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O sistema Covax, que fornece vacinas contra a covid-19 a países pobres, pretende acabar com a pandemia este ano garantindo não só as doses mas também sua distribuição e injeção.

O Covax é um mecanismo criado, antes que as vacinas estivessem disponíveis, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Gavi Alliance, a Unicef e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI). Seu objetivo é garantir a distribuição equitativa de vacinas.

Em meados de janeiro, o mecanismo entregou sua bilionésima dose, uma conquista e uma decepção, pois o número é muito menor do que o inicialmente esperado.

“Em 2022, podemos ajudar a deter a covid adaptando a maneira como trabalhamos, garantindo que as doses sejam usadas rapidamente, injetadas com segurança e respondam às preferências e metas de cobertura do país”, disse Seth Berkley, diretor da Gavi Alliance, em um pedido de doações em 19 de janeiro.

- Nova estratégia -

O Covax enfrentou obstáculos, como a estratégia dos países ricos de acumular todas as doses possíveis, além da longa proibição de exportação da Índia, onde se localizava sua principal fonte de fornecimento de vacinas.

Por isso, teve que depender de doações de países ricos. Mas isso também trouxe problemas, porque as doses estavam muito próximas da data de validade e as entregas eram muito pequenas ou muito irregulares para que as campanhas fossem eficazes.

Para este ano, o Covax precisa de US$ 5,2 bilhões nos próximos três meses para financiar as doses de 2022. São necessários US $ 3,7 bilhões para financiar um estoque de 600 milhões de doses para garantir o fornecimento.

Outros bilhões de dólares serão destinados a ajudar os países pobres a preparar e distribuir vacinas para evitar o desperdício. E outros 545 milhões de dólares para cobrir despesas como transporte, seringas e seguro.

“O que não temos hoje são os recursos para ajudar os países a se adaptarem aos novos níveis de desafio que a covid-19 criará em 2022”, disse Berkley, referindo-se à chegada de novas vacinas adaptadas às variantes à medida que surgem.

- Objetivo ambicioso -

O Covax, que estima que pode salvar um milhão de vidas este ano e reduzir pela metade o custo econômico da pandemia em alguns países, afirma que tem acesso a doses suficientes para vacinar cerca de 45% da população nos 91 países que se beneficiam de doações.

Mas a meta da OMS é que 70% da população de cada país esteja vacinada até julho de 2022.

Um horizonte ambicioso, considerando que 85% da população da África ainda não recebeu uma dose do soro antiviral. No ritmo atual, 109 países não atingirão a meta, segundo a OMS.

Seth Berkley espera que o próximo bilhão de doses seja entregue em quatro a cinco meses e não em um ano, como foram as primeiras.

Richard Hatchett, diretor do CEPI, ressalta que o objetivo também é ajudar os países carentes a organizar campanhas de vacinação em massa.

"A última etapa [entre a entrega e a injeção] será o principal desafio para 2022", disse ele em um colóquio do Fórum Econômico Mundial (WEF). Espera-se que até 25 países precisem de ajuda nesta área.

Em pouco mais de um ano, um total de 9,8 bilhões de doses foram injetadas. Nos países pobres, 82% deles foram administrados graças ao sistema Covax.

O magnata da tecnologia, Bill Gates, emitiu um alerta de que pandemias muito piores do que a da Covid-19 poderão surgir, ao pedir aos governos que contribuam com bilhões de dólares para se prepararem para o próximo surto global. O fundador da Microsoft é a favor de um fundo internacional, por acreditar que é uma boa “apólice”, já que preveniria grandes e pequenas nações de um colapso sanitário. 

O filantropo disse que, embora as variantes Ômicron e Delta do coronavírus sejam alguns dos vírus mais transmissivos já vistos, o mundo poderia ter que enfrentar um patógeno que causa uma taxa muito maior de fatalidades ou doenças graves. As declarações foram feitas ao jornal Financial Times, no último dia 18. 

