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O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou há pouco o julgamento sobre a autorização legal para que delegados das polícias Civil e Federal possam negociar delações premiadas, conforme previsto na Lei de Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013).

O julgamento foi interrompido em dezembro do ano passado, e o julgamento está em 6 a 1 a favor das delações negociadas pelas polícias, mas com divergências. O ponto comum entre os votos é sobre a validade da delação somente se o Ministério Público concordar com o acordo e a proibição de que delegados acertem as penas com os colaboradores.

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A Corte julga ação na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que a possibilidade de a PF realizar acordos enfraquece a atribuição exclusiva do Ministério Público (MP) de oferecer denúncia contra criminosos.

Os delegados de Polícia Federal recomendaram nesta sexta-feira, 27, "serenidade" ao presidente Michel Temer. Em nota, a principal entidade da classe - Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) - manifestou "preocupação com a entrevista do presidente da República, Michel Temer, sobre as apurações de suposta prática de lavagem de dinheiro envolvendo a si e a seus amigos e familiares".

Logo cedo, demonstrando bastante irritação, Temer queixou-se publicamente do que chamou de "vazamentos" de informações do inquérito do Decreto dos Portos - investigação da Polícia Federal que mira o presidente por suposto favorecimento a empresas do setor portuário.

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Temer é o alvo principal do inquérito. A PF pediu mais 60 dias de prazo para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente diz que é alvo de uma "perseguição criminosa disfarçada de investigação".

"É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações", argumentam os delegados. "Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal."

A entidade de classe afirma que "a instituição não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes".

"Vale destacar que, no caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal."

Os delegados da PF, por meio da Associação, ressaltam que "é fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional".

A entidade dos delegados diz que "defende a apuração de supostos vazamentos causados por qualquer das instituições que manuseiam os autos". E que "seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos delegados de Polícia Federal na condução dessa ou de qualquer outra investigação."

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DOS DELEGADOS

"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta preocupação com a entrevista do Presidente da República, Michel Temer, sobre as apurações de suposta prática de lavagem de dinheiro envolvendo a si e a seus amigos e familiares.

É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações. Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal.

A ADPF reitera que a instituição não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes. Vale destacar que, no caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal.

É fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional.

A ADPF defende a apuração de supostos vazamentos causados por qualquer das instituições que manuseiam os autos. A entidade seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos Delegados de Polícia Federal na condução dessa ou de qualquer outra investigação.

*Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)*"

O presidente do sindicato dos delegados do Paraná, Algacir Mikalovski Taborda, que pediu nesta quarta-feira, 11, a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, participou de atos pró-impeachment, chamou apoiadores do petista de "bandidos e canalhas" e aparece ainda abraçado com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em fotos. Taborda foi candidato a vereador pelo PSDC em 2016, com o slogan "caçador de corruptos".

O sindicato divulgou uma nota na quarta pedindo que o ex-presidente seja transferido da carceragem da superintendência da PF em Curitiba, pois sua presença provoca "transtornos e riscos à população e aos funcionários".

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O delegado compartilhou, em 26 de março, um vídeo do ato no qual Lula foi alvo de ovos no Sul - a legenda do vídeo é "ovada na cara do Luladrão". Taborda diz: "os vermelhos estão se protegendo. Alguém ainda ouve esse cidadão?"

Mais recentemente, em 9 de abril, compartilhou um vídeo no Facebook, de apoiadores de Lula, a quem chama de "bandidos e canalhas" praticando "crimes em prol de uma causa: ver um criminoso solto".

Em sua foto ao lado do Bolsonaro, publicada no Instagram em 2016, o delegado diz: "Bolsonaro apoiando a nossa PF". A imagem foi compartilhada em 4 de março, mesmo dia da deflagração da Operação Alethea, que teve alvo o ex-presidente Lula e seu filho, Fábio Luis Lula da Silva.

O presidente do sindicato discursou em cima de um carro de som, em um ato pró-impeachment, há dois anos. "O Brasil está em crise em razão de um grupo de bandidos que manda na Polícia Federal, que manda no poder, que tem o poder na mão", disse. O vídeo está em seu Facebook.

"A nossa bandeira é verde, amarela, azul e branca", concluiu sua fala, ovacionado pela plateia. Havia no carro de som uma faixa com os dizeres "Lula na cadeia".

