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Um pastor, da Assembleia de Deus de Alagoas, disse que vai orar pela morte do ator e humorista Paulo Gustavo, que está intubado em estado crítico na UTI por complicações da Covid-19. A declaração absurda foi compartilhada pelo “religioso” em seu Instagram.

O pastor José Olímpio, em publicação do Instagram, compartilhou trecho de um filme de Paulo Gustavo e escreveu estar orando para o ator morrer.

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“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, postou.

Pouco depois, ele deletou o post, mas o print viralizou nas redes sociais.

Post do pastor José Olimpio, que desejou morte de Paulo Gustavo

O pastor José Olímpio é assessor do presidente da Assembleia de Deus, no estado de Alagoas, e usa com frequência as redes sociais para defender o presidente Jair Bolsonaro e a “família tradicional brasileira”.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, testou positivo para covid-19, na manhã desta quinta-feira (15). De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, Eduardo Paes “acordou com sintomas leves de gripe, dor de garganta e foi submetido ao teste rápido”. Após receber o resultado do teste, o prefeito entrou em isolamento.

Essa é a segunda vez que Paes recebe resultado positivo para a doença. A outra foi em maio de 2020, quando permaneceu assintomático durante todo o período de quarentena, que cumpriu em casa.

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Tramita na Câmara Municipal do Recife, em regime de urgência, um projeto de lei que solicita a inclusão de motoristas de transporte público e de aplicativo no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19. A proposta é de autoria do vereador Chico Kiko (PP) e está em análise nas comissões de Saúde e Legislação e Justiça da Casa José Mariano.

Segundo a justificativa apresentada pelo parlamentar, o projeto solicita prioridade na imunização, em razão do risco de contágio existente em contato direto com os passageiros, principalmente turistas.

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Se for aprovado, o PL autoriza a Prefeitura do Recife a destinar parte dos lotes de vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus aos motoristas de transporte público e de aplicativo, de forma imediata ainda que para isso necessite alterar a ordem de prioridades sugerida pelo Plano Nacional de Vacinação Contra a Covid-19.

“Não menosprezando os demais grupos prioritários, mas entendo que os motoristas do transporte público e de aplicativo estão na linha de frente, precisam ser imunizados, para que possam trabalhar com segurança”, declarou o vereador Chico Kiko.

Se for aprovado pela maioria em duas votações, o projeto será encaminhado para a sanção do prefeito João Campos (PSB).

A Administração de Fernando de Noronha confirmou, nessa quarta-feira (14), mais três curas clínicas e destacou que nenhum novo caso de Covid-19 foi identificado nas últimas 24h. Desde o início da pandemia, a ilha registrou apenas dois óbitos em razão do vírus.

Com o aumento de recuperações, a taxa de curas clínicas no arquipélago sobe para 604. Atualmente, Noronha acomoda 25 pacientes em isolamento domiciliar.

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Ao todo, 631 casos já foram confirmados, sendo 549 de transmissão local e 82 considerados importados.

Vencedores do Prêmio Nobel e ex-chefes de Estado ou de Governo pediram em uma carta pública a suspensão temporária das patentes das vacinas contra a Covid-19 e convidaram o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a apoiar a iniciativa.

A supressão da propriedade intelectual do imunizante é "uma etapa vital e necessária para acabar com a pandemia", consideram os 170 signatários da carta, que incluem ex-presidentes da França (François Hollande), da Libéria (Ellen Johnson Sirleaf) e o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

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"Estamos esperançosos com as informações de que a sua administração está examinando uma suspensão temporária dos direitos de propriedade intelectual da OMC durante a pandemia, como solicitaram África do Sul e Índia", afirma o texto, também assinado por vencedores do Nobel, como Muhamad Yunus (Paz), Joseph Stiglitz (Economia) ou Françoise Barré-Sinoussi (Medicina).

Depois de ser enviada à Organização Mundial do Comércio em 2 de outubro, a proposta da África do Sul e da Índia recebeu o apoio de vários países em desenvolvimento e a oposição da maioria dos países ocidentais, onde ficam as sedes das grandes empresas farmacêuticas.

O texto propõe uma suspensão temporária de algumas obrigações do Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (ADPIC) para que qualquer país possa produzir a vacina, sem a preocupação de dispor da patente.

Os países tentam vacinar o mais rápido possível suas populações para tentar frear a Covid-19 e o surgimento de novas variantes do vírus que reduzam a eficácia das vacinas.

As vacinas que forem doadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pela farmacêutica chinesa Sinovac, se entrarem no Brasil, deverão ser “integralmente doadas” ao Sistema Único de Saúde (SUS). É o que afirma a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em nota enviada nesta quarta-feira (14) à Agência Brasil.

Segundo o comunicado, as doações seguem a dinâmica da Lei nº 14.125/2021, que autoriza vacinas contra o novo coronavírus (covid-19) a serem importadas de forma “excepcional e temporária”, desde que repassadas ao SUS, “a fim de serem utilizadas no âmbito do Programa Nacional de Imunizações [PNI]”. Ainda conforme a nota, somente após a imunização dos grupos prioritários é que “pessoas jurídicas de direito privado poderão, atendidos os requisitos legais e sanitários, adquirir, distribuir e administrar” os imunizantes, sob condição de que “pelo menos 50% das doses sejam, obrigatoriamente, doadas ao SUS e as demais sejam utilizadas de forma gratuita”.

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Na nota, a Anvisa esclareceu que não recebeu, até o momento, pedido de importação dos imunizantes.

Na última terça-feira (13), a Conmebol anunciou que receberá da Sinovac uma doação de 50 mil doses de vacinas contra covid-19 para imunizar jogadores profissionais de “torneios de primeira categoria” do futebol sul-americano. Em 2021, a entidade realizará a Copa América em dois países (Argentina e Colômbia) e pretende, segundo entrevista recente do presidente Alejandro Domínguez, que o torneio tenha público nos estádios, mediante vacinação.

A vacinação prioritária de atletas é discutida como forma de viabilizar a realização da Olimpíada de Tóquio (Japão). Jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino, como a zagueira Rafaelle e a meia-atacante Andressa Alves, porém, estão entre os esportistas que discordam e entendem que há grupos de pessoas com maior necessidade de acesso aos imunizantes.

 

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) foi diagnosticada com Covid-19 e confirmou a contaminação em uma postagem no Twitter.

“Informo que testei positivo para o covid-19 nesta terça-feira, após apresentar sintomas leves como tosse e estado febril”, disse a senadora.

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Ela está em casa, isolada, por recomendação médica. Thronicke também afirmou que continuará participando das sessões remotas do Senado. Até o momento, os senadores Arolde de Oliveira, José Maranhão e seu colega de partido, Major Olímpio, já faleceram por complicações oriundas do vírus.

 

O Projeto de Lei 758/20 suspende temporariamente o pagamento das parcelas de financiamentos imobiliários (Lei do Sistema de Financiamento Imobiliário) e do Programa Minha Casa Minha Vida para mitigar efeitos econômicos da pandemia de Covid-19.

A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados foi apresentada antes de o Congresso Nacional reconhecer, por meio de decreto legislativo cuja vigência expirou em 2020, emergência de saúde pública de importância internacional.

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“É necessário criar um mecanismo emergencial para que as famílias mais desprotegidas não corram o risco de perder um de seus mais preciosos bens, que é a casa própria”, disse a autora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Tramitação

O projeto tramita em conjunto com outras seis propostas, em caráter conclusivo, e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O cadastramento para a vacinação contra covid-19 para pessoas com 60 anos ou mais já está liberado e a vacinação para esse público começa nesta quinta-feira (15). Para se vacinar, é necessário realizar o agendamento prévio no site www.vacina.prefeituradavitória.pe.gov.br.

Os idosos que tiverem dificuldade de se cadastrar pela internet poderão contar com ajuda de equipes da Secretaria de Saúde através do tele-covid pelo número (81) 98491-3633.

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Outra opção para essas pessoas é se cadastrar em dois dos pontos de vacinação, sendo eles o Colégio 03 de Agosto e no Vitória Park Shopping. A vacinação continua ocorrendo na sede do Samu, na Avenida Henrique de Holanda, de domingo a domingo, das 8h às 17h. No Colégio 03 de Agosto, o atendimento ocorre no mesmo horário. Já no Vitória Park Shopping o funcionamento acontece de segunda a sexta, das 7h às 20h, e sábado e domingo, das 9h às 17h.

Para receberem os imunizantes, os moradores de Vitória a partir dos 60 anos precisam apresentar o CPF, documento com foto e comprovante de residência.

*Da Ascom Vitória de Santo Antão

As solicitações médicas de exame RT-PCR, para diagnóstico de covid-19, que atendam às condições da cobertura obrigatória devem ser autorizadas de forma imediata pelas operadoras de planos de saúde. A determinação é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que informou nesta quarta-feira (14) que, desde 1° de abril, começou a vigorar a alteração da Diretriz de Utilização (DUT). O objetivo é agilizar a realização dos exames. 

Antes da mudança, os planos de saúde podiam demorar até três dias úteis para garantir o atendimento ao pedido de exame, que é considerado o mais eficaz para confirmar de infecção pelo novo coronavírus. A cobertura do exame é obrigatória nos casos de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

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A síndrome gripal é caracterizada quando uma pessoa tem ao menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.  

Para crianças, também é considerado um sintoma de síndrome gripal a obstrução nasal, na ausência de outro sinal mais específico. Já para os idosos, sintomas como síncope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e perda de apetite também devem ser considerados. O idoso com suspeita de covid-19 também pode estar sem febre e apresentar diarreia. 

O critério que caracteriza a evolução da síndrome gripal para síndrome respiratória aguda grave prevê que a pessoa apresente um dos seguintes sintomas: dispneia/desconforto respiratório, pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou do rosto (cianose). Crianças com SRAG podem apresentar ainda batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal (retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração), desidratação e falta de apetite.  

Os planos de saúde também são obrigados a cobrir testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos, com solicitação médica. Nesse caso, os grupos cobertos são os que apresentaram síndrome gripal ou SRAG e já tenham passado do oitavo dia dos sintomas, e crianças e adolescentes com quadro suspeito de síndrome multissistêmica inflamatória pós-infecção pelo SARS-CoV-2.

Não está obrigatoriamente coberto para realizar teste sorológico quem: testou positivo em um RT-PCR para SARS-CoV-2; já tenha testado positivo em outro teste sorológico; testou negativo em outro teste sorológico há menos de uma semana, desde que não seja menor com suspeita de síndrome multissistêmica; tenha feito testes rápidos; recebeu a prescrição do teste para rastreamento para retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; esteja em busca de verificação de imunidade pós-vacinal. 

Outros seis exames que ajudam no diagnóstico da covid-19 também têm cobertura obrigatória prevista pela ANS: Dímero D (dosagem); Procalcitonina (dosagem); Pesquisa rápida para Influenza A e B e PCR em tempo real para os vírus Influenza A e B; Pesquisa rápida para Vírus Sincicial Respiratório e PCR em tempo real para Vírus Sincicial Respiratório. 

 

O Instituto Butantan entregou nesta quarta-feira (14) ao governo federal mais um milhão de doses da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvido pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e que está sendo aplicada no país por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Com esse novo lote, o Instituto Butantan disponibilizou 40,7 milhões de doses da vacina ao governo federal. Isso corresponde a 88,4% de um total de 46 milhões de doses contratuais que devem ser entregues ao governo federal até 30 de abril. Um segundo contrato prevê a entrega de mais 54 milhões de doses até o final de setembro.

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Em entrevista coletiva à imprensa hoje (14), o diretor do Instituto Butantan Dimas Covas disse que o restante das doses a serem entregues ao governo federal vai depender de insumos provenientes da China, que ainda não chegaram ao país. A expectativa é de que três mil litros de insumo, suficientes para fabricar 5 milhões de doses da vacina e inicialmente previstos para serem entregues na primeira semana de abril, cheguem a São Paulo somente no dia 19 de abril. Desta forma, as doses para completar as 46 milhões previstas no primeiro contrato, para 30 de abril, só serão entregues no começo de maio.

“Com relação aos insumos, eles chegam no dia 19 e isso vai permitir a retomada da entrega de doses a partir do dia 3 de maio. Três mil litros [de insumos] darão origem a pouco mais de 5 milhões de doses”, disse Covas.

Insumos

O Instituto Butantan solicitou à China um segundo lote de insumos, também de três mil litros. Essa quantidade estava prevista para chegar ainda em abril, mas até este momento não obteve autorização do governo chinês para deixar o país.

“Para a primeira semana de abril, estavam previstas a chegada de seis mil litros de insumos da China. Esses seis mil litros foram divididos em duas remessas de três mil litros. A primeira chega no dia 19 de abril e estamos aguardando a autorização para a segunda remessa de três mil litros”, explicou Covas.

Segundo ele, o segundo contrato com o Ministério da Saúde, que prevê a entrega de mais 54 milhões de doses da vacina, começa a ser feito quando novas remessas de insumos chegarem ao país. “Essa matéria-prima ainda não está autorizada para vir [ao Brasil]. A autorização é lote a lote. Aguardamos para o início de maio o início de remessa de matéria-prima [insumos] para as 54 milhões de doses”, falou.

 

Nessa terça (13), a Fundação de Cultura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, comunicou a morte do ator pernambucano João Barbosa da Silva, conhecido por trabalhos na Paixão de Cristo na sua cidade. Segundo o órgão, o ator morreu vítima de infarto, após descobrir que havia sido diagnosticado com Covid-19 .

"O ator, que tinha testado positivo para Covid-19, ficou tão abalado e impactado com o diagnóstico, que sofreu um infarto. João fez parte do elenco da Paixão dos Camarás 2018 e 2019, realizada pela Companhia Popular de Teatro de Camaragibe e pelo Grupo Teatral Risadinha", diz um trecho da Nota de Pesar, publicada nas redes sociais.

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Confira:

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou um novo recorde de mortes por Covid-19 em um dia em 2021. Foram confirmadas mais 83 mortes nesta quarta-feira (14). O recorde anterior havia sido registrado na última quinta-feira (8), com 82 óbitos.

Com a atualização, o estado totaliza 12.988 mortes pela Covid-19. Os 83 óbitos ocorreram entre 2 de agosto e a última terça-feira (13).

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A SES também confirmou mais 2.359 casos da doença. Entre os casos confirmados, 128 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 2.231 são leves.

Pernambuco totaliza 375.115 casos confirmados de Covid-19, sendo 38.052 graves e 337.063 leves. 

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não teria recebido, no Palácio do Planalto, o presidente da Pfizer, que teria esperado das 8h às 18h pela reunião, em agosto de 2020. A informação teria sido passada pelo ex-ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta, e deve ser comentada na CPI da Covid.

O Governo Federal só veio fechar negócio com a fabricante europeia em março deste ano e as doses devem chegar ao país em junho. Apesar de não ter o nome mencionado, especula-se que o visitante teria sido Albert Boula, CEO global do laboratório. As declarações foram dadas por Jorge Kajuru na manhã desta quarta-feira (14), em entrevista ao UOL.

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A assessoria de imprensa da Pfizer disse que a informação dita por Kajuru não procede.

O Palácio do Planalto informou que não irá comentar as declarações.

Durante a entrevista, o senador disse estar ciente das negações por ambas as partes e que já esperava ser refutado por Bolsonaro, bem como pela empresa, que agora negociando com o Brasil, estaria tentando evitar “atrito”. Apesar de ter sido Mandetta o suposto informante, o ex-ministro já havia sido exonerado do cargo quatro meses antes, em abril de 2020.

“Eu o responsabilizo (pelas mortes) por uma declaração dada a mim, com exclusividade, pelo ex-ministro Luís Henrique Mandetta, que para mim é muito grave e que eu sabia que o presidente Jair Bolsonaro ia me desmentir e também sabia que o presidente da Pfizer ia me desmentir, porque hoje a Pfizer está vendendo vacina pro governo, então ela não quer atrito com o governo. No começo do ano, a Folha publicou que a Pfizer reclamou que o governo estava fazendo exigências sem nenhum cabimento para comprar a vacina dela, e que ela não tinha como negociar com o governo. Foi declaração da Pfizer, em janeiro. Só que o Mandetta vai na CPI e vai me confirmar esse fato, e isso é uma responsabilidade do presidente”, declarou Kajuru durante a conversa.

O senador se refere à visita do CEO em agosto do ano passado, na qual o empresário teria esperado por Bolsonaro e sua equipe da Saúde por um dia inteiro, mas teve conversa negada mesmo assim.

“A Pfizer veio a Brasília para oferecer vacinas ao governo. O presidente dela ficou das 8h até às 18h para ser atendido. Eu tenho até que confirmar com o Mandetta, porque eu tenho a dúvida se quem iria falar com o presidente da Pfizer era o ministro da Saúde na época ou o presidente. Mas ele estava lá, tomando chá de cadeira. Às 18h, ele recebeu a seguinte informação: ‘o senhor não vai poder ser atendido, infelizmente, então não vamos ter mais a conversa’ e isso é muito grave. Quando o Mandetta disser isso na CPI, será motivo para uma investigação profunda desse caso, porque você teve a chance de comprar vacina e não comprou, então consequentemente isso provoca mortes”, ele continua, dando mais detalhes ao mencionar o assunto pela segunda vez.

Kajuru já tinha trazido a suposta reunião à tona na última terça (13), mas ainda não havia mencionado nomes. Ciente das acusações, Bolsonaro disse que o assunto se trata de “mais uma mentira do Kajuru” e perguntou quem teria sido o ex-ministro da Saúde citado. O senador completou a sua fala dizendo que responsabiliza sim, parcialmente, o presidente Jair Bolsonaro pelas mais de 350 mil mortes por Covid no país.

“Nesse caso, sim. Mesmo que tenha sido o ministro da Saúde que não quis receber o presidente da Pfizer, a culpa é do presidente. Isso não teria acontecido sem uma ordem do presidente. O presidente é presidencialista, ninguém faz nada sem falar com ele. Não tem como responsabilizar só o ministro. O presidente é quem manda. Consequentemente, ele quem não permitiu a conversa; ou os dois juntos”, declara, por fim.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o governador Paulo Câmara anunciou a chegada de mais 255 mil doses de vacina contra a Covid-19 ao Estado, prevista para esta quinta (15). Com o novo lote, será possível avançar em todos os municípios pernambucanos na imunização de idosos acima de 60 anos de idade.

“É um passo importante na proteção da população idosa, que já vem registrando resultados positivos nas faixas etárias cuja imunização já foi concluída. Nosso esquema de logística está pronto e a distribuição dessas novas doses será concluída até a próxima sexta-feira”, ressaltou Paulo Câmara.

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Uma mulher de 33 anos morreu de Covid-19 após receber nebulização de cloroquina no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, em Manaus-AM. A "técnica experimental" foi aplicada pela ginecologista e obstetra Michelle Chechter e o marido Gustavo Maximiliano Dutra. O caso foi divugado pela Folha de S.Paulo.

Jucicleia de Sousa Lira estava com Covid-19 e havia dado à luz ao primeiro filho há menos de um mês. Após a nebulização, o quadro dela seguiu piorando. Ela faleceu em 2 de março de infecção generalizada em decorrência da Covid-19, segundo o hospital.

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O viúvo de Jucicleia, o auxiliar de produção Cleisson Oliveira da Silva, 30, diz que não foi consultado pela médica sobre a nebulização. Ele só soube que a esposa havia assinado uma autorização em 8 de abril. Ela concordou que fosse utilizada "a técnica experimental nebuhcq líquido, desenvolvida pelo dr. Zelenko", além de autorizar depoimento gravado na UTI e o relato do caso em revista científica. O documento não citava os possíveis efeitos adversos.

No vídeo gravado na UTI, Chechter induz Jucicleia a dizer que a nebulização está funcionando. A técnica foi criada pelo médico ucraniano-americano Vladimir Zelenko. Em abril de 2020, Zelenko passou a ser investigado por um procurador federal por ter mentido que seu estudo havia recebido respaldo da agência norte-americana que regula os medicamentos, a FDA.

Pelo menos outras três pacientes receberam a nebulização mesmo sem autorização, e todas morreram, segundo a Folha. Em um dos casos apurados, a médica teria entregado comprimidos de hidroxicloroquina a uma familiar de paciente em fevereiro e dito que o medicamento tinha o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas informou que o tratamento não faz parte dos protocolos terapêuticos da rede estadual e que "se tratou de um ato médico, de livre iniciativa da profissional, que não faz mais parte do quadro da maternidade, onde atuou por cinco dias." Segundo a secretaria, apenas duas pacientes receberam o experimento e ambas assinaram o termo de consentimento. A obstetra não se posicionou sobre o caso.

Um relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) apontou indícios de prejuízo de R$ 8,2 milhões aos cofres da Prefeitura do Recife por contratações acima do preço de mercado de itens médicos em dois processos de dispensa de licitação no início da pandemia em 2020. O tribunal também identificou indícios de direcionamento para favorecer determinados fornecedores, "ocorrendo grave violação aos princípios da moralidade, impessoalidade e isonomia."

O documento foi assinado em janeiro deste ano e a fase de instrução, concluída em março. Considerado um relatório preliminar, ele ainda não foi julgado. A apuração ocorreu após denúncia da deputada estadual Priscila Krause (DEM).

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Entre os itens adquiridos nos dois processos estão seringas, sondas nasogástricas, tubos endotraqueais, luvas cirúrgicas e agulhas. O TCE destaca que não foram apresentadas nos processos de dispensa justificativas para a quantidade adquirida dos itens. "A ausência de critérios para a definição dos quantitativos ocasionou superestimativa do número de materiais adquiridos e despesas desproporcionais face à real necessidade da Secretaria de Saúde", diz a auditoria.

O relatório aponta que três empresas foram contratadas sem terem capacidade operacional adequada para entregar os produtos nos prazos exigidos. Uma delas recebeu o pagamento referente ao fornecimento de luvas cirúrgicas antes da entrega dos materiais.

A auditoria propõe a imputação de débito de R$ 2,9 milhões ao ex-secretário de Saúde do Recife Jailson Correia, ao então gerente de compras da Secretaria de Saúde, Paulo Henrique Motta Mattoso, e ao então diretor executivo de Administração e Finanças, Felipe Soares Bitencourt, além da empresa Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli; de R$ 1,2 milhão aos três supracitados mais a empresa Megamed Comercio Ltda; e de R$ 3,9 milhões aos mesmos três investigados e à empresa Facimed Comercio e Representações Eireli.

Em nota, o TCE informou que a auditoria faz parte de um total de 43 processos formalizados pelo tribunal para acompanhar as contratações e despesas da Secretaria de Saúde do Recife com a pandemia de Covid-19. A fase de instrução do processo foi concluída em 25 de março e o relatório, enviado ao gabinete do relator, conselheiro Carlos Neves, para análise dos documentos, defesas e elaboração do voto. Só depois o processo será pautado e submetido à julgamento na Primeira Câmara do TCE.

A Prefeitura do Recife informou que as contratações e compras feitas para a emergência da Covid-19 foram realizadas dentro da legalidade e enviadas, por iniciativa própria, aos órgãos de controle. "Na época da compra, os preços estavam de acordo com os praticados no mercado, e toda documentação exigida pela lei foi apresentada pelos fornecedores. Os materiais comprados foram recebidos e os que ainda estão em estoque continuam sendo usados na assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19, nos leitos abertos pela gestão municipal", diz a gestão.

Após a criação pelo Senado Federal da chamada CPI da Covid, líderes de partidos da oposição decidiram intensificar esforços para a constituição de outra comissão parlamentar de inquérito, desta vez na Câmara, para investigar a responsabilidade do governo federal no enfrentamento da pandemia.

A informação foi prestada pelo líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE). Ele disse que a decisão foi tomada após reunião com presidentes de vários partidos de oposição e líderes das agremiações.

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“Aqui na Câmara, nós, líderes partidários, assumimos o compromisso de nos debruçarmos para completar 171 assinaturas para que a Câmara dos Deputados também cumpra o seu papel e realize uma investigação sobre a responsabilidade do governo no enfrentamento da Covid”, disse Calheiros, referindo-se ao número mínimo de assinaturas exigidas para a criação de uma CPI. “É necessário que se dê ampla divulgação à negligência, descaso e orientações erradas feitas pelo Ministério da Saúde e pelo próprio governo federal”, completou.

Conforme Renildo Calheiros, os líderes da oposição resolveram ainda intensificar a mobilização e a articulação com movimentos da sociedade civil e a participação na tribuna da Câmara para denunciar esses fatos. “Decidimos elaborar nota contundente a ser entregue ao presidente da Câmara mostrando que o Brasil não aceita ser governado dessa maneira, não vamos esperar que todos morram para tomar uma atitude”, acrescentou.

“Estamos convencidos de que o Brasil não pode continuar como está. A pandemia já vitimou mais de 350 mil pessoas, o País bate recorde após recorde em números de mortos, e o presidente continua insensível com disputas laterais em vez de mobilizar o País para enfrentar a pandemia”, criticou.

Visão do governo

O líder do PSL, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), no entanto, acredita que a ação da oposição “é mais uma que não vai dar em nada”.

“Não vejo nada de mais nesse movimento de oposição, é uma reunião para tratar dos seus esforços, até porque o presente momento eles nada fizeram nesta legislatura, neste governo, não contribuíram em nada nas discussões, pelo contrário, apresentaram pedidos de impeachment desconexos da realidade, que não têm qualquer viabilidade jurídica ou política e têm feito discursos vazios no Plenário da Câmara dos Deputados”, avaliou.

“O nosso governo, o governo Bolsonaro, tem feito grandes trabalhos para salvar vidas e preservar empregos dos brasileiros”, disse ainda. Entre essas ações, o deputado citou o pagamento do auxílio emergencial, a ajuda a estados e municípios, a ajuda a empregados e empresas – propostas aprovadas pelo Congresso Nacional. Além disso, Vitor Hugo mencionou a busca por vacinas pelo governo.

“Mais de 500 milhões de vacinas já [foram] contratadas para imunizar a população. Somos o quinto país do mundo em números absolutos que mais vacinou e o nono país em número relativos por 100 mil habitantes, e isso mostra todo o esforço do governo”, afirmou.

Segundo o World In Data, plataforma que monitora as vacinações contra Covid no mundo desenvolvida pela Universidade de Oxford, o Brasil aparece em quinto lugar no ranking global de total de doses aplicadas. Porém, ao se levar em conta o número de doses administradas a cada 100 pessoas, o País cai para a posição 67 no ranking.

*Da Agência Câmara de Notícias

A variante brasileira do coronavírus, denominada P1, é pouco conhecida, mas provoca alerta no mundo por ser mais contagiosa, levando vários países a suspender os voos procedentes do Brasil, epicentro da pandemia.

"O medo é justificado. A P1 é uma variante mais contagiosa e que se espalhou bem rapidamente pelo Brasil, que é um país enorme e onde a pandemia ocorre de maneira descontrolada", explica à AFP a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência.

A P1 surgiu em dezembro passado na cidade de Manaus, capital do Amazonas, mas só foi identificada como variante em janeiro no Japão, em viajantes que voltaram da região amazônica.

A variante também foi detectada em vários países da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia, Peru e Venezuela, mas também chegou aos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França, que anunciou na segunda-feira a suspensão dos voos do Brasil, assim como outros países.

- Por que é mais contagiosa?

Assim como a variante sul-africana, a P1 tem a mutação E484K, que poderia gerar mais reinfecções do que outras cepas, segundo alguns estudos, porque demanda mais anticorpos para resistir ao vírus.

Além disso, tem muitas variações na proteína Spike, através da qual o vírus entra nas células para infectá-las.

"É como se tivesse uma chave-mestra que abrisse várias portas ao mesmo tempo", observa Jesem Orellana, pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).

"Do ponto de vista epidemiológico, parece ainda mais claro que é mais propensa a causar desestabilização em cenários com pouco controle da circulação viral, causando problemas médicos hospitalares, principalmente em relação à estrutura de superlotação dos hospitais", como aconteceu em Manaus, onde dezenas de pessoas morreram em janeiro por causa da falta de oxigênio.

"Se as autoridades brasileiras tivessem sido responsáveis, teriam fechado Manaus, como a China fez com Wuhan. Ao invés disso, enviaram pacientes para outras regiões do país, com acompanhantes, alguns deles também infectados pela variante P1", lamentou Orellana.

"Se o governo brasileiro fosse mais responsável, teria fechado as fronteiras, para evitar que essa variante chegue a outros países, alguns mais pobres, como o Peru", acrescentou.

- É mais letal? -

Por enquanto, nenhum estudo concluiu que a P1 seja mais letal.

Em pesquisas preliminares, Orellana constatou que a P1 não aumentou a taxa de mortalidade em hospitais de Manaus, em comparação com a primeria onda da pandemia, em abril de 2020.

Esta análise coincide com dois estudos publicados na terça-feira, segundo os quais a variante britânica não provoca casos mais graves de covid-19.

A escalada de mortes por covid no Brasil nas últimas semanas se deve ao colapso de hospitais "provalvemente associado à maior infectividade da P1 e ao relaxamento generalizado (...) com esse cansaço da população com a quarentena e a falsa sensação de que a pandemia estava perto do fim", acrescentou Orellana.

Uma boa notícia diante deste panorama é que estudos preliminares demonstraram que a vacina chinesa CoronaVac, a mais usada no Brasil, é eficaz contra a P1, assim como os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca.

- Quanto se espalhou pelo Brasil?

A variante P1 se espalhou por quase todo o território nacional, embora faltem dados que permitam medir em qual porcentagem é responsável pelos contágios em cada região.

"A vigilância genômica do Brasil é uma das piores do mundo" em termos de sequenciamento das novas cepas, "e não foi à toa que descobrimos a P1 com quase 60 dias de atraso, no Japão", contou Orellana.

A circulação descontrolada do vírus deu lugar a novas mutações, com variantes da mesma cepa, como a P2, que circula no Rio de Janeiro, ou a P4, detectada recentemente em Belo Horizonte.

"Assim como Manaus em janeiro, o Brasil se tornou um laboratório de variantes a céu aberto", aponta Orellana.

Para evitar a circulação destas variantes, "O ideal seria que a gente tivesse doses para fazer a vacinação em massa e o lockdown ao mesmo tempo, que é o que a Inglaterra fez, Israel fez", acrescentou a microbiologista Pasternak.

"Não temos no Brasil nem um nem outro, o lockdown principalmente por questões politicas", ao que se soma que "não temos doses suficientes agora para fazer [vacinação] em massa", explicou a especialista, destacando a "falta de coordenação nacional" da luta contra a pandemia por parte do governo de Jair Bolsonaro.

Uma técnica de enfermagem foi detida por deixar o posto de saúde com uma dose da vacina contra a Covid-19 em São Gonçalo-RJ na noite da terça-feira (13). Ela contou ter juntado em um único frasco sobras de diferentes doses que seriam descartadas e iria aplicar no marido.

A mulher foi abordada na volta para casa. O frasco foi encontrado em uma garrafa com gelo. Ela negou ter furtado o material e disse que coletou as sobras das doses com autorização de sua supervisora.

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Após prestar depoimento, a profissional foi liberada. Ela pode responder por peculato, com pena de até 12 anos de prisão. A supervisora também será ouvida.

A Prefeitura de São Gonçalo disse que afastou as duas profissionais envolvidas no caso enquanto o caso é investigado. Uma sindicância foi aberta para apurar a conduta da supervisora e da técnica. 

Na nota, a gestão ressaltou que nenhuma dose foi subtraída do posto e que o frasco tinha sobras do imunizante. "Cada frasco possui uma pequena reserva de segurança para garantir a quantidade correta a ser aplicada. A secretaria alerta que a conduta da funcionária, que suprimiu as sobras de vacina, pode representar risco a quem receber a dose, pois não há eficácia comprovada da efetividade do imunizante após tal procedimento irregular", diz. 

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