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Ao menos 17 mil crianças foram separadas dos pais na Faixa de Gaza ou estão desacompanhadas desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, há quase quatro meses, segundo uma estimativa das Nações Unidas divulgada nesta sexta-feira (2).

"Cada uma delas tem uma história comovente de dor e perda", disse Jonathan Crickx, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nos Territórios Palestinos.

"Este número equivale a 1% de toda a população de Gaza que foi deslocada, 1,7 milhão de pessoas", declarou Crickx por videoconferência em Jerusalém, durante uma coletiva de imprensa realizada em Genebra.

O porta-voz indicou que descobrir quem são estes menores desacompanhados está sendo "extremamente difícil", já que muitas vezes eles são internados em hospitais, feridos ou em estado de choque, e "simplesmente não conseguem nem dizer os seus nomes".

Crickx afirmou que quando há guerra, é comum que uma família extensa cuide das crianças órfãs.

No entanto, em Gaza, "devido à total falta de alimentos, água ou abrigo, as famílias extensas também enfrentam momentos difíceis e desafios, como cuidar de outra criança, o que dificulta cuidar dos seus próprios filhos e dos seus familiares" mais próximos, explicou.

No geral, o Unicef define crianças "separadas" como aquelas que estão sem os pais; e as "desacompanhadas" como aquelas que foram separadas dos pais e que, além disso, não estão sob os cuidados de nenhum parente.

Além disso, o porta-voz alertou que "quase todas as crianças" da Faixa, quase um milhão, necessitam de assistência psicológica, porque sua saúde mental foi fortemente impactada pela guerra.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque cometido por combatentes do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, quando mataram cerca de 1.163 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250, segundo o último relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Cerca de 100 reféns foram trocados por prisioneiros palestinos em uma trégua de uma semana no final de novembro.

Em resposta ao ataque, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre para "aniquilar" o Hamas, que até agora deixou pelo menos 27.131 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 15, a lei que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal. O Projeto de Lei n° 4224, de 2021, já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e no plenário do Senado Federal. A proposição é de autoria do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).

O texto altera o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a norma sancionada nesta segunda pelo presidente, o bullying está tipificado como "intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais".

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O cyberbullying, por sua vez, é definido na lei como o bullying praticado em ambiente virtual.

O texto também inclui quatro crimes praticados contra crianças e adolescentes no rol de crimes de hediondos, alterando a Lei 8.072, de 1990, que trata dessa tipificação. São eles:

- Agenciar, facilitar, recrutar, coagir ou intermediar a participação de criança ou adolescente em imagens pornográficas;

- Adquirir, possuir ou armazenar imagem pornográfica com criança ou adolescente;

- Sequestrar ou manter em cárcere privado crianças e adolescentes;

- Traficar pessoas menores de 18 anos.

Quem é condenado por crime hediondo, além das penas já previstas na legislação, não pode receber benefícios de anistia, indulto ou fiança. Nestes casos, a progressão da pena é mais lenta e a sentença deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. A lei aprovada nesta segunda-feira também instaura estratégias de prevenção contra a violência nas escolas.

Para os que procuram uma agenda nessas férias para crianças, o Tulasi Bistrô e Mercado preparou uma programação especial neste mês. A partir do dia 16 de janeiro, serão realizadas oficinas educativas para ensinar a importância de cuidar da saúde individual e ambiental de uma forma leve e divertida.

As oficinas serão realizadas ao ar livre, na sede do Tulasi,  no quintal da Christal Galeria, no Pina, e serão ministradas por Juliana Watts, nutricionista, e pelo botânico Bruno Rodrigues, da consultoria VerdiEra Sustentabilidade, especialista em compostagem e resíduos orgânicos. 

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A programação contará com cinco oficinas, sendo elas de compostagem, mini chef, hortinha em casa, tintas naturais e mel nativo, no período da tarde. 

Para inscrever e saber mais informações os números disponibilizados são (81) 9 8888-8000 ou (81) 9  9257-7558. 

 

Entidades de defesa dos direitos LGBTQIA+ acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar uma lei do Amazonas que proibiu a participação de crianças e adolescentes em paradas de orgulho gay. O relator da ação é o ministro Gilmar Mendes.

A legislação entrou em vigor em outubro e prevê que menores de idade só podem frequentar os desfiles se tiverem autorização judicial. A multa em caso de descumprimento pode chegar a R$ 10 mil por hora do que o texto define como "indevida exposição da criança ou adolescente ao ambiente impróprio".

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O projeto convertido em lei é de autoria do deputado Delegado Péricles (PL). Ele alegou como justificativa que as paradas de orgulho LGBTQIA+ têm "prática de exposição do corpo, com constante imagem de nudez, simulação de atos sexuais e manifestações que resultam em intolerância religiosa".

A Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH) e a Aliança Nacional LGBTI+ pedem que a lei seja declarada inconstitucional pelo STF. As entidades argumentam que a restrição é "quase um projeto de eugenia" porque impede jovens homossexuais de terem contato com manifestações LGBTQIA+.

"A lei impugnada não legisla para proteger a infância e juventude, mas para atacar infâncias e juventudes que destoam do padrão hegemônico da sociedade cisheteronormativa", afirmaram na ação protocolada no Supremo.

Uma decisão do STF pode ter efeito cascata. Isso porque projetos semelhantes tramitam em outras Assembleias Legislativas.

O Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, passará por uma obra de requalificação neste semestre, de acordo com a Prefeitura do Recife (PCR), que já publicou o edital da licitação para as obras no Diário Oficial do Município (DOM). O equipamento de lazer ganhará Praça da Infância, que será dividida em cinco áreas temáticas e terá estabelecimentos como sorveteria e café. 

“O Treze de Maio é uma das principais áreas de lazer da área central do Recife e atende a pessoas de todas as classes sociais. Com a requalificação, vamos deixá-lo ainda mais atrativo, especialmente para as crianças e suas famílias”, afirma a secretária de Infraestrutura e presidente da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Marília Dantas. A reforma das antigas gaiolas criará novos espaços como área gastronômica com café e sorveteria; biblioteca, brinquedos, banheiro para a família, espaço para exposições e área de lazer. 

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O investimento previsto para a obra é de R$ 2,4 milhões. As áreas serão chamadas de “círculos”; o Círculo Vento terá piso em emborrachado com um balanço escalável de madeira, além de três totens gira-gira; o Círculo Árvore será um espaço gramado com banco brincante de madeira em volta de uma árvore e uma casa silo conectada a um deck de madeira com dois escorregadores de inox; no Círculo Fogo, as crianças poderão brincar no banco espiral em concreto e nos trepa-troncos de madeira, que remetem a uma fogueira. 

Por sua vez, o Círculo Terra será gramado, com um talude que envolve o tubo de concreto, que serve de travessia para as crianças, um banco brincante de concreto e uma área de emborrachado com pula-pula embutido. Por fim, no Círculo Planta, haverá três conjuntos de mesa e bancos. Os círculos serão conectados por um passeio em piso “fulget”, que receberá paginação colorida feita com concreto pigmentado e canteiros com vegetação demarcando os usos dos locais. O passeio contará também com seis totens giratórios e uma gangorra. 

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Duas crianças ficaram presas no alto de uma roda gigante de um parque de diversões no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite dessa segunda (25). Os bombeiros foram chamados para o resgate e confirmaram que o brinquedo havia quebrado.

O acionamento para a ocorrência na Rua Paz de Andrade ocorreu por volta das 19h05. Segundo a equipe de resgate, o incidente foi causado depois que um dos lados da cadeira do brinquedo quebrou.

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Três viaturas foram encaminhadas ao local e concluíram o resgate por volta das 22h15. As vítimas não sofreram ferimentos.

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A partir deste domingo (24) até o dia 7 de janeiro, monitores em ônibus e terminais rodoviários da região metropolitana do Rio de Janeiro vão exibir vídeos informativos com instruções de segurança e prevenção ao desaparecimento de crianças e adolescentes.

A iniciativa do governo do estado foi elaborada pela Fundação da Infância e Adolescência (FIA-RJ), que administra o programa SOS Crianças Desaparecidas, e conta com a parceria do RioÔnibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) e da Onbus, empresa que explora o serviço de mídia nos veículos e terminais. 

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De acordo com o RioÔnibus, ao divulgar as diretrizes de prevenção ao desaparecimento nos painéis dos terminais e nas TVs internas dos ônibus, é possível conscientizar mais de 3 milhões de pessoas. 

“As parcerias são fundamentais para a mobilização da sociedade e para a localização de crianças e adolescentes desaparecidos. O grande objetivo é reduzir, ao máximo, o número de casos ao ponto de atuar prioritariamente em ações de prevenção”, disse Luiz Henrique Oliveira, gerente do SOS Crianças Desaparecidas.

Crianças localizadas

A FIA-RJ tem um banco de dados de desaparecidos há 27 anos. Nesse período, foram registrados 4.307 desaparecimentos de jovens, sendo 3.753 localizados. Apenas em 2023 foram 101 sumiços, com 90 reencontrados. 

De acordo com a Lei da Busca Imediata (Lei federal 11.259/2005), não é preciso prazo de espera antes de comunicar às autoridades um caso de desaparecimento. A investigação será realizada imediatamente após a notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, polícia rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais.

Como prevenir

A FIA fornece as seguintes dicas para pais e responsáveis evitarem casos de desaparecimento.

- Ensine ao seu filho o nome dele completo, endereço e os telefones de contato dos pais ou responsáveis;

- Quando estiver em locais de grande circulação de pessoas (show, praia, etc.), marque um ponto de encontro para o caso de se perderem;

- Faça a carteira de identidade do seu filho (pode ser tirada desde o nascimento). Diga para ele andar sempre com um documento de identificação;

- Nunca deixe crianças sozinhas, seja em casa ou na rua, nem sob os cuidados de outra criança ou adolescente;

- Mostre ao seu filho como buscar ajuda quando necessário: forneça a ele o número de emergência (190);

- Entenda os riscos que a internet pode causar e oriente os seus filhos sobre as medidas de segurança e cautelas necessárias;

- Conheça os amigos de seu filho e as pessoas com quem ele convive (escola, cursos, vizinhos, etc.);

- Mantenha sempre uma conversa franca e aberta com seu filho para que ele possa se sentir seguro e confiar em você. Ouça seu filho! Ele tem sempre coisas importantes a lhe dizer!

A adoção por parte de casais do mesmo sexo é legal em uma minoria de países do mundo, principalmente na Europa e no continente americano. Hoje, na Itália, o governo de extrema direita de Giorgia Meloni tenta restringir os direitos parentais desses casais.

- Mesmos países que autorizam o casamento gay -

A adoção de crianças por casais do mesmo sexo é legal em 36 países, o que corresponde a menos de 20% dos 193 Estados-membros da ONU, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (Ilga).

Conforme a Ilga, existem dois tipos de adoção: a adoção conjunta por parte dos dois membros do casal e a adoção por parte do "segundo progenitor", que não é o pai biológico da criança, e que se aplica, por exemplo, nos casos de reprodução assistida.

O mapa dos países que reconhecem este direito coincide amplamente com o dos países que legalizaram o casamento, ou as uniões civis, entre pessoas do mesmo sexo.

- Europa, pioneira -

Em 2001, os Países Baixos foram o primeiro país a autorizar a adoção por casais do mesmo sexo de crianças sem qualquer relação com eles.

Desde então, outros 22 países europeus seguiram o exemplo, incluindo: Suécia, Espanha, Bélgica, Noruega, Reino Unido, França, Irlanda, Portugal, Áustria, Alemanha, Finlândia, Eslovênia e Suíça. A última a fazer isso foi a Estônia, em 2023.

A Itália é um dos países europeus que não autorizam a prática, apesar de as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo serem legais desde 2016.

Em 2021, porém, o Tribunal de Cassação italiano determinou que as adoções feitas legalmente no exterior eram válidas, salvo nos casos em que os filhos são fruto da barriga de aluguel.

Seguindo instruções do governo ultraconservador de Giorgia Meloni, alguns municípios deixaram de registrar, há alguns meses, filhos de casais do mesmo sexo nascidos fora do país.

- Avançando no continente americano -

Nove países do continente americano autorizam a adoção homoparental.

O Canadá legalizou, progressivamente, a adoção em suas diferentes províncias, depois de aprovar o casamento para todos em 2005.

Nos Estados Unidos, uma decisão de 2015 da Suprema Corte estendeu a adoção conjunta por casais do mesmo sexo a todos os 50 estados, mas continua havendo grandes diferenças entre um e outro.

Já o Uruguai legalizou a medida em 2009, seguido de Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica e, finalmente, Chile e Cuba, em 2022.

- Exceções na África e na Ásia -

Na África, onde a imensa maioria dos países proíbe, ou reprime, a homossexualidade, a África do Sul é uma excepção, tendo autorizado a adoção no início dos anos 2000.

No Oriente Médio, Israel também é uma exceção. Em 2008, abriu a adoção aos casais do mesmo sexo e, em 2021, o Supremo Tribunal autorizou a barriga de aluguel. O casamento não é autorizado, mas é reconhecido quando contraído no exterior.

Em Taiwan, o Parlamento aprovou uma emenda, em 2023, que permite que casais do mesmo sexo adotem crianças em conjunto. A ilha está na vanguarda dos direitos LGBTQIA+ na Ásia com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2019, uma novidade nesta parte do mundo.

Na Oceania, o casamento e a adoção entre pessoas do mesmo sexo são permitidos na Nova Zelândia desde 2013 e, na Austrália, desde 2017 e 2018, respectivamente.

- A espinhosa questão da barriga de aluguel -

A barriga de aluguel é, para muitos casais do sexo masculino, uma das opções que eles têm para se tornarem pais. Poucos países autorizam-na, porém, e, quando o fazem, é em uma base "altruísta", ou seja, sem qualquer compensação financeira envolvida.

Apenas um pequeno grupo de países concede esse direito, de forma expressa, a casais do mesmo sexo, incluindo África do Sul, Israel e Cuba.

Tio e avô foram presos por estuprar todas as crianças da família na cidade de Mundo Novo, em Goiás. O caso foi descoberto pelo pai de duas meninas, de nove e 12 anos, após estranhar a mudança de comportamento repentina delas. Um menino de oito anos também teria sido abusado pelos familiares.

Os crimes foram descobertos em abril de 2022, quando o pai desconfiou de uma das filhas que se tornou extremamente introspectiva e não queria sair do quarto. Ele buscou a psicóloga da igreja que frequenta e a profissional orientou que ele acionasse a polícia após identificar que as meninas poderiam ter sido vítimas de estupro.

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O pai registrou um boletim de ocorrência  na 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, em Goiânia, e os acusados foram presos nessa segunda (4), pela Polícia Civil do Distrito Federal.

De acordo com a investigação, os abusos ocorreram durante uma temporada de férias na casa dos pedófilos, entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. O Metrópoles teve acesso ao inquérito e indicou que a violência começou em uma noite em que as duas estavam com medo de dormir sozinhas e foram para o quarto do tio.

A irmã mais velha disse que chegou a ser levada para um local mais afastado e o tio teria forçado beijar sua boca antes ser violentá-la. Ele ainda teria obrigado que ela tomasse anticoncepcionais e pílula do dia seguinte após as relações sexuais.

De acordo com o pai, a mãe das crianças soube dos estupros em 2021, mas não tomou nenhuma providência. Além de violentar as meninas, o avô teria teria abusado de outro neto, um menino de oito anos, que morava perto da sua casa.

O Shopping Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), promove a campanha de apadrinhamento de crianças para o Natal, que beneficia as crianças atendidas pelo Instituto social da empresa, mantida por seus empreendedores. 

O objetivo é ajudar com o Natal de quase 150 crianças carentes, e para isso, foi instalado, na última sexta-feira (24), um painel no corredor do cinema com fotos e sugestões de presente. 

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Os clientes podem participar entregando sua doação até do dia 12 de dezembro. Uma estrela será colocada em cima da foto da criança apadrinhada, para incentivar que outros ajudem. 

 

O número de crianças e adolescentes com excesso de peso aumentou no país entre 2019 e 2021, período que abrange a pandemia de covid-19. Segundo levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância - Fiocruz/Unifase), houve crescimento de 6,08% no grupo das crianças de até 5 anos de idade. Entre aqueles com 10 a 18 anos, o crescimento foi de 17,2%. O excesso de peso inclui tanto os casos de sobrepeso como os de obesidade. 

Os dados do estudo são baseados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan-WEB), ferramenta que monitora indicadores de saúde e nutrição. Segundo os pesquisadores, a diminuição de exercícios físicos e o desajuste na alimentação são as principais explicações para os problemas de peso.

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“A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil, possivelmente como consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento”, explica Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância. 

Pós-pandemia

O cenário começa a melhorar no período seguinte, entre 2021 e 2022, mas ainda com percentuais altos. O número de crianças com excesso de peso teve um recuo de 9,5% e o de adolescentes queda de 4,8%. Em 2022, a taxa de crianças de até cinco anos com excesso de peso era de 14,2%. A de adolescentes estava em 31,2%.  

O último grupo é o que mais preocupa os pesquisadores do Observa Infância. Pelas análises das séries históricas, há uma tendência de queda do problema entre as crianças, principalmente depois do período de isolamento. Mas entre os adolescentes, a queda aconteceu apenas entre 2021 e 2022. No longo prazo, a tendência é de crescimento do excesso de peso. 

A comparação com outros países mostra que a situação no Brasil é mais crítica. Aqui, em 2022, há três vezes mais crianças com excesso de peso do que a média global (14,2% no Brasil e 5,6% na média global). Sobre os adolescentes, a média nacional é quase o dobro da global: 31,2% contra 18,2%. 

“Acreditamos que os altos números da obesidade infantil no Brasil devem muito à falta de regulação dos alimentos ultraprocessados no país. A partir de outubro de 2023 passa a vigorar plenamente a nova rotulagem frontal dos alimentos industrializados, indicando os excessos de sal, gorduras saturadas e açúcares na parte frontal das embalagens. As crianças são muito suscetíveis a esses produtos e acreditamos que a implementação dessa política terá algum impacto nos números de obesidade a partir deste ano”, diz Boccolini.

“Este estudo serve como um chamado à ação para políticas públicas, profissionais de saúde, escolas e famílias para redobrar os esforços na luta contra a obesidade infantil, garantindo um futuro mais saudável para as crianças do Brasil.” 

Os irmãos Levi Ferreira de Oliveira e Cleodimar Ferreira de Oliveira foram condenados a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente, pelos crimes de estupro de vulnerável e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil. Os crimes aconteceram em São Sebastião, no Distrito Federal, e as vítimas identificadas pela Justiça têm idades entre 3 e 11 anos. O período em que os abusos ocorreram não foi informado.

De acordo com o g1 DF, os condenados são filhos do pastor Fernando Guedes de Araújo, que administra a igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira (AD Madureira São Sebastião). Conhecido na região, o pastor e sua família tinham a confiança dos moradores e a esposa do líder religioso, madrasta dos criminosos, cuidava de crianças do bairro enquanto as mães estavam no trabalho. Esse contato direto com as crianças tornou as vítimas mais vulneráveis aos episódios de violência. 

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Fernando também foi condenado a seis meses de prisão por omissão de socorro. Segundo a Justiça, ele sabia dos crimes e não tentou impedi-los, assim como não denunciou os filhos e nem alertou os pais. As mães das vítimas, que têm a autoria da denúncia, alegaram que a igreja se tornou uma "extensão das famílias" e era um local que passava confiança.  

Uma das crianças, de sete anos, foi abusada por cerca de 20 dias. O crime aconteceu enquanto os pais viajavam para ajudar uma parte da família, após a morte de um parente. A vítima mostrou sinais de medo e ansiedade e pediu para não voltar a dormir no local. Pela possibilidade de identificação de mais vítimas, a Delegacia de São Sebastião segue investigando o caso.

Duas crianças e dois adolescentes morreram vítimas de afogamento em Capoeiras, no Agreste de Pernambuco, na tarde dessa quinta-feira (2). O grupo tomava banho na Lagoa do Junco, em um sítio da zona rural da cidade, quando o incidente ocorreu. Ainda não é possível apontar a causa dos afogamentos. Uma quinta criança, que presenciou as mortes, passou mal e precisou de atendimento médico, mas passa bem. A Polícia Civil investiga o caso. 

As vítimas foram identificadas como Pedro Lucas Silva Almeida, de 4 Anos, Carlos Daniel Oliveira Santos, de 9 anos, Sara Vitória Cristina da Silva, de 13 anos, e Joanna Beatriz Silva Lima, de 14 anos. Sara e Joanna eram irmãs e também tias de Pedro Lucas. 

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Em nota, a Polícia Civil confirmou a ocorrência e informou que as crianças brincavam e pescavam sozinhas no açude, quando a tragédia aconteceu. O caso é investigado pela 18ª Delegacia de Garanhuns, que disse estar "empenhada na realização de diligência". 

Os corpos das duas crianças e dos dois adolescentes foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. A Secretaria Municipal de Educação lamentou as mortes e prestou condolências aos familiares. As vítimas estudavam em creches e escolas da rede municipal de ensino. 

O Ministério da Saúde investiga a morte de três crianças no município de São João del-Rei (MG) e um possível surto causado pela bactéria Streptococcus pyogenes. Uma equipe técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente está na cidade desde a última sexta-feira (27), a pedido da Secretaria de Saúde de Minas Gerais. 

“Até o momento, não há evidências que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João del-Rei, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique alteração na rotina das atividades da população local. Pelas informações recebidas até agora, também não há evidências que conectem o Streptococcus pyogenes aos óbitos”, informou o ministério. 

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Também estão sendo feitas investigações para busca de casos suspeitos; dadas orientações ao município para investigação epidemiológica; realizados exames laboratoriais para diagnóstico; e treinamento com a rede assistencial do município, com o objetivo de orientar na detecção e no tratamento oportuno de casos suspeitos de infecção”, completou a pasta. 

No último sábado (28), uma equipe técnica do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Minas Gerais esteve em São João del-Rei para realizar trabalho de campo a fim de verificar indícios sobre os casos de infecção, “de modo a identificar os agentes infecciosos e o tratamento que deve ser adotado”. 

Os técnicos se reuniram na semana passada com representantes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde, para apresentar o cenário e traçar estratégias para a investigação epidemiológica a ser conduzida no município.  

As amostras coletadas relativas aos casos seguem em análise. Em nota, a Secretaria de Saúde de Minas informou não haver, até agora, critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João Del Rei, “bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades da população.” O órgão informou ainda não recomendar o fechamento de escolas. 

Na última quarta-feira (25), a secretaria capacitou, por meio de videoconferência, um grupo de 122 profissionais de saúde da Unidade Regional de São João Del Rei com o objetivo de orientar a rede local na detecção e no tratamento oportuno de casos suspeitos de infecção bacteriana, com a identificação dos devidos diagnósticos. 

Por fim, a secretaria alertou que o melhor meio de informação para a população são os canais oficiais. “A Secretaria de Saúde de Minas Gerais reforça que, em caso de sintomas como febre, garganta inflamada e descamação da pele, a orientação é procurar imediatamente uma unidade básica de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado.” 

O número de crianças e adolescentes com acesso à internet se manteve com certa estabilidade, com um pequeno crescimento em 2023, apontou a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que foi divulgada hoje (25).

Segundo esse estudo, 95% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país acessam a internet, o que corresponde a mais de 25,1 milhões de pessoas nessa faixa etária. No entanto, a pesquisa também demonstrou que, embora esse número tenha caído em relação a 2022, ainda há uma parte desse público que jamais teve acesso à internet, o que corresponde atualmente a mais de 580 mil pessoas.

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Em 2022, a população com acesso à internet correspondia a 92% ou aproximadamente 24,4 milhões nessa faixa etária. Já os que nunca tiveram acesso à internet correspondiam a 940 mil pessoas.

Entre os que disseram nunca ter acessado a internet na pesquisa atual, mais de 475 mil correspondem a crianças e adolescentes que compõem as classes D e E, o que demonstra que há desigualdades no acesso. As crianças e adolescentes das classes D e E também são a maioria entre os que já acessaram a internet, mas não o fizeram recentemente: 545 mil dessas crianças e adolescentes das classes mais baixas disseram não ter acessado a internet nos últimos três meses, um total de 867 mil.

O estudo, conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apontou ainda que em 24% do total de casos, o primeiro acesso à internet aconteceu antes dos seis anos de idade. Em 2015, esse primeiro acesso à internet acontecia mais tarde: apenas 11% das crianças tinham até seis anos de idade quando acessaram a internet pela primeira vez. Em 2015, o primeiro acesso à internet acontecia geralmente aos 10 anos (16%).

“A idade do primeiro acesso foi antecipada”, destacou Luísa Adib, coordenadora da pesquisa TIC Kids Online Brasil. “Vinte e quatro porcento das crianças e adolescentes reportam que acessaram a internet até os seis anos de idade. Isso reflete pouco aumento na conectividade desses indivíduos”, falou ela, em entrevista à Agência Brasil.

Forma de acesso

A principal forma com que as crianças e adolescentes acessam a internet é pelo celular, que foi apontado por 97% dos entrevistados. O celular é também a única forma de acesso à internet para 20% desse público.

Já o acesso da internet pela televisão tem aumentado nos últimos anos, chegando a 70% em 2023. Em 2019, por exemplo, esse tipo de acesso era mencionado por apenas 43% dos usuários.

O uso do computador para acesso à web, por sua vez, manteve-se estável, em 38%, com predomínio entre o público das classes sociais de maior renda (71%). Entre as classes D e E, apenas 15% dizem acessar a internete pelo computador.

“Observamos, ao longo da série histórica, uma queda no acesso da internet pelo computador, mas há uma diferença muito marcada entre as classes socioeconômicas. As crianças das classes A e B acessam a internet por uma variedade muito maior de dispositivos. E isso pode influenciar sobre o aproveitamento de oportunidades, por exemplo, nas atividades de educação em busca de informação. As crianças que acessam a internet pelo celular e pelo computador realizam todas as atividades investigadas de educação em proporções maiores que aquelas que acessam somente pelo telefone celular. Elas também vão aproveitar mais oportunidades e ter condições de desenvolver mais habilidades digitais”, falou a coordenadora do estudo.

Segundo ela, essa variedade do uso de dispositivos para entrada na internet, além de questões relacionadas também à disponibilidade de dados e à velocidade e qualidade de conexão são significativos para demonstrar que ainda há muita desigualdade no acesso. “Temos 95% de usuários, quase a totalidade de crianças e adolescentes nessa faixa etária que são usuários, mas não podemos dizer que elas acessam a internet sob as mesmas condições. A universalização do acesso tem muitas barreiras para serem cumpridas para que haja uma conectividade significativa para todos os usuários”, disse.

Propaganda e conteúdo sexual

A pesquisa abordou a percepção de adolescentes entre 11 e 17 anos sobre as propagandas na internet. Segundo o estudo, 50% desses entrevistados pediu que seus pais ou responsáveis comprasse algum produto que viu na internet. Oito em cada dez entrevistados (84% do total) também relatou que ficou com vontade de ter algum produto após vê-lo na internet e 73% ficaram chateados por não poder comprar algum produto.

Para 78% desses usuários, as empresas pagam pessoas para usarem seus produtos nos vídeos e conteúdos que publicam na internet. Seis em cada dez adolescentes entre 11 e 17 anos (59% do total) também disseram ter assistido a vídeos de pessoas mostrando como usar esse produto ou abrindo a embalagem desse produto.

O que chama a atenção é que o número desses usuários que relatam ter visto propaganda na web é alto, considerando que a propaganda direcionada a crianças e adolescentes até 12 anos, em quaisquer meios de comunicação ou espaços de convivência, é considerada ilegal de acordo com o Código de Defesa do Consumidor de 1990.

“Há toda uma legislação que não permite que o conteúdo mercadológico seja direcionado para criança e adolescente. Mas investigamos alguns fenômenos ou forma como os conteúdos são postados na internet e vimos que a criança tem o conteúdo mercadológico, mas ela não necessariamente consegue identificar que aquela era uma mensagem sobre algum produto ou marca”, completou a coordenadora da pesquisa.

Ainda de acordo com o estudo, apenas 28% dos pais utilizam algum filtro ou configuração especial para restringir o contato das crianças com propagandas na internet.

Uma outra questão analisada pelos pesquisadores foi o acesso das crianças e adolescentes a conteúdos sexuais. Pelo menos 9% do total de usuários entre 9 e 17 anos já viram imagens ou vídeos de conteúdo sexual na internet nos últimos 12 meses. Na maior parte das vezes (34% do total), essas imagens aparecem sem querer, seguida pelas redes sociais (26%). Cerca de 16% das crianças e adolescentes também relatam ter recebido mensagens de conteúdo sexual pela internet.

“Temos essa perspectiva sobre o risco mas também temos que considerar que o contato com esse tipo de conteúdo pode ter sido uma busca de informação, pode ter sido uma comunicação entre pais, então não necessariamente isso foi um acesso indesejado ou algo problemático. Mas temos que olhar para esse dado sabendo que existe um potencial dano ou incômodo e, a partir daí, qualificar quem enviou essa mensagem e onde a criança teve esse contato. Por isso reforçamos a importância da participação dos responsáveis no acompanhamento das atividades que a criança e o adolescente realizam”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora do estudo destacou que a internet não traz apenas riscos, mas diversos benefícios destinados, por exemplo, ao lazer, ao conhecimento e ao entretenimento. “Reforço que os benefícios estão associados às condições de acesso”, ressaltou.

“Os riscos têm naturezas diversas e podem ser de violências sexuais ou comerciais, por exemplo. Há muitas possibilidades de contato ou situações de risco na internet, mas eu sempre destaco que proibir, inibir ou restringir a participação não necessariamente vai protegê-la do risco. Podemos restringir o risco, mas também restringimos a oportunidade. Por isso indico o diálogo e o acompanhamento dos responsáveis para saber que tipo de conteúdo ela está acessando e com quem ela conversa.”

Para a pesquisa, foram ouvidas 2.704 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos e 2.704 pais ou responsáveis. O estudo foi realizado entre março e julho deste ano. O TIC Kids Online Brasil é uma pesquisa feita anualmente desde 2012 e só não foi realizada em 2020 por causa da pandemia de Covid-19.

Das 28 pessoas que ainda aguardam a abertura da fronteira com o Egito para serem resgatadas na Faixa de Gaza, 14 são crianças, de acordo com nota divulgada neste domingo, 15, pelo Palácio do Planalto. O grupo espera aval do governo egípcio para cruzar a fronteira e se deslocar até o aeroporto de Cairo, capital do país. De lá, eles retornarão ao Brasil em uma aeronave enviada pelo governo brasileiro.

De acordo com o documento divulgado à imprensa, das 28 pessoas - sendo 22 brasileiros e 6 palestinos com residência no Brasil - que aguardam resgate, seis são homens e oito mulheres, além das 14 crianças. Um grupo de 18 pessoas foi deslocado da Cidade de Gaza para Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito, onde passou a noite em um imóvel alugado pelo Itamaraty. Já as outras 10 pessoas são moradoras de Khan Yunis, cidade palestina próxima à Rafah, e aguardam a liberação em suas casas.

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O avião da Presidência da República que resgatará o grupo está em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira, 13. A aeronave aguarda a liberação do governo egípcio. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio à retirada dos brasileiros que aguardam autorização para deixarem a Faixa de Gaza pela fronteira com aquele país.

O Dia das Crianças é comemorado nesta quinta-feira (12). Para festejar a data, o LeiaJá relembra cinco personagens infantis que brilharam e deram o que falar no cinema.

Kevin McCallister

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Sucesso em 1990, Esqueceram de Mim marcou uma geração. Mas o que chamou a atenção de muitas pessoas no filme, na época, foi a atuação de Macaulay Culkin. O personagem Kevin McCallister divertiu os espectadores por meio de aventuras cheias de criatividade.

Maluquinho

O ator Samuel Costa encantou as crianças brasileiras em Menino Maluquinho - O Filme. A produção de 1995, dirigida por Helvécio Ratton, permitiu que o público infantil se identificasse com Maluquinho. O personagem inspirado na obra do cartunista Ziraldo continua no imaginário de muita gente.

Olive

Pequena Miss Sunshine é daqueles filmes que muita gente não enjoa de assistir. Lançado em 2006, o longa-metragem tocou crianças, jovens e adultos ao narrar a história de doce Olive. A menina tinha o sonho de disputar um concurso de beleza. Para que o desejo dela se realizasse, a família se mobilizou para ver a garota feliz. A interpretação de Abigail Breslin foi tão intensa que ela conquistou uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Elliot

Escrito por Melissa Mathison, com produção e direção de Steven Spielberg, E.T. O Extraterrestre fez a alegria de crianças e adultos em 1982. Com Drew Barrymore no elenco, o filme chamou a atenção do público com a entrega do ator Henry Thomas. O personagem Elliot gerou comoção nos espectadores com sua relação de amizade com um alienígena. O encontro do menino e o ser de outro planeta arrancou bons ensinamentos.

Matilda

Se tem uma criança que esbanjou esperteza e fofura na década de 1990 foi Matilda. O filme homônimo à personagem fez com que a criançada ficasse vidrada nas telas do cinema. Interpretada pela atriz Mara Wilson, a garotinha de seis anos colocava para fora - de forma brilhante - todo o seu dom de magia.

Desde o fim do mês passado, a nova sede da Central Única das Favelas (Cufa) no Complexo da Penha – região que reúne 13 favelas na zona norte do Rio de Janeiro – é uma alternativa para atividades de lazer para a população, incluindo as crianças, que encontram lá um espaço para brincadeiras.

No entanto, no começo desta semana, frequentar o local não era mais uma coisa trivial. O motivo é que, na segunda-feira (9), começou uma megaoperação da polícia à procura de criminosos, o que desencoraja pais e responsáveis de sair de casa com os filhos. Assim, o dia da brincadeira ficou para outra ocasião. 

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Em outra parte da cidade, também na zona norte, o motorista Anderson Vargas encontra dificuldades para levar os filhos, de 2 e 7 anos, para brincar. Ele conta que em uma das pracinhas perto de casa, “os brinquedos são precários, muita das vezes quebrados”. Em outra, “cachorros estão sempre na praça, roubando espaço de brincadeira das crianças”.

Declaração  

Os dois exemplos, mais do que uma falta de oportunidade, são uma violação de um direito garantido a todas as crianças, o de brincar. O Artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, diz que a criança e o adolescente têm direito de "brincar, praticar esportes e divertir-se".  

Indo além, a Constituição de 1988, em seu Artigo 227, impõe que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer”.  

A garantia do direito de a criança brincar está expressa também na Declaração Universal dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1959. O Princípio 7º determina que “a criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se”. 

Saúde e desenvolvimento

Não é à toa que esse direito está cravado na legislação. Neste Dia das Crianças (12), a médica Evelyn Eisenstein, coordenadora do grupo de trabalho em Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que "brincadeira é um direito de saúde".  

“A criança desenvolve as suas habilidades, não só de coordenação e autonomia, mas as habilidades do desenvolvimento neuropsicomotor. Ela vai se tornando independente à medida que aprende a correr, pular, saltar, brincar de roda, brincar em uma equipe, com os amigos, aprende a ganhar a perder, explicou à Agência Brasil.  

“Ela ativa os mecanismos hormonais. A brincadeira é um elemento saudável, inclusive da saúde mental das crianças e adolescentes.”   

A Aliança pela infância foi criada para fazer esse direito se espalhar por várias partes do país e classes sociais.

Uma das iniciativas é a difusão da Semana da Infância e Cultura de Paz, iniciada na segunda-feira (9) e que vai até o domingo (15). 

Barreiras do brincar

Apesar de tanto incentivar o livre brincar, Leticia conhece bem as barreiras que as crianças brasileiras enfrentam para fazer valer essa necessidade. O primeiro obstáculo a ser citado é o vivenciado pelos moradores do Complexo da Penha, grandes cidades e áreas de periferia: a violência urbana. “Muitas vezes os espaços não são seguros para que a criança vá brincar.” 

Leticia acrescenta outros fatores à lista, como a zeladoria e conservação de equipamentos públicos. Ela dá o exemplo de praças com mato alto, brinquedos quebrados e calçamentos irregulares que expõem ao risco de acidentes. Ou simplesmente a inexistência de pracinhas em algumas regiões. 

A coordenadora da ONG destaca problemas como acessibilidade, tanto ao tornar o local inadequado para crianças com deficiência, quanto o deslocamento dos pais ao local em si. “Muitas vezes você tem jornadas de transporte que demoram muito tempo e custam dinheiro para chegar em um espaço onde a criança pode brincar.” 

Uma pesquisa divulgada terça-feira (10) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que 60% das crianças e adolescentes brasileiros tinham alguma privação de direitos, como moradia, saneamento, educação e renda. Isso representa quase 32 milhões de pessoas.  

Consequências

“Criança que não brinca é uma criança doente”, compara Evelyn Eisenstein, da Sociedade de Pediatria. “Ela fica deprimida, isolada, vai ficando sedentária.” Prova de que a necessidade de brincar é tão essencial é que nos hospitais há espaço para brinquedotecas, cita a médica. O mesmo vale para as escolas. Ao mesmo tempo em que dão o ensino obrigatório, oferecem o tempo que, para muitas crianças, é a melhor coisa do dia de aula: a hora do recreio. 

“Quando a criança tem o acesso ao brincar prejudicado ou negado, ela deixa de se desenvolver”, acrescenta Leticia Zero. 

Anderson percebe claramente as mudanças no comportamento dos filhos quando não brincam como deveriam. Ele nota que os filhos estranham a interação com outras crianças, ficam agitadas e dormem mal.  

“Seria ótimo se tivesse um lugar onde eles pudessem gastar energia e fazer atividades com outras crianças. Quando eles fazem isso, eles dormem melhor, ficam realizados, com as carinhas de muito felizes”, afirma o pai. 

Busca de soluções

Para a coordenadora Letícia, a  forma de fazer com que as brincadeiras sejam cada vez mais acessíveis às crianças passam por iniciativas do poder público, da sociedade e dos próprios pais ou responsáveis. 

Um exemplo que a gestora da ONG cita é a regulamentação de leis, como a da existência de brinquedotecas em hospitais. Ela considera que algumas são decadentes e não cumprem o propósito.  

Aa garantia de brincar, segundo a coordenadora, não deve ser tratada como política específica, direcionada para crianças apenas. Um exemplo que ela sugere seria “uma política pública que favoreça o transporte urbano em grandes cidades, de forma que os pais não fiquem duas horas para ir e voltar do emprego e possam ter um tempo de qualidade com a criança em casa”.  

Além de mais zeladoria para equipamentos públicos e integração desses locais com a natureza, ela propõe a visão de que, mesmo lugares que não são específicos exclusivamente para crianças precisam ter um espaço para brincadeiras, por exemplo, em salas de espera de unidades básicas de saúde e serviços públicos de atendimento à população. 

Pequenas e simples atividades cotidianas também devem ser vistas pelos pais e responsáveis como oportunidades de brincadeiras para as crianças, segundo a representante da ONG. “Entender que brincar não é uma atividade que só que vai acontecer em um período curto, específico”, ressalta.  

“Qualquer atividade que a gente faça, seja levando a criança para caminhar, para ir na padaria, ela vai querer subir e descer das rampinhas, pular degraus”, exemplifica. É preciso, de acordo com Leticia, entender que criança não se comporta como adulto. “A criança precisa poder se expressar livremente o tempo todo”, diz. “Os adultos precisam entender essa importância do brincar. É preciso reencantar o olhar do adulto para a criança.”   

Recomendações

Apesar da importância do ato de brincar, pais e responsáveis precisam saber impor limites quando se trata de entretenimento por meio de telas, adverte a pediatra Evelyn Eisenstein. 

“Uso excessivo precoce e prolongado dos videogames, televisão e qualquer tipo de tela é prejudicial à saúde das crianças e adolescentes. Ela fica fazendo uma distração passiva”, alerta. 

Na terça-feira (10), o governo federal lançou uma consulta pública para a elaboração de um guia com orientações para o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. A consulta é aberta a toda a sociedade e ficará disponível por 45 dias na plataforma Participa + Brasil. 

Outro cuidado que a médica da SBP orienta é em relação a classificação etária e indicativa de brinquedos e fontes de entretenimento como filmes e vídeos. “As brincadeiras devem ser de acordo com a maturidade de cada criança”, orienta. 

A adequação dos brinquedos em pracinhas públicas é mais um ponto que deve ser mais adequado, de acordo com Leticia Zero. “Parques estão acessíveis para crianças a partir de três, quatro anos. Onde ficam os bebês, onde brincam as crianças com menos de três anos?”, pergunta. “Qualificar os espaços para as crianças pequenas e para os bebês também é muito importante”.  

Leticia defende que o tempo da infância seja respeitado. “A criança vai ser criança por 12 anos. É um tempo muito curto e ele é fundamental. Os processos de desenvolvimento que acontecem durante esse período são fundamentais para dignidade dessa pessoa.” 

Para ela, uma lição deve ser aprendida com as comunidades indígenas. “Um indígena nunca pergunta o que a criança vai ser quando crescer, porque ele sabe que a criança já é tudo que ela precisa ser agora. Então a gente precisa garantir os direitos da criança. Ela precisa poder exercer a sua infância agora.” 

O feriadão de Dia das Crianças é uma boa oportunidade para levar os seus filhos para passar o dia inteiro na XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. São diversas atrações, lançamentos de livros, stands com promoções e atividades desenvolvidas especialmente para os pequenos começando nesta quinta-feira (12) até o próximo domingo (15) quando é comemorado o Dia do Professor. E os pais ainda podem aproveitar para garimpar alguns dos melhores livros do evento.

São diversas atrações recreativas para celebrar o Dia das Crianças na Bienal. Tem de Maracatu Infantil, contação de história com temas afro-indígenas, bate-papo com autores da nova geração, como Clara Alves e Pedro Rhuas, Atividade formativa: Autismo, Azul e todas as cores, série de curtas e muitas outras atividades para a alegria da criançada. Além do melhor da literatura infantil para presentear os menores.

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A Bienalzinha, ambiente exclusivo do evento para o público infantil, conta com uma programação extensa e especial com oficinas, contação de histórias, lançamento de livros infantis, conversas com autores e espetáculos voltados para os pequenos leitores no seu dia.

Para esta edição de 2023, a Bienalzinha conta com uma grande novidade: é o Espaço Capivara de Cuidado com as Crianças, que traz um serviço de cuidar dos pequenos enquanto os pais, as mães ou os responsáveis circulam pelos livros ou participam de alguma outra atividade.

Além disso, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) estreou também nesta edição da Bienal Internacional do Livro, lançando o “Alepinha Literária”, selo de produções infantis com o intuito de explicar alguns temas do Poder Legislativo para crianças. A primeira edição da marca é o livro Quem Mora no Palácio Azul?, voltado para crianças de 0 a 6 anos de idade, de autoria da jornalista e doutora em Comunicação pela UFPE Carly Falcão e que foi lançado nesta terça-feira (10).

Da sexta (13) até o domingo (15), a alegria das crianças continua a reinar na Bienal. Na sexta a Bienalzinha estará recheada de contações de histórias com Daniela Fossaluza além de, bate-papo com a escritora Lenice Gomes e atividade formativa. No Sábado, bate-papo com roteiristas das revistas infantis da Turma da Mônica agita os pequenos leitores e a apresentação das “Doutoras das Histórias” promete encantar pais e filhos. Para o Dia do Professor, estão programadas diversas atividades formativas: conversa com Giba Pedrosa do Quintal da Cultura, oficina sobre as figuras mitológicas da cultura mexicana e muitas outras atrações.

A Petrobras é patrocinadora premium da XIV Bienal, que também conta com patrocínio do Itaú Unibanco e apoio da Prefeitura do Recife, Sebrae, Sesc Pernambuco. Também há apoio institucional da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL), Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU), Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e União Brasileira de Escritores de Pernambuco (UBE PE). A realização é da Cia de Eventos, Ideação, VOX, Ministério do Turismo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

SERVIÇO: XIV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO

Quando: 6 a 15 de Outubro de 2023, das 10h às 21h.

Onde: Centro de Convenções de Pernambuco. Endereço: Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Complexo de Salgadinho. Olinda – PE.

Ingressos: www.sympla.com.br/produtor/bienalpe  (Meia-entrada: R$ 10 | Ingresso social: R$ 15 | Inteira: R$ 20)

A gratuidade será concedida a professores da rede pública e privada, estudantes da rede pública de ensino uniformizados, estudantes da rede privada com agendamento prévio, caravanas escolares agendadas, escritores filiados à UBE, policiais civis, militares e bombeiros, crianças até 10 anos e pessoas com deficiência.

Saiba mais: https://bienalpernambuco.com/  @bienalpe

*Da assessoria de imprensa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta quarta-feira (11), um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que atuem em prol da proteção de crianças palestinas e israelenses.

"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", diz uma mensagem publicada por Lula nas redes sociais.

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Essa é a primeira vez desde o início do atual conflito que o mandatário brasileiro cita nominalmente o grupo fundamentalista Hamas, que controla Gaza.

"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", ressaltou o presidente.

Segundo Lula, é preciso "pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio". "Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar", disse. 

Veja o apelo na íntegra:

Apelo do Presidente Lula em defesa das crianças palestinas e israelenses

Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio.

Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo.

É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional.

É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.

O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo.

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente do Brasil

*Da Ansa

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