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Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral, os movimentos sociais de esquerda já projetam ações a partir de 2023 para pressionar o novo governo com uma agenda de reivindicações que não tiveram espaço durante os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, quando estes movimentos estavam na oposição.

Sindicalistas, estudantes, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) dizem que, apesar do apoio ao petista, não adotarão uma linha "chapa branca". A ideia é retomar bandeiras que não tiveram espaço no atual governo. As pautas desses movimentos, que podem se tornar um problema para o PT na largada do novo mandato de Lula, têm sido discutidas na transição.

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O caso do MST, que integra o Grupo de Trabalho de Reforma Agrária da transição, é o mais emblemático. Segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a administração Bolsonaro registrou o menor número de invasões desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A média na administração tucana foi de 305 invasões por ano, ante 246 nos primeiros governos Lula, 162 com Dilma Rousseff (PT), 27 com Michel Temer (MDB) e apenas 9 sob Bolsonaro. Entre as demandas do movimento estão a recriação do Ministério da Reforma Agrária. "O MST vai iniciar 2023 com ânimo", disse Ceres Hadish, integrante da direção nacional do movimento agrário.

Para Josué Rocha, da coordenação do MTST, "no próximo governo é importante que os movimentos permaneçam mobilizados por suas pautas".

Não existem dados oficiais sobre o número de invasões em áreas urbanas. O MTST, que também integra a transição do governo Lula, tem como principal bandeira no próximo governo a retomada do programa Minha Casa Minha Vida com um orçamento reforçado na faixa de 1 a 3 salários mínimos. O líder máximo do movimento, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP), é cotado para assumir um ministério.

UNE

Após atuar na campanha de Lula desde o primeiro turno da disputa presidencial, a União Nacional dos Estudantes (UNE) também afirma que não terá uma agenda condescendente com o futuro governo. "Queremos que o próximo governo valorize a política de cotas", disse Bruna Brelaz, presidente da UNE.

Taxa sindical

De todos os setores dos movimentos, o que já se apresenta com uma agenda mais complexa para o presidente eleito é o sindicalismo, que é o berço político de Lula. Além de uma política de valorização do salário mínimo com reajuste acima da inflação, os sindicalistas querem uma reorganização na forma de custeio dos sindicatos.

Suprimida pela reforma trabalhista, a contribuição sindical compulsória é um tema na mesa de discussão que divide a categoria e sofre resistência do empresariado. A ideia que mais se aproxima do consenso, porém, é a criação de uma taxa negocial discutida com os trabalhadores.

Os sindicatos defendem ainda a revisão de pontos da reforma trabalhista que enfraqueceram as negociações coletivas. "Queremos repactuar alguns pontos da reforma trabalhista. Por exemplo: que as homologações voltem a ser feitas pelos sindicatos. Também é preciso encontrar um formato para custear o movimento sindical. Nenhum sindicato do mundo vive exclusivamente de mensalidade. A relação com Lula não é conflituosa, mas não é por isso que deixaremos de pleitear e ir para a rua", disse Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Líder do PT na Câmara e um dos principais interlocutores de Lula no Congresso, o deputado federal Reginaldo Lopes (MG) tem feito reuniões com representantes de vários movimentos sociais com a missão de sistematizar as demandas das entidades.

O parlamentar admite que o governo de Dilma Rousseff teve pouca interlocução com os movimentos de esquerda, que, por sua vez, "se acomodaram". Na avaliação de petistas, esse distanciamento contribuiu para as manifestações de 2013 e, consequentemente, para o impeachment - processo ao qual os movimentos não tiveram capacidade de reação.

"Precisamos aprender com o que aconteceu e dar vazão às demandas dos movimentos sociais. O governo precisa criar modelos para ampliar a participação com mais conferências deliberativas, por exemplo", disse o parlamentar. "(Os movimentos) agora estarão sentados à mesa."

Atual governo apostou na titulação de terras

O programa de regularização fundiária do governo do presidente Jair Bolsonaro deu ênfase à titulação de terras. A atual administração federal promoveu um aumento nos indicadores de expedição dos documentos - foram mais de 400 mil, ante cerca de 200 mil títulos emitidos entre 2003 e 2015 (durante os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff), conforme dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma (Incra).

Na gestão Bolsonaro houve, porém, um recuo significativo no número de novas famílias assentadas e de áreas incorporadoras à reforma agrária, em comparação com governos anteriores. O Incra defende que a criação de novos assentamentos não é a única etapa do processo de reforma agrária.

Com o aumento do número de profissionais realizando as atividades do trabalho em casa, em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus, muitas dúvidas surgem a respeito do limite de disponibilidade para demandas da empresa. Devo responder alguma questão do trabalho fora do meu expediente? Para esclarecer esse e outros pontos importantes, o LeiaJá entrevistou o consultor em Recursos Humanos Jessé Barbosa e a procuradora do Trabalho Melícia Carvalho.

Para o consultor em Recursos Humanos, existe um limite de disponibilidade. “O home office embora tenha alterado o formato do trabalho, o mesmo não deve ser encarado como uma atividade sem fim. O indivíduo deve cumprir o seu horário como se estivesse na empresa, não digo que em caso de necessidade não se possa abrir uma exceção, mas que de fato a mesma não se torne hábito e vire uma regra”, esclarece Jessé. A procuradora do trabalho Melícia Carvalho seguiu a mesma linha de raciocínio do consultor de RH quando questionada se existe um limite para atender demandas da empresa. “O trabalho home office é um trabalho como é exercido na empresa. Nele também precisam ser observadas todas as normas legais, toda a regulação do trabalho referente à jornada, intervalos de descanso e alimentação, e repouso semanal remunerado”, exemplifica.

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“O fato do trabalhador estar trabalhando em casa não quer dizer que o trabalho dele deixou de ser regulamentado ou deixou de observar todos os limites e garantias que são estabelecidos para o trabalho presencial”, acrescenta Melícia. A procuradora também comentou que o trabalhador tem a mesma jornada que teria se estivesse trabalhando na empresa; caso elabore jornada extra, é preciso receber pelas horas extras trabalhadas e essas horas precisam respeitar o máximo legal que são duas horas por dia.

Para solicitações da empresa fora do horário de trabalho, o consultor de RH Jessé comentou que se é uma demanda esporádica à qual pede-se uma certa flexibilidade para atendimento da mesma, pode-se abrir um exceção, mas que isso não se transforme em uma regra. “Caso venha se tornar corriqueiro, tenha uma conversa franca com a gestão, apresentando limites no atendimento das demandas. Outra coisa que ajuda a se livrar desses pedidos constantes é evitar ficar atento depois do expediente a e-mail e telefone corporativos, grupos de WhatsApp da empresa e outras formas de comunicação corporativa; isso ajudará os outros entenderem que você não encontra-se disponível para aquele momento”, diz.

Já de acordo com a procuradora do trabalho, “se eu estou fora do expediente e o líder liga solicitando alguma demanda, antes devo observar se é algo urgente". "Caso seja inadiável, e o trabalhador podendo atender, é indicado que atenda, e se aquilo me gerou alguma hora extra, deve-se receber por isso”, explica Melícia. “Se é um caso habitual e constante de terminar o expediente e o chefe continuar pedindo novas tarefas e solicitando demandas fora do expediente, daí cabe ao trabalhador deixar claro que não tem disponibilidade, que há outros compromissos ou que a jornada já foi cumprda”, acrescenta.

A procuradora do trabalho também comentou que “o fato de o serviço ser home office não impede que as pessoas continuem tendo seus outros compromissos, é preciso ter o momento de trabalhar, mas também é necessário se dedicar aos projetos pessoais, à família e ao lazer”, diz Melícia.

De acordo com o consultor em RH, a ideia do home office não deve ser deturpada pelo simples fato de o colaborador não ter se deslocado para a empresa e por isso ele deve estar disponível full time. Compete também ao colaborador que encontra-se nesta modalidade a capacidade de entregar resultado, não permitindo que essa liberalidade do home office o engesse na entrega de resultados.

“Se eventualmente o trabalhador observa que a empresa não está tendo a compreensão da regulamentação e que há demanda a qualquer tempo, a qualquer hora, por achar que está em casa é sinal de estar disponível, é preciso deixar claro que as obrigações serão cumpridas, mas dentro de todo o contexto legal”, reforça a procuradora do Trabalho.

