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O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi acomodado em um quarto de atendimento semi-intensivo do Hospital Sírio-Libanês na tarde desta terça-feira, 4, e pôde rever o filho, Tomás, de 15 anos, após sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do centro médico. Ele teve de ir para a UTI no dia anterior, após médicos identificarem uma hemorragia, que foi controlada. Covas se trata de um câncer metastático que atinge o sistema digestivo e ossos, e não tem previsão de alta.

Em sua conta no Instagram, o prefeito licenciado publicou uma mensagem de agradecimento pelo apoio recebido durante a estada na UTI, e que falou de "mais uma batalha vencida". Ele disse ter "fé" que vencerá cada novo obstáculo.

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Publicamente, ele ainda se desculpou por não poder responder a todas as mensagens recebidas. "Sintam-se todos abraçados. Agradeço sinceramente por serem tão generosos comigo."

Na mensagem, Covas ainda agradeceu sua equipe e o prefeito em exercício da cidade, Ricardo Nunes (MDB), que nesta terça cumpriu agendas externas como chefe do Executivo municipal. Ele disse que Nunes e sua equipe "vêm cumprindo nossa diretriz de não deixar parar nada e avançar com o trabalho e cumprir nossos compromissos com a população de São Paulo".

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O prefeito havia sido descrito como "bem humorado" pela equipe médica que concedeu entrevista coletiva no começo da tarde desta terça-feira para dar mais detalhes sobre seu quadro de saúde. Ele teria brincado com os médicos, dizendo que eles haviam ficado estressados no dia anterior, diante dos questionamentos sobre sua saúde, e afirmando que sua preocupação era com a partida do Santos (contra o The Strongest, pela Libertadores da América) nesta noite. Tomás, ao visitar o pai, estava com uma camiseta da equipe do litoral.

Covas se internou no fim de semana para dar continuidade ao tratamento de quimioterapia e imunoterapia ao qual vem se submetendo. No domingo, sua equipe médica o aconselhou a se licenciar da Prefeitura para ter atenção maior no enfrentamento do câncer. Ele tem tumores no fígado, na coluna e na bacia e tinha um quadro de anemia.

Na segunda-feira, 3, ele havia sido submetido a uma endoscopia. O exame revelou uma hemorragia na cárdia, a válvula que interliga o esôfago e o estômago, que foi cauterizada. Por isso, após o exame - que incluiu sedação e intubação preventiva - ele foi transferido para a UTI, onde ficou até o fim da tarde, quando se recuperou. Ele foi extubado ainda no fim da tarde de segunda. A intubação não teve relação com dificuldades respiratórias: serviu para proteger as vias aéreas durante o exame.

Covas combate o câncer desde outubro de 2019 e já chegou a ter tumores na cárdia, fígado e gânglios linfáticos. Ao longo dos tratamento, algumas dessas lesões desapareceram, mas outras surgiram no ossos, prolongando o tratamento.

O prefeito interino de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assumiu o posto com uma "lista de tarefas" deixada por Bruno Covas (PSDB) para o secretariado e a determinação de manter a pauta de votações prioritárias já em andamento na Câmara a partir das diretrizes definidas pelo tucano, licenciado do cargo por 30 dias.

Nunes tem apoio político do presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), e do governador João Doria (PSDB), com quem buscou reconstruir pontes quando as relações entre Prefeitura e Estado se desgastaram, nos dias mais agudos da pandemia de Covid-19, especialmente após Covas decidir antecipar feriados, em março, para incentivar o isolamento social na cidade.

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A equipe montada pelo tucano para administrar a Prefeitura tem, em seu "núcleo duro", colegas de partido em quem Covas confia desde os tempos da juventude do PSDB. É formado pelos secretários Alexandre Modonezi (Subprefeituras), Orlando de Faria (Habitação), César Azevedo (Urbanismo e Licenciamento), Ricardo Tripoli (Casa Civil) e Rubens Rizek. A eles, e também ao secretário da Saúde, Edson Aparecido, Covas deixou, antes de se afastar, uma determinação de dar prosseguimento a um cronograma que previa o término de 270 projetos tidos como fundamentais - eram ações que deveriam ter sido concluídas nos 100 primeiros dias de governo.

O prefeito interino não faz parte desse "núcleo duro", mas sabe da missão repassada e já indicou aos colegas que não pretende fazer qualquer correção de rumos. Os secretários de Covas afirmam, nos bastidores, que não houve nenhuma determinação do prefeito licenciado para tentar "esconder" Nunes.

Câmara

No cargo, Nunes contará com apoio da Câmara. Os vereadores devem votar hoje em segundo turno um Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) que isentará de multas contribuintes inadimplentes, e aguardam uma sanção sem vetos do que for acordado.

Embora o MDB seja uma bancada pequena na cidade, o partido faz parte de um bloco parlamentar que conta com o DEM, partido do presidente do Legislativo paulistano. "Não vai mudar nada no tratamento do Executivo com o Legislativo", disse Leite.

Sem divulgação oficial, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), cumpriu nesta quinta-feira, 1º, o prazo previsto na legislação para divulgar seu plano de metas com as ações prioritárias a serem executadas pelo governo até 2024. O tucano definiu 75 compromissos, divididos em seis eixos programáticos e com custo estimado de R$ 29,9 bilhões, valor que supera em 145% o total investido pela Prefeitura nos últimos quatro anos.

Alinhado ao programa de governo apresentado durante a campanha pela reeleição, Covas não traz muitas alterações entre o prometido como candidato e agora como prefeito eleito. O Estadão, no entanto, identificou algumas ausências e reduções nas promessas feitas em áreas essenciais, como saúde, educação, habitação e transporte.

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Não constam do programa, por exemplo, e entrega das 15 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prometidas, assim como os 465 mil tablets para alunos da rede municipal, as 2,1 mil creches de horário ampliado (12 horas de funcionamento) e a duplicação da Estrada do M'Boi Mirim (zona sul).

Ao mesmo tempo, compromissos anunciados na eleição tiveram sua estimativa de cumprimento reduzida. O plano de metas prevê 93 km de corredores de ônibus (e não 40 km), quatro novos terminais (e não seis), 300 km de vias cicloviárias (e não 650 km), 270 mil novas lâmpadas em LED (e não 600 mil) e 49 mil novas moradias (e não 70 mil).

Por outro lado, há metas novas. Covas agora pretende construir 45 novas escolas (sem contar 12 CEUs), implantar 24 novos serviços de atendimento à população em situação de rua, dobrar o número de atendidos no Programa Transcidadania, criar o 1º Centro Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estruturar 400 hortas urbanas, entre outras ações.

A comparação foi feita pela reportagem com base no programa apresentado pelo tucano à Justiça Eleitoral, além de falas em entrevistas e em debates realizados durante a campanha.

