Tópicos | Crise interna

Aliados do clã dos Bolsonaro estão articulando a possibilidade de criar um novo partido para abrigar a família de políticos que inclui o presidente Jair Bolsonaro e os filhos: o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSC); os três primeiros são filiados ao PSL, partido com o qual Bolsonaro protagoniza uma nova crise. 

Nessa terça-feira, o chefe do Executivo Federal chegou a recomendar para um dos seus apoiadores que esquecesse o PSL e disse que o presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar, está “queimado para caramba”. 

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De acordo com informações do jornal O Globo, a nova legenda seria batizada de “Conservadores” e o estatuto estaria sendo elaborado por aliados de Eduardo Bolsonaro. O problema, para viabilizar o novo partido, é a falta de tempo hábil para legalizar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as próximas eleições. Isso deveria ter acontecido até o último dia 4, um ano antes do pleito.

Segundo a minuta do esboço do estatuto, a sigla terá como princípios a “moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada”. O texto ainda aborda o direito à legítima defesa individual, combate à sexualização precoce de crianças e à apologia da ideologia de gênero e defesa do legado da “moralidade cristã e da civilização ocidental”.

A outra possibilidade é que eles mudem de legenda. O Patriota e a UDN, que ainda está sendo criada, já se colocaram à disposição para receber o grupo. O Patriota deve se reunir nesta quarta para alinhar um posicionamento público sobre o possível ingresso do presidente, que antes da filiação ao PSL, chegou a conversar com a legenda. 

Já a direção da reedição da antiga União Democrática Nacional já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

O governador Paulo Câmara (PSB) esclareceu, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (7), o porquê de ter exonerado o então diretor de Relações Institucionais de Suape, Luciano Vasquez (PSB), no último sábado (5). De acordo com o gestor, a mudança não tem relação com a postura do vice-presidente do PSB na eleição municipal deste ano e destacou a necessidade de se separar a gestão estadual da legenda. 

"A gente tem que separar o PSB do Governo do Estado. Eu não governo Pernambuco olhando o PSB, governo olhando todos os pernambucanos”, frisou, após o encontro que reuniu os prefeitos eleitos pelo PSB em Pernambuco. “No caso de Luciano é muito específico, durante uma conversa minha com o secretário e presidente de Suape decidimos retirar ele. Nós fazemos isso todos os dias com muita gente. Então, é muito importante esclarecer que não tem nada a ver com essa questão de PSB a saída de Luciano Vasquez", emendou.

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Em nota divulgada à imprensa, Luciano Vasquez classificou como “pequeno” e “precário” o fato dele ter sido exonerado da gestão após o processo eleitoral. O vice-presidente colocou-se como dissidente ao posicionamento oficial do PSB no pleito em Caruaru, durante o segundo turno. No texto, ele disparou diretamente contra Paulo Câmara dizendo que “um governante não pode ficar reduzido à imagem de um pedinte de cargos”.

Câmara reforçou ainda que respeita o resultado das urnas e as críticas. "O PSB é um partido democrático, as urnas se fecharam no segundo turno. Tem gente que ganha, tem gente que perde. Eu respeito o resultado das urnas. As críticas podem vir, eu vou continuar trabalhando da forma que eu sempre trabalhei, ouvindo as pessoas, dizendo o que pode ser feito, o que não pode e ajudando aqueles que querem me ajudar a governar Pernambuco", salientou. 

A crise pós-eleição no PSB é cada vez mais latente. Depois do advogado Antônio Campos (PSB) acusar correligionários de interferir negativamente na sua campanha em Olinda, o vice-presidente estadual da legenda, Luciano Vasquez, inflamou o clima ao fazer uma dura análise sobre a atuação de socialistas na política local e nacional, entre elas, a do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). 

Em nota divulgada à imprensa, Vasquez classificou como “pequeno” e “precário” o fato dele ter sido exonerado do cargo de diretor de Relações Institucionais de Suape. Para o pessebista, a ação foi resultado de uma “retaliação” ao posicionamento de dissidência adotado por ele no pleito em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. No segundo turno, Vasquez apoiou a prefeita eleita Raquel Lyra (PSDB) que precisou deixar o PSB para se candidatar

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“Com a eleição de Eduardo, em 2006, pensávamos que havíamos vencido a velha política e as suas práticas mais nefastas, como a perseguição, a retaliação e o expurgo, mas estão vivas e ativas em Pernambuco”, desabafou. “A inexperiência, o amadorismo, a inércia e a falta de diálogo são as marcas efervescentes desse tempo”, disparou, emendando.

Segundo o vice-presidente, “estão jogando fora, de forma inconsequente, toda a história e legado de Arraes e Eduardo”. Ele afirmou que não houve um diálogo prévio, nem justificativa à sua exoneração do governo. “Sobre a minha saída, quem tem que falar é o governador. Ele é governador até 31 de dezembro de 2018 e está dentro das prerrogativas dele nomear e exonerar, não é assim?”, ironizou. 

Disparando diretamente contra Paulo Câmara, Luciano disse que “um governante não pode ficar reduzido a imagem de um pedinte de cargos”. “É um ato pequeno e precário que está em desarmonia com as tradições de bravura e honra de quem já exerceu tão dignificante cargo, de Governador de Pernambuco”, ponderou. Para ele, o chefe do Executivo precisa se preocupar com a “melhoria da qualidade de vida do nosso povo”.

Ao explicar a postura, Vasquez disse que antes de subir ao palanque da tucana conversou com o governador e o então candidato da legenda na cidade, Jorge Gomes. “Fiz o que minha consciência determinava: ter lado. Fiz a opção pela coerência histórica e política da Frente Popular, e estava certo. A vitória de Raquel é o resultado do acerto de quem faz política sintonizado com a luta do povo. Quando os governantes e os políticos erram, o povo conserta”, observou. Oficialmente, o PSB apoiou a postulação de Tony Gel (PMDB) ao cargo. 

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