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O Partido Democrático Trabalhista (PDT), antiga sigla do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), sinalizou interesse em ter o parlamentar de volta à própria bancada em 2024. Gadêlha foi eleito pela legenda em 2018 e permaneceu filiado até 2021, quando migrou para o Rede Sustentabilidade. No momento, a preocupação do PDT sobre o retorno do deputado seria a possibilidade de ele perder o mandato atual, de acordo com a Folha de São Paulo. 

Túlio não foi o primeiro deputado a abandonar o PDT na legislatura da época. Em maio de 2021, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) ganhou na Justiça Eleitoral permissão para deixar o partido de Ciro Gomes sem perder o mandato, após alegar que recebeu tratamento desigual por um voto discordante sobre a reforma da Previdência. Gadêlha também deixou o partido por divergências, com destaque para o apoio pedetista à candidatura de João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife em 2020. 

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Deputados federais não podem abandonar suas siglas sem apresentar justa causa à Justiça Eleitoral. Para permitir novos arranjos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza uma "janela partidária" em anos de eleição. Trata-se de um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Neste ano, a troca de legenda poderá acontecer de 7 de março a 5 de abril. 

Ainda de acordo com a Folha, as conversas entre o deputado e o PDT ocorrem em meio a movimentações para as eleições municipais. Segundo interlocutores, Gadêlha cogita disputar a prefeitura, mas a federação PSOL-Rede deve lançar a deputada estadual Dani Portela (PSOL) ao pleito. A chegada de Túlio ao PDT pode colocá-lo de volta na disputa municipal, mesmo com a presença de Isabella de Roldão, vice de João Campos, que também é do partido. 

No entanto, o PDT só tem chances de integrar a disputa na capital pernambucana caso mantenha a aliança com o PSB. No Ceará, Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, sonda deixar o PDT para se filiar ao PSB, o que provocaria um “racha” na equação e provavelmente respingaria na relação entre os partidos em Pernambuco. 

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) poderá se tornar alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República (PGR). Os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Simão Pedro (PT-SP) protocolaram o pedido na última quarta-feira (19) para que sejam levantadas informações acerca da legalidade da empresa Eduardo Bolsonaro Cursos Ltda. 

O pedido feito pelos parlamentares é justificado por haver “indícios dos crimes de falsidade ideológica, improbidade administrativa e contra a ordem tributária”. Uma reportagem investigativa publicada pela Agência Pública, em parceria com outros veículos, é também citada na solicitação, e aponta que Eduardo Bolsonaro é o proprietário da empresa, tendo CNPJ inscrito desde abril de 2022. Segundo os parlamentares, ele teria omitido a informação do Tribunal Superior Eleitora (TSE), em sua declaração de bens. 

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O primeiro endereço registrado da empresa, em abril de 2022, era em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e depois foi alterado em março desse ano para Caçapava, no mesmo estado. No entanto, segundo a reportagem, não havia nenhuma indicação que a empresa funcionava no local. A empresa do filho 03 tinha o propósito de trabalhar com “produção de vídeos para programas de televisão”, entre outras frentes. 

 As informações, no entanto, não condizem com o que foi apurado pela reportagem. O endereço registrado é o mesmo utilizado para a empresa Camisetas Opressoras, que seria de propriedade de um ex-assessor de Eduardo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestia uma camisa da marca no dia que teria levado uma facada durante a campanha eleitora de 2018. 

A defesa do deputado ainda não se manifestou sobre o requerimento feito à PGR. O órgão deverá avaliar a solicitação dos parlamentares, juntamente com as informações levantadas pela reportagem investigativa.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino satirizou o deputado federal André Fernandes (PL), durante audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça realizada nesta terça-feira (28), na Câmara dos Deputados, em Brasília, por possível 'fake news' sobre o Jusbrasil, empresa privada de tecnologia jurídica.

O deputado André Fernandes afirmou que o nome de Flávio Dino aparece 277 vezes no Jusbrasil. Em resposta, o ministro ironizou que vai usar a fala do deputado “como anedota, como piada” na sala de aula, e que ele havia acabado “de entrar no meu livro de memórias”. “O Jusbrasil, quando bota o nome, não aparece os nomes de quem responde ao processo. Aparece o nome de quem pediu direito de resposta à Justiça, de quem foi requerido num pedido de resposta, de quem registrou a candidatura, de quem prestou contas à Justiça Eleitoral, foi testemunha num processo”, explicou. 

