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Um dia após o LeiaJá publicar reportagem sobre a possível renúncia do presidente do Salgueiro, José Guilherme, o próprio mandatário do Carcará confirmou que quer entregar o clube não mão de alguém que salve o time sertanejo. 

Segundo José Guilherme, não apareceu ninguém para ajudar o Salgueiro a sair da situação financeira precária e possibilitar a disputa do Campeonato Pernambucano de 2024.

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"Ajuda de quem? O que existe é só conversa. Dinheiro para colocar o time para jogar não aparece", iniciou ele, em conversa com torcedores do Salgueiro.

O presidente do Carcará ainda disse que alguns o procuraram para oferecer jogadores, mas sem aporte financeiro para sustentar os salários.

"Querem botar dois ou três jogadores, mas para eu assumir o restante das despesas. Já expliquei. Não assumo despesa para depois estar sendo cobrado", disse.

Por fim, José Guilherme disse que entregará o clube para qualquer um que queira gerir o Salgueiro.

"O Carcará é uma associação sem fins lucrativos, CNPJ nº 08.865.750/0001-38. Quem quiser assumir a presidência é só me procurar. Já coloquei à disposição mil vezes. Não foi hoje ou há pouco tempo. Faz muito tempo que procuro uma pessoa para assumir o clube", revelou.

 

A equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva aponta que a falta de recursos para a área de segurança no governo Bolsonaro pode comprometer até mesmo os serviços de proteção que devem ser realizados durante a posse do petista em 1º de janeiro de 2023. Um dos coordenadores da transição, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) sustenta a crise financeira afeita da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

Segundo ele, a preocupação está ligada a itens básicos, como o pagamento de diárias para os policiais que compuserem os planos de segurança, tanto para autoridades nacionais, quanto estrangeiras, além da população que vai acompanhar o ato da posse.

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"O que se tem externado é essa preocupação, porque a posse envolve a mobilização de chefes de Estado de outros países, autoridades de várias nações que se dirigem ao país, naturalmente, para prestigiar a posse, e isso gera uma demanda na Polícia Federal. O quadro é que não tem diária hoje, nem da Polícia Federal, nem da Polícia Rodoviária Federal", comentou Flávio Dino. Não se trata de aumentar despesas, mas de manter serviços essenciais".

Flavio Dino não colocou a posse em questionamento, mas disse que há preocupação em recomposição de orçamento para garantir a segurança plena do evento.

"É dever nosso dizer que é muito difícil prover segurança se não houver a recomposição imediata dos recursos para diárias, porque é preciso mobilizar um contingente adicional, esse é o ponto num evento como a posse", comentou Dino. "O doutor Andrei (Passos, diretor da PF) tem feito contatos com o governo do Distrito Federal, mas essa é uma parte a segurança dos chefes de estado. Os indicadores são preocupantes, é preciso que haja alguma recomposição, estamos falando disso, basicamente, para segurança aos visitantes estrangeiros e segurança no próprio evento, no Congresso e no Palácio do Planalto."

Charlie Sheen já esteve entre os atores mais bem pagos da televisão norte-americana. No entanto, atualmente ele vive uma crise financeira que o obrigou a recorrer à uma alternativa para conseguir se sustentar.

De acordo com o Daily Mirror, Sheen está gravando vídeos personalizados para os fãs - cobrando cerca de 400 dólares, aproximadamente 2,3 mil reais, por cada vídeo.

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As publicações são pensadas como uma mensagem de aniversário ou qualquer outra data especial.

Com 55 anos de idade, Sheen é conhecido pelo sucesso da série Two and a Half Man, em que chegou a ganhar cerca de nove milhões de reais, cerca de 1,7 milhões de dólares, por cada episódio.

Ele enfrenta dificuldades financeiras há anos, principalmente depois de ter passado uma temporada em uma clínica de reabilitação. Ao voltar a trabalhar, ele pediu um aumento de seu salário, no entanto, não teve retorno e acabou sendo demitido por ter se revoltado contra o produtor do seriado.

Recentemente, ele se envolveu em um novo escândalo em que foi acusado de ter abusado sexualmente um ex-astro mirim nos anos 1980.

O governo federal tem repetidas vezes se posicionado contrário ao isolamento social como medida preventiva ao Covid-19 argumentando que isso quebraria o Brasil economicamente. Porém, a crise aparentemente não chegou aos cofres das forças armadas que pretende montar uma estrutura para eventos em Brasília avaliada em R$ 3 milhões. 

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Segundo publicou a revista Veja, a estrutura será montada no Quartel General do Exército brasileiro em Brasília. Mesmo diante da pandemia o calendário para as celebrações militares seguem normalmente. Um desses eventos está programado para o dia 25 agosto, data em que se celebra o Dia do Soldado. Bolsonaro deverá estar presente na celebração.

Só a contratação de 84 painéis de led de alta definição custará cerca de 1,2 milhões de reais afirma a Veja. Três camarotes e drones com câmeras Full HD também serão adquiridos além de um mobiliário com tapetes persas, mesas para café e cadeiras coloniais. 

 

Dezenove trilhões de dólares poderão ficar impagáveis, nos próximos dois ou três anos, se a piora das condições econômicas, já em curso, pressionar grandes devedores nos oito maiores mercados, adverte o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O risco de calote de vários grupos não financeiros é parte do cenário sombrio desenhado em três relatórios apresentados nos últimos dois dias. Dez anos depois de iniciada a recuperação da última grande crise, as vulnerabilidades financeiras se tornaram de novo ameaçadoras, segundo os economistas do Fundo.