No geral, as prioridades oficializadas no plano - que, apesar da lei, não tem obrigatoriedade de ser cumprido - estão de acordo com os desafios a serem superados pela cidade. A meta número 1 fala sobre combater a desigualdade e assistir a população mais vulnerável por meio de programas de transferência de renda e apoio nutricional (entrega de cestas básicas ou marmitas). O texto só não deixa claro se o auxílio citado será emergencial ou permanente.

Na apresentação do plano, feita por meio de uma carta, Covas assume o compromisso de que, em São Paulo, "ninguém será deixado para trás". O prefeito diz que a atenção primeira deve se dar à rede de proteção social e à melhoria da qualidade de vida das pessoas e admite que suas "metas são ambiciosas, mas sem descomedimentos e vaidades, que em nada servem ao momento atual".

No primeiro eixo, as metas englobam diversas áreas, com destaque para projetos nas áreas da saúde, educação, assistência social, inclusão e habitação. Iniciativas práticas de combate ao racismo e à violência contra a mulher também compõem esse primeiro capítulo, o maior e também o mais caro.

Os eixos seguintes são mais estruturados por temas. O segundo, por exemplo, trata da zeladoria urbana e da questão da segurança pública ao propor aumento do número de câmeras de vigilância e de lâmpadas em LED.

No terceiro capítulo apresentado, a gestão Covas cita promessas feitas durante a campanha para melhorar a mobilidade urbana. Traz os esperados corredores de ônibus e se compromete a trabalhar para reduzir acidentes de trânsito. A meta é reduzir o índice de mortes para 4,5 por 100 mil habitantes

As questões ambientais e culturais são mais abordadas nos eixos 4 e 5, nos quais a Prefeitura fala em abrir salas de cinema nos CEUS, incentivar grafites artísticos nos muros da cidade e inaugurar oito parques, além de reduzir a poluição e a quantia de lixo não reciclável.

Por fim, medidas que visam atrair investimentos para a cidade e recuperar a capacidade financeira estão previstas no último eixo. O cumprimento delas pode, inclusive, ajudar a tornar todo o plano mais factível do ponto de vista financeiro.

Lei

A apresentação de um plano de metas pelo prefeito eleito de São Paulo está prevista na Lei Orgânica do Município desde 2008. Quem assume tem 90 dias para eleborar uma versão inicial, que depois será submetida a audiências públicas. Neste ano, todas serão feitas de maneira online por causa da pandemia de covid-19. O calendário prevê reuniões entre os dias 10 e 30 de abril. Após colher as sugestões da popuçação, a gestão Covas divulgará o plano final em junho.

Covas é o quarto prefeito eleito a submeter suas metas de gestão à sociedade. Em 2019, quando completou nove meses à frente da cidade, em função da renúncia do então prefeito João Doria (PSDB), o tucano chegou a apresentar uma versão própria do plano em vigor, mas que funcionou como uma revisão e não como um novo programa. Ao final do primeiro mandato, diz ter cumprido 68% dessas metas.

Custos

Sobre os custos, o próprio documento já aponta dificuldades em alcançá-los. Os R$ 29,9 bilhões previstos incluem despesas necessárias para investimento, aquisição de imóveis e instalações, equipamentos e material permanente, bem como despesas relacionadas a custeio e prestação de serviços. Além de representar um valor muito superior ao investido pela cidade nos últimos quatro anos - R$ 12,2 bilhões -, a quantia representa 44% do orçamento total previsto para este ano, que é de R$ 67 bilhões..

Ano passado, quando a atual lei orçamentária foi aprovada, foi estipulado um montante de R$ 5,4 bilhões para as ações do plano ao longo de 2021, valor já bem superior à média de investimentos da cidade, de R$ 3 bilhões. E, em dezembro, o comércio ainda estava aberto, com menos restrições que atualmente. Vale lembrar que em 2020 a Prefeitura registrou déficit de R$ 2,5 bilhões.

A gestão Covas argumenta que parte das metas, como a proposta de melhora no desempenho dos alunos da rede municipal, não exige investimento extra, pois as ações necessárias para obter o resultado desejado já têm seu custo estipulado entre as despesas recorrentes. Destaca também que os valores são estimativas.

Na divisão por eixos, o conjunto de metas mais dispensioso está relacionado a ações de mobilidade e habitação. A Prefeitura estima, por exemplo, investir R$ 9,1 bilhões em projetos de moradia e urbanização de favelas. Outros R$ 3,8 bilhões são previstos em ações contra enchentes e mais R$ 3,6 bilhões em projetos viários.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que anunciará nesta quinta-feira (18) medidas restritivas para a capital paulista a fim de conter o avanço da covid-19. Segundo o prefeito, em entrevista à GloboNews, a Prefeitura descarta decretar qualquer lockdown no município, uma vez que seria "inviável" a fiscalização.

Entre as medidas analisadas que Covas adiantou, a Prefeitura estuda antecipar os feriados municipais. Segundo Covas, esta medida teve efeito no passado em frear o contágio da doença. A entrevista coletiva para o anúncio está prevista para as 12h, com transmissão pela internet. O gabinete do prefeito não deu mais detalhes.

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Conforme o prefeito, nesta semana a Prefeitura registrou o primeiro caso de óbito pela covid-19 de paciente, na zona leste, que morreu sem conseguir atendimento em hospital da rede pública. "A gente, infelizmente, vê colapsando o sistema de Saúde", afirmou o prefeito.

Covas disse que o município de São Paulo tem hoje a mesma quantidade de leitos que no momento mais grave da crise no ano passado. "A continuar o crescimento da curva, só vamos ver aumentar casos de pessoas que morrem sem atendimento", afirmou Covas.

De acordo com dados desta quarta-feira (17) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a Região Metropolitana de São Paulo registra ocupação dos leitos de enfermaria de 84,6% e de UTI de 90,7%. Nos últimos sete dias, houve um aumento de 21% em novas internações em comparação com os sete dias anteriores.

O aumento no número de mortes pela covid-19 obrigou a prefeitura de Porto Velho a abrir licitação emergencial para comprar gavetas em cemitérios particulares da cidade. Não há mais espaço para abertura de novas covas nos cemitérios públicos da capital rondoniense.

De janeiro a fevereiro deste ano, houve aumento de 78% no número de sepultamentos de vítimas da covid-19. A informação foi divulgada pelo gerente da Divisão de Cemitérios, Gilbson Moraes. "Aproximadamente mil covas foram abertas de março do ano passado para cá."

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A prefeitura de Porto Velho acredita que até a próxima semana a licitação já deverá estar finalizada, possibilitando a contratação das novas sepulturas. Enquanto isso, o sistema de saúde do Estado segue em situação crítica, operando com 100% da capacidade. Não há mais leitos de UTI disponíveis.

A Secretaria de Saúde de Rondônia informou que há, nesta quinta-feira, 4, 86 pessoas aguardando a liberação de leitos de terapia intensiva. Isso porque todos os 322 leitos disponíveis na rede pública e privada estão ocupados. Diante disso, haverá toque de recolher em todo o Estado, diariamente, das 21h às 6h. Nos finais de semana, haverá lockdown.

