Tópicos | crianças

O governo federal lança nesta terça-feira (10) consulta pública para a elaboração de guia com orientações para o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. A consulta é aberta a toda a sociedade e ficará disponível por 45 dias na plataforma Participa + Brasil.

De acordo com o governo, a elaboração do guia se dará a partir das informações coletadas na consulta, com o auxílio de um grupo de trabalho de especialistas no assunto, e deve ocorrer ao longo de 2024.

##RECOMENDA##

Até o momento, não há orientação governamental específica para essa temática no Brasil. A intenção é que o material que será elaborado forneça recursos e aponte estratégias para promover o uso consciente de dispositivos digitais, como celulares, tablets e jogos eletrônicos, por crianças e adolescentes, e apresente formas de os pais e responsáveis supervisioná-los, ao mesmo tempo preservando sua autonomia de decisão.

O Brasil é um dos países em que se passa o maior tempo utilizando smartphones, telas e dispositivos eletrônicos. Em média, são nove horas diárias de uso da internet, segundo levantamento recente EletronicsHub. O brasileiro hoje se comunica, consome, informa-se e se relaciona com familiares, amigos e conhecidos, em grande medida, por meio de dispositivos digitais. De acordo com a pesquisa, o país só perde para as Filipinas em tempo de uso de tela.

No caso de crianças e adolescentes, não é diferente. A última pesquisa TIC Kids Online, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostra que em 2022, 92% da população com idade entre 9 e 17 anos eram usuários de internet, sendo o celular o dispositivo mais usado por crianças e adolescentes.

O governo federal ressalta que como as novas gerações são as primeiras a terem crescido integralmente num mundo digital, ainda não se sabe precisamente quais os efeitos de longo prazo de uma infância ou adolescência intensamente mediadas por plataformas digitais, games e aplicativos. Há diversas evidências, porém, de que o cenário seja preocupante.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos de idade não devem ser expostas a telas, enquanto crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a, no máximo, uma hora por dia. Já crianças entre 6 e 10 anos devem utilizar telas por uma a duas horas diárias, e crianças maiores e adolescentes, entre 11 e 18 anos, não devem ultrapassar o tempo limite de três horas de tela por dia, incluindo o uso de videogames.

Na consulta pública, o governo espera receber contribuições de especialistas de diversas áreas relacionadas com o tema, órgãos públicos, iniciativa privada e organizações da sociedade civil, além de pais, mães, familiares, responsáveis e profissionais da educação, saúde e assistência que lidam em seu cotidiano com os desafios relacionados ao uso de telas por crianças e adolescentes.

A iniciativa é conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da Secom/PR e dos ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em parceria com representantes da academia e de organizações da sociedade civil envolvidas com o tema. 

Em uma escola na região de Santa Ana, no norte da Jamaica, 60 alunos foram hospitalizados após comerem bombons contendo 100mg de THC, princípio ativo presente na maconha. A ministra da Educação do país, Fayval Williams, falou do ocorrido, na última segunda-feira (2), nas redes sociais, alertando dos perigos do fácil acesso aos alucinógenos. 

“Os médicos e enfermeiros estão a fazer tudo o que podem para garantir que os estudantes se recuperem. Vários estavam com medicação intravenosa. Mamães e papais estão presentes. Um menino disse que só tinha [comido] um docinho. Este produto é potente. PERIGO!”, alertou a ministra, em sua publicação.  

##RECOMENDA##

“Pais, professores e adultos, por favor, tenham cuidado e falem com as crianças sobre este produto sério e perigoso”, ainda disse Williams.

Uma das imagens compartilhada pela ministra, mostra o pacote do bombom, que informa que o produto “não deve ser consumido por pessoas com menos de 21 anos de idade”. Ainda nas informações no pacote do doce, é explicitado que deve “ser mantido longe do alcance de crianças e animais”. 

[@#video#@] 

Na manhã desta terça-feira (3), a ministra e outras autoridades se reuniram com pais e responsáveis em outra escola na região para conversar e “reforçar o regime de proteção e segurança para combater a venda inconcebível de produtos infundidos de marijuana a crianças”. 

Desde 2015, a Jamaica aprovou uma medida que permite o porte de até 56 gramas de maconha por pessoa, para fins religiosos, medicinais e científicos. Uma agência de licenciamento para a produção e comercialização de produtos derivados da erva atua no país para regularizar o uso e porte.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, nesta segunda-feira (2), o uso em crianças de uma segunda vacina contra a malária, doença que mata milhares de pessoas todos os anos.

"Como pesquisador da malária, sonhava com o dia em que teríamos uma vacina segura e eficaz contra a malária. Agora temos duas", declarou em uma coletiva de imprensa o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Tenho o grande prazer de anunciar que a OMS recomenda uma segunda vacina, chamada R21/Matrix-M, para prevenir a malária em crianças com risco de contrair a doença", indicou.

A OMS também apresentou novas recomendações sobre as vacinas contra a dengue e meningite, além de uma simplificação das recomendações para a vacina da covid-19.

A vacina contra a malária R21/Matrix-M, desenvolvida pela Universidade de Oxford, é fabricada pelo Serum Institute of India. Seu uso já foi autorizado em Gana, Nigéria e Burkina Faso.

Em 2021, outra vacina, a "RTS,S", produzida pela gigante farmacêutica britânica GSK, se tornou a primeira recomendada pela OMS para prevenir a malária em crianças nas zonas onde a transmissão é moderada ou elevada.

Tedros garantiu que "a demanda para a vacina RTS,S excede de longe a oferta".

A R21/Matrix-M é, de acordo com ele, "uma ferramenta extra essencial para proteger mais crianças, mais rápido", para "nos aproximarmos da nossa visão de um futuro sem malária".

As duas vacinas apresentam taxas de eficácia semelhantes, em torno de 75% quando administradas nas mesmas condições.

Uma dose da nova vacina aprovada custa entre US$2 e US$4 (R$10 e R$20), especificou Tedros.

- Transmitido por mosquitos -

Os programas piloto para introdução da "RTS,S" em três países africanos - Gana, Quênia e Malawi - permitiram que mais de 1,7 milhão de crianças recebessem pelo menos uma dose da vacina desde 2019.

A implementação da vacinação contra a malária nesses três países provocou uma queda substancial nas formas graves e mortais da doença, além de uma diminuição da mortalidade infantil.

Segundo a agência de saúde, quando administrado em larga escala, poderá salvar milhares de vidas por ano.

Em julho passado, a OMS, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi) anunciaram conjuntamente a atribuição de 18 milhões de doses da vacina contra a malária para 12 países africanos, entre 2023 e 2025.

A malária ainda é uma ameaça especialmente para crianças africanas, em parte devido à crescente resistência aos tratamentos.

A doença causou a morte de 619 mil pessoas no mundo em 2021, segundo dados recentes da OMS.

A doença é causada por um parasita minúsculo do gênero Plasmodium, transmitido por picadas de mosquitos, e pode acarretar febre, dor de cabeça e calafrios. O quadro pode se agravar e se tornar fatal, quando não tem tratamento.

Cerca de metade da população mundial vive em áreas de risco e pode contrair malária. A maioria dos casos e mortes ocorrem na África.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) publicou, nesta terça-feira (26), uma nota de repúdio contra os atos de violência praticados às crianças do Território Indígena (TI) Yanomami, e a permanência de grupos de garimpeiros em áreas protegidas e demarcadas. O órgão exige que medidas sejam tomadas pelo Estado para garantir a proteção dos povos e a retirada completa do garimpo ilegal na região. 

O Cimi se refere a vídeos que foram divulgados nas últimas semanas, que contêm cenas de crianças e adolescentes Yanomami, da macrorregião de Surucucu, sendo amarradas em estacas de madeira por garimpeiros que se negam a sair do território e continuam com a prática do garimpo ilegal. A imagens foram denunciadas, a princícpio, Hutukara Associação Yanomami (HAY). 

##RECOMENDA##

O conselho afirma ainda que as inciativas de proteção que vêm sendo implementadas e acompanhadas pela gestão atual do governo federal “estão aquém do esperado”. São mencionados o Decreto de Crise Sanitária e Humanitária e a instalação da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), mas “contrastam com a realidade evidenciada pelo relatório publicado em julho pelas Associações Hutukara, Wanasseduume Ye’kwana e Urihi”, afirma o Cimi. 

LeiaJá também: 

Lula denuncia genocídio contra povo Yanomami 

Terra Yanomami completa 30 anos com pouco a comemorar  

O que diz o relatório: 

“Embora as ações de Proteção Territorial iniciadas em fevereiro de 2023, baseadas sobretudo na estratégia de ‘estrangulamento logístico’, tenham produzido importantes avanços no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, alguns pontos como a flexibilização do controle aéreo por dois meses, a limitação dos esforços de controle territorial a somente duas bases de proteção e a participação limitada das forças armadas não possibilitaram o real controle da atividade, que ainda persiste em alguns núcleos de resistência na TIY”. 

Diante disso, o Cimi exige: 

– A retirada, em regime de urgência, de todos os garimpeiros do território Yanomami, para evitar uma tragédia maior com crianças, adolescentes e toda população Yanomami nas regiões ainda com presença do garimpo; 

– Que haja uma melhor coordenação das operações que têm a participação da Polícia Federal, Ibama, Exército, Funai e Força Nacional; 

– Que, onde for necessário para garantir a segurança dos indígenas e das equipes dedicadas à assistência da população, seja garantida também a presença das forças de segurança; 

– Que, além da definitiva desintrusão dos garimpeiros, seja efetivada a devida e contínua proteção do território Yanomami, para garantir que as operações de combate ao garimpo tenham efeito duradouro e que o atual cenário de invasões e dilapidação do território não mais se repita. 

Cerca de vinte profissionais de saúde de uma brigada móvel que visita crianças das zonas rurais da Ucrânia foram mobilizados em uma escola de ensino fundamental de Myrne, a 40 km de Kiev.

Em uma coregrafia bem ensaiada, conduzida pela enfermeira Olga Medvedeva, instalam seus equipamentos no centro escolar enquanto a cantora Sofia Yegorova entretém os jovens pacientes.

O atendimento médico especializado se tornou um desafio na Ucrânia, cujo sistema de saúde foi seriamente afetado pela invasão rusa.

As crianças sofrem. A angústia permanente tem consequências desastrosas para sua saúde mental e física, agravadas pela falta de atenção médica, explica a equipe do hospital pediátrico de Ojmatdit, em Kiev.

Ao percorrer a região, "percebemos que víamos o mesmo em todas as partes", comentou à AFP Medvedeva, de 63 anos.

"A maioria dos casos são transtornos alimentares e psicoemocionais, que juntos provocam uma série de outras doenças", explica.

Sua brigada começou a operar em maio de 2022, pouco depois que as forças ucranianas expulsaram as tropas russas da região.

Desde então, já cumpriu mais de 60 missões, tanto em zonas ocupadas quanto em outras relativamente a salvo, como Myrne.

- "Ansiosas" –

Com a guerra, faltam médicos e sobram pacientes devido ao fluxo de refugiados de de zonas mais expostas aos combates.

Durante a visita da equipe a Myrne, Liudmila Lokha, de 46 anos, chegou com seu filho Timofei, de 7 anos. O menino deixou de comer quando a família partiu para Portugal no início da invasão.

"Quando está preocupado custa a comer", explica Lokha.

Timofei não é um caso isolado. A enfermeira Inna Tachevska afirma que as crianças estão "ansiosas". Sofrem "dores de estômago, de cabeça ou crises de pânico", lamenta.

- "Tudo ficará bem" -

Olga Sudak, uma psicóloga de 29 anos, explica que os médicos e enfermeiros trabalham também com as famílias.

"Quando a família está tranquila, as crianças se sentem muito melhor e se recuperam mais rapidamente", indica.

Também recomenda que os pais respondam às perguntas dos filhos sobre a guerra.

Porém, ao ouvir seu avô Serguii Vida falar sobre a invasão, Milana, de 8 anos, se encolhe.

"A guerra é morte, mutilação, destruição", declarou o homem que combateu no primeiro ano do conflito e foi desmobilizado.

Milana, afirma que sente "uma mistura de raiva e alegria".

Apesar dos traumas, Olga Medvedeva acredita que as crianças vão superar o "intenso estresse" da guerra. "Mas temos que mostrar que tudo vai ficar bem", adverte.

Ante a perspectiva de uma guerra prolongada, os médicos ucranianos têm uma grande tarefa pela frente.

"Enquanto houver guerra enfrentaremos todos estes problemas", afirma Medvedeva.

"Até que as sirenes deixem de tocar, o transporte funcione normalmente e as pessoas estejam tranquilas", conclui.

Martín, uma criança de 10 anos que não sabe ler, escava com rapidez, ao lado de seus primos de 9 e 11 anos, uma mina a céu aberto em El Callao, uma cidade venezuelana ensurdecida pelo som dos moinhos que esmagam pedras em busca de ouro.

Extrair este metal precioso dos assentamentos no estado de Bolívar (sul) começou como um jogo para estas crianças, mas acabou se tornando uma questão de sobrevivência, denunciam ativistas dos direitos humanos.

Em meio à lama, dezenas de crianças utilizam bandejas de madeira entre pedras, vidro e até lixo em busca de pepitas de ouro que se aderem ao mercúrio, substância tóxica para a saúde.

Por seu tamanho, estes meninos entram nos buracos, sem camisa, para buscar o "material", como chamam o metal precioso.

"Quando a terra está como um chiclete, vem o 'material'. Tudo que aparece, colocamos em um saco e lavamos na água. O que for ouro, fica grudado no mercúrio", explica Martín, cuja identidade foi alterada por segurança.

Sob o sol forte e com as costas curvadas pela sacola que carrega, o menino caminha o melhor que pode até outro poço próximo e continua seu "trabalho".

- "As piores condições" -

Martín, que vive em El Perú, uma aldeia em El Callao, nunca foi à escola. Apenas seu primo de 9 nos tem acesso a educação, "porque sua mãe obriga".

"Prefiro tirar ouro a ter que ir à escola. Meu pai disse que o dinheiro está no trabalho", afirma ele, contando que, com o que recebe na mina, consegue comprar sapatos e roupas.

A maioria das crianças afirma que seu "sonho" é se tornar um mineiro.

Carlos Trapani, coordenador-geral da Cecodap, ONG que defende os direitos de crianças e adolescentes, afirma que o trabalho infantil nas minas ocorre sob "as piores condições".

"Eles normalizaram condições em que as crianças estão evidentemente em risco, não só de acidentes, doenças endêmicas, mas também vulneráveis a outros tipos de violência, como a exploração e a agressão sexual", afirmou o autor do relatório que denuncia as vulnerabilidades a que estas crianças e adolescentes estão expostos.

Segundo o núcleo da Universidade Católica privada Andrés Bello (UCAB) nesta região, 1.000 crianças trabalham nas minas.

"É uma questão de sobrevivência (...). O ambiente familiar se concentra não em incentivar os estudos, a profissionalização dos filhos, mas em sobreviver", disse à AFP a coordenadora do Centro de Direitos Humanos da UCAB Guayana, Eumelis Moya.

Ativistas e ambientalistas denunciam um "ecocídio" pela exploração mineira no sul da Venezuela, além da presença de traficantes de drogas, guerrilheiros e paramilitares.

"Fiquei assustado, quando começaram os tiroteios, e houve mortes. Estou trabalhando, e coisas assim acontecem", diz Gustavo, um "trabalhador" de 11 anos.

As autoridades relataram a destruição de uma série de acampamentos ilegais, sobretudo, no Parque Nacional Yapacana, no estado do Amazonas, onde duas pessoas morreram na semana passada em um confronto entre garimpeiros ilegais e o Exército.

- "Migrar para a mina" -

Gustavo varre o chão de uma loja de bebidas em El Perú. Enche três baldes e vai para o rio com os três irmãos, de 8, 11 e 13 anos, para tentar achar ouro.

Como tudo na cidade é pago neste metal precioso, ele espera que os dias de festa tenham deixado resíduos no chão.

"No outro dia, peguei um grama (equivalente a US$ 50, ou R$ 243, na cotação atual), conta ele, que trabalha na mina desde os seis anos e que também não vai à escola.

"Dou esse dinheiro à minha mãe para que compre comida, e algumas vezes ela compra alguma coisa para nós", completa.

Trapani lamenta que "alunos e professores" tenham "migrado para a mina" diante da aguda crise econômica no país.

A pandemia agravou ainda mais este cenário.

A mãe de Gustavo, que tem 28 anos e é mineira desde os 12, explica que foi neste contexto de crise que seus filhos abandonaram a escola.

"Quando começaram as aulas, eles estavam rebeldes, não queriam ir e não foram mais", contou, torcendo para que eles retomem seus estudos.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a União e a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e atual senadora da República Damares Alves indenizem a população do Arquipélago do Marajó (PA). O caso refere-se a uma fala da ex-ministra num culto evangélico, durante as eleições de 2022, contendo falsas informações sensacionalistas envolvendo abuso sexual e torturas às crianças do Marajó.

Na ação, o MPF pede que a União e a ex-ministra sejam condenados ao pagamento de R$ 5 milhões (metade do valor para cada réu) por danos sociais e morais coletivos, a serem revertidos em favor de projetos sociais destinados à região do arquipélago.

##RECOMENDA##

O MPF pede ainda que a União seja condenada a elaborar, divulgar e executar imediatamente um plano de ações, com políticas públicas reais para a região para a concretização das metas pretendidas no Programa Cidadania Marajó. As medidas devem ser implementadas sem prejuízo das ações já programadas.

O que aconteceu?

Segundo a ação, no dia 8 de outubro de 2022, durante culto evangélico em Goiânia (GO), a recém-eleita senadora da República pelo Distrito Federal narrou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas com crianças do Arquipélago do Marajó, das quais teria tomado conhecimento enquanto ministra de Estado.

O MPF aponta que os crimes foram narrados no contexto de campanha eleitoral para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e usados para justificar a existência do “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”. No caso, a ex-ministra referia-se ao Programa Abrace o Marajó, criado pelo governo federal durante a sua gestão como ministra, com o objetivo de melhorar o IDH dos municípios da região.

Para os procuradores da República que assinam a ação, as graves violações na região do Marajó não justificam “a utilização sensacionalista da vulnerabilidade social daquela população, associada à divulgação de fatos falsos, como palanque político e eleitoral em benefício do então presidente da República e da própria ministra”.

Dano moral coletivo e dano social

Segundo a ação, além de não contribuírem em nada, as reiteradas desinformações discriminatórias divulgadas por uma alta autoridade da Administração Pública federal reforçam estereótipos e estigmas históricos. De acordo com os procuradores, esse tipo de informação falsa confunde a sociedade e prejudica a execução de políticas públicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições sociais da população do Marajó, causando danos sociais e extrapatrimoniais aos moradores da região.

Nesse contexto, os procuradores salientam que as declarações de uma ex-alta autoridade da Administração Pública federal e recém-eleita senadora da República geraram grande repercussão em diversos setores da sociedade e na mídia.

Segundo eles, as consequências (danos sociais e morais coletivos) foram graves e potencializados pelo trânsito rápido e instantâneo com que as informações são veiculadas em razão das tecnologias atualmente disponíveis. Além disso, ocasionaram grande movimentação de força de trabalho e gastos públicos para analisar as denúncias e apurações relacionadas aos fatos narrados por Damares Alves, embora nada tenha sido confirmado.

Apuração

Na ação, o MPF cita atuação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que solicitou informações ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) acerca dos supostos crimes envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis na região do Marajó, no período de 2016 a 2022.

Em resposta, o Ministério informou que entre 2016 e 2022, o quantitativo de registros somava 251 denúncias, encaminhadas às autoridades competentes. Segundo a ação, as informações revelaram registros desorganizados e, por muitas vezes, genéricos, sem indicação exata do que havia sido requisitado pela PFDC. Dessa forma, o MPF aponta que o MMFDH “não comprovou os registros dos crimes de altíssima gravidade narrados por sua própria ex-ministra”.

Em outra frente de atuação, os procuradores da República que atuam no Pará também solicitaram ao ministério informações sobre os supostos crimes contra crianças da região e quais providências o órgão tomou ao descobrir os casos, e se houve denúncia ao Ministério Público ou à Polícia. O MPF também solicitou informações ao estado do Pará, que respondeu dizendo não haver registros de supostos atos de tráfico internacional de menores na Ilha do Marajó.

Os procuradores da República daquela região também ressaltaram que, em 30 anos, nenhuma denúncia foi recebida pelo MPF sobre tráfico de crianças. Segundo a nota do órgão, o MPF atuou, de 2006 a 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago do Marajó, no Pará. “Nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas pela ex-ministra Damares Alves”, diz um dos trechos da nota.

Além do MPF, o Ministério Público do Pará (MPPA) também divulgou nota informando que não havia recebido denúncia formal ou prova do que a ex-ministra relatou. A Polícia Federal também informou que nenhuma das investigações da corporação coincide com os fatos narrados por Damares Alves.

Ao menos nove pessoas, incluindo crianças, foram encontradas carbonizadas em duas casas vizinhas no povoado de Núcleo Colonial JK, zona rural do município de Mata de São João, a cerca de 63 quilômetros de Salvador. Segundo a Polícia Civil da Bahia, uma criança foi resgatada com vida e encaminhada a um hospital com queimaduras graves.

Ao Estadão, a Delegacia Territorial de Mata de São João, que opera o resgate e a perícia no local, informou que a região não tem sinal de telefone. Por isso, segundo o órgão, não é possível confirmar o total de mortos, as idades das vítimas e mais informações sobre a ocorrência.

##RECOMENDA##

A Polícia Civil da Bahia diz que será ampliada a equipe de perícia e remoção das vítimas. O Corpo de Bombeiros da Bahia afirma que não foi acionado para a ocorrência.

O município de Mata de São João é conhecido pela violência. No Mapa da Violência de 2016, a cidade liderou o ranking de cidades com maior número de mortes por armas de fogo no País.

Além disso, no Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado este ano, com dados de 2022, a Bahia ficou em segundo lugar entre os Estados com maior taxa de homicídio.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou um documento científico recomendando a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda como escolha preferencial para imunizar crianças e adolescentes. A Anvisa deu o aval para o registro da Qdenga em território brasileiro em março.

Esse imunizante está liberado para ser aplicado em crianças com mais de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade - são duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Em estudos clínicos, ele demonstrou 80% de eficácia contra a dengue.

##RECOMENDA##

A SBP lembra que a Qdenga é uma vacina composta por vírus vivos atenuados que ajuda na prevenção da dengue causada por qualquer um dos quatro sorotipos existentes (1, 2, 3 e 4). Ela pode ser administrada independente de exposição anterior do paciente à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.

Há outra vacina contra a dengue licenciada no Brasil: é a Dengvaxia, da farmacêutica Sanofi. Ela é recomendada no esquema de três doses para crianças, adolescentes e adultos, contemplando a faixa etária dos 6 aos 45 anos. Só que deve ser usada somente em que já teve a confirmação de uma infecção prévia por dengue.

Daí porque a entidade médica aconselha a escolha pela Qdenga. "A SBP sugere o uso preferencial da vacina Qdenga pelo esquema posológico mais conveniente (menor número de doses e término do esquema vacinal em menor tempo) e pela não necessidade de comprovação de infecção prévia pela dengue para sua administração", resume, em documento.

A SBP recomenda a vacinação para todas as crianças e os adolescentes a partir dos 4 anos, independente de já ter enfrentado a doença. Diante da escassez de dados sobre segurança e imunogenicidade, no momento, "não é recomendado realizar intercâmbio de doses entre as diferentes vacinas", acrescenta o documento.

Quem não deve se vacinar

A SBP reforça que ambas as vacinas são contraindicadas para gestantes, mulheres que amamentam e imunocomprometidos e para indivíduos com hipersensibilidade a substâncias contidas no imunizante.

"A vacinação com Qdenga deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda. A presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação", aponta o documento.

Onde encontrar

A vacina contra a dengue da Takeda é oferecida em clínicas particulares. Segundo levantamento feito em julho pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

A polícia de Santa Catarina tenta localizar uma menina, de 11 anos, sequestrada por um grupo armado na madrugada desta quarta-feira (23). O crime ocorreu em frente a casa da vítima, no bairro Pio Correia, em Criciúma, quando ela chegava de um jogo acompanhada pelo pai.

De acordo com a Polícia Militar, a garota e o genitor foram abordados por cinco pessoas, divididas em dois carros, por volta da 0h15. Cerca de trinta minutos depois, um dos veículos foi encontrado abandonado e incendiado.

##RECOMENDA##

Alguns pertences da vítima foram achados; a polícia também encontrou um moletom, provavelmente utilizado por um dos sequestradores. Conforme as investigações iniciais, a ocorrência não tem relação com organização criminosa.

Dois adultos e seis crianças ficaram suspensos no ar, nesta terça-feira (22), no meio do trajeto de um teleférico artesanal em uma região montanhosa do noroeste do Paquistão.

Uma operação de resgate com helicópteros do Exército paquistanês está em curso.

Os menores usavam a cabine para ir à escola, situada do outro lado do vale, na província de Khyber Pakhtunkhwa. No meio do trajeto, a cabine ficou paralisada a mais de 300 metros de altitude, depois que um dos cabos do teleférico parou de funcionar.

"Pelo amor de Deus, ajude-nos", disse Gul Faraz, um dos adultos presos na cabine, em entrevista por telefone à AFP.

A cabine parou às 7h locais (23h em Brasília).

Helicópteros do Exército fazem operações de reconhecimento perto do teleférico, e um soldado desceu em um arnês para entregar comida, água e remédios, disse Tanveer Ur Rehman, um funcionário do governo regional.

"É uma operação delicada que exige uma precisão meticulosa", explicou Ur Rehman.

O helicóptero não pode chegar muito perto da cabine, pois, com o ar gerado, pode quebrar a única corrente que sustenta o teleférico.

"Toda vez que o helicóptero levou o socorrista perto do teleférico, o vento provocado pelo helicóptero balançava e desequilibrava a cabine, o que fazia as crianças chorarem", disse Ghulamullah, presidente do vale de Allai, onde ocorreu o acidente.

Essas cabines artesanais, que funcionam com cabos, ou mesmo com simples cordas, são comuns no Paquistão para conectar aldeias isoladas em áreas montanhosas.

Dez pessoas morreram em um acidente parecido em 2017 próximo da capital do país, Islamabad.

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, disse que vê como um verdadeiro horror as mortes de crianças e adolescentes, moradoras de comunidades carentes, como a da menina Eloah da Silva, no último sábado (12), e do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, no dia 7 deste mês, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

“Esse é um tipo de olhar que a gente precisa treinar o tempo todo, porque, como disse o presidente Lula, o Brasil é um país que se acostumou com essas tragédias. É um país que se formou a partir dessas tragédias, então, a gente naturalizou coisas que são inaceitáveis”, explicou o ministro, nessa segunda-feira (14).

##RECOMENDA##

Ele esteve no Rio hoje para iniciar a construção de uma proposta global para levar para o governo uma ação em torno do problema. O ministro afirmou, ainda, que “temos de pensar a segurança pública, na atuação constitucional legal das polícias e pensar em formas inteligentes no combate à criminalidade. A reciclagem permanente do policial é um dos temas. Toda e qualquer letalidade tem de ser investigada, inclusive para proteção dos próprios policiais. Os policiais têm de usar câmeras corporais nas fardas, que nós sabemos que protegem também a vida dos policiais. Nós não queremos as mães de crianças chorando, mas nós também não queremos ver as mães de policiais chorando. Os direitos humanos também são para os policiais”.

Vida deve ser valorizada

O ministro salientou que “a sociedade brasileira não pode se acostumar com mortes. Não pode pedir a morte das pessoas. Esse tempo já passou. Nós temos de valorizar a vida. Nós temos que pedir para que as pessoas fiquem vivas. Esse é o ponto central. Nós precisamos de uma política nacional de proteção à vida, de combate à letalidade, de proteção às crianças. As crianças que são assassinadas são mais ou menos parecidas no seu sofrimento, na cor da pele, na sua situação econômica. Nós não podemos mais ficar fingindo que não aconteceu nada”, explicou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com isso. “Ele é um homem que entende essas questões. Isso tem que ser feito em conjunto com a sociedade brasileira. A sociedade precisa dizer não. A gente não pode pensar que uma criança é assassinada e a nossa vida segue normalmente. A vida não pode seguir normalmente quando uma criança de cinco anos e outra 13 anos são assassinadas. A sociedade organizada, os meios de comunicação, as universidades, os movimentos sociais, os governos federal, estaduais e municipais, todos nós temos responsabilidade nessas mortes”, finalizou Silvio de Almeida.

 

O Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira (10) um "novo momento" da Campanha de Multivacinação para crianças e adolescentes até os 15 anos de idade. A ação para atualizar o calendário vacinal na faixa etária agora ocorre em todo o País.

Para retomar as altas coberturas vacinais, a pasta apostou em perfis do Zé Gotinha em três redes sociais (Instagram, Threads e Tik Tok), e, pela primeira vez, equipes do ministério percorrerão o Brasil inteiro para ajustar estratégia de vacinação com gestores e lideranças locais. Segundo a Saúde, mais de R$ 150 milhões serão investidos.

##RECOMENDA##

Por volta de 2017, a taxa de cobertura de todas as vacinas obrigatórias para crianças, como aquelas contra sarampo e poliomielite, começaram a cair. Conforme noticiou o Estadão no ano passado, levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) destacou a queda das taxas em 2021. Grande parte dos índices não está acima de 70% - patamar distante das metas, na faixa de 90%. Os dados representam um retrocesso que coloca o Brasil em cenário similar ao da década de 1980.

Em nota, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou que devido à queda das coberturas vacinais nos últimos anos, temos o "risco de reintrodução de doenças que estavam eliminadas no Brasil". "Precisamos proteger as nossas crianças e os nossos adolescentes. O direito à vacina é o direito à proteção, é o direito à vida que não pode ser negado."

No primeiro semestre deste ano, o governo federal antecipou a multivacinação no Amazonas, no Acre e no Amapá. "A escolha dos estados buscou conter doenças já eliminadas no Brasil, diante da queda das coberturas vacinais registrada nos últimos anos. O alerta se deu, ainda, pelo risco de reintrodução da poliomielite, doença que foi notificada em março deste ano no Peru, em região de fronteira", informou a pasta, em nota.

O Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (10), em Belém (PA), a nova etapa da Campanha de Multivacinação para atualizar o calendário de vacinas de crianças e adolescentes até os 15 anos de idade. O objetivo da pasta é de realizar a ação em todos os estados do país.

O lançamento oficial aconteceu na Usina da Paz, no bairro Cabanagem. A iniciativa abre mais uma etapa do Movimento Nacional pela Vacinação, iniciado em fevereiro pelo Governo Federal, com o objetivo de retomar as altas coberturas vacinais no país.  

##RECOMENDA##

Maranhão e Roraima serão os próximos estados a receber a campanha de multivacinação. As ações nas unidades de saúde dos municípios maranhenses começam no próximo sábado (12). Em Roraima, serão iniciadas em 19 de agosto. 

O Ministério da Saúde promove ações de microplanejamento nos estados, conforme o calendário da multivacinação. As equipes do Ministério irão percorrer todo o Brasil em oficinas com gestores e lideranças locais, para ajustar a estratégia de vacinação de acordo com as realidades locais. Mais de R$ 150 milhões serão investidos para essas ações.  

No primeiro semestre de 2023, a multivacinação foi antecipada no Amazonas, no Acre e no Amapá. A escolha dos estados buscou conter doenças já eliminadas no Brasil, diante da queda das coberturas vacinais registrada nos últimos anos. O alerta se deu, ainda, pelo risco de reintrodução da poliomielite, doença que foi notificada em março deste ano no Peru, em região de fronteira. Desde 2016, o Brasil consta na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como local de risco muito alto para a reintrodução da doença.  

Com a abertura da etapa nacional, todos os imunizantes previstos no calendário para esta faixa etária estarão disponíveis ao público nos locais e horários informados por cada município. No Pará, a multivacinação vai até o dia 26 de agosto, em todo o estado. A mobilização ganha o Dia D da Multivacinação em 19 de agosto.  

“O nosso país era o mais respeitado do mundo quando se falava em vacinação, mas com a queda das coberturas vacinais nos últimos anos, nós temos, infelizmente, o risco de reintrodução de doenças que estavam eliminadas no Brasil. Por isso, precisamos proteger as nossas crianças e os nossos adolescentes. Temos uma responsabilidade fundamental, algo definido no estatuto da criança e do adolescente como um direito. O direito à vacina é o direito à proteção, é o direito à vida que não pode ser negado”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.  

Microplanejamento 

As ações de microplanejamento também tiveram início no Amazonas, Acre e Amapá para a realização da multivacinação nos municípios, considerando a sazonalidade e servindo como piloto para a iniciativa. Todos os estados do Brasil terão um período dedicado à implementação do microplanejamento com as equipes do Ministério da Saúde.  

Essas iniciativas contribuem para que as metas de vacinação sejam atingidas. Entre as estratégias que podem ser adotadas com a estratégia de microplanejamento pelos municípios, estão a realização do “Dia D” de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas.  

Com informações da assessoria

Um estudante de Psicologia de 26 anos foi preso na manhã desta quarta-feira, 9, em Foz do Iguaçu, no Paraná, acusado de estuprar mais de 300 crianças, além de alguns adolescentes. O rapaz, cujo nome não foi divulgado, armazenava mais de 1.700 vídeos de pornografia infantil - mais de 350 foram produzidos por ele, enquanto praticava os estupros, afirma a Polícia Civil do Paraná, que prendeu o rapaz com apoio da Polícia Federal.

Segundo o delegado-chefe do Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná, José Barreto, o universitário aliciava as crianças por meio de jogos na internet. "Ele oferecia moedas virtuais, prêmios e presentes para a criança em troca de mandar fotos ou fazer atos sexuais. A partir do momento em que uma criança faz qualquer ato sexual ou aparece nua, já configura crime", diz Barreto.

##RECOMENDA##

Ele contou ainda que o indivíduo usava um perfil feminino falso para ganhar a confiança das crianças.

Além dos estupros reais, o homem cometia estupros virtuais de vulneráveis. Por videochamada, ele convencia as vítimas a praticarem atos sexuais sozinhas e com objetos. Tudo era gravado, inclusive mostrando o rosto do abusador e suas reações.

Segundo a polícia, o acusado usava os conhecimentos adquiridos na faculdade de Psicologia para induzir e manipular crianças. "O homem tinha livros de como entender o comportamento verbal de crianças. Com o conhecimento de psicólogo, ele teria facilidade de aliciar crianças para a prática de atos libidinosos", afirma Barreto.

O rapaz praticava os crimes pelo menos desde 2016, diz a polícia, e será acusado de estupro de vulnerável, estupro de vulnerável virtual, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos.

A investigação começou a partir do monitoramento de crimes online, disse o delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Marco Smith. "O material que foi recolhido é extremamente importante, vai nos fornecer informações para que se possa dar continuidade nas diligências e descobrir o tamanho efetivo do caso", afirmou.

Segundo a delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada da Polícia Civil, Luciana Novaes, as investigações continuam e o próximo passo é identificar as vítimas. "A prisão foi o primeiro passo. Agora é importante identificar as crianças que são vítimas, porque todas elas precisam ser tratadas. É possível que o homem tenha violentado a mesma criança várias vezes. A partir do momento em que consegue cativar a criança, ele se sente seguro e provavelmente vai repetir a conduta", disse.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5338/20, da ex-deputada Edna Henrique (PB), que estabelece requisitos mínimos de segurança em áreas de lazer oferecidas ao público infantil por estabelecimentos comerciais cuja principal atividade não seja o entretenimento infantil, como bares e restaurantes.

“O projeto nos parece meritório sob o ponto de vista econômico, uma vez que suas diretrizes concorrem para garantir o direito ao lazer com segurança por parte de crianças, sem que isso represente a imposição de exigências desmedidas e excessivamente onerosas aos estabelecimentos que utilizam este expediente para aumentar seu faturamento”, avaliou o relator da proposta na comissão, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE). Ele apresentou parecer favorável à matéria.

##RECOMENDA##

Normas

Conforme o texto, os brinquedos, os equipamentos e as instalações das áreas de lazer infantil deverão observar as normas técnicas de segurança expedidas pelo órgão competente do Poder Executivo. Os estabelecimentos também deverão afixar, em cada brinquedo, placas com a indicação dos limites de altura e de idade adequados ao uso.

A depender do tamanho do estabelecimento, também poderá ser exigida a presença de um funcionário capacitado em primeiros socorros e a limpeza e a descontaminação periódica de tanques e quadras que contenham areia ou argila, por exemplo. Caberá ao Poder Executivo regulamentar esse ponto.

Ainda pelo projeto, a área de lazer deverá contar com a presença de um responsável ou, alternativamente, ser equipada com câmeras de vigilância, para a apuração de eventuais acidentes ou atos ilícitos cometidos.

Quem descumprir as regras, caso elas sejam aprovadas e virem lei, poderá ter as atividades temporariamente suspensas ou ainda o estabelecimento interditado. Antes da imposição de qualquer sanção, no entanto, o infrator será notificado pela autoridade competente e terá 30 dias para tomar as providências cabíveis.

Tramitação

A proposta será analisada ainda, em caráter conclusivo, pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Da Agência Câmara de Notícias

A Associação Conexão Social (ACS), localizada no município de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, ofereceu qualificação profissional para 150 adolescentes estudantes de escolas públicas. Na última segunda-feira (31), a ACS realizou a primeira aula do Projeto Passaporte Digital, cujo objetivo é oferecer letramento digital para jovens que vivem em comunidades carentes.

Um evento foi realizado Colégio João Vieira para receber os novos alunos que terão a oportunidade de se profissionalizar e explorar temas como ferramentas digitais, desenvolvimento de aplicativos, prevenção de ciberbullying, entre outros. O curso terá duração de 18 meses.

##RECOMENDA##

“Mais de 50% dos participantes são meninas que estão cada vez mais interessadas por tecnologia. Já começamos nosso curso com essa quebra de paradigmas. Os que esses jovens vão aprender ao longo do curso poderá ser utilizado durante toda vida profissional”, ressaltou o coordenador do Projeto, Paulo Santana.

Um maior investimento global em prevenção de afogamento evitaria a morte de até 774 mil crianças por esse tipo de ocorrência até o ano de 2050, segundo estudo de viabilidade divulgado na semana passada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Só em 2019, uma estimativa do órgão aponta para 236 mil mortes em todo o mundo relacionadas a afogamentos, o equivalente a 640 casos por dia.

O relatório, publicado por ocasião do Dia Mundial de Prevenção de Afogamentos, prevê que este investimento também poderia evitar quase 1 milhão de afogamentos de crianças não fatais, dos quais aproximadamente 178 mil teriam causado lesões graves com impacto na qualidade de vida das vítimas.

##RECOMENDA##

"Aplicar medidas preventivas eficazes, aumentando investimentos e promovendo a conscientização, desta forma, podemos salvar inúmeras vidas", disse o especialista do departamento de Determinantes Sociais da Saúde da OMS, David Meddings. De acordo com as previsões do estudo, esse aumento do investimento no mundo deve se concentrar em fornecer serviços de cuidados infantis e ensinar noções básicas de natação para crianças em idade escolar como principais ações.

Meddings garantiu que ambas as medidas podem evitar prejuízos potenciais econômicos de mais de US$ 400 milhões (perto de R$ 2 bilhões) em países de baixa e média renda, onde ocorrem 90% dessas mortes por afogamento.

Ainda conforme o relatório, entre as vítimas, as crianças entre 1 e 9 anos de idade apresentam maiores taxas de afogamento, um fato que a OMS avalia como "alarmante" e que "destaca a necessidade de agir imediatamente para proteger as futuras gerações".

RELATÓRIO MUNDIAL

A agência de saúde das Nações Unidas também já está preparando 0 primeiro relatório sobre a situação mundial de afogamentos, a ser apresentado em 2024. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Faltando apenas uma semana de férias para as crianças voltarem à rotina escolar, os pais e educadores podem proporcionar algo diferente e relaxante nos últimos dias. O programa de atividades “Harmonia Kids” é uma oficina de relaxamento para crianças, especialmente pensada para que eles se entretenham, brinquem e relaxem. Além das atividades recreativas e relaxantes, aborda temas como emoções e sensações, de forma totalmente lúdica. 

O relaxamento é importante para o bem-estar e acalmar a mente e o físico. Muitas pessoas acham que as crianças não necessitam de um momento de pausa e praticar o relaxamento, pois não apresentam problemas ou estresse, mas isso não é verdade. De acordo com a pesquisa feita durante a pandemia, uma a cada quatro possui o grau de estresse. Quando essa emoção toma conta, ela costuma apresentar alguns problemas além de fobias e ansiedade. As atividades envolvidas para as crianças no Harmonia Kids são:  

##RECOMENDA##

Acroyoga (introdução às posturas acrobáticas com equilíbrio, foco e atenção): É uma prática física que combina yoga e acrobacia. Inclui tipos de acrobacias de parceiros e grupos em que pelo menos alguém é levantado. Como tal, também se baseia em tradições de artes circenses, líderes de torcida e dança afro. 

Arteterapia: É uma disciplina híbrida baseada principalmente nas áreas das artes e da psicologia. Ela possui história e teorias próprias e é aplicada por profissionais habilitados por cursos de especialização e mestrado em arteterapia. 

Atividades de relaxamento: são um método de intervenção psicológica que tem como objetivo alcançar um estado de relaxamento físico e mental. A prática do relaxamento traz clareza mental, ampliação da memória, equilíbrio emocional, bom humor, saúde e aumento da autoestima. 

Culinária fácil: jeito divertido com ingredientes fáceis e acessíveis na cozinha e com uma prática segura e supervisionada por um adulto. 

Além das crianças, o espaço prepara um protocolo com períodos extensos para que os pais ou responsáveis possam ter um momento de tranquilidade enquanto a criança se diverte no espaço. Até o dia 28 de julho, das 13h às 18h, no valor de R$150,00 por dia. Para mais informações, ligue para (11) 91785-8686. 

O acesso à internet, a popularização das redes sociais e o avanço da tecnologia estão cada vez mais presentes na rotina de crianças e adolescentes, seja durante as férias ou na escola. A segurança desses ambientes digitais é um desafio, em especial, para pais e educadores que querem protegê-las no campo da internet. Veja a seguir maneiras de proteger crianças de golpes de internet com o advogado e especialista em Direito Digital, Proteção de Dados e Cibersegurança, Walter Calza Neto.

Ensinar a criança a nunca compartilhar informações pessoais online sem a permissão de um adulto e sempre verificar a fonte de solicitação de informação. “Os pais devem educar as crianças sobre vários tipos de golpes na internet, incluindo phishing (e-mails ou mensagens fraudulentas que solicitam informações pessoais), golpes de prêmios falsos, links perigosos, falsos perfis em redes sociais, sites fraudulentos de venda, publicações com falsos conteúdos comerciais nas redes e golpes de suporte técnico”, detalha Walter. 

##RECOMENDA##

Educar as crianças sobre os efeitos do crime ajuda a prevenir sua participação, bem como relatar quando elas são vítimas. “A segurança na internet vai além da proteção contra golpes. O cyberbullying e o stalking são problemas cada vez mais comuns. O cyberbullying é um tipo de assédio que ocorre em ambiente digital, enquanto o stalking se refere a um comportamento obsessivo e intrusivo, também online, em que o stalker persegue e invade a privacidade de outra pessoa”, acrescenta. 

Ensinar a criança a verificar a autenticidade das contas nas redes sociais e evitar clicar em links suspeitos. “Também tomar cuidado com promoções, sorteios e links patrocinados É importante instruir as crianças sobre a possibilidade de uso indevido de fotos e vídeos pessoais e a necessidade de consentimento de um adulto confiável para compartilhar detalhes pessoais. Durante os períodos de atividade online, como férias e volta às aulas, é preciso intensificar a vigilância. A educação contínua e a conscientização sobre as armadilhas online são essenciais para proporcionar um ambiente digital seguro”, aconselha o especialista. 

Se a criança cair em um golpe, é importante transformar o incidente em uma lição de aprendizado para prevenir futuros golpes. “Manter a calma e assegurar que eles não estão em apuros - o foco é resolver o problema. Uma ação imediata deve ser tomada para minimizar o dano. Isso pode incluir a mudança de senhas, notificação do banco, empresa de cartão de crédito, ou ainda o bloqueio do chip com o número do IMEI junto à operadora. Em todos os casos, uma vez estancado o golpe, deve ser relatado o incidente à polícia ou a autoridades competentes”, direciona o advogado. 

Pesquisa 

Segundo dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 93% das crianças e adolescentes entre nove e 17 anos acessam a internet no Brasil. Deste percentual, 44% também utiliza a rede mundial de computadores no ambiente escolar, mas 90% do total de entrevistados fica conectado quando está em casa. 

De acordo com a última edição da pesquisa nacional do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NICBR) lançada por um comitê de gestão de internet no país sobre atividades online de crianças e adolescentes, a utilização das redes sociais foi a atividade que cresceu entre crianças e adolescentes de nove a 17 anos no último ano, representando 78% dos usuários de internet dessa faixa etária (em contraste com 68% dois anos antes). Os jogos online interativos também foram destacados no estudo, com 66% do público acessando no último ano, comparado a 57% dois anos antes.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando