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Já imaginou conseguir consumir conteúdos presentes no YouTube de diferentes localidades e línguas? Com o novo recurso de áudio multi-idiomas, anunciado nesta quinta-feira (23), isso será possível. Agora, criadores de conteúdos da empresa pertencente ao Google poderão dublar seus vídeos em línguas diferentes para que atinjam uma maior audiência. A novidade funcionará para vídeos novos e antigos. 

De acordo com a plataforma, não apenas youtubers com grandes audiências, que se conectam com pessoas de diferentes partes do mundo, terão acesso ao recurso de áudio. Todos os criadores poderão utilizá-lo, o que, claro, também é benéfico para o próprio YouTube, que poderá difundir ainda mais seus projetos ao redor do mundo. A ferramenta é uma iniciativa da própria central de vídeos e foi desenvolvida pelo time da rede. Apesar disso, o YouTube informou que, para disponibilizar tracks com diferentes áudios, os criadores terão que firmar parcerias com dubladores profissionais. Uma vez que os vídeos estejam na plataforma, os usuários poderão escolher, no menu do vídeo, se quiserem ativar a dublagem oferecida pelo criador, que poderá escolher quais línguas irão contemplar nas obras. As legendas também serão uma opção.  

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A ferramenta passou por alguns testes iniciais antes de ser anunciada oficialmente. As análises foram feitas com a ajuda de um pequeno grupo de criadores e o recurso foi utilizado em 3,5 mil vídeos, publicados em 40 línguas diferentes. De acordo com os resultados divulgados pelo YouTube, cerca de 15% do watch time dos vídeos dublados veio justamente de usuários que assistiram os conteúdos em línguas que não eram a original.

Além disso, apenas em janeiro, vídeos dublados somaram dois milhões de horas assistidas diariamente. Inicialmente, o recurso de linguagem está disponível apenas para conteúdo mais longo (vídeo tradicional), não abrangendo Shorts. Contudo, a plataforma revelou que já está testando a funcionalidade também no formato mais curto.  

O OnlyFans, rede social de conteúdo adulto lançada em 2016, anunciou os resultados financeiros da empresa no ano de 2021. O grupo disse ter faturado US$ 932 milhões (quase R$ 21 bilhões, na cotação atual) no ano passado e chamou a atenção do mercado com os números expressivos, já que isso representa um crescimento de 115% em relação ao ano anterior. Celebridades como Anitta, MC Mirela e ex-BBB Lumena têm perfis na rede. 

Os dados também mostram que o OnlyFans lucrou mais em 2021. Houve um crescimento significativo nos lucros, de US$ 61 milhões (R$ 320 milhões) em 2020 para US$ 433 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) em 2021. 

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“Criadores em primeiro lugar” 

O OF tem feito sucesso em diversos países e foi criado pensando nos influenciadores, para que eles possam monetizar conteúdos exclusivos. A empresa possui um serviço de conteúdo por assinatura com sede em Londres, Reino Unido.  

“Nossa abordagem de colocar o criador em primeiro lugar para construir a plataforma de mídia social mais segura do mundo impulsionou o OnlyFans a um recorde de 2021”, disse o CEO do OnlyFans, Amrapali “Ami” Gan, em um comunicado. “Estamos capacitando os criadores a monetizar seu conteúdo e ter controle real sobre ele.” 

Gan, que anteriormente era diretor de marketing da OnlyFans, assumiu o cargo de CEO depois que o fundador Tim Stokely renunciou em dezembro de 2021. 

“Olhando para o futuro”, disse o OnlyFans, uma de suas prioridades estratégicas é manter e promover sua marca “fora das verticais tradicionais” – particularmente em novos mercados e promovendo a OFTV, seu serviço de streaming gratuito que exclui a pornografia. 

Enquanto continua a apoiar artistas adultos, o OnlyFans também fez um esforço conjunto para recrutar celebridades tradicionais para sua plataforma. Recentemente, encomendou um reality show das estrelas britânicas da TV Chloe, Demi e Frankie Sims após sua saída de “The Only Way Is Essex” para OFTV. 

A empresa também disse que desenvolveria ainda mais sua estratégia de relações públicas e governamentais “para abordar equívocos” sobre o OnlyFans. 

