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A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (21) a parcela do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2. Essa é a primeira parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até seis anos.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 669,93. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,1 milhões de famílias, com um gasto de R$ 14 bilhões.

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Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,48 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 694,2 mil famílias foram incluídas, das quais 335,7 mil com crianças de até seis anos.

Desde o início do ano, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 só começou neste mês, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de sete a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em abril.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Na noite da última segunda-feira (13), um adolescente foi apreendido e três homens foram presos em flagrante pelo crime de tortura de três crianças, no bairro da República, no Centro de São Paulo. As vítimas, de 8, 10 e 11 anos, foram localizadas nuas e amarradas em uma adega, após policiais em patrulhamento escutarem seus gritos. 

A equipe realizou o resgate das crianças e os suspeitos, de 24, 23, 20 e 16 anos, foram conduzidos ao 2º DP e presos. Enquanto os maiores seguem a disposição da Justiça, o adolescente foi apreendido e encaminhado para a Fundação Casa.

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De acordo com o portal R7, o pai de uma das crianças afirmou que trabalha na região e que deixou o filho brincando com dois amigos na frente da adega, enquanto foi para casa tomar banho. Ele disse ainda que, cerca de vinte minutos após sair, no momento em que retornava para o trabalho, viu os policiais diante do estabelecimento e foi informado sobre o caso.

As crianças disseram aos policiais que a situação fazia parte de uma "brincadeira". Elas foram encaminhadas para a delegacia, assim como o dono do estabelecimento, para prestar depoimento. Na unidade, um dos meninos disse que a situação já havia ocorrido em outra ocasião, em que ele teria sido agredido.

O dono da adega foi identificado como resposável pelo crime. Uma fiança foi arbitrada a ele, mas não foi paga. O caso foi registrado no 77° Distrito Policial de Santa Cecília.

A vacinação foi a ferramenta de prevenção que teve maior impacto no controle da pandemia de covid-19, que completa neste sábado (11) três anos. Apesar disso, grande parte das crianças brasileiras ainda não teve acesso a essa proteção e elas são consideradas por especialistas como vulneráveis a casos graves e mortes pela doença.

Segundo o Ministério da Saúde, entre os bebês e crianças de seis meses a quatro anos de idade, a cobertura vacinal contra a covid-19 é de 25% na primeira dose e de 2,5% na segunda.

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O esquema básico para essa vacina também prevê uma terceira dose, oito semanas após a D2, e só 0,1% do público-alvo recebeu essa aplicação. Essa faixa etária foi a última a ter acesso às vacinas, com a Pfizer baby, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro do ano passado. 

Antes disso, crianças de três e quatro anos podiam ser vacinadas com a CoronaVac, aprovada pela Anvisa para essa faixa etária em julho de 2022. Apesar disso, somente 22,87% das crianças com três e quatro anos foram imunizadas com a primeira dose, e 10,2% receberam a segunda dose, de acordo dados enviados pelo Ministério da Saúde à Agência Brasil. 

Já na faixa etária mais velha - de cinco a onze anos - a primeira vacina aprovada foi a Pfizer Pediátrica, ainda em dezembro de 2021. A vacinação propriamente dita começou apenas em janeiro de 2022, com mais de um mês de atraso, e, mais de um ano depois, a cobertura vacinal para a primeira dose é de 71,62% e a da segunda dose, de 51,58%.

Risco de infecção

Com coberturas tão abaixo da média da população brasileira, as crianças estão expostas à infecção pelo coronavírus, cuja circulação foi impulsionada pelas linhagens da variante Ômicron.

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Clóvis Constantino, disse que não foi pequeno o número de crianças que adoeceu e morreu por covid-19 nesses três anos. Segundo o Laboratório de Saúde da Infância, da Fundação Oswaldo Cruz e da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), o Observa Infância, mais de 1,8 mil crianças menores de cinco anos morreram de covid-19 entre o início da pandemia e outubro de 2022. 

"Ao contrário do que se dizia, que a criança não apresentaria formas graves da doença, ela apresentava com uma certa frequência, inclusive, com casos de síndrome inflamatória multissistêmica (SIM) e comprometimento cardíaco", disse Constantino, que também destaca os quadros de covid longa.

"Se a criança consegue sobreviver, tem a possibilidade de covid longa, principalmente nas que tiveram maiores comprometimentos, como a SIM, que é uma inflamação geral do organismo que tem um tempo muito longo de recuperação", afirmou.

Constantino vê a disseminação de fake news [notícias falsas] como ponto importante para a hesitação dos pais em vacinar seus filhos. Diante disso, o médico pediatra tranquilizou os responsáveis sobre algumas das dúvidas mais frequentes: os efeitos adversos causados por essas vacinas não fogem à normalidade do que já era previsto para outros imunizantes, e a tecnologia desenvolvida para elas não foi criada da noite para o dia, mas fruto de um salto tecnológico que levou muitos anos para estar pronto e poder ser usado na pandemia.

"O substrato biológico já estava pronto há muito tempo. Apenas faltava fazer o sequenciamento do vírus, identificar a parte do vírus que seria usada e fazer a adaptação dessa plataforma biológica que já estava pronta. Isso significa uma alta segurança do produto. Não havia necessidade nenhuma de se duvidar", explicou.  

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, lamentou que, pela primeira vez, pais buscaram a imunização para se proteger, mas não fizeram o mesmo para proteger seus filhos. O médico vê as notícias falsas espalhadas sobre a vacinação como um elemento importante para esse problema.

"Isso impactou bastante na pediatria e na confiança das pessoas. É algo mais seletivo contra as vacinas de covid, mas acaba respingando nas outras vacinas, no conceito de vacinação, no valor das vacinas. E talvez o maior pilar de um programa de vacinação é a confiança, não só na vacina, mas no poder público", salientou.  

Idosos

Kfouri observou que, ao longo da pandemia, foi muito enfatizado o risco de agravamento da doença em idosos, e que essa comparação com outros grupos como as crianças contribuiu para a invisibilização dessa faixa etária. O problema cresce com a demora na chegada das vacinas para crianças, que só ficaram disponíveis em um momento em que a mortalidade da pandemia já havia passado da sua pior fase.