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“A essas alturas, dizer, com base no Jusbrasil, que eu respondo a 277 processos, se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a terra é plana. E, claro que, olhando nos seus olhos, eu vejo que o senhor sabe que a terra é redonda. Então, assim como o senhor sabe que a terra é redonda, nunca mais repita essa mentira, essa fake news”, afirmou Dino. 

Um carro caiu no no espelho d'água em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, no começo da noite desta terça-feira (21). O motorista do automóvel trabalha para o deputado federal Marcos Tavares (PDT/RJ) e tentava fazer uma manobra de retorno para buscar o parlamentar.

Ele disse que se confundiu com a sinalização e, pensando que o espelho d'água fosse uma via, caiu na vala. Choveu durante praticamente toda a tarde em Brasília e, no momento do acidente, o terreno estava muito molhado e a luminosidade, baixa. 

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O motorista conseguiu sair do carro com a ajuda de um militar do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sem ferimentos, mas foi levado para GSI para se acalmar após o susto.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a ocorrência. O grupamento de buscas e salvamento da corporação também foi chamado para retirar o carro do local.

O deputado federal Luciano Vieira (PL-RJ) esteve em um jantar com a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quarta-feira (8), em Brasília. A reunião foi realizada na casa do deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ). 

Segundo o colunista do g1 Octavio Guedes, Vieira esteve com lideranças do PT, como o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, o subsecretário Executivo da pasta Olavo Noleto, e Quaquá. Aliados do presidente como o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Wagner Carneiro, o esposo da ministra do Turismo Daniela Carneiro. 

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Um outro parlamentar que esteve no jantar foi Otoni de Paula (MDB), que sempre foi muito próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo integrando o partido da ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet. 

A aproximação de Luciano com a base de Lula iniciou depois de ter lançado uma candidatura de oposição ao nome indicado pelo PL para ocupar a segunda vice-presidência da Câmara, pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). No entanto, na oposição, Vieira fez campanha para deputados do PT, PCdoB e PSOL. 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a usar seu perfil no Instagram para fazer propaganda de uma marca de camisetas, chamadas “camisetas opressoras”, com jargões da extrema-direita. O parlamentar fez ao menos quatro publicações via stories promovendo as peças, a maioria com dizeres contrários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

O congressista usa uma peça e direciona para o link da loja virtual. Com sede em Caçapava, na Grande São Paulo, a empresa faz camisetas, bonés e canetas voltadas para o público conservador. No site constam a foto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros políticos bolsonaristas usando as camisetas. 

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Essa não é a primeira vez que o filho do ex-presidente Bolsonaro usa as redes para fazer esse tipo de publicidade, que é feita de forma remunerada, geralmente paga a perfis influentes. Em novembro, Eduardo protagonizou uma publicidade de um "shot matinal". O vídeo foi publicado no Instagram de sua esposa, Heloísa. O produto é um suplemento vendido por uma marca nacional que recebe investimento da ex-BBB Adriana Santana. 

À época, o parlamentar foi criticado. "Baita preocupação do Deputado, país pegando fogo e ele aí fazendo propaganda....", escreveu uma internauta na publicação. Em novembro, Eduardo Bolsonaro foi alvo de críticas após ser flagrado em viagem ao Catar, durante a Copa do Mundo. Ele também foi criticado por estar envolvido em gastos indiscriminados no cartão corporativo do Planalto, sob privilégio de ser filho do então presidente. 

 

Com um salário de R$ 19 mil mensais, o ex-deputado federal Onyx Lorenzoni (PL-RS) se aposentou pela Câmara dos Deputados. A aposentadoria foi publicada na edição dessa terça-feira (7) do Diário Oficial da União. O montante a ser recebido pelo ex-parlamentar é referente a 17 anos de contribuição durante cinco mandatos consecutivos, no período de 2003 e 2023. Além dele, também foram agraciados com aposentadorias os ex-deputados Gonzaga Patriota (PSB-PE) e Herculano Passos (Republicanos-SP).
Onyx, que foi um dos pilares do governo de Jair Bolsonaro (PL), ficou afastado boa parte de seu quinto mandato de deputado federal para ocupar ministérios, tendo passado pela Casa Civil, Cidadania, Secretaria-Geral, e Trabalho e Previdência. Lorenzoni também foi candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, nas últimas eleições, mas saiu derrotado por Eduardo Leite (PSDB).
Durante a campanha, o então candidato se envolveu em novas polêmicas, e chegou a ser acusado de homofobia. Leite, seu adversário, é homossexual e público sobre o seu relacionamento com o médico Thalis Bolzan. Onyx chegou a se recusar a apertar a mão do adversário político em debates. Ele também promoveu discurso negacionista contra a vacina da Covid-19.