"Começamos anteontem (terça, 2) com 60 pessoas aguardando leitos de UTI, amanhecemos ontem (quarta, 3) com pouco mais de 90 pessoas aguardando leitos e quando eram 17h, já tínhamos 102 pessoas esperando. Quando olhamos as redes sociais, parece um obituário", desabafou o governador Marcos Rocha (PSL).

A situação do sistema de saúde também é crítica em outros Estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, a ocupação de leitos chegou a 100% da capacidade, e há 288 pessoas aguardando por leito de terapia intensiva. Em Goiás, há fila de 300 pessoas esperando vaga. Em Santa Catarina,outros 251 pacientes internados aguardam UTI.

Uma lista com os 11 primeiros nomes selecionados pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), para assumir subprefeituras foi vazada e provocou insatisfação entre vereadores da base aliada e rearranjos na administração municipal. Entre os escolhidos pelo tucano está um ex-comandante da Polícia Militar, que vai assumir a Subprefeitura da Sé, a mais cobiçada das regionais. A indicação do coronel Marcelo Vieira Salles (PSD) não passou pelo crivo da Câmara Municipal e teria quebrado um acordo feito na eleição: a de que as subprefeituras não seriam ocupadas por candidatos a vereador que não se elegeram.

O nome de Salles, que tentou uma vaga na Câmara sem sucesso, e de outros dez indicados surgiu em mensagens compartilhadas via WhatsApp há cerca de dez dias. Pelas redes sociais, o PM agradeceu o convite, ainda não oficializado, mas confirmado pelo Estadão.

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O vazamento teria ocorrido durante um processo administrativo. Antes de qualquer nomeação ser publicada no Diário Oficial, a Prefeitura faz um "pente-fino" no histórico do candidato para checar se há algum impedimento para o cargo. Segundo a reportagem apurou, foi durante essa pesquisa, pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que os dados foram capturados e repassados.

A consulta foi submetida ao SEI pela Casa Civil, comandada por Ricardo Tripoli. Depois que os nomes foram parar nos celulares dos vereadores, Covas editou um decreto transferindo atribuições da pasta para a Secretaria de Governo, comandada por Rubens Rizek, hoje o nome mais forte da gestão.

O caso fez com que Tripoli perdesse força com menos de dois meses de governo. Próximo a Covas, ele é apontado como possível candidato tucano na sucessão de 2024. Mas a forma com que tem conduzido a escolha dos novos subprefeitos provoca descontentamento na base aliada. Os nomes indicados para as subprefeituras da Mooca e da Penha, na zona leste, não agradaram, por exemplo, os vereadores Rute Costa e João Jorge, que têm nessas regiões seus redutos eleitorais.

Indicações

Apesar de os primeiros nomes escolhidos serem, em sua maioria, de filiados ao PSDB ou indicados por tucanos, as trocas seguirão indicações partidárias. Covas vai manter a tradição e aceitar nomes de vereadores para a maior parte das regionais, com exceção daquelas consideradas mais "sensíveis" - Sé, Mooca, Cidade Tiradentes, Santana, Jaçanã, Lapa, Santo Amaro e Pinheiros.

Se confirmada, a lista que foi vazada revela parte dos parlamentares atendidos. A Subprefeitura de Pinheiros (zona oeste) deve ficar com Richard Haddad Júnior, indicado por Reginaldo Tripoli (PSDB), irmão do secretário. O nome para a regional de Casa Verde (zona norte) é de Guaracy Fontes Monteiro Filho, que tem aval de Paulo Frange (PTB). Edir Salles (PSD) aprovou a indicada para a Vila Prudente (zona leste) - Elisete Aparecida Mesquita.

Ainda devem emplacar subprefeitos Ricardo Teixeira, Sandra Tadeu e Milton Leite, todos do DEM. A coligação que reelegeu Covas foi formada por 16 partidos. Dos 55 vereadores, elegeu 25. Procurada, a Prefeitura não comentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), ficará dez dias afastado do cargo para dar continuidade ao tratamento do câncer diagnosticado em 2019. Publicada no Diário Oficial desta terça-feira (19), o pedido de licença traz o último boletim médico divulgado pela equipe que o atende. O prefeito passou por uma sessão complementar de radioterapia e os médicos recomendaram repouso e cuidados pessoais. No lugar dele, assume o cargo interinamente, pela primeira vez, o vice Ricardo Nunes (MDB).

O emedebista protagonizou polêmicas durante a campanha eleitoral por causa de sua proximidade com entidades ligadas a creches conveniadas à Prefeitura e um boletim de ocorrência aberto contra ele por sua mulher anos atrás.

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Em 2019, a empresa Nikkey, ligada à família de Ricardo Nunes, recebeu R$ 50 mil de creches conveniadas à Prefeitura sem uma licitação de prestação de serviço. A empresa foi paga para dedetizar os prédios de oito creches, todas controladas pela Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria). A Prefeitura pagava à Acria para manter as creches e, com o valor, a associação contratou a Nikkey, o que, no caso de entidades dessa natureza, não exige licitação. O vice nega irregularidades.

No ano passado, a chapa Covas/Nunes foi questionada pelos adversários na campanha por causa de um B.O. feito pela empresária Regina Carnovale Nunes, mulher de Nunes, por violência doméstica, ameaça e injúria contra Nunes há dez anos. Em entrevista ao Estadão, Regina negou que tenha sido agredida pelo marido e disse que não se lembra de ter ido à delegacia.

Presidente da Câmara internado com covid-19

O chefe do Legislativo municipal também está afastado. No caso de Milton Leite (DEM), o motivo é a contaminação pelo coronavírus. Ele está internado desde o dia 7 de janeiro no hospital Albert Einstein e, de acordo com sua assessoria, teve um quadro raro de reinfecção por Covid-19. Leite apresenta quadro estável. Em seu lugar, assumiu temporariamente a vereadora Rute Costa (PSDB), primeira vice-presidente da Casa.

A segunda gestão do prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB) à frente da cidade de São Paulo contará com 23 secretarias. Os últimos cinco nomes da equipe do prefeito foram divulgados na quarta-feira, 30. Orlando Lindório de Faria, atual titular da Casa Civil, vai para a Secretaria Municipal de Habitação e Claudia Carletto foi mantida na Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania. Ricardo Tripoli, Thiago Milhim e Eduardo de Castro vão comandar as secretarias da Casa Civil, de Esportes e do Verde e Meio Ambiente, respectivamente.

Dos 23 secretários da próxima gestão, 11 já são os atuais detentores dos cargos (veja lista abaixo).

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Além de Faria, outros dois nomes pertencem a órgãos da administração e foram remanejados: o atual presidente da SPTrans, Levi Oliveira, será secretário de Mobilidade e Transportes e a atual comandante-geral da GCM, Elza Paulino de Souza, será secretária de Segurança Urbana.

A revelação dos nomes dos secretários foi feita na conta do Instagram de Covas, seguindo o padrão iniciado em 21 de dezembro.

