Tópicos | Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), abriu um processo contra uma loja conceito da Hering, em São Paulo. A suspeita é de uso indevido de dados. Na última segunda-feira (2), o órgão instaurou um processo para investigar indícios de coleta de informações dos clientes sem o consentimento prévio.

A Hering Experience, localizada no Morumbi Shopping, faz uso de uma tecnologia específica para melhorar a experiência do usuário. A loja possui câmeras de reconhecimento facial que, além de identificar quais lugares com maior circulação de pessoas, também captam as reações dos consumidores às peças em exposição. Dessa forma é possível saber se determinado conjunto de roupas está sendo mais aceito ou não desperta tanto interesse. 

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A prática acabou não sendo vista com bons olhos pelo DPDC, que pediu explicações sobre o destino dos dados coletados. O órgão do Ministério da Justiça quer entender com quem seriam compartilhadas essas informações. Uma das preocupações do órgão do governo é que, no futuro, esses dados sejam usados para a criação de algum tipo de publicidade personalizada sem o consentimento dos analisados.

Além do DPDC, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também alerta para um risco à privacidade dos clientes que frequentam a loja. Se for considerada culpada, a Hering poderá ser multada em até R$ 97 milhões.

O que diz a empresa

Ao ser procurada para prestar esclarecimentos, a Cia Hering, responsável pela gestão da marca, afirmou que "diferentemente do que foi apontado, (a Hering) não realiza reconhecimento facial, mas, sim, detecção facial, por meio do qual estima apenas o gênero, a faixa etária e o humor dos consumidores, de forma anônima". 

De acordo com o jornal O Globo, a empresa afirma que esses dados  "não são tratados, armazenados ou compartilhados com terceiros", e que as informações são usadas apenas para gerar estatísticas que ajudem a entender os padrões de consumo da loja. "Sendo assim, não é necessário que se obtenha consentimento prévio do consumidor, assim como também afirma não haver violação dos direitos dos seus clientes", afirma a Hering.

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