 

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Eleitos e eleitas no dia 2 de outubro de 2022 para representar Pernambuco na Câmara dos Deputados, em Brasília, os parlamentares tomam posse nesta quarta-feira (1º), às 10h, no plenário Ulysses Guimarães, para integrar a 57ª Legislatura da Casa. A maioria dos representantes do Estado já estão em Brasília cumprindo agenda antes mesmo de iniciar o mandato oficialmente. 

A deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) foi a segunda mais votada de Pernambuco, com 240.511 votos. Ela publicou uma foto no Aeroporto Internacional dos Guararapes na tarde desta terça-feira (31), a caminho da cidade satélite com a filha Alice, o pai e a mãe. “Agora no aeroporto a caminho de Brasília para iniciarmos mais etapa de muitos desafios e grandes conquistas”. 

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Já o deputado federal eleito Pedro Campos (PSB), já está em Brasília cumprindo agenda, assim como a deputada federal eleita Maria Arraes (Solidariedade), a deputada federal eleita Iza Arruda (MDB). 

Os deputados federais reeleitos Silvio Costa Filho (Republicanos), Túlio Gadêlha (Rede), Carlos Veras (PT), Augusto Coutinho (Republicanos), Eduardo da Fonte (PP), Pastor Eurico (PL), Fernando Monteiro (PP), Felipe Carreras (PSB), também já publicaram nas redes sociais que estão em Brasília trabalhando. 

Como também os deputados federais eleitos Lula da Fonte (PP), Lucas Ramos (PSB), Guilherme Uchoa Junior (PSB), Coronel Meira (PL), Mendonça Filho (União Brasil), já estão na Câmara Federal. 

 

Os deputados federais eleitos neste ano gastaram 40% mais, já descontada a inflação do período, do que os colegas que conseguiram uma cadeira na disputa de 2018, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na eleição de outubro passado, os parlamentares investiram em média R$ 1,8 milhão para se eleger, ante R$ 1,3 milhão de quatro anos atrás.

Os valores totais de despesas declarados pelos deputados federais eleitos ao TSE variam de R$ 64 mil a R$ 3,4 milhões. A campanha que mais gastou - os R$ 3,4 milhões acima - foi a do paulista Arnaldo Jardim (Cidadania), reeleito com 113.462 votos válidos. Ele foi seguido de dois parlamentares do União Brasil: Fábio Garcia (MT), ex-senador que investiu R$ 3,3 milhões, e Mendonça Filho (PE), ex-ministro e ex-deputado federal, com R$ 3,2 milhões.

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Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Bruno Schaefer, um dos motivos para o crescimento das despesas pode ser o aumento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundo eleitoral, que saltou de R$ 1,7 bilhão em 2018 (valor nominal) para R$ 4,9 bilhões em 2022. "O incremento das despesas de campanha pode ser entendido pelo aumento do fundo eleitoral entre as eleições. Isso aumenta o custo geral da campanha", disse.

Schaefer afirmou ainda que uma eleição competitiva, como foi o caso dessa, pode também incitar um maior gasto para conseguir se eleger.

Segundo dados do TSE, as receitas de campanha declaradas pelos deputados federais eleitos mostram que 77,6% dos valores arrecadados vieram do fundo eleitoral, enquanto 16,8% são de outros recursos, como doações de pessoas físicas e dos próprios candidatos. Os valores originários do Fundo Partidário, aquele que a legenda recebe para despesas de custeio para funcionamento e pode repassar aos candidatos, representam 5,6% de todo o montante das receitas.

O aumento do valor das campanhas também pode ser explicado por um fator institucional que tornou mais acirrada a disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados: a cláusula de barreira. A norma exige que os partidos atinjam um número mínimo de parlamentares eleitos para ter acesso ao horário eleitoral gratuito, ao Fundo Partidário e ao fundo eleitoral.

"Esse tipo de medida, que foi adotada para fortalecimento de partido, fortaleceu também a Câmara dos Deputados, porque colocou os olhos dos partidos mais sobre esse tipo de cargo, já que os votos na Casa têm implicações para a manutenção do recebimento do recurso e sua quantidade", disse Graziella Testa, cientista política e professora da FGV.

Reeleição é mais cara

 

Os valores investidos pelos candidatos foram diferentes entre os que concorreram pela reeleição e os que não tinham mandato. Neste ano, quem buscava a recondução ao cargo desembolsou R$ 2,1 milhões, ante R$ 1,5 milhão dos novatos.

O cientista político Rodrigo Prando, professor do Mackenzie, explicou que essa diferença nas despesas é esperada, pois os parlamentares que buscam reeleição têm uma influência que pode lhes render investimento da sigla, algo que é mais difícil para os iniciantes. "A manutenção do poder é fundamental tanto quanto a conquista. Primeiro, você conquista o poder e depois você luta pela manutenção", afirmou. "Quem conquista o poder tem de mantê-lo e a manutenção custa mais caro. Os iniciantes têm barreiras a serem transpostas e os outros, não, pois possuem força política para trazer mais recursos dentro do partido ou indiretamente."

Para 2023, a Câmara dos Deputados terá 55% dos parlamentares reeleitos.

Mesmo com o aumento do peso das mídias digitais nas campanhas eleitorais, a maior despesa das campanhas dos candidatos eleitos foi com a produção de programas de rádio, televisão e vídeo, com gasto médio de R$ 34 mil. As despesas com impulsionamento e criação de páginas na internet ficaram em torno de R$ 12 mil cada uma.

Os deputados eleitos também investiram nos métodos de comunicação mais tradicionais para alcançar o eleitor. Os gastos médios com publicidade de carros de som e produção de jingles, vinhetas e slogans ficaram entre R$ 10 mil e R$ 9 mil, respectivamente. A produção de materiais impressos custou, em média, R$ 6 mil para os parlamentares, enquanto os investimentos em adesivos ficaram, em média, em R$ 5 mil. Na publicidade em jornais e revistas, houve um desembolso de R$ 3 mil.

Diferenças regionais

 

Os valores para se eleger para a Câmara se alteram também conforme o Estado. Para conquistar um mandato pelo Paraná, por exemplo, o candidato precisou investir, em média, R$ 2,2 milhões, maior valor dentre as federações. Na outra ponta do ranking está o Amapá, Estado que teve o menor valor médio, de R$ 678 mil.

Nos três Estados com maior eleitorado e mais cadeiras na Casa, os investimentos para se eleger foram altos.

Em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do País, com 16,2 milhões de eleitores, a disputa por uma cadeira custou, em média, R$ 2 milhões. Em São Paulo, Estado com mais eleitores (34,6 milhões), o valor chegou a R$ 1,9 milhão. No Estado do Rio, com 12,8 milhões de eleitores, a despesa média do candidato eleito a uma vaga na Câmara foi de R$ 1,6 milhão.

Em nota, Mendonça Filho, terceiro no ranking dos deputados eleitos que mais gastaram, afirmou que a lei eleitoral foi cumprida rigidamente, tanto no processo de arrecadação, quanto no de gastos de sua campanha e que o volume de gastos foi proporcional ao valor arrecadado.

Procurados, Arnaldo Jardim e Fábio Garcia, os líderes em gastos, não responderam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em clima de despedida, o deputado federal Alexandre Frota (sem partido), de 59 anos, usou suas redes sociais, nesta sexta-feira (4), para celebrar o resultado das eleições e a derrota do atual governo. O parlamentar disse ter cumprido o seu dever de trabalhar duro para tirar o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), do Planalto. Eleito em 2018 ao Congresso, o ator era parte da cúpula bolsonarista e tornou-se congressista sob o discurso anticorrupção. 

Nas eleições deste ano, Frota não obteve sucesso. Ele tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo e continuou a campanha sem partido, após deixar o PSDB por divergências políticas com os apoios no estado. Hoje oposição a Bolsonaro, o deputado perdeu boa parte do seu eleitorado inicial e não conseguiu conquistar popularidade suficiente para seguir carreira alinhado à esquerda paulista. A priori, Alexandre Frota chegou a ser indicado para o Ministério da Cultura do atual presidente. 

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“Como ficará a cara dessa gente quando souberem que Bolsonaro vai ao Planalto para cumprimentar Alckmin, que coordenará transição de Lula”, escreveu Frota horas antes. Ele também criticou os atos antidemocráticos nas rodovias do país e comentou as possíveis indicações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Cultura. 

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL) se apropriou do discurso de Lula (PT) no dia do resultado das eleições, a partir de informações falsas, para falar que não haverá avanços de pautas progressistas no governo do petista. 

“Perdemos a eleição, mas não perdemos a guerra. O primeiro discurso de Lula eleito prova isso, que a igreja saiu vitoriosa porque mostrou a sua força e unidade. Provocamos o mal e ele se manifestou. Puxamos a língua de Lula e ele falou que pensa pela primeira vez sobre aborto, droga, igreja. Acredito que o judiciário também recebeu o recado do povo cristão”, disse, em vídeo publicado no seu Instagram. 