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A Fundação Bill & Melinda Gates e o Wellcome Trust do Reino Unido estão doando US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão, na cotação atual) para a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, que ajudou a formar o programa Covax para fornecer vacinas a países de baixa e média renda. O CEPI está tentando arrecadar US$ 3,5 bilhões, pois visa reduzir o tempo necessário para desenvolver uma nova vacina para apenas 100 dias. 

Gates disse que as prioridades do mundo são “estranhas” e que coube a filantropos e governos ricos lidar com a desigualdade nas vacinas. “Quando falamos em gastar bilhões para economizar... trilhões de danos econômicos e dezenas de bilhões de vidas, é uma boa apólice de seguro”, disse Gates. 

Ele acrescentou que grande parte da inovação para se preparar para uma futura pandemia também pode ser útil para enfrentar os problemas de saúde globais existentes, como criar uma vacina para o HIV e melhores vacinas para tuberculose e malária. 

Gates disse que os dois grandes financiadores do desenvolvimento de vacinas durante a pandemia de Covid-19, a CEPI e o governo dos EUA, foram “corajosos” para colocar dinheiro em risco para criar amplos portfólios de vacinas em potencial. Porém, admitiu que é preciso fazer mais para aumentar os suprimentos para vacinar o mundo. 

“Foi o dinheiro em risco que fez com que os testes ocorressem. Portanto, houve um enorme benefício global. Estamos todos muito mais inteligentes agora. E precisamos de mais capacidade para a próxima vez”, disse ele. 

A professora Cherry Gagandeep Kang, membro do conselho do CEPI e virologista do Christian Medical College em Vellore, na Índia, disse que devemos esperar que os países coloquem seus interesses nacionais “na frente e no centro”. 

“O resto do mundo que não pode se dar ao luxo de assumir esses compromissos antecipadamente precisa de alguém do nosso lado. E o CEPI é essa organização”, disse ela. 

 

O Iraque anunciou neste sábado (20) que recebeu 1,2 milhão de doses da vacina anticovid-19 da Pfizer/BioNTech, no âmbito do programa de ajuda internacional Covax, no momento em que o país teme sofrer uma quarta onda da pandemia.

No Iraque, grande parte da população continua cética em relação às vacinas. De uma população total de 40 milhões de pessoas, apenas 7 milhões receberam pelo menos uma dose de algum imunizante.

Corroído pela corrupção endêmica, pela guerra e pela negligência, o sistema de saúde não consegue lidar com o avanço da pandemia.

Em um comunicado divulgado neste sábado, o Ministério da Saúde anunciou a "chegada de uma nova remessa de vacinas anticovid da Pfizer, graças ao programa Covax e ao Unicef", o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Mais de 1,2 milhão de vacinas foram recebidas.

A iniciativa Covax é uma parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Aliança Global para Vacinação e Imunização (GAVI) e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), cujo objetivo é agilizar a obtenção de vacinas por parte de países com menos recursos.

"O Iraque continua sofrendo os perigos da pandemia do coronavírus", disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Saif al-Badr, à televisão pública na quinta-feira.

"Esperamos uma quarta onda. Pode ser uma nova variante", completou.

O Iraque acumula mais de dois milhões de casos e mais de 23.000 mortes pelo coronavírus, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou pedir de volta o investimento de US$ 120 milhões feito no mecanismo Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS), caso a entidade não entregue vacinas ao país.

Em virtude da desatualização dos dados macroeconômicos do país em organismos internacionais, hoje, a Venezuela não teria direito às cotas. O país tem tido dificuldades para encontrar imunizantes em virtude das sanções impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Governo Federal recusou a compra de R$ 43 milhões de doses de vacinas da Covax Facility, aliança internacional da OMS para acelerar o desenvolvimento e fabricação de vacinas. As informações são da coluna de Jamil Chade, no Uol.

O Brasil recebeu uma proposta de 86 milhões de doses por parte da aliança mundial de vacinas, a Gavi, que administra a Covax Facility. A oferta para o país aderir ao plano de imunização global foi feita no primeiro semestre de 2020.