No mês passado, Taborda também compartilhou imagens da vereadora Marielle, pedindo comoção também pelos policiais assassinados. Em 22 de março, ele questionou: "onde está a indignação da imprensa esquerdopata maldita? Até quando vamos enterrar nossos heróis e aceitar a glorificação dos ícones do malcaratismo e dos defensores da falta de vergonha e dos vagabundos?".

Postura

Na nota divulgada nesta quarta, o sindicato também pontuou que policiais da carceragem temem pela segurança de suas famílias. "Outros policiais federais e moradores estão informando, extra oficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes."

Segundo o texto, "há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da Sede da Polícia Federal".

Após a divulgação da nota do sindicato na quarta-feira, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luis Boudens, avaliou o pedido da entidade como "apressado e sem respaldo dos policiais federais". Se livrar de um problema, segundo disse, não é a postura mais adequada.

"Cada deslocamento gera custos para os cofres públicos e uma enorme demanda de pessoal, além de aumentar a possibilidade de confrontos e situações de embate entre grupos de apoiadores e de contrários ao ex-Presidente", afirmou Boudens.

Os delegados do Grupo de Inquéritos perante o Supremo Tribunal Federal (STF), o GINQ, enviaram um ofício ao diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Eugênio Ricas, na qual afirmam que não permitirão qualquer tipo de interferência no inquérito que investiga o presidente Michel Temer e em outras apurações contra pessoas com foro privilegiado.

O ofício é uma resposta à entrevista concedida por Fernando Segovia a agência Reuters. Na entrevista, o diretor-geral da PF afirmou que as provas contra o presidente Michel Temer na investigação sobre o decreto dos Portos são frágeis e indicou que o inquérito deveria ser arquivado.

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"Em face dos recentes acontecimentos amplamente divulgados pela imprensa, os delegados integrantes deste Grupo de Inquéritos junto ao STF vêm a Vossa Excelência dar conhecimento de que (...) não admitirão, nos autos do inquérito 4621 ou em outro procedimento em trâmite nesta unidade, qualquer ato que atente contra a autonomia técnica e funcional de seus integrantes, assim como atos que descaracterizam a neutralidade político-partidária de nossas atuações", diz o ofício. O inquérito 4261 citado é o que investiga a atuação do presidente Michel Temer da edição do decreto dos Portos.

No texto, os delegados deixam claro que caso haja algum tipo de interferência o STF será acionado para adoção de "medidas cautelares". Entre as medidas possíveis, o ofício cita o artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP) que possibilita o afastamento do cargo público e até a prisão domiciliar.

Para os delegados do GINQ, "uma vez que sejam concretizadas ações que configurem tipos previstos no ordenamento penal" os fatos serão devidamente apresentados ao respectivo ministro relator, "mediante a competente representação, pleiteando-se pela obtenção das medidas cautelares cabíveis, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Penal".

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais (ADPF) Edvandir Paiva afirmou que o ofício enviado pelos delegados do GINQ expõe a crise de desconfiança que existe na PF e demonstra que se houver algum tipo de interferência os delegados vão agir.

Encontro

Nesta quarta-feira, 14, Segovia se reuniu com representantes dos delegados federais. No encontro, o diretor-geral disse estar arrependido sobre sua fala a respeito do inquérito dos Portos e prometeu que não há nem nunca haverá interferência sobre o trabalho de delegados da corporação.

O diretor da PF também afirmou que irá evitar conceder novas entrevistas e abordar temas relacionados a investigações em andamento. A fala de Segovia foi interpretada como uma mea-culpa do diretor da corporação, mas ainda não serviu para acabar com a crise iniciada com a entrevista divulgada na última sexta-feira, 9.

A Polícia Federal, em ação conjunta com MPF, deflagrou nesta terça (3) a segunda fase da Operação Impostura, que investiga a aplicação de golpes por falsários que se apresentavam como delegados da Polícia Federal.

Hoje foram cumpridos um mandado de condução coercitiva e um de busca e apreensão. Além disso, os investigados tiveram todos os bens bloqueados e responderão pelos crimes de estelionato, falsa identidade e uso indevido de sinal público.

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Hélio Bitencourt, Humberto Lacerda, Alberto Cury e Guilherme Araújo Hoffmann são alguns dos pseudônimos usados pelos criminosos que também se passavam por auditores fiscais e procuradores da república. A fraude rendeu ao grupo mais de 1 milhão de reais em contribuições para falsas revistas.