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O pastor garantiu que os assuntos ficarão “adormecidos” porque “não terão coragem de falar em insanidades”. “No discurso de ontem [do domingo], além de falar em Deus e reconhecer a liberdade religiosa, falou de todas as minorias que supostamente defendem, menos dos LGBTS. Por que será? Perceberam? Não haverá avanço dessas pautas porque elegemos o Congresso mais conservador do Brasil. Logo, se tentarem emplacar a pauta da destruição da família cristã, teremos força para barrá-la. Se vierem pelo judiciário, lutaremos com todas as forças que temos”, disse. 

O resultado destas eleições de 2022 demonstraram que o eleitor e a eleitora vêm escolhendo opções mais à direita e radicalizadas para lhes representar, e não seria diferente em Pernambuco, que elegeu 25 deputadas e deputados para representar o Estado em Brasília. O alinhamento com Bolsonaro se dá quando, por exemplo, André Ferreira, do Partido Liberal, o mesmo de Bolsonaro, foi o deputado eleito com mais votos, sendo 273.267 ao total, tendo Clarissa Tércio (PP) em segundo lugar, com 240.511 votos.

Houve algumas modificações no quadro plausíveis de serem destacadas como, por exemplo, o aumento do número de mulheres, que foi de uma para três, e a perda de atores importantes para Pernambuco, como Daniel Coelho.

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O fato de termos André Ferreira e Clarissa Tércio em primeiro e segundo lugar demonstra, de acordo com o cientista político da UFPE, Arthur Leandro, que a identificação religiosa e o espaço institucional das igrejas são elementos importantes para a conquista e organização do eleitorado. “As casas legislativas do Brasil, em geral, e de Pernambuco em particular, estão mais à direita hoje do que há 10 anos, é absolutamente plausível a hipótese de que o eleitorado, em média, esteja mais conservador”, explicou. 

Para ele, isso acontece pelo crescimento da população evangélica no País, “em um país em sensível transição religiosa, o impacto das denominações evangélicas que praticam a chamada ‘teologia do domínio’ tende a ser relevante. A maior inserção política decorre disso”. “Historicamente, candidatos ligados a denominações como as Assembleias de Deus nem precisam fazer campanha fora da igreja: bastava contar com o apoio das lideranças”, detalhou.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha, de 2003 a 2016 a quantidade de evangélicos no Brasil cresceu 129%, ou seja: três a cada 10 brasileiros com 16 anos ou mais eram evangélicos. Em 2020, eram aproximadamente 12,4 milhões de jovens entre 16 a 24 anos que se declararam evangélicos. 

“Há grupos evangélicos bastante organizados, politicamente atuantes na sociedade brasileira, e têm total direito de serem representados. Isso é um desafio para agremiações políticas organizadas de modo convencional, como o PT. Os representantes políticos do segmento evangélico, principalmente dos evangélicos pentecostais, costumam ter como bandeira pública uma agenda de costumes tradicionais para o conjunto da sociedade, mas não defendem, de resto, programa partidário muito claro ou coeso, constituindo o que se chama de ‘Centrão’ na política brasileira”, afirmou o especialista.

Numa análise sobre a bancada de Pernambuco na Câmara dos Deputados, o cientista político Alex Ribeiro afirmou que o Centrão saiu vitorioso no Estado. “PP, União Brasil e PL ficaram fortalecidos. O PSB perdeu força. Vale lembrar também que atores políticos considerados de extrema direita como Clarissa Tércio, ficaram mais em evidência e, como em outras partes do país, estão em franca ascensão no cenário político”, disse Alex.

Por sua vez, Arthur Leandro detalhou que o Centrão não preza por articulação partidária orgânica, não tem programa claro em relação às políticas públicas para o Brasil. “Ele tem uma visão pontual sobre temas específicos, como eutanásia, pesquisas com células-tronco, aborto, uso de drogas, direito dos LGBTQIA+, etc. Por outro lado, não tem posições muito claras sobre temas como preservação ambiental, política tributária, legislação social, relações exteriores, etc.”. 

“Esse grupo tem uma conexão muito boa com a sua base. Não sei dizer se é bom ou ruim, mas sinaliza com alguma orientação política refletida hoje no Congresso Nacional, tanto que o partido que teve maior bancada foi o PL, que é o partido do presidente da República e não tem agenda nenhuma efetivamente do ponto de vista de uma orientação programática para o País”, observou Arthur Leandro. 