 

A Meta Brasil premiou 10 criadores de conteúdo negros em um projeto para estimular a diversidade na criação de experiências em realidade aumentada. Os vencedores foram escolhidos a partir de suas propostas de filtros para o Instagram, em uma iniciativa chamada “Realidade Aumentada na Pele” (RAP). Os nomes dos desenvolvedores foram divulgados nessa segunda-feira (25).

Segundo a Meta, empresa dona também do Facebook e WhatsApp, o objetivo é garantir diversidade, equidade e inclusão na formação de criadores de realidade aumentada, o que inclui o metaverso, espécie de universo virtual que tem sido a aposta da companhia. A empresa afirma que, todos os meses, 700 milhões de pessoas usam filtros de realidade aumentada no Facebook e no Instagram.

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O projeto

Para ampliar o conhecimento sobre realidade aumentada, o projeto conta com uma fase dedicada ao curso de Spark AR no Blueprint, plataforma de cursos gratuitos focados nos produtos da Meta. O conteúdo foi traduzido para o português como forma de torná-lo mais acessível e inclusivo.

A iniciativa em educação faz parte do investimento de mais de US$ 150 milhões do Meta Immersive Learning para desenvolver a próxima geração de criadores do metaverso.

O programa terá duração de 12 semanas e começou com a fase de criação de filtros, que acabou de ter o resultado divulgado. A escolha seguiu critérios pensados e desenvolvidos exclusivamente para a comunidade negra. Para competir, os criadores deveriam desenvolver filtros que contemplassem, pelo menos, três tipos de tom da pele negra.

Os vencedores da primeira fase, iniciada em junho, foram: 

Marcela Nascimento da Silva | Filtro Realeza Negra

Larissa Sandre Barbosa | Filtro Faça Seu Beat

Jedson Santos Gomes | Filtro Adê Oxum

Augusto Lopes | Filtro Early Hip-Hop

Kevony Martins | Filtro Iansã Oyá

Maria Cléria Carlos | Filtro Hat-Trick

Jefferson Alves Brandão Xavier | Filtro Afrofuturismo

Marília Ramos dos Santos | Filtro Beleza Negra

Tobias Mosart | Filtro Nossas Cores

Munik Carvalho | Filtro Black is King

O TikTok anunciou nesta segunda-feira (23) que começará a permitir que algumas contas populares na plataforma de vídeos curtos cobrem assinaturas por transmissões ao vivo.

Ferramentas semelhantes de monetização foram adicionadas a plataformas rivais, como Instagram e Facebook, que disputam o público das celebridades digitais.

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“A assinatura LIVE é uma extensão dos nossos esforços para criar oportunidades diversificadas de monetização que se adaptem a uma variedade de necessidades dos criadores”, informou o TikTok em seu blog. Segundo a plataforma, a funcionalidade, que será introduzida nesta semana, estará disponível no momento apenas por convite e será expandida globalmente nos próximos meses.

Os criadores poderão mudar para um modo de bate-papo exclusivo para assinantes, “aumentando ainda mais a conexão pessoal entre os criadores e o público”, ressaltou a empresa.

Entre as vantagens de se tornar um assinante estão credenciais digitais e, em alguns casos, a possibilidade de controlar ângulos da câmera durante as transmissões ao vivo.

O TikTok anunciou no começo do mês um programa de compartilhamento da receita publicitária com os principais criadores de conteúdo presentes na plataforma, aproximando-se do modelo usado pela concorrência. "Começaremos a explorar nosso primeiro programa de participação na receita de publicidade com criadores, figuras públicas e editores de mídia", informou a empresa.

Apesar dos problemas que atingiram a economia brasileira nos últimos anos, o País ainda é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontam que o rebanho nacional soma mais de 217 milhões de animais. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) calculou que as exportações de carnes em 2017 somaram 1,21 bilhão de toneladas, montante 12% superior ao de 2016. Entre as raças, a Nelore ainda lidera o rebanho, mas, há quase 18 anos, outra raça se firma no Brasil no que diz respeito ao melhoramento das nossas criações: a Senepol.

Desenvolvida no Caribe, a Senepol se destaca como uma raça que chegou às terras brasileiras para complementar as qualidades do Nelore e de outros animais de origem indiana. O primeiro rebanho foi trazido ao País em novembro de 2000, a partir de um projeto promissor do pecuarista João Arantes Júnior, em uma fazenda localizada em Porto Velho, Rondônia. Toda a história começa com a necessidade de oferecer à pecuária brasileira um animal de respeitável qualidade genética e de fácil adaptação às condições climáticas nacional. 