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Após negociações, o Brasil decidiu não aderir à proposta e comprou apenas 43 milhões. Pelas regras da Covax, esse era o volume mínimo que o Brasil poderia estabelecer na parceria com a aliança.

Telegramas sigilosos obtidos pelo colunista revelam que o Brasil reconhecia que o mecanismo beneficiaria o país. Porém, o governo decidiu arrastar o processo. As mensagens foram trocadas entre o Itamaraty, em Brasília, e a missão do Brasil em Genebra, que era liderada pela embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo.

Os documentos fazem parte dos materiais recebidos pela CPI da pandemia, que havia solicitado dados e troca de mensagens do Ministério das Relações Exteriores com suas embaixadas. Nem o Itamaraty e nem o Ministério da Saúde informaram por que recusaram a proposta.

Segundo os telegramas, o Itamaraty, em 2 de julho de 2020, informa ao posto diplomático na Suíça sobre a decisão tomada pelo governo de enviar uma carta à Gavi e formalizar interesse em debater a adesão à Covax. A primeira reunião da entidade ocorreu em abril de 2020 e o Brasil não participou, alegando que tinha outras parcerias em vista. 

No telegrama, o Itamaraty diz que o mecanismo daria "acesso a futuras vacinas contra a Covid-19 a preços inferiores aos de mercado". Mas a pasta destaca também que o Ministério da Saúde "indicou que as vacinas contempladas encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento, razão pela qual haveria ainda bastante incerteza quanto a seus resultados finais."

O Itamaraty lista as vantagens caso o Brasil decidisse fazer parte do projeto. São elas: mitigação de riscos, em cenário de alta incerteza sobre vacinas contra a Covid-19; potencial para negociar melhores termos com múltiplas empresas; melhorar condições para garantir determinado nível de acesso a vacinas, em cenário de intensa competição, que tende a favorecer países com maiores recursos financeiros; promoção de cenário mais colaborativo para desenvolvimento e distribuição de vacinas; inclusão do país no único mecanismo coletivo; e dividendos para imagem do Brasil no cenário exterior.

Segundo o documento, a Gavi havia dado um prazo até 30 de junho para o envio de carta com manifestação de interesse pelos países. A diplomacia apontava que a manifestação "não é vinculante e, portanto, não implica compromisso político ou financeiro". Pelas regras, o país precisaria confirmar a participação e fazer parte do pagamento em agosto de 2020.

A mensagem diz que a Gavi fez uma sugestão ao governo brasileiro. "A parcela sugerida pela Gavi ao Brasil foi de US$ 195 milhões, ou cerca de 10% de total estimado em US$ 2 bilhões, para futura aquisição de 86 milhões de doses (para 43 milhões de pessoas)". A Gavi, consta no documento, trabalhava com um cenário de imunização de 20% da população dos países.

O telegrama para o posto em Genebra diz que, como o interesse não implicaria compromisso político ou financeiro, seria vantajoso o envio de carta à Gavi. "Na missiva, poderiam ser solicitados maiores esclarecimentos a respeito da governança do mecanismo, da possibilidade de transferência de tecnologia, dos valores esperados e do calendário de desembolsos, da garantia dos recursos empregados pelo Brasil, entre outros aspectos".

O texto continua: "Com isso, ganhar-se-ia tempo, até o fim de agosto, para tomar decisão mais informada a respeito da conveniência, para o Brasil, de empregar recursos no COVAX Facility."

A carta endereçada ao CEO da Gavi, Seth Berkley, deveria apresentar uma série de perguntas, com o objetivo de ganhar tempo. "Para evitar dúvidas, nossa expressão de interesse é não-vinculante", diz a comunicação, apontando que o Brasil não iria firmar qualquer compromisso naquele momento.