Do seu ponto de vista, Bolsonaro não é um “conservador no sentido original do termo”. “Os conservadores mundo afora são institucionais, defensores do estado de direito, das liberdades individuais, do poder local, dos laços comunitários, do meio ambiente”, explicou, ao ser questionado sobre a onda do conservadorismo no Brasil. 

Mesmo com Lula (PT) tendo somado pouco mais de 48% dos votos, ante 43% de Bolsonaro, com um segundo turno relativamente apertado, diferente do que mostravam as pesquisas, o professor de ciência política observa que Lula deve fazer um governo “muito difícil”. “Acho que Lula tem chances reais de ganhar. O Congresso  hoje controla o orçamento, e o Centrão controla o Congresso. Há uma crise fiscal muito séria em curso. Além disso, o bolsonarismo está vitaminado”, ponderou.









Representantes de Pernambuco na Câmara dos Deputados:

André Ferreira (PL): 273.267 votos

Clarissa Tércio (PP): 240.511 votos

Pedro Campos (PSB): 172.526 votos

Silvio Costa Filho (Republicanos): 162.056 votos

Fernando Filho (União Brasil): 155.305 votos

Waldemar Oliveira (Avante): 141.386 votos

Túlio Gadelha (Rede): 134.391 votos

Carlos Veras (PT): 127.482 votos

Eduardo da Fonte (PP): 124.850 votos

Clodoaldo Magalhães (PV): 110.620 votos

Maria Arraes (Solidariedade): 104.571 votos

Iza Arruda (MDB): 103.950 votos

Augusto Coutinho (Republicanos): 101.142 votos

Pastor Eurico (PL): 100.811 votos

Fernando Monteiro (PP): 99.751 votos

Eriberto Medeiros (PSB): 99.226 votos

Lula da Fonte (PP): 94.122 votos

Lucas Ramos (PSB): 85.571 votos

Guilherme Uchoa Junior (PSB): 84.592 votos

Coronel Meira (PL): 78.941 votos

Felipe Carreras (PSB): 76.528 votos

Mendonça Filho (União Brasil): 76.022 votos

Luciano Bivar (União Brasil): 74.425 votos

Fernando Rodolfo (PL): 60.088 votos

Renildo Calheiros (PCdoB): 59.686 votos

O caminhoneiro bolsonarista conhecido como Zé Trovão foi eleito como deputado federal com 71.140 votos em Santa Catarina. Após ficar foragido e romper com Jair Bolsonaro, ele foi preso com tornozeleira eletrônica, reatou com o presidente e se elegeu pelo mesmo partido. 

Líder do movimento que foi à Brasília para pressionar pelo voto impresso e pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), Marcos Antônio Pereira Gomes foi preso em outubro do ano passado. A prisão foi decretada às vésperas do ato de 7 de setembro, mas ele fugiu para o México, onde ficou foragido por mais de um mês. 

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Em dezembro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a substituição da pena pelo regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Até hoje com o dispositivo na perna, o deputado eleito ficou conhecido pelo eleitorado bolsonarista por vídeos no YouTube em defesa ao presidente e conseguiu conquistar 1,79% do voto catarinense. 

Dos 9.757 candidatos a deputado federal aptos para disputar a eleição neste domingo, 485 exerceram o mandato na Câmara dos Deputados nesta legislatura e são candidatos à reeleição. Esse número equivale a 81% da composição da Câmara, considerando-se o total de deputados que tomaram posse nos últimos quatro anos, que somam 598. A composição da Câmara é de 513 deputados.

Diversos motivos podem provocar o afastamento permanente ou temporário dos deputados dos seus mandatos. Entre as causas mais comuns estão licença ou renúncia para exercer cargo no Poder Executivo ou para concorrer nas eleições municipais ou licença médica. As vagas são ocupadas pelos suplentes, pela ordem dos mais votados dentro de cada partido ou coligação (que existiu até a eleição passada).

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Entre os suplentes, alguns podem ser efetivados no cargo, quando o afastamento do titular é definitivo, e outros podem exercer o mandato temporariamente, retornando à suplência quando o titular volta ao cargo.       

DEPUTADOS CANDIDATOS

* Da Redação/WS/Agência Câmara de Notícias

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) apresentou, na última sexta-feira (16), uma queixa-crime à justiça militar contra o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Defesa, o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pelo suposto crime de prevaricação. Prevaricar é retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente a própria função diante da administração pública. 

Ao Superior Tribunal Militar (STM), Jefferson alegou que Bolsonaro e Sérgio Nogueira se omitiram ao não intervir no Senado Federal para obrigá-lo a apreciar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A queixa-crime também diz que os dois membros do Governo Federal se omitiram ainda ao permitir que o inquérito das fake news continuasse correndo no Supremo Tribunal Federal (STF). 

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O parlamentar cita o artigo 142 da Constituição Federal, para argumentar que o Supremo tem perseguido pessoas inocentes de forma arbitrária. O artigo diz que as Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) são instituições nacionais, sob a autoridade suprema do presidente da República, e “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. 

“Dessa forma, fica perfeitamente demonstrada a materialidade, culminando na imediata imputação dos réus, advertência deste MM. Juízo para que ocorra a imediata aplicação do disposto no art. 142 da Constituição da República Federativa do Brasil, na manutenção da ordem legal, exercendo as forças armadas em seus respectivos dirigentes o dever de polícia dos poderes do qual lhe impõe a Constituição da República Federativa do Brasil vigente, sob pena de não o fazendo, incorrer em tipo Penal do art. 319 do CPM”, escreveu o advogado André Lucena, que representa Roberto Jefferson. 

A queixa-crime foi entregue ao Ministério Público Militar (MPM), que encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras. No Superior Tribunal Militar, o STM, a tarefa de relatar o caso foi entregue à ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha. 

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Entre os 9.909 candidatos a deputado federal inscritos nas eleições deste ano, quase 2 mil nasceram em um estado diferente do domicílio eleitoral em que disputam uma vaga de deputado federal. O levantamento foi feito pela Agência Câmara com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

São Paulo é o principal destino dos candidatos migrantes, tendo 355 candidatos que vieram de outros estados. Também é a unidade da Federação que mais exporta políticos: 251 paulistas estão disputando vagas em outros estados.  Já Minas Gerais tem um saldo negativo. Enquanto 196 mineiros disputam vagas em outros estados, apenas 101 migrantes tentam se eleger por Minas. 

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Regiões

As regiões Norte e Centro-Oeste também atraíram um grande número de candidatos migrantes. Comparando o saldo entre os candidatos que deixaram e chegaram a cada estado, a lista é liderada por Roraima (85 candidatos), Tocantins (63), Rondônia (61), Mato Grosso (47), Distrito Federal (45), Amapá (41) e Goiás (33). 

Na outra ponta, o Nordeste tem alguns dos maiores exportadores de candidatos, com Bahia, Pernambuco e Ceará entre as principais origens de políticos que tentam uma vaga em outros estados. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Dos 10.619 candidatos inscritos para disputar uma vaga de deputado federal, 710 foram considerados inaptos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outros 552 ainda aguardam julgamento. Com isso, 9.357 candidatos estão aptos no momento, ainda que 328 deles tenham julgamento p endente ou estejam fundamentados em um recurso à Justiça Eleitoral. 

Terminou nesta segunda-feira (12) o prazo para julgamento de pedidos de candidatura pelos tribunais regionais eleitorais, e as decisões foram publicadas pelo TSE. Segundo o tribunal, o candidato inapto não tem habilitação para ser votado na urna eletrônica. Caso o eleitor digite o número de um candidato inapto, o voto será nulo. 

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Das candidaturas a deputado federal consideradas inaptas, 368 foram indeferidas pela Justiça Eleitoral, ou seja, no julgamento foi decidido que o candidato não reuniu as condições necessárias para obter o registro. Outros 333 renunciaram e 3 morreram. 

Deputados

Entre os candidatos que renunciaram estão três deputados em exercício que desistiram de disputar a reeleição: Geninho Zuliani, Pedro Augusto Bezerra e Tiago Andrino. Destes apenas Zuliani continua candidato, mas ao cargo de vice-governador de São Paulo. Já o deputado Valdevan Noventa, que perdeu o mandato, teve o pedido indeferido. 

Perfil

Dos candidatos inaptos, 478 são homens e 232 mulheres, o equivalente a 33%. O número está abaixo do percentual de candidaturas femininas que foram habilitadas ou    ainda estão em julgamento, de 35%. 

Dos candidatos brancos, 6% foram inabilitados, enquanto esse mesmo número chega a 8% dos candidatos pardos. Já os candidatos autodeclarados pretos estão na média, com 7% das candidaturas canceladas. Dos candidatos com nível superior, 6% foram inabilitados. O índice de cancelamento aumenta para candidatos com nível médio (8%), fundamental completo (8%) ou fundamental incompleto (12%).