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Filho do pecuarista, o fazendeiro Neto Arantes, gestor da Fazenda Nova Vida, que possui terras em Rondônia, Mato Grosso e no interior de São Paulo, revela que antes de concretizar a importação de animais da raça Senepol para o Brasil, seu pai realizou pesquisas sobre o mercado pecuário internacional. Nos anos 90, com a abertura das fronteiras brasileiras para propostas do setor agropecuário, começaram a circular no País informações sobre o cruzamento industrial, que se resume à iniciativa de cruzar um animal de origem taurina com um de origem zebuína.

Ricardo e Neto Arantes, filhos de João Arantes Júnior - responsável por trazer ao Brasil o primeiro rebanho Senepol / Foto: Fabio Fatori / Fazenda Nova Vida/Divulgação

De acordo com Neto Arantes, esse trabalho já vinha sendo realizado nos Estados Unidos há muito tempo. Quarenta anos atrás, cientistas descobriram que quando é feito o cruzamento de um animal de origem europeia com outro de origem indiana, o fruto é um bezerro que se destaca por apresentar as melhores qualidades de seus ancestrais. “Se percebeu que esse bezerro engordava muito mais rápido do que o Nelore e era mais precoce no quesito sexual. Na metade dos anos 90, as primeiras fazendas começaram a fazer o procedimento por meio de inseminação artificial ou trazendo animais de fora do Brasil”, relembra o fazendeiro Neto Arantes.

Neto ainda recorda que, quando seu pai descobriu os benefícios do cruzamento industrial, começou a procurar animais que pudessem fazer o cruzamento de maneira natural. Na época, era necessário encontrar um touro que resistisse ao calor brasileiro e, para isso, João Arantes tomou conhecimento de uma empresa americana que estava comercializando sêmens de raças que poderiam cruzar da forma proposta.

Entre 1998 e 1999, João comprou algumas cabeças de gado e realizou o cruzamento com o Nelore. “Quando nasceram os primeiros bezerros, meu pai ficou maravilhado”, conta Neto. A partir desse momento, começa a se configurar na pecuária brasileira a necessidade do investimento na raça Senepol. Em 2000, Neto e seu irmão Ricardo Arantes foram a um centro de pesquisa nos Estados Unidos para aprofundar os conhecimentos acerca do gado.

Segundo Neto, os pesquisadores acreditavam que o Senepol seria mais indicado para o Brasil, uma vez que reunia inúmeras características favoráveis: fácil adaptação ao calor, pois foi uma raça desenvolvida no Caribe há mais de 100 anos em temperaturas extremas e em terra de baixa qualidade, onde o gado ficava gordo o ano inteiro sem receber ração e sais minerais; apresentava alta resistência a parasitas; não tinha chifre e dessa forma não machucava os funcionários das fazendas, até porque é um animal bastante dócil; apresentava precocidade sexual no macho e na fêmea; tinha pelo curto, o que facilita a resistência ao calor, e demonstrava rapidez na engorda. Foto: Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida

A família de criadores ainda foi ao Paraguai, onde conheceu um rebanho criado em uma fazenda de calor extremo, e mesmo assim os animais estavam em boas condições. Porém, no período, as fronteiras com o país vizinho estavam fechadas para transações comerciais; a família, no entanto, resolveu investir nos Estados Unidos. “Nós fomos obrigados a ir aos Estados Unidos e escolhemos os melhores animais de criatórios diferentes, fretamos um avião em Miami e colocamos 52 vacas e 13 bezerros na aeronave. Trouxemos esse gado para Porto Velho, em Rondônia, em novembro de 2000”, relata Neto Arantes.

A chegada do primeiro rebanho de Senepol ao Brasil não significou que todo o trabalho estava finalizado. De acordo com o fazendeiro, era natural que cada vaca só produzisse um bezerro por ano, o que dava em torno de 50 cabeças. Mas a ideia de João Arantes era ter 2 mil animais anualmente. Para resolver a questão, os criadores procuraram uma tecnologia classificada como fertilização in vitro, que proporcionava um aumento expressivo no nascimento de animais.

