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O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou o mês de outubro em 47,6%, menor do que em setembro (47,7%). O recorde da série histórica do Banco Central ocorreu em julho de 2022 (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,2% no décimo mês de 2023, mesma taxa de setembro.

Outubro foi o quarto mês de operação do programa federal de renegociação de dívidas Desenrola. Na fase do programa iniciada no dia 17 de julho foi possível renegociar dívidas bancárias de consumidores que ganham até R$ 20 mil mensais, sem garantia do Tesouro Nacional. Além disso, o nome de pessoas que tinham dívidas de até R$ 100 nos bancos foi "desnegativado" automaticamente, sem o perdão dos compromissos. A segunda fase, para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640,00), começou no fim de setembro e tem garantia do Tesouro.

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Segundo os dados do BC para o mês de outubro, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou o mês em 27,2%. Em setembro, o porcentual era de 27,3%. O recorde da série foi registrado em junho de 2023, com 28,4%. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 25,2% no nono mês do ano para 25,1% em outubro.

As mulheres empreendedoras de Pernambuco poderão receber um suporte para os seus negócios através de uma nova iniciativa lançada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (Sedepe) e da Secretaria da Mulher. Em evento na noite dessa quinta-feira (23), no Recife, a governadora Raquel Lyra lançou o Bora Empreender Mulher, uma modalidade do programa Bora Empreender específica para a população feminina. A iniciativa vai ofertar uma linha de crédito em duas categorias, de até R$ 4 mil e de até R$ 8 mil, por beneficiária, além de oferecer cursos de qualificação.

Ao lado da vice-governadora Priscila Krause, a governadora assinou a autorização para o início do programa. O Bora Empreender Mulher pode chegar a liberar até R$ 105 milhões e a estimativa é que sejam realizadas até 35 mil operações de crédito. O cadastro é feito pelo site sedepe.pe.gov.br.

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“Pernambuco é um Estado que tem uma força cultural imensa e um potencial extraordinário da sua gente. Mas, historicamente, as mulheres foram deixadas de lado. E agora a gente lança o Bora Empreender Mulher, um programa que alia qualificação empreendedora a microcrédito, permitindo que as mulheres possam alavancar o seu próprio negócio e abrir novas oportunidades de trabalho. É uma chance para a gente ver os lares, especialmente os chefiados por mulheres, se desenvolverem, trazendo mais qualidade de vida para as famílias”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O microcrédito será destinado para mulheres que pretendem começar o próprio negócio e para aquelas que desejam melhorar o desempenho de um empreendimento que já possuem. A primeira etapa do cronograma tem início ainda neste mês de novembro. “Nós, da Secretaria da Mulher, contribuímos semanalmente para a melhoria de uma plataforma de ciência de dados que está ajudando o Estado a promover a equidade de gênero. Transversalidade, uso de tecnologia na gestão pública, tudo isso tem sido feito em prol das mulheres de Pernambuco nesse programa e em outras iniciativas”, frisou a secretária da Mulher, Mariana Melo.

O ticket médio oferecido pelo programa será de R$ 3 mil por beneficiária e os financiamentos serão concedidos por meio de recursos próprios da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE). “O programa Bora Empreender já existia, e aí a gente pensou em alguma coisa que pudesse ser mais ampla e bem direcionada. Fizemos um mapeamento com indicadores estatísticos do mercado de trabalho. Feito isso, construímos as linhas de capacitação e identificamos como a gente poderia entrar com a linha de crédito”, registrou a presidente da AGE, Angella Mochel.

Poderão ser beneficiadas todas as empreendedoras formais ou informais do Estado, pessoas físicas e jurídicas, que concluam a trilha de qualificação montada pela Sedepe. O crédito poderá ser liberado de duas formas. Na primeira, de até R$ 4 mil, para empreendedoras informais, com até 10 meses para pagar. Na segunda, de até R$ 8 mil, para Microempreendedora Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) com até 12 meses para quitar o financiamento. Em ambos os casos, haverá análise cadastral e de crédito da beneficiária, sendo obrigatória a apresentação do certificado de conclusão do curso realizado.

Para solicitar o microcrédito por meio do programa, as empreendedoras devem realizar anteriormente os cursos de qualificação que vão gerar a certificação. Essa capacitação será oferecida em parceria com a associação educativa Junior Achievement Pernambuco (JA Pernambuco). Esta primeira etapa, que vai de novembro de 2023 a março de 2024, pretende beneficiar 500 mulheres, divididas em três grupos. Os conteúdos ministrados compreendem conhecimentos em marketing, finanças, vendas, ferramentas gerenciais e direcionamentos para utilização consciente de crédito, entre outros. 

Os Grupos 1 e 2 vão contemplar o total de 400 participantes, que receberão capacitação no formato EAD, com carga horária de 10h distribuídas em quatro aulas para cada turma. Nesta modalidade, haverá oito turmas de 25 pessoas. Já o Grupo 3 será qualificado no formato presencial, em seis encontros com carga horária de 1h30 cada, totalizando nove horas de aula para cada turma. Este grupo será composto por 100 participantes, distribuídos em cinco turmas.