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Políticas monetárias frouxas no mundo rico, com juros muito baixos e até negativos, atualmente, produziram efeitos com sinais opostos. Do lado positivo, ajudaram o mundo a sair da recessão e a reduzir o desemprego.

Do lado oposto, estimularam o endividamento público e privado, criaram ambiente favorável a operações arriscadas e ampliaram a vulnerabilidade a novos choques. Qualquer desastre poderá atingir todos os grupos de países, direta ou indiretamente.

A dívida total do setor corporativo saltou de US$ 34 trilhões para US$ 51 trilhões entre 2009 e 2019, nos oito principais mercados cobertos pelo estudo. O grupo inclui Estados Unidos, China, Japão e vários países da Europa. Os bancos são hoje muito mais seguros do que há alguns anos, com mais capital, maior liquidez e repetidos testes de estresse, observou o diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, Tobias Adrian. Mas tem crescido, prosseguiu, a vulnerabilidade no setor financeiro não bancário e nas empresas não financeiras, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira Global apresentado nesta quarta-feira, 16.

Cenário

O risco de algo mais grave, por enquanto, está num horizonte de médio prazo, algo como dois ou três anos, mas os formuladores de políticas devem agir logo, aumentando a vigilância e aperfeiçoando as normas de segurança, insistiu o diretor. Dirigentes e economistas do FMI vêm chamando a atenção, há alguns anos, para o lado negativo das políticas monetárias frouxas mantidas por muito tempo.

Com juros baixos e até negativos no mundo rico, grandes fluxos de capitais foram desviados para economias emergentes, em desenvolvimento e também para aquelas na fronteira entre esses dois grupos, No caso dos emergentes, a dívida externa mediana passou de um montante equivalente a 100% das exportações em 2008 para 160%.

Os autores do relatório foram contidos na citação de países, limitando-se, na maior parte do texto, a mencionar as economias mais avançadas e aquelas com vulnerabilidades financeiras evidentes, como a China. Se estivesse no foco, o Brasil poderia aparecer em melhor condição do que no passado recente. Sua dívida externa é pouco importante e grandes empresas muito endividadas há alguns anos estão em condições bem mais confortáveis, depois de reduzir o endividamento.

Em alguns casos, houve também renegociações bem-sucedidas com os credores.

Finanças públicas

Mas nenhum país estará livre de impactos, se o quadro global se agravar seriamente. Ao apresentar o Monitor Fiscal, outro importante relatório semestral do FMI, o chefe do Departamento de Assuntos Fiscais, Vítor Gaspar, recomendou usar as finanças públicas para reanimar as economias e evitar uma freada mais forte. Políticas de juros baixos, crédito fácil e ampla expansão monetária, lembrou, chegaram ao limite. É hora de recorrer a estímulos fiscais.

Essa bandeira já havia sido agitada pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e vem sendo agora sustentada pelas figuras principais do FMI, Mas a recomendação vale para os governos com alguma folga fiscal. Não é o caso, obviamente, do governo brasileiro. A reforma da Previdência ajudará a conter a expansão do gasto público nos próximos anos, mas a dívida bruta do governo geral só passará a diminuir como porcentagem do PIB em 2023, segundo projeção incluída no Monitor. Aperto fiscal menos severo, mas ainda longe de qualquer conforto, só será desfrutado no próximo período presidencial, se as estimativas estiverem corretas.

Além disso, qualquer efeito mais grave da desaceleração global poderá dificultar as exportações, prejudicando o nível interno de atividade e, na pior hipótese, reduzindo a segurança externa da economia brasileira.

O FMI acaba de reduzir de 3,2% para 3% sua estimativa de crescimento global neste ano. Não há espaço para erro, quando se cresce tão pouco, disse há dois dias a economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho de Administração da Universidade de Brasília (UnB) decidiu, na manhã de quinta-feira (28), aumentar o preço das refeições do Restaurante Universitário, que passam de  R$ 2,50 para R$ 5,80. 

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) chamou o aumento de exorbitante e afirmou, por meio de nota, que está estudando medidas para impedir a entrada em vigor do novo preço.

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O professor André Luiz Teixeira, decano de Assuntos Comunitários, afirmou que a medida estava sendo estudada desde setembro do ano passado e faz parte dos cortes de gastos que estão sendo promovidos por causa da crise financeira que a UNB enfrenta.

Para os estudantes com renda familiar por pessoa até um salário mínimo e meio, as refeições no RU continuam gratuitas. O valor de R$ 5,80 vale para os estudantes com renda acima disso. Já para os funcionários e visitantes o preço será de R$ 13 que corresponde, segundo a universidade, ao custo que o RU tem com cada refeição.

Por meio de nota, a UNB afirmou que cerca de R$ 30 milhões em recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil estão congelados pelo Ministério da Educação desde 2015 e que sem o aumento do preço, o gasto apenas com o RU chegaria a R$ 31 milhões em 2018.

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A fabricante das lendárias guitarras elétricas Gibson declarou falência nesta terça-feira (1º), mas apresentou um plano de continuidade comercial que foi aceito pela maioria de seus credores.

A empresa está em dificuldades financeiras há meses e enfrenta um importante endividamento, que a obrigava a pagar antes de 1º de agosto, ou a refinanciar, US$ 375 milhões em títulos.

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A tentativa de diversificação da Gibson com sistemas de áudio para o grande público em geral, por meio de sua filial Gibson Innovations, teria resultado nessa situação extrema.

Esta estratégia começou em 2014 com a compra da empresa de entretenimento holandesa Philips por US$ 135 milhões.

O grupo finalmente decidiu recuar e se concentrar nos instrumentos musicais e nos sistemas profissionais de sonorização, de acordo com um comunicado divulgado hoje (1º).

Além disso, a Gibson Brands, empresa controladora das guitarras Gibson, chegou a um acordo de reestruturação com os detentores de 69% dos títulos totais com vencimento em 1º de agosto e receberá um crédito de US$ 135 milhões.

"Esse processo será praticamente invisível para os clientes, que continuarão a se beneficiar de um produto e de um atendimento ao cliente inigualáveis", garantiu o CEO da Gibson Brands, Henry Juszkiewicz, citado no comunicado.

O grupo que produz, entre outros, o famoso modelo de guitarra Les Paul, foi fundado em 1902 e agora tem sua sede em Nashville, um dos lugares emblemáticos da música nos Estados Unidos (rock, blues, country ...).

Entre as estrelas que deixaram sua marca, fazendo música com guitarras Gibson, estão B.B. King, Keith Richards (Rolling Stones), Jimmy Page (Led Zeppelin) e muitos outros.

A Gibson Brands também possui os pianos Baldwin, criados em 1862 e adotados por vários grandes nomes como Igor Stravinsky, Leonard Bernstein, Ray Charles e Dave Brubeck.

Juszkiewicz e o presidente da empresa, David Berryman, controlam juntos cerca de 85% do capital da Gibson Brands, de acordo com documentos apresentados nesta terça-feira em um tribunal especializado de Delaware.

Com uma imagem desgastada diante de muitos torcedores rubro-negros, o presidente do Sport Arnaldo Barros concedeu coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (25), na Ilha do Retiro, para explicar os problemas financeiros do clube. A entrevista ocorre após um dia conturbado para os leoninos, uma vez que o técnico Nelsinho Baptista deixou o comando do Sport e detonou a diretoria.

Em seu discurso, Arnaldo mostrou números sobre o orçamento do clube que, segundo ele, apresenta um déficit de R$ 18 milhões. “Não existem um rombo de R$ 60 milhões. Foi um déficit de R$ 18 milhões, infelizmente comum na história do Sport”, argumentou o mandatário rubro-negro.

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De acordo com o presidente, em toda a sua história, o Sport sempre apresentou problemas financeiros. “É um clube normalmente deficitário”, comentou. Barros mostrou, em um quadro, os dados orçamentais das gestões desde o clube desde 1991. “Meu percentual de déficit foi de 17%. Martorelli teve 30%, Bivar 9% e Silvio Guimarães 26%. Isso não é expor ninguém, só quero mostrar que o Sport sempre foi deficitário”, completou Arnaldo.

Ao explicar a defasagem nos cofres rubro-negros, a partir a movimentação financeira de 2017, o presidente afirmou que planejou um orçamento, mas gastou uma quantia superior: “Gastamos R$ 120 milhões enquanto tínhamos orçado R$ 86 milhões”.   

Apesar da coletiva de imprensa, Arnaldo Barros declarou que não gostaria de tratar os assuntos financeiros do clube abertamente. “Quero dizer que não me agrada fazer esse tipo de esclarecimento. Sempre defendi que as coisas do Sport devem ser tratadas dentro do Sport. Transparência é uma coisa e publicidade é outra. Transparência é não deixar nada embaixo do tapete. Isso (transparência) está e sempre esteve à disposição dos sócios e dos conselheiros”, falou o presidente.

O gestor rubro-negro, mesmo diante da crise financeira que afeta o Sport, enalteceu o seu trabalho. “Foi falado que o Sport perdeu receitas na minha gestão, e isso foi uma crítica muito forte. Modéstia a parte, a minha gestão teve a maior receita no Sport de 2009 para cá”, justificou.

“Em relação ao orçado, tivemos um avanço de 42%. Essa diferença apareceu nos direitos de transmissão, ano passado o Sport ficou mais em evidencia e isso ajudou. Nas rendas das competições, saímos de R$ 8 milhões para R$ 12 milhões, mas isso se deve ao grande desempenho do time. Tivemos uma performance inédita no Nordeste no que diz respeito à Copa Sul-Americana. Tivemos acréscimos de patrocínios e sócios, além das negociações de atletas que conseguimos R$ 4 milhões”, completou o presidente.

Com informações de Thayná Aguiar

Um grupo de prefeitos que compõem a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) está em Brasília para tentar angariar verbas e pressionar o Governo Federal a liberar uma cota extra de recursos para que eles possam fechar as contas municipais deste ano, amenizando o impacto da crise financeira que vivem. O presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), vai apresentar o pleito para o presidente Michel Temer (PMDB), nesta quarta-feira (22), durante uma reunião marcada para às 17h, no Palácio do Planalto.  

O pleito da instituição é para conquistar, em caráter emergencial, o repasse de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que corresponde a R$ 4 bilhões, sendo R$ 196 milhões destinados para Pernambuco. Outras associações municipais do país que integram a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) também vão participar do encontro, assim como o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. 

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Durante uma reunião na última semana, os prefeitos pernambucanos detalharam a situação crítica que se instalou nas gestões municipais. Segundo eles, o cenário é crítico e atinge principalmente os municípios menores de todas as regiões do Estado. 

Aumento em discussão no Senado

Com a pressão dos chefes dos Executivos municipais em Brasília, o Senado deve colocar em votação no plenário nesta quarta a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em um ponto percentual a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Relator da PEC, o senador Armando Monteiro (PTB) disse ter articulado a inclusão na  pauta com o presidente da Casa Alta, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).   

“Os municípios foram as maiores vítimas da grave crise econômica do país”, assinalou Armando ao participar de uma reunião com os prefeitos na Câmara dos Deputados. O senador ressaltou ter “moderado otimismo” de que não haverá veto presidencial à PEC, porque elaborou um “parecer responsável", que dilui em quatro anos o aumento de um ponto percentual da receita do Imposto de Renda e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) destinada ao FPM. 

O relatório da PEC determina que a elevação será de 0,25% em 2018 e 2019 e 0,5% em 2020, completando o 1% a partir de 2021, o que resultará em R$ 10,5 bilhões a mais que estarão transferidos às prefeituras em 2021, quando o FPM corresponderá a 25,5% da arrecadação do IR e IPI - atualmente é de 24,5%. “Conciliamos a necessidade de se ampliar a autonomia financeira dos municípios com a importância do ajuste fiscal em execução”, diz o parecer de Armando Monteiro.  

Endividados em sua maioria com a folha de pagamento, previdência e precatórios, prefeitos de cidades pernambucanas se reuniram, nesta terça-feira (14), na sede da Associação Municipalista de Pernambuco, no Recife, para debater os principais pleitos que serão levados pelo grupo para uma mobilização que acontecerá em Brasília no próximo dia 22. Entre as principais reivindicações, os gestores municipais vão solicitar do Governo Federal um acréscimo emergencial de 1% no Fundo de Participação Municipal (FPM), o que significa um aporte financeiro de R$ 196 milhões para o Estado. 

O valor, de acordo com o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), caso venha a ser liberado será dividido entre as cidades pelo quantitativo de habitantes. “Os prefeitos de Pernambuco se juntam aos prefeitos do Brasil inteiro em uma grande mobilização no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, para exigir solidariedade e providencia, uma ajuda financeira emergencial para que a gente possa fechar as contas”, disse. 

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“Aumentaram as tarefas, as atribuições das prefeituras, sem aumentar os repasses. A maioria tem uma gestão eficiente, esforçada. Reduziram seus próprios salários, demitiram secretários, cortaram diária e gratificações. E aí, vamos tirar mais de onde?  Temos que responder por saúde, educação, infraestrutura. A situação é difícil”, acrescentou Patriota.  

Segundo os relatos dos prefeitos, o cenário é crítico e atinge principalmente os municípios menores de todas as regiões do Estado. Em Palmeirina, no Agreste, por exemplo, a receita é composta pelo FPM - R$ 380 mil - e a arrecadação do ICMS - R$ 150 mil. Entretanto, o valor é gasto o pagamento de aposentados, precatórios e parcelamentos de dívida do INSS. 

“Demitimos todos os cargos comissionados e a maioria dos contratados. Estamos apenas com contratos essenciais, como médico e professor. Tenho duas folhas atrasadas de efetivos e um mês dos inativos. Apenas saúde e educação está em dia. Espero que o Governo Federal libere este 1% e estou rezando para que o ano termine, pois em janeiro e fevereiro a receita aumenta um pouco. Vamos demitir mais gente em janeiro”, frisou o prefeito Marcelo Neves (PSB).  

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Outra amostra do quadro é a cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste. De acordo com o prefeito Hilário Paulo (PSD) até o fim deste mês serão contabilizadas 500 demissões. “No início do ano tínhamos cerca de mil contratados e comissionados, reduzimos para 600 e de efetivos temos 800. Mesmo com a receita de R$ 5 milhões não conseguimos cumprir com a folha, que já está fracionada”, declarou. 

Prefeita de Lagoa do Carro, na Mata Norte, Judite Botafogo (PSDB) disse que tem comprometido hoje 63% da receita de R$ 2,5 milhões com o pagamento da folha, o que já ultrapassa o limite de 54% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Chegamos ao extremo agora. Não podemos dar uma assistência ao município, porque tudo é redução de despesas. Já demiti 100 pessoas e a probabilidade é que tenhamos que demitir todos os contratados que temos, quase 300 pessoas, agora no fim de novembro. Demitir os contratados para não termos duas folhas em atraso em dezembro”, frisou. 

“Nossa receita é de 2,5 milhões. É inviável para o município. Na hora que você prioriza a folha não tem investimento. Não estamos nem pedindo para fazer obras, mas manter os serviços essenciais. Não dá para manter médico se não temos remédios”, acrescentou. Sob a ótica de Judite, o pleito emergencial não resolve o problema das prefeituras, mas ajudará.  

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), uma das mais importantes do país, retoma suas atividades neste domingo, às 18h, com um concerto beneficente na Sala Cecília Meireles, na Lapa, centro do Rio, após um período de grave crise financeira. O concerto beneficente, em prol da própria fundação mantenedora da orquestra, terá como regente o maestro Roberto Tibiriçá e como solista o pianista Leonardo Hillsdorf. No repertório, obras de Chopin, Johann Strauss e Tchaikovsky.

Mais do que um retorno, a apresentação de hoje marca a conquista de dois novos e importantes contratos de patrocínio que permitiram à OSB regularizar, no início de setembro, o pagamento dos músicos, que ficaram meses sem receber salários. Ao longo dos anos de 2015 e 2016, a OSB perdeu a maior parte de seus investidores, em função da crise financeira no país, o que gerou um rombo de R$ 21 milhões e a suspensão das atividades de uma orquestra que soma mais de 5 mil concertos em 77 anos de atuação.

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“Com a reestruturação executiva que promovemos recentemente, seremos capazes de apresentar ao público um trabalho absolutamente novo no mercado e na história da música sinfônica no país, focando também nos projetos de responsabilidade social”, afirmou o presidente do conselho curador da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho. Ele informou que serão anunciadas no evento de hoje as datas dos próximos concertos na Sala Cecília Meireles, espaço da Secretaria Estadual de Cultura que, a partir de agora, concentrará a temporada de apresentações da orquestra.

A Fundação OSB também firmou parceria com a Rádio MEC FM, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para transmissões ao vivo dos concertos pela emissora e pelas redes sociais. Em entrevista ao programa Antena 1, da MEC FM, o pianista Miguel Proença, diretor da Sala Cecília Meireles, manifestou satisfação em abrigar os concertos da orquestra que marcou sua carreira musical.

“Quando cheguei ao Rio de Janeiro, ainda jovem, para estudar, não perdia os concertos da OSB. Os solistas da orquestra eram marcantes. Eu me lembro de Jacques Klein tocando em 11 concertos da OSB em um mesmo ano. Maestros maravilhosos passaram pela orquestra. Não há como uma instituição dessas desaparecer”, afirmou.

Reestruturação

A nova fase marca também o resultado de um trabalho de nove meses na reestruturação e na qualificação da gestão da fundação mantenedora da orquestra. “Implantamos importantes áreas gerenciais como a controladoria, a unidade de monitoramento de projetos e análise de conformidade legal – o que estamos chamando de ‘compliance cultural’. Procuramos estabelecer novos paradigmas de gestão, sobretudo alinhados com as mudanças da Lei Rouanet. Temos trabalhado lado a lado com o Ministério da Cultura, buscando o rigor necessário na prestação de contas dos projetos incentivados e chegamos a um sistema de gestão que pode servir de modelo para outros projetos culturais”, disse a diretora executiva da Fundação OSB, Ana Flavia Cabral Souza Leite.

Uma das novidades é o empreendimento da fundação no campo da responsabilidade social, com o projeto Conexões Musicais, que tem como proposta desenvolver os dois pilares de uma verdadeira política cultural – formação e fruição. O projeto de democratização do acesso à cultura será desenvolvido ao longo de três anos, passando por 30 cidades que já foram pré-selecionadas e propõe a música como instrumento de transformação e de envolvimento de milhares de crianças, alunos da rede pública de ensino e toda a população das localidades por onde a orquestra passa.

A reestruturação conta com o apoio dos músicos da OSB. “Sofremos muito nesse período sem salários e sem estar junto ao nosso público. O drama pessoal às vezes pesava mais do que o desejo de lutar, mas optamos por acreditar. Todos nós, músicos e administração, tiramos lições dessa crise. Hoje os músicos, através das comissões, mais do que nunca participam da gestão de forma efetiva”, disse o representante dos músicos, Nikolay Sapoundjiev.

Os ingressos para o concerto beneficente custam R$ 300, a inteira, e R$ 150, a meia-entrada. A Sala Cecília Meireles fica no Largo da Lapa, 47, no centro do Rio.

As três universidades estaduais do Rio de Janeiro manifestaram por escrito a preocupação com o início do segundo semestre letivo. De acordo com os reitores, com a atual situação (falta pagar os salários dos funcionários referentes aos meses de abril, maio e junho, além do 13° de 2016) ficará inviável o retorno às aulas. Quem assina o documento são a Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ), Universidade do Norte Fluminense (UENF) e a Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO).

O primeiro semestre foi encerrado de forma conturbada, após longo período de greve, motivada pelos atrasos no pagamento dos vencimentos e das bolsas de estudos dos alunos. Caso não sejam tomadas providências para a regularização da situação, os reitores dessas instituições alertam que 150 mil alunos serão afetados diretamente.

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Existe ainda uma carta da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro que obriga o governo estadual a pagar os servidores das universidades no mesmo dia da folha de pagamento dos servidores da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social.

A expansão das chamadas superbactérias, resistentes a todos os tratamentos médicos conhecidos, pode desencadear uma crise financeira similar, ou até pior do que a de 2008 - alertou um estudo do Banco Mundial publicado nesta segunda-feira (19).

A resistência antimicrobiana está em aumento e, no futuro, muitas doenças infecciosas não poderão ser tratadas, o que implicará um alto custo para os Estados e o aumento do número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Esse problema pode representar um custo de até US$ 100 trilhões globalmente em 2050.

"Devemos saber que, a menos que seja enfrentado rapidamente e com seriedade, o problema da resistência aos antibióticos terá consequências desastrosas para a saúde humana e animal, para a produção de alimentos e para a economia global", advertiu a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.

Intitulado "Doenças resistentes aos medicamentos: uma ameaça para nosso futuro econômico", o relatório analisa o que pode ocorrer, se os antibióticos e outros remédios antimicrobianos deixarem de surtir efeito. A propagação das doenças levaria cerca de 28 milhões de pessoas para a extrema pobreza até 2050, especialmente nos países em desenvolvimento, indica o relatório.

"Em linhas gerais, o mundo mostra uma tendência de redução da pobreza extrema para 2030, aproximando-se da meta de menos de 3% da população vivendo nessa situação. Mas a resistência aos antibióticos põe em risco que se possa atingir esse objetivo", acrescenta.

Além disso, os países de menor renda podem perder mais de 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2050, e o volume de exportações no mundo pode se reduzir em 3,8% até esse mesmo ano, segundo as projeções. "O aumento global nos custos da atenção em Saúde pode ser de entre US$ 300 bilhões e US$ 1 trilhão" por ano em 2050, afirma o estudo.

A produção de víveres também pode cair entre 2,6% e 7,5%, anualmente. Esse problema será abordado nesta semana em uma sessão especial na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. "A dimensão e a natureza dessa ameaça poderiam nos levar a um retrocesso nos êxitos alcançados no desenvolvimento e poderiam nos afastar dos nossos objetivos de erradicar a pobreza extrema", ressaltou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

"Não podemos bancar os custos que representaria a inação, especialmente os países mais pobres. Devemos reagir com urgência para evitar essa crise potencial", alertou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reafirmou na manhã deste domingo (19) que os Jogos Olímpicos, a serem disputados em agosto, não serão afetados pela decretação de estado de calamidade pelo governo estadual em função da crise financeira. Segundo Paes, a capital fluminense "vive uma situação fiscal absolutamente confortável". A calamidade financeira foi decretada na sexta-feira (17) pelo governador em exercício, Francisco Dornelles.

Amparado pelo decreto, o governo federal editará uma medida provisória de socorro ao Rio, a qual destinará R$ 3 bilhões em transferência direta da União para o Estado. Os recursos deverão ser destinados à conclusão da linha 4 do metrô, entre Barra da Tijuca (zona oeste) e Ipanema (zona sul), e ao pagamento do funcionalismo municipal, pois os salários estão atrasados. A linha 4 foi um dos compromissos da candidatura do Rio à Olimpíada. Uma das justificativas de Dornelles para a decretação da calamidade é que a situação crítica das finanças impede o Estado de honrar compromissos assumidos para a realização dos Jogos.

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Paes voltou a falar do assunto na inauguração do Túnel Prefeito Marcello Alencar, entre a zona portuária e o início da pista sentido zona sul do Aterro do Flamengo. Ele disse que a crise não terá reflexo nos Jogos, diferentemente do que indica o decreto estadual. "A gente vive um situação fiscal absolutamente confortável. As dificuldades que o Estado passa não têm nada a ver com a Olimpíada, que permitiu fazer muita coisa no Rio. Isso aqui (túnel) não tem um tostão de dinheiro público nem de qualquer repasse federal para o município. Foi tudo com dinheiro privado", afirmou.

Após um ano de crise financeira aguda que resultou em parcelamento de salários do funcionalismo e atrasos de repasses a diversos setores, o Rio Grande do Sul fechará 2015 com um déficit de cerca de R$ 2,6 bilhões. A informação foi repassada pela Secretaria da Fazenda do Estado.

O saldo negativo de R$ 2,6 bilhões corresponde a uma série de pendências deste ano que serão quitadas somente em 2016. A principal delas é o pagamento do décimo terceiro salário dos funcionários públicos vinculados ao Executivo, que foi adiado. Como o governo não tinha dinheiro em caixa para honrar o compromisso, servidores ativos e inativos receberão em seis parcelas, entre junho e novembro de 2016. Quem optou por sacar o valor integral até 20 de dezembro, teve de recorrer a um empréstimo bancário. O restante da conta "pendurada" de 2015 inclui a parcela da dívida com a União do mês de dezembro e pagamentos represados a municípios, fornecedores e empresas terceirizadas.

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Em janeiro, no início do mandado do governador José Ivo Sartori (PMDB), a previsão da Secretaria da Fazenda era de que o Estado teria um déficit financeiro de R$ 5,4 bilhões em 2015. Com as medidas adotadas ao longo do ano, o governo reduziu o rombo pela metade. Além de cortar R$ 1 bilhão em despesas de custeio, o RS ampliou o limite de saque da conta de depósitos judiciais, melhorou a arrecadação por meio de um programa de recuperação de créditos tributários e antecipou a devolução de recursos obtidos pela GM por meio de incentivos fiscais, entre outras ações.

O ano que vem deve ser marcado pela continuidade da crise estadual. O aumento das alíquotas de ICMS aprovado em setembro pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pode gerar uma receita extra de até R$ 1,8 bilhão ao ano para o Estado, de acordo com os cálculos do governo. O incremento de receita resultante da elevação da carga tributária, portanto, será insuficiente para cobrir as pendências de 2015, e nem de longe dará fôlego às finanças do Estado. Para 2016, a projeção da Secretaria da Fazenda é de um déficit financeiro de R$ 4,4 bilhões - sem contar o valor remanescente deste ano.

Nesta quarta-feira, 23, o governo do Rio Grande do Sul protocolou, na Assembleia Legislativa, um novo pacote composto por 15 projetos com medidas de ajuste fiscal. O objetivo é que as propostas sejam votadas na próxima semana, em sessões extraordinárias, junto a outras matérias que foram encaminhadas ao longo do ano pelo Executivo. No total, 29 projetos devem ser apreciados pelo Legislativo após o Natal.

Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira, no Palácio Piratini, Sartori voltou a defender a necessidade de aprovar medidas de ajuste fiscal, mesmo sabendo que elas, muitas vezes, são impopulares e amargas. "Nós descobrimos antes dos outros Estados que era preciso mudar e estamos tendo a coragem de fazer o que precisa ser feito. Não existe mudança sem desconforto e contrariedade", disse. "Os projetos que nossa equipe de governo não são contra ninguém, são a favor do Rio Grande."

Sartori passará o Natal com a família no Paraná, de onde retorna na segunda-feira, dia 28. Neste mesmo período, o vice-governador, José Paulo Cairoli (PSD) estará em agenda pessoal no exterior. Nos próximos dias, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), ocupará o cargo de governador em exercício.

Os prefeitos pernambucanos se reúnem, nesta terça-feira (22), para debater os efeitos das medidas adotadas pelo novo pacote de ajuste fiscal anunciado na última semana pelo Governo Federal. O encontro vai acontecer na sede da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), em Jardim São Paulo, na Zona Sul do Recife. 

Além da discussão sobre como as ações federais atingem os cofres municipais, os prefeitos também devem organizar mobilizações em diversas cidades para, segundo eles, “chamar a atenção da sociedade” para a realidade financeira das prefeituras. Em Pernambuco, as manifestações devem acontecer de forma regionalizada em todo o mês de outubro, culminando com uma mobilização nacional, convocada pela CNM na última semana.

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Durante a reunião, serão discutidos o formato de atos regionais que devem acontecer em municípios polos como Carpina (Mata Norte), Palmares (Mata Sul), Caruaru (Agreste Central e Setentrional), Garanhuns (Agreste Meridional), Petrolina (Sertão do São Francisco e Itaparica), Salgueiro (Sertão do Araripe e Central) e Serra Talhada (Sertão do Moxotó e Pajeú).

O Governo de Pernambuco convocou uma coletiva de imprensa para anunciar, na tarde desta segunda-feira (21), um pacote de"novas medidas para enfrentar a crise". Apesar de não confirmar, a expectativa é de que os novos projetos versem sobre o aumento de impostos estaduais. De acordo com a assessoria de imprensa da gestão, o governador Paulo Câmara (PSB) não participa do comunicado que será feito pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni. 

O reajuste deve atingir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ICD). Os percentuais em cima das alíquotas atuais foram estudados pela Secretaria da Fazenda e apresentados ao governador no último fim de semana. 

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Segundo informações de bastidores, a previsão inicial é de que os projetos de lei sejam encaminhados a Assembleia Legislativa (Alepe) ainda esta semana. Com maioria na Casa, Paulo Câmara não deve enfrentar grandes dificuldades para aprovar os textos. Caso seja aprovada ainda este mês, segundo a legislação brasileira, os reajustes podem começar a vigorar apenas em 2016.

A valorização do dólar está afetando o lucro de gigantes multinacionais dos Estados Unidos, levando analistas de Wall Street a fazer seus maiores cortes nas projeções de lucro desde a crise financeira, bem como impulsionando o apelo do investimento em empresas menores, focadas no mercado doméstico. O dólar saltou 12% em 2015 ante o euro e está 27% mais caro se comparado a um ano atrás. O Dollar Index, que compara o dólar a uma cesta de moedas, subiu 5,3% neste ano. A valorização do dólar em relação ao euro foi impulsionada pelo programa agressivo de afrouxamento monetário do Banco Central Europeu, que veio em um momento em que a autoridade monetária dos EUA está preparando a elevação das taxas de juros.

Analistas, citando o fortalecimento do dólar como um fator principal, estão prevendo que o lucro no primeiro trimestre das empresas que compõem o S&P500 passará pela maior queda anual desde o terceiro trimestre de 2009. Como resultado, investidores estão mais inclinados a investir em ações de empresas americanas que fazem menos negócios no exterior, como as menores, que tendem a ter maior foco no mercado doméstico, e em companhias fora dos EUA que devem se beneficiar de um enfraquecimento de suas moedas locais, particularmente indústrias da Europa.

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"O que é notável é a velocidade com que o dólar tem acelerado, e essa velocidade traz consigo complicações", disse Anwiti Bahuguna, gestor de carteira sênior do time de alocação global da Columbia Management. "A valorização da moeda americana está ocorrendo a um ritmo muito, muito mais acelerado que você já foi visto na história." As complicações do fortalecimento do dólar têm sido visíveis nos resultados das companhias.

O governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, apresentou neste sábado (13), com sua equipe de transição, um diagnóstico das contas do governo distrital e um mapa de riscos sobre as áreas que estão sendo e poderão vir a ser atingidas pela atual crise financeira. Segundo ele, a situação é “muito grave” e exigirá “austeridade” do próximo governo, que terá que fazer cortes e ampliar as receitas para reequilibrar as finanças.

Desde o mês passado, o Distrito Federal vem sofrendo com a interrupção de diversos serviços públicos devido à falta de pagamento do governo local a fornecedores, servidores públicos e empresas prestadoras de serviços. Os reflexos já chegam aos hospitais, que tiveram o fornecimento de alimentação e remédios suspensos; ao transporte coletivo, cujo repasse de verbas não foi feito às empresas, resultando na paralisação de motoristas e cobradores por atrasos nos salários; às escolas, que não estão sendo reformadas para o início das aulas do próximo ano; e até o corte do mato, que vem tomando conta das praças e avenidas da cidade devido à suspensão dos serviços de limpeza.

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O governador eleito Rodrigo Rollemberg apresenta plano para enfrentar crise fiscal do Distrito Federal, que sofre com a interrupção de vários serviços públicos José Cruz/Agência Brasil

 

“Houve um sério problema de gestão. O governo ampliou as suas despesas sem consultar a Secretaria de Fazenda, sem consultar a Secretaria de Planejamento, e isso é fatal na administração pública. E isso se reflete na interrupção de serviços essenciais”, definiu o governador eleito. Além disso, Rollemberg classificou o atual orçamento do DF como uma “peça de ficção” com receitas superestimadas e despesas subdimensionadas.

Segundo o diagnóstico apresentado, o aumento do déficit primário do governo do Distrito Federal (GDF) vem crescendo fortemente ao longo dos últimos quatro anos. Em 2010, a diferença entre receitas e despesas gerava pequeno superávit de cerca de R$ 40 milhões. Em 2012, o déficit primário chegou a cerca de R$ 300 milhões. Este ano, até outubro, o déficit primário estava em R$ 1,6 bilhão, mas a equipe de transição projeta que, até o início de janeiro, deverá estar entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,8 bilhões.

Segundo o governador eleito, as estimativas foram feitas com base no que já foi publicado noDiário Oficial do Distrito Federal, nos números que foram passados pelo atual governo e em informações coletadas com funcionários públicos de carreira e técnicos do GDF. “O governo pode ter repasse do governo federal para pagar alguma coisa, pode ter alguma outra dívida que a gente ainda não tenha conhecimento, mas aproximadamente é esse o número”, definiu Rollemberg.

Além dos serviços que já não estão sendo prestados, outros podem entrar na lista em breve, devido à falta de cumprimento dos contratos por parte do GDF, segundo a equipe de transição. Escolas podem ficar sem energia elétrica, água, telefone e internet; hospitais e postos de saúde podem ficar sem o fornecimento de alimentação aos pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde; as viaturas da Polícia Militar podem quebrar por falta de manutenção e o metrô poderá ser paralisado.

Na próxima segunda-feira (15), o futuro governador irá anunciar seu secretariado e disse que a equipe estará imediatamente apta a começar as negociações com os setores e “buscar soluções” para retomar a normalidade dos serviços. Segundo Rollemberg, uma das primeiras medidas do grupo será traçar um plano de trabalho do governo para os primeiros 120 dias que permitia reduzir os impactos da crise financeira nos serviços essenciais. Além disso, o governador disse que irá estudar com a equipe econômica a possibilidade de fazer uma securitização da dívida, para tentar resolver parte dos problemas de caixa.

Rollemberg não fez previsão de quanto tempo levará para reorganizar as finanças, mas disse que a estratégia será a de aumentar a receita e reduzir as despesas até conseguir um “colchão de liquidez”. Para isso, ele disse que irá cortar cargos comissionados de livre provimento e secretarias de governo. Para aumentar as receitas, o governador disse que não irá apostar necessariamente em aumento de impostos, mas não descartou essa possibilidade. “Juntamente com a equipe econômica e as demais áreas do governo, nós vamos analisar o que pode ser feito. Por exemplo, ampliando a nossa capacidade de apresentar projetos ao governo federal e buscar recursos do Orçamento Geral da União, a capacidade de buscar recursos de financiamento internacional para obras de infraestrutura. Tudo isso contribui para aumentar receita”, apontou.

 

O atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, não quis receber a imprensa para esclarecer ou contestar o diagnóstico apresentado pela equipe de transição de Rollemberg. O secretário de Comunicação da atual gestão, André Duda, informou por telefone que “o governo não reconhece os números e dados apresentados e está trabalhando para entregar o GDF no dia 1º de janeiro em perfeito funcionamento e com as contas em dia”.

Diante dos indícios de má gestão na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo apontados por auditoria feita pela Secretaria Estadual da Saúde, membros da irmandade da instituição já se articulam para exigir a renúncia do provedor da entidade, Kalil Rocha Abdalla, cargo máximo na hierarquia da Santa Casa.

Em seu terceiro mandato, Abdalla está desde 2008 à frente da instituição em São Paulo.

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A irmandade da Santa Casa é formada por cerca de 500 pessoas, indicadas pelo próprio provedor ou por outros irmãos. Eles são os responsáveis por eleger, a cada dois anos, o provedor e a chamada mesa administrativa, formada por 50 pessoas. A Provedoria e a mesa cuidam diretamente da gestão das unidades de saúde controladas pela instituição filantrópica.

Com dívida milionária e indícios de problemas na administração da entidade, membros da irmandade já estão recolhendo assinaturas de colegas para dar início a um processo que pedirá a saída do provedor.

De acordo com o estatuto da Santa Casa de Misericórdia, são necessárias cerca de cem assinaturas de membros da irmandade - o equivalente a um quinto dos componentes - para que seja iniciado um pedido de saída do provedor do cargo.

Recolhidas as assinaturas necessárias, Abdalla seria obrigado a convocar uma assembleia de toda a irmandade para que fosse votada a sua saída. A destituição só seria aprovada se a maioria dos irmãos presentes na assembleia votasse pela medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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