Segundo Neto, um laboratório que executava a fertilização in vitro foi instalado nas terras da Nova Vida de Rondônia. “De apenas 50 vacas, em 18 meses produzimos 2 mil. Nasceram metade macho e metade fêmea”, comenta o fazendeiro. Ainda de acordo com ele, o investimento em todo o processo, desde trazer o primeiro rebanho Senepol ao Brasil até a instalação do laboratório, custou 1 milhão de dólares. “Foi um projeto que meu pai apostou sozinho e, felizmente, o Senepol se tornou uma grande solução para aumentar a rentabilidade na pecuária brasileira”, acrescenta Neto Arantes.  

Hoje, o grupo Nova Vida produz anualmente para venda comercial de 800 a mil touros da raça Senepol. Além disso, são comercializadas de 200 a 300 novilhas todos os anos. “O Senepol ele complementa o Nelore e já contribuiu muito para a pecuária nacional. Considero que é a segunda raça mais importante da bovinocultura do Brasil”, destaca o criador.

No vídeo a seguir, produzido pela TV Senepol, da Fazenda Nova Vida, os criadores Neto Arantes e Ricardo Arantes comentam um trecho da história da chegada do Senepol ao Brasil. Confira o conteúdo do canal da empresa no YouTube:

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Na intenção de ampliar os trabalhos na pecuária nacional com a raça Senepol, a Fazenda Nova Vida lançou, neste ano, um projeto que fomenta o empreendedorismo rural entre pequenos criadores. Em formato de franquia que vale de R$ 15 mil a R$ 30 mil, fazendeiros poderão adquirir sêmens da marca e viabilizar fecundações. Outros custos poderão ser adicionados a cada vaca fecundada - R$ 1.500 - e a Nova Vida promete oferecer assessoria técnica e veterinários que ajudarão nos cuidados com os animais.

“No momento em que nascer o animal, vamos continuar fazendo o acompanhamento. Posteriormente, vamos ajudar os franqueados a colocar os animais nos nossos canais de vendas, comercializando a uma média de R$ 9 mil a R$ 11 mil por animal”, explica Neto Arantes. No áudio a seguir, ele apresenta mais detalhes sobre o projeto:

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A raça no Brasil

“O Senepol não é concorrente de raça nenhuma. Ela veio para complementar o que as outras raças têm de melhor. Ela tem crescido porque, ao se usar um touro Senepol em cima da base de fêmeas zebuínas, há um resultado muito favorável, o que a gente chama de potencialização genética”. O depoimento é do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovino Senepol (ABCB), Pedro Crosara. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele reforça que o valor do Senepol na pecuária nacional não é ser uma raça que tomará os postos das demais, mas sim serve para aumentar a qualidade dos animais do rebanho brasileiro.

O presidente destaca que pelas características favoráveis ao território e ao clima brasileiro, o animal propicia ganhos econômicos aos criadores nacionais. “Como é uma raça taurina, quando você faz o choque sanguíneo com as outras raças, os produtos saem com um diferencial genético muito grande, com custo zero para o criador, porque o boi cruza a vaca em campo”, acrescenta o gestor da ABCB. De acordo com levantamento da Associação, o Brasil possui 79 mil gados da raça registrados.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Pedro Crosara faz um alerta importante para os pecuaristas nacionais. Apesar de não competir com as demais raças, o Senepol possui um “concorrente”. “Nosso grande concorrente, na verdade, é o boi ponta de boiada, aquele sem qualificação genética, sem avaliação, comprovação e sem registro. E alguns produtores colocam esse boi no seu plantel achando que é um boi melhorador, mas ele não repassa qualidades para os bezerros que produz”, esclarece o presidente da ABCB.

Sobre o cenário econômico, a associação de criadores aponta para resultados satisfatórios. Baseado em relatórios da DBO, o presidente destaca que foram realizados no Brasil, em 2017, 48 leilões da raça Senepol, que resultaram na venda de 1.199 machos a um preço médio de R$ 10.500 cada cabeça, além de 1.034 fêmeas ao valor médio de R$ 23.856 por animal. “Há uma valorização e reconhecimento da raça como ferramenta da expansão do mercado. É uma raça que veio para ficar, por causa da eficiência e benefícios dentro da porteira. Tem o seu espaço, principalmente para os criatórios que buscam eficiência econômica como um todo”, pontua Crosara.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Por fim, o presidente da ABCB explica que existem vários projetos nas fazendas brasileiras que buscam práticas e tecnologias que possam proporcionar mais melhorias aos animais. No entanto, a Associação divulga seu próprio projeto, com o objetivo de oferecer um serviço unificado aos criadores associados. 

“Existem vários bons projetos, quem faz a raça, na verdade, é a ação conjunta de seus criadores. Como forma de manter uma união em torno da raça, a gente evita destacar criatórios ou programas. Como Associação, preservamos a independência de cada criatório. A Associação divulga o programa de melhoramento do Senepol, que contempla pilares e tem o objetivo de gerar diretrizes e boas práticas de melhoramento e seleção animal. Nosso programa também é uma ferramenta genética que precisa gerar carne de boa qualidade para o consumidor. Entre as diretrizes, temos o Serviço de Registro Genealógico – função de caraterização morfológica, funcional e genealógica dos animais -, provas zootécnicas – nas próprias fazendas ou provas comunitárias -, melhoramento genético – cálculos dos desvios esperados de progênies –, entre outras”, finaliza o presidente.  

Pesquisas auxiliam desenvolvimento da raça

A pesquisadora científica e diretora técnica do Instituto de Zootecnia de São Paulo, Joslaine Cyrillo, participou de vários estudos sobre animais da raça Senepol. As pesquisas tiveram início em 2013 e resultaram, até então, na avaliação de cerca de mil gados.

Entre as avaliações, existe o teste de desempenho e eficiência alimentar. Seu objetivo é identificar animais geneticamente superiores para características de crescimento e, ao mesmo tempo, mais eficientes em relação ao aproveitamento dos nutrientes do alimento utilizando a característica consumo alimentar residual (CAR), que trata-se de uma medida de eficiência alimentar baseada na diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca predito com base no peso corporal metabólico e no ganho médio diário durante o teste. 

“No Instituto de Zootecnia são utilizados dois sistemas de mensuração do consumo individual, o GrowSafe®, de tecnologia canadense, e o sistema nacional, denominado Intergado®. Os testes de eficiência da raça Senepol seguem o protocolo oficial do Instituto, e são conduzidos por, no mínimo, 100 dias. A dieta é fornecida, diariamente, em duas etapas, às 9h e às 15h, e é composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado (milho, farelo de soja, núcleo mineral)”, detalha a pesquisadora.

Consumo individual de alimentos, ganho médio diário, medidas corporais (altura na garupa, perímetro torácico, comprimento do corpo e perímetro escrotal), características de carcaça por ultrassonografia (área de olho de lombo, espessura de gordura na costela e espessura de gordura da garupa) são alguns aspectos analisados. “Ainda há análise de características de fertilidade e precocidade nos machos, já nas fêmeas, há opção de avaliações de ultrassonografia com o objetivo de quantificar a população folicular e verificar a ciclicidade das novilhas” acrescenta a pesquisadora. 

De acordo com Joslaine, os testes realizados constaram ganhos médios diários de 1,40 e 1,50 kg/dia, para fêmeas e machos, respectivamente. “Resultado maior que o esperado de acordo com a formulação da dieta, mostrando que a raça Senepol tem um grande potencial para ganho de peso. As fêmeas consumiram em média 10,7 kg de matéria seca para cada quilo de peso corporal, já os machos consumiram em média 8,4 kg de matéria seca para ganhar um quilo de peso corporal. Os testes desenvolvidos pelo Instituto de Zootecnia permitem a identificação de animais mais eficientes que serão os futuros reprodutores e matrizes, além de expandir o conhecimento sobre as particularidades da raça Senepol, bem como na contribuição para a bovinocultura de corte nacional”, esclarece a pesquisadora.

Segundo a diretora técnica do Instituto de Zootecnia, um novo projeto de pesquisa está sendo realizado para avaliar a qualidade da carne de animais da raça Senepol, além de animais cruzados Nelore x Senepol. Até o momento, o projeto não foi finalizado. 

Saiba mais: Como se calcula o CAR? - Para realização dos testes de CAR, os animais são avaliados por no mínimo 100 dias (28 dias de adaptação+72 de teste) ou mais. Os pesquisadores registram nesse período o consumo alimentar diário observado e o ganho de peso dos animais. Obtém-se, então, o chamado consumo predito, que é o consumo alimentar diário observado ajustado para seu ganho de peso e seu peso corporal no período. A equação matemática usada para descobrir o Consumo Alimentar Residual é o consumo alimentar diário observado menos o consumo predito.

Consumo Alimentar Residual negativo (CAR-) é sinal de maior eficiência alimentar e o contrário é verdadeiro, ou seja, Consumo Alimentar Residual positivo (CAR+) é sinal de menor eficiência alimentar.

Existem torneios que servem para medir força, velocidade, inteligência e resistência. A maioria deles se aplica a seres humanos, especialmente em olimpíadas. Mas e se a ideia fosse testar quem canta mais? Não sobre o que tem a voz mais agradável, porém o que em menos tempo por mais vezes se faz ouvir. É uma ideia curiosa, e que desperta mais interesse quando os competidores são passarinhos de várias espécies. Criadores se reuniram em Pernambuco, neste domingo (22), justamente para testar quem tem a ave com o maior fôlego.

Dezenas de criadores estiveram reunidos na quadra de um colégio em Jardim Atlântico, Bairro de Olinda, para interagir entre si e com os pássaros. Reunidas em círculos, as gaiolas separavam os bichos por espécie. Apenas os semelhantes competem, já que alguns entoam músicas mais vibrantes, enquanto outros preferem um timbre mais sereno. Entretanto, não importa se é um azulão, um canário da terra, um bicudo, ou trinca-ferro, as espécies nativas da região são testadas por repetição.

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"É um teste de resistência do animal. Existe uma qualidade de espaço em casa para eles ganharem fôlego e participar desse torneio chamado 'canto fibra'. Que marca quanto tempo eles passam cantando. A quantidade de cantos é que decide quem vence a disputa. Os próprios donos recebem contadores e observam para marcar quantos cantos a ave entoou no período que varia de 10 a 15 minutos, em cada fase. No final, a ave mais saudável e que cantar mais é vencedora", contou ao LeiaJá o presidente do Clube de Criadores de Pássaros Nativos de Pernambuco, Joaquim Torres.

Segundo os criadores, tudo é legalizado e fiscalizado pelos órgãos competentes. No caso, a Agência Estadual de Meio Ambiente é responsável por registrar as aves, catalogar os seus donos e acompanhar torneios do tipo que também contam com veterinários para garantir a saúde dos 'atletas'. Um pouco dessa rotina de preparação que inclui vôos em espaços especiais, banho de sol, ração especial, banho diário e até namoro com as fêmeas está detalhada no vídeo a seguir: 

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É polêmico. Falar de criação de pássaros em ambientes domésticos costuma ser um tema que divide opiniões. Vez por outra, o assunto coloca frente a frente criadores apaixonados e quem defende a liberdade para os animais. Por isso, quando um torneio reúne diversos donos de passarinhos de várias espécies, é natural esperar que parte do público fique imediatamente contrário. Em meio ao debate, o presidente do Clube de Criadores de Pássaros Nativos de Pernambuco (CCPN) ressalta o trato com os animais.

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"Na verdade esses pássaros levam uma qualidade de vida muito boa. Têm espaços grandes, comida especial, tomam banho de sol e a água é trocada com cuidado. Todos são limpos, então é uma qualidade de vida para o animal até melhor do que seria na natureza", conta Joaquim Torres, 46, que é técnico de informática e organiza os eventos da CCPN.

Neste domingo (22), ocorreu a segunda etapa do Campeonato Pernambucano do chamado 'canto fibra' para os criadores de azulão, bicudo, canário da terra, curió e trinca-ferro, espécies da região. "A ideia é uma brincadeira saudável para incentivar a criação em ambiente doméstico. É mostrar a seleção genética, entrando com espécies nativas, todos da nossa região. Os pássaros são legalizados pelo Ibama, têm suas anilhas e registro. E o espaço é liberado pelo CPRH. Fazemos uma solicitação, avisando detalhes dos eventos", disse.

No caso, cabe à Agência Estadual de Meio Ambiente o controle e fiscalização de criadores e torneios do tipo. Algo que deixa os criadores mais tranquilos para participar. "A gestão sobre essa atividade é com o CPRH. Todos os pássaros tem anilhas e estão registrados em uma lista do Sispass, que é o sistema de passeriformes. Para participar de um torneio como esse é necessário apresentar todos esses ítens. O clube realizador precisa ter um veterinário responsável justamente para verificar as boas condiões da ave em cada disputa", afirma o arquiteto, com especialização em gestão ambiental, Bruno Câmara.

O criador lembra que tudo é pensado de forma a deixar o animal o mais confortável possível. Para que não apenas os donos se divirtam. "A disputa entre os pássaros é natural. Eles delimitam território através do canto. Não fazemos mais do que trazer isso para o ambiente doméstico, o que eles fazem na natureza. É algo bem natural", garantiu.

Preservação e legalidade

O outro grande ponto que destacam os criadores está no intuito de trazer pessoas que mantêm animais ilegais escondidos para dentro das normas. Joaquim conta que para estar regularizado, é preciso cumprir normas impostas pela agência e reforça que, para algumas espécies, o papel de preservação é incentivada pelos órgãos responsáveis.

"Muita gente tem pássaros em casa e, sabendo que não tem autorização, sequer sai com eles. Esse tipo de evento também serve para que as pessoas entendam a importância que tem, o dono irregular, levar os animais ao CPRH e poder cumprir com as normas. Em alguns países, é o próprio governo que pede aos criadores para terem os exemplares para garantir a preservação de uma espécie nativa. Então, a criação, responsável, também tem o seu papel", destacou.

Lutas espetaculares, mundos paralelos, um toque de metafísica: os criadores de "Matrix" recuperam alguns elementos de sua famosa trilogia para a série "Sense8", mas vão ainda mais longe, com uma sobreposição de mundos em uma série difícil de classificar.

O conceito da série é ambicioso, com um relato que acompanha de modo paralelo oito personagens que vivem em pontos diferentes do mundo, em quatro continentes.

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A imprensa americana afirma que a produção de cada um dos 10 episódios da segunda temporada, disponível desde sexta-feira no Netflix, custou nove milhões de dólares, um valor não confirmado pela plataforma de vídeo.

As filmagens da nova temporada demoraram oito meses, em 17 cidades diferentes, explicou à AFP Tina Desai, que interpreta na série a indiana Kala Dandekar.

Esta pode ser a primeira série realmente mundial, de acordo com o modelo da Netflix, presente em mais de 190 países.

"Isto torna tudo mais complexo, mais difícil, mas uma vez que você se acostuma ao estilo narrativo é divertido", comentou Max Riemelt, que interpreta o alemão Wolfgang Bogdanow.

"As pessoas adoram este tipo de série. Não querem mais ver algo pré-fabricado, fácil de consumir", completa.

A segunda temporada foi comandada por Lana Wachowski, antes Larry Wachowski e que fez o anúncio da mudança de gênero no início da década. Ela dirigiu sozinha quase toda a segunda temporada, sem a sua irmã Lilly, corroteirista e anteriormente Andy Wachowski, que mudou de nome e gênero em 2016.

A dupla foi responsável pela direção e roteiros da trilogia "Matrix".

- "Aceitando diferenças" -

Os oito personagens principais da série são "sensates", essencialmente humanos, mas dotados de uma capacidade de percepção sobrenatural, que os conecta permanentemente entre si.

Todos são perseguidos por um tal Sr. Whispers, também com capacidades psíquicas acima do normal, que trabalha para a misteriosa Biologic Preservation Organization (BPO).

Depois da primeira temporada, na qual cada um dos oito toma consciência de sua condição, o que ignoravam até então, os oito "sensates" contra-atacam, unindo forças graças a seu dom.

"Sense8" fica mais complexa, com uma intensidade dramática maior que a da primeira temporada, lançada em 2015.

O resultado é uma série inclassificável, com saltos de ritmo brutais. Alterna passagens muito melodramáticas, que em alguns momentos lembram as telenovelas, com sequências lineares e lutas muito similares ao mundo de "Matrix", que revolucionaram o cinema neste aspecto.

"Não sei com o que compará-la", afirma Terrence Mann, que interpreta o Sr. Whispers e chama a série de "brilhante".

"É muito pessoal", afirma Naveen Andrews, Jonas Maliki em "Sense8".

As irmãs Wachowski "colocaram tanto de si mesmas. Isto é diferente do que haviam feito antes".

Assim como em "Matrix", as Wachowski evocam a relação dominante-dominado, da minoria e da maioria, assim como as diferenças, um tema que voltou a ganhar destaque com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e o avanço do nacionalismo em muitos países.

Para Tina Desai, a série "diz às pessoas que é preciso ficar calmo e não ter tanto medo do outro, aceitar as diferenças, para ir além e nos entendermos".

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) vai detalhar, nesta quarta-feira (17), o início do Cadastramento de Criadores de Pássaros Silvestres de Pernambuco. As informações serão repassadas durante coletiva de imprensa no auditório da autarquia, a partir das 9h.

“Serão efetuados apenas o cadastro para criadores amadoristas, uma vez que para a autorização de criação comercial é necessária a publicação nacional da lista de espécies nativas autorizadas para a criação”, esclareceu o diretor-presidente da CPRH, Paulo Teixeira de Farias.

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A equipe que realizará o cadastro é formada pela gerente de Gestão de Fauna da CPRH, Patrícia Tavares, o chefe do setor de licenciamento e fiscalização e fauna, Gleydson Castelo e o analista do Ibama, Edson Andrade.

O procedimento será realizado todas às quarta-feira, das 14h às 17h30, na Sede da CPRH, localizada na Rua de Santanna, nº367, bairro Casa Forte, Zona Norte do Recife. Quem se regularizar em 2014 estará isento da taxa anual do cadastro. 

Para fazer a inscrição o interessado deve estar cadastrado no Ibama através do site e apresentar no dia do cadastro na CPRH os documentos pessoais originais e comprovante de residência atualizado de até 60 dias. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 3182.8905.

Com informações da assessoria

Apicultores do município de Moreilândia, no sertão pernambucano, irão receber da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), 11 kits para apicultura familiar, um investimento de quase R$ 90 mil. Os kits são compostos por colmeias completas, indumentárias próprias para exercer a atividade apícola, fumigadores, cera alveolada e outros itens.

O presidente da Associação de Apicultores de Moreilândia, José Luís Peixoto,  afirmou que o incentivo irá colaborar com a produção familiar. “Temos muitos apicultores iniciantes, e essa doação vem motivar o trabalho deles e também vai reforçar a produção da nossa associação. Vamos potencializar a produção, esperamos produzir dezenas de quilos de mel por colmeia. Conseguir isso de maneira individual seria muito difícil”, explica.

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Moreilândia é uma das 11 comunidades que serão beneficiadas com entrega dos kits da Codevasf em Pernambuco até o final de 2013. A expectativa é que, até o final do próximo mês, sejam entregues 500 kits ao todo, resultado num investimento de R$ 3,7 milhões.

Com informações da assessoria 

Até o dia 20 de janeiro, o Ministério da Educação receberá as inscrições para a seleção de criadores de tecnologias que desenvolvem projetos relativos à educação integral e integrada da escola com seu território. De acordo com Renata Braga Santos, coordenadora geral de tecnologias para a educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, a iniciativa tem como objetivo qualificar meios tecnológicos com potencial de utilização no desenvolvimento e apoio aos processos educacionais em escolar urbanas e do campo. Podem apresentar propostas pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado.

O MEC, para essa chamada pública, relaciona dez áreas de interesse, todas no âmbito da educação integral e integrada em jornada ampliada: acompanhamento pedagógico; investigação no campo das ciências da natureza; cultura e artes; esporte e lazer; cultura digital; educação econômica; comunicação e uso de mídias; educação ambiental; direitos humanos e promoção da saúde.

No ano de 2007, o MEC criou um guia eletrônico, denominado Guia de Tecnologias Educacionais. A ideia é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril, também de 2007. O guia tem atualmente 134 tecnologias pré-qualificadas, sendo 43 criadas pelo Ministério da Educação, entre elas a Provinha Brasil e o Portal do Professor, e 91 produzidas por agentes externos.

Clique AQUI e confira mais informações sobre o processo seletivo.

Inscrições

As pessoas interessadas em participarem do processo seletivo devem se cadastrar através de uma página eletrônica do Ministério, para preenchimento de um formulário. As tecnologias serão avaliadas por um comitê técnico-científico, mediante a coordenação do MEC e do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Cronograma

Até o dia 20 de janeiro de 2012 - apresentação das propostas;
23 a 26 de janeiro - instalação da comissão avaliadora;
27 de janeiro a 14 de fevereiro - pré-análise dos projetos;
5 de março a 27 de abril - avaliação das propostas;
14 de maio - homologação dos resultados;
15 a 29 de maio - período para recursos;
29 de junho - anúncio dos resultados.

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