Neste primeiro momento, o cronograma de capacitação será voltado para empreendedoras dos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, São Lourenço da Mata, Paulista e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão. As referidas cidades estão entre as dez com índices de violência mais elevados em Pernambuco, de acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS). Até o final de 2026, o Bora Empreender Mulher deverá oferecer o total de 37 mil vagas de qualificação para mulheres em todo o Estado.

Estiveram presentes no lançamento os secretários estaduais Ana Maraísa (Administração), Hercílio Mamede (Casa Militar), Ana Luiza Ferreira (Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha) e Daniel Coelho (Turismo e Lazer). Também participaram do evento a prefeita de Cumaru, Mariana Medeiros; a vereadora do Recife Michelle Collins; a reitora da Universidade de Pernambuco (UPE), Socorro Cavalcanti; e o superintendente do Sebrae, Murilo Guerra.

*Da assessoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que abre crédito suplementar no valor de R$ 1.296.794.736 dos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Os recursos serão direcionados para cinco ministérios: da Agricultura e Pecuária, da Educação, de Minas e Energia, da Saúde, e da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A medida, aprovada pelo Congresso Nacional, foi publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União

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O Ministério da Saúde receberá R$ 500 milhões (38,55% dos recursos), para reforçar o custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial, no âmbito do Fundo Nacional de Saúde. Já os valores do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, 35,85% do total, serão direcionados para administração direta da pasta (R$ 40 milhões) e para apoio de projetos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) (R$ 425 milhões).

O Ministério da Educação ficou com 21,40% dos recursos para reforço do orçamento de universidades e institutos federais (R$ 173,92 milhões), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) (R$ 101,57 milhões) e do Colégio Pedro II (R$ 1,77 milhão), entidade federal de ensino médio localizada no Rio de Janeiro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária recebeu 3,5% dos valores (R$ 42,29 milhões) para fomento ao setor agropecuário e o Ministério de Minas e Energia ficou com 0,7% (R$ 9,25 milhões), que será utilizado na Agência Nacional de Mineração (ANM), para despesas de contratos administrativos e atualização do SIG Áreas, o atual Sistema de Controle de Áreas de Mineração.

Confira aqui, no item Unidades Orçamentárias, o detalhamento da distribuição dos valores.

Os recursos estão sendo remanejados do orçamento aprovado para outros órgãos federais e não haverá aumento de despesas. De acordo com o documento, o valor tem origem nas incorporações de superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, no valor de R$ 259.896.975, e de excesso de arrecadação no valor de R$ R$ 17.357.966. Além disso, houve anulação de dotações orçamentárias no valor de R$ 1.019.539.795.

A governadora Raquel Lyra lançou, nesta quinta-feira (5), o “Bora Empreender”. O programa visa ofertar qualificação profissional e microcrédito para os pequenos empreendedores. Serão disponibilizados R$ 300 milhões na primeira etapa da iniciativa. O lançamento ocorreu na sede da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE).

O Bora Empreender vai disponibilizar crédito para os pequenos empreendedores que vai variar de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Antes de ter acesso ao apoio financeiro, os selecionados vão receber capacitação. A intenção é fazer com que muitos microempreendedores saiam da informalidade e possam fomentar a economia e criar empregos.

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"O povo pernambucano é trabalhador, inovador e criativo. Lançamos o Bora Empreender em apoio àqueles que querem abrir seu próprio negócio e desenvolver seus sonhos com a força do trabalho. Inicialmente serão disponibilizados R$ 300 milhões para garantia de empréstimos de até R$ 5 mil ao pequeno empresário em cada região de Pernambuco. Dessa forma estamos garantindo o fomento de novos negócios, tornando a jornada menos desafiadora, contando com grandes parceiros no estado", destacou Raquel Lyra.

A artesã Giselle França, 46, começou a produzir peças artesanais em corda durante a pandemia e a partir da exposição na Fenearte conseguiu apoio da AGE. "Através do financiamento da Agência eu pude lançar meu negócio, aumentar o network e produzir mais peças do que estava previsto. Esse apoio foi fundamental para que pudesse gerenciar minha empresa e alcançar mais clientes", comentou.

Foto: Mateus Moura/LeiaJá

Com o objetivo de ampliar o grau de formalização dos empreendedores, serão ofertadas 184,3 mil vagas no curso de qualificação. Além disso, o empreendedor irá receber orientações sobre as vantagens de sair da informalidade para consolidar o negócio.

"Cerca de 80% das empresas que abrem atualmente, fecham em menos de dois anos. Então queremos que o Estado garanta a sustentabilidade do MEI. O programa oferece uma jornada empreendedora, com orientação sobre plano de negócio, gestão financeira e acesso ao crédito para que as empresas consigam ter um planejamento melhor e contribuam para a nossa economia", afirmou a secretária em exercício da SEDEPE, Cristiane Andrade.

Serão beneficiados aqueles que estejam formalizados como Pessoa física ou Microempreendedor Individual (MEI) e que tenham certificado do programa de qualificação Bora Empreender. A adesão ao programa pode ser feita online pelo site www.sedepe.pe.gov.br,  pelo telefone (81) 3183.7450 ou, ainda presencial na sede da Agência AGE, localizada na Rua do Apolo, n° 81, no bairro do Recife, das 8h às 17h.

