da vacina contra a Covid-19.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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Quanto à primeira dose, 182.396.458 pessoas (84,9%) tomaram a vacina. Já a segunda foi aplicada em 172.353.406 pessoas (80,2%).

A media móvel de casos de Covid-19 foi nesta quinta-feira a 37.241, 39% maior ante o índice de duas semanas atrás. Em 24 horas, foram registradas 62.253 contaminações, elevando o total a 35.823.734.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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O Brasil registrou 197 mortes por Covid-19 de quarta para quinta, elevando o total de óbitos a 691.632. A média móvel semanal de vidas perdidas foi de 128, alta de 42% em relação à de duas semanas.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta quinta-feira (15), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 1.531 novos casos da Covid-19, além de seis óbitos.

Dos novos registros, 17 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.514 são leves. Pernambuco totaliza 1.104.849 casos confirmados da doença, sendo 60.443 graves e 1.044.406 leves.

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No boletim de hoje também constam seis mortes, ocorridas entre o dia 21 de novembro de 2020 e a última terça-feira (13). Com isso, o Estado totaliza 22.524 mortes pela Covid-19.

A media móvel de casos de covid-19 foi nesta quarta-feira, 14, a 33.124, 22% maior ante o índice de duas semanas atrás. Em 24 horas, foram registradas 47.230 contaminações, elevando o total a 35.761.481.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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O Brasil registrou 261 mortes por covid-19 de ontem para hoje, elevando o total de óbitos a 691.435. A média móvel semanal de vidas perdidas foi de 114, alta de 33% em relação à de duas semanas.

O Brasil tem 106.855.033 pessoas (49,7% da população) imunizadas com reforço ou a dose adicional da vacina contra a covid-19.

As informações são do Consórcio de Imprensa do qual o Estadão faz parte. Confira os dados sobre a pandemia do coronavírus e sobre o ritmo de imunização no menu Indicadores, no topo do terminal Broadcast, em Covid-19. Os números estão sujeitos a revisões.

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Quanto à primeira dose, 182.366.885 pessoas (84,9%) tomaram a vacina. Já a segunda foi aplicada em 172.319.328 pessoas (80,2%).

Um estudo liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o mundo teve 14,8 milhões de mortes em excesso entre 2020 e 2021 causadas pela pandemia de Covid-19, cerca de três vezes mais do que as atuais estatísticas oficiais apontam, que é de cerca de 5,4 milhões.

O relatório foi publicado na revista científica "Nature" nesta quarta-feira (14) e segue estimativas anteriores feitas por outras pesquisas.

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O levantamento incluiu todas as mortes colaterais da crise sanitária, incluindo aquelas que ocorreram, por exemplo, pela interrupção dos serviços médicos por conta da superlotação provocada pelos casos de Covid-19. Por isso, o cálculo é bastante complicado de ser feito por conta das diferenças existentes entre as nações no mundo.

Os pesquisadores, liderados por William Msemburi, avaliaram as "mortes em excesso" comparando com os dados de óbitos nos anos anteriores. O termo em si significa todas as mortes que ocorrem por conta de uma situação inesperada, como no caso de grandes desastres naturais, guerras ou pandemias.

O processo para chegar aos números requer uma série de modelos matemáticos para poder calcular quantos seriam os falecimentos "esperados" para cada nação se não houvesse uma crise sanitária dessa proporção. Assim, é possível também preencher possíveis buracos nos cálculos.

Por exemplo, apenas 37% dos países no mundo têm dados completos sobre a mortalidade nos dois anos analisados. Os demais, sobretudo na África, não tem informações totais do tipo.

Por isso, também criaram cenários de mínima e máxima para o estudo.

Os resultados indicam que a Covid-19 pode ter sido responsável pela morte de 13,3 milhões a 16,6 milhões de pessoas em todo o mundo. Em particular, os dados apontam que a mortalidade em excesso em 2020 foi de cerca de 4,4 milhões de pessoas e de 10,4 milhões em 2021.

Quatro em cada cinco mortes em excesso ocorreram nos países de média renda, com alguns da América Latina entre os mais atingidos. Já as nações mais pobres têm um número menor de óbitos sobretudo porque representam apenas 9% da população mundial e tem mais jovens, em média, do que os países de alta renda.

Da Ansa

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou, nesta quarta-feira (14), os números da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Foram confirmados 1.889 novos casos da Covid-19, além de nove óbitos.

Dos novos registros, 21 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.868 são leves. Pernambuco totaliza 1.103.318 casos confirmados da doença, sendo 60.426 graves e 1.042.892 leves.

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No boletim de hoje também constam nove mortes, ocorridas entre o dia 19 de março de 2021e a última terça-feira (14). Com isso, o Estado totaliza 22.518 mortes pela Covid-19.

A media móvel de casos de Covid-19 foi nessa terça-feira (13) a 33.143, 26% maior ante o índice de duas semanas atrás. Em 24 horas, foram registradas 54.731 contaminações, elevando o total a 35.714.251.

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O Brasil registrou 153 mortes por Covid-19 de segunda para terça, elevando o total de óbitos a 691.174. A média móvel semanal de vidas perdidas foi de 101, alta de 34% em relação à de duas semanas.

O Brasil tem 106.831.899 pessoas (49,7% da população) imunizadas com reforço ou a dose adicional da vacina contra a Covid-19.

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Quanto à primeira dose, 182.355.628 pessoas (84,9%) tomaram a vacina. Já a segunda foi aplicada em 172.305.280 pessoas (80,2%).

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