Atualmente, a Prefeitura de São Paulo tem 28 secretarias. Segundo a administração municipal, as estruturas da Secretaria Especial de Relações Sociais; e Secretaria Municipal de Gestão serão incorporadas às pastas cujos titulares foram anunciados nos últimos dias. As mudanças serão publicadas no Diário Oficial do Município.

O jornal O Estado de S. Paulo questionou a Prefeitura sobre como será a reorganização da estrutura da administração municipal. O governo municipal informou que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano funcionará junto com a Secretaria de Licenciamento, comandada por César Azevedo. A Secretaria de Turismo fundiu com Desenvolvimento Econômico, chefiada por Aline Cardoso. Já a Secretaria Especial de Comunicação, de Marcus Vinicius Sinval, continuará subordinada à Secretaria Municipal de Governo, de Rubens Rizek Jr.

Veja a lista de secretários da segunda gestão de Bruno Covas:

- Claudia Carletto - secretária de Direitos Humanos e Cidadania (mantida);

- Ricardo Tripoli - secretário da Casa Civil (novo);

- Thiago Milhim - secretário de Esportes (novo);

- Orlando Faria - secretário de Habitação (e o atual secretário da Casa Civil);

- Eduardo de Castro - secretário do Verde e Meio Ambiente (novo);

- Marina Magro - procuradora-geral do Município (mantida);

- João Manoel Scudeler de Barros - controlador-geral do Município (mantido);

- Marcos Monteiro - secretário de Infraestrutura e Obras (novo);

- Silvia Grecco - secretária da Pessoa com Deficiência (nova);

- Alexandre Modonezi - secretário das Subprefeituras (mantido);

- Édson Aparecido - secretário da Saúde (mantido);

- Berenice Giannella - secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (mantida);

- Fernando Padula - secretário da Educação (novo);

- Levi Oliveira - secretário de Mobilidade e Transportes (é o atual presidente da SPTrans);

- Elza Paulino de Souza - secretária de Segurança Urbana (é a atual comandante-geral da GCM);

- Aline Cardoso - secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo (mantida);

- Alê Youssef - secretário de Cultura (mantido);

- Marta Suplicy - secretária de Relações Internacionais (nova);

- César Azevedo - secretário de Urbanismo e Licenciamento (mantido);

- Juan Quirós - secretário de Inovação e Tecnologia (mantido);

- Eunice Prudente - secretária de Justiça (nova);

- Rubens Rizek Jr - secretário de Governo (mantido);

- Guilherme Bueno de Camargo - secretário da Fazenda (novo).

Vereadores do PSOL em mandato e eleitos para a legislatura que começa no ano que vem entraram na Justiça contra o reajuste salarial sancionado pelo prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) que elevou em 46% os rendimentos que ele próprio receberá a partir de 2022. A lei foi assinada nesta quinta-feira (24), véspera de Natal, e aumenta de R$ 24 mil para R$ 35 mil mensais os rendimentos do alcaide.

Os salários do vice-prefeito e seus secretários também tiveram aumentos de 47% e 53%, respectivamente. A medida eleva o teto do funcionalismo público municipal, abrindo possibilidade para aumento nos rendimentos de outras categorias.

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Assinam a peça a vereadora eleita Erika Hilton e a Bancada Feminista, bloco de mandato coletivo formado por Silvia Ferraro, Paula Nunes, Carolina Iara, Dafne Sena e Natália Chaves. O vereador Toninho Vespoli e o vereador em exercício Celso Luis Giannasi também assinam a peça. O objetivo é suspender a lei que autorizou o reajuste.

"Diante da realidade de uma crise sanitária dada pela pandemia do Covid-19, que também resultou numa crise econômica, não parece razoável e moral aumentar o salário do prefeito, vice-prefeito e secretário em 46%, 47% e 53%. Mesmo que o reajuste esteja previsto para 1° de janeiro de 2022, a Câmara Municipal de São Paulo ignora o fato de estarmos na segunda onda do Covid-19, de uma incerteza após as festas de fim de ano, além das incertezas e gastos com a imunização que a cidade deveria dar prioridade, e não a esse tipo de aumento fora da realidade social e econômica e financeira da própria administração pública", afirmam.

Os vereadores também questionam a existência de conflito de interesse na elaboração da lei que prevê o reajuste pela Câmara. Isso porque o vice-prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), era vereador quando a medida passou pela Câmara, mas desfrutará dele quando assumir o posto na Prefeitura Municipal. Nunes, porém, se absteve na votação da última quarta-feira (23).

"Ora, quando se legisla em causa própria, de modo a se aumentar a própria remuneração, o que se tem é a apropriação do espaço público para a satisfação de um interesse particular mesquinho; o que se tem é um desvio de finalidade da máquina pública", apontam os vereadores do PSOL.

A lei que autoriza o aumento salarial do Executivo municipal foi aprovada pela Câmara com placar de 34 votos a favor e 17 contrários, e uma abstenção. O último reajuste ocorreu em 2012 e era entrave para a elite do funcionalismo público receber aumento, pois o salário do prefeito é o teto dos servidores municipais. Aos vereadores, Covas apresentou estudo afirmando que esse efeito cascata trará, em 2022, um impacto de R$ 78 milhões ao orçamento da cidade.

O cálculo considera que a cidade teria apenas 42 pessoas que recebem R$ 24,1 mil e passariam para R$ 35,4 mil. Um estudo paralelo, elaborado pelo gabinete do vereador José Police Neto (PSD), estimou que seriam 1.873 os servidores ativos e inativos que recebem R$ 24,1 mil. Contando com os servidores também da Câmara e do Tribunal de Contas do Município (TCM), o valor seria de quase R$ 500 milhões.

Ação popular

Além do processo movido pelos vereadores eleitos do PSOL, o advogado Carlos Alexandre Klomfahs também apresentou ação popular contra o reajuste autorizado por Covas. Para ele, a medida cria um efeito cascata "extremamente relevante às contas públicas" e fere os princípios da moralidade, justiça, razoabilidade e proporcionalidade.

"Em tempo de contribuição e sacrifício social, econômico e financeiro da própria sociedade, com os custos elevados do Poder Público, aliado com a baixa produtividade e prejuízos ao setor de serviços, o que já diminui a receita municipal, acende o alerta também quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal", frisou.

Durante anúncio dos secretários da gestão, o prefeito Bruno Covas confirmou a volta de Alê Youssef à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Em março deste ano, Youssef tinha deixado a pasta ao recebeu convite do partido Cidadania, em possível candidatura de vice na chapa do prefeito, o que não aconteceu. Na época, ele substitui André Sturm, nomeado ainda na prefeitura do atual governador João Doria.

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Na ocasião, Youssef foi substituído pelo ator e diretor Hugo Possolo. O fundador do grupo Parlapatões comentou sua saída da secretaria. "Agradeço imensamente ao prefeito @brunocovas a honra de estar como Secretário Municipal de Cultura. Duas palavras para definem o momento: gratidão e aprendizado. Gratidão pela confiança que me sempre ofereceu autonomia e apoio", escreveu Possolo.

Sobre o retorno à secretaria, Youssef confirmou a indicação. "Muito obrigado prefeito, pela oportunidade de novamente trabalhar pela cultura da nossa cidade. A responsabilidade é enorme, e o meu comprometimento será integral. Vamos juntos!"

Em publicação no Diário Oficial do Município de São Paulo nesta quinta-feira (24), o prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), sancionou o projeto de lei 173/18, que estabelece aumento de 46% do próprio salário, de R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil. A sanção do projeto também garante aumento de salário para o vice-prefeito, de R$ 21,7 mil para R$ 31,9 mil, e os secretários municipais, de R$ 19,3 mil e R$ 30,1 mil.

A lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2022, após vencer, em 31 de dezembro de 2021, a trava a reajustes de servidores imposta pelo plano de socorro aos Estados e municípios em meio à pandemia de Covid-19. Segundo a lei, as despesas serão pagas com dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

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Como é o teto do funcionalismo, o salário novo do prefeito pode gerar um efeito cascata nas contas do município, uma vez que agora a remuneração de outros servidores poderá ser reajustada até R$ 35,4 mil.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em votação final, por 34 votos a favor, 17 contrários e 1 abstenção, o projeto de lei que dá um aumento salarial de 46% para o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), além de aumentos para o vice-prefeito e os secretários municipais. O projeto agora segue para a sanção do próprio Covas. O aumento valerá apenas para janeiro de 2022.

O projeto de lei que prevê o aumento havia sido aprovado em primeiro turno na segunda-feira, 21, em uma votação marcada por uma manobra conhecida como "cavalo" (quando um projeto de lei é usado para a aprovação de outro).

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O salário de Covas passará de R$ 24.175,55 para R$ 35.462,00. O do vice, Ricardo Nunes (MDB), passará de R$ 21.700,00 para R$ 31.915,80 e o dos secretários muda de R$ 19.340,40 para R$ 30.142,70, uma variação de 55%.

O salário do prefeito é o teto do funcionalismo municipal. Por isso, há expectativa de que os servidores que já ganham o teto possam ter também o salário elevado pelo aumento do limite de pagamentos, em um efeito cascata.

A Prefeitura enviou à Câmara um estudo afirmando que esse efeito cascata trará, em 2022, um impacto de R$ 78 milhões ao orçamento da cidade. O cálculo considera que a cidade teria apenas 42 pessoas que recebem R$ 24,1 mil e passariam para R$ 35,4 mil. Um estudo paralelo, elaborado pelo gabinete do vereador José Police Neto (PSD), estimou que seriam 1,873 os servidores ativos e inativos que recebem R$ 24,1 mil. Contando com os servidores também da Câmara e do Tribunal de Contas do Município (TCM), o valor seria de quase R$ 500 milhões.

A votação se deu em meio a discursos contrários da oposição, em especial de parlamentares do PSOL. "O que não pode ter aqui é justificativas para o aumento do prefeito e dos secretários (em referência à inflação acumulada desde o último aumento), mas que, quando a gente vai apresentar essas mesmas considerações para reajustar salários de funcionários, essas não são válidas", disse o vereador Toninho Vespoli, no plenário.

Em defesa da medida, a vereadora Soninha Francine (Cidadania) ponderou que a defasagem salarial, especialmente no caso dos secretários, afastava pessoal com capacidade técnica para os cargos, de ocupá-los.

O Estadão questionou a gestão Covas se o projeto será sancionado, além de um comentário sobre a diferença entre os cálculos do governo do gabinete de Police Neto sobre os impactos financeiros decorrentes da aprovação, mas não teve resposta.

Orçamento aprovado

Na sessão em que aprovaram o reajuste, os vereadores também votaram o Orçamento da cidade para 2021, de R$ 67,9 bilhões, que foi aprovado por 37 votos a favor e 12 contrários. O texto prevê que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do ano que vem não terá correção monetária e que cada um dos 55 vereadores que assumem o mandato na próxima gestão terá direito a R$ 4 milhões em emendas parlamentares.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta terça-feira, 22, a indicação da ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy, ex-MDB e ex-PT, para a composição de seu secretariado. Marta será a secretária municipal de Relações Internacionais do tucano, para quem fez campanha na eleição deste ano.

Auxiliares de Covas e a ex-prefeita vinham em tratativas desde o fim de semana, mas faltava um diálogo direto entre os dois. A Secretaria de Relações Internacionais é responsável por articular o diálogo institucional da capital com governos estrangeiros. Além de prefeita e senadora, Marta foi ministra do Turismo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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Com a confirmação, o governo terá, pela primeira vez, dois sobrenomes da antiga e longeva polarização política que se alternou no poder na cidade, PT e PSDB. Suplicy, que Marta herdou do ex-marido, vereador Eduardo Suplicy (ainda no partido e parlamentar mais votado do País neste ano), e Covas, que o prefeito herdou do avô, ex-governador Mário Covas, um dos mais venerados tucanos da história da legenda.

Marta, que ainda é lembrada na periferia por sua passagem na Prefeitura, percorreu bairros da cidade ao lado de Covas durante a campanha e ajudou o prefeito eleito a buscar votos entre a população de baixa renda. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, o tucano acompanhou a ex-prefeita no dia da votação, gesto que repetiu também com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o governador João Doria.

O prefeito anunciou ainda mais dois nomes, que são de atuais secretários que permanecerão em seus postos. César Azevedo, secretário municipal de Licenciamentos, é advogado e já havia sido chefe de gabinete do prefeito. Já Juan Quirós, secretário de Inovação e Tecnologia, foi presidente das agências estadual e municipal de fomento ao empreendedorismo (InvesteSP e SPNegócios, respectivamente).

Com essas indicações, são seis os secretários já confirmados no próximo governo. Os postos-chave, Saúde, Educação e Transportes, ainda seguem em negociações.

Nesta terça, na Câmara Municipal, os vereadores da base governista aprovaram um projeto de lei que, entre outros temas, tratou de criar uma autorização para que o prefeito da cidade tenha autonomia para criar ou extinguir secretarias municipais sem a necessidade de aprovação do Poder Legislativo, desde que a ação não resulte na criação de novos cargos. Assim, Covas poderá alterar por iniciativa própria a composição da estrutura administrativa da cidade, contanto que a cada cargo criado, outro equivalente seja extinto.

A iniciativa tenta garantir que o prefeito, que negocia a composição de sua equipe com os dez partidos que se coligaram para elegê-lo, possa criar novas secretarias sem correr o risco de que seus atos sejam questionados. Na passagem de João Doria (PSDB) pela Prefeitura, em 2017, ele promoveu por decreto a criação e extinção de uma série de secretarias municipais, mas teve de reverter as medidas após questionamentos judiciais e enviar à Câmara um projeto de lei consolidando as alterações que propôs.

Veja a lista de confirmados no governo de Bruno Covas:

Eunice Prudente - secretária de Justiça

Rubens Rizek Jr - secretário de Governo

Guilherme Bueno de Camargo - secretário da Fazenda

Marta Suplicy - secretária de Relações Internacionais

César Azevedo - secretário de Urbanismo e Licenciamento.

Juan Quirós - secretário de Inovação e Tecnologia

O prefeito Bruno Covas (PSDB) termina o primeiro mandato com o índice oficial de 68% de cumprimento de seu Plano de Metas. De acordo com balanço da gestão, 48 dos 71 compromissos assumidos pelo tucano em janeiro de 2019 - oito meses após tornar-se prefeito - foram realizados. Mas essa taxa positiva, maior do que a de governos anteriores, só foi alcançada mediante dados inflados em diversas áreas, além de resultados subjetivos, de difícil checagem. Desde fevereiro, a Prefeitura tirou do ar o site Planeja Sampa, que possibilitava o acompanhamento público das metas.

Levantamento feito pelo Estadão mostra, por exemplo, que a meta de entregar 9,4 km de novos corredores de ônibus na cidade foi considerada atingida após a Prefeitura somar quilômetros de corredores e de faixas exclusivas, sempre à direita e sem necessidade de obras. O próprio relatório final do governo diz que foram implantados 4,78 km de corredores. A justificativa é que "ambas as medidas beneficiam a população".

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Outras duas somas consideradas inadequadas por especialistas ouvidos pelo Estadão foram feitas pela Secretaria de Habitação. A pasta considera cumprida, por exemplo, a meta de entregar 21 mil moradias, apesar de admitir ter finalizado 10.718 unidades.

A gestão chega ao índice porque inclui na conta unidades classificadas como "mercado popular" - destinadas pelas construtoras também à classe média. O relatório não especifica onde as obras foram feitas nem as famílias atendidas.

"Antigamente, a Prefeitura tinha uma ferramenta chamada HabitaSampa, onde era possível checar esses dados de forma online. Mas tiraram o site do ar e nos deixaram no escuro. É preciso mais transparência", disse a arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora executiva do Movimento Defenda São Paulo.

Do mesmo modo, a secretaria diz ter beneficiado quase 300 mil famílias com ações de regularização fundiária. Neste caso, a conta inclui licenciamento automático de cômodos, por exemplo, e não a entrega de títulos de propriedade, medida que caracteriza esse tipo de política.

Em nota, a gestão diz que soma moradias feitas pela Prefeitura e pela iniciativa privada porque são "formas distintas de prover habitação para a população, mas que atingem o mesmo fim" e que "a regularização das edificações é uma das etapas da regularização fundiária".

Já no caso da meta 32.1, que prevê a implantação de dez projetos de desestatização, a gestão Covas desmembrou dois projetos ofertados ao mercado como únicos. Foi o caso da concessão do Parque do Ibirapuera, que incluiu outros cinco parques em um mesmo edital, mas que entrou no balanço como seis projetos diferentes.

O relatório da Prefeitura ainda afirma que cinco áreas foram "liberadas" do comércio irregular, como o Brás, na região central. As ruas específicas não são informadas, assim como o critério para atestar que a meta de reduzir em 80% o número de usuários de drogas em logradouros públicos, incluindo a Cracolândia, no centro, foi alcançada.

O governo afirma que neste mês registraram-se 309 usuários em média na Cracolândia e que em agosto de 2018 (primeiro mês da série histórica), foram 1.853. A comparação, diz a Prefeitura, é feita por meio de fotos tiradas diariamente. Não se sabe, no entanto, se as pessoas abrigadas em barracas são levadas em conta. E por que o "sucesso da meta" é atribuído só à Cracolândia, já que a proposta incluía toda a cidade.

Para a Rede Nossa São Paulo, entidade responsável pela criação da lei que instituiu a obrigatoriedade de prefeitos da capital apresentarem um Plano de Metas, houve uma flexibilidade questionável para que o resultado fosse positivo.

"Não é disso que se trata o plano. Ele nasceu de um conceito que visa a melhora da qualidade de vida das pessoas e um controle maior da sociedade sobre as ações desenvolvidas ao longo do mandato", disse Carolina Guimarães, coordenadora da entidade, que considera 40 metas, e não 48, concluídas. "Não adianta ampliar critérios para dizer que cumpriu a meta se os números não mostram isso." Questionada se considerava os dados inflados, a gestão Covas não respondeu.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou no começo da noite desta segunda-feira (21) os primeiros nomes de seu novo secretariado. Entre os indicados, está a primeira mulher negra de seu governo. Na campanha à reeleição, o tucano prometeu aumentar a representatividade no primeiro escalão do governo.

Eunice Prudente, doutora em Direito e professora da Universidade de São Paulo (USP), assumirá a pasta da Justiça. Ela já ocupou o cargo de secretária estadual da Justiça durante o primeiro governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006. Eunice se notabilizou por ser a única mulher e negra entre os professores da Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

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O secretário de Governo, Rubens Rizek, foi reconduzido ao cargo. Ele havia sido também secretário da Justiça quando Covas assumiu a Prefeitura, após a renúncia de João Doria (PSDB) para disputar o governo. O terceiro nome, para a Fazenda, é do administrador Guilherme Bueno de Camargo, que foi ex-secretário estadual adjunto da Segurança e da Educação. Camargo também foi procurador-geral do município.

No fim de semana, aliados do prefeito chegaram a articular a indicação também de Marta Suplicy (MDB) para a pasta de Relações Internacionais. Covas e Marta, entretanto, não conversaram sobre o tema. A ex-prefeita teve presença atuante durante a campanha de reeleição do prefeito, e aliados têm como certo que ela será convidada para o governo.

Ainda na campanha, Covas foi cobrado tanto pelo baixo número de mulheres quanto de negros no topo da administração municipal. O prefeito admitiu o equívoco na predominância de homens brancos, e prometeu um secretariado com mais representatividade no segundo mandato.

Em uma sessão extraordinária convocada para a manhã desta segunda-feira (21), os vereadores de São Paulo aprovaram, em primeira votação, um projeto de lei que concede aumento de 46% no salário do prefeito Bruno Covas (PSDB), passando de R$ 24.175,55 para R$ 35.462. O vice-prefeito e os secretários municipais também terão reajuste. Para ter validade, é necessário que o projeto passe por uma segunda votação, que deve ocorrer nesta quarta-feira, 23.

O salário do prefeito era visto como uma trava que impedia algumas categorias do funcionalismo público de receberem salários acima dos R$ 24,1 mil. Essas categorias vinham fazendo pressão junto a vereadores para a concessão do aumento. O salário do prefeito e do secretariado não tinha reajuste desde 2012.

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A Lei Complementar 173/2020, aprovada em maio pelo Congresso, que permitiu um socorro de R$ 125 bilhões a Estados e municípios para combater a crise do coronavírus, determinou que servidores públicos desses entes federativos não poderiam conceder reajustes salariais até o fim de 2021. O projeto votado na Câmara Municipal respeita a norma federal, determinando que esse aumento só entre em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.

Manobra

A votação se deu mediante a uma manobra conhecida na Câmara como "cavalo", quando um projeto é usado para colocar outro em votação. O texto usado como "cavalo" foi um projeto que estava parado desde 2018 e permitia aumento de 2,8% nos salários de alguns servidores do Legislativo. Esse texto parado recebeu uma redação nova (um projeto substitutivo), que mudou o tema da norma, e o colocou em votação sem que o novo projeto passasse pelas comissões de Constituição e Justiça, Administração Pública e Finanças.

Dessa forma, o texto foi colocado em votação sem a apresentação pública de nenhum estudo que mensurasse o impacto financeiro da medida, especialmente o quanto a folha de pagamento dos servidores vai crescer com a medida. Os vereadores das comissões se reuniram na própria sessão de votação e votaram um parecer conjunto pela legalidade do projeto.

Líder do governo na Câmara, o vereador Fábio Riva (PSDB) citou o fato de que o último aumento havia sido dado há oito anos e afirmou que a inflação apurada por diferentes índices havia variado mais do que o porcentual de aumento dado nesta segunda. "Hoje, com essa aprovação, o que estamos fazendo aqui é uma reposição inflacionária bem inferior a qualquer desses índices que norteiam essas questões", disse. "É uma reposição inflacionária, uma vez que essa é uma questão imperiosa para o bom andamento da administração pública."

A reportagem procurou Riva para saber qual seria o impacto financeiro do reajuste, mas ele não atendeu o telefone.

O salário do vice-prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), que participou da votação, será de R$ 31.915,80 (hoje, é R$ 21,7 mil). Já o salário dos secretários municipais subirá de R$ 19.340,40 para R$ 30.142,70, um porcentual de reajuste de 55%.

A aprovação se deu por aclamação, com registro de votos contrários das bancadas do PSOL e do PT, e de alguns parlamentares de direita, como Fernando Holiday (Patriota). "Só seria razoável aprová-lo se fosse feita de uma maneira conjunta para os servidores, ou pelo menos concomitante", disse o vereador Eduardo Suplicy (PT). A segunda votação (final) do projeto deve ocorrer nesta quarta-feira, quando deve ser votado também o Orçamento da cidade para o ano que vem.

Na penúltima semana legislativa do ano, vereadores da base do prefeito Bruno Covas (PSDB) articulam acelerar a votação de projetos de lei que alteram a ocupação urbana de alguns bairros paulistanos como Mooca, na zona leste, e Água Branca, na zona oeste. A pressa tem motivo: em 2021, com a oposição fortalecida, teme-se que as propostas enfrentem maior resistência e demorem mais tempo a sair do papel. A partir de janeiro, 21 novos parlamentares assumem vaga na Casa - seis do PSOL.

Para aparar as arestas que ainda existem em relação a esses projetos, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando Chucre, deve participar de uma reunião com os líderes das bancadas da Câmara nesta sexta-feira, 11, e tirar as dúvidas que parte dos parlamentares têm em relação aos textos.

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Se a estratégia der certo, a expectativa é que as matérias possam entrar na pauta semana que vem. Mas, se não houver acordo, o risco considerado pela base é que, ano que vem, os vereadores que assumem possam, além de querer conhecer e entender os projetos, requerer que os textos passem por novas comissões na Câmara, postergando o processo de votação. As nomeações para a composição das comissões, por exemplo, só deve ocorrer em março.

O tema foi tratado na última reunião de líderes, na terça-feira (8). "A gente vai demorar um bom tempo para tratar esse assunto com os colegas novos", disse o vereador Paulo Frange. "Se não votar neste ano, só poderemos votar no final do primeiro semestre", afirmou. O parlamentar defendeu as votações apontando para o potencial de geração de empregos, na crise, do setor da construção.

Construções

Um dos projetos de lei altera a Operação Urbana Água Branca, um conjunto de regras que, há alguns anos, estimula a construção de prédios na região da Barra Funda, na zona oeste. Esse estímulo se dá por meio da venda de títulos imobiliários, chamados Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), que permitem a quem os compra construir acima do limite permitido da região. O projeto reduz o valor desse título, uma demanda do setor imobiliário que é criticada pela oposição.

"Vamos orientar para votar contra, mas os projetos serão votados", disse o vereador Alfredinho, líder da bancada do PT.

Outro texto da lista institui o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Vila Leopoldina, na zona oeste, que também autoriza construções acima dos limites básicos por meio do leilão de licenças. O projeto tem patrocínio do grupo Votorantim, interessado em desenvolver uma área próxima à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), e conta com o apoio de associações comunitárias da região, pois prevê a urbanização de duas favelas. "É um projeto muito completo", disse a vereadora Soninha (Cidadania).

Este projeto é mais polêmico e ainda está na primeira votação. A proposta sofre resistência de associações de moradores da Lapa, bairro vizinho. A crítica diz respeito à área escolhida para receber os moradores de uma das favelas da região. O local previsto funcionava como uma garagem da antiga Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), extinta no governo Luiza Erundina (1989-1992), e está contaminado. O grupo defende que, no terreno, seja feito um parque com biblioteca.

Por fim, com menos chances de ainda ser votado neste ano, há um projeto que cria uma operação urbana no eixo do Rio Tamanduateí, da Mooca e Cambuci até a divisa da capital com São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Neste caso, a pressa está relacionada a um Estudo de Impacto Ambiental contido no projeto, referente às obras propostas pela Prefeitura. Esse estudo tem validade até o próximo dia 31 e, caso o texto não seja aprovado, será preciso refazê-lo.

Essas votações devem ocorrer em meio à votação mais importante do ano, que estabelece o orçamento da cidade para o ano seguinte e que vem tomando a maior parte do tempo de discussão entre os vereadores. Líder do governo e articulador da reunião entre os vereadores e a secretaria de Desenvolvimento Urbano, o vereador Fabio Riva (PSDB) foi procurado, mas não retornou aos telefonemas da reportagem para comentar a articulação.

Depois de fazer críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro no seu discurso da vitória, o prefeito reeleito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) telefonou para o chefe do Executivo federal na segunda-feira. Na véspera, Covas disse que "restam poucos dias para o negacionismo", ao comentar sobre pessoas que minimizam o efeito da pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista ao Estadão ontem, Covas disse que, ao citar o negacionismo em seu discurso, não se referia "só ao presidente Bolsonaro, que entende que isso é uma gripezinha", mas a uma parte da população que pensa assim.

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A conversa entre Covas e Bolsonaro foi revelada pela GloboNews ontem e confirmada pelo Estadão. Eles devem marcar um encontro em São Paulo ou Brasília. A expectativa é que o prefeito reeleito tente manter uma relação institucional com o presidente da República.

Durante a campanha, o tucano disse que Bolsonaro "virou as costas à cidade", por diminuir a transferência de recursos para a cidade e sempre deixou claro que anulou o voto no segundo turno de 2018. Bolsonaro apoiou Celso Russomanno (Republicanos), que terminou em quarto na disputa da capital. No Planalto, havia a preocupação que a vitória de Covas poderia fortalecer o projeto presidencial do governador João Doria (PSDB), desafeto do presidente.

Reeleito anteontem com uma coligação de 11 partidos, o prefeito Bruno Covas (PSDB) ainda deve começar a discutir a divisão do secretariado para acomodar todos os aliados. Segundo interlocutores, a ideia é que mesmo auxiliares que mantiverem os cargos atuais participem uma espécie de transição. Para isso, terão que apresentar um inventário de suas pastas e um levantamento de informações.

O tucano planeja seguir os protocolos de uma lei municipal apresentada pelo vereador Sebastião Faria (PSDB) e aprovada na gestão de José Serra (PSDB) na Prefeitura e que trata da "transição democrática de governo". O entorno do prefeito afirma que o grupo que o apoio na eleição é praticamente o mesmo que já compunha a base a base do governo. É esperada uma mudança, no entanto, no peso que cada partido deve ter na formação do secretariado a partir de 1º de janeiro.

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O Movimento Covas Prefeito, que foi liderado pela ex-prefeita Marta Suplicy (que deixou o Solidariedade antes do início da campanha), deve ocupar algum espaço, embora ainda não se fale em nomes. Já o Republicanos, que comandava a secretaria de Habitação até lançar Celso Russomanno como candidato, vai voltar para a administração, mas deve perder relevância. A sigla apoiou Covas no 2° turno.

Nas primeiras conversas com sua equipe depois da votação, Covas ainda não falou sobre as eventuais mudanças, mas a expectativa é que ele comece nos próximos dias as primeiras conversas sobre uma reforma do secretariado e mudanças nas 32 subprefeituras.

Câmara

A participação de siglas da base na Câmara Municipal mudou nesta eleição. O MDB do vice, Ricardo Nunes, cresceu de 2 para 3 vereadores, o DEM manteve 6 vereadores, o Progressistas não tinha nenhuma vaga na Câmara e agora elegeu um vereador. O Cidadania perdeu as duas cadeiras que tinha. O PSD, que lançou Andrea Matarazzo, mas apoiou Covas no 2° turno, tinha 4 vereadores e ficou com 3. O PSDB tinha 12 e agora fez 8.

A coligação Todos por São Paulo, de Covas, foi formada por PP, MDB, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV, PSDB, PROS. No 2° turno o arco de apoio aumentou: Republicanos, PTB, PSL, Solidariedade e Novo declararam apoio ao tucano contra Guilherme Boulos (PSOL). Durante as articulações da aliança. Covas não se comprometeu com a entrega cargos específicos aos aliados, segundo interlocutores.

Em conversas com auxiliares no ano passado, Covas chegou a revelar o desejo de promover mudanças estruturais no secretariado, como fusão ou até corte de pastas. Mas o tema não foi tratado na campanha. No seu discurso da vitória, Covas fez questão de fazer uma homenagem a Nunes, embora não tenha dado pistas de qual será o papel do vice. Quando questionado sobre o assunto, respondeu apenas que o vice vai fazer "clínica geral e cuidar de tudo um pouco".

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), reeleito nesse domingo (29), deu um tom nacional ao seu primeiro discurso após o anúncio do resultado oficial. Ao lado do governador João Doria (PSDB) e lideranças do seu partido, fez críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro, disse que as urnas derrotaram o "obscurantismo e o negacionismo" e que São Paulo um voto "a favor da ciência".

"As urnas falaram e a democracia está viva. São Paulo mostra que faltam poucos dias para o obscurantismo e negacionismo. São Paulo disse sim à ciência e à moderação", disse Covas, que se declarou um "filho da democracia". "É possível fazer política sem ódio, falando a verdade".

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O tucano evitou dizer, de forma clara, que fará oposição a Bolsonaro e também não defendeu abertamente a criação de uma frente de partidos contra o governo federal para as eleições de 2022, como pregam aliados, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a ex-prefeita Marta Suplicy.

Quando questionado sobre sua posição em relação ao presidente, Covas desconversou. "Nunca construí nada contra ninguém. Sou á favor do Brasil". Durante seu discurso, o prefeito disse que, em 2018, alguns analista previam o "fim do PSDB". Há dois anos, o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, teve cinco milhões de votos e ficou em quarto lugar na disputa vencida por Bolsonaro. "É muito cedo para prever 2022, mas se o grande derrotado de 2018 foi o centro, o grande derrotado de 2020 foi o radicalismo."

O tucano fez, ainda, uma homenagem ao vice eleito, Ricardo Nunes (MDB). "Quero fazer um agradecimento especial ao meu vice Ricardo Nunes. Que sofreu muito nessa campanha. A partir de 1.° de janeiro vamos mostrar qual a nossa visão de mundo". Durante toda a campanha, adversários tentaram atingir Covas por meio do seu vice, citado em uma investigação de irregularidades no aluguel de creches, que ele nega, e por causa de um boletim de ocorrência por violência doméstica registrado pela mulher dele em 2011. Segundo Covas, seu vice vai fazer "clínica geral e cuidar de tudo um pouco".

Com a fala pausada que virou sua marca, Covas pregou união. "São Paulo não quer divisões, não quer o confronto. É possível fazer política sem ódio. Vamos governar para todos. A partir de amanhã não existe mais distrito azul e vermelho, existe a cidade de São Paulo."

Diretório

A chegada de Covas ao diretório estadual do PSDB, no Jardins, foi marcada pela aglomeração de correligionários e lideranças do PSDB. Além de Doria, faziam parte do séquito o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, o presidente estadual, Marco Vinholi, o presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), e até a deputada Joice Hasselmann, que disputou a prefeitura pelo PSL.

"Bruno venceu a discriminação de uma doença e soube conduzir sua campanha sem fazer uso de fake news", disse Doria. "Essa foi a vitória do bom senso e da capacidade de gestão. Essa é a terceira eleição majoritária que conquistamos em 4 anos. O nosso compromisso é a prioridade para a saúde. O foco é a vacinação, a saúde e a ciência. Não fomos negacionistas", disse o governador Doria.

Pela manhã, Covas acompanhou aliados na votação: Marta Suplicy, Fernando Henrique e Doria. Em outro ataque indireto a Bolsonaro, o prefeito questionou falas do presidente contra a urna eletrônica. "O voto eletrônico elegeu FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro. Não dá para colocar em dúvida um sistema que elegeu pessoas e partidos tão diferentes. Confio na Justiça Eleitoral", disse. Quando questionado questionado sobre seu futuro político, o tucano afirmou, mais uma vez, que ficará até o fim do mandato. "Quero ser eleito para entregar o cargo em 1° de janeiro de 2025."

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