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Há três anos, no dia 17 de janeiro de 2021, foi vacinada a primeira brasileira contra a Covid-19. A enfermeira Mônica Calazans recebeu a dose da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Atualmente, o desafio é aumentar a cobertura vacinal do público considerado de risco para a doença, conforme avaliam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

O médico infectologista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressaltou que, embora a pandemia de covid-19 tenha sido “debelada”, o vírus continua circulando e ainda há mortes pela doença. “Continuam acontecendo mortes pela Covid-19. Então uma questão importante é atualizar o calendário vacinal”, alertou.

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Durante a pandemia, segundo avaliação do médico, o país passou por momentos muito críticos, como o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e representantes do governo federal, que se posicionavam de forma negacionista e antivacina. Por outro lado, Vecina apontou como positiva a atuação por parte da rede periférica de serviços de saúde pública para conseguir avançar na imunização da população.

“Principalmente a atenção primária [de saúde], que se dispôs e conseguiu avançar muito dentro da possibilidade de vacinação. Apesar da campanha contra, apesar dos negacionistas, nós conseguimos controlar a pandemia graças à expansão da vacinação”, disse.

Primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans contou à Agência Brasil que aquele momento não sai de sua mente. “Eu lembro do momento com muita emoção, me traz a memória [de que] naquele momento a gente estava saindo de uma situação por conta da vacina. Então me traz também muita alegria porque eu estava mostrando para os brasileiros que o que nós temos de seguro para enfrentar a Covid-19 é a vacina”, disse.

“Eu entendo que estava representando os brasileiros, a gente não tinha esperança de nada. E, no dia 17 de janeiro de 2021, eu consegui trazer um pouco de esperança no coração brasileiro. Foi uma questão de muita alegria, emoção misturada com esperança. Foi um fervilhão de sentimentos naquele dia”, acrescentou a enfermeira.

Ela lembra de situações no transporte público ao comparar o período mais crítico da pandemia com o momento atual. “Naquele momento tão crucial, tão traumático, as pessoas tinham medo até de sentar ao seu lado [no transporte], as pessoas não se aproximavam. E hoje não”.

“Hoje você consegue andar sem máscara, você consegue ver o sorriso das pessoas, você pega na mão das pessoas, porque anteriormente você não pegava na mão de ninguém”, comparou. Apesar disso, ela destaca a importância de se manter a vacinação contra a Covid-19 ainda hoje.

Vacinação infantil

O infectologista Gonzalo Vecina Neto ressaltou que atualmente há uma baixa cobertura de vacinação de crianças. “A mortalidade está muito elevada nas crianças abaixo de 5 anos por causa da baixa cobertura”, acrescentou. As variantes que estão circulando atualmente têm uma grande capacidade de disseminação, mas uma mortalidade mais baixa. No entanto, a doença pode ainda acometer de forma grave especialmente os grupos que têm menos defesas imunológicas.

Tais grupos são os idosos, crianças pequenas, gestantes e portadores de comorbidades. “Esses grupos têm uma fragilidade do ponto de vista de enfrentar imunologicamente o invasor no corpo, por isso eles se beneficiam da vacina. Particularmente esses mais frágeis, ao terem a doença, tem uma maior possibilidade de hospitalização e de morte”, explicou Vecina.

De acordo com Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, a tendência é que se faça a vacinação anual especialmente para os grupos de maior risco, utilizando vacinas que consigam dar proteção contra as novas variantes do vírus causador da doença.

“O que a gente aprendeu com a Covid-19 é que o vírus vai tendo pequenas mutações, ele vai mudando a sua genética, vai escapando da nossa imunidade. Isso é um processo contínuo. Então, muito mais importante do que você me contar quantas doses de vacina de covid-19 você tomou nesses últimos três anos, a minha pergunta seria quando foi a sua última dose e qual vacina você tomou. Se você tiver uma dose atualizada, é suficiente”, explicou.

A infectologista destacou que, nos Estados Unidos, já está disponível a vacina mais atualizada, uma monovalente que combate a variante XBB da doença. “O Brasil está usando a bivalente [que combate cepas anteriores], dentro do país é a mais atual, mas não é a mais atualizada disponível no mundo. A gente julga que, neste momento, seria importante o Brasil adquirir essa vacina monovalente atualizada no lugar da bivalente”, defendeu.

Para Richtmann, um dos principais desafios a serem enfrentados neste momento é justamente a vacinação de crianças pequenas, a partir de seis meses de idade, considerado grupo de risco para a doença. Ela ressalta que adultos e crianças maiores chegaram a ter a doença ou tomar a vacina, o que garante alguma proteção contra o vírus.

“Há um desafio para vacinar essa população, porque é uma população virgem de proteção, eles não têm proteção nem adquirida, nem através da vacinação”, disse. Ela reforça a importância de a vacinação de crianças contra a Covid-19 fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “No ano passado, tivemos 135 mortes de crianças, é um número que poderia ter sido prevenido através de vacinação”, acrescentou.

