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“A Copa 2014 e a Cidade do Recife” foi o tema abordado na sétima edição do ciclo de debates Pelejas Urbanas, na noite desta terça-feira (29), no auditório da Livraria Cultura, no Bairro do Recife. A ideia principal do encontro foi discutir os ganhos que o evento esportivo trará para a capital pernambucana e os impactos negativos, a partir do olhar da sociedade civil e dos governantes locais. Participaram do debate o secretário de esportes do Recife e da Copa do Mundo, George Braga, e a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Maria Filgueira.

Questões turísticas, de mobilidade urbana, segurança, urbanização, entre outros assuntos, esquentaram as discussões entre os debatedores e o público que compareceu ao auditório. Ana Maria, que é coordenadora da pesquisa local “Metropolização e Mega Eventos dos Impactos da Copa de 2014”, da UFPE, levantou um aspecto polêmico. “Um dos sérios impactos é a remoção da moradia de pessoas para a construção de obras. Elas moravam em suas residências há muitos anos e tiveram que sair desses locais. Parte da cidade já foi estourada e não tem como reverter”, criticou a professora.

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A professora também destacou a importância de se debater a realização da Copa no Recife. “É imprescindível que se faça um debate. A sociedade precisa mostrar sua visão sobre tudo o que está acontecendo”, comentou.

O secretário George Braga falou sobre as ações realizadas pela Prefeitura da capital pernambucana. Braga enfatizou iniciativa de infraestrutura e focadas no esporte. “Costumo dizer que o Recife aproveitou bem. Existem várias importantes obras, como a Via Mangue, corredores de mobilidade, porém, pensamos também em deixar outros legados para a cidade. Criamos o programa Bom de Bola, que vai recuperar 138 campos de várzea, por meio da construção de alambrados, recuperação de iluminação e ajuste de piso. Esse é o olhar do Recife. Trazer o esporte para as pessoas”, disse o secretário, frisando também outras ações.

Como representante da Prefeitura, Braga foi questionado por alguns participantes. Como exemplo, a escolha da cidade de São Lourenço da Mata para a construção da Cidade da Copa.O secretário argumentou que uma das justificativas foi o fato de o terreno já pertencer ao Governo do Estado e que tinha menos “burocracia” para o início das obras. A questão da receptividade do povo recifense foi outro ponto conversado. Entretanto, as críticas feitas contra as obras locais de mobilidade foram as mais comentadas pelos participantes.

“A gente pegou a Copa do Mundo pra Cristo. A gente pegou a Copa para culpá-la por todos os problemas do mundo. Esses problemas já existiam antes do evento. A Copa pode sim trazer coisas boas para nós”, rebateu as críticas, Braga. O Pelejas Urbanas é uma iniciativa do Centro Vivo Recife. A ação ocorre por meio de uma parceria entre a Livraria Cultura, UNINASSAU, Instituto Ser Educacional e o Portal LeiaJá. Confira abaixo ainda a matéria produzida pela TV LeiaJá sobre o evento:

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