Além disso, se o profissional tem uma jornada de trabalho de oito horas, por exemplo, ele está durante aquelas oito horas disponível para a empresa, nos canais estabelecidos para a comunicação. É necessário imaginar que o trabalho remoto deve ser exercido com os mesmos deveres, direitos e garantias que ele era exercido no ambiente físico da empresa.

“É preciso lembrar que tudo passa por uma questão de bom senso e sensibilidade. O fato de o trabalhador estar remotamente, não quer dizer que estar emocionalmente e humanamente longe da empresa. É importante também que mesmo distante de forma física, sejam mantidas as boas relações, as boas práticas e a solidariedade, para que as pessoas possam manter os laços que já foram construídos, pois, a base ética, solidária e empática é que faz um local de trabalho bacana, construtivo e bom para todos”, finaliza a procuradora do Trabalho Melícia Carvalho.

Na eleição presidencial de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) derrotou o Fernando Haddad (PT) em um pleito acirrado que entrou para a história do Brasil. Na época, um fato foi bastante repercutido logo após o resultado: o Nordeste foi a única região na qual o militar perdeu e onde o Partido dos Trabalhadores elegeu quatro governadores. Entre os nordestinos, Haddad teve 69,7% dos votos válidos, contra apenas 30,3% de Bolsonaro. 

Na posse de Bolsonaro, no último dia 1° de janeiro, consolidado como reduto petista na última disputa, o Nordeste não teve nenhum representante na cerimônia de transmissão de cargo: todos os nove governadores eleitos na região programaram as respectivas solenidades no período da tarde, no horário que batia com a da posse presidencial. 

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Todo esse panorama ainda pouco consolidado abriu uma série de questionamentos: Bolsonaro vai atender as demandas do Nordeste? Irá se aproximar dos governantes da região? O presidente concluirá, por fim, as importantes obras inacabadas nos governos anteriores como a Transposição do Rio São Francisco? 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, o senador Magno Malta (PR) chegou a afirmar que Bolsonaro ama o Nordeste e que fará muito pelos nordestinos. Malta ainda falou que a tecnologia de Israel que, segundo ele, é capaz de “tirar água de pedra”, seria trazida. “Os irmãos nordestinos terão com Bolsonaro o melhor presidente da sua história”, chegou a dizer com muito entusiasmo. 

Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, o problema envolvendo o governo Bolsonaro e quais serão suas prioridades vão muito além dessas questões pontuais. Uma das primeiras coisas que deve ser destacado é que o militar foi eleito em um momento de transição política no Brasil. “Onde o “velho” já morreu, mas o “novo” ainda não criou forma. Ou seja, é um governo sem um planejamento claro, composto por ao menos quatro grupos que divergem e convergem a depender da pauta em questão. Essas partes são: militares, economistas [liberais], justiça e o grupo evangélico”, observou. 

“Cada um desses grupos tem suas prioridades e suas lideranças. Nenhum é capaz de dominar claramente os outros, então precisam estar constantemente avaliando o cenário, decifrando a vontade do presidente e construindo alianças com os outros grupos. Há ainda um outro grupo influente no atual governo federal, esse ainda mais difícil de ser compreendido e analisado, que é a família do presidente. Essas partes precisam ser levadas em consideração para tentarmos avaliar as medidas de Bolsonaro em relação a Pernambuco e ao Nordeste”, explicou. 

Rodolfo Pinto destacou que é a primeira vez, na formação de um ministério, que se exclui pessoas de origem do Norte ou Nordeste. “É algo que importa mais em termos de imagem do que em termos de políticas de governo. Mas ainda assim, fará falta nas reuniões do primeiro escalão alguém capaz de defender seriamente o ponto de vista do Nordeste e de Pernambuco”. 

De acordo com o cientista, não é fácil navegar em um cenário polarizado como o atual. Ele acredita que a certa “desorganização” do grupo que atualmente ocupa o Planalto pode abrir oportunidades para que o governador Paulo Câmara (PSB), junto com os representantes de Pernambuco no Congresso, traga investimentos para o Estado. 

“É um momento desafiador e Pernambuco precisará de toda ajuda com que puder contar. Deputados pernambucanos mais próximos do provável presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tendem a ganhar espaço devido a sua capacidade de articulação política. O deputado Luciano Bivar também deve ser favorecido devido a seu papel de presidente do PSL, segundo maior partido em número de representantes e partido do presidente Jair Bolsonaro, isso numa perspectiva mais pragmática, pensando no Estado”, avaliou Pinto. 

Paulo Câmara, por sua vez, vem mudando o tom ao falar sobre o militar. O pessebista tenta um encontro com o presidente ainda em janeiro para discutir os projetos necessários. Já antecipou que a discussão será com “espírito público e serenidade”. A esperada reunião deve acontecer após mais uma cirurgia que o ex-deputado vai enfrentar, desta vez para a retirada da bolsa de colostomia. 

Rodolfo ainda ressaltou que o governo Bolsonaro possui uma série de outras implicações políticas que não são fáceis de prever. “Por exemplo, a influência da retórica do presidente em como as principais figuras locais vão se posicionar para disputar a prefeitura do Recife. Quem vai ser o candidato, ou candidata, aqui em Recife a vestir a camisa de Bolsonaro? Quem vai ser contra? São muitas questões pra surgir ainda”. 

Em meio a tantas perguntas, uma esperança. Nesta semana, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), que está sendo elaborado pelo governo Bolsonaro, divulgou que das 114 obras estruturantes para ampliar o abastecimento de água no País, 66 estão alocadas no Nordeste, área que mais sofre com a seca. 

O especialista ainda disse acreditar que, caso seja aprovada, a reforma da previdência pode desafogar verbas para a conclusão das obras, mas é preciso esperar para ver essa realidade se concretizar. “A Transposição e a Transnordestina são os principais projetos do governo federal na região nordeste e ambos estão praticamente parados. O maior problema é a falta de recursos no orçamento para dar continuidade aos investimentos”. 

A privatização dos aeroportos também é uma pauta que pode afetar positivamente a economia local, consolidando o aeroporto do Recife como um dos principais pontos de parada da malha aérea brasileira. “De maneira mais ampla, a desregulamentação da economia e incentivos a PPPs também podem atrair investimentos importantes para Pernambuco, mas a elaboração e execução desses contratos precisará ser muito bem fiscalizada para assegurar que a sociedade como um todo se beneficie dos projetos”, finalizou. 

O governador Paulo Câmara (PSB), que durante toda a campanha eleitoral, defendeu o ex-presidente Lula falando sobre os feitos do líder petista no Nordeste, nesta quinta-feira (17), elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que busca ser reeleito para comandar a Casa. O PSL, do presidente Jair Bolsonaro, já oficializou o apoio ao democrata. 

Em entrevista concedida à imprensa, durante o embarque de alunos para os Estados Unidos, aprovados no programa Ganhe o Mundo, o pessebista falou que Maia ajudou o Estado. “A gente recebeu com muito gosto o presidente Rodrigo Maia porque ele nos ajudou como presidente. Em Pernambuco, foi responsável por atender demandas que nós tínhamos em relação a projetos nacionais, então eu acho que fica a expectativa da gente poder construir unidade, que é o que a gente quer para o Brasil”, disse. 

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No entanto, o governador desconversou ao ser questionado se o PSB poderá apoiá-lo. “Estamos conversando. O PSB junto com a direção nacional do partido e com os seus deputados terão reuniões na próxima semana para definir”, expôs. 

De passagem pelo Recife, após conversar com governador Paulo Câmara que é vice-presidente nacional da legenda pessebista, Maia disse que seguirá dialogando com parlamentares do PSB para tentar reverter a falta de apoio da sigla. “O PSB é um partido de grande quadros. Infelizmente tomou uma posição divergente, mas a gente espera e vamos continuar conversando para tentar trazê-los de volta como foi na eleição de 2017”, ressaltou mais cedo o deputado. 

Uma análise realizada pelo ‘Freenlancer.com’, site especializado em oportunidades de trabalho, identificou as atividades autônomas que aumentaram suas demandas no segundo trimestre deste ano. Com mais de 500 mil ocupações observadas, o estudo chegou à conclusão de que os freelancers envolvidos com tecnologia lideram a relação dos mais procurados.

Atividades relacionadas ao Active Server Pages ficaram na primeira locação. Trata-se de uma tecnologia comum e tradicional para o desenvolvimento de sites dinâmicos e interativos. De acordo com a pesquisa, esse tipo de trabalho teve 1.838 empregos no segundo trimestre deste ano, enquanto que o trimestre anterior registrou 1.187. 

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Na parte de conteúdo, os trabalhos que envolvem escrita acadêmica apresentaram um aumento de 23,1%, somando 2.536 postos no segundo trimestre. As atividades de escrita jurídica registraram 1.860 empregos, devido ao fato de os escritórios de advocacia incluírem freelancers em suas rotinas. Veja a relação completa das atividades em alta.

Áreas com quedas

A análise também mostra as ocupações que perderam demanda. Segundo o estudo, atividades freelancer em produções de vídeos do YouTube caíram 23,1% na comparação com o trimestre anterior. Foram, ao todo, 973 empregos.

“Influenciadores e celebridades têm repetidamente escolhido o Instagram como seu aplicativo favorito devido à sua simplicidade e clima descontraído quando se trata de enviar vídeos, ofuscando as longas horas do YouTube, com necessidade de edição”, consta na análise do  ‘Freenlancer.com’.

As atividades realizadas nas redes sociais, a exemplo do Twitter, também apresentaram queda. O microblog teve 6,4% empregos a menos. “Um motivo é a Geração Z que está entrando no mercado de trabalho. Hoje, a Geração Z que começa a trabalhar tem, em média, 22 anos de idade. Plataformas como Twitter e Facebook terão que repensar suas estratégias para se manterem atualizadas com esta nova geração”, justifica a análise. 

Com pautas que passam por diversos temas da administração municipal e de sua relação com os demais entes federados, a 20ª Marcha Nacional dos Prefeitos começa nesta terça-feira (16). A necessidade de mais financiamento é uma das principais reivindicações do encontro, que reunirá em Brasília, ao longo da semana, milhares de prefeitos.

Como ocorre todos os anos, os administradores municipais apresentam demandas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O parcelamento das dívidas previdenciárias é um dos tópicos prioritários no Congresso Nacional, mas que poderá ser resolvido em conjunto com o governo federal. Entidades como a Confederação Nacional de Municípios (CNM) defendem a revisão dos débitos previdenciários, já que, de acordo com ela, há cobranças indevidas a despeito de decisão recente do Supremo Tribunal Federal.

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Segundo o presidente do órgão, Paulo Ziulkoski, a questão está prestes a ser solucionada. "O endividamento previdenciário é um dos pontos que vão ser abordados [durante a marcha], seguramente por meio de uma medida provisória [editada pelo governo]. Estamos construindo a forma e o conteúdo em que ela vai ser editada", afirmou à Agência Brasil.

As dívidas são ampliadas, segundo os municipalistas, com a cobrança "indevida" de contribuições previdenciárias sobre verbas de natureza indenizatória por decisões do Superior Tribunal de Justiça.

Também entre os parlamentares será feito um trabalho de convencimento, não apenas nesta semana, para que derrubem o veto do presidente Michel Temer à redistribuição do Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre algumas movimentações. Ao vetar a medida, o Planalto impediu a redistribuição aos municípios dos recursos arrecadados em operações de cartões de crédito e débito, de arrendamento mercantil e de serviços de saúde.

"Ao retirar os principais artigos da lei apresentada pelo Congresso, o veto impede a redistribuição de R$ 6 bilhões de ISS por ano aos municípios, concentrando anda mais essa receita na mão de poucos", diz o documento com as pautas prioritárias da marcha.

Para Ziulkoski, como a sessão do Congresso ainda não foi convocada, o trabalho das entidades continuará nas próximas semanas. "Estamos trabalhando com os parlamentares. Já temos, acredito, uma ampla maioria para derrubar o veto", afirmou.

Receber ajuda para o pagamento do Piso Nacional do Magistério está também entre as principais solicitações dos prefeitos ao Poder Executivo. Sancionada em 2008, a lei que estipula um salário mínimo para os professores em início de carreira prevê que o governo federal coopere tecnicamente com os municípios. De acordo com a CNM, é preciso haver um complemento para a garantia do piso.

O financiamento é a principal pauta das reivindicações também em outras áreas. Os participantes da marcha vão pedir os reajustes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e do atual incentivo para custeio das unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira, 13, no menor patamar em uma semana, depois que o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) renovou os temores dos investidores em relação à demanda pela commodity.

O contrato WTI para outubro fechou em queda de 3,0%, a US$ 44,90 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para novembro recuou 2,52%, para US$ 47,10 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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Nesta manhã, a Agência Internacional de Energia (AIE) destacou a desaceleração no crescimento da demanda global por petróleo no terceiro trimestre. Pelos seus cálculos, a demanda pela commodity deve crescer 800 mil barris no período, 1,5 milhão de barris a menos que em igual período de 2015. A agência acrescentou que o aumento da procura por petróleo praticamente foi interrompido nos países desenvolvidos e perdeu fôlego de maneira drástica em grandes consumidores asiáticos, como China e Índia.

Com isso, a AIE cortou sua projeção de crescimento da demanda em 2016 em 100 mil barris por dia, para 1,3 milhão de barris por dia.

Enquanto a AIE prevê uma demanda menos intensa, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chama a atenção para o crescimento da oferta. Ontem, a Opep revisou para cima sua projeção de aumento da oferta dos países de fora do grupo, em 180 mil barris por dia em 2017.

O mercado agora aguarda pelos dados de estoques semanais do American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias), que devem ser divulgados ainda hoje, e do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, que saem amanhã. Fonte: Dow Jones Newswires

O ex-ministro da Agricultura e atual presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, acredita que o agronegócio será tema prioritário no segundo turno das eleições para presidente da República. "Há consciência unânime de que o agronegócio é uma força importantíssima para a economia e para o plano social do País", afirmou nesta segunda-feira, 6, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Segundo Turra, o agronegócio avançou muito nos últimos anos, em parte devido aos programas governamentais, "mas agora o setor precisa manter sua competitividade". Ele considerou que esta questão deve ser o ponto central dos programas de Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSBD). "O agronegócio merece atenção dos dois candidatos e ambos irão priorizar o debate do agronegócio em torno dessas questões: competitividade, logística, infraestrutura e custo Brasil".

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Ainda de acordo com Turra, os principais segmentos do agronegócio já encaminharam suas demandas aos candidatos à Presidência. Em relação ao setor de carnes, a manutenção dos mercados internacionais já abertos às exportações brasileiras e o reconhecimento da segurança sanitária da produção do País são os assuntos centrais da pauta.

Turra descartou a ideia de que o agronegócio tivesse algum receio em relação à candidata Marina Silva (PSB). Disse que o setor também não deve se posicionar neste segundo turno. "O importante é que eles (os candidatos) atendam os pontos que foram apresentados em seus programas de governo", concluiu.

Integrantes do Movimento Acorda Olinda entregaram esta semana um dossiê relatando problemas políticos e administrativos registrados na cidade ao presidente da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE), Pedro Henrique Alves. No documento estão elencadas obras não finalizadas e ainda sem reposta sobre sua continuidade, o que motivou o grupo a recorrer à direção da OAB-PE.

Pedro Henrique se comprometeu a encaminhar o dossiê para uma avaliação apurada da Comissão de Direito da Administração Pública e Interesse Social. No caso específico da Avenida Presidente Kennedy, onde os integrantes do movimento disseram já terem ocorridos quase 60 mortes no trânsito, foi encaminhado à Comissão de Mobilidade Urbana.

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O presidente da OAB-PE ainda reforçou a formalização dos reclames. “O documento deve ter foco e subsídios suficientes que comprovem as denúncias, para que se tenha uma representação consistente”, esclareceu.

 

O Irã não vai ceder a "demandas excessivas" durante as conversas nucleares com as principais potências mundiais, disse neste sábado o ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, acrescentando que as negociações entraram em uma fase crítica.

"Vamos definitivamente nos opor a demandas excessivas", afirmou. Ele também disse que as conversas entraram em um "momento muito difícil" após a chegada de todos os chanceleres das seis potências mundiais. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, também afirmou que as negociações "permanecem difíceis". Fonte: Dow Jones Newswires.

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