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Nas edições passadas do Enem, grupos passaram mensagens positivas para os candidatos da prova. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

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“Desigual”. “Polêmico”. “Complexo”. “Injusto”. “Desafiador”. A lista de termos proferidos a respeito do contexto em torno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é robusta e ainda teria espaço para mais definições críticas. Submetidos repentinamente à prática do ensino remoto, cercados por problemas econômicos e sob o risco do novo coronavírus, estudantes e professores vivenciam a véspera da prova mais questionada dos últimos tempos, antes mesmo de sua aplicação.

Entre muitos estudantes brasileiros, se manifesta o sentimento de uma preparação longe do ideal, muitas vezes deficitária em decorrência da falta de recursos materiais e tecnológicos para o ensino a distância. E mesmo entre os que são privilegiados por esses recursos, há desafios que perduram desde 2020, relacionados à dificuldade de familiarização das aulas a distância. Além dessas questões, existe um ponto ainda mais severo: o medo de contágio, uma vez que terão que se submeter ao Enem, mesmo em plena pandemia.

Há, ainda, problemáticas em torno da organização da prova. Primeiro, houve demora para a definição do cronograma. Segundo, o Governo Federal bateu cabeça para definir os critérios de seleção dos principais programas de acesso ao ensino superior por meio das notas do Enem. E nos últimos dias, autoridades judiciais e entidades estudantis pedem o adiamento do processo seletivo, alegando que os candidatos se arriscarão ao fazer uma seleção durante a pandemia. No centro de tantos problemas, está o candidato. “A pandemia impacta ferozmente. Impacta a saúde mental de todos. Ficar trancado é muito difícil, sobretudo para quem não tem espaço, não tem acesso a certas coisas”, comenta o médico e professor de biologia Fernanda Beltrão, referência na preparação para os principais vestibulares do Brasil.

Natalia Cavalcanti de Britto, de 18 anos, reside no Recife. Fez o Enem pela primeira vez em 2017, na condição de treineira. Agora, na edição 2020, ela segue em busca da aprovação de medicina, ao mesmo tempo em que precisou se adequar à uma realidade desafiadora de preparação. “Com o início da quarentena em março, toda a minha rotina se transformou em ensino a distância. Com isso, acabei me sentindo mais cansada e meu rendimento caiu bastante devido à quantidade de horas em frente ao computador e ao celular”, revela.

Além da carga do ensino remoto, a organização da prova em si, para Natalia, não foi das melhores. “Eu acho que o MEC tem muito a melhorar na questão de organização. Além de invalidarem a enquete que deveria servir como solução para o adiamento da prova, muitos estudantes se desesperaram com a confusão em relação às datas e ao uso da nota do Enem no Prouni e no Sisu”, opina.

O início do ensino remoto também foi dificultoso para Aline Laurindo dos Santos, 30. Moradora do Recife, a candidata precisou mudar seu formato de estudos para continuar seu planejamento rumo à aprovação em medicina. Ouça:

Valorize os seus sonhos

A professora de redação Fernanda Bérgamo classifica a edição do Enem 2020 como a mais problemática dos últimos anos. No entanto, nesta reta final, a educadora tenta direcionar sua atenção aos sonhos dos seus alunos. Para a docente, mesmo em meio às adversidades, é fundamental acreditar em um resultado positivo.

“Amanhã, você vai fazer a melhor redação da sua vida. Vai sim! Eu acredito em vocês. Essa redação que não precisa de título será a primeira página do livro que vai contar a sua história na universidade. Acredite!”, diz Fernanda. Na live a seguir, produzida pelo LeiaJá e Vai Cair No Enem, professores trouxeram mais mensagens positivas para os estudantes. Assista:

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De acordo com o psicólogo Dino Rangel, que também é professor de geografia, os impactos pandêmicos, claramente, afetaram os estudantes. A rotina do ensino remoto, os problemas econômicos, o luto e os problemas familiares são algumas das situações que atrapalharam a preparação dos alunos. Porém, para Rangel, mesmo diante dos obstáculos, desistir não é a opção. “O aluno não precisa desistir, porque todos, de alguma forma, foram afetados. Uma dificuldade que afetou todas as classes sociais, obviamente de maneiras diferentes. Em segundo lugar, todos precisam compreender que a vida não é só a prova. A vida faz parte da prova, mas a prova não é a vida. A prova é uma etapa da vida. Então, se o aluno se dedicou, ele vai conversar com a prova, e quem não se dedicou, precisa encarar como uma experiência, um aprendizado, para amadurecer em provas posteriores. E se para o aluno a aprovação é o sonho, então ele precisa seguir em frente e lutar por esse sonho. Depois, dará mais valor ao sonho realizado, porque conseguiu realizá-lo mesmo em meio a tantos problemas”, orienta o psicólogo.

Também em entrevista ao LeiaJá, a psicóloga Thais Oliveira destacou a importância dos sonhos na vida dos candidatos. Segundo a especialista, uma das estratégias para os estudantes é o estabelecimento de metas pessoais e profissionais, além da prática do "pensar positivo". Ouça:

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A professora de Linguagens e redação Josicleide Guilhermino, a pedido do projeto Vai Cair No Enem, escolheu um poema para interpretar. Foi uma forma de levar aos candidatos uma mensagem de acolhimento, em meio à ansiedade nos instantes finais antes da prova. Não deixe de ver:

 

Uma publicação compartilhada por Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem)

 

As provas impressas do Enem começam neste domingo (17), com questões de Linguagens, Humanas e redação. No dia 24 deste mês, os estudantes enfrentarão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

Alinhada com a política do Governo Federal de defender 'tratamento precoce' contra a Covid-19, o Ministério da Saúde teve a publicação em que defende o uso de medicamentos sem comprovação científica marcada como enganosa pelo Twitter, neste sábado (16). 

Essa narrativa, desde o início, é defendida por Jair Bolsonaro e também pelo Ministério da Saúde com o ministro Pazuello. Na publicação, o órgão pede que, assim que surgir sintomas, as pessoas deveriam procurar um centro de saúde e solicitar o tratamento precoce. 

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A publicação, por conta da falta de comprovação desse tipo de tratamento, foi marcada pelo twitter como enganosa e com “informações potencialmente prejudiciais relacionadas a Covid-19”.

O governo do Amazonas orientou uma prefeitura do interior do Estado a abrir valas para enterrar seus mortos por não ter previsão de chegada de cilindros de oxigênio em nenhuma cidade do interior. A orientação é citada pelo Ministério Público Estadual, que entrou com uma ação civil pública neste sábado, 16, para obrigar o Estado a enviar oxigênio para o município de Itacoatira, a 269 quilômetros de Manaus.

A Justiça já acatou o pedido. "Se o Estado não enviar o oxigênio ao hospital local de Itacoatiara-AM em quantidade suficiente, como já comprovado, teremos a morte de pelo menos 77 pessoas simultaneamente por insuficiência respiratória, devido à falta do material", afirmou o juiz Rafael Almeida Cró Brito. O prazo é de 12 horas e a multa é de R$ 20 mil por hora de descumprimento.

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Segundo o MP, o secretário de Interior da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), Cássio Espírito Santo, chegou a oferecer câmeras frigoríficas ao prefeito da cidade, Mario Jorge Abrahim, orientando a abrir valas no cemitério local, uma vez que não há previsão para o fornecimento de oxigênio para o município.

A reportagem entrou em contato com o governo do Estado questionando se há planejamento para o envio de oxigênio ao interior, mas não obteve resposta. Dos 63 municípios do interior, apenas 11 têm hospitais, os outros só contam com postos de saúde.

Nenhum dos hospitais do interior tem leito de Unidade de Terapita Intensiva (UTI). De acordo com a promotora de Itacoatiara, Marcelle Arruda, neste sábado há 74 pacientes com covid-19 no Hospital José Mendes, o único da cidade, recebendo oxigênio.

"Ontem (sexta) quatro foram a óbito porque faltou oxigênio e tememos que todos possam morrer entre hoje (sábado) e amanhã (domingo) se não chegar oxigênio", disse. A demanda atual é de 150 cilindros por dia. Metade disso está sendo usada hoje, o resto está vazio.

Além de subscrever a ação civil pública, a promotora entrou neste sábado pela manhã com uma solicitação de urgência ao governo estadual frisando a iminente morte dos pacientes.

"Todas as promotorias das comarcas do interior estão entrando com ações, estamos desesperados, é urgente que parte das doações ou compra de oxigênio do governo do Estado seja para Manaus e para o interior também. Há seres humanos morrendo aqui e sem esperança alguma", disse a promotora Lilian Almeida, de Macapuru, município a 100 quilômetros de Manaus. Segundo ela, a demanda diária atual é de 160 cilindros por dia, e hoje só há 44. A expectativa é que ao longo do dia todas as promotorias locais entrem com ações semelhantes.

Diversas ações do Ministério Público do Estado já cobravam a ausência de leitos de UTI nos hospitais do interior, onde, desde o início da pandemia, são improvisadas UTIs. Pacientes de mais gravidade têm sido transferidos para a capital.

Também na ação deste sábado foi pedido que essas transferências voltem a ser feitas, especialmente agora que estão vagando leitos de pacientes de Manaus transferidos para outros Estados.

Em Parintins, município a 466 quilômetros de Manaus, a situação é parecida. Na sexta, o prefeito da cidade anunciou que na segunda-feira, 18, devem começar a chegar equipamentos da Alemanha comprados pela prefeitura para montar uma usina de oxigênio, que será feita no único hospital público da cidade, Jofre Cohen. Segundo a assessoria da prefeitura, só há oxigênio para os 80 pacientes internados até mais dois dias.

Diante do colapso do sistema de saúde de Manaus e da falta de oxigênio para suprir a demanda de internações por covid-19 no Amazonas, 107 médicos graduados na Venezuela se ofereceram para ajudar Manaus, informou neste sábado, 16, o ministro de Relações Exteriores do país, Jorge Arreaza.

De acordo com o anúncio, os 107 profissionais parte da Associação dos Médicos Formados no Exterior (Amfex) e se apresentaram na sexta ao consulado venezuelano em Boa Vista, Roraima, para ajudar no atendimento médico aos pacientes acometidos pelo coronavírus no Amazonas.

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A brigada, que conta com médicos brasileiros e venezuelanos formados na Universidade de Caracas, Venezuela, enviou documento ao governador Wilson Lima (PSC) nesta sexta-feira, 15. No documento, o grupo afirma que "107 médicos residentes no Brasil estão à inteira disposição para prestar o apoio que seja necessário para nessa luta contra o coronavírus e a favor da vida humana".

A colaboração do país vizinho vem após, no último dia 14, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, orientar que sua diplomacia atendesse ao pedido do governo do Amazonas para liberar uma carga de oxigênio hospitalar da White Martins produzida no país. O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que a Venezuela foi o único país a se prontificar a ajudar o Estado na crise falta de oxigênio.

Além da colaboração dos profissionais da saúde, o ministro chavista também comunicou que informou ao governador do Amazonas que neste sábado os primeiros caminhões de cilindro com milhares de litros de oxigênio saem da fábrica do SIDOR, em Puerto Ordaz, para Manaus.

A cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela, fica a 1.580 quilômetros da capital manauara. Ainda não há estimativas de quando essa carga chegará ao Brasil.

A Itália está suspendendo voos originários do Brasil, anuncia o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza. A medida publicada neste sábado por meio de portaria terá validade a partir do dia 31 de janeiro e é uma resposta, segundo o governo italiano, à nova cepa de coronavírus, que teria sido detectada no País e dado origem à explosão de casos no Estado do Amazonas. Quem transitou pelo Brasil nos últimos 14 dias também está proibido de entrar na Itália, disse Speranza.

Pernambuco se aproxima das 10 mil vidas perdidas para o novo coronavírus. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, neste sábado (16), novos 29 óbitos, que aconteceram entre julho de 2020 e janeiro de 2021. As confirmações fazem o Estado totalizar 9.993 mortes por conta da Covid-19. 

Além disso, o Estado registrou 1.450 novos casos da doença nas últimas 24 horas.  Deles, 1.367 são leves e 83 foram classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). São 240.605 confirmações desde o início da pandemia. 

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Os números foram publicados no Twitter do Governo do Estado. Um boletim mais detalhado é esperado no fim do dia.

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A Argentina detectou o primeiro caso da nova variante do coronavírus em um homem que reside no Reino Unido e chegou ao país no final de dezembro, informou neste sábado (16) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Roberto Salvarezza.

O Consórcio Interinstitucional de Sequenciamento do genoma e estudos genomivos do SARS-COV-2, criado pelo Ministério da Ciência, "detectou a variante de SARS-CoV-2 surgida no Reino Unido em um viajante do exterior. Ele já foi relatado para autoridades de saúde", escreveu o ministro no Twitter.

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Se trata de “um argentino residente no Reino Unido, com histórico de viagens à Áustria e Alemanha por motivos de trabalho, que chega assintomático de Frankfurt à Argentina no final de dezembro de 2020 e em (no aeroporto internacional de) Ezeiza testa positivo para antígenos SARS CoV 2 ", afirma o relatório.

“O resultado foi confirmado por PCR em laboratório e o sequenciamento do gene S confirmou a presença da variante VOC202012/01 (Reino Unido) (linhagem B.1.1.7), sendo a primeira vez que foi detectada no país”, acrescenta.

O homem está em quarentena em um endereço na cidade de Buenos Aires, disse o partido.

A variante britânica do coronavírus é a segunda a ser registrada na Argentina, depois da do Rio de Janeiro. O país iniciou sua campanha de vacinação em 29 de dezembro com 300 mil doses da vacina Sputnik V.

As outras 300 mil doses, que contêm o segundo componente para completar a vacina do laboratório russo Gamaleya, chegam neste sábado de Moscou em avião fretado pelo governo.

Numa primeira fase, são vacinados os profissionais de saúde mais expostos entre os 18 e os 59 anos. Já foram aplicadas 200.759 doses em todo o país, informou a secretária de Acesso à Saúde, Carla Vizzotti, nesta sexta-feira.

A Argentina também aprovou a vacina Pfizer-BioNTech e a vacina AstraZeneca/Oxford. O governo de Alberto Fernández planeja adquirir um total de 51 milhões de doses.

A Argentina, com 44 milhões de habitantes, registrou mais de 1,78 milhão de infecções desde março do ano passado, com 45.227 mortes e 1,56 milhão recuperadas.

A ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI) em todo o país é de 53,7%, em média, mas sobe para 58,9% em Buenos Aires e sua periferia, segundo o Ministério da Saúde.

Na semana passada, as autoridades alertaram para um aumento acentuado de casos em pleno verão do sul, para os quais as atividades noturnas foram restringidas com o fechamento de lojas de 1h às 6h da manhã e as confraternizações foram novamente limitadas a 10 pessoas.

As fronteiras estão fechadas até 1º de fevereiro para estrangeiros não residentes e a chegada de voos diretos do Reino Unido foi proibida.

A Índia começa, neste sábado (16), a maior campanha de vacinação contra o coronavírus do planeta, uma tarefa colossal e complexa em um contexto de medo sobre a segurança da vacina, uma infraestrutura instável e o ceticismo público.

O segundo país mais populoso do mundo espera vacinar 300 milhões dos 1,3 bilhão de habitantes até julho, um número quase igual ao de toda a população dos Estados Unidos.

Profissionais da saúde, maiores de 50 anos e as pessoas consideradas de alto risco são os grupos prioritários para receber duas vacinas aprovadas, embora uma delas ainda não tenha completado os ensaios clínicos.

No primeiro dia, o plano é injetar a primeira de duas doses em 300.000 pessoas, entre elas o primeiro-ministro Narendra Modi.

As autoridades afirmam que as experiências em organizar eleições e campanhas de vacinação infantil da poliomelite e da tuberculose servirá para ajudar nesta enorme imunização em massa.

Cerca de 150.000 trabalhadores da saúde em 700 distritos foram treinados e realizaram vários testes para o transporte das vacinas.

Mas as dimensões do país e a pobreza, junto a redes muito deficientes de transporte e um dos sistemas de saúde com menos recursos, dificultam a tarefa.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 será um "enorme desafio", diz Satyajit Rath do Instituto Nacional de Imunologia.

As duas vacinas aprovadas até agora devem ser mantidas no frio o tempo todo e outras que estão em desenvolvimento também deverão ser conservadas a temperaturas muito baixas.

Para isso, a Índia conta com cerca de 45.000 frigoríficos, 41.000 congeladores de altas temperaturas e 300 refrigeradores de energia solar.

Esses itens serão necessários principalmente quando começarem as altas temperaturas do verão indiano.

Mas nos recentes ensaios na rural Uttar Pradesh, um trabalhador foi visto carregando caixas de falsas vacinas em sua bicicleta.

Também preocupa os planos para administrar todo o processo mediante a aplicação desenvolvida pela Índia, CoWIN, da qual já há várias versões falsas e nem sempre as linhas telefônicas funcionam.

As autoridades também precisam se assegurar que a vacina não acabará no enorme mercado clandestino de medicamentos do país.

Mais de 150.000 pessoas morreram de Covid-19 na Índia e a economia é uma das mais afetadas do mundo, com milhões de desempregados.

Os contágios caíram nos últimos meses, mas os especialistas não descartam uma nova onda devido às grandes congregações em massa nas recentes festividades religiosas.

Com aplicação da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 marcada para este domingo (17), a Polícia Militar de Pernambuco (PM-PE) orienta que pais e responsáveis deixem os estudantes no local de provas e retornem para suas casas, com o objetivo de evitar aglomerações.

Em Pernambuco, cerca de 312 mil candidatos devem participar do primeiro dia da versão impressa da avaliação, que abordará Ciências Humanas, Linguagens e Redação. As provas terão início às 13h30.

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A recomendação foi feita pelo tenente-coronel Augusto Vilaça, que coordena a Operação Enem 2020, durante coletiva de imprensa. "O pai deixa o filho e depois volta. Não precisa ficar lá esperando para a gente poder evitar essas aglomerações. De nada vai adiantar se a gente não tiver colaboração das pessoas", reforçou Vilaça.

Mesmo com acréscimo de 13,7% de inscritos nesta edição, em Pernambuco, a PM reduziu seis lançamentos e vai operar com 1.520 agentes em cada dia de prova. No entanto, por causa dos impactos da pandemia da Covid-19, a expectativa é que menos candidatos realizem o exame.

A segunda prova da modalidade imprensa do Enem 2020 será aplicada no dia 24 deste mês, enquanto que as provas na versão digital serão nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

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A Prefeitura do Recife e o Governo de Pernambuco devem enviar 200 concentradores de oxigênio para auxiliar a cidade de Manaus, Amazonas, no enfrentamento à Covid-19. Serão 100 enviados pelo governo municipal e 100 pelo estadual.

O prefeito João Campos (PSB) afirmou que esses equipamentos estavam no estoque da cidade e eram provenientes dos hospitais de campanha que foram desativados. Esses aparelhos evitam, em muitos casos, a necessidade da utilização de um respirador.

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"Cada concentrador enviado representará uma vida com mais chance de superar esse que é o maior desafio das gerações vivas. A pandemia pede compromisso, urgência e humanidade", disse João Campos.

Nesta sexta (15), a Administração de Fernando de Noronha confirmou dois novos casos da covid-19, além de mais quatro curas clínicas, nas últimas 24 horas. Assim, o arquipélago já soma 349 registro da doença, sendo 81 dos casos importados, e 342 recuperações. Os dois novos pacientes são moradores do arquipélago e estão em isolamento domiciliar. Ao todo, sete pessoas mantêm quarentena.

Está em vigor, desde o último dia 21/12, um novo protocolo de segurança para a entrada de pessoas em Fernando de Noronha. Agora, os testes poderão ser realizados com 48 horas de antecedência da viagem e não mais 24 horas antes do embarque. O resultado negativo, obtido através do exame RT-PCR, deverá ser apresentado no balcão da companhia aérea, no aeroporto de origem. Uma cópia do laudo deve ser deixada no desembarque em Noronha.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou na tarde desta quinta-feira (15), que vai encaminhar agora à tarde um pedido de convocação da Comissão Representativa para que possam discutir o colapso na saúde pública de Manaus.

Além disso, ele quer debater todo o processo que envolve a vacinação no Brasil. "É mais do que urgente que o Parlamento esteja de portas abertas, trabalhando para encontrar soluções para essa situação tão drástica e urgente. Não podemos nos omitir", revela.

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Com coordenação do Ministério da Saúde, uma rede de apoio está sendo criada em todo o Brasil para receber os pacientes de Manaus com Covid-19 que não encontram mais vagas para internação na capital amazonense. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) disponibilizou 150 leitos, distribuídos em nove hospitais universitários federais do País, que fazem parte da rede administrada pela Ebserh, com o intuito de ajudar o estado do Amazonas. 

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE)/Ebserh é um deles e confirmou, nesta sexta-feira (15), que vai disponibilizar dez leitos para esses pacientes com Covid-19. A data em que esses dez pacientes irão chegar ainda não foi definida.

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Para recebê-los, uma força-tarefa foi montada para redefinir os fluxos, reorganizar as equipes e redistribuir os leitos. Os pacientes de Manaus irão ficar internados na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitária do HC – espaço que, em julho do ano passado, passou por requalificação estrutural para garantir mais conforto e qualidade para os pacientes e profissionais.

“Nosso hospital está preparado para receber esses pacientes. Temos uma equipe multiprofissional altamente qualificada, além de infraestrutura física, equipamentos e insumos de qualidade”, garantiu o superintendente do HC-UFPE/Ebserh, Luiz Alberto Mattos.

Como os pacientes infectados pelo novo coronavírus não podem receber visitas devido ao alto risco de contágio, serão feitas visitas virtuais para diminuir a angústia e a distância entre os pacientes e seus familiares, por meio de tablets e outros instrumentos de comunicação.

O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, disse que a Universidade se solidariza com o estado amazonense. “A Universidade cumpre sua função social e compromisso com a vida, colocando seu hospital escola a serviço do povo brasileiro. O HC é um patrimônio público. Só podemos dar a resposta necessária a essa pandemia com a união de profissionais da saúde, cientistas, governos, instituições e a sociedade. A UFPE esteve atuante no enfrentamento da pandemia e permanece à disposição”, afirmou o professor Alfredo Gomes.

O Náutico afirmou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (15) que o CT Wilson Campos e o estádio dos Aflitos serão disponibilizados para serem usados como postos de vacinação contra a Covid-19. Ainda não há previsão para a chegada da vacina em Pernambuco.

Um ofício foi encaminhado ao Governo do Estado e protocolado no Palácio Campo das Princesas, para oficializar a disponibilização da estrutura do clube para quando a vacinação iniciar.

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"Esse vírus tem que ser combatido, um vírus tão cruel que está destruindo famílias, tirando nossos entes querido (...) estamos disponibilizando tanto a sede, os Aflitos, como o CT para que sejam usados como posto de vacinação", afirmou o presidente Edno Melo.

A Justiça Federal do Amazonas deu prazo de 24 horas para que a União e o estado do Amazonas apresentem um plano urgente para resolver o desabastecimento de oxigênio na rede de saúde, de modo a “garantir o direito fundamental  à vida durante a pandemia.”

Enquanto isso, a juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, determinou que o governo federal é responsável pela transferência imediata para outras unidades da federação de pacientes da rede pública “que por ventura estejam na iminência de perder a vida em razão do desabastecimento do insumo oxigênio.”

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A juíza ordenou que fique no estado apenas o número de pacientes que possam ainda ser atendidos com as reservas ainda existentes.

“Fica expressamente esclarecido que qualquer ação ou omissão criminosa de servidores públicos ou agentes políticos, proprietários ou acionistas de empresas fornecedoras de insumos (oxigênio) e que resulte em óbito levará à imediata apuração e responsabilização dos culpados, sujeitos ativos de ilícitos, sem prejuízo das ações de improbidade”, afirmou a magistrada.

Além do planejamento, a juíza determinou que a União e o governo estadual informem se localizaram cilindros de oxigênio em outros estados e que requisitem, transportem e instalem de imediato o material.

O despacho da magistrada, assinado na noite de quinta-feira (15), foi proferido em uma ação aberta pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) e Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Tribunal de Contas do Estado do Amazonas.

Os órgãos pedem uma liminar urgente para obrigar os governos federal e estadual a agirem para resolver a situação de desabastecimento de oxigênio. Entre as medidas, além da requisição de oxigênio na indústria e em unidades de saúde de outros estados, a peça inicial pede também que a Força Nacional seja mobilizada.

Nesta sexta-feira (15), a Força Aérea Brasileira começou a transferir 235 pacientes de Manaus para hospitais de outras 8 unidades da federação: Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Segundo o Ministério da Defesa, desde o início da semana a FAB tem levado cilindros e tanques de oxigênio para o Amazonas.

As transferências de pacientes estão sendo realizadas em meio à sobrecarga do sistema de saúde no Amazonas, em decorrência do avanço dos números da pandemia de covid-19 no estado.

Segundo boletim divulgado na noite de ontem (14) pela Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM), foram registrados 3.816 novos casos de contágio e 51 mortes nas últimas 24h no Amazonas. Desde o início da pandemia, são 223.360 casos e 5.930 mortes.

 

Milhares de pessoas subiram a #impeachmentBolsonarourgente no Twitter por conta das falhas do governo federal na gerência da Covid-19 no Brasil. Um dos principais pontos é a situação calamitosa que o estado do Amazonas está vivendo atualmente.

Sem oxigênio em estoque, algumas pessoas estão morrendo nas UTIs de Manaus. Sem a gerência do Estado, famosos e anônimos estão se mobilizando para comprar cilindros de oxigênio e organizar a logística de entrega

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Um panelaço também está sendo organizado pelos internautas para a noite desta sexta-feira (15), para chamar a atenção das pessoas sobre o impeachment do presidente da República. 

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O governo do Amazonas informou nesta sexta-feira (15) que 235 pacientes com covid-19 serão transferidos da rede pública hospitalar de Manaus para sete estados e para o Distrito Federal. Um primeiro grupo que estava na internado na rede estadual foi removido na manhã desta sexta-feira (15) para continuar o tratamento na capital piauiense, Teresina.

Segundo o Ministério da Saúde, as transferências ocorrerão por via aérea e estão garantidos - de imediato - 149 leitos: 40 em São Luís (MA); 30 em Teresina (PI); 15 em João Pessoa (PB); 10 em Natal (RN); 20 em Goiânia (GO); 04 em Fortaleza (CE); 10 em Recife (PE) e 20 no Distrito Federal.

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A pasta informou ainda que os pacientes que serão trasladados atendem a critérios clínicos definidos pela equipe médica. O transporte será feito em parceria com o Ministério da Defesa por duas aeronaves da Força Aérea Brasileira com capacidade de 25 pacientes deitados em macas.

Situação nos estados

Teresina é a primeira capital que receberá pacientes de covid-19 oriundos de Manaus. O estado do Piauí tem atualmente 52,1% de ocupação em leitos de UTI (146) e conta com 134 leitos disponíveis. Até o momento, o estado já registrou 2.930 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Segundo o governo do Piauí, o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos de covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. 

De acordo com o Painel Covid-19 atualizado pelo governo do Maranhão, o estado tem 62,22% dos leitos exclusivos para o novo coronavírus ocupados. Atualmente, há 84 leitos livres, o correspondente a 37,78%. O estado registra 245 pacientes internados por coronavírus em leitos de UTI na rede pública hospitalar.

Dados da Secretaria de Saúde da Paraíba apontam que o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos para covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. O município com maior número de leitos é João Pessoa, com 139 leitos de enfermaria e 59 leitos de UTI.

O Rio Grande do Norte tem atualmente 64,29% dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 na rede pública hospitalar ocupados. Segundo o governo do estado, 11 leitos de UTI e 9 leitos clínicos estão bloqueados para atendimento de pacientes. Esse bloqueio pode ser realizado por fatores como manutenção, rede de gases em manutenção, vazamentos ou falta de pessoal.

secretaria de Saúde do estado de Goiás informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de covid-19 estão com taxa de ocupação de 59,29%. A capital goiana tem 295 leitos, dos quais 197 estão ocupados (66,78%). O município deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. 

Segundo o governo do Ceará, no estado os leitos de UTI registram uma ocupação de 64,8% e estão com tendência de alta. Os dados disponíveis no sistema, contudo, ainda são referentes à dezembro de 2020.

Os dados sobre internação em Pernambuco englobam informações sobre pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e indicam que há uma ocupação de 83% dos leitos de UTI na rede hospitalar do estado, com 973 pessoas em tratamento. Outros 892 pacientes ocupam leitos de enfermaria nos hospitais para tratamento de covid-19.

A capital federal deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. Atualmente, o Painel Covid-19 no Distrito Federal registra 68,12% de ocupação em leitos públicos com suporte de ventilação mecânica. A rede inclui leitos em hospitais particulares do DF. Segundo o sistema, quase 80% dos pacientes permanecem até 15 dias em internação.

 

A Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia, afirmou nesta sexta-feira (15) que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é segura. Por lei, cabe ao colegiado emitir parecer sobre a segurança de organismos geneticamente modificados (OGMs), como é o caso do imunizante.

A avaliação é uma etapa protocolar e não diz respeito ao uso e liberação comercial da vacina.

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Pela legislação, nesse caso específico, a decisão sobre o uso comercial cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja diretoria colegiada reúne-se no próximo domingo (17) para deliberar sobre a liberação do uso emergencial do imunizante.

A Lei de Biossegurança diz que cabe à CTNBio prestar apoio técnico consultivo ao governo federal em questões de biossegurança. Entre outras funções, o colegiado analisa estudos com OGMs no Brasil, que podem ser plantas transgênicas, vacinas (tanto para humanos quanto para animais), células humanas ou micro-organismos.

Os pareceres técnicos são encaminhados a diferentes órgãos, como a Anvisa, ministérios da Agricultura, Pecuária e Pesca e do Meio Ambiente, ente outros, sempre que houver uso de um OGM.

No caso da vacina de Oxford, usa-se a tecnologia conhecida como vetor viral geneticamente modificado, que utiliza um vírus de resfriado retirado de um chimpanzé, em uma versão enfraquecida de um adenovírus. A esse adenovírus é adicionado o material genético da proteína spike do novo coronavírus (SARS-CoV-2) , induzindo à formação de anticorpos.

“Nós não fazemos o registro do produto, que é atribuição exclusiva da Anvisa. Fazemos uma avaliação, remetemos o parecer para a Anvisa, e a Anvisa acresce isso ao processo dela”, explicou o presidente da CTNBio, Paulo Barroso, durante a entrevista coletiva em que foi apresentada a avaliação do colegiado.

Barroso disse que o colegiado analisou somente a segurança do OGM utilizado na vacina para uso em larga escala na população e ressaltou que a decisão não diz respeito à liberação comercial da vacina.

“Este [liberação comercial] é o nome que ficou na lei, e este nome não é muito adequado. O adequado é: fizemos uma avaliação de segurança e consideramos a vacina adequada, sob o ponto de vista de segurança, para o uso em larga escala na população”, afirmou Barroso.

Questões de importação, distribuição, venda não são “da seara” da CTNBio, disse o presidente do colegiado. “A gente avalia se o transgênico é bom ou ruim, sob o ponto de vista de segurança. O resto é a Anvisa.”

 

O governo de São Paulo já tem 6 milhões de doses prontas para aplicação da CoronaVac, a vacina contra o novo coronavírus que é produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Desse total, 4,5 milhões já estão também rotuladas e serão encaminhadas ao governo federal para que sejam então destinadas aos demais estados brasileiros e ao Distrito Federal.

O restante, por proporcionalidade (São Paulo é o estado com maior população), deve permanecer em São Paulo. Mas o total dessa quantidade destinada a São Paulo, que o governo paulista prevê entre 20% e 25%, ainda será definida em reunião com o Ministério da Saúde.  “As cotas (de doses) dos estados serão definidas possivelmente ainda na tarde de hoje. Definindo essa cota, o estado de São Paulo já vai imediatamente receber e encaminha-las à Secretaria estadual da Saúde”, falou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

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“Alguns procedimentos são necessários por parte do Ministério da Saúde junto ao Butantan, mas tenho certeza absoluta que o ministério, de forma responsável, saberá adotar essas medidas e entrará em contato imediatamente com a direção do Instituto Butantan para que a transferência dessas 4,5 milhões de doses possa ser feita”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

Essa transferência vai depender, segundo o governador, de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso emergencial da vacina. A decisão da Anvisa será anunciada no próximo domingo (17).

Pelo acordo assinado com a Sinovac, São Paulo deve receber 46 milhões de doses da vacina. Desse total, 10,8 milhões já estão em São Paulo, sendo que 6 milhões de doses já estão prontas para aplicação. O acordo assinado pela Sinovac prevê também a transferência de tecnologia, ou seja, o Butantan passará a produzir a vacina em solo brasileiro. A vacina é aplicada em duas doses.

 

Senadores repercutiram o colapso pela falta de oxigênio para pacientes internados com covid-19 em hospitais de Manaus (AM), onde houve relatos de mortos por asfixia nessa quinta-feira (14). Médicos e familiares gravaram vídeos denunciando a falta de cilindros de ar. O estado registrou 3.816 novos casos de coronavírus em um dia, sendo 2.516 somente na capital.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, divulgou nota informando que articula medidas de emergência junto ao Palácio do Planalto para ajudar a combater os efeitos da nova onda da pandemia no estado. Nas redes sociais, Davi também disse que colocou o Congresso Nacional à disposição, em busca do que for necessário para minorar o sofrimento desses brasileiros.

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“Estive em contato com o presidente Jair Bolsonaro, com o ministro Fernando Azevedo, da Defesa, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e, ainda, com o ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campbell, que também é amazonense, para agilizar medidas urgentes de socorro à população”.

O líder do Podemos, senador Alvaro Dias (PR) destacou que cerca de 150 pacientes começaram a ser transferidos de Manaus para oito capitais brasileiras nesta sexta-feira (15). Segundo o parlamentar, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira já iniciaram o transporte dos doentes para estados como Maranhão e Piauí.

“Parabenizamos a FAB pela eficiência que sempre demonstra em missões de emergência como esta. Desejamos que os pacientes que estão lutando pela vida sejam curados. Somos gratos por todos que atuam na linha de frente para salvar os brasileiros”.

O líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), ressaltou que uma onda de indignação e de solidariedade se apresentou Brasil afora, na crise vivida pelos amazonenses. Ele disse que as pessoas socorridas pela FAB para outras cidades do país nesta sexta são “quase nada” diante da tragédia registrada no Amazonas, mas ponderou que cada vida vale o esforço.

“Cada vida merece nossa atenção e nossas orações” — compartilhou.

Críticas

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) considerou a situação em Manaus inadmissível e comparou os hospitais a câmaras de asfixia. Para ela, o Ministério da Saúde e os governos estaduais agem com inoperância em relação ao assunto.

“É desesperador assistir brasileiros sufocados. Uma omissão desumana morrer sem ar, enquanto em países vizinhos a vacina já é aplicada”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu a retomada das atividades presenciais do Congresso para discutir as medidas emergenciais de combate à pandemia. Ele disse que assinou requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) nesse sentido.

“Não temos vacina, falta oxigênio, o sistema de saúde de Manaus já colapsou e em outros locais do país pode acontecer a mesma coisa. Não há estoque de seringas suficientes para atender o plano de Imunização, estamos em um dos mais graves momentos da história do país”.

Líder do PT, o senador Rogério Carvalho (SE) também alertou para a possibilidade de os acontecimentos em Manaus se repetirem em outras partes do país.

“A falta de oxigênio em Manaus nos faz perder o ar diante de tanta negligência com a gravidade em que vivemos. Chega de brincar com a vida dos brasileiros. É lamentável a constatação de que a continuidade do desprezo do governo na segunda onda da pandemia tenha como prejuízo mais e mais vidas perdidas”.

Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), a falta de cilindros de ar nos hospitais é resultado de “negacionismo, falta de informação e uma série de erros”. O senador informou que o Partido dos Trabalhadores acionou o Supremo Tribunal Federal para exigir que o Poder Executivo garanta oxigênio, mobilize a Força Nacional para reforçar a segurança pública e também disponibilize médicos de outras regiões para atender a população de Manaus.

“Deixamos aqui nossa solidariedade e força às famílias, aos guerreiros profissionais de saúde, e a todo o povo de Manaus”.

Ao se solidarizar com os amazonenses, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) considerou a situação dramática e angustiante. Ela defendeu medidas urgentes de socorro à população e lembrou os brasileiros sobre a necessidade de continuarem com as medidas de prevenção e contenção do coronavírus.

“Nunca é demais repetir o protocolo orientado pelos profissionais de saúde: só saiam de casa se necessário, preservem a si e seus entes queridos. Não subestimem a força desse vírus.

O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) também reforçou que, por mais impopulares que sejam as medidas de restrições e distanciamento social, elas ainda hoje são a forma mais eficiente de controle da proliferação da pandemia.

“A situação vivenciada em Manaus é chocante e inacreditável, é de sangrar o coração. Torço para que a vacinação que se aproxima ponha fim a esse pesadelo que vivemos no Brasil e no mundo. Espero, e estou cobrando isso, que o governo federal tome as providências para auxílio imediato à população, de forma que os pacientes contem com os insumos necessários para o tratamento da doença e tenham, acima de tudo, dignidade”.

Para o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), é importante cada um fazer a sua parte, tomando os cuidados para evitar a propagação do vírus e, assim, evitar o colapso no sistema de saúde.

“Temos que ter, sobretudo, consciência. Cada brasileiro pode e deve salvar vidas. Precisamos olhar com carinho e cuidar dos cuidadores. Quando o sistema colapsa, vidas humanas perecem. Os profissionais de saúde estão fazendo um trabalho incansável em Manaus e em todo o Brasil. Em respeito a todos que arriscam suas vidas à exaustão, repito: vamos nos cuidar”.

Plínio Valério (PSDB-AM) disse que é hora de reforçar o sistema de saúde também no interior do estado. E cobrou ajuda dos que defendem a preservação da Amazônia.

“As pessoas no Amazonas estão morrendo asfixiadas. Onde se escondem aqueles que nos cobram a preservar 'o pulmão do mundo'? Se fosse queimada de árvores, a comoção seria mundial. Essa situação dramática nos tira o sono e a preocupação é reforçar o sistema de saúde de atendimento também no interior”.

Governo

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que, embora o problema não seja de responsabilidade da esfera federal, o Poder Executivo tem agido para minimizar o sofrimento dos amazonenses. Ele informou que, em 2020, o governo transferiu recursos da ordem de R$ 8,91 bilhões para o Amazonas, dos quais R$ 2,36 bilhões foram destinados a medidas de combate à pandemia em Manaus.

“Governo Bolsonaro, mais uma vez, provando que ninguém fica para trás mesmo quando a responsabilidade pelo problema não tem absolutamente nada a ver com a esfera federal. Povo de Manaus, conte conosco”.

Veja o que disseram outros senadores:

Fabiano Contarato (Rede-ES)

Em Manaus, em meio à floresta que é pulmão do mundo, nossos irmãos brasileiros estão morrendo por falta de oxigênio envasado. A negligência do poder público desampara e mata, custando milhares de mortes evitáveis.

Confúcio Moura (MDB-RO)

Anteontem foram transportados de Belém cilindros para Manaus A situação é desesperadora, já que o consumo de oxigênio está seis vezes maior por causa do novo surto da covid-19.

Paulo Rocha (PT-PA)

“Não é Manaus que está jogada a própria sorte, é o Brasil que está abandonado”.

Rodrigo Cunha (PSDB-AL)

“A situação enfrentada por Manaus é de intensa calamidade e exige esforço nacional para que possamos minimizar o mais rápido possível a situação. Destaco ainda a necessidade de que todos os parlamentares do país se dediquem a fiscalizar os equipamentos hospitalares dos seus estados. Assim fiz e seguirei fazendo por Alagoas”.

Kátia Abreu (PSD-TO)

“Se avião da FAB está em manutenção, freta avião privado. Faltar oxigênio aos pacientes é crime. Governo do estado também é responsável. Improviso geral com vidas humanas”.

Paulo Paim (PT-RS)

“O Brasil do caos: 207.160 mortes; em 24h, 1.151 mortes; casos confirmados em 24h, 68.656; média de novos casos nos últimos sete dias, 56.453; total de casos, 8.326.115; Manaus sem cilindros de oxigênio; UTIs lotadas; politização e lentidão na aplicação da vacina”.

Weverton (PDT-MA)

“Muito grave o que está acontecendo em Manaus, com pacientes morrendo por falta de oxigênio. A omissão do governo federal, que se nega a estabelecer uma política séria e nacional de enfrentamento à Covid-19, já nos custou vidas demais”.

Humberto Costa (PT-PE)

“Pacientes estão morrendo asfixiados em Manaus. Isso não pode ser tratado com desdém por Bolsonaro e Pazuello. Isso é um problema de todos. É mais que urgente. Sem o oxigênio, equipes tiveram que ventilar manualmente pacientes internados na UTI”.

Soraya Tronicke (PSL-MS)

“Chegamos ao ponto de politizar a vida. O que falta? Que tragédia, que vergonha”.

Cid Gomes (PDT-CE)

“Incapacidade e desprezo levam Manaus a um caos humanitário. Confirmando a perversidade como característica, o presidente, mais uma vez, não enfrenta o problema. O combate à pandemia no país é um fracasso. Choram e sofrem mais de 207 mil famílias. Um crime diário”. 

*Da Agência Senado

 

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