Ministério da Saúde

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 no Brasil começou em 18 de janeiro de 2021, após a aprovação para uso emergencial das vacinas Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Fiocruz, no dia anterior, informou o Ministério da Saúde (MS), acrescentando que o êxito da campanha foi possível mediante o envolvimento das três esferas de governo.

Até o momento há cinco vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e em uso no Brasil: duas com autorização para uso emergencial (CoronaVac/Butantan e Comirnaty bivalente Pfizer) e três com registro definitivo (AstraZeneca/Fiocruz, Janssen-Cilag e Comirnaty Pfizer/Wyeth). No país, as vacinas covid-19 continuam disponíveis e são recomendadas para a população geral a partir dos 6 meses de idade.

“Em fevereiro de 2023, juntamente com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, foi iniciada a estratégia de vacinação para grupos prioritários com a vacina bivalente e com a recomendação de dose de reforço para essa população a partir de 12 anos. Ainda em 2023, essa estratégia foi incorporada ao Calendário Nacional a vacinação para o público infantil de 6 meses a menores de 5 anos”, disse a pasta, em nota.

Na avaliação de cobertura vacinal, para o esquema primário de duas doses, com as vacinas monovalentes, o MS registra uma cobertura de 83,86%, desde o início da campanha em janeiro de 2021 até janeiro de 2024.

“É importante destacar que, à medida que forem obtidas novas aprovações regulatórias e as vacinas adaptadas às novas variantes, o Ministério vai adequando as necessidades assim que os imunizantes estiverem disponíveis no país por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), seguindo as recomendações e atualizando os esquemas de vacinação”, diz a nota.

A governadora Raquel Lyra afirmou que um dos maiores desafios da sua gestão em 2023 foram as obras paralisadas e enalteceu a retomada de algumas intervenções públicas inacabadas em Pernambuco. Com entregas de habitacionais na capital e no interior, retomada de obras como a do Canal do Fragoso, em Olinda, do Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru, e reorganização do escopo de intervenções como a da pista do Aeroporto de Fernando de Noronha e da triplicação da BR-232, na saída do Recife, entre outras, o Governo do Estado recolocou as obras entre as prioridades, garantindo investimentos só esse ano de mais de R$ 650 milhões. 

“Obra iniciada e paralisada foi um dos maiores desafios que encontramos em Pernambuco e significa um volume gigantesco de desperdício de recursos públicos. No nosso governo, temos o compromisso de anunciar uma obra só quando temos os recursos garantidos. Isso significa planejamento e responsabilidade com o gasto público. Obra é para começar, se construir e entregar à população. Nosso time conseguiu destravar muitos entraves, como na Estrada da Muribeca, na triplicação da 232 e no Hospital da Mulher de Caruaru, ações que estão em andamento para entrega nos próximos meses”, disse a governadora Raquel Lyra. 

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O Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru, foi uma das obras retomadas, onde somente neste ano o Governo de Pernambuco já investiu R$ 18 milhões. A unidade contará com 174 leitos, sendo 20 de UTI neonatal e outros 17 de UCI neonatal. A obra deveria ter sido entregue em 2015, mas diversas paralisações atrasaram completamente o cronograma. Com a nova gestão, os trabalhos foram reiniciados e a previsão de entrega agora é em março de 2024. 

“Esse é um passo enorme que damos no processo de interiorização da saúde, que é uma marca do governo Raquel Lyra. É um avanço para toda a região, a unidade vai atender pacientes de vários municípios, reduzindo as distâncias para um atendimento de maior complexidade”, afirmou a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti. Outro exemplo de obra que estava inacabada e foi retomada e entregue este ano foi o novo ambulatório do Hospital Agamenon Magalhães, no Recife, esperado desde 2013. Com investimentos de R$ 25 milhões, o novo ambulatório passou de 25 para 43 salas disponíveis.

Na Região Metropolitana do Recife, um exemplo de retomada foi em relação à obra do Canal do Fragoso, fruto de uma articulação junto ao governo federal. Em agosto, a fase 5 do projeto foi incluída pelo governo federal no Novo PAC, com recursos de cerca de R$ 130 milhões, em fase de licitação pelo Governo do Estado. O trecho prevê o alargamento e revestimento do Canal do Fragoso, no trecho da ponte de Rio Doce até a Ponte do Janga, e 1,1 quilômetro de vias marginais.

A entrega de habitacionais também foi uma prioridade. Em julho, foram entregues 232 unidades do Residencial Mulheres de Tejucupapo, no bairro da Iputinga, no Recife. As obras, iniciadas em 2011, receberam R$ 16 milhões em investimentos, com recursos do Governo Federal e do Tesouro Estadual. Também foram entregues, ainda em abril, o Habitacional Canal do Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, com 272 unidades, também inacabado há dez anos, e o Residencial Severino Quirino, em Caruaru, que recebeu R$ 970 mil para conclusão, entregando 192 unidades. 