"O mais justo não é comparar a covid-19 na pediatria com a covid-19 no adulto e no idoso, mas, sim, a covid-19 na pediatria com as outras infecções pediátricas. Quando a gente vê isso, só a covid, sozinha, faz mais vítimas em crianças do que todas as doenças do calendário infantil de imunização. Se somar as mortes por todas as doenças imunopreviníveis, a covid-19, sozinha, faz mais vítimas", garantiu. 

Para o co-coordenador do Observa Infância, Cristiano Boccolini, a ideia de que as crianças não são do grupo de risco para covid-19 é falsa.

"As crianças, comparadas com adultos e idosos, têm um risco menor de ter a doença, mas elas não estão isentas de risco. Foi vendida para a sociedade a ideia de que criança não morre de covid. O ex-presidente falou isso, o ex-ministro falou isso. E isso entrou em um senso comum. As crianças têm, sim, risco, e hoje ele pode ser prevenido por medidas de vacinação. Cada morte de criança a partir de seis meses é uma morte prevenível", especificou. 

Também co-coordenadora do laboratório, Patrícia Boccolini lembrou que houve atraso na disponibilização da vacina pediátrica para a população e a criação de obstáculos, inclusive com o governo federal levantando a hipótese de exigir a assinatura de termo de consentimento e responsabilidade para a vacinação das crianças.

"O governo [anterior] fez de tudo para complicar. Ele não só não ajudou, como atrapalhou", avaliou Patrícia. "A figura central do Brasil [o ex-presidente Jair Bolsonaro] sempre defendeu que não iria se vacinar e que não iria vacinar sua filha, que era uma criança. Isso tudo para exemplificar que os pais têm a sua parcela de culpa, mas o cenário todo estava desfavorável e contribuindo para a hesitação desses pais" recordou Patrícia.

Para a pesquisadora, é muito importante a inclusão da vacina contra a covid-19 no calendário de vacinação da criança, estabelecendo como uma obrigação dos pais e responsáveis. 

"A vacinação está em destaque no Estatuto da Criança e do Adolescente como um direito da criança, e isso não foi respeitado. Só agora o governo está discutindo a entrada dela no calendário oficial. Se é um direito, ela tem que estar presente nesse calendário", acrescentou.

O Observa Infância destacou ainda que, além das mortes e sequelas da covid longa e os efeitos para a saúde mental do isolamento e do ensino remoto, as crianças e adolescentes sofreram também com a perda de seus pais durante a pandemia. Um estudo divulgado no fim do ano passado pelo grupo contabilizou 40 mil crianças e adolescentes que ficaram órfãos de mãe no Brasil por causa da covid-19. 

"Normalmente as mães têm um papel central na organização familiar. Então, ocorre uma relativa desorganização familiar, muitas vezes com as crianças tendo que ser adotadas ou tutoradas por parentes ou outras pessoas. E tem toda a questão da segurança social, como questões relacionadas à renda", destacou Cristiano Boccolini.

Crianças e adolescentes

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde adiantou que, na segunda etapa do Movimento Nacional pela Vacinação, que ocorre agora em março, será reforçada a importância da vacinação contra covid-19 com foco nas crianças e adolescentes.

O ministério afirmou, também, que trabalha em conjunto com estados e municípios para sensibilizar a necessidade da vacinação neste público e esclarecer os pais e responsáveis sobre a eficácia e segurança das vacinas e os riscos de doença e morte das pessoas não vacinadas. Segundo assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, ainda em janeiro, a nova gestão iniciou as tratativas com laboratórios para antecipar as entregas dos imunizantes, que estavam em falta em todo o país.

"O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é a forma mais eficiente de salvar vidas contra a covid-19.  A redução de óbitos e casos graves que o país vem registrando é reflexo da vacinação. Para que se mantenha essa tendência de queda, é necessário que a população se vacine e complete o esquema vacinal com todas as doses recomendadas para cada faixa etária. Para mobilizar o país sobre a importância da vacinação, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, que visa unir o país no propósito de ampliar as coberturas vacinais em todas as faixas etárias. As vacinas são seguras e eficazes, protegem crianças, adultos e idosos contra a doença", esclareceu o ministério.

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (9) dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos de armazenar e compartilhar imagens de abuso sexual infantil no Rio de Janeiro. Os mandados da operação Custodire foram cumpridos na cidade de Macaé, no norte do estado.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Campos dos Goytacazes (RJ). Segundo a PF, um dos alvos da ação de hoje foi preso em flagrante por armazenar arquivos contendo cenas de violência sexual contra crianças.

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A ação de hoje foi desencadeada depois que as investigações constataram que um cliente de provedor de internet havia feito o download e compartilhado centenas de arquivos com conteúdo pornográfico infantil.

Nas buscas, os policiais apreenderam computadores, aparelhos celulares e mídias. O material será periciado.

Crianças desnutridas no Malauí estão em grave risco devido ao pior pico de cólera no país africano, alertou a ONU nesta terça-feira (7), pedindo mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 259 milhões) para combater a doença.

Cerca de 4,8 milhões de crianças - uma em cada duas - precisam de ajuda alimentar, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Entre agora e o final de março, o estado de desnutrição de mais de 213.000 crianças menores de cinco anos vai piorar, e mais de 62.000 delas sofrerá de desnutrição aguda, disse Rudolf Schwenk, representante do Unicef no Malawi.

"Uma criança gravemente desnutrida corre 11 vezes mais risco de morrer de cólera do que uma criança bem alimentada. Um surto de cólera pode resultar em sentença de morte para milhares de crianças no Malauí", disse ele a repórteres em Genebra, em coletiva de imprensa online.

O Malauí vive a epidemia de cólera mais mortal de sua história, com 1.500 mortes, 197 delas de crianças, desde março de 2022. Mais de 50.000 pessoas, incluindo mais de 12.000 crianças, foram afetadas, segundo os últimos dados disponíveis.

Mas o Unicef, que forneceu remédios, água potável e informações sobre prevenção e tratamento do cólera, está ficando sem recursos e, por isso, pede doações no valor de 52,4 milhões de dólares.

"Para prevenir novas epidemias de cólera, temos que apoiar o país com investimentos significativos em infraestruturas sanitária, de água e saneamento", acrescentou Schwenk.

Hoje (24), no Brasil, é comemorado o Dia Nacional do RPG. A sigla significa “Role Playing Game”, um game em que os jogadores criam personagens e narrativas de forma colaborativa. À primeira vista, pode parecer entretenimento, mas especialistas afirmam que também pode estimular a criatividade e desenvolver habilidades, como atenção, senso crítico e rapidez de raciocínio.  

Atualmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) indicou o uso de RPG em sala de aula como uma boa prática. De acordo com esses especialistas, o RPG permite inserir conteúdos escolares durante a aventura, fazendo com que os alunos aprendam e resolvam problemas com temáticas das disciplinas curriculares.

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Existem várias formas de RPG. A tradicional, também chamada de RPG de mesa, é conduzida por meio de discussões, enquanto na live-action RPG (LARP) os jogadores executam fisicamente as ações das personagens.  

Para celebrar este Dia Nacional do RPG, confira a seguir três jogos do tipo, que são interessantes para o desenvolvimento de habilidades nas crianças: 

Hora de Aventura na Terra de Aaa – Uma aventura que coloca os personagens da Terra de Ooo dentro de um sonho para resolver uma crise terrível e três pequenas aventuras interligadas que formam uma série de histórias de acampamento narradas pelo Rei Gelado.

 RPG Solo Aventuras Possíveis - Os tripulantes da Nau Catarineta conheceram de perto os perigos que o mar pode reservar. Presa numa região de calmaria, dia após dia, noite após noite, a Nau ficava no mesmo lugar. A comida a bordo foi acabando. O desespero tomou conta de todos. Diante da salvação incerta, a tentação e a devoção haveriam de se mostrar.  

Lições - RPG sobre viagens a mundos paralelos, realidades alternativas, universos futuristas, viagens no tempo e aventuras em mundos virtuais.  

O vídeo da discussão de um homem com uma mulher e os dois filhos do casal viralizou nas redes sociais. As imagens feitas nesta semana, no restaurante de um hotel no Rio Grande do Norte, mostram um empresário pernambucano exaltado mesmo com os apelos da mulher para que ele pare com a confusão. As crianças choram e outros hóspedes intervieram para acalmar a situação.

As agressões verbais ocorrem no Hotel Vila Galé Touros, na cidade de Touros. Testemunhas indicaram que o homem que aparece nas imagens é Rafael Galindo Leite, morador do Recife, e apontam que ele parecia estar alcoolizado. A briga teria iniciado ainda no quarto, motivada por ciúmes.

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A mulher desceu com os dois filhos ao restaurante do hotel e, em seguida, ele chega e começa a gritar. O filho mais velho chora e grita, enquanto a mãe pede que o marido pare com a discussão. A situação comoveu outros hóspedes, que se aproximam para defender a mulher. As imagens foram publicadas pelo Portal 7 Segundos.

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A polícia foi acionada e Rafael teria deixado o local antes da chegada da equipe. A mulher foi encaminhada à delegacia de plantão para prestar queixa. A reportagem procurou a Polícia Civil para confirmar outros detalhes da ocorrência, mas não foi respondida até a publicação.

Em um hospital no noroeste da Síria, Hanaa, de oito anos, pergunta sobre seus pais e irmã todos os dias. Ela ainda não sabe que é a única da família que sobreviveu ao terremoto.

O terremoto que devastou regiões inteiras da Síria e da Turquia em 6 de fevereiro, com um balanço de 40.000 mortos, deixou muitos órfãos.

Diante de um número de vítimas que não para de aumentar, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) teme um “número assustador” de crianças que perderam os pais.

Hanaa foi resgatada dos escombros 33 horas após o terremoto na cidade de Harim, perto da fronteira com a Turquia, onde o prédio onde ela morava com sua família desabou.

"Tentamos salvar seu pai, um socorrista, sua mãe e sua irmã, mas todos morreram", disse Abdallah Charif, tio da menina, no hospital vizinho Maarrat Misrine, onde ela foi internada.

“Ele pede constantemente notícias do pai, da mãe e da irmã” Waad, de quatro anos.

"Não tivemos coragem de dizer a verdade. Respondemos que estão em outra seção do hospital", acrescenta.

Em sua cama de hospital, cercada por balões do dia dos namorados, a garota de olhos claros tenta sorrir, apesar dos ferimentos no rosto e do gesso na mão.

Bassel Stefi, o médico que cuida dela, explica que ela chegou em estado crítico.

"Ela estava desidratada depois de mais de 30 horas sob os escombros sem comer ou beber neste frio. Agora ela está na unidade de terapia intensiva, seu quadro é estável, mas corre o risco de ter um braço amputado", diz ela.

O tio de Hanaa teme que o estado da menina piore se souber da morte de seus parentes e prefere recorrer a especialistas para dar a notícia.

"As crianças estão expostas a sérios riscos psicológicos devido à intensidade do choque", disse à AFP Samah Hadid, funcionário do Conselho Norueguês para Refugiados do Oriente Médio.

Hanaa só tem seus avós e tios para criá-la nesta região sob controle rebelde, onde grande parte da população se deslocou de outras áreas devastadas pela guerra na Síria.

- "Seu pai o abraçava" -

Segundo a Unicef, mais de sete milhões de crianças foram afetadas pelo terremoto nos dois países, das quais 2,5 milhões vivem na Síria.

Para muitas, "é um trauma somado a outros traumas", disse à AFP James Elder, porta-voz do Unicef.

“Toda criança com menos de 12 anos só conhece conflito, violência e deslocamento” na Síria, acrescenta.

Na mesma cidade de Harim, onde cerca de 35 construções não resistiram ao terremoto, o pequeno Arslan Berri, de 3 anos, foi o único que sobreviveu ao desabamento de sua casa.

"A casa onde minha irmã morava desabou. Passamos três dias cavando, encontramos seu pai sem vida abraçado e segurando seus outros dois filhos pela mão", conta seu tio Ezzat Hamidi, 30.

A mãe dele foi encontrada a cerca de dois metros de distância, segundo este familiar.

"Meu sobrinho perdeu a mãe, a irmã e os dois irmãos. Ele corre o risco de ter as pernas amputadas", acrescenta o jovem, que vai de hospital em hospital com o menino em estado de choque para receber os cuidados necessários.

"Os membros inferiores da criança foram esmagados" pelos escombros, explica o Dr. Omar al-Ali, do Sarmada Children's Hospital, acrescentando que órgãos internos também foram afetados.

"Salvamos muitas crianças que ainda estão vivas, mas também há outras mortas", disse à AFP Obada Zikra, oficial dos Capacetes Brancos, que lideram as operações de resgate em áreas rebeldes na Síria.

Entre eles estava um recém-nascido, ainda ligado à mãe morta pelo cordão umbilical e que perdeu todos os familiares em um prédio em Jandairis, perto da fronteira com a Turquia.

"Sentimos uma grande alegria cada vez que resgatamos uma criança viva", acrescenta o socorrista.

"Mas esperamos que as crianças de nossa região, que só conheceram bombardeios e deslocamentos e nunca desfrutaram de estabilidade, possam crescer como as outras crianças do mundo e ir à escola", conclui.

Pedro Scooby usou as redes sociais para fazer um novo desabafo sobre a longa briga com Luana Piovani. Prestes a retornar ao Brasil, depois de cumprir compromissos nos Estados Unidos, o surfista disse estar focado no bem estar dos pequenos Bem, Liz e Dom.

"Na sexta-feira, vou para Portugal ficar com as crianças um pouquinho. Eu já tinha prometido para eles, então eu vou para lá", começou Pedro, enquanto se ajeitava no avião.

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Logo depois, ele contou que tem recebido a ajuda de uma profissional para lidar com esse momento difícil na família.

"A gente está em um momento de cuidar da minha família, minha saúde mental, das crianças, do meu joelho também. Vou fazer um preparo físico, estou voltando a treinar. Tem uma pessoa, a Artenira Silva, que, desde eu fiz aquela live, ela tem me ajudado muito na minha saúde mental, na minha família e ela agora tá dentro do time que está pra me ajudar", disse.

Scooby ainda reforçou que sabe como toda essa situação tem afetado seus filhos com Piovani.

"A Arterina é uma psicóloga forense, tem várias teses defendendo mulheres, ela é feminista, então eu vou deixar esse assunto com quem sabe e pra resolver tudo da melhor forma possível. No final, quem está sofrendo mais são as crianças. É triste. Elas, de alguma forma, estão sendo afetadas e a gente tem que evitar isso", salientou.

O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral. A primeira seria acidente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade.

Nesta quarta-feira (15), Dia Internacional da Luta conta o Câncer Infantil, a oncologista pediátrica do Inca Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria, lembrou que atualmente a doença é altamente curável. "Essa é a principal informação que a gente tem”, disse.

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Em entrevista à Agência Brasil, Sima afirmou que como a incidência de câncer vem aumentando lentamente ao longo dos anos, ele começa a aparecer como causa importante de doença em criança. “Como nem todas são curadas, a doença pode ter, na verdade, um percentual de mortalidade infantil também. Os dados mais recentes, de 2020, revelam que foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil.

Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil estão leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. A médica do Inca ressaltou, contudo, que os tumores em crianças são diferentes dos que acometem pessoas adultas. “Adulto tem muito carcinoma, tumores de células diferenciadas”. Os tumores de crianças são diferentes. Embora esses três tipos sejam mais frequentes, existe uma gama de tumores, como os embrionários, que ocorrem nos primeiros anos de vida. São exemplos os da retina, de rim, de gânglio simpático. “São tumores que acontecem, mais frequentemente, em crianças menores. Mas todos eles são muito diferenciados e respondem bem ao tratamento quimioterápico, normalmente. Essa é a principal informação que a gente tem para dar nesse dia tão importante”, reiterou a especialista.

Para a oncologista, a doença é muito séria, mas trouxe, ao longo dos anos, uma esperança de busca pela vida. Há possibilidade de cura, se o paciente é diagnosticado precocemente e tratado nos centros especializados de atenção à criança.

Alerta

Nos países de alta renda, entre 80% e 85% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas atualmente. No Brasil, o percentual é mais baixo e variável entre as regiões, mas apresenta média de cura de 65%. “É menos do que nos países de alta renda porque muitas crianças já chegam aos centros de tratamento com sinais muito avançados”. Sima Ferman reafirmou que o diagnóstico precoce é muito importante. Por outro lado, admitiu que esse diagnóstico é, muitas vezes, difícil, tendo em vista que sinais e sintomas se assemelham a doenças comuns de criança.

O Inca faz treinamento com profissionais de saúde da atenção primária para alertá-los da importância de uma investigação mais profunda, quando há possibilidade de o sintoma não ser comum e constituir doença mais séria. Sima lembrou que criança não inventa sintoma. Afirmou que os pais devem sempre acompanhar a consulta e o tratamento dos filhos e dar atenção a todas as queixas feitas por eles, principalmente quando são muito recorrentes e permanecem por um tempo. “É importante estar alerta porque pode ser uma coisa mais séria do que uma doença comum”.

Podem ser sinais de tumores em crianças uma febre prolongada por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea, anemia, manchas roxas no corpo, dor de cabeça que leva a criança a acordar à noite, seguida de vômito, alterações neurológicas como perda de equilíbrio, massas no corpo. “São situações em que é preciso estar alerta e que podem levar a pensar em doença como câncer”.

Para os profissionais de saúde da atenção primária, especialmente, a médica recomendou que devem levar a sério as queixas dos pais e das crianças e acompanhar o menor durante todo o período até elucidar a situação para a qual a criança foi procurar atendimento. “E, se for o caso, fazer exames mais profundos e ver se há alguma doença que precisa ser tratada”.

Individualização

Para cada tipo de câncer, os oncologistas do Inca procuram estudar a biologia da doença, para dar um tratamento que possa levar à chance de cura, com menos efeitos no longo prazo. “Para conseguir isso, temos que saber especificamente como a doença se apresentou à criança e, muitas vezes, as características biológicas do tumor. Isso vai nos guiar sobre o tratamento que oferece mais ou menos riscos para esse paciente ficar curado e seguir a vida”.

Em geral, o tratamento de um câncer infantil leva de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença apresentada pelo paciente. Após esse prazo, a criança fica em acompanhamento, ou “no controle”, por cinco anos. Se a doença não voltar a se manifestar durante esses cinco anos, pode-se considerar o paciente curado. “Cada vez, a chance de a doença voltar vai diminuindo mais. A chance é maior no primeiro ano, quando termina o tratamento, e vai diminuindo mais e mais”, disse a oncologista pediátrica.

O percentual de cura das crianças com câncer nos países da América Latina e do Caribe é de 55% e cai para 20% naqueles de menor renda, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta terça-feira (14).

Uma a cada 360 crianças e adolescentes é diagnosticada com câncer a cada ano, "mas menos da metade dos países da região (46%) conta com uma política nacional de detecção precoce da doença", incluindo os cânceres infantis, aponta a organização em seu comunicado.

"Na América Latina e no Caribe, cerca de 29.000 crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer a cada ano", diz o médico Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, citado na nota. "Embora a taxa regional geral de sobrevivência do câncer infantil seja de 55%, ela varia significativamente segundo o país."

Nos países de menor renda da região, as taxas podem chegar a 20%, enquanto nos mais ricos chegam a 80%, aponta o escritório para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que atribui essa diferença, "principalmente, a atrasos no diagnóstico, à falta de atendimento especializado, ao acesso e disponibilidade limitados de medicamentos anticancerígenos e à mortalidade evitável devido a infecções".

Com o objetivo de alertar os pais e profissionais de saúde para os primeiros sinais dos cânceres mais comuns em menores, a Opas lançou a campanha "Em Suas Mãos", juntamente com o St. Jude Children's Research Hospital e o Childhood Cancer International.

Alguns dos sintomas comuns, explica, são fadiga, hematomas inexplicáveis, caroços ou inchaço, perda de apetite, dor de cabeça persistente, tontura, vômito e dor nos ossos.

Os cânceres infantis mais comuns apresentam "sintomas precoces detectáveis e são altamente curáveis com terapias comprovadas", afirma Marcela Zubieta, responsável pela rede latino-americana da Childhood Cancer International, citada no comunicado.

Serkan Tatoglu conseguiu salvar seus quatro filhos do violento terremoto que destruiu sua casa no sudeste da Turquia. A família agora está segura, mas a filha de seis anos continua perguntando: "Papai, vamos morrer?"

A província de Kahramanmaras - com 1,1 milhão de habitantes antes do terremoto - tem tido nas últimas semanas ares de filme apocalíptico, com seus prédios desabados, o som de sirenes de ambulâncias e caixões colocados na beira das estradas.

São cenas assustadoras para as crianças que sobreviveram ao terremoto de 6 de fevereiro, com um saldo de 32.000 mortos na Turquia, segundo um balanço ainda provisório.

"Meus filhos foram gravemente afetados pelo terremoto", disse à AFP Serkan Tatoglu, cuja esposa e filhos de 6, 11, 14 e 15 anos se refugiaram em um aglomerado de barracas construídas ao lado de um estádio na cidade de Kahramanmaras.

"Perdi dez membros da minha família. Meus filhos não sabem, mas a mais nova está traumatizada com as réplicas do terremoto. Ela fica me perguntando 'Papai, vamos morrer?'", conta.

"Não quero mostrar os corpos para eles. Eu e minha esposa os abraçamos e dissemos que tudo vai melhorar", diz.

Hilal Ayar, de 25 anos, está muito preocupada com seu filho de sete, Mohamed Emir: "Ele não está bem mentalmente, não consegue dormir".

- "Políticas de emergência" -

Sueda Deveci, psicólogo da filial turca da ONG Doctors Worldwide, enviado a Kahramanmaras, trabalha com os pais, também traumatizados.

"Uma mãe me confessou: 'Todo mundo deve ser forte, mas eu não posso fazer nada, não posso cuidar dos meus filhos, não tenho nem vontade de comer'".

Algumas crianças parecem ainda não ter consciência do terremoto, diz ele, enquanto três delas desenham ao seu lado.

"Não falo muito sobre o terremoto com elas. Nós as colocamos para desenhar e veremos até que ponto isso será transmitido em seus desenhos", diz.

"Políticas centradas nas crianças devem ser elaboradas com urgência", pediu Esin Koman, especialista em proteção dos direitos da criança, que agora trabalha na província de Kahramanmaras.

Segundo ela, os menores se adaptam mais rápido que os pais, mas é preciso fazer o que for necessário para que eles passem nesse teste.

O psicólogo Cihan Celik compartilhou no Twitter uma mensagem que recebeu de um motorista de ambulância voluntário enviado para a zona do terremoto.

Durante a retirada, várias crianças foram tomadas pela angústia. "As crianças feridas perguntaram várias vezes ao longo do caminho 'Onde está a mamãe, onde está o pai? Vocês estão nos sequestrando?'".

- "Enxurrada de ligações" -

O vice-presidente turco, Fuat Oktay, afirmou que 574 crianças retiradas dos prédios desabados foram encontradas desacompanhadas. Cerca de 76 foram entregues a familiares.

Um grupo de cerca de 200 voluntários, entre psicólogos, advogados e médicos, montou centros de coordenação nas dez províncias devastadas pelo terremoto. O objetivo é identificar as crianças desacompanhadas e entregá-las às suas famílias, com a ajuda da polícia.

"Recebemos milhares de ligações", conta Hatice Goz, voluntária do centro de coordenação da província de Hatay (sul).

Ela entra em contato com as famílias que procuram suas crianças, recebe informação sobre a idade, características físicas e moradia, antes de informar os centros de coordenação.

"Temos equipes especializadas nisso. Elas analisam permanentemente todas as informações obtidas, comparando-as com os registros hospitalares", diz Hatice Goz.

"Quando vi a lista ontem, o número de crianças desaparecidas de que fomos informados chegou a 180. E entregamos 30 para suas famílias", acrescenta.

As crianças foram retiradas com vida dos escombros e levadas aos hospitais mais próximos, sem necessariamente estarem acompanhadas de um familiar.

Mas enfatiza, "se a criança ainda não fala, a família não consegue encontrá-la".

Carnaval não é só para adultos e jovens se divertirem nos blocos de rua. Crianças também têm lugar garantido na folia. Bloquinhos infantis constituem uma brincadeira saudável, que aproxima as crianças umas das outras, e têm a vantagem de afastá-las das telas de computadores e celulares, afirmam especialistas.

Segundo o psicólogo Marcello Santos, doutor em psicossociologia de comunidades e ecologia social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o carnaval e os blocos de rua para crianças representam um resgate lúdico associado a uma tradição cultural brasileira.

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Santos considera esse tipo de diversão muito positivo para a garotada. “Além do resgate cultural e da brincadeira, há também a possibilidade de meninos e meninas estarem juntos fazendo farra, jogando, brincando, dançando, pulando e cantando. Há uma série de fatores aí, que são bons para a saúde mental. É importante, é uma expressão”, disse o psicólogo à Agência Brasil.

Além da alegria, os bloquinhos infantis trazem de volta o chiste (gracejo, dito espirituoso), “que parece que o brasileiro perdeu um pouco, ou não está usando muito”, disse Santos, que considera muito importante para a criança ter o bloquinho de carnaval como uma brincadeira sadia, sem uso de sprays que possam causar danos aos olhos e mucosas da boca.

“Pode ser uma batalha de confete, de serpentina, dançar, cantar, usar uma fantasia de super-herói, pirata, monstro, anjo. Tem “ene” situações que podem ser cumpridas de forma bem bacana no bloco de carnaval”, acrescentou.

Também o psicólogo Luiz Guilherme Pinto recomenda a participação de crianças nos blocos de carnaval. Como profissional e como pai, ele disse à Agência Brasil que é uma experiência positiva para a criança. “Eu vejo de maneira muito legal, muito saudável, por conta de pais e filhos estarem juntos”. Para os mais novos, em especial, o psicólogo considera a experiência ótima.

Segundo Luiz Gulherme Pinto, a brincadeira nos bloquinhos de carnaval tem outra vantagem, que é afastar os pequenos das telas do computador e do celular.

“É maravilhoso. Até mesmo a coisa do brincar, de vestir e curtir uma fantasia é muito legal.”

Festa pela cidades

No Rio de Janeiro, mais de dez blocos prometem agitar os próximos fins de semana da criançada até o carnaval. Neste sábado (11), por exemplo, estão programados cinco bloquinhos infantis: o Sá Pereira se reúne a partir das 8h, na Rua Capistrano de Abreu, 20, em Botafogo; o Blocão da Tijuca, às 9h, na Praça Saens Peña, 54, na Tijuca; o Bloco da Pracinha, às 10h, na Praça Pio XI, no Jardim Botânico; o Bloco da Mamadeira, atrás da Rua Lauro Muller, 66, em Botafogo, às 16h; e o Gigantes da Lira, às 17h com baile no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, animado pela Banda Gigante de batuques e metais do maestro Edimar Lima.

O Gigantes da Lira, os blocos da Mamadeira e da Pracinha e o Blocão da Tijuca voltam a se concentrar nos mesmos locais, no sábado seguinte (18).

No domingo (12), fazem a festa o Blocão de Copacabana, a partir das 8h30, na Rua Joaquim Nabuco, Posto 6; o Gigantes da Lira, às 9h, na Praça Jardim Laranjeiras, em Laranjeiras; e o Sementes do Samba, no Boulevard 28 de Setembro, 382, em Vila Isabel, às 16h.

No dia 18, o Blocão da Barra se concentra às 9h na Praça do Ó, na Barra da Tijuca; e o Bloco dos Palhacinhos, às 15h, na Estrada do Quitungo, 1354, em Brás de Pina. No dia seguinte (19), domingo de carnaval, os bloquinhos Que Caquinha é Essa?, versão infantil do Que Merda é Essa?, reúne-se na Rua Garcia D’Ávila, 173, em Ipanema, das 9h às 12h; e a Banda do Lidinho de Copacabana, na Praça do Lido, às 15h.

Na segunda-feira de carnaval (20), a animação tomará as ruas de Ipanema com a Banda de Ipanema Infantil, que reúne a turma às 15h, na Rua Visconde de Pirajá, 61. O bloco Algodão Doce encerra a folia para a garotada, às 14h do dia 22, na Ladeira do Faria, 95, no bairro da Saúde.

Duas crianças morreram depois que um ônibus bateu em uma creche perto da cidade canadense de Montreal, informou a polícia nesta quarta-feira (8), um ato que testemunhas dizem que pode ter sido intencional.

Seis outras crianças levadas ao hospital após o incidente "estão fora de perigo", disse Erika Landry, porta-voz da polícia de Laval, onde fica a creche.

"O motorista, um homem de 51 anos, foi preso por homicídio e direção imprudente", acrescentou.

A polícia de Laval informou à AFP que cercou "um grande perímetro" para restringir o tráfego ao redor do estabelecimento parcialmente destruído.

O incidente ocorreu por volta das 8h30 locais (13h30 no horário de Brasília). Várias crianças ficaram presas sob o veículo e foram resgatadas pelos socorristas. Elas foram atendidas pelo hospital Sainte-Justine.

Imagens transmitidas pela televisão mostraram o ônibus dentro do estabelecimento e parte do telhado sobre o veículo.