A adesão oficial do país ao Covax Facility ocorreu apenas em 2 de março de 2021, quando a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi publicada no Diário Oficial. Em setembro, o presidente havia assinado duas medidas provisórias tratando da liberação de R$ 2,5 bilhões para o Brasil participar da iniciativa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira (7), aos fabricantes de vacinas contra a covid-19 que disponibilizem metade de sua produção de doses este ano para o dispositivo internacional Covax.

Enquanto os países mais ricos acumulam vacinas rapidamente, o Covax, que fornece doses aos países pobres, quer garantir uma distribuição justa entre aqueles que podem pagar e aqueles que não podem, mas ainda não funciona a todo vapor.

E isso quando a Índia, de onde o Covax recebe doses, bloqueou as exportações da vacina fabricada pelo Instituto Serum para combater a epidemia em seu território.

Até 4 de junho, o Covax havia fornecido mais de 80 milhões de doses para 129 países e territórios. Menos do que o esperado.

Diante dessa situação, a OMS pediu mais uma vez aos países ricos, que já vacinaram parte de sua população, que compartilhem as vacinas. Mas a organização também pediu às empresas farmacêuticas que mostrassem solidariedade.

“Peço a todos os fabricantes que deem ao Covax o direito à primeira rejeição (ou seja, propor as doses como prioridade) sobre novos volumes de vacinas ou se comprometer a disponibilizar 50% de seus volumes para o Covax este ano, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

"A vacinação desigual é uma ameaça para todas as nações, não apenas para aquelas com menos vacinas", afirmou.

O Covax foi criado pela Vaccine Alliance (Gavi), a OMS e a Coalizão para inovações de preparação para epidemias (Cepi).

A companhia norte-americana Novavax anunciou nesta quinta-feira, 6, a assinatura de um acordo para fornecer 350 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19, a partir do terceiro trimestre de 2021. A empresa ainda informou sobre outra venda, para o Instituto Serum, da Índia.

A iniciativa Covax, que tem entre seus líderes a Organização Mundial de Saúde (OMS), foi estabelecida para garantir uma distribuição mais igualitária dos imunizantes pelo mundo.

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A Novavax informa em sua nota que o acordo foi assinado com a Gavi Alliance, também integrante da Iniciativa Covax. A Gavi é um braço da Fundação Bill e Melinda Gates.

A Novavax diz que o acordo com o Instituto Serum deve garantir a entrega de 1,1 bilhão de doses da vacina à entidade da Índia.

O país enfrenta quadro grave na pandemia, com recordes recentes de casos e mortes pelo vírus. Essas entregas também devem começar no terceiro trimestre, diz a nota.

As doses da vacina AstraZeneca que chegaram neste fim de semana ao Brasil serão distribuídas em até 48 horas. A afirmação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à TV Brasil.

Queiroga acompanhou na tarde de hoje a chegada de mais 2 milhões de doses da vacina, no aeroporto de Guarulhos, São Paulo. Na madrugada de hoje, há haviam chegado 1,7 milhão de doses. Somente neste domingo, foram cerca de 3,8 milhões de doses. Ontem (1º), chegaram mais de 200 mil doses. O total deste final de semana ficou em cerca de 4 milhões de doses.

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“No máximo, em 48 horas, elas serão distribuídas para todos os estados do Brasil”, disse o ministro, em Guarulhos.

Segundo Queiroga, essas doses são relevantes para o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Vamos trabalhar muito fortemente para imunizar a população brasileira toda até o final de 2021 e assim voltarmos a nossa vida normal”, disse ele.

Minutos depois, em pronunciamento à imprensa, Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, que também acompanhou a chegada das doses em Guarulhos, disse que as vacinas trazem esperança para o mundo.

“O Brasil tem 4 milhões de doses agora de esperança. Vacinas são esperança para o mundo de que podemos retornar a um normal melhor”, disse.

Também em pronunciamento à imprensa, Queiroga ressaltou a importância das vacinas e do acordo feito com o consórcio Covax Facility para combater a pandemia.

“Teremos agora mais quatro milhões de doses de esperança. Sabemos que a vacina é um caminho para derrotarmos nosso único inimigo, o vírus”, destacou.

“Essas vacinas representam um esforço mundial para oferecer imunização à população de todo o mundo, que é vitimada por essa pandemia de covid-19. O Brasil aderiu a essa iniciativa [Covax Facility] em outubro de 2020 e alocou US$ 150 milhões para ter uma cobertura de 10% de sua população. Já devíamos ter recebido essas doses desde janeiro. Todavia, em função da dificuldade com vacinas em todo o mundo, só estamos recebendo agora. Mas isso é um grande avanço porque significa ampliação de nossas relações com a Organização Mundial de Saúde”, disse o ministro.

Esses três voos com as vacinas chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, onde fica a Coordenação de Armazenagem e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do Ministério da Saúde. De Guarulhos, essas doses serão distribuídas aos estados e municípios por meio do PNI.

Segundo o Ministério da Saúde, outras doses da vacina Oxford/AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech devem chegar ao Brasil ainda neste semestre, por meio do mecanismo Covax/Facility. No total, o contrato do Ministério da Saúde com a aliança global prevê a entrega de 42,5 milhões de doses de vacina até o final deste ano.

Consultor sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS), Bruce Aylward afirmou nesta sexta-feira que a entidade multilateral teve uma "conversa excelente" com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto França, mais cedo nesta semana.

De acordo com Aylward, o chanceler brasileiro reforçou o compromisso do País de aumentar a sua produção de vacinas contra a covid-19, para uso doméstico e, no futuro, "ajudar" o resto do mundo por meio da iniciativa Covax.

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A OMS também apreciou as medidas e ações em curso no Brasil para frear a curva de contágios locais, descritas por França na reunião com a entidade, segundo disse Aylward.

O consórcio Covax Facility, vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), entregará ao governo brasileiro um lote de 842.200 doses da vacina contra a covid-19 fabricada pela Pfizer/BioNTech - com previsão de chegada para junho. O anúncio foi feito em nota conjunta do Ministério da Saúde e Itamaraty na noite desta segunda-feira, 12.

Essa remessa de imunizantes faz parte do acordo feito entre o Brasil e a iniciativa internacional, que prevê 42,5 milhões de doses, suficientes para 10% da população. O volume entregue ao País até o momento, contudo, é pouco superior a 1 milhão de doses.

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No fim de março, o governo federal recebeu a primeira remessa prevista no contrato com o Covax. Nesse lote inicial, foram 1.022.400 doses do imunizante AstraZeneca/Oxford entregues, com fabricação na Coreia do Sul.

Com a explosão de casos de covid-19, secretários estaduais de Saúde chegaram a pedir à OMS para priorizar o envio de vacinas ao Brasil por meio do consórcio. "A região das Américas tem recebido somente 7% do total das vacinas distribuídas por meio do mecanismo Covax, apesar de as Américas terem 44% de todos os casos e 48% de todos os óbitos do mundo nesta pandemia", afirma ofício do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), endereçado no dia 26 de março, ao presidente da OMS, Tedros Adhanom.

No mesmo documento, os secretários pedem para a OMS "sensibilizar" a cúpula da ONU para que as doses excedentes de vacinas em países ricos sejam destinadas a países em maior crise na América, especialmente o Brasil.

O Covax Facility é uma iniciativa da OMS, da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi) e da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Contrato direto com a Pfizer

Para além do Covax Facility, o Brasil tem um contrato direto com a Pfizer, assinado em meados de março. A expectativa é que a farmacêutica americana entregue 100 milhões de doses ao País até o fim de 2021. Segundo o ministério, a negociação com a Pfizer prevê a entrega de 13,5 milhões entre abril e junho e outras 86,5 milhões de julho a setembro.

"Cabe ressaltar que o cronograma de entrega das vacinas é enviado ao Ministério da Saúde pelos laboratórios e está sujeito a alterações, de acordo com a disponibilidade de doses e a real entrega dos quantitativos realizada pelos fornecedores", diz nota enviada pela pasta ao comunicar a assinatura do contrato.

O Ministério da Saúde começa a distribuir nesta quinta-feira (25) um novo lote de vacinas contra a covid-19. No total serão 4,2 milhões de unidades, que abarcam a primeira remessa do consórcio internacional Covax Facility, de 1 milhão de doses, e um novo lote da Coronavac produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, de 3,2 milhões de doses.

As entregas devem ir até o próximo sábado (27). Os estados receberão conforme a divisão estabelecida anteriormente. De acordo com a pasta, com este novo lote será possível atender o restante dos trabalhadores de saúde e os idosos de 70 a 74 anos.

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Em comunicado sobre o envio das novas doses, o ministério declarou que espera com esse novo montante ampliar a campanha de imunização para uma nova faixa etária dos públicos prioritários, de 65 a 69 anos.

A orientação é que todas as vacinas sejam aplicadas como 1ª dose. Desta forma, a expectativa é atender mais de 4 milhões de brasileiros com os imunizantes.

Conforme o Ministério da Saúde, até o momento foram enviadas 33,9 milhões de doses de vacinas. Mas até o momento foram aplicadas 12,4 milhões da 1ª dose e 3,8 milhões da 2ª dose.

De acordo com a base do projeto “Nosso Mundo em Dados”, ligado à Universidade de Oxford, o Brasil é o 5º país em quantidade de doses aplicadas. Mas quando considerada a população do país a posição cai para a 59ª posição. O índice de vacinas por 100 pessoas é de 7,5.

 

O Brasil receberá 9,1 milhões de doses de vacinas gratuitas contra a covid como parte do programa internacional Covax, e integra, junto com Paquistão, Nigéria, Indonésia e Bangladesh o clube dos países mais favorecidos por este sistema capitaneado pela OMS, segundo cifras publicadas nesta terça-feira (2).

Até junho, o Paquistão receberá 14,64 milhões de doses; a Nigéria, 13,656 milhões; a Indonésia, 11,701 milhões; e Bangladesh, 10,908 milhões. Com o Brasil estes são os cinco maiores receptores da lista finalizada do Covax.

O sistema foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em colaboração com a Aliança para as Vacinas (Gavi) e a Coalizão para a Inovação na Preparação às Epidemias (Cepi), para garantir um acesso equitativo às vacinas.

Gana foi o primeiro país a receber seu lote de doses da vacina da AstraZeneca-Oxford, fabricadas na Índia e transportadas pelo sistema Covax na quarta-feira.

As campanhas de vacinação nos países ricos começaram no fim de dezembro.

A Nigéria, país mais populoso da África, recebeu na terça-feira a primeira remessa de quase quatro milhões de doses, assim como Angola, República Democrática do Congo e Camboja. A Coreia do Sul e a Colômbia também receberam os primeiros lotes.

Cerca de 237 milhões de doses da Astrazeneca-Oxford, fabricadas na Coreia do Sul e pelo Serum Institute of India, serão entregues em maio a 142 países, graças a uma operação logística sem precedentes.

A estas se somarão 1,2 milhão de doses da vacina da aliança Pfizer-BioNTech, que exige uma cadeia de frio, a temperaturas muito baixas. O Covax só pode distribuir as vacinas aprovadas pela OMS.

O sistema está aberto a todos os países, mas para 92 deles - os mais pobres -, as vacinas são financiadas mediante doações e são entregues gratuitamente. O objetivo é vacinar até 27% da sua população até o final de 2021.

A pandemia do coronavírus provocou ao menos 2.539.505 mortes no mundo desde que o escritório da OMS na China reportou o aparecimento da doença em dezembro de 2019, segundo um balanço feito pela AFP nesta terça-feira às 08h de Brasília com base em fontes oficiais.

Depois dos Estados Unidos (514.657 óbitos, com 28.664.448 contágios), o país com mais vítimas fatais é o Brasil, com 255.720 mortes e 10.587.001 casos.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou nesta terça-feira (2) que o programa Covax planeja distribuir 11 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 esta semana e 237 milhões até o final de maio, a um total de 142 países, incluindo o Brasil.

Na segunda-feira (1°), Gana e Costa do Marfim, ambos na África, se tornaram as primeiras nações do mundo a administrarem imunizantes entregues pela iniciativa, enquanto a Colômbia foi a primeira do continente americano a receber um lote do produto. "A vacinação em massa é importante para salvar vidas", destacou em coletiva de imprensa o presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, que foi imunizado.

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Durante a coletiva, Tedros Adhanom reconheceu que a distribuição de vacinas não tem ocorrido de maneira integralmente equitativa, mas ponderou que, sem a Covax, o quadro seria pior. Para ele, as forças dos mercados sozinhas não são capazes de assegurar o acesso universal ao profilático. "Covax vai mudar não só o curso da pandemia, mas também a maneira como respondemos a doenças", salientou.

O presidente de Gana, Nana Akufo-Addo, tornou-se, nesta segunda-feira (1°), a primeira pessoa no mundo a receber uma injeção da vacina contra a Covid-19 financiada pelo Covax, o dispositivo que visa garantir o imunizante aos países menos favorecidos.

O presidente, de 76 anos, cujo país recebeu a primeira entrega mundial de vacinas Covax na quarta-feira (24) passada, recebeu uma primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, segundo imagens transmitidas ao vivo pela televisão estatal.

"É importante dar o exemplo, mostrando que a vacina é segura, sendo a primeira pessoa a recebê-la, para que todos em Gana se sintam confortáveis ao serem vacinados", disse o chefe de Estado em um discurso.

O sistema Covax tem como objetivo fornecer vacinas contra a Covid-19 para 20% da população de quase 200 países e territórios participantes e também inclui um mecanismo de financiamento que permite que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso às doses.

O mecanismo foi criado na tentativa de evitar que os países ricos se apoderem de todas as doses - que ainda estão sendo produzidas em quantidades muito pequenas para atender à demanda global.

O Covax, fundado pela OMS, a GAVI Alliance e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), tem acordos com fabricantes para dois bilhões de doses até 2021 e tem potencial para comprar mais um bilhão.

Gana receberá nesta quarta-feira o primeiro lote mundial de vacinas financiadas pelo dispositivo Covax, que tem como objetivo proporcionar aos países de baixa renda as primeiras doses de fármacos anticovid, anunciaram o Unicef e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Gana receberá 600.000 doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzidas pelo Instituto Serum da Índia", afirma um comunicado da OMS e do Unicef.

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As vacinas foram enviadas pelo Unicef de Mumbai para Acra e integram a primeira onda de vacinas anticovid destinadas a vários países de baixa e média renda, explica a nota das duas organizações.

"Esta entrega representa o começo do que deve ser o maior fornecimento e distribuição de vacinas da história", destaca o comunicado.

"O dispositivo Covax planeja entregar quase dois bilhões de doses de vacinas anticovid este ano. Este é um esforço global sem precedentes para garantir o aceso às vacinas para todos os cidadãos", acrescenta o texto.

Gana, país do oeste da África, registra oficialmente 80.0759 casos de coronavírus e 582 mortes. Mas analistas apontam uma subnotificação, pois o número de testes realizados continua baixo.

O sistema Covax tem como objetivo proporcionar este ano vacinas anticovid a 20% da população de quase 200 países e territórios participantes. O dispositivo tem um mecanismo de financiamento que permite que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso às doses.

A empresa americana de biotecnologia Novavax se comprometeu a disponibilizar ao programa internacional Covax de vacinação contra a covid-19 um total de 1,1 bilhão de doses de sua vacina candidata, informou nesta sexta-feira (19) a Aliança para as Vacinas (Gavi).

A Gavi codirige com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Coalizão para as Inovações na Preparação para as Epidemias (CEPI) o programa Covax, cujo objetivo é proporcionar este ano vacinas contra a covid-19 a 20% da população de quase 20 países e territórios participantes.

A Covax já assinou um acordo com o Serum Institute of India (SII) para 200 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford ou Novavax, com uma opção para outras 900 milhões de doses.

Em combinação com esse contrato, o novo protocolo de acordo assinado com a Novavax permitirá dispôr de "1,1 bilhão de doses da vacina candidata NVX-CoV2373 contra a covid-19", informou a Gavi.

Este protocolo de acordo é um passo essencial para garantir que as doses sejam postas à disposição de todos os países e economias que participam do mecanismo Covax assim que a vacina for aprovada pelas autoridades e autorizada pela OMS.

O Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 1.003/2020, que permite ao Brasil integrar a Covax Facility, aliança da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar os países em desenvolvimento a ter acesso a vacinas contra a Covid-19. Essa aliança reúne governos e fabricantes para garantir o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 e o acesso igualitário a ela. O texto vai à sanção presidencial.

De acordo com a MP, a adesão do Brasil ao Covax Facility tem como objetivo “proporcionar o acesso do país a vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19, sem prejuízo à eventual adesão futura a outros mecanismos ou à aquisição de vacinas por outras modalidades”. O governo brasileiro não fica obrigado a adquirir as vacinas por meio do projeto: a compra é opcional e “dependerá de análise técnica e financeira para cada caso”.

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As despesas da participação no consórcio, bem como as de outras vacinas, serão cobertas por crédito extraordinário aberto pela MP 1.004/2020 e por recursos do Ministério da Saúde destinados ao Programa Nacional de Imunizações e a outras ações orçamentárias. Dos R$ 2,5 bilhões liberados pela MP 1.004, R$ 1,68 bilhão foi autorizado para utilização na Covax em janeiro deste ano.

O texto aprovado também fixa a coordenação da imunização da população ao Ministério da Saúde, ouvidos o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o relator, Confúcio Moura (MDB-RO), o governo informou que a adesão do Brasil ao Covax Facility vai garantir a imunização de 10% da população brasileira até o final deste ano. Desta forma, ficaria garantida, segundo ele, a imunização dos casos prioritários.

“O Senado não pode atrasar nada do que se refere à pandemia, à dramática situação que vive o povo brasileiro, em especial alguns estados dramatizados, como o Amazonas e o estado de Rondônia, que estão, inclusive, mandando seus pacientes que necessitam de UTI e tratamento especializado para outros estados. Agradecemos muito por essa generosidade federativa brasileira”, disse o relator durante a sessão.

O Brasil terá direito a cerca de 10,7 milhões de doses do primeiro lote de vacinas anti-Covid a ser distribuído pela Covax Facility, iniciativa apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para assegurar acesso global a imunizantes contra o novo coronavírus.

A divisão das primeiras 337,2 milhões de doses foi divulgada nesta quarta-feira (3) pela Covax e diz respeito a 336 milhões de unidades da vacina de Oxford/AstraZeneca (240 milhões delas produzidas pelo Instituto Serum da Índia) e 1,2 milhão do imunizante da Biontech/Pfizer.

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Em números absolutos, o Brasil será o quinto maior beneficiário desse primeiro lote, com 10.672.800 doses, logo atrás de Índia (97.164.000), Paquistão (17.160.000) Nigéria (16.008.000), Indonésia (13.708.800) e Bangladesh (12.792.000).

Todos esses países receberão a vacina de Oxford/AstraZeneca. No entanto, segundo a Covax Facility, esses números não são definitivos e "estão sujeitos a mudanças". "Se, durante esse período, produtos diferentes ficarem disponíveis, esse indicativo de distribuição terá de ser ajustado", afirma o comunicado.

A entrega desse lote inicial aos países signatários deve começar no fim de fevereiro e perdurar até o fim do primeiro semestre. O acordo do Brasil com a Covax prevê 42,5 milhões de doses até o fim de 2021, número suficiente para imunizar 10% da população.

Da Ansa

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