  Estados e partidos

O Pros é o partido com o maior número de candidatos inaptos: 126 ou 25%. Outros partidos com muitas candidaturas canceladas são o Agir (49 inaptas ou 13%), PSDB (40 ou 12%) e PRTB (38 ou 11%). 

Os estados da região Nordeste têm proporcionalmente mais candidatos inaptos. A lista é encabeçada por Alagoas, com 24 candidaturas inaptas ou 13%. Em seguida vêm Amapá (12%), Bahia, Ceará, Pernambuco e Goiás, com 11% cada um.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) constatou que dos 513 deputados federais, 446 estão tentando se reeleger neste ano - um índice de 86,93%, considerado o mais expressivo das últimas oito eleições. O levantamento foi feito com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Diap aponta que das 67 candidaturas faltantes, em tese, pode ter acontecido por que os parlamentares desistiram da reeleição ou estão tentando outro cargo eletivo. Como por exemplo os deputados federais Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade) que estão disputando o Governo de Pernambuco este ano. 

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Amapá, Maranhão e Tocantins são os estados que lideram com o registro de 100% de postulantes à reeleição para a Câmara dos Deputados. Em seguida vem o Pará (94,12%), São Paulo (92,86%), Minas Gerais (92,45%), Bahia (92,31%), Ceará (90,91%) e Espírito Santo (90,00%).

Em relação aos partidos, a Rede Sustentabilidade, PCdoB e PSC são os partidos que lançaram todos os seus deputados à reeleição. Já o PT (96,43%), PSD (93,63%), Republicanos (90,91%), PL (90,91%) e Cidadania (85,71%) fecham a lista de partidos que registraram mais recandidaturas proporcionalmente às bancadas em exercício do mandato na Câmara.

O Diap alerta que isso diminui as chances de renovação do parlamento. Além disso, outros fatores que contribuem para a baixa renovação são os acessos ao fundo eleitoral e ao orçamento secreto que possibilitam vantagens políticas na disputa.

Critério

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar considera candidato à reeleição apenas os deputados federais no exercício do mandato no momento do pleito, independentemente de serem titulares, suplentes ou efetivados durante a legislatura.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ofendeu o deputado federal por Minas Gerais, André Janones e candidato à reeleição, “esse cara é um tremendo de um demagogo mentiroso”. “Na época do auxílio emergencial, ele disse ‘por mim, se eu fosse presidente, botava R$ 600”, disse o presidente. 

O deputado federal compartilhou o vídeo nas suas redes sociais nesta segunda-feira (22). “Bolsonaro partindo pra cima de mim e chama quem defende o auxílio emergencial de R$ 600 de idiota”, publicou.

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O ex-cunhado do presidente Jair Bolsonaro (PL), André Siqueira Valle, irmão mais novo de Ana Cristina Siqueira Valle, com quem ele era casado até 2007 e é mãe do filho 04, Jair Renan, contou que o casal guardava “caixas de dinheiro vivo” na mansão da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando Bolsonaro ainda era deputado federal. 

A revelação está no livro “O negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro, escrito pela jornalista Juliana Dal Paiva. “Pô, você não tem ideia de como que é. Um monte de caixas de dinheiro lá. Você fica doidinho”, disse. 

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O livro chegará às livrarias ainda em setembro, mas o trecho que trata sobre a relação de André com Bolsonaro foi divulgado na UOL, pelo jornalista Chico Alves.

O próprio André Valle era peça importante do esquema das rachadinhas que, por anos, arrancou de assessores parlamentares da família, sendo vários deles fantasmas, a maior parte dos seus salários. Ele foi demitido do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados por não devolver o valor acordado ao chefe e cunhado, pois deveria ficar apenas com 10% do montante. 

A história da demissão foi contada pela irmã de André e de Ana Cristina, a fisiculturista Andréa Siqueira Valle. “O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido. Tinha que devolver R$ 6 mil, ele devolvia R$ 2 mil, R$ 3 mil. Foi um tempão assim, até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo”, contou. Ela também admitiu que ela devolveu 90% do salário durante os 10 anos (de 2008 a 2018) em que ficou nomeada no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente. 

Por sua vez, André passou pouco menos de um ano no gabinete do ex-cunhado, mas já havia trabalhado como assessor do vereador Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente. Atualmente ele trabalha com eventos. André e a irmã Andréa estão entre os 18 parentes da família Siqueira Valle que foram nomeados em um dos três gabinetes da família Bolsonaro. À medida que a candidatura de Bolsonaro ganhava visibilidade para o Palácio do Planalto, em 2018, os servidores irregulares iam sendo exonerados. 

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