Com informações da assessoria

As cooperativas de crédito estão na Avenida Paulista e na Faria Lima com agências físicas. Também estão entre os participantes do piloto do Drex, a futura versão digital do Real. Em números, uma delas está entre as dez maiores instituições do País em volume de ativos, à frente de bancos tradicionais. E de acordo com especialistas, o avanço do volume de depósitos que estão nessas instituições mostra que elas começam a concorrer mais diretamente com os bancos.

Dados do Banco Central mostram que em março, as cooperativas reuniam 6,9% dos R$ 4,8 trilhões em depósitos que estavam em instituições financeiras. Ainda estavam distantes dos bancos, mas o crescimento nos últimos dez anos tem sido constante. O número era maior que a soma dos depósitos mantidos em outros tipos de participante do sistema financeiro, como as instituições de pagamento, categoria em que se enquadram muitas das fintechs mais conhecidas pelo público.

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Alguns fatores explicam esse crescimento. O primeiro é a presença física: desde 2019, o segmento abriu 2,3 mil agências no País, enquanto os bancos fecharam 2,7 mil para ampliar esforços no atendimento digital. Um segundo fator, derivado do primeiro, é a migração de profissionais do segmento bancário para o de cooperativas.

"Vimos as pessoas saindo de banco e indo para as cooperativas, e esse movimento leva a um aumento do apetite de crédito", afirma o diretor sênior de instituições financeiras da agência de classificação de risco Fitch, Claudio Gallina. "O apetite mudou, e o cliente começa a ver os benefícios, como o crédito relativamente mais barato que no banco."

Modelo diferente

Nas cooperativas de crédito, o cliente é, na verdade, um cooperado, que faz uma contribuição financeira ao entrar, geralmente de valor simbólico. Ao final de cada exercício financeiro, o resultado é dividido entre todos eles. "As cooperativas, diferentemente de fintechs e bancos, não visam ao lucro, porque o cliente é também o dono", diz o diretor da Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, Ênio Meinen, que destaca que os recursos recolhidos por uma cooperativa devem ser aplicados na mesma região.

As centrais - ou seja, sistemas de cooperativas de crédito como o Sicoob e a Sicredi - reúnem uma série de cooperativas locais. No Sicoob, há 339, enquanto no Sicredi, que em ativos é o maior sistema do País, são 105. "Cada cooperativa pode estar em vários municípios, embora no nosso caso, uma não concorra com a outra. Elas têm regiões de atuação bem delimitadas", afirma o diretor de Administração do Sicredi, Alexandre Englert Barbosa.

O diretor de bancos e instituições financeiras não-bancárias da Fitch, Jean Lopes, afirma que embora o sistema ainda seja concentrado, a expansão das cooperativas de crédito é chamativa justamente pelo modelo de negócio. "Quando dois players com um modelo de negócio diferente começam a aparecer entre os maiores, isso tem um efeito", afirma. "Os bancos estão olhando para as cooperativas como um concorrente bem forte."

Como não têm o lucro como finalidade, as cooperativas são isentas de tributos sobre os resultados, diferentemente dos bancos, o que também ajuda na expansão das operações. "Elas pagam menos impostos comparadas aos bancos, e isso permite que tenham um capital mais robusto", diz Gallina, da Fitch.

Disputa

Outro fator que explica o crescimento das instituições cooperativas é a captura de clientes de todos os segmentos da economia, após décadas em que essas instituições se voltavam aos produtores rurais. Em resumo, qualquer pessoa pode abrir uma conta, o que também levou a um crescimento da prateleira de produtos.

"Cooperativa tem depósito a prazo, letras de crédito do agronegócio, imobiliárias. Como operam com crédito imobiliário e empréstimos rurais, geram lastro para esse tipo de ativo", diz Meinen, do Sicoob. "O associado pode concentrar todas as suas atividades financeiras em uma cooperativa."

Barbosa, do Sicredi, afirma que um dos segmentos em que os sistemas têm a atuação mais forte é o de micro e pequenas empresas (MPEs). Em julho, o Sicredi chegou a 1 milhão de associados pessoas jurídicas, sendo que 73% deles eram MPEs, e 22%, microempreendedores individuais. "A grande diferença é o fomento, a oportunidade que damos para que empresas menores passem a ter crédito e alavancar os municípios."

Em março deste ano, o Sicredi tinha uma carteira de crédito de R$ 179,8 bilhões, alta de 25,8% em um ano. No Sicoob, o dado publicado mais recente é o de dezembro de 2022, com carteira de R$ 140,6 bilhões, alta de 22,4% em um ano.

O uso do rotativo do cartão de crédito - linha de financiamento mais cara do País, amplamente difundida entre a população de menor renda - mais do que dobrou nos últimos três anos. A concessão cresceu 108% no período entre junho de 2020 e o mesmo mês de 2023, quando alcançou R$ 30,2 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). Os juros médios nessa modalidade superaram os 437% ao ano (números de junho), mas instituições chegam a cobrar quase 1.000%, segundo o BC.

O consumidor cai no rotativo toda vez que opta por pagar apenas uma parte da fatura do cartão até o vencimento. Nesse cenário, a inadimplência alcançou o recorde de 53% em maio (agora está em 49%), e levou governo e Congresso a pressionarem pela queda dos juros. Temendo um tabelamento, como ocorreu com o cheque especial - que hoje tem teto de 8% ao mês -, os bancos aceleraram as negociações com varejistas e empresas do setor.

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Razões

Essa disparada na concessão do rotativo, segundo especialistas, tem diversas explicações. Elas vão desde o impacto da pandemia no orçamento até a proliferação do número de cartões e o maior acesso a esse tipo de crédito, passando pela falta de educação financeira.

"Muitas pessoas, principalmente as que estavam na informalidade, tiveram períodos de perda de renda durante a pandemia", afirma a coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. Ela explica que, por falta de opção, as famílias de baixa renda acabam recorrendo a linhas de crédito sem garantias, que têm juros mais elevados. "A grande oferta de cartões atende a essa necessidade, mas isso vem acompanhado da maior taxa do mercado", diz.

Vários cartões

A proliferação de cartões de crédito, com a entrada de novos concorrentes, ajuda a explicar o maior uso do rotativo. Dados do BC apontam que 20 milhões de pessoas passaram a ter acesso a um ou mais cartões entre 2019 e 2022. Uma expansão positiva, do ponto de vista de inclusão financeira, mas que tem potencial de aumentar o nível de endividamento das famílias, alerta o BC.

O aumento nas emissões foi puxado pelas instituições digitais, mas a autoridade monetária também cita as instituições financeiras pequenas e médias e aquelas ligadas às lojas varejistas.

Ricardo Vieira, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), diz que a Abecs está finalizando uma proposta com medidas que podem contribuir para a redução do juro do rotativo.

Educação financeira

A falta de educação financeira também está no cerne da disparada do uso do rotativo. Ione, do Idec, aponta que parte dos consumidores usa o cartão para pagar despesas correntes e, assim, "complementar" a renda do mês.

Na hora da compra, os consumidores avaliam se a parcela cabe no bolso, mas esquecem os juros. Os especialistas também apontam que falta planejamento de longo prazo para se adquirir bens à vista, sem ter de recorrer aos parcelamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou a senadores nesta quinta-feira (10) que o crédito rotativo no cartão de crédito deve ser extinto. Segundo ele, o grupo de trabalho formado por BC, Ministério da Fazenda e bancos para analisar o tema deve apresentar nos próximos 90 dias uma solução no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O rotativo é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. O exemplo mais comum é a quitação do chamado valor mínimo da fatura. O rotativo, porém, passa a valer quando o consumidor paga qualquer quantia que não seja o valor integral.

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A diferença entre o valor total e o que foi pago de fato se transforma em um empréstimo. Assim, passam a ser cobrados juros sobre o valor que faltou pagar. A taxa média de juros do crédito rotativo cobrada pelos bancos está em torno de 437% ao ano. No mês passado, a inadimplência na modalidade ficou em 49,1%.

No entanto, o entendimento do setor é de que apenas o fim da modalidade, com a dívida sendo automaticamente parcelada com juros mais baixos, não deve ser suficiente para realmente baixar as taxas. Desde 2017, na segunda fatura depois que o consumidor recorre ao rotativo os bancos são obrigados a transferir a dívida para um parcelamento com juros mais baixos. Nessa modalidade, as taxas hoje estão em 196,1% ao ano.

"A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito possa ir direto para o parcelamento (mensal), e seja uma taxa ao redor de 9% (de juro mensal, equivalente a 181% em 12 meses)", afirmou ele, durante audiência pública no plenário do Senado.

Desenrola

Além do grupo de trabalho, a Câmara também discute os juros do rotativo como parte da Medida Provisória do Desenrola, programa de renegociação de dívidas para quem está com o nome sujo. O relator da MP, deputado Alencar Santana (PT-SP), deve incluir no texto um dispositivo que obrigaria a autorregulação dos bancos sobre os juros do rotativo. Nesse caso, se os bancos não estabelecessem uma norma em 90 dias, seriam obrigados a cobrar no máximo 8% ao mês - o teto das taxas do cheque especial, uma outra modalidade de crédito.

Para aceitar a autorregulação, porém, os bancos querem limitar o parcelamento de compras no cartão em até 12 meses. As instituições dizem que o parcelamento sem juros e a inadimplência implicam cobrança de taxas maiores no cartão de crédito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (26), projeto que destina R$ 71,44 bilhões para o pagamento do Bolsa Família (PLN 3/23). A proposta, que foi relatada pelo deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), segue agora pra sanção. 

O crédito especial para o Ministério do Desenvolvimento é parte do saldo do extinto programa Auxílio Brasil, que foi transferido para o programa Bolsa Família, recriado pela Medida Provisória (MP) 1164/23. 

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A deputada Dandara (PT-MG) comemorou a retomada do programa. "O Bolsa Família agora é um programa social de verdade, que tem um piso”, disse. Ela ressaltou que todas as famílias cadastradas recebem, pelo menos, R$ 600, com acréscimo de R$ 150 reais por filho. 

Outro avanço, segundo a deputada, é a vinculação do benefício à obrigatoriedade da matrícula das crianças na escola e do cartão de vacina atualizado. "A volta do Bolsa Família acabou com a farra do Auxílio Brasil, com a bagunça que era de não ter critério, de não ter, de fato, mecanismos de controle e de acompanhamento", destacou a deputada. 

Valores

Do valor total previsto no projeto, a maior parte (R$ 70,85 bilhões) é destinada ao pagamento do Bolsa Família às famílias atendidas. Já R$ 44,37 milhões irão custear as despesas de operacionalização de pagamento dos benefícios e R$ 544,3 milhões serão destinados aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal para apoiá-los na gestão do programa.

O governo afirma que as alterações promovidas pelo projeto no Orçamento da União não afetam a obtenção da meta de resultado primário ou a chamada Regra de Ouro. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Uma linha de crédito exclusiva de até R$ 21 mil está disponível para empreendedores negros da cidade de São Paulo. Os recursos podem ser solicitados tanto por empresários autodeclarados pretos ou pardos constituídos formalmente, com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), quanto por informais. 

O dinheiro será disponibilizado pela Agência de Desenvolvimento de São Paulo, entidade ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. O projeto é realizado através de um convênio com o Banco do Povo, programa de microcrédito do governo estadual.

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A linha Empreenda Afro oferece crédito de R$ 200 a R$ 21 mil, com juros de 0,35% a 0,55% ao mês para empresários formais, com prazo de até 48 meses. Para os informais, estão disponíveis valores de até R$ 15 mil, com juros de 0,8% ao mês e prazo de até 36 meses.

Como pedir?

Para pedir o dinheiro é preciso não ter restrições no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e no Serasa quanto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de todos os sócios; fazer um dos cursos de capacitação indicados pelo programa; não ter outro empréstimo com o Banco do Povo em andamento e aceitar receber uma visita para constatar a capacidade do negócio.

A solicitação pode ser feita preenchendo um formulário de interesse nos recursos.

A procura por financiamento no Brasil fechou 2022 com crescimento de 7%, mas amargou queda de 17% em dezembro, após expansão de 20% em novembro. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), indicador que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

O incremento da busca por financiamentos foi concentrado nos seis primeiros meses do ano passado, que registraram ganhos de 24% em relação ao mesmo período de 2021. Já entre julho e dezembro, houve queda de 7%, com quase todos os meses registrando desempenho negativo, exceto novembro.

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O aumento da inadimplência é apontado como fator limitador do crescimento do INDC no ano passado, após avanço de 20% em 2021. A expectativa de alta deve manter o cenário cauteloso em 2023. "Em 2022, tivemos inicialmente um aquecimento do mercado, mas que veio acompanhado do crescimento forte da inadimplência. Este movimento fez com que as instituições financeiras colocassem o pé no freio na oferta de crédito", explica Breno Costa, diretor da Neurotech.

O executivo observa que há interesse das pessoas em consumir. "No entanto, há o elevado endividamento e comprometimento da renda, o que faz as concessoras terem um cuidado adicional ao ofertar crédito, ainda mais diante do forte aumento da inadimplência e do cenário incerto para 2023, provocado pela mudança de política econômica", afirma.

Setores

A maior procura por crédito no ano passado aconteceu no setor de serviços, que registrou alta de 11%. No varejo, o crescimento foi de 10% e de 5% em bancos. Só em dezembro, houve aumento na busca por financiamento de mais de 30% no varejo e no segmento financeiro em relação a novembro. Em contrapartida, a demanda em serviços recuou 19%.

Segundo Costa, a recuperação no varejo já era esperada. "O final de ano é sempre mais aquecido para as concessoras de crédito, principalmente quando falamos em comércio. Há o incremento das vendas provocado pelo Natal e da renda com o pagamento do 13º salário e férias que são utilizados por muitas famílias para quitar dívidas ou ampliar o consumo", afirma.

Aberturas

No varejo, o ranking por segmento no acumulado do ano foi liderado por supermercados, com alta de 26%, seguido por lojas de departamentos, que apresentou expansão de 21%. Em seguida, a busca por crédito subiu 17% em vestuário. Na direção oposta acumularam queda no ano: outros (-30%); moveleiro (-15%) e eletroeletrônicos (-4%).

O Banco do Brasil ampliou a sua cartela de cartões de crédito. Nesta quarta-feira (28), a instituição financeira anunciou o lançamento do Ourocard Digital Elo, que funciona sem a versão física e pode ser contratado por quem não tem uma conta corrente no banco. O serviço também não possui anuidade e pode ser usado via Apple Pay ou Google Pay.  

Com o Ourocard Digital Elo, os usuários podem utilizar as transações digitais livremente. Todavia, há um diferencial em relação aos outros produtos do Banco do Brasil: a ausência de um cartão de crédito físico, de plástico. Por isso, todas as transações devem ser feitas pelo Apple Pay ou Google Pay – infelizmente, nenhum cartão Elo do BB é compatível com o Samsung Pay, diferente do Visa.

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Se o celular não tiver NFC, o banco ainda oferece a opção de fazer pagamentos via QR Code. Os usuários também poderão fazer compras com a numeração virtual do cartão, através do Ourocard-e, conferindo mais segurança às transações pela internet. “No primeiro momento, a solução estará disponível apenas para clientes não correntistas do Banco do Brasil e será disponibilizada de maneira gradual”, anunciou.  

A solução do BB visa atender quem foca os pagamentos pelo celular, um público que começou a crescer desde a pandemia de Covid-19 iniciada em 2020. Segundo a pesquisa Pagamentos móveis e Comércio Móvel no Brasil revelada em setembro de 2022 pelo Mobile Time/ Opinion Box, 51% dos brasileiros utilizaram o QR Code para pagamentos. Além disso, três em cada dez pessoas utilizaram o NFC para fazer transações por aproximação no smartphone.

O Banco do Brasil não é a primeira e única instituição a oferecer este tipo de produto. Em setembro, o Itaú apresentou o Itaú Click Digital Mastercard Platinum. O serviço segue a mesma lógica do Ourocard Digital Elo, mas traz a bandeira Mastercard Platinum com todos os seus benefícios agregados.  

Apresentado como novidade para o mercado brasileiro, o BNPL ("Buy Now Pay Later", na sigla em inglês), que em tradução livre significa compre agora e pague depois, tem características atualizadas de um velho conhecido do varejo nacional: o crediário. Isso, porém, não impede que a forma de pagamento possa ajudar empresas, especialmente MEIs e MPEs, a conquistar clientes.

Hoje, o BNPL não tem uma regulamentação específica por parte do Banco Central. A autarquia federal afirma que acompanha "o desenvolvimento de soluções privadas, mas ainda não produz estatísticas ou projeções sobre o tema". O produto ainda engatinha, por mais que demonstre crescimento no cenário interno.

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Trata-se de uma concessão de crédito. No ato da compra, em um mundo ideal, o cliente poderia optar pela forma de pagamento e, em tempo real ou em um período rápido, análises de risco e de fraude seriam feitas para que um limite ficasse disponível para alguma aquisição. Fora deste mundo ideal, a análise pode demorar mais, como alguns dias úteis.

O diretor da plataforma de e-commerce Nuvemshop Renato Burin explica que, como essa avaliação é sobre um cliente que a companhia não conhece, a tendência é de que este primeiro contato seja para um limite mais reduzido. "É um conceito muito novo no Brasil. Essas empresas estão começando a operar e entendendo o risco de crédito dos consumidores. Não existe ainda um apetite de crédito muito forte, então, não dá para dar limites elevados para um consumidor que você pouco conhece", fala.

Até o momento, existem dois grandes pontos de vantagem do BNPL para o varejo. Na demanda, a forma de crediário online pode facilitar a vida de quem não tem cartão de crédito ou ficou sem limite na conta que tem, já que a análise é feita em pouco tempo e, para uma compra específica, no chamado check-out.

No lado da oferta, a proposta do BNPL não é predatória, porque não substitui vendas por cartão de crédito. Acaba sendo um complemento, que, no fim do dia, pode auxiliar a fechar uma venda que o consumidor talvez tivesse dificuldade de pagar com outras formas de pagamento. "Isso é uma coisa nova, que não atrapalha outros parcelamentos. Quem tem limite com bancos ou fintechs, continua preferindo pagar com cartão de crédito", afirma Gastão Mattos, CEO da Gmattos Consultoria.

Igor Silva de Azevedo, dono de um e-commerce de artigos relacionados ao gênero K-Pop, usa o BNPL há cerca de dois anos e vem percebendo a mesma tendência. Ele fala que a medida ajudou a ganhar mais oportunidades de vendas. "Na Black Friday, tivemos muitas operações nessa modalidade, porque, como a data ocorre no final do mês, muita gente já estava sem limite no cartão de crédito. Acabou sendo um complemento nas nossas vendas", avalia. Segundo ele, o parcelamento é feito com uma entrada, à vista, mais três parcelas.

A loja de Azevedo funciona na rede da Nuvemshop e usa uma instituição financeira como intermediadora nos pagamentos. Dentro da plataforma, no chamado check-out, em que o cliente vai finalizar a operação, o conceito do BNPL é aplicado com o nome de Pix parcelado.

Segundo Gastão Mattos, a estratégia é comum já que o apelo da marca "Pix" é forte no consumidor brasileiro. "No final das contas é um BNPL." A empresa de Mattos fez um estudo sobre o tema, que conclui que, pelo BNPL não competir diretamente com o cartão de crédito, existe um bom potencial de crescimento para o setor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Clientes do Itaú Unibanco que possuem um ou mais cartões de crédito adicionais agora podem também emitir o cartão virtual para a realização de compras na internet. A funcionalidade, anunciada nesta segunda-feira (7), era um pedido antigo dos correntistas. Anteriormente disponível somente para o titular, o cartão virtual traz mais praticidade, possibilitando fazer pagamentos mesmo sem ter a versão física em mãos. Além disso, aumenta a segurança ao realizar compras em sites e aplicativos.  

“Essa era uma funcionalidade bastante pedida por nossos clientes, principalmente após nosso movimento de incentivo ao uso do cartão virtual. Ela traz mais autonomia e reduz a exposição dos dados de quem tem um cartão adicional”, explicou o diretor de cartões do Itaú Unibanco, Mário Miguel. Com a novidade, 100% dos cartões de crédito emitidos pelo banco podem gerar a versão virtual, cada vez mais utilizada pelos consumidores brasileiros.

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De acordo com a instituição financeira, o número de transações envolvendo o modelo acessado por meio do celular aumentou 312% no segundo trimestre de 2022. Segundo o Itaú, no momento é possível emitir somente o cartão virtual com número fixo para o adicional, ideal para pagamentos recorrentes.  

