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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (26) a retomada do concurso da Polícia Militar do Distrito Federal.

A decisão foi tomada após audiência de conciliação entre as partes envolvidas para retirar do certame a regra que fixou limite de 10% de participação de mulheres no efetivo da PM.

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Com o fim da restrição, as próximas etapas do concurso poderão prosseguir, e as mulheres deverão concorrer entre vagas de ampla concorrência.

O concurso está suspenso desde 1º de outubro, quando Zanin deferiu liminar protocolada pelo PT para contestar uma lei do Distrito Federal que fixou limite de 10% de participação de mulheres no efetivo da corporação.

Polícia do RJ

No início desta semana, Zanin já havia determinado a suspensão do concurso público para a Polícia Militar do Rio de Janeiro pelo mesmo motivo. No entendimento do ministro, as mulheres devem concorrer entre a totalidade das vagas disponíveis.

“O percentual de 10% reservado às candidatas do sexo feminino parece afrontar os ditames constitucionais quanto à igualdade de gênero”, afirmou Zanin em sua decisão.

Caroline Zanin Martins, irmã do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), registrou no início da noite desta segunda-feira (16), um boletim de ocorrência após um homem chutar suas pernas e seus cachorros em frente ao prédio em que mora, na Rua Desembargador do Vale, em Perdizes, bairro da zona oeste de São Paulo. Ela relatou ter ouvido do agressor: "vou chutar você e seus cachorros".

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O caso foi registrado como lesão corporal e abuso de animais na 23ª Delegacia de Policia de Perdizes. Registradas pela câmera do condomínio, as agressões se deram pouco antes das 18h, quando Caroline voltava de um passeio com seus dois cachorros. Segundo a irmã de Zanin, um desconhecido só se aproximou e começou a chutar os animais.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, os cachorros tiveram ferimentos, inclusive com sangramento, e a irmã do ministro do STF teve hematomas em suas pernas. Caroline narrou ter gritado para que o segurança do condomínio a ajudasse, mas ele "demorou e não teve tempo suficiente para evitar as agressões".

No vídeo das câmeras de segurança, é possível ver Caroline interfonando para entrar no prédio, com dois cachorros presos com guias. Os cães então começam a latir para o agressor, instante em que a irmã do Zanin encurta a guia para mantê-los longe do homem que passava pela calçada.

Nesse momento, o homem se aproxima dos animais e começa a chutá-los. Mesmo quando Caroline se afasta e puxa os cachorros para perto de si, o agressor segue avançado, chegando muito perto do portão de entrada do prédio. As chutes seguiram inclusive após Caroline gesticular e chamar o segurança que também estava na calçada.

Pouco mais de um mês separa a posse e as expectativas sobre o mandato de Cristiano Zanin como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), dos votos polêmicos que o ex-advogado do presidente Lula (PT) nos inquéritos da Operação Lava Jato proferiu na Corte. Neste período, o "homem de Lula" conseguiu desagradar a esquerda que torcia que ele ocupasse uma das cadeiras do STF e, por outro lado, que fazer com que políticos da extrema-direita celebrassem algumas das decisões dele. Até aliados de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegaram a comemorar pareceres e votos do novo ministro. E em tão pouco tempo de atuação já tem a pecha de ministro imprevisível.

Empossado, Zanin votou importantes matérias no Supremo. Em seu primeiro voto, no dia 10 de agosto, sobre o juiz de garantias, ele votou pela implementação do mecanismo.

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"Estou convicto de que a existência do juiz de garantias poderá, efetivamente, mudar o rumo da Justiça brasileira, pois, ao garantir à população brasileira maior probabilidade de julgamentos imparciais e independentes, permite-se que o sistema penal seja potencialmente mais justo. A imparcialidade do juiz é o princípio supremo do processo penal".

Ao apreciar no plenário virtual um recurso da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) sobre injúria racial contra comunidade LGBTQIA+, Zanin seguiu o entendimento oposto ao dos nove ministros do STF que acataram a solicitação. Com as críticas circulando pelas redes sociais, feitas por políticos, artistas e associações LGBTQIA+.

Em uma apreciação que tinha os olhos da esquerda voltados para a defesa do ministro, a descriminalização da maconha, ele irritou mais uma a esquerda ao votar contra a matéria. "A mera descriminalização do porte de drogas para consumo, na minha visão, apresenta problemas jurídicos e ainda pode agravar a situação que enfrentamos nessa problemática do combate às drogas. A descriminalização, ainda que parcial das drogas, poderá contribuir ainda mais para o agravamento desse problema de saúde", justificou no dia 24 de agosto. Ele foi o único dos seis ministros que já votaram a se opor a descriminalização.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) disparou contra Zanin: “Lamentável o voto de Zanin. Descriminalizar a posse de drogas é essencial para combater o encarceramento em massa e a suposta ‘guerra às drogas’, que afeta sobretudo pobres e negros. A próxima indicação de Lula ao STF deve representar as lutas democráticas e progressistas”. Quem também criticou o voto foi a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), que apelou “mais do que nunca” uma ministra negra no STF.

Logo em seguida, em uma ação do plenário virtual, na qual os indígenas denunciavam a violência policial no Mato Grosso do Sul, foi rejeitava. O despacho provocou um novo desgaste do magistrado com os apoiadores do presidente Lula e fazendo com que sua atuação começasse a ser vista como imprevisível. A partir deste momento o PT não mais silenciou. Em uma resolução a sigla alfineta, sem citar o nome do magistrado, as decisões dele que contrariam as bandeiras da legenda. Já os políticos da direita enalteceram a decisão do ex-advogado de Lula.

Afagos de aliados de Bolsonaro 

Um aliado de primeira hora de Bolsonaro, o senador Magno Malta (PL-ES) não poupou elogios em um vídeo. “Parabéns Eu votei contra, sabatinei e tenho autoridade para falar o que vou falar agora. O Zanin chegou lá e deu dois votos muito importantes: primeiro, eles perderam o PL da homofobia, que nunca foi crime essa história da homofobia e tentaram incluir de todas as maneiras o racismo, o que nada tem de homofobia. Ele votou contra e agora votou contra a legalização da maconha. Está apanhando nas redes sócias. Ah, é! O cara mostrou que é católico, que acredita nos valores, que acredita na vida e parece que desassociou seu voto ao fato de ter sido advogado do Lula e agora eles estão espancando o cara. Parabéns, deu um voto acertado pela vida, pelos valores, pelos princípios. Não seguiu o que pensa o partido do presidente e seus puxadinhos. Parabéns! ”, elogiou Magno Malta. “Nós não vamos crucificar você, não. De jeito nenhum”, complementou”.

Nas redes sociais, outra aliada de Bolsonaro, também comemorou uma decisão de Zanin. A deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), compartilhou uma manchete do site Uol sobre o arquivamento do processo de Bolsonaro por omissão de compra da vacina da Covid-19 no período crítico da pandemia. Ela escreveu na imagem que elaborou para o post que a “verdade venceu” e legendou dizendo: “Deus é justo!”. A publicação recebeu milhares de comentários com comemorações a respeito do arquivamento. “Deus no comando”, escreveu um. “A verdade prevalece”, disse outro. “Deus é fiel”, comentou um terceiro.

A expectativa do voto sobre o Marco Temporal  Já no dia 31 de agosto, uma importante matéria do Supremo e uma prioridade para o governo Lula voltou ao plenário da Corte: o Marco Temporal – que restringe os direitos constitucionais dos indígenas. A expectativa em relação ao voto de Zanin, desta vez, terminou em celebração pela ala da esquerda e empolgou os indígenas que estavam no plenário do STF acompanhando a sessão. Isto porque, o ministro seguiu o voto do relator Edson Fachin e foi contra a tese, o que é favorável aos povos indígenas. 

“A originalidade do direito dos indígenas às terras que ocupam foi reafirmada com o advento da Constituição de 1988, o que revela a procedência desse direito sobre qualquer outro, assim como a ausência de marco temporal a partir de implantação do novo regime constitucional”, argumentou.

Avaliação dos votos e de apreciações de processos   

Para avaliar a atuação do ministro sob a ótica da ciência política, o LeiaJá entrevistou o doutor em ciência política e professor da UFPE, Arthur Leandro. O estudioso considera que a decisão de Zanin por arquivar o processo contra o ex-presidente Bolsonaro “foi "garantista", em favor do acusado. Não é surpreendente, dado que ele é um ministro que tem origem na advocacia, e não no ministério público”, asseverou.

Em relação ao voto sobre o marco temporal Leandro chama atenção que apesar de desagradar a direita, o voto é “compatível com liberalismo clássico”. “No caso do marco temporal, Zanin disse que a Constituição reconhece que os direitos indígenas à terra são “mais antigos” do que "quaisquer outros”. Era um voto possível, que contraria a direita brasileira que está "fechada com Bolsonaro", mas que é perfeitamente compatível com o liberalismo clássico, que advoga a ideia de "direitos naturais e inalienáveis", advertiu.

Questionado pela reportagem do LeiaJá se o magistrado tem um perfil que pode ser considerado conservador a partir dessas decisões iniciais, Leandro argumenta: “O conceito de "conservador" é controvertido, tem uma precisão técnica que a debate público não tem alcançado, no Brasil. Eu acredito que seria mais correto dizer que ele deu um voto "parcimonioso", ao evitar uma decisão que mudaria o tratamento das instituições políticas e judiciais ao tema, no Brasil; na verdade, ele devolve a bola para o poder legislativo.

Em linhas gerais, o cientista político sintetiza que o indicado de Lula “posa para a foto como um ministro independente, decidindo em alguns casos contra a base progressista do governo, e contra - em outros - contra a base progressista do governo, e - em outros - contra o interesse dos ruralistas, mineradores e do agronegócio. O saldo final, parece-me, é positivo: para ele, para o STF, e para o governo. Mesmo os bolsonaristas, quiçá, destensionarão a pressão contra ele. A ver”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, votou contrário à tese do Marco Temporal, nesta quinta-feira (31).  

Em sua sustentação oral, Zanin afirmou que é impossível a imposição de qualquer marco temporal em desfavor dos povos indígenas. “Entendo que é chegada a hora de aprimorar a interpretação constitucional acerca do tema, reconhecendo-se de forma explícita a teoria do Indigenato e proibindo-se qualquer retrocesso que reduza a proteção constitucional aos povos originários. Diante desse panorama, verifica-se a impossibilidade de se impor qualquer tipo de marco temporal em desfavor dos povos indígenas, que possuem a proteção da posse exclusiva desde o império, em série condicional, a partir de 1934”, afirmou. 

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“Ademais, o regime jurídico previsto na constituição de 1988, solapa qualquer dúvida no sentido de que a garantia da permanência dos povoso indígenas nas terras tradicionalmente ocupadas é indispensável para a concretização dos direitos fundamentais básicos desses povos”, continuou o ministro em seu voto. 

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Zanin arquiva processo contra Bolsonaro sobre vacinas 

A decisão do magistrado surpreendeu o público geral, devido a seus últimos votos, que levantaram polêmicas. Nas últimas sessões em que participou, Zanin votou contra o reconhecimento da violência policial contra o povo indígena Guarani e Kaiowá, a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e a equiparação das ofensas à população LGBTQIA+ como injúria racial. O ministro ainda votou contra um pedido da Defensoria Pública da União que fosse aplicado o princípio da insignificância, no caso em que dois homens foram condenados por furto de um macaco hidráulico, dois galões para combustível e uma garrafa de óleo diesel, avaliados em R$ 100. 

Votação do Marco temporal

O placar parcial atualizado está em três votos em desfavor da tese do Marco Temporal contra dois votos a favor da causa ruralista. Zanin acompanhou os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, relator do caso. Os ministros André Mendonça e Nunes Marques contabilizam os dois votos em favor da causa.

A tese do Marco Temporal defende que as demarcações de terras deverão obedecer às delimitações que existiam na data da promulgação da Constituição Federal, 5 de outubro de 1988.

No entanto, no entendimento jurídico já apresentado pelos votos dos ministros, o argumento da validade do marco é improcedente, tendo em vista que os direitos assegurados aos povos indígenas são básicos e fundamentais, segundo a própria Constituição.

O voto de Zanin desempata o julgamento atualmente, restando ainda os votos de oito ministros, incluindo a presidente do STF, ministra Rosa Weber.

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, arquivou, nesta quinta-feira (31), o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso de omissão na compra das vacinas contra a Covid-19, à época da pandemia. 

Segundo o ministro, a crise sanitária, problemática ainda em 2020, antes das vacinas, “encontra-se estabilizado, sendo desnecessária a continuidade da tramitação da presente ação”.  

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“Os esclarecimentos técnicos elaborados pelo Ministério da Saúde e trazidos aos autos evidenciam a inutilidade de eventual provimento judicial que discuta o conflito descrito na petição inicial”, escreveu Zanin na decisão. 

A ação foi movida pela Rede Sustentabilidade, em outubro de 2020. Na época, o partido pedia que o então presidente Bolsonaro fosse obrigado a comprar as vacinas que já haviam sido desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac. Bolsonaro havia argumentado que não iria realizar compras de vacinas sem a comprovação de sua eficácia perante o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, disse Bolsonaro. 

O governo Lula se posicionou a favor da decisão por meio de um relatório elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU) enviado ao STF. 

O Partido dos Trabalhadores (PT) assinou, na última terça-feira (29), a resolução do Diretório Nacional, orientando sobre as eleições de 2024 para prefeitos e legislativo municipal, além de reforçar a recandidatura de Lula para o pleito presidencial em 2026. O partido ainda tece críticas às atuações de algumas instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), militares, além de mencionar pautas como a reforma administrativa e questões de segurança pública. 

O texto conta com 37 pontos, onde o diretório distribui suas ideias em torno das eleições municipais de 2024. Os pontos 23 e 25 confirmam que a articulação do PT com a Federação PSOL-Rede poderá acontecer no pleito para fortalecer a base do governo nos municípios, “assim como buscar ampliar as relações com os partidos que apoiaram Lula no primeiro e no segundo turno das eleições de 2022”. O PT é integrante da Federação Brasil da Esperança, que tem como integrantes o Partido Comunista do Brasil (PC do B) e o Partido Verde (PV). 

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Preparando o terreno para 2026 

A resolução posiciona o partido na direção da recandidatura de Lula, mencionando “a construção de uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026”, no início do texto. A proposta é reforçada ainda no ponto 29, ao citar que que o partido “prepara as bases não apenas para um quarto governo Lula”, e ao final da resolução, ao concluir que o PT busca “contribuir com as transformações necessárias no país, para reeleger Lula em 2026”. 

Ainda em 2022, antes mesmo do período de campanha eleitoral, Lula declarou em diversos momentos que não se candidataria pensando em uma reeleição em 2026. 

Indiretas a Zanin 

O diretório nacional expressa atenção aos assuntos que vêm sendo discutidos no âmbito do STF. “No momento em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento do “marco temporal”, manifestamos a expectativa de que a Suprema Corte reafirme os direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores. Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido. São eles: a equiparação da ofensa contra pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial; a abertura de ação sobre a violência contra povos indígenas Guarani-Kaiowa pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul; a manutenção, ainda que parcialmente, do princípio da insignificância e o avanço na descriminalização do porte de cannabis para uso pessoal, passo importante para a mudança na equivocada e letal política de guerra às drogas”, diz o ponto 13 da resolução. 

Segundo informações apuradas pelo G1, integrantes da equipe interna do partido confirmaram que a mensagem foi passada como um recado ao ministro recém-empossado, Cristiano Zanin, que foi indicado ao cargo pelo presidente Lula, e que se posicionou contrário nos seus primeiros votos na Suprema Corte. 

Críticas ao Congresso 

O texto também faz críticas à atuação do Congresso Nacional em relação à proposta da reforma administrativa, cuja tramitação está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). “Na presente conjuntura, não faz sentido a tramitação no Congresso de uma proposta de reforma administrativa que é essencialmente contrária à promoção de políticas públicas de interesse da maioria do povo, além de precarizar o serviço público, servindo a um projeto neoliberal que foi derrotado nas urnas em 2022”, diz o texto. Nesta quarta-feira (30), Lira recebeu um manifesto assinado por 23 frentes parlamentares corroborando a proposta da reforma em prol de uma “modernização” do aparelho estatal. As assinaturas são de grupos como a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Frente Parlamentar da Agropecuária, Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, entre outros. 

Militares 

A resolução ainda toma espaço para se manifestar em relação ao papel exercido pelos militares em cargos de poder no âmbito civil, e defende a delimitação de suas atuações apenas ao que diz a Constituição. “O comprovado envolvimento de oficiais graduados, ex-comandantes, bem como policiais militares e outros membros das Forças Armadas na sustentação da tentativa de golpe em 8 de Janeiro não permite leniência. A punição exemplar dos golpistas, inclusive no âmbito militar e, quando comprovado, de oficiais de alta patente, é essencial para impedir que se volte a articular contra a democracia”, enfatiza. 

 

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, será o relator da ação movida pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) por injúria. O caso corre sob sigilo e foi a primeira ordem de relatoria atribuída ao recém-empossado da Corte. A ação estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril e deixou o cargo no Supremo. 

Pelas regras internas, quem assume o comando do processo é o seu substituto. Neste caso, Zanin. A mudança na relatoria já consta no sistema do STF. Segundo o processo, Janones fez publicações nas redes sociais em que se refere a Carlos como “miliciano”, “vagabundo”, “merda” e “bosta”. A defesa do filho de Bolsonaro pede uma indenização de R$ 20 mil, além da condenação do deputado. 

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Zanin tomou posse como Supremo Tribunal Federal nessa quinta-feira (3), após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A imagem do magistrado se tornou conhecida após o trabalho na defesa de Lula, durante o período de condenação. O advogado foi aprovado pelo Senado em junho. Antes disso, o candidato passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, onde foi aprovado por 21 votos a 5. A votação não teve abstenções. 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin começou a receber os primeiros processos para julgar após tomar posse na tarde dessa quinta(3). Após assinatura do termo de posse, o nome do ministro foi inserido no sistema eletrônico de distribuição de processos e dois processos que chegaram ao Supremo foram remetidos ao ministro.

Zanin vai relatar um recurso no qual as Lojas Havan processam o estado de Santa Catarina para pagar menos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a tarifa de energia elétrica.

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O ministro também será responsável pelo julgamento de uma ação de desapropriação de uma fazenda em São Paulo.

Processo contra Bolsonaro

Além das ações que chegaram ao Supremo, Cristiano Zanin herdou 566 processos que estavam no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, que, em abril, se aposentou compulsoriamente ao completar 75 anos e abriu a vaga na Corte.

Entre as ações herdadas, estão processos contra a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 e questionamentos sobre a Lei das Estatais.

Com a posse, Cristiano Zanin também poderá participar dos primeiros julgamentos na Corte. Amanhã (4), o plenário virtual da Corte vai analisar se o ministro André Mendonça poderá julgar o caso sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

Na quarta-feira (9), Zanin fará estreia no plenário do Supremo. Está previsto o julgamento sobre a constitucionalidade do juiz de garantias.

 

Nesta quinta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a cerimônia de posse de seu novo ministro, o advogado Cristiano Zanin.  

A solenidade foi apresentada pela presidente da corte, ministra Rosa Weber, e contou com a presença dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e do procurador-geral da República, Augusto Aras.  

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“Como todos sabem, vossa excelência também, a cerimônia de posse do Supremo Tribunal Federal não comporta espaços para discursos. Mas eu, na condição de presidente do STF, em nome de todo o colegiado, quero dar a vossa excelência as boas-vindas, desejando-lhe muita felicidade no exercício da jurisdição constitucional, e também de todos os ministérios e atribuições cometidas ao ministro desta Casa. Eu estou convicta de que vossa excelência, com a sua cultura jurídica, seu preparo técnico, sua experiência, e sua extrema lhaneza, enriquecerá, sobremodo, este colegiado” declarou a ministra Rosa Weber em sua fala ao novo ministro. 

Promessas da sabatina 

Durante sua sabatina, realizada ainda em junho, o recém-empossado afirmou algumas atitudes que serão mantidas no seu trabalho como ministro. Confira aqui as principais promessas feitas por Zanin, e trechos de sua fala. 

1- Não será subordinado a Lula 

“Estou aqui hoje indicado pelo presidente Lula pelo fato de ele ter conhecido meu trabalho jurídico, a minha carreira na advocacia e por ter a certeza de que eu, uma vez, nomeado e aprovado por esta Casa, vou me guiar exclusivamente pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja.” 

2- Não vai mudar de lado 

“Sei a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do STF, se aprovado por este Senado. Eu não vou mudar de lado, pois o meu lado sempre foi o mesmo, o lado da Constituição, o das garantias, o do amplo direito de defesa, o do devido processo legal. Para mim, só existe um lado. O outro é barbárie, é abuso de poder” 

3- Respeito à democracia 

“Continuarei respeitando as nossas instituições democráticas como sempre fiz como advogado.”

4- Compromissos singulares 

“Não permitirei investidas insurgentes e perturbadoras à solidez da República pois a responsabilidade desse cargo tem impacto direto na nação brasileira para se conquistar o futuro próximo.” 

5- Ouvir todos os lados 

“Exijo ouvir todas as partes, a sociedade, as instituições representativas, sejam elas públicas ou privadas.” 

6- Independência 

“Exijo independência para julgar de acordo com a Constituição e com as leis brasileiras. Portanto, me comprometo com a democracia e com o estado democrático de direito” 

7- Atuação  

Meu compromisso em atuar no judiciário como agente pacificador entre os possíveis conflitos envolvendo os poderes, a fim de garantir a legítima atuação dos três poderes da República, sempre desprovido de ativismos ou interferências excessivas e desnecessárias.” 

8- Defender causas 

“Erradicação da pobreza, fome zero, e agricultura sustentável. Saúde e bem-estar para todos em todas as idades. Educação de qualidade através da educação inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para cada cidadão brasileiro, e alcançar a igualdade de gênero.” 

 

O advogado Cristiano Zanin toma posse nesta quinta-feira (3) no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O novo ministro entrará na vaga deixada por Ricardo Lewandowski, que, em abril, se aposentou compulsoriamente ao completar 75 anos. A cerimônia está prevista para as 16h.

Foram convidadas cerca de 350 pessoas. Estarão presentes amigos e familiares de Zanin, além de ministros do governo federal, parlamentares e autoridades do Judiciário. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença no evento.

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A cerimônia deve durar cerca de 15 minutos. A sessão será aberta pela presidente da Corte, Rosa Weber. Após a execução do Hino Nacional, Zanin será conduzido ao plenário pelos ministros André Mendonça e Gilmar Mendes, integrantes mais novo e mais antigo no tribunal, respectivamente.

Em seguida, o novo ministro prestará juramento de cumprir a Constituição e assinará o termo de posse. Não há previsão de discurso. Após o encerramento da sessão, Zanin receberá os cumprimentos dos convidados em outro salão do tribunal.

À noite, um coquetel será oferecido por associações de magistrados. O evento será realizado em um salão de festas. Os convites foram vendidos por cerca de R$ 500.

Perfil

Zanin chegou ao Supremo após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e o plenário da Casa. Ele atuou como defensor de Lula nos processos da Operação Lava Jato.

O novo ministro nasceu em Piracicaba e tem 47 anos. Ele é formado em direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Casado com a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, tem três filhos. Ele poderá permanecer na Corte por 27 anos. 

Desde que foi indicado pelo presidente Lula (PT) para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin vem crescendo em aparições, principalmente ao ser mencionado por agentes políticos comentando suas futuras posições. Sua posse foi marcada para esta quinta-feira (3) e as expectativas já vêm sendo alinhadas dentro do STF, como comentou o cientista político e professor Rodolfo Marques, em conversa com o LeiaJá

Segundo Marques, o STF deve esperar independência do novo ministro, “que faça valer a constituição, que tome suas decisões, elabore seus votos a partir da legislação em vigor”.  “Óbvio que há toda uma questão de influência política na questão da indicação, num contexto em que ele está emergindo, assim como vários outros ministros emergiram e ingressaram na corte nos últimos anos nos diferentes governos”, observa o docente. 

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Diante de críticas 

A oposição, certamente, vê a indicação de Zanin como uma estratégia de Lula, por ele ter sido seu advogado de defesa, quando ele foi investigado pela extinta operação Lava Jato. Segundo o senador Alessandro Viera (PSDB-SE), a oportunidade do presidente foi utilizada como troca de favores. 

“Eu estou convencido que tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, para colocar companheiro, para colocar partidário é um atraso, é um retrocesso que a República brasileira já conhece, já conhece muito bem e eu sou contra. Eu acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência por currículo e não por amizade. Essa fala é do senhor presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na TV Bandeirantes”, declarou o parlamentar à rádio Senado. 

Rodolfo Marques, por sua vez, analisa que a situação não será acentuada para esse sentido, tendo em vista o rito que foi seguido, e até mesmo vendo a votação do Senado que foi favorável à sua ocupação no STF. 

“Foi seguido o rito. O chefe do executivo indicou, o senado fez a sabatina, aprovou, até teve uma votação com uma boa folga e ele vai tomar posse, vai ser um ministro, independentemente da coloração partidária do de quem o indicou”, finaliza.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o empresário Luiz Carlos Basseto Júnior por ameaçar e incitar o crime contra o advogado Cristiano Zanin. O ataque ocorreu no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 11 de janeiro, quando Zanin fazia parte da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e ainda não tinha sido nomeado para o cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado deve assumir a cadeira na Corte em agosto.

Segundo o promotor Fernando Augusto Martins Cuóco, responsável pela apresentação da denúncia, o empresário "ameaçou a vítima Cristiano Zanin Martins de causar-lhe mal injusto e grave, uma vez que lhe disse diretamente 'vontade de meter a mão na orelha de um cara desse'. Na mesma data, hora e local indicados, o denunciado incitou, publicamente, a prática de crime, ao dizer que a vítima 'tinha que tomar um pau de todo mundo que tá andando na rua'".

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Basseto Júnior encontrou Zanin no banheiro do aeroporto quando o novo ministro do STF escovava os dentes. O empresário então chamou o advogado de 'vagabundo', 'safado', 'bandido' e 'corrupto', enquanto filmava a cena com seu celular. Zanin permaneceu calado e Basseto Júnior postou a gravação em suas redes sociais.

Ainda no início do ano, o empresário foi indiciado pela Polícia Civil do DF e acusado em queixa-crime ajuizada por Zanin na Vara Criminal de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A Justiça chegou a marcar audiências nessa ação, mas Basseto Júnior não foi encontrado.

O pedido do MP agora deve ser analisado pelo juiz Nelson Ferreira Júnior, da 6a Vara Criminal do Distrito Federal. O magistrado também é o responsável pela queixa-crime apresentada por Zanin.

Defesa

A reportagem busca contato com a defesa de Basseto Júnior. O espaço está aberto para a sua manifestação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira, dia 22, a aprovação de seu advogado pessoal Cristiano Zanin como novo ministro do Supremo Tribunal Federal.

"Quem ganhou foi o Brasil, foi a Suprema Corte que vai ter alguém com muita qualidade para decidir o cumprimento da Constituição Federal", disse Lula a jornalistas em após jantar com chefes de Estado e de governo no Palácio Eliseu, a convite do presidente francês Emmanuel Macron.

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"Fiquei feliz pelo comportamento do Senado, da Comissão de Constituição e Justiça e do plenário", afirmou o presidente.

O presidente indicou o próprio advogado, notabilizado pela defesa do petista na Operação Lava Jato, para assumir a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandowski.

Lula também disse que é normal haver divergência entre o Congresso e o governo. "Estou muito tranquilo da minha relação com o Congresso Nacional", afirmou. "Sempre haverá divergência."

​O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a posse de Cristiano Zanin no cargo de ministro da Corte será no dia 3 de agosto. 

A data foi definida após reunião entre o novo ministro e a presidente do STF, ministra Rosa Weber. O encontro durou cerca de 40 minutos.

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Durante a primeira visita ao Supremo após ser aprovado pelo Senado, Cristiano Zanin foi apresentado aos demais ministros e acertou detalhes administrativos sobre o funcionamento do gabinete. 

Zanin tem 47 anos e poderá atuar na Corte por 28 anos. A aposentadoria compulsória de ministros do Supremo ocorre aos 75 anos. 

Ele vai ocupar a cadeira deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em maio deste ano.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), celebrou a aprovação do nome do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação foi aprovada nesta quarta-feira (21) pelo Plenário do Senado com 58 votos favoráveis e 18 contrários. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, Guimarães afirmou que Zanin demonstrou, durante a sabatina feita pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o compromisso com o dever constitucional e com a defesa das leis.

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“É um homem comprometido com a República, com o Estado Democrático de Direito e, principalmente, com o chamado 'devido processo legal' nos julgamentos da corte”, disse.  Zanin foi advogado de Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Operação Lava Jato e na campanha eleitoral de 2022. Ele foi indicado por Lula para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. 

Elogios

O líder do Podemos na Câmara, deputado Fábio Macedo (Pode-MA), também usou o twitter para parabenizar Zanin. “Envio votos de sucesso para tão importante função, que é a de defender os preceitos constitucionais da República, com a responsabilidade e a imparcialidade que o cargo necessita”, disse.  A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), afirmou que Zanin tem “postura correta, imparcialidade e respeito à legislação”, atributos que, na sua avaliação, fazem a diferença na composição do Supremo Tribunal Federal. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A exemplo de outros integrantes da CCJ, o senador Sergio Moro (União-PR) também perguntou a Cristiano Zanin sobre seu relacionamento pessoal com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Moro perguntou, inclusive, se Zanin havia sido padrinho do casamento de Lula com a primeira-dama, Janja. 

O senador quis saber ainda se o advogado, como ministro do Supremo Tribunal Federal, se daria impedido ou suspeito em autos relacionados à Operação Lava Jato, na qual atuou como juiz, ainda em andamento na Corte.

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Depois de reiterar sua relação de amizade com o presidente Lula e negar ter sido padrinho do casamentodo presidente, Zanin afirmou que suspensão e impedimento de julgar determinadas ações caberão nos casos previstos em lei, nos quais foi advogado. Mas em relação a questões futuras haverá necessidade de análise dos autos. A "etiqueta Lava Jato" não é um critério de "controle jurídico", declarou Zanin, para quem muitos processos receberam esse rótulo, mesmo sem terem maiores vínculos com a operação.

Quanto ao uso de provas ilícitas no processo para promover atos de persecução, Zanin explicou que a doutrina prevalente é a de que podem ser usadas como meio de defesa. Por fim, quanto ao questionamento sobre o foro por prerrogativa de função, o advogado lembrou que o STF restringiu a prerrogativa do foro para os crimes hipoteticamente cometidos na função do agente público, e que eventuais mudanças podem ocorrer por meio de via de emenda constitucional. 

Redes sociais devem ser regulamentadas

O Congresso Nacional deve analisar a necessidade de disciplinar as redes sociais, disse Cristiano Zanin, ao responder a pergunta do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a relação entre liberdade de expressão, fake news e a atuação das chamadas big techs.

"A liberdade de expressão é uma garantia fundamental, mas não pode proteger o cometimento de crimes. Não é um direito absoluto, tem limites. Alguns países já fizeram legislação específica. Acho que é possível, pelo menos em tese, que se busquem mecanismos para disciplinar a questão das redes sociais, estabelecer algumas regras de forma que todos possam usar as redes. Que o exercício de um direito não possa comprometer a esfera jurídica de outra pessoa", afirmou o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Zanin ainda lembrou que a lei já prevê formas de limitar a liberdade de expressão nas mídias tradicionais, como o direito de resposta, disposto na Lei 13.188, de 2015.

*Com a Agência Senado

 

O advogado Cristiano Zanin é sabatinado, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça. Zanin é o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para a vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. O relator da indicação é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Assista ao vivo:

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O advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será sabatinado nesta quarta-feira (21), às 10h, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

O relator da indicação é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Nessa terça-feira (20), ele leu a mensagem encaminhada pelo presidente Lula. O texto formaliza a indicação do advogado à vaga no Supremo. O relatório correspondente já havia sido lido por Vital do Rêgo na semana passada. Seu parecer foi favorável à indicação.

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Não são apenas os senadores que poderão questionar o indicado ao Supremo. Os cidadãos também podem enviar perguntas a Zanin, acessando uma página do Senado Federal criada com esse objetivo.

Se aprovada na Comissão, a indicação de Zanin é apreciada, por meio de voto secreto, pelo plenário do Senado. São necessários 41 dos 81 votos para que ele assuma a vaga deixada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Cristiano Zanin Martins, de 47 anos, formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999, é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transnacionais. Foi advogado do presidente Lula nos processos da Operação Lava-Jato. Sua atuação resultou na anulação das condenações de Lula pelo STF.

A partir de um processo encabeçado por Zanin, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas reconheceu que a prisão de Lula, em 2018, violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição de participar da eleição daquele ano violou os direitos políticos do atual presidente.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), está marcada para o dia 21 de junho. Zanin foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou recentemente. 

Pelas redes sociais, Alcolumbre confirmou a data e informou que o relator responsável por essa indicação será o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

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“A sabatina do indicado pelo presidente da República, o advogado Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal-STF, acontecerá no dia 21 de junho, quarta-feira. O relator na CCJ será o competente senador, vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo”.

De acordo com o presidente da CCJ, a data foi definida nesta segunda-feira (12), em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. 

Cristiano Zanin Martins, de 47 anos, formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999, é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transnacionais. Foi advogado do presidente Lula nos processos da Operação Lava-Jato. Sua atuação resultou na anulação das condenações de Lula pelo STF. 

A partir de um processo encabeçado por Zanin, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas reconheceu que a prisão de Lula, em 2018, violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição de participar da eleição daquele ano violou os direitos políticos do atual presidente. 

À época da indicação, no início deste mês, o nome do advogado foi elogiado por ministros da Corte. Os ministros Luiz Fux e Nunes Marques consideraram "ótima" a indicação. Luís Roberto Barroso classificou a atuação de Zanin como “de elevada qualidade profissional” em casos que tramitaram no STF. "Da minha parte, será muito bem-vindo", afirmou.

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), disse ter a expectativa de que a indicação do nome do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) seja votada no Plenário do Senado até o dia 21 de junho. 

Em rápida entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (6), Randolfe informou esperar um acordo para que a sabatina e a votação da indicação de Zanin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) seja feita de maneira célere, de forma a viabilizar a votação no Plenário até o dia 21. 

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De acordo com Randolfe, Zanin já tem mantido contato com os senadores para se apresentar. Também informou que a reunião do presidente Lula com lideranças da Câmara dos Deputados, prevista inicialmente para segunda-feira (5), deve ocorrer na próxima semana. Randolfe negou que o governo esteja discutindo uma reforma ministerial para o momento.

*Da Agência Senado

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