A investigação originária, deflagrada pela PF em 2015, já havia comprovado o recebimento de vantagens indevidas por pessoas que se passavam por auditores da Receita Federal, a fim de obterem patrocínios de empresários para suposta publicação de revista ligada ao órgão. O principal articulador do esquema, à época, foi preso, processado e condenado a 8 anos de prisão.

Apesar desta prisão, o grupo criminoso se reestruturou e permaneceu aplicando o mesmo tipo de golpe:  solicitação de valores para publicação de revistas vinculadas à Receita Federal, MPF e Polícia Federal.

Alguns empresários, vítimas do golpe, confirmaram ter recebido diversas e insistentes ligações telefônicas de um suposto delegado federal para que contribuíssem com a revista denominada ‘O Federal em Atividade’.

Além das ligações telefônicas, os criminosos encaminhavam e-mail com solicitação de contribuições diretamente aos empresários, que seriam valores a título de participação em projetos e patrocínio em anúncios.

Da Agência PF

O primeiro dia de reunião do Diretório Nacional do PT terminou nessa quinta-feira (10) em impasse entre as duas principais forças da legenda sobre a forma de escolha dos delegados que vão definir a nova direção do partido. O entrave aumenta o temor de um racha e fez com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que trabalha para evitar a ruptura, encerrasse o encontro com um apelo pela unidade.

"Ninguém vai convencer mais ninguém. Os argumentos estão se repetindo. Todo mundo vai ter de ceder um pouco", disse Lula, após cinco horas de debates sem conclusão.

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Na quarta-feira, pressionada por Lula, a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) recuou e aceitou que a próxima direção seja eleita no 6º Congresso Nacional por delegados e não eleições diretas. O Muda PT, que reúne as cinco maiores correntes de esquerda e a maioria da bancada petista na Câmara, defende a escolha da direção por delegados.

A disputa agora é pela forma de escolha dos delegados. A CNB propõe a realização de eleições municipais nas quais seriam escolhidas as direções locais e a chapa de delegados para congressos estaduais e nacional.

O Muda PT rejeita a proposta. Os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e José Guimarães (PT-CE) tentaram articular uma proposta alternativa pela qual as eleições internas municipais escolheriam os delegados para os congressos estaduais que, por sua vez, elegeriam delegados para o nacional.

Por trás da disputa estão o controle do PT, o temor de que o 6º Congresso se transforme em um acerto de contas entre as correntes e o risco de uma debandada em massa de deputados. Os impasses devem ser solucionados hoje com a votação das propostas no último dia de reunião do diretório.

Pacto diabólico.

Em evento à noite, o ex-presidente voltou a criticar as investigações das quais é alvo e disse ser vítima de um "pacto quase diabólico" que tem como objeto destruir sua reputação. "Tenho preocupação quando eu vejo um pacto quase diabólico entre a mídia, a PF, o Ministério Público e o juiz que está apurando todo esse processo", disse o petista diante de um auditório lotado na região central de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Insatisfeitos, os delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) decidiram que não vão mais realizar plantões extras. O Programa Jornada Extra de Segurança (PJES) não é obrigatório, mas é rotineiramente utilizado para compensar o número insuficiente de delegados.

Os delegados de Pernambuco haviam agendado uma assembleia geral para a próxima terça-feira (24), mas ela foi cancelada. “A categoria se reuniu na última sexta-feira (21) com a SAD [Secretaria de Administração] e foi um encontro positivo. Não houve nada definido, eles não apresentaram proposta, mas conseguimos falar com o governo. Antes, a gente não conseguia nem isso”, aponta o delegado Francisco Rodrigues, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe). 

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Uma nova rodada de negociações foi agendada para o dia 1º de novembro. “A categoria dos delegados ao longo dos últimos dez anos foi a mais preterida. Recebemos um aumento menor do que o da Polícia Militar e dos próprios agentes da Polícia Civil. Nós somos a pior remuneração do Brasil”, continua Rodrigues. Os delegados também cobram melhores condições estruturais.

Além do DHPP, a Adeppe diz que a não realização de plantões extras também está ocorrendo no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) e na Central de Plantões da Capital. 

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Além da possibilidade de greve dos policias civis, os delegados de Pernambuco cruzaram os braços nesta quinta-feira (20). A decisão de paralisar por 24 horas foi tomada durante assembleia na última terça-feira (18).

De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe), Francisco Rodrigues, ao logo do dia apenas os atendimentos das prisões em flagrante serão mantidos. “Já o registro de Boletim de Ocorrência, atendimento ao público e movimentação de inquérito não serão feitos”, afirmou.

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Os delegados aguardam o resultado de uma reunião marcada com o Governo do Estado para esta sexta-feira (21). Uma nova assembleia da categoria foi agendada para a próxima terça (25).

Por meio de nota, a Secretaria de Administração informou que os estudado do Plano de Cargos e Carreiras (PPCV) da categoria estão sendo concluídos e que o Governo pretende apresentar a proposta final nos próximos dias.

Após assembleia realizada pelos delegados de polícia de Pernambuco, no início da tarde desta terça-feira (18), a categoria optou pela paralisação das atividades por 24 horas na quinta-feira (20). O intuito do ato é servir de advertência ao governo. No dia seguinte, haverá uma reunião com a gestão estadual a fim de definir as reivindicações dos profissionais. 

Uma nova assembleia acontecerá no próximo dia 25, às 13h, para debater as propostas apresentadas no encontro anterior. Ainda não foi colocada em pauta uma possibilidade de greve geral. 

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De acordo com a Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe), a categoria recebeu ofício da Secretaria de Administração (SAD) minutos antes do início da assembleia, decidiram esperar resultado do encontro com o governo estadual e definir, na próxima terça-feira, sobre adesão à greve ou não.

Na tarde desta quinta-feira (1), foi realizada na sede da Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) uma coletiva de imprensa para anunciar mudanças na Polícia Civil de Pernambuco. Delegados informaram que não farão mais escala extra, deixando algumas delegacias do estado sem profissional. Isso significa que ocorrências serão destinadas à Central de Plantões.

Dos 392 delegados de Pernambuco, mais de 200 anunciaram que não farão mais parte do Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES), pelo baixo valor pago pelo serviço realizado em suas folgas. De acordo com a Associação, o valor pago por hora de plantão exercida no programa é de R$ 22 reais, chegando a R$ 270 por um plantão de 12h. Além disso, o profissional que exerce essa função na madrugada terá que estar de volta ao seu posto no dia seguinte pela manhã, sem dormir. Segundo a Adeppe, sem a continuidade de investigações, a polícia está vivendo de resolver flagrantes. 

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De acordo com a lei, o profissional só pode executar dez plantões de 12 horas por mês. No entanto, a prática tem sido extrapolada pela baixa remuneração recebida.  “Isso tem ocasionado danos físicos e psicológicos aos nossos policiais. Além de fazer com que não se contrate mais pessoal, porque o trabalho está sendo realizado com mão de obra barata. Isso precisa ser visto urgentemente. É preciso retirar os delegados de atividades-meio, pois temos um terço deles atuando sem fazer inquérito policial, então isso também prejudica o trabalho”, argumentou o presidente da associação, Francisco Rodrigues.

As principais reivindicações da categoria à Secretaria de Defesa Social consistem no reconhecimento da valorização dos delegados de polícia e a estrutura adequada para que seja possível efetuar as investigações. “Talvez por conta disso que os crimes estejam aumentando e os criminosos não estejam indo pra cadeia, porque não temos condições de investigar”, explica o presidente.

Os delegados também apontam que os profissionais estão trabalhando sem coletes e munições, já que muitos desses objetos estão fora da validade, além das viaturas que não têm cinto de segurança e os pneus estão "carecas". 

Operações de repressão qualificada

Como consequência da entrega dos PJES, também serão suspensas as operações de repressão qualificada. Essas são ações que demandam mais esforço e tempo, pois consistem em investigações contínuas, muitas vezes fora da cidade e que, de acordo com os delegados, não valem a pena diante do cenário atual da polícia. Com isso, todas as operações serão remetidas para o judiciário, com indiciamento dos envolvidos, mas sem o pedido de prisão. 

Várias delegacias do interior ficarão sem delegado titular. No sertão, em torno de 50 unidades ficarão sem esse profissional, implicando na dificuldade de investigações. “As delegacias que ficarem sem delegados vão ficar com inquéritos acumulados e sem investigação”. 

Alguns plantões da Região Metropolitana do Recife serão fechados pela entrega de PJES, pois não terá mão de obra suficiente para realizar os trabalhos. São os casos de Camaragibe, Olinda e Cabo de Santo Agostinho.

Anunciada oficialmente na segunda-feira, 4, na coletiva de imprensa da 31.ª fase da Operação Lava Jato, denominada Abismo, a substituição de delegados da força-tarefa que investiga o esquema de corrupção e formação de cartel na Petrobras será tema de discussão da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (APDF) durante o 1.º Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, que será realizado a partir de quinta-feira, 7, em Manaus.

Como informado pelo coordenador da Lava Jato no âmbito da Polícia Federal, Igor Romário de Paula, os delegados Eduardo Mauat da Silva, Duílio Mocelin Cardoso e Luciano Flores, que estavam em missão em Curitiba, serão substituídos por Rodrigo Sanfurgo, Luciano Menin e Roberto Biazolli. No caso de Flores, a mudança era esperada e se dá pelo fato de ele vai assumir vaga no grupo que cuidará da segurança da Olimpíada, no Rio de Janeiro. Já Mauat e Mocelin tiveram o período de designação encerrados e voltam para os locais onde estão originalmente lotados - o primeiro no Rio Grande do Sul e o outro em Rondônia.

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Segundo a nota lida pelo delegado Igor Romário de Paulo, essas mudanças são "opções estratégicas da coordenação, com apoio irrestrito da equipe de investigação, Administração Regional e Direção-Geral da Polícia Federal, visando oxigenar o grupo, dando a ele um novo fôlego para que os trabalhos continuem cada vez mais a se superar". Ainda segundo a nota, em momento algum a equipe de investigação sofreu qualquer tipo de pressão interna ou externa pela substituição de determinado delegado.

Os substitutos têm experiência no setor de cooperação internacional e são especialistas em crimes financeiros. Sanfurgo é ex-chefe da Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros (Delefin) em São Paulo e considerado um dos maiores especialistas em crimes financeiros do País, Menin já integrou a equipe da Lava Jato recentemente e Roberto Biazolli trabalhava no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).

Iniciativa

A realização do simpósio é uma iniciativa da direção regional do Amazonas da ADPF. De acordo com o site da entidade, está confirmada a presença do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, o diretor da ADPF nacional, Carlos Sobral e os delegados da PF Erika Mialik Marena e Luciano Flores de Lima, que atuam na Lava Jato, entre outros participantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindepol-RJ) divulgou neste domingo (29) comunicado em que critica a advogada da adolescente vítima de um estupro coletivo, Eloísa Samy. No texto, a entidade afirma repudiar "de forma veemente as declarações impertinentes e oportunistas da advogada, assim como qualquer tipo de ingerência nas investigações do caso". O Sindepol, segundo a nota, recebe o apoio do Sindicato de Delegados Federais do Rio de Janeiro (SindiPF-RJ).

A advogada pediu neste sábado (28) ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para que a investigação seja desmembrada e que o delegado responsável pelo caso, Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), investigue apenas a divulgação de imagens da adolescente na internet. De acordo com o pedido da advogada, a coordenação das investigações ficaria com a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente Vítima (DCAV), que apenas acompanha o caso.

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No comunicado, o Sindipol-RJ afirma que a Polícia Civil do Estado do Rio se "notabiliza pela defesa intransigente dos direitos humanos e guarda dos direitos fundamentais, em especial os das crianças, dos adolescentes e das mulheres". A entidade ainda destaca "as biografias dos delegados responsáveis pela investigação", que são "a certeza da imparcialidade e eficiência na apuração dos fatos".

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O  empresário Donald Trump atingiu, nesta quinta-feira (26), o número de delegados necessários para conquistar a indicação republicana para concorrer às eleições para presidente dos Estados Unidos, em novembro deste ano. O número de delegados necessários para alcançar a indicação é 1.237, mas Trump já tem 1.238. O cálculo foi feito pela agência de notícias Associated Press. 

O cálculo da Associated Press se baseou em entrevistas feitas a delegados que ainda não declararam publicamente apoio a nenhum candidato. Com isso, a agência chegou à conclusão que Trump passou do número mínimo de delegados necessários para se tornar o candidato republicano.

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As próximas primárias do partido, marcadas para 7 de junho, em cinco estados norte-americanos, ainda devem definir o apoio de 303 delegados. Isso deverá ampliar ainda mais o apoio a Trump, evitando também uma eventual contestação da vitória do candidato republicano.

Tump era, desde o início de maio, o único candidato remanescente que aspirava a representar o Partido Republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, após a desistência do candidato que vinha em segundo lugar na preferência dos delegados do partido, senador Ted Cruz. A desistência de Cruz ocorreu depois de ele perder as primárias no estado de Indiana, por uma larga margem de votos. Um dia depois, o governador de Ohio, John Kasich, que igualmente aspirava a representar o Partido Republicano, também desistiu de concorrer.

Embora tenha alcançado o número de delegados necessários, Trump terá ainda que submeter seu nome a uma convenção nacional do Partido Republicano, marcada para julho, na cidade de Cleveland, estado de Ohio.

Trump começou sua campanha em junho de 2015. No início, não era visto como um candidato viável pela cúpula do Partido Republicano. No entanto, aos poucos, foi ganhando apoio devido ao seu estilo franco e às declarações polêmicas. Esse estilo garantiu muito tempo de visibilidade nos noticiários de televisão, rádio e sites da internet.

Protestos

As declarações de Trump também provocaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos, principalmente pelo tom desrepeitoso com que o candidato republicano se referia a países de longa tradição de amizade com os Estados Unidos e também aos imigrantes. Os últimos protestos registrados ocorreram esta semana na cidade de Albuquerque, no estado de Novo México. Novas manifestações estão sendo aguardadas na Califórnia, um dos estados em que ocorrerão primárias em 7 de junho.

Em 2 de maio deste ano, em um comício em Indiana, Trump disse : "Não podemos continuar permitindo que a China permaneça a estuprar nosso país, e é isso que [os chineses] estão fazendo". Trump também disse, em outros comícios, que pretende proibir muçulmanos de entrar em território norte-americano, chamou ainda de “horrendo” o acordo assinado pelos EUA com o Irã e se comprometeu a "construir um muro" ao longo da fronteira mexicana.

Cerca de 40 delegados da Polícia Federal do Rio fizeram um ato na praça Mauá, na zona portuária do Rio, nesta sexta-feira, 18, por mais autonomia administrativa e orçamentária. Na manifestação, que foi replicada em outros estados do País, eles colheram assinaturas para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 412/2009, que garante estes peritos. Eles também usaram o protesto para comemorar os dois anos do início da operação Lava Jato.

De acordo com o diretor regional da Associação dos Delegados do Rio, Luiz Carlos Cruz, ter mais autonomia orçamentária vai ajudar a polícia a fazer mais operações. "Hoje, 50% do orçamento da Polícia vai para o combate ao tráfico de drogas. Os outros 50% ficam para todo o resto, como operações contra corrupção, crimes ambientais, emissão de passaporte e policiamento marítimo. Isso poderia ser melhor remanejado", afirmou.

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Os delegados também pedem que a polícia vire uma autarquia, o que reduziria a sua subordinação ao Ministério da Justiça. "Toda vez que acontece uma operação, temos que pedir a autorização ao Ministério da Justiça e isso demora. Não podemos perder tempo nas operações. Isso dificulta o nosso trabalho", argumentou.

Os agentes da Polícia Federal, porém, não participaram do ato. De acordo com o presidente do sindicato dos servidores da Polícia Federal do Rio, Luiz Carlos Cavalcante, a proposta não defende os interesses da Polícia Federal, mas dos delegados que representam uma categoria das cinco que existem na instituição.

"Eles não querem autonomia nas investigações. Se a PEC dissesse isso, nós aporíamos. Nesta PEC, eles pedem a equiparação salarial com o Ministério Público e da Justiça. É um oportunismo eles fazerem ato por esta PEC em um momento que o país está desestabilizado. Se ser vinculado ao Ministério da Justiça nos prejudicasse, nós não teríamos feito a Lava Jato, que atingiu todas as esferas do governo", argumentou.

Um grupo com cerca de 50 delegados da Polícia Federal participa da manifestação que acontece neste domingo (13) na Avenida Boa Viagem, na zona sul do Recife. No ato que defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e pede a prisão do ex-presidente Lula, os membros ativos e aposentados da PF pedem apoio à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412, que dá mais autonomia a instituição. 

Em conversa com o Portal LeiaJá, a delegada Kilma Caminha, que lidera o grupo na capital pernambucana defendeu a categoria das críticas de "conluio com a oposição" e disse que a PF não era nem contra nem a favor da queda da presidente.

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"Aproveitamos hoje para dar visibilidade a nossa campanha  que é apartidária. Não temos vínculo ou acordo com partido nenhum", disparou a delegada. 

Indagada se sairiam também as ruas na próxima sexta-feira (18) para pedir o apoio dos parlamentares que apoiam a presidente e têm um ato marcado para acontecer no Recife, ela disse que não havia nenhuma programação prevista. "Percebemos que a Polícia Federal tem um grande apoio da população é um trabalho reconhecido, queremos apenas autonomia administrativa e financeira. Ainda não temos nada planejado para sexta", disse. 

Os delegados e suas famílias vestem amarelo e distribuem panfletos explicando os benefícios da PEC 412.

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A troca do ministro da Justiça em meio à Operação Lava Jato preocupa os delegados da Polícia Federal. Nesta segunda-feira, 29, José Eduardo Cardozo deixou a pasta e foi para a Advocacia Geral da União (AGU) - substituindo Luis Inácio Adams. Para o lugar de Cardozo chega Wellington César, ex-procurador-geral de Justiça da Bahia.

A principal entidade da categoria divulgou nota nesta segunda-feira, na qual alega ter recebido com "extrema preocupação" os rumores de que Cardozo pediu para deixar o Ministério da Justiça devido às pressões que vinha sofrendo do PT pelo avanço das investigações da PF envolvendo imóveis utilizados pelo ex-presidente Lula. Segundo Edson Garutti, os delegados querem que o ministro da Justiça "seja quem for" assuma o compromisso de fortalecer a autonomia da Polícia Federal.

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"Não chegue na pasta sendo uma marionete, colocada ali para controlar as investigações da Polícia Federal. O ministro, quem quer que seja, tem de chegar, sabendo seu papel, que é fortalecer as instituições", sugere Garutti.

Wellington César foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner - citado na Operação Lava Jato. Na quarta-feira, 24, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar menção a Jaques Wagner, feita em delação premiada colhida no âmbito da Operação Lava Jato.

Apesar de serem informações prestadas no curso das investigações sobre corrupção na Petrobras, os apontamentos da delação são referentes à esfera eleitoral e por isso não foram analisadas pelo relator da Lava Jato no Tribunal, ministro Teori Zavascki.

"Há um murmurinho ainda de que ele (Wellington César) seria indicação de Jaques Wagner. Eu não sei se foi ou não foi. Jaques Wagner é um dos investigados da Lava Jato. Não teria legitimidade nenhuma. Como um investigado da principal investigação vai indicar o ministro da Justiça? Não sei se isso é verdade ou não. Estou falando o que eu ouvi na imprensa. Se for verdade, estamos muito mal", afirma o diretor regional da Associação dos Delegados da PF em São Paulo, delegado Edson Garutti.

O delegado pediu o apoio da população. "Já percebemos que fortalecimento de uma instituição policial não é algo muito prazeroso para os políticos. Os políticos só fortalecem a polícia quando isso é uma exigência da população. A gente chama a população para que fique atenta, preste atenção nos movimentos que estão acontecendo, que cobre dos seus governantes a questão da justiça, que a polícia tenha condições de fazer seu trabalho", finalizou Garutti.

Os delegados da Polícia Federal manifestaram "extrema preocupação" com a saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do cargo, sobretudo, por temer que a mudança possa influenciar "a pouca, mas importante, autonomia" da PF.

Em nota, a categoria destaca que "os delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal" e "reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou".

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Os delegados também ressaltam que, nesse cenário de grandes incertezas, "se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional". A nota é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que ainda pede no documento "apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal".

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo divulgou nesta segunda-feira, 29, a decisão de Cardozo de deixar o governo foi tomada neste domingo, 28. A amigos, ele confidenciou não suportar mais a pressão do PT, seu partido, agravada depois que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, passou a investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diante da decisão do ministro, a presidente Dilma Rousseff está tentando mantê-lo em outro cargo no governo. Uma das possibilidades é a transferência do ministro para a Advocacia-Geral da União (AGU), uma vez que o atual titular da pasta, Luís Inácio Adams, está de saída da equipe.

Os delegados de Pernambuco decidiram, como protesto, não realizar mais Operações de Repressão Qualificada (ORQ). A decisão foi tomada na segunda-feira (10), durante assembleia da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), que reivindica melhor salário e condições de trabalho

A Adeppe esclarece que as investigações continuarão, mas que a prisão dos investigados não será necessariamente efetivada. As provas obtidas nas operações serão reunidas e o caso será entregue para a Justiça decidir como proceder.

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O presidente da associação, Francisco Rodrigues, disse, durante a assembleia, que o Governo de Pernambuco estaria maquiando a realidade da violência e apresentou alguns números: até o final do mês de julho deste ano, a Adeppe contabiliza 2.178 homicídios violentos, além de 971 assaltos a ônibus e 7.955 veículos roubados.

Resposta – Através de nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) alegou que as reivindicações salariais dos policiais civis e delegados não são possíveis de serem atendidas no momento porque há impedimento legal pela Lei da Responsabilidade Fiscal.

A secretaria disse ainda que todos os seus dados são transparentes, sendo publicados na página da SDS a relação nominal por dia e cidade onde ocorreu o Crime Violento Letal Intencional (CVLI).

Por último, a SDS disse que a decisão dos delegados de não mais realizar as Operações de Repressão Qualificada é uma postura que em nada auxilia nas negociações e ocasiona prejuízos a toda sociedade. A secretaria se posicionou aberta a negociações. 

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Delegados e demais policiais civis do Estado realizam, nesta quinta-feira (2), uma passeata no Centro do Recife para reivindicar melhores condições de trabalho. A categoria caminha pela rua da Aurora em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, no bairro de Santo Antônio. O ato reforça a paralisação de 24h definida pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco. (Sinpol-PE). O trânsito apresenta retenções na região.

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Vestidos de preto, os policias e delegados realizam um cortejo pelo fim do programa Pacto pela Vida, implantado em Pernambuco em 2007, melhores condições de trabalho e reajuste salarial. A categoria carrega um caixão ao som da marcha fúnebre para simbolizar o ato. De acordo com o Sinpol-PE, cerca de 600 profissionais participam da passeata.

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De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (Adeppe), Francisco Rodrigues, uma das diretrizes do programa Pacto pela Vida era justamente a valorização da categoria, acordo não cumprido pelo Estado. "O Pacto pela Vida faz propaganda gratuita para Pernambuco, enquanto a categoria está sucateada. Temos o pior salário do Brasil", explica. Apesar da insatisfação, a categoria descarta uma greve imediata. "Este será nosso último recurso", complementa Rodrigues.

Em todo o Estado, apenas as delegacias de Caruaru, no Agreste, e de Petrolina, no Sertão, funcionam. Nas demais regiões, as unidades policiais estão em regime de plantão. Só serão mantidos os expedientes no Instituto de Medicina Legal (IML), flagrantes levados até delegacias e investigações em locais de homicídios.

A nova diretoria da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) promoveu, na última quinta-feira (28), sua primeira assembleia. Na ocasião foi discutida a reestruturação e valorização da carreira, mesmo não tendo conseguido avanços em suas negociações com o governo do estado, como havia sido proposto em outro momento.

Em clima de insatisfação, a classe deliberou pela implementação de ações de resgate da dignidade profissional. O ato irá influenciar em metas do Pacto pela Vida com a implantação da prioridade às investigações dos inquéritos por ordem cronológica.

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De acordo com o presidente da Adeppe, Francisco Rodrigues, todos os crimes merecem igual esforço nas investigações e soluções dos casos, pelo respeito aos cidadãos. Por isso, o foco não será apenas nos homicídios mais recentes e, sim, na ordem cronológica dos acontecimentos.

Outras decisões também foram tomadas, como o a ajuizamento de ação de cobrança de horas extras trabalhadas e adicionais noturnos. Também ficou decidido que será exigido o cumprimento das formalidades nas convocações extraordinárias, como é o caso ofícios e o pagamento de diárias. 

Segundo a Adeppe, a Polícia Civil do estado é a terceira colocada nacionalmente em elucidações das investigações de homicídios, no entanto, é a que recebe o pior salário do país.

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