O cartão virtual do adicional pode ser gerado pelo titular no app Itaú ou Itaú Personnalité, seguindo o caminho Produtos > Cartões > Cartão Virtual > selecionar o cartão adicional > Validar senha e iToken. Outra opção é pelo app Itaú Cartões: Serviços > Cartão Virtual > selecionar o cartão adicional > Validar senha e iToken. Já o usuário do cartão adicional pode criá-lo no app Itaú Cartões, seguindo as opções: Serviços > Cartão virtual > selecionar o cartão adicional > Compartilhar o link de geração com o titular. A geração precisa ser finalizada pelo titular, com a versão virtual disponível no app.  

 

A carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional deve ter crescido 1,7% em setembro, aponta a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta segunda-feira (24). Segundo a entidade, como ocorreu no mês de agosto, o forte desempenho deve ter sido novamente liderado pelo crédito direcionado (+2,7%), com estimativa de alta na carteira pessoa física (+2,3%) e principalmente na carteira pessoa jurídica (+3,4%).

De acordo com o levantamento, a elevada base de comparação (alta de 2,2% em setembro de 2021) deve fazer com que o ritmo de expansão anual da carteira siga em desaceleração, passando de 16,8% em agosto para 16,3% em setembro. Ainda assim, destaca a Febraban, o crescimento esperado para o ano é bastante elevado, novamente acima de dois dígitos.

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"Em setembro, mais uma vez, os destaques da expansão foram o crédito rural para as famílias, com o Plano Safra 2022/2023, e a nova rodada dos programas públicos de crédito para as empresas", avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Segundo o executivo, com exceção do mês de janeiro, quando a carteira ficou estável, em todos os meses do ano houve crescimento no saldo total, o que demonstra que os bancos seguiram mostrando apetite para ampliar a oferta de crédito em um ritmo importante durante todo o ano.

A Pesquisa de Crédito também mostra que a carteira com recursos livres deve indicar um crescimento mais modesto, de 1,1%. O melhor desempenho deve vir do crédito livre às empresas (+1,7%), impulsionado pela recuperação da atividade econômica e pela sazonalidade favorável das linhas de fluxo de caixa (antecipação de faturas e descontos de duplicatas). Para as famílias, a alta estimada de 0,6% no mês reflete a melhora do mercado de trabalho e as transferências de renda do governo, que estimulam o consumo.

Concessões

A Febraban projeta ainda uma retração de 1,3% nas concessões de crédito em setembro. Entretanto, o resultado deve refletir o menor número de dias úteis de setembro na comparação com agosto. Quando ajustado, o volume de concessões deve crescer 8,1%, mantendo-se em um elevado patamar histórico - mesmo quando corrigido pela inflação.

No acumulado em 12 meses, o volume deve permanecer praticamente estável, com expansão de 23,9% (ante 24,2% em agosto), sinalizando que a injeção de crédito na economia tem se mantido expressiva, mesmo com condições financeiras mais restritivas, em especial pela alta da Selic.

No mês, o desempenho deve ser positivo em todos os recursos e segmentos, aponta a Febraban. As operações com recursos direcionados devem ser mais uma vez impulsionadas pelos programas públicos de crédito. Já as operações com recursos livres seguem beneficiadas pelo bom dinamismo da atividade econômica, que tem estimulado as linhas atreladas ao consumo, e, em setembro, favorecidas pela sazonalidade positiva das linhas de fluxo de caixa.

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,6% em junho ante maio, para R$ 4,956 trilhões, informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 17,8%.

Em junho ante maio, houve alta de 1,3% no estoque para pessoas físicas e elevação de 2,1% no estoque para pessoas jurídicas.

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De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 1,8% em junho, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,3%.

No crédito livre, houve alta de 1,4% no saldo para pessoas físicas em junho. Para as empresas, o estoque também avançou 2,3% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,7% para 53,9% na passagem de maio para junho.

Nesta segunda-feira, o BC divulgou os dados de maio e junho, mas as Estatísticas de Crédito continuam defasadas devido aos efeitos da greve dos servidores do órgão, encerrada no início de julho. Nesta época do ano, já estariam disponíveis os números do sétimo mês de 2022.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,2% em junho ante maio, totalizando R$ 867,957 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,3%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,5% em junho ante maio, para R$ 247,788 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 8,2%.

Setores

De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 2,8% em junho, para R$ 42,357 bilhões.

Já o saldo para a indústria avançou 1,6%, para R$ 807,111 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 2,1%, para R$ 1,186 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 12,0%, aos R$ 6,208 bilhões.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 1,6% em junho ante maio, somando R$ 379,333 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 1,2%.

No sexto mês, houve alta de 1,6% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento também de 1,6% no financiamento de investimentos e avanço de 1,5% no saldo de capital de giro.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 3,00% em junho ante maio, para R$ 14,139 trilhões. O montante equivale a 153,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cresceu 4,6% em junho ante maio, para R$ 4,848 trilhões. O montante equivale a 52,7% do PIB.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 1,8% em junho ante maio, para R$ 449,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o aumento foi de 28,1%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

Em junho, no crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 4,7%, para R$ 229,6 bilhões. Em 12 meses até junho, há alta de 26,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 1,3% em junho ante maio, para R$ 219,4 bilhões. Em 12 meses até junho, o avanço é de 29,8%.

Como efeito do ciclo de alta acelerada da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 1,6 ponto porcentual de maio para junho, informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central. A taxa passou de 368,8% para 370,4% ao ano.

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

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No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 172,7% para 173,2% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 76,6% para 78,7%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.

A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

O Magazine Luiza anunciou que vai oferecer crédito pré-aprovado para mais de 10 milhões de clientes. A campanha tem como alvo clientes da empresa que se adequam aos critérios de concessão de crédito estabelecidos pela própria companhia e pela financeira do grupo, a LuizaCred, uma parceria com o Itaú. Diante da repercussão, os papéis da companhia subiam cerca de 4% por volta das 13h desta segunda-feira, 18.

Em razão disso, cerca de 5 milhões de clientes com esse perfil já receberam material de comunicação dirigida, que inclui um vídeo protagonizado por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magalu. O vídeo, porém, ganhou as redes sociais nesta segunda-feira mesmo sem uma postagem oficial do Magazine Luiza, e veio acompanhado de críticas sobre um suposto desespero da empresária com as vendas em baixa.

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Campanha de vendas

Para Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a estratégia é ousada, verdadeira e com "a cara do Magalu". Ele lembra que a empresa tem buscado usar mais "a figura de Luiza Trajano, que é cheia de verdade e com baixíssima rejeição como ferramenta de vendas".

Para ele, apesar das críticas duras que o vídeo tem recebido, o investidor do papel dificilmente vai olhar para o conteúdo e associá-lo a um desespero. "É um momento em que o varejo todo está precisando de estratégias criativas e isso está gerando repercussão", afirma.

No vídeo, Luiza fala do crédito pré-aprovado para clientes e convida o público a ir às lojas. "Vai ser no carnê. Lembra aquele 'carnêzinho gostoso'? Em prestações que você pode pagar e a gente ainda vai dar um descontinho nos juros. A gente aguarda vocês. Vá o mais rápido possível a uma de nossas lojas, por favor", diz a presidente do conselho da companhia no material enviado aos clientes e compartilhado nas redes sociais.

"Grande parte dos brasileiros depende de crédito para continuar a consumir", diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. "Num momento como o atual, a tendência é que as empresas cortem suas linhas. Mas nós sabemos, por meio de nosso sistema de dados e análise, que há mais de 10 milhões de clientes na nossa base que têm todas as condições de honrar seus compromissos. Queremos que essas pessoas saibam que podem contar com o Magalu em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis."

A companhia não comentou as críticas de internautas à companhia, que envolvem ainda associações de Luiza com o pré-candidato à presidência da república pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a companhia, a campanha do Magalu privilegia os clientes das quase 1,5 mil lojas físicas da empresa, distribuídas por todo o Brasil.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou nesta terça-feira que o governo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei para a abertura de crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para o Plano Safra 2022/2023.

O recurso será liberado no âmbito das ações de subvenções econômicas em operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), operações de custeio agropecuário, operações de comercialização de produtos agropecuários e operações de investimento rural e agroindustrial.

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De acordo com a pasta, a verba será proveniente do cancelamento de despesas primárias discricionárias. "Ressalta-se que os recursos destinados ao Plano Safra constantes do Projeto de Lei estão previstos no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre de 2022", diz a Secretaria-Geral. "O crédito em tela não afeta a obtenção da meta de resultado primário, nem o cumprimento do Teto de Gastos", acrescenta.

O BNDES suspendeu novas operações de financiamento no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio), que previa juros prefixados de 3% ao ano. O motivo alegado foi o "nível de comprometimento dos recursos disponíveis no aludido programa".

O Pronaf Custeio era a única linha do Plano Safra 2021/22 que ainda estava com crédito liberado no BNDES. Todas as outras linhas com juros subsidiados já estavam suspensas desde o dia 7 de fevereiro, por causa de normativa do Tesouro Nacional, dada a falta de recursos para equalizar as taxas depois da elevação da Selic - hoje, em 11,75% ao ano.

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O Tesouro Nacional argumenta que aumentou muito a diferença entre a taxa básica de juros e a taxa cobrada de produtores nos financiamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta semana, os passageiros que precisarem recarregar os cartões VEM poderão comprar os créditos por meio do Instagram e Facebook. Segundo a Empresa de Transportes Integrados (Urbana-PE), a iniciativa é pioneira no Brasil e visa acompanhar a tendência de digitalização dos serviços.

Para acessar os serviços, basta mandar uma mensagem para o perfil Cartão VEM (@cartaovem no Instagram e /cartaovem no Facebook) e seguir os passos que serão apresentados. 

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O pagamento poderá ser feito via Pix e os créditos comprados estarão disponíveis nos validadores dos ônibus e máquinas de autoatendimento até 10 minutos após a confirmação do pagamento e finalização do processo. 

Além de comprar créditos, é possível utilizar as plataformas para solicitar a primeira via e atualizar o cadastro do VEM Estudante, bem como bloquear qualquer cartão VEM. Para a recarga, será cobrada uma taxa no valor de R$ 2,70 por transação. Os demais serviços são gratuitos. 

De acordo com Marcelo Bandeira, diretor de inovação da Urbana-PE, “o setor tem buscado o que há de mais novo no mercado para melhorar a experiência no uso de serviço de transporte público. Pretendemos digitalizar todos os serviços do VEM, evitando deslocamentos não necessários e oferecendo cada vez mais comodidade aos nossos clientes”, pontua.

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