"Ajudei a puxar o motorista, que desceu do ônibus", disse um pai à Radio Canadá antes de cair no choro. Segundo sua esposa, o homem estava "seminu" e testemunhas o viram "lançando-se deliberadamente contra a creche".

Agora, a polícia investiga se o ato foi intencional.

Sete crianças com idades entre 2 e 14 anos morreram sufocadas junto com a mãe em um incêndio "muito violento" em sua casa na França, causado por uma máquina secadora por volta da meia-noite desta segunda-feira (6), disseram autoridades.

A tragédia que ocorreu em Charly-sur-Marne, cerca de 80 quilômetros ao nordeste de Paris, foi causada "a priori por uma secadora que pegou fogo no térreo", disse a Promotoria.

As crianças, cinco meninas e dois meninos, e a mãe morreram sufocadas, já que "os corpos não foram queimados", disse à AFP o promotor de Soissons, Julien Morino-Ros.

"Espero de todo o coração que não tenham sentido nada, que não tenham visto nada. Estávamos lá, na rua. Durante toda a noite vimos o horror", disse à AFP Sylvie Corré, esposa do proprietário da casa.

Os vizinhos alertaram os bombeiros às 00h52 (20h52 em Brasília), mas a intervenção foi complicada, uma vez que a casa estava inserida numa rua estreita desta cidade de 2.600 habitantes.

"Vi principalmente fumaça, muita fumaça", disse à AFP uma vizinha, Evelyne Renaud. "Pobres crianças!", lamentou.

Um vizinho "bombeiro" - o primeiro a intervir "individualmente" - resgatou o pai da família antes da chegada das equipes de resgate, segundo a Prefeitura e o Ministério Público.

O pai desta família, da qual quatro filhos eram do primeiro casamento da mãe, sofreu queimaduras graves e foi hospitalizado, mas não corre risco de vida.

O homem tentou intervir no incêndio no térreo, onde se encontrava a máquina secadora, e pediu à família que se refugiasse no segundo andar, um sótão, segundo o promotor.

A tristeza tomou conta da cidade na manhã desta segunda-feira. Duas mães, que haviam acabado de deixar os filhos na escola situada a algumas dezenas de metros de distância, choravam.

"O diretor da escola estava com os olhos marejados", conta uma delas, cujo filho era amigo de uma das vítimas. Duas psicólogas estavam presentes na escola, segundo a mulher, que não quis se identificar.

O último drama semelhante na França ocorreu em 15 de dezembro em Vaulx-en-Velin, perto de Lyon (sudeste), com um saldo de dez mortos, incluindo quatro crianças.

A nova tragédia ocorre no mesmo dia do início do julgamento de um suposto incendiário que ateou fogo a um prédio em Paris em fevereiro de 2019, matando 10 pessoas e ferindo 47.

Recife anunciou a retomada da vacinação contra a Covid-19 para bebês a partir dos seis meses e crianças até os 11 anos. As doses voltam a ser distribuídas nos 16 locais de imunização da cidade a partir deste sábado (4), mediante agendamento no aplicativo ou no site do Conecta Recife.

Após as aplicações serem suspensas em dezembro por falta de doses enviadas pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura informou que 13.860 doses de Pfizer Baby foram entregues para atender bebês de seis meses e crianças até os dois anos.

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Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 1.612 meninos e meninas com essa idade estão aptos a receber a segunda dose do imunizante. É importante frisar que não há necessidade de intervalo entre as doses das vacinas do calendário de rotina e o imunizante da Covid-19.

Outras 48.116 bebês crianças na mesma faixa ainda não começaram o ciclo de proteção de três doses. As duas primeiras têm intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas pela terceira que deve ser administrada pelo menos dois meses (8 semanas) após a segunda dose.

O público infantil de três a quatro anos também vai receber a Pfizer Baby. A Prefeitura explicou que o Ministério da Saúde adotou uma nova recomendação e indicou que a terceira dose com o imunizante, mesmo que a criança já tenha iniciado o esquema com a Coronavac. Esse reforço será feito em um intervalo de quatro meses após a segunda dose da Coronavac. Até agora, 3.202 crianças nessa faixa etária podem receber esta terceira dose. 

A imunização de crianças de cinco a 11 anos também foi suspensa em janeiro por falta de vacinas. O município informou que recebeu 45.380 doses da Pfizer Pediátrica para atender as 39.264 crianças que ainda faltam receber a primeira dose do imunizante. Outras 27.643 já podem tomar a segunda dose e 37.980 a terceira.

As aplicações são feitas em 16 unidades de referência para vacinação espalhadas em shoppings e centros de saúde do Recife. O endereço e os horários de funcionamento de cada local podem ser vistos no site.

Um total de 998 crianças imigrantes separadas de suas famílias durante o mandato do ex-presidente republicano Donald Trump ainda não se reuniram com seus pais, informou o Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos Estados Unidos nesta quinta-feira (2).

Sob a política de "tolerância zero" colocada em prática por Trump de 2017 a janeiro de 2021, milhares de crianças foram separadas de suas famílias para desencorajar a chegada em massa de imigrantes, a maioria da América Central, à fronteira com o México.

Quando o democrata Joe Biden assumiu a Casa Branca, prometeu uma política migratória "mais humana" e criou um grupo para reunir as crianças que ainda estavam separadas de seus pais.

O Grupo Operacional para o Reencontro Familiar "identificou até o momento 3.924 crianças que foram separadas entre 20 de janeiro de 2017 e 20 de janeiro de 2021", das quais 2.926 reuniram-se com seus pais (incluindo durante o mandato de Trump), informou o DHS em comunicado. Entre as 998 restantes, 148 estão hoje em processo de reunificação familiar.

"Reafirmamos nosso compromisso de trabalhar sem descanso para reunir as outras famílias que sofreram por causa da política cruel e desumana anterior, que não refletia os valores da nossa nação", declarou o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, citado na nota.

O DHS ressaltou que Mayorkas se reuniu com algumas famílias para "entender melhor suas experiências e necessidades atuais".

Biden propôs um caminho para a cidadania de 11 milhões de imigrantes, em um país que há 35 anos não conta com uma lei desse tipo. Democratas e republicanos, no entanto, não chegam a um acordo sobre uma reforma migratória.

A jovem Ana estava com seu bebê acampada em frente à feira do Produtor, em Boa Vista, capital de Roraima, juntamente com um grupo de 30 indígenas quando foi assassinada com um tiro na cabeça. Seu corpo foi abandonado no Instituto Médico Legal.

O bebê de Ana, de apenas seis meses, foi levado pelo Conselho Tutelar para um abrigo. Assim como ele, outras cinco crianças Yanomami, entre seis meses e 12 anos, estão abrigadas em Boa Vista, aguardando um posicionamento sobre sua situação. Elas ficam no abrigo infantil, sob responsabilidade do governo de Roraima, já que a prefeitura da capital não tem um local para atender as crianças.

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No momento há seis crianças indígenas Yanomami, com idades de 12 anos, sete anos, seis anos, um ano e três meses, um ano e um bebê de seis meses no local. Quatro dessas crianças estão de forma definitiva no local e duas chegaram recentemente. O governo afirma que, apesar de estarem abrigadas, nenhuma das crianças está disponível para adoção.

"Elas foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar, via Vara da Infância. Todas as crianças e adolescentes que dão entrada nas nossas unidades de acolhimento seguem o protocolo. Quando se trata de abandono, maus tratos e vulnerabilidade, o Conselho Tutelar juntamente com a Justiça, após análise do caso, expede uma guia de acolhimento institucional para dar entrada nas unidades de acolhimento com a devida determinação Judicial" afirmou a Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social do governo de Roraima.

Representante Titular no Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares, Michela Livia Azevedo diz que, independentemente de cor, raça, credo ou etnia, toda criança em situação de risco e vulnerabilidade social tem direito à proteção do Conselho Tutelar e da Justiça. "Os indígenas estavam fazendo uso de bebidas alcoólicas e brigavam nas ruas, colocando as crianças em risco. Também ocorreram casos de crianças que estavam sendo embriagadas e situações em que pai e mãe foram mortos atropelados nas ruas e eles ficaram em situação de risco e foram abrigadas. São casos que ocorreram nos municípios de Boa Vista, Iracema e Alto Alegre."

O Tribunal de Justiça de Roraima informou que, em análise preliminar, foram identificados cinco indígenas Yanomami em acolhimento institucional e dois em processos de adoção. Os autos correm em segredo.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) teve, em 2022, um dos anos mais violentos para crianças e adolescentes, segundo o Instituto Fogo Cruzado. O novo relatório da organização mostra que, no último ano, 13 crianças e 118 adolescentes foram baleados na região, o pior número desde que o acompanhamento do instituto começou a ser feito. Nos indicadores de 2019 a 2022, foram 42 crianças e 428 adolescentes baleados.  

O relatório destaca que, nos últimos anos, o programa Pacto Pela Vida foi perdendo efetividade e Pernambuco passou a crescer nos índices de violência, se tornando um dos estados mais violentos do país. Em especial, o Grande Recife. 

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“O caso de Pernambuco é emblemático porque vimos um retrocesso muito grande nos últimos anos. Estamos falando de um estado que conseguiu avançar em transparência e políticas voltadas para a redução de homicídios, ou seja, de um estado que sabe como fazer. Mas deu passos atrás. 2022 foi o ano em que registramos mais vítimas no Grande Recife desde quando começamos a operar no estado, em 2018”, ressalta Maria Isabel Couto, diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado. 

Couto menciona, ainda, que a transparência do estado diminuiu conforme a violência escalou, e que a pobreza de informações à população mascara a sensação de segurança. 

“Justamente quando os homicídios aumentaram, chegando ao ápice da série histórica, o governo dificultou o acesso à informação, deixando a população no escuro sobre o que estava acontecendo. Essa medida vai na contramão do que se espera de um governo democrático, comprometido com uma gestão eficiente e voltada para o bem comum da população. As consequências dessas decisões podem ser percebidas graças a atuação da sociedade civil que se engajou na produção cidadã de dados. A explosão dos indicadores mostra isso de maneira muito clara”, acrescentou. 

É possível acessar a íntegra do relatório em: fogocruzado.org.br/dados/relatorios/relatorio-anual-2022. 

O Instituto 

O Fogo Cruzado usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, em três regiões metropolitanas do país: Salvador, Recife e Rio de Janeiro. São utilizados 30 indicadores para mapear vítimas fatais e sobreviventes da letalidade urbana, seja civil ou policial. 

Nos recortes, o instituto ressalva as diferenças entre as três regiões. Enquanto no Rio, a maior preocupação é a ocorrência de chacinas policiais, no Recife, é a letalidade infantojuvenil. Já para a população soteropolitana, a violência urbana geral é que provoca uma elevada nos índices de tiroteios e vítimas. 

Uma recém-nascida com apenas um mês e outras três crianças foram resgatadas de avião do território Yanomami, no extremo Norte de Roraima, nessa sexta-feira (27). A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam indícios de genocídio e omissão de socorro aos povos da região na gestão passada.

A recém-nascida contraiu malária, pneumonia e gripe. Ela precisou de oxigênio para o translado até a capital Boa Vista, onde deu entrada no Hospital da Criança Santo Antônio, o único hospital infantil de Roraima. 

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A unidade acomodava 59 indígenas nessa sexta (27), sendo 45 crianças Yanomami. Oito estavam internadas na UTI, duas intubadas com quadro de desnutrição grave, diarreia aguda, pneumonia e malária. Parte dos sintomas pode estar relacionada à contaminação por mercúrio decorrente do garimpo ilegal no território.

A única empresa de aviação que participa da operação de resgate indicou a média de 16 voos diários ao local, de acordo com o G1.

O atual governo federal estima que ao menos 99 crianças morreram na região só em 2022. Além do estado de emergência, um hospital de campanha foi montado na capital para suportar os atendimentos.

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