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Com o intuito de evitar a aglomeração de pessoas e preservar pacientes que são dos grupos de risco para a covid-19, a Farmácia de Pernambuco iniciou, desde o mês de abril, entregas em domicílio de medicamentos para os usuários cadastrados em quatro grupos de doenças contempladas pelos Programas da Diretoria Geral de Assistência Farmacêutica (Dgaf) e residentes no Grande Recife. A iniciativa é resultado de força-tarefa das Secretarias Estaduais de Saúde (SES-PE), Desenvolvimento Econômico (Sdec), de Administração (SAD), além do Complexo Portuário Industrial Portuário de Suape e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Mais de 2,3 mil pacientes já receberam seus medicamentos sem sair de casa.

Já foram entregues medicamentos para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma grave, transplantados, doença de Alzheimer, saúde mental, artrites, lúpus e esclerose. O próximo passo é a inclusão dos pacientes diagnosticados com glaucoma. “Pensamos em estratégias que contemplassem uma boa parte das doenças e que impactam o cotidiano das pessoas e com maior volume de usuários cadastrados, beneficiando aqueles que fazem parte do grupo de risco e são mais vulneráveis para o novo coronavírus. Cerca de 2,3 mil pacientes já foram beneficiados com esta ação”, explica a gerente de organização das unidades da Farmácia de Pernambuco, Amanda Figueiredo.

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Os usuários que receberão o medicamento em casa são avisados previamente por ligação telefônica efetuada pela equipe da Farmácia de Pernambuco, evitando, assim, o deslocamento desnecessário à Farmácia de Pernambuco para retirar o medicamento. Desde o início das entregas, a equipe da Farmácia se depara com a seguinte situação: alguns usuários se negam a receber as medicações por acreditar que a iniciativa se tratava, na verdade, de um golpe. “Todos os usuários estão sendo avisados com antecedência sobre a entrega dos seus medicamentos em domicílio. É importante que os pacientes fiquem atentos às nossas ligações e a chegada dos motoristas em suas residências para receber os insumos. Os pacientes podem ficar tranquilos que esta é uma iniciativa oficial, articulada pelo Governo de Pernambuco, e não se trata de golpe”, ressalta a gerente da Farmácia.

As entregas são divididas por bairros e acontecem de segunda a sexta, das 8h às 17h. O trabalho é feito por cerca de 10 equipes dos órgãos envolvidos na mobilização, nos carros oficiais do Governo de Pernambuco. Os funcionários, que foram realocados de seus setores, foram divididos em duplas para otimizar a entrega (enquanto um funcionário entrega o fármaco ao paciente na porta de casa, o outro dirige o veículo). São realizadas por dia, em média, entregas para cerca de 130 pacientes.

Todos os motoristas envolvidos na ação recebem kit com equipamento de proteção individual (EPI) e álcool em gel. O grupo também participa, periodicamente, de capacitações com a área técnica da SES-PE, recebendo as principais orientações sobre uso adequado do EPI e do álcool em gel, além de informes sobre o manuseio e transporte dos medicamentos.

*Da assessoria 

 

Profissionais de enfermagem do Rio de Janeiro denunciaram que estão dormindo no chão no Hospital de Campanha do Maracanã, na Zona Norte da capital. Um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Satemrj) mostra os profissionais de saúde em colchões no chão do hospital.

"Veja as condições do repouso desses profissionais: sem ventilação, com  colchões amontoados  no chão, sem luz. Pelos corredores! Tratados como descartáveis, pois reclamar é se colocar à disposição de ter que escolher esse tratamento ou desemprego", diz o sindicato.

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"Isso é absurdo, é desumano", diz a mulher na gravação do vídeo. Os profissionais cogitaram fazer um ato na entrada no hospital no início do expediente.

A Secretaria de Estado de Saúde afirmou que a situação é inadmissível e enviou uma equipe ao local para resolver as inadequações. A pasta afirmou que vai notificar a organização responsável pela unidade.

Segundo os profissionais de enfermagem, o alojamento dos médicos tem camas, ar condicionado, TV e sofá. Enquanto isso, o vídeo mostra que a equipe de enfermagem chega a dividir colchão.

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A prefeitura de Camaragibe fechou, nesta quinta-feira (14), dez lojas na rua Eliza Cabral, centro comercial do município. Os estabelecimentos fiscalizados não atendiam aos decretos municipal e estadual que determinam o funcionamento apenas do comércio essencial. As equipes do Controle Urbano também realizaram a distribuição de máscaras para os cidadãos e orientaram as pessoas sobre a necessidade do isolamento social.

 A partir de sábado (16), quando entrará em vigor o decreto da quarentena, a prefeitura vai interditar as lojas que reincidirem nas irregularidades.

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 De acordo com a secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Orçamento Participativo do município, Eliana Viana, a preocupação é com o fluxo de pessoas que vão a esses locais que descumprem a quarentena. “Nosso objetivo não é penalizar o comerciante, mas proteger a população camaragibense contra a Covid-19”, destacou.

Segundo a prefeitura de Camaragibe, estão sendo realizadas ações constantes de conscientização e fiscalização de ambulantes e comércios não essenciais. Os agentes têm trabalhado na conscientização para que ambulantes e comerciantes mantenham os estabelecimentos fechados, diz a gestão.

Com informações da assessoria

Eles fazem fila antes de abrir a boca para a coleta de uma amostra do fundo da garganta: preocupados, após o aparecimento de novos casos de Covid-19, os habitantes de Wuhan se submetem obedientemente a testes em massa.

Apesar da chuva, esperam em tendas médicas instaladas em estacionamentos, parques, ou ao pé de edifícios na metrópole onde o novo coronavírus apareceu no final de 2019.

"É uma maneira de ser responsável em relação aos outros e a você", explica à AFP um homem de 40 anos depois de fazer o teste.

Já testado no início de maio, disse que quis fazer um novo exame porque Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes, foi de longe a mais afetada na China. "Se você tem a oportunidade, por que não fazer?", questiona.

Depois da descoberta da transmissão entre humanos do novo coronavírus, a China decidiu em 23 de janeiro bloquear todas as entradas e saídas de Wuhan - que é um grande centro industrial e estratégico para o transporte.

Os habitantes foram forçados a permanecerem confinados em suas casas. Mais de 3.800 pessoas morreram de Covid-19 em Wuhan, de acordo com o balanço oficial - a grande maioria das mortes registrada na China.

O bloqueio da cidade foi suspenso no início de abril. Desde então, a vida tem voltado ao normal aos poucos. Esse otimismo recebeu um golpe nos últimos dias com o anúncio de seis novos casos, depois de um mês sem qualquer contágio adicional.

Por temer uma segunda onda epidêmica, a prefeitura de Wuhan lançou uma campanha de testes em massa.

Homens, mulheres, crianças e idosos, vestidos com roupas de proteção completas e equipados com viseiras de plástico, chegam a essas tendas médicas onde os profissionais da saúde enfiam um "swab" na garganta.

Alguns continuam ansiosos. "As medidas de segurança lá dentro são muito ruins. As pessoas estão muito próximas umas das outras", reclama uma mulher que não quis se identificar.

"A pessoa que faz o teste lida com muitas pessoas, mas eu não a vi lavar as mãos", diz ela. A China conteve a Covid-19 em grande parte em seu território, mas permanece em alerta.

Porque, além dos seis novos casos de Wuhan, outros focos de infecção apareceram nas últimas semanas no nordeste do país, na fronteira com a Rússia.

Em uma reunião do Partido Comunista nesta quinta-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu que "nada seja deixado ao acaso" diante da Covid-19.

"Os resultados duramente conquistados contra a epidemia não podem, em nenhum caso, ser reduzidos a nada", alertou ele, pedindo em particular pelos testes em Wuhan.

Apesar do medo de uma segunda onda, a maioria dos moradores de Wuhan retomou uma vida quase normal. Na quarta-feira à noite, no calçadão ao longo do rio Yangtze, dezenas de pessoas ouviam música tradicional de maneira despreocupada.

Casais mascarados caminhavam ao lado de uma ponte iluminada com enormes caracteres chineses: "Coragem, Wuhan". "É muito bom sair para dançar aqui fora", explica Qiu Jumei, uma camareira de 53 anos. "A atmosfera não era a mesma quando eu dançava sozinha em casa", diz ela.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, nesta quinta-feira (14), que Pernambuco chegou a 15.588 casos do novo coronavírus. O estado também chegou 1298 mortes pela Covid-19.

 Nas últimas 24 horas, foram confirmados 687 novos casos da Covid-19. Desses, 329 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 358 são casos leves.

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 Dos 15.588 casos, 8205 são graves e 7383 leves. A secretaria também confirmou nas últimas 24 horas 74 mortes em decorrência da doença.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) instaurou um procedimento para investigar a caravana "Doutores de Verdade". O programa, com apoio da deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), vem receitando e distribuindo a hidroxicloroquina de graça em comunidades do Recife.

 Em nota, o Cremepe informa que a apuração está regida pelo Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) estabelecido pela resolução CFM nº 2145/2016. O procedimento corre em sigilo processual para não comprometer a investigação.

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Os "Doutores de Verdade" têm feito ações nas periferias da capital. Os locais das caravanas têm sido divulgados nas redes sociais da deputada Clarissa Tércio. "Participei de uma ação com médicos voluntários: Dr. Antônio Aguiar, Dra. Ana Emília e Dra. Terce, que estão atendendo a população com muito amor, competência e hidroxicloroquina", escreveu a deputada em uma das publicações.

 A hidroxicloroquina não teve resultados comprovados contra a Covid-19 pela comunidade científica. O mais recente estudo sobre o tema, desenvolvido por médicos de Nova Iorque e publicado no New England Journal of Medicine, aponta que o medicamento pode não ser eficaz, após não serem encontradas diferenças significativas de mortalidade dos que foram administrados com hidroxicloroquina para os que não foram. Os grupos testados com a medicação tiveram maior incidência de ataque cardíaco.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar pergunta ao Dr. Antônio Aguiar, integrante da caravana, sobre a eficácia da substância. "(...) Medicação essa reconhecida pela sua segurança e eficácia. Ela está no rol da OMS como uma das medicações essenciais em qualquer sistema de saúde e de qualquer país. No momento, vários trabalhos na literatura mundial têm saído mostrando a sua segurança e a sua eficácia no tratamento do coronavírus", diz o médico, omitindo, entretanto, os estudos que apontam na direção contrária e o fato de que o medicamento é considerado seguro para o tratamento de outras enfermidades e não da Covid-19.

 O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também solicitou que o Cremepe informe quais providências foram tomadas a respeito da denúncia de distribuição de medicamentos nos 'consultórios itinerantes'.

Em coletiva na quarta-feira (13), o secretário estadual de Saúde, André Longo, deu indícios de estar ciente da situação e lamentou a distribuição dos medicamentos. "A gente lamenta muito que algumas pessoas tenham passado a distribuir a hidroxicloroquina em alguns lugares inadequados. Acho que isso já está sendo alvo de investigação do Conselho Regional de Medicina porque tinha participação, infelizmente, de alguns profissionais de saúde, inclusive médicos, em um programa que precisa ser melhor avaliado para que a gente possa ter as mínimas condições de segurança na utilização de medicamentos como esse".

Na segunda-feira (11), a advogada Dani Portela, do PSOL, protocolou uma denúncia no MPPE, na ouvidoria do Cremepe e na comissão de saúde da OAB-PE para que a caravana fosse investigada. "Não é com achismos, fake news e falsas esperanças que iremos superar a Covid-19", ela escreveu. A deputada Clarissa Tércio rebateu nas redes sociais. "O Psol me denunciou por estar 'distribuindo' cloroquina nas comunidades. Se eu tivesse distribuindo maconha, certamente seria aplaudida por eles. Ou pílulas abortivas...", comentou a deputada.

 Tércio divulgou ter direcionado metade de seu salário para a compra do medicamento. "Já que o Governo não tem sido transparente quanto ao uso da hidroxicloroquina nas unidades de saúde e diante da urgência de quem necessita, resolvi doar o medicamento para salvar vidas", afirmou. Nos comentários das postagens da parlamentar, muitos internautas têm pedido acesso ao medicamento e parabenizado a deputada.

Os 'Doutores de Verdade' estiveram em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, na segunda-feira (11). Cerca de 150 pessoas foram atendidas.

 Na terça-feira (12), o ministro da Saúde, Nelson Teich, escreveu no Twitter que a cloroquina tem efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita após avaliação médica e com termo de consentimento do paciente.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força Tarefa de Enfrentamento à Covid-19 e da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, recomendou que o governo do estado e a prefeitura do município adotem medidas mais restritivas de isolamento social, típicas de bloqueio total ou lockdown.

Os documentos encaminhados ao governo e à prefeitura têm data de quarta-feira (13), mas foram divulgado nesta quinta-feira (14) pelo órgão. Segundo o MPRJ, devem ser paralisadas as atividades não essenciais e a circulação de pessoas nas áreas mais críticas de contágio do novo coronavírus, principalmente na capital e região metropolitana.

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O Ministério Público baseou-se em “estudos técnicos sustentados em evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde, vigilância sanitária e epidemiológica, mobilidade urbana, segurança pública e assistência social” para fazer a recomendação. Os limites territoriais do lockdown e as medidas a serem incluídas devem ser definidas pelo gestor público.

“O MPRJ recomenda que seja editado um decreto, para vigorar pelo prazo de 15 dias (renováveis), com base em estudos técnicos elaborados pelo estado e o município, bem como os da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), da Sociedade de Infectologia do Rio, do Conselho Nacional de Saúde entre outros, levando em consideração a análise de dados e peculiaridades econômicas, sociais, geográficas, políticas e culturais, respectivamente, do estado e do município”.

Segundo o Ministério Público, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde consideram que o bloqueio total “é eficaz para a redução da curva de casos e para dar tempo da reorganização do sistema, em situação de aceleração descontrolada de casos e óbitos”.

O órgão recomenda também que sejam adotadas medidas da Assistência Social, para “assegurar condições de sobrevivência à população”. Os decretos devem trazer também o plano para a saída do lockdown. O prazo dado pelo MPRJ para o cumprimento da recomendação é de 72 horas tanto para o governo do estado como para a prefeitura da capital.

O governo da Espanha revelou na noite desta quarta-feira (13) os resultados da primeira fase do estudo nacional para detectar a real expansão do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na população e informou que apenas 5% dos espanhóis contraíram a nova doença.

Em números totais, o percentual representa cerca de 2,5 milhões dos cerca de 45 milhões de habitantes do país. O estudo, que está analisando 70 mil pessoas em três fases distintas, ainda revelou que essa taxa de contaminação varia muito por todo o território, sendo muito mais elevada nas cidades mais afetadas pela pandemia.

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Em Madri, epicentro dos casos no país, essa taxa chegou aos 11,3%. A cidade de Sória foi a que teve o maior índice, com 14,2% de contaminados. Na outra ponta, ficaram Múrcia, Astúrias e Canárias, com menos de 2% de casos cada.

Outro ponto interessante da pesquisa é que cerca de 90% dos contágios no país não foram detectados pelo sistema sanitário. A letalidade da doença, sendo que a Espanha contabiliza mais de 27,1 mil mortos, está variando entre 1% e 1,2%, um número um pouco acima do que os especialistas apontavam como a taxa da doença.

Apesar do ministro da Saúde, Salvador Illa, afirmar que os primeiros dados "não surpreendem", o número ficou muito longe da chamada "imunização de rebanho", que estima que ao menos 60% da população precise ser contaminada para a doença ser completamente controlada.

Para Illa, o resultado "valida as hipóteses sobre termos preparado um plano de reabertura" escalonado porque era sabido que "não desenvolvemos a imunidade de grupo". No atual momento, a Espanha vive uma fase de flexibilização das rígidas regras de isolamento social, instauradas em março, para controlar o avanço da Covid-19.

Cada etapa da pesquisa é feita durante duas semanas. Iniciado em 27 de abril, o estudo está sendo liderado pelo Instituto de Saúde Carlos III em parceira com quase 30 laboratórios espalhados pela Espanha.

Da Ansa

Os palhaços da associação Doutores da Alegria são conhecidos pelo tratamento de “besteirologia” que, há 28 anos, é aplicado em hospitais de todo o país. Agora, com a pandemia do novo coronavírus, as equipes também precisaram se afastar do seu ofício por conta da necessidade de se fazer o isolamento social. Os doutores, então, fizeram adaptações ao seu trabalho e estão fazendo o Delivery Besteirológico, uma forma de, mesmo à distância, continuar tratando os pacientes. 

O Delivery Besteirológico dialoga com crianças hospitalizadas, seus acompanhantes, profissionais de saúde e todos aqueles que precisem de uma dose de “besteirologia” e de arte nesses tempos tão difíceis. Os doutores gravam vídeos e postam em suas redes sociais, três vezes por semana, além de enviá-los aos contatos dos hospitais parceiros.  Atualmente, Doutores da Alegria conta com 100 mil seguidores no Instagram e mais de dois milhões e meio de fãs no Facebook. 

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Os vídeos tratam de temas que se integraram à atual realidade, por conta do coronavírus,  como as regras mais rígidas de higiene, o isolamento social e as relações humanas neste momento. Além disso, estão previstos números musicais com o repertório original dos palhaços e histórias que aconteceram nos hospitais ao longo desses 28 anos de atuação no país, sendo 17 deles na capital pernambucana.

O papa Francisco pediu orações de todas as religiões nesta quinta-feira (14) para a humanidade enfrentar o atual momento de luta contra a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"O Alto Comitê para a Fraternidade Humana das Nações Unidas criou hoje um dia de orações e jejum para pedir a Deus misericórdia e piedade neste momento trágico da pandemia. Somos todos irmãos. Francisco de Assis dizia 'todos irmãos' e, por isso, homens e mulheres de todas as confissões religiosas se unam hoje em oração e na penitência para pedir a graça da cura desta pandemia", disse o líder católico durante a missa realizada na Casa Santa Marta.

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No entanto, apesar da urgência do momento, o Pontífice afirmou que a sociedade age de maneira "inconsciente" para outras situações tão sérias quando essa.

Segundo o Papa, o novo coronavírus "chegou como um dilúvio" porque "não esperávamos" por ele, mas "há outras pandemias e nós não percebemos, ficamos inconscientes perante às tragédias".

"Há pandemia da fome, onde nos quatro primeiros meses desse ano morreram 3,7 milhões de pessoas. Essa oração de hoje nos faz pensar nas outras pandemias: fome, guerras, crianças sem educação escolar. Que Deus pare essas tragédias", afirmou durante a homilia.

O líder católico destacou que pedir oração de todas as crenças não é um "relativismo religioso" porque o "Pai é de todos".

"Cada um reza como sabe, como pode, como recebeu da sua própria tradição. Não devemos rezar um contra o outro. Que o Senhor tenha piedade de nós e pare essa pandemia. Hoje é um dia de fraternidade, um dia de orações", concluiu.

Da Ansa

A série de relatos de crianças internadas com choque tóxico pode estar ligada à difusão do novo coronavírus (Sars-CoV-2), concluiu uma pesquisa dos médicos do setor de pediatria do hospital Papa Giovanni XXIII de Bergamo, na Itália.

O estudo, publicado na renomada revista científica "The Lancet", foi baseado na descrição de 10 casos observados entre os meses de fevereiro e abril, sendo que oito dos menores testaram positivo para a Covid-19. Para os outros dois casos, a pesquisa aponta que podem ser relacionados a resultados "falsos negativos".

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A alta registrada no hospital no número de casos é 30 vezes maior do que o período entre 2015 e 2019. De acordo com a entidade, houve 19 diagnósticos similares à Síndrome de Kawasaki entre 2015 e 2020, sendo que 10 casos foram constatados entre 18 de fevereiro e 20 de abril. A média era de quatro confirmações por ano da doença.

Os pesquisadores informaram outro ponto de destaque nas confirmações deste ano: as crianças apresentaram a doença de maneira mais grave, com mais complicações cardíacas. Por este motivo, os médicos de Bergamo classificaram os casos como "doença similar à Síndrome de Kawasaki, porque os sintomas são diferentes e mais graves do que a patologia conhecida até agora".

"Estamos começando a ver casos de pacientes que chegam aos hospitais com os sinais da doença de Kawasaki também em outras áreas duramente atingidas pela pandemia, como Nova York e o sul da Inglaterra. O nosso estudo fornece, pela primeira vez, uma clara evidência de uma ligação entre a infecção da Sars-CoV-2 e essa condição inflamação", explica o principal autor do trabalho, o médico Lorenzo D'Antiga.

Outra pesquisadora do estudo, Annalisa Gervasoni, ressaltou que a experiência vivida no hospital italiano conta com "uma parcela muito pequena das crianças com Sars-CoV-2 que desenvolve a doença de Kawasaki". "Porém, é importante entender as consequências do vírus nas crianças, especialmente agora que os países estão começando a afrouxar as medidas de lockdown", finaliza a médica.

Bergamo é uma das províncias italianas mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus no país, com mais de 12,2 mil casos da doença.

No fim de abril deste ano, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido enviou um alerta para hospitais e clínicas do país sobre uma "doença misteriosa" que estava atingindo crianças e que poderia ser relacionada à Covid-19.

Segundo o documento, em três semanas, já havia relato na casa das dezenas de crianças com um "estado inflamatório multissistêmico", sendo que os pacientes recebiam tratamento para uma forma da síndrome de choque tóxico.

Apesar de não registrar oficialmente mortes da nova doença, o NHS pediu que médicos notificassem o sistema no caso de internação de crianças com os sintomas, como dores e problemas estomacais agudos, problemas cardíacos causados por inflamação das artérias e manchas relacionadas a choques tóxicos.

Após o pedido britânico, os governos da França e também do estado de Nova York, nos Estados Unidos, relataram que crianças foram internadas com sintomas semelhantes à Síndrome em números acima do que é considerado normal.

Essa é a primeira vez que a descobre-se um efeito grave do novo coronavírus em crianças e adolescentes, que são os menos afetados pela doença em todo o mundo. 

Da Ansa

Quarta-feira, 13 de maio de 2020. Nesta data, o Pará registrou num dos mais trágicos índices de sua história. Segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), o Estado registra 10.344 casos confirmados de covid-19, com 1.022 mortos. Há 723 casos em análise e 3.213 foram descartados; 6.023 pessoas se recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus.

A pandemia tem dados alarmantes. Em Belém, a rede hospitalar sobrecarrecagada já não dá conta do atendimento de pacientes com sintomas da covid-19. Faltam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para casos graves nos hospitais das redes pública e privada. O atendimento no Instituto Médico Legal (IML) e o serviço funerário da capital estão em colapso. A prefeitura abre covas para sepultamentos coletivos no cemitério municipal do Tapanã, na periferia da cidade.

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No interior e Região Metropolitana, a população também já convive com o medo. Dez municípios decretaram o lockdown (bloqueio total de atividades não essenciais) para controlar a movimentação de pessoas nas ruas e tentar conter a propagação do vírus.

Com índice de 50,11% de isolamento social, o Pará atingiu o terceiro lugar no ranking brasileiro entre os Estados onde a população mais tem permanecido em casa. Os números são da terça-feira (12), o que deixou o Estado atrás do Ceará e do Amapá. Apesar da colocação, a taxa foi abaixo do registrado na segunda (11) e no domingo (10) quando o Pará obteve a primeira colocação. Já a capital paraense, atingiu taxa de 54,7% de isolamento na terça-feira (12). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).

O secretário de Segurança Pública do Estado, Ualame Machado, em entrevista à Agência Pará, disse que o índice foi praticamente o mesmo que do Amapá e Ceará,que também adotaram medidas restritivas de lockdown. “O Pará vem figurando nos últimos três dias, domingo, segunda e terça, com os melhores índices do Brasil, esses dias coincidem com os primeiros três dias de aplicação de penalidade do decreto de lockdown, porém esse percentual ainda não é o recomendado. Nossa meta é atingir os 70% de isolamento. Então nós vamos persistir na necessidade das pessoas ficarem em casa”, reforça.

Com o Hospital de Campanha do Hangar já quase sem leitos para internação, o governo acelera a montagem do segundo Hospital de Campanha de Belém, que será no Centro de Convenções da Assembleia de Deus. Segundo aa Agênca Pará, 80% das obras estão concluídas.

O hospital terá 240 leitos clínicos distribuídos em uma área de 50 mil metros quadrados. A unidade atenderá pacientes com casos leves e moderados da covid-19 em Belém e Região Metropolitana e deve entrar em funcionamento em quinze dias.

Com informações da Agência Pará e Sespa. 

O governo francês disse nesta quinta-feira (14) que seria "inaceitável" que o grupo farmacêutico Sanofi desse prioridade aos Estados Unidos no caso de encontrarem uma vacina contra a Covid-19, como afirmou um funcionário da empresa.

"Para nós, seria inaceitável que haja um acesso privilegiado para este, ou aquele país, sob um pretexto que seria monetário", disse a secretária de Estado da Economia da França, Agnès Pannier-Runacher, em declarações a uma emissora de rádio.

O governo dos Estados Unidos terá "direito a pedidos maiores", disse o CEO da Sanofi, Paul Hudson, em entrevista à agência Bloomberg na quarta-feira (13), alegando que o país "investiu para tentar proteger sua população".

Segundo ele, os Estados Unidos "compartilham o risco" ao procurarem tratamento em colaboração com a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédica Avançada (BARDA).

Hudson acrescentou que esse avanço pode acontecer em alguns dias, ou semanas.

Nesta quinta-feira, porém, o diretor da Sanofi na França, Olivier Bogillot, garantiu que o grupo não dará prioridade aos Estados Unidos na distribuição de uma vacina, se a União Europeia (UE) for igualmente "eficaz" para financiar seu desenvolvimento.

"Os americanos são eficazes neste período. A UE também deve estar nos ajudando a disponibilizar esta vacina rapidamente", afirmou.

Em uma nota, a Sanofi disse ainda que "a produção em solo americano seria dedicada principalmente aos Estados Unidos, e o restante de suas (capacidades) de produção seria destinado à Europa, à França e ao resto do mundo".

A empresa também se comprometeu a tornar esta possível vacina "acessível a todos". "A Sanofi disse que seria acessível a todos os países e estou satisfeito. Essa vacina deve ser um bem público global", disse à Rádio France Info a ministra francesa de Educação Superior, Pesquisa e Inovação, Frédérique Vidal.

"Nos Estados Unidos, sempre há essa espécie de preferência nacional, o que significa que, quando existe um produto inovador fabricado em seu solo, há uma prioridade de distribuição para os americanos", disse o virologista Bruno Lina, membro do conselho científico francês.

"Fábricas de produção localizadas nos Estados Unidos servirão aos Estados Unidos e aquelas fora dos Estados Unidos servirão ao resto do mundo", acrescentou.

A pandemia do novo coronavírus está em uma fase crítica na América Latina nesta quarta-feira (13), com números recorde de mortes no Brasil e um aumento agudo de casos no Chile, enquanto várias cidades europeias avançam na suspensão do confinamento.

À medida que o coronavírus cede na Europa - onde causou 160.000 mortes - e as autoridades apresentam um plano para as férias de verão no hemisfério norte, a curva de contágios dispara na América Latina e ameaça colapsar os serviços sanitários.

Em um momento em que o número de mortos no mundo alcança os 294.000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que é possível que o vírus nunca desapareça.

Nas últimas 24 horas foram contabilizadas 749 novas mortes no Brasil pela pandemia, que já matou 13.149 pessoas no país.

Com mais de 11.000 infectados em um único dia, o Brasil contabiliza 188.974 casos, o país mais atingido da região, pois acumula quase metade do número de contágios da América Latina e do Caribe, que nesta quarta-feira passou dos 400.000.

O Peru segue o Brasil, com 76.306 contágios e 2.169 falecidos, e o México, com 38.324 casos e 3.926 mortos.

Na terça-feira, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) advertiu que os sistemas de saúde do Rio de janeiro e de Lima estão "no limite" e nesta quarta, médicos e enfermeiros protestaram em várias cidades peruanas para denunciar a falta de itens de proteção.

No Chile, as autoridades decretaram quarentena total em Santiago depois que foram registradas nesta quarta 11 novas mortes e 2.660 casos de Covid-19 em 24 horas, 60% a mais do que no dia anterior. O país tem 34.381 contagiados e 346 falecidos.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou que já se vê luz no fim do túnel. Em uma primeira fase, 269 municípios em 15 dos 32 estados mexicanos que apresentam muito poucos casos positivos, retomarão as atividades de trabalho e vão retomar as aulas a partir de 18 de maio.

Em um momento em que empresas e governo buscam freneticamente uma cura e uma vacina contra o coronavírus, a Bolívia se aventurou a autorizar um medicamento antiparasitário, frequentemente utilizado em animais, para tratar o vírus.

- UE tenta salvar férias de verão -

Enquanto o movimento voltava pouco a pouco às ruas e aos comércios da Europa, a Comissão Europeia urgiu nesta quarta-feira um retorno progressivo do turismo com a suspensão gradual das restrições de circulação devido ao novo coronavírus, com o objetivo de salvar a temporada de verão.

"Não vai ser um verão normal, mas se todos cumprirmos com a nossa parte, não temos que enfrentar um verão presos em casa ou totalmente perdido para a indústria do turismo", afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão.

Bruxelas propôs aos 27 países da União Europeia (UE), responsáveis por suas políticas domésticas, uma abordagem coordenada para suspender as restrições nas fronteiras, que seja "gradual" e "sem discriminação" entre países ou cidadãos.

É que o turismo representa mais de 10% do PIB da UE e quase 12% dos empregos no bloco, lembrou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que advertiu para a "dependência" de países como Espanha, Itália e Grécia neste setor.

Áustria e Alemanha já anunciaram que preveem restabelecer a partir de 15 de junho a livre circulação em sua fronteira comum, fechada desde meados de março.

- EUA acusa China de tentar roubar pesquisas -

Nos Estados Unidos, país com maior número de mortos pela pandemia, com mais de 83.249, a capital, Washington, anunciou que prorrogará até 8 de junho a ordem para as pessoas ficarem em casa.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) advertiu que podem ser necessárias mais medidas de estímulo e que os danos causados pela pandemia do novo coronavírus à economia americana poderiam ser "duradouros".

Este alerta derrubou os mercados europeus e também atingiu Wall Street.

No meio desta crise, as autoridades americanas acusaram hackers ligados a Pequim de tentar roubar "propriedade intelectual e dados públicos relacionados a vacinas, tratamentos", vinculados com as pesquisas sobre a Covid-19.

Apesar do avanço do vírus nos Estados Unidos, a pandemia representou uma queda no registro de acidentes e o adiamento de procedimentos eletivos, razão pela qual muitos hospitais têm demitido profissionais de saúde.

"No sul da Flórida não há pacientes suficientes, o hospital não pode pagar todo o pessoal que não tem nada para fazer", conta à AFP Dayna James, de 40 anos, que costumava trabalhar em uma emergência de um centro de saúde de Miami dois dias por semana. "É triste, é a minha vocação, é minha carreira há 17 anos".

- A ameaça de uma segunda onda -

A Rússia, segundo país com mais casos, registrou mais de 10.000 contágios adicionais em 24 horas, após um relaxamento nas medidas de confinamento.

O governo russo reconhece 2.212 mortes causadas pela Covid-19, mas muitos críticos do Kremlin suspeitam que as autoridades atribuam outras causas a mortes por coronavírus.

Na Grã-Bretanha, com 32.682 mortos e 226.463 casos, os cidadãos voltaram nesta quarta-feira ao trabalho em ônibus lotados e, inclusive, puderam jogar golfe no primeiro dia da flexibilização de um confinamento que continuará parcialmente até junho.

Em Hong Kong foram registrados nesta quarta dois contágios por coronavírus, pondo fim a um período de 24 dias sem a detecção de novos casos, despertando o temor de um ressurgimento da epidemia.

Na China continental, a cidade de Jilin, no nordeste do país, impôs o confinamento parcial após o aparecimento de novos casos, que também geraram o temor de uma segunda onda de contágios.

A OMS se mostrou "surpresa" com a falta de preparo de alguns países para enfrentar uma pandemia como a do novo coronavírus, declarou à AFP a encarregada de riscos infecciosos da organização, Sylvie Briand.

"Quando se compara, por exemplo, o que acontece na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, vê-se claramente que os países asiáticos estão muito mais preparados", disse, após lembrar que o aparecimento, em 2003, da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) "deixou cicatrizes importantes", tanto na saúde quanto na economia dos países asiáticos.

A prefeita de Washington estendeu nesta quarta-feira (13) até 8 de junho o confinamento na capital americana devido ao aumento de casos de Covid-19, diferentemente de outras localidades do país, que começam a reabrir seus negócios para evitar maiores danos à economia.

O decreto da prefeita, Muriel Bowser, prorroga a medida imposta desde o começo de abril e que deveria terminar nesta sexta-feira (15) em sintonia com as ordens dadas nos subúrbios da cidade, situados nos estados vizinhos de Maryland e Virgínia.

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Estes dois estados estão abrindo gradualmente sua economia, mas estabeleceram outro ritmo para as comunidades vizinhas a Washington, que tem uma população de 700.000 pessoas, devido aos riscos do novo coronavírus.

"O número de novos casos diários diagnosticados de Covid-19 ainda tem que cair e o de mortes diárias não baixou", disse Bowser. A região metropolitana de Washington tem 6.584 casos e 350 mortes, sem contar os infectados nos subúrbios.

Na segunda-feira, a prefeita inaugurou um hospital de campanha com 437 leitos no Centro de Convenções de Washington, com um discurso no qual disse que esperava "nunca ter que usar" este local.

Os Estados Unidos são o país do mundo com maior número de mortos pelo coronavírus, com mais de 82.640 casos fatais, mas o confinamento gerou uma contração da economia e uma alta do desemprego de até 14,7%, o que tem motivado protestos em várias localidades exigindo a reabertura.

As microgotas de saliva gerados durante a fala podem permanecer suspensos no ar em um espaço fechado por mais de dez minutos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (13), que destaca o provável papel desse mecanismo na propagação do novo coronavírus.

A disseminação do Sars-Cov-2 por tosse e espirros é amplamente conhecida, mas quando falamos, também projetamos gotículas invisíveis de saliva que podem conter partículas virais.

Quanto menores, mais permanecem suspensos no ar, enquanto os mais pesados, devido ao efeito da gravidade, caem mais rápido no chão.

A transmissão pelo ar expirado é bem estudada para vírus como o sarampo, que é um dos mais contagiosos e conhecidos e capaz de apresentar gotas microscópicas, mas os pesquisadores ainda estão tentando quantificar esse tipo de transmissão para o vírus que causa a COVID-19.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK) fizeram uma pessoa repetir a frase "permanecer saudável" em voz alta por 25 segundos em uma caixa fechada.

No experimento, um laser projetado na caixa iluminou as gotas, permitindo que fossem vistas e contadas. As gotas permaneceram no ar por uma média de 12 minutos.

Considerando a concentração conhecida de coronavírus na saliva, os cientistas estimam que falar em voz alta pode gerar o equivalente por minuto de mais de 1.000 gotas contaminadas, capazes de permanecer no ar por 8 minutos ou mais em um espaço fechado.

"Essa visualização direta demonstra como a fala normal gera gotículas no ar que podem permanecer suspensas por dezenas de minutos ou mais e são capazes de transmitir doenças em espaços confinados", concluíram os pesquisadores.

Em um artigo publicado na revista NEJM de abril, a mesma equipe descobriu que falar menos alto produzia menos gotas.

A confirmação do nível de contágio do Sars-Cov-2 falando e não apenas pelas gotas de saliva que caem nos interruptores, rampas ou maçanetas ajudará a justificar cientificamente o uso da máscara, agora recomendada em muitos países, e a explicar a alto contágio do vírus.

Com a repercussão da reportagem sobre o caso de um idoso de 82 anos, que mesmo depois de fazer três testes de covid-19 e receber o resultado negativo para todos eles, ser encaminhado para a UTI de covid-19, o Ministério Público de Pernambuco confirmou ao LeiaJá que a 2ª Promotoria de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho notificou o Hospital Dom Helder Câmara, localizado no Grande Recife.

A unidade terá que prestar informações e, se for o caso, tomar as devidas providências - "visto que é preciso verificar quais foram os critérios médicos que embasaram a referida transferência", explica o MPPE.

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O homem de 82 anos é portador de Alzheimer e diabetes e deu entrada na unidade de saúde no dia 17 de abril, apresentando alguns problemas pulmonares e, por conta da suspeita do novo coronavírus, precisou ficar as primeiras semanas na ala que cuida dos casos de coronavírus.

Como não foi atestado o vírus, o idoso foi transferido e ficou sob cuidados médicos na enfermaria comum. No entanto, como no último domingo (10), apresentou uma piora, teve que retornar, sem explicações sólidas, de volta para a ala do Covid-19.

É por conta do rísco de contaminação e do Alzheimer que a família está lutando para conseguir ajudar o homem. Nesta quarta-feira (13), Ana Lucia Ferreira, filha do paciente, atualizou que o Ministério Público de Jaboatão dos Guararapes orientou a família a pedir uma cópia da requisição da tomografia computadorizada e do parecer neurológico ao hospital. "Esse laudo (neurológico) se faz necessário para que possamos comprovar que o estado de saúde dele é por conta da falta das medicações (para o Alzheimer)", explica Ana.

O estado de saúde do idoso, segundo a filha, está normal. "Mudaram os antibióticos e os exames também não deram alteração - por isso precisamos urgente do Neuro. Não adianta tanto antibiótico sem esse parecer. Achamos que ele só vai reagir as medicações com o Alzheimer controlado", pontua Ana.

 

 

O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luíz Henrique Mandetta (DEM), concedeu uma entrevista à CNN dos Estados Unidos na qual fez críticas à maneira como o presidente brasileiro conduz a crise do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no país.

A entrevista foi ao ar pouco antes do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgar os exames realizados por Bolsonaro para detecção da Covid-19, que tiveram resultado negativo. Mandetta, portanto, ainda não sabia o resultado dos exames quando declarou que o presidente estava na “viagem do coronavírus”, referindo-se à ida de uma comitiva brasileira aos Estados Unidos.

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"O que eu sei é logo depois que ele fez uma viagem aos EUA, na qual todos eles [a comitiva presidencial] jantaram com o presidente [Donald] Trump e o cara da comunicação [o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten] voltou no avião com a doença. Das pessoas que viajaram com ele, 17 testaram positivo até 15 dias depois que ele chegou. Essa viagem foi uma viagem do coronavírus", disse Mandetta.

Nas palavras do ex-ministro, a influência de Donald Trump sobre Bolsonaro é apenas parcial, uma vez que o presidente dos Estados Unidos já voltou atrás em algumas de suas posições contrárias ao isolamento para combater o coronavírus, diante da grande mortalidade registrada no país.

“Infelizmente, ele é um dos poucos líderes mundiais que continua com esse posicionamento que a economia deve voltar a qualquer custo e que a perda de empregos será pior e que as pessoas deveriam se preocupar em como manter a economia ativa", disse Mandetta na conversa com a jornalista Christiane Amanpour. "Então é bem difícil dizer às pessoas que devemos que deixar a doença seguir seu curso natural e não nos expormos. O Trump ao menos voltou atrás", afirmou o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.

Mandetta dirigiu o Ministério da Saúde antes e durante a crise sanitária causada pelo novo coronavírus, mas suas posições em nome do isolamento social contrariavam a vontade do presidente Bolsonaro, que segue defendendo o afrouxamento das medidas de contenção. O confronto direto levou à fritura e demissão do agora ex-ministro, que foi substituído pelo oncologista Nelson Teich.

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A equipe mais famosa da Fórmula 1 decidiu usar todo seu aparato tecnológico para produzir respiradores usados em pacientes com casos graves de Covid-19. O anúncio foi feito pela escuderia Ferrari nesta quarta-feira (13) e promete um aparelho abaixo do valor de mercado. 

Segundo a publicação, o produto foi desenhado e criado em cinco semanas. versátil e fácil de usar melhora o consumo de oxigênio para pacientes com dificuldades na função respiratória, sintoma comum em casos do coronavírus.

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"A Scuderia Ferrari Mission Winnow e o Instituto Italiano de Tecnologia uniram forças para criar um ventilador pulmonar que pode ser usado pelos hospitais como uma ferramenta vital para lidar com emergências como a atual pandemia global do vírus COVID-19", diz um trecho do texto publicado no site da marca italiana. 

Como acontece com os protótipos da Fórmula 1 o respirador ganhou um nome, FI5, e é segundo a construtora apenas uma das iniciativas que serão tomadas na luta contra a pandemia do Covid-19. "O desafio do COVID-19 foi o que queríamos enfrentar. O FI5 é a contribuição que fizemos como Scuderia, apresentando a essência do que faz uma equipe de Fórmula 1 e, mais importante, todas as características que tornam a Ferrari especial; sua paixão , sua criatividade e seu desejo de melhorar", contou Mattia Binotto, diretoria administrativa e de gestão esportiva da Ferrari.

 

Na tarde desta quarta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal divulgou os três exames de Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro - todos deram negativo. Mesmo tendo sido feito por Bolsonaro, nenhum dos exames estão com o seu nome. Os dois feitos no Hospital das Forças Armadas (HFA) estão com pseudônimos de Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz - o feito na Fundação Oswaldo Cruz veio com o codinome "paciente 05". 

 

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Além dos nomes, documentos como RG e CPF e a data de nascimento também não são do presidente. A "ampla publicidade" dos resultados dos exames feitos por Bolsonaro foi determinada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que aponta que a União entregou espontaneamente os laudos dos exames, antes mesmo de ser intimada pela Justiça. 

 

 

 

Bolsonaro realizou os primeiros exames nos dias 12 e 18 de março. Sendo a primeira testagem feita um dia depois do presidente voltar dos Estados Unidos. O que chamou a atenção na época foi que, do grupo que integrou a comitiva do presidente, 23 pessoas acabaram sendo diagnosticadas com a Covid-19, incluindo o secretário de Comunicação Social, Fabio Wajngarten e Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

 

 

 

O presidente fez o terceiro exame no dia 18 de março, no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da FioCruz, no Rio de Janeiro. Até o momento de determinação do STF, Bolsonaro se negava em divulgar os exames e seus resultados, mesmo tendo todos apresentado negativo para a Covid-10.

 

 

 

Justificativa para uso dos "nomes fantasia"

No dia 30 de abril, em entrevista à Rádio Guaíba, Bolsonaro disse, mesmo antes de divulgar os exames, que usa "nomes fantasia" em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger. "Sou uma pessoa conhecida para o bem ou para o mal. Quando fui medicado, coloquei nome fantasia porque na ponta da linha está um ser humano, não se sabe o que pode ser feito se alguém souber que é Jair Bolsonaro", justificou o presidente.

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