Na área de transportes, as tratativas para o início das obras de requalificação da pista do aeroporto do Arquipélago de Fernando de Noronha foram bem sucedidas e mais de 60% do material já foi transportado para Noronha. A previsão é que as obras sejam realizadas entre fevereiro e abril do próximo ano. Para o destravamento da triplicação da BR-232, o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) reestimou o contrato, colocando de volta no escopo da obra itens excluídos em 2022, como a passarela para pedestres e a ciclovia. Agora, com um aditivo assinado, aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), as obras serão aceleradas e concluídas até abril. 

Com recursos do empréstimo do Banco do Brasil num total de R$ 900 milhões, a requalificação das rodovias pernambucanas saiu do estágio das promessas para a concretização das realizações. Iniciativas prometidas e com ordem de serviço assinadas há tempo foram contempladas com a retomada real dos serviços, a exemplo da Estrada de Muribeca (PE-17), em Jaboatão dos Guararapes, da requalificação da PE-15, em Olinda, da PE-45, ligando Escada a Vitória de Santo Antão e da APE-009, que liga Nossa Senhora do Ó a Muro Alto, sendo fundamental para a infraestrutura do turismo no Litoral Sul.

*Da assessoria de imprensa

O uruguaio Luis Suárez demonstrou toda sua alegria, ao falar pela primeira vez como jogador do Inter Miami, equipe na qual vai atuar as duas próximas temporadas ao lado do argentino Lionel Messi, com quem teve momentos gloriosos no time do Barcelona.

"Estou muito feliz e animado para encarar esse novo desafio com o Inter Miami. Mal posso esperar para começar e estou pronto para trabalhar para tornar realidade o sonho de conquistar mais títulos com este grande clube. Estou otimista sobre o que podemos alcançar juntos com a nossa ambição partilhada", disse Suárez.

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"Darei tudo de mim para levar alegria a esses grandes torcedores de quem tanto ouvi falar e estou ansioso para me reunir com grandes amigos e jogadores. Também estou ansioso para conhecer meus novos companheiros de equipe e treinadores", completou.

O clube também comemorou o acordo. "Estamos felizes em receber o atacante de classe mundial Luis Suárez em nosso clube. Luis é um competidor feroz cuja vontade de vencer representa o que queremos dos nossos jogadores. Prometemos aos nossos torcedores que iríamos buscar os melhores jogadores do mundo para construir um elenco que pudesse competir nos mais altos escalões das Américas, afirmou o proprietário-gerente Jorge Mas.

"Saindo de uma temporada premiada no Brasil, Luis será uma adição importante ao nosso elenco. Continuaremos ambiciosos e sempre nos esforçaremos para buscar a liberdade de sonhar", completou Mas.

"Estamos muito satisfeitos por ter um jogador com a qualidade e paixão de Luis pelo jogo no nosso clube. Ele se junta a um time que está inspirando a próxima geração e estamos ansiosos para vê-lo entrar em campo com ex-companheiros de equipe e jovens jogadores da nossa Academia", disse o coproprietário David Beckham.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - carta de princípios a ser seguida no mundo inteiro para garantir vida digna a todas as pessoas - completou 75 anos nesse domingo (10). O texto foi aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU), criada na época e ainda abalada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial. Anos depois, ainda é um desafio para muitos alcançarem os parâmetros estabelecidos pelo documento.  

“Se realmente existem os direitos humanos, por que não estão na prática? Por que não servem para todo mundo? Para o índio? Para os quilombolas? Cadê nossos direitos?! Onde foram parar?!”, questiona Gleide Farias, líder comunitária de Porto de Areia, favela que fica em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, a cidade mais rica do Brasil. “O direito está aí, que é para todos terem moradia digna neste Brasil, e é por isso que sou uma liderança.” 

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Em Porto de Areia vivem cerca de mil famílias que convivem com falta de infraestrutura, saneamento, água e energia. A comunidade surgiu no início dos anos 2000, depois que as famílias perderam tudo em um incêndio em outra favela, no centro de São Paulo. A saída foi ocupar o terreno vazio entre uma antiga cava de mineração e um lixão. Lutar por direitos faz parte do cotidiano da comunidade, direitos que, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, já deveriam estar assegurados, de acordo com o compromisso firmado há 75 anos pelos países que integram as Nações Unidas, entre eles o Brasil. 

“É de primordial importância que tenhamos em mente o caráter básico desse documento. Não é um tratado. Não é um acordo internacional. Não é e não pretende ser uma declaração de lei ou obrigação legal”, declarou Eleonor Roosevelt no dia da aprovação do texto em 10 de dezembro de 1948. A ex-primeira dama dos Estados Unidos presidiu a comissão que elaborou a declaração. Coube a ela explicar o caráter do documento: não se trata de uma lei, mas de um compromisso. 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada por 50 dos 58 países que integravam as Nações Unidas naquele momento. Oito se abstiveram e ninguém votou contra. 

Direitos

A declaração conta com 30 artigos. O primeiro garante que todos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. O segundo explica que esses direitos não distinguem raça, cor, sexo, idioma, religião ou opinião política. Depois garante que todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança, e que ninguém pode ser escravizado e nem ser submetido a tortura. Ninguém pode ser detido, preso ou desterrado arbitrariamente. E todos têm direito a julgamentos justos nos tribunais.

O texto também diz que as pessoas têm direito à propriedade e que os espaços privados não podem ser violados. Garante ainda que todos têm direito a uma nacionalidade, a circular livremente e eleger seus representantes e que, em caso de perseguição, de buscar asilo. Prevê ainda que as pessoas têm direito a se casar, desde que na idade adequada. Que o direito à liberdade de pensamento e religião é garantido, assim como à livre opinião e livre associação.

A declaração destaca que cada pessoa tem direito à segurança social, à cultura e às artes, à educação, ao trabalho livre e ao descanso, e a condições de vida adequadas com casa e comida que garantam a saúde e o bem estar. E determina como obrigação o respeito aos direitos dos outros seres humanos. 

Para todos e todas

“É uma declaração de princípios básicos de direitos humanos e liberdades que deve servir como padrão para todos os povos de todas as nações”, completou Eleonor Roosevelt. Mas nem todos conseguem ter acesso a esse padrão. 

“A gente mora numa comunidade. Cadê o direito à água? Cadê o direito à luz? Cadê o direito dos meus filhos, dos filhos dos meu vizinho de ter uma escola boa? Cadê? Onde foram parar esses direitos?”. As questões de Gleide mostram os desafios que não só o Brasil, mas o mundo todo, precisa enfrentar para fazer valer o documento.

Isso não significa, no entanto, que só porque nem tudo o que foi escrito virou realidade, a declaração não seja importante. Pelo contrário. “Eu acho que a gente tem que entender, em primeiro lugar, que direito não é algo em essência. Direito é uma conquista coletiva ou é um processo coletivo de reconhecimento. Às vezes, a gente pensa que o direito é algo que está dado, que é facilmente reconhecido e não é”, diz o historiador e ativista Marcos Tolentino, pesquisador de direitos humanos, gay e HIV positivo. 

Tolentino destaca que, entre a teoria e a prática, é preciso que existam pessoas como a Gleide. “Quais os processos que estão envolvidos na afirmação de um direito, no reconhecimento, em uma demanda por direito? Que é fruto de processos culturais, sociais, mas, principalmente, de processos de articulação de setores da sociedade civil. O Estado não acorda um dia e fala assim: tem um direito aqui que a gente acha que está faltando. Você precisa de toda uma articulação social, é sempre esse processo de articulação social, de possibilidade também de articulação política.”

Alguns têm medo e outros consideram um fenômeno "interessante". Os programas de Inteligência Artificial (IA), que recriam vozes de artistas, representam um desafio para a indústria musical, consciente de que terá que lidar com o tema.

- "Em todas as partes" -

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A voz de Frank Sinatra, falecido em 1998, é encontrada em uma versão da música "Gangsta's Paradise" de Coolio, e Angèle teve a surpresa de ouvir-se cantando "Saiyan", música dos rappers franceses Heuss L'Salaud e Gazo. O vídeo foi visto mais de 1,8 milhão de vezes no YouTube.

"Não sei o que pensar da inteligência artificial. Me parece uma loucura, mas, ao mesmo tempo, temo por minha profissão", escreveu a cantora belga em suas redes sociais.

"A IA está absolutamente em todas as partes, a todo momento. Seja nas reflexões da indústria musical ou na arte. É mais visível do que antes, porque a tecnologia se democratiza", explica à AFP Alexandre Lasch, do Sindicato Nacional da Edição Fonográfica na França (SNEP).

"À medida que os aplicativos são desenvolvidos, a regulação é discutida a nível europeu. Nos Estados Unidos, a maior preocupação é a transparência com as ferramentas da IA, porque o mais importante continua sendo o respeito ao artista e à criação", acrescenta.

- Raiva contra a IA -

"A IA é demoníaca", afirmou o rapper californiano Ice Cube no podcast Full Send.

"É a gota d'água", lamentou o rapper canadense Drake, que se considera afetado por processos que imitam o timbre da voz.

Por exemplo, em uma versão de "Munch", canção da rapper americana Ice Spice, ou de "Heart On My Sleeve", falsa colaboração criado entre ele e outro famoso artista canadense, The Weeknd, ouvida mais de 10 milhões de vezes no TikTok em questão de horas.

E a propriedade intelectual? "O que você protege com os direitos autorais é a expressão de uma ideia. A voz não é realmente isso", avalia Andrés Guadamuz, professor de Direito de propriedade intelectual na universidade britânica de Sussex.

- Fenômeno "interessante" -

Um álbum inteiro do Oasis, grupo que se separou em 2009, apareceu rebatizado de AIsis (AI por inteligência artificial em inglês). "Escutei apenas uma canção", comentou em suas redes o cantor Liam Gallagher, "e era melhor do que outras que ouvi ultimamente".

Paul McCartney qualificou o fenômeno de "muito interessante" na BBC Radio 4.

"É algo que todos (nós) estamos compreendendo neste momento", destacou.

O astro mencionou o caso de uma canção inédita dos Beatles que será gravada usando a IA para recriar a voz de John Lennon, sob controle de seus herdeiros.

Por outro lado, o Spotify "está realizando discussões sérias sobre como administrar o poderoso potencial das tecnologias IA", afirmou à AFP um porta-voz da plataforma de streaming.

O objetivo do aplicativo, no entanto, continua sendo "ajudar os artistas a se conectar com o público, monetizar sua arte e construir sua carreira", acrescenta.

- Resista, prove que você existe -

Em junho, a plataforma Deezer indicou ter desenvolvido uma tecnologia que a permite identificar as canções que clonam as vozes das estrelas da música por meio da IA.

"Nosso objetivo é eliminar os conteúdos ilegais e fraudulentos, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração no qual os artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdos valiosos", afirmou em um comunicado.

Desde abril, a Universal Music pede a plataformas como Spotify e Apple Music que impeçam o acesso a seu catálogo daqueles que desejam utilizá-lo para enriquecer os programas de IA, informou o jornal Financial Times.

Além disso, Google e Universal Music estão negociando possíveis licenças para as melodias e vozes de artistas geradas com a IA, segundo a mesma publicação.

A ideia é definir ferramentas para poder recompensar os herdeiros quando os fãs criarem obras de seus ídolos com programas de IA.

O dono do Twitter, Elon Musk, e o proprietário da Meta, Mark Zuckerberg, se desafiaram nas redes sociais para uma luta dentro de uma jaula, ao estilo dos combates de artes marciais mistas.

As duas redes sociais mantêm há anos uma disputa comercial que agora chegou ao campo pessoal, embora em tom de humor, pelo menos por enquanto.

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Pouco depois de Musk comprar o Twitter, a Meta (empresa matriz do Facebook) anunciou planos para lançar sua própria plataforma de comunicação somente de texto, que a transformaria em uma rival direta.

Desde então, Musk fez várias declarações ousadas direcionadas a Zuckerberg no Twitter, até que esta semana ele tuitou abertamente: "Estou pronto para uma luta na jaula, se ele estiver pronto para isso".

Zuckerberg é um amante do jiu jitsu, uma arte marcial japonesa. Na quarta-feira, ele respondeu no Instagram com uma breve mensagem: "Diga-me o lugar".

"Deus, torne isso verdade", pediu o jornalista especializado em tecnologia Taylor Lorenz, no Twitter.

"A melhor luta em uma jaula entre Musk e Zuckerberg é aquela em que dois caras entram e nenhum sai", escreveu outro blogueiro, Bennett Tomlin.

A AFP pediu à Meta a confirmação de um possível evento.

As lutas dentro de jaulas são uma especialidade conhecida como "ultimate fighting championship" (UFC), campeonato particularmente violento nos Estados Unidos, no qual se admite uma ampla gama de golpes extremos.

Musk recentemente respondeu com raiva a uma sugestão de um alto funcionário da Meta de que o público queria uma alternativa ao Twitter "administrada com responsabilidade".

O bilionário, que fundou empresas visionárias como a Tesla e a SpaceX, gastou US$ 44 bilhões para comprar o Twitter e demitiu a maior parte de sua equipe ao assumir o controle da empresa.

Zuckerberg, por sua vez, optou no ano passado pelo metaverso para dar um novo impulso ao Facebook, estratégia que por enquanto não tem surtido os resultados esperados.

Um adolescente de 13 anos de Ohio, nos Estados Unidos, morreu após sofrer uma overdose de antialérgicos, em desafio proposto por jovens na rede social TikTok em que os participantes ingeriam grande dose do medicamento anti-histamínico para alergia Benadryl e filmavam a reação do corpo.

Logo após ingerir mais de 14 comprimidos, Jacob Stevens começou a ter convulsões. Conforme a rede de notícia norte-americana NBCNews, ele ficou internado por seis dias, até que os médicos declaram morte cerebral e a família decidiu por desligar os aparelhos. Especialistas alertam para os perigos provocados ao organismo pela ingestão de remédios, de qualquer tipo, sem prescrição médica.

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"Foi demais para o corpo dele. Os médicos disseram que poderiam mantê-lo na ventilação, que ele poderia ficar lá, mas que ele nunca abriria os olhos, nunca respiraria, sorriria, andaria ou falaria novamente", disse à NBCNews Justin Stevens, pai do jovem, que após a tragédia tem alertado outras famílias sobre os riscos de desafios propostos em redes sociais e pressionado por mudanças na legislação. O objetivo é colocar restrições de idade para uso das plataformas e compra de medicamentos que têm a venda livre, como é o caso do Benadryl.

Stevens também compartilhou uma foto do filho ligado a equipamento de suporte de vida no hospital a fim de conscientizar pais e filhos sobre os riscos que os desafios do TikTok podem causar. A imagem viralizou por diversas redes sociais, inclusive brasileiras.

O que são os remédios antialérgicos?

Os antialérgicos são medicamentos da classe chamada anti-histamínicos estão entre os remédios seguros que existem, com a baixa ocorrência de eventos adversos. São recomendados para reações alérgicas imediatas, como rinite alérgica, alergias de pele e respiratórias, em geral, e também alergias por picadas, por exemplo. São divididos em duas categorias: da primeira geração (os mais antigos) e da segunda geração.

Quais os riscos quando administrados em dosagem elevada?

"No caso dos medicamentos de segunda geração, eles não têm efeito sedativo e têm a mesma potência para suprimir os sintomas das alergias e geram menos riscos aos pacientes, quando administrados da forma correta. Mas, em dose elevada e não recomendada, o perigo também está presente", disse Tim Markus Muller, alergista pediátrico e presidente do departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

"Diferentemente dos Estados Unidos que comercializam o Benadryl em comprimidos, no Brasil ele é disponibilizado como medicamento injetável. "No entanto, o ativo principal do Benadryl, remédio que é muito comum de ser utilizado nos EUA para alergia, está presente em antigripais e também descongestionantes vendidos no Brasil", afirma Muller.

O alergista pediátrico diz ainda que no Brasil há outros antialérgicos, da mesma categoria, como Hidroxizina e Dexclorfeniramina, vendidos também sem receita nas farmácias, que têm os mesmos riscos à saúde, quando utilizados em dosagens alta demais.

Se administrados em excesso, o paciente pode apresentar dificuldade para respirar e vir a sofrer uma parada respiratória, que pode ser fatal. "É importante não ultrapassar a dosagem máxima orientada pelo fabricante, assim como pelo médico", disse ainda Muller.

Caroline concorda que todo medicamento deve ser mantido longe do alcance de crianças e adolescentes. "A administração deve ser feita apenas pelos pais. É importante também conversar com os adolescentes sobre efeitos colaterais e uso indevido de medicamentos."

Quais as orientações aos pais e a importância de jovens se conscientizarem sobre riscos de desafios online envolvendo medicamentos?

Para a coordenadora do Pronto-Socorro do Sabará Hospital Infantil é importante fiscalizar o conteúdo que os adolescentes e as crianças acessam na internet.

"Deve-se ainda conversar sobre os desafios online que existem, mostrar os riscos e as consequências do uso de medicamentos. Os jovens devem saber sobre os efeitos causados e visualizar as consequências causadas nos outros. É fundamental incentivar a autoconfiança do adolescente para que ele não se sinta coagido a provar nada a ninguém para se posicionar na sociedade", afirmou ela.

O que são desafios online?

Os desafios online normalmente envolvem pessoas que gravam a si mesmas fazendo algo difícil, que elas compartilham online para incentivar outros a repetir, segundo informações do TikTok. "A maioria é divertida e segura, mas alguns promovem comportamentos prejudiciais incluindo o risco de ferimentos graves."

"As diretrizes da comunidade proíbem desafios perigosos. Quando recebemos denúncias sobre um desafio perigoso ou prejudicial circulando online, nós investigamos. Às vezes, não encontramos evidência de uma tendência, mesmo quando os avisos estão sendo amplamente compartilhados e informados em outras plataformas ou na mídia", afirma o TikTok, que pede ainda que a pessoa denuncie comportamentos ou farsas prejudiciais no aplicativo.

Alerta sobre o 'Desafio Benadryl'

Desde 2020, o Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, alerta para os riscos à saúde causados com a ingestão de doses mais altas do que as recomendadas do medicamento difenidramina (Benadryl), que pode levar a sérios problemas cardíacos, convulsões, coma ou até morte. Na época, uma adolescente de 15 anos morreu participando do mesmo desafio.

"Estamos cientes de notícias de adolescentes que acabaram em salas de emergência ou morreram após participar do ‘Desafio Benadryl’, incentivado em vídeos postados no TikTok", informou ainda o órgão no site, na época.

Procurada, a Johnson & Johnson, fabricante dos comprimidos Benadryl, ainda não se posicionou. O espaço permanece aberto para manifestação.

"Como todos os medicamentos, sempre é preciso que fiquem fora do alcance de crianças e, no caso, dos adolescentes é sempre importante conversar e explicar que não podem tomar medicações sem uma supervisão de adultos e orientação médica. Os desafios online já envolvem riscos e com uso de medicamentos, podem ser ainda piores. Por isso, a orientação é muito importante", alerta Muller.

"Podem ocorrer efeitos de excitação ou depressão do sistema nervoso central. Alucinações, movimentos descontrolados ou alteração da marcha (ataxia), espasmos e convulsões. Altas doses levam ao coma e ao colapso cardiorrespiratório, levando a morte. A dose de intoxicação e a dose fatal são muito próximas o que torna o medicamento mais perigoso", afirma Caroline Peev, coordenadora do Pronto-Socorro do Sabará Hospital Infantil.

Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) anunciava que o Brasil estava fora do Mapa da Fome no mundo. Hoje, quase dez anos depois, a insegurança alimentar volta a atingir mais de 33 milhões de brasileiros, segundo estudo publicado em 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). 

Durante cerimônia de posse, em janeiro deste ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que acabar com a fome é uma das prioridades de seu governo.

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Reverter a situação em que o país se encontra hoje garantindo alimentação adequada para toda a população, no entanto, será uma tarefa difícil.

Segundo a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, foram necessários mais de dez anos para que a luta contra a fome culminasse na saída do Brasil do Mapa da Fome - analisando-se os primeiros governos de Lula (2003 a 2010) e o mandato de Dilma Rousseff (a partir de 2011).

“O presidente Lula tem colocado bem claramente que, até o fim do governo, ele gostaria que as pessoas tivessem três refeições ao dia", disse a secretária.

"Nosso ministro [Wellington Dias, do Desenvolvimento Social] tem dito que quer tirar o Brasil do Mapa da Fome [novamente], que nós queremos garantir a segurança alimentar da população brasileira. É possível, sim, reverter a situação atual nos próximos quatro anos. Lembrando que, em momentos passados, nós levamos mais de dez anos para reverter essa situação, então é um desafio muito grande reverter a situação atual de fome e desnutrição apenas em quatro anos, mas o governo está trabalhando e articulado para isso”, destacou a secretária.

Segundo ela, o governo anterior deixou para as políticas de combate à fome um legado que inclui desorganização e desarticulação dos programas, poucos servidores e orçamento baixo no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023.

“Nos últimos anos, a agenda foi tocada por gente que não entende do assunto, que não é da área, e fez um esforço para tirar qualquer possibilidade de construção de uma agenda de segurança alimentar. Desde a extinção do Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional], em 1º de janeiro de 2019, até a destruição completa do orçamento no PLOA de 2023”.

De acordo com a secretária, as estratégias do atual governo para combater a insegurança alimentar no país passam por “políticas públicas amplas”, que envolvem questões como o aumento da produção de alimentos básicos, através do Plano Safra, ações de disponibilização de refeição pelos municípios e a garantia da chegada de alimentos a locais com maiores índices de desnutrição.

A ampliação da renda das famílias, com ações como a reestruturação do Bolsa Família, a recuperação do poder de compra do salário mínimo e a geração de empregos também são prioritários para o governo federal.

“Tanto a ideia de ter renda via transferência de renda, quanto as estratégias de geração de postos de trabalho e renda ajudam a ter acesso [aos alimentos]”, disse.

Outra política que deve ser fortalecida é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em que o governo federal repassa recursos para estados e municípios, a fim de garantir refeições aos estudantes.

“A gente sabe que muitas crianças têm a refeição da escola como uma das refeições principais, senão a refeição principal do dia”, explica.

“O governo reconhece isso, sabe dessa importância e vai focar parte da atuação de seus diferentes órgãos para que o Pnae tenha uma implementação plena nesses próximos quatro anos e que as escolas consigam comprar e fornecer comida de verdade para as 40 milhões de crianças que se alimentam cotidianamente nas escolas.”

Outra frente importante é a regulamentação do setor alimentar no país visando combater a obesidade, uma das faces da insegurança alimentar. “A gente tem a necessidade de enfrentar isso, de uma forma ampla e intersetorial, considerando as múltiplas faces que a fome e a desnutrição se manifestam. Não dá para as pessoas só terem acesso aos ultraprocessados, porque as pessoas podem aparentemente estar comendo, mas continuam num estado de desnutrição.”

 

Competitivo, o empresário Gabriel Rodrigues Almeida, de 30 anos, ouviu que comer um lanche com 10 hambúrgueres seria uma missão impossível, o que ativou o seu modo de concorrência. O rapaz é recordista em uma hamburgueria de Morungaba (SP), onde mora desde 2015, e comeu um lanche de 2kg em um dia que nem havia se preparado para o desafio. 

“Olha, eu tinha almoçado tarde. Se estivesse em casa, provavelmente nem jantaria. Não me preparei, nada. Estava sem apetite”, afirmou o empresário. 

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O recorde anterior era um lanche com seis hambúrgueres, mas uma discussão numa festa no fim de semana o fez aumentar o recorde. “Falaram que era totalmente impossível alguém normal comer 10 hambúrgueres, que iria travar tudo”, contou, rindo. “E, de fato, trava”, acrescentou.

A própria marca foi batida na última quarta-feira (9). Ao g1, Gabriel revelou não saber “o que fazer” já nos dois primeiros hambúrgueres. “Depois que comi os dois primeiros, pensei: ‘o que vou fazer?’. Deu desespero. Era muita carne, mas fui comendo, até chegar em quatro. Daí peguei o lanche mesmo. Começou a travar, deu trabalho, mas era competição pura. Depois fiquei parecendo uma sucuri digerindo a presa”, confessou. 

De acordo com a dona da hamburgueria, Daniela de Lima Joaquim, cada hambúrguer tem 180 gramas de carne e, cada fatia de queijo pesa 20 gramas. Sem contar com o pão e a salada decorativa. O lanche custou R$ 156,00. 

Gabriel ressaltou que sempre gostou de desafios e que costuma explorar seus limites. Disse, ainda, que caso apareça algum desafiante para bater a marca dos 10 hambúrgueres, pode encarar um lanche ainda maior. “Em um dia bom, dá para tentar um maior. Vai depender da quantidade. Quem sabe 12? Mas agora não consigo nem pensar”, brincou. 

Os 513 deputados eleitos em outubro tomaram posse nesta quarta-feira (1º) em cerimônia no plenário da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), encerrou a sessão após todos prestarem o juramento regimental e abriu o painel para os parlamentares empossados marcarem presença na Casa.

Com uma bancada de 99 parlamentares, a maior da Casa, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, promete representará um desafio para o governo Lula.

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O perfil do Congresso, mais conservador e bolsonarista, também testará a articulação política do petista, que enfrentará uma oposição maior do que em seus dois mandatos anteriores no comando do Palácio do Planalto.

O principal articulador político de Lula com o Congresso é o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, egresso da Câmara. A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido, também terá papel importante nas negociações parlamentares.

Os partidos de esquerda que apoiam o Planalto somam 126 deputados, o que é insuficiente para aprovar até mesmo projetos de lei na Câmara. Por isso, o governo teve de fazer acordos com partidos de centro e direita, como União Brasil, que tem 59 assentos na Casa, PSD, com 42, e MDB, também com 42 parlamentares. Em nome da governabilidade, Lula cedeu três ministérios para cada uma dessas legendas. Mesmo assim, não há garantia de apoio legislativo. O União Brasil, principalmente, está rachado.

As principais legendas da Câmara se uniram numa espécie de frente ampla para reeleger o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A votação ocorre a partir das 16h30. Antes disso, há prazo até as 13h para a formação dos blocos partidários que disputarão os postos na Mesa Diretora da Câmara. Às 14h, está prevista uma reunião de líderes para ratificar os cargos da Mesa, que foram negociados em acordos nos bastidores nas últimas semanas.

Oito menores de idade acabaram intoxicados no México por consumirem um medicamento ansiolítico como parte de um desafio viral realizado na rede social Tik Tok, informaram as autoridades nesta sexta-feira (20).

O "desafio do clonazepam" consiste em tomar comprimidos deste fármaco e não se deixar vencer pelo sono produzido pela medicação. "O último que dormir, vence", diz o slogan que viralizou nesta rede bastante popular entre os mais jovens.

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Os casos foram registrados em escolas, cinco deles na quinta-feira na Cidade do México, e os outros no estado de Nuevo León (norte). Apesar de o medicamento ser de regime controlado, os estudantes conseguiram ter acesso ao mesmo. Ninguém registrou complicações graves.

O clonazepam, que também conhecido pelo nome comercial Rivotril, é receitado para controlar convulsões, crises de pânico e ansiedade e, paralelamente, também costuma induzir o sono.

A Secretaria de Segurança Pública da Cidade do México assinalou em comunicado que os menores foram atendidos na própria escola por paramédicos, que confirmaram a intoxicação "por consumo de medicamento controlado".

Já em Nuevo León, os estudantes conseguiram deixar a escola por seus próprios meios. "Nos inteiramos destes três casos e solicitamos apoio do município. Quando chegaram [os profissionais de saúde], as crianças já haviam saído", disse em entrevista coletiva Alma Rosa Marroquín, secretária de Saúde local.

"Infelizmente, os desafios que circulam nas redes muitas vezes colocam em risco a saúde das pessoas", acrescentou.

Alguns usuários também publicaram vídeos no Tik Tok alertando sobre os perigos deste desafio, que já havia provocado intoxicações em 2022 em outros estados mexicanos, como Veracruz (leste) e Coahuila (norte).

O primeiro registro do desafio remonta a 2018, no Chile, quando ocorreram dezenas de casos de adolescentes que consumiram o fármaco. Depois, a prática se popularizou a partir de 2020.

No Tik Tok há vários vídeos de pessoas que gravam a si mesmas enquanto consomem remédios para observar seus efeitos.

A recomposição orçamentária da educação e a garantia da execução de estratégias consideradas fundamentais como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que distribui a escolas públicas livros didáticos e literários, estão entre os principais desafios do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que toma posse no dia 1º de janeiro. A educação é considerada uma das principais pastas do novo governo e será comandada pelo ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT).

De acordo com o relatório elaborado pela equipe de transição, o setor sofreu diversos cortes no orçamento e congelamento de verbas ao longo dos últimos anos. Além disso, diversas medidas institucionais prejudicaram o andamento de políticas públicas que vão desde a educação infantil até o ensino superior. A intenção é restabelecer espaços de diálogo recriando comitês e comissões e garantir a execução de programas federais considerados fundamentais para a oferta de uma educação de qualidade.

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Desafios

Segundo o relatório da equipe de transição, o MEC e as autarquias sofreram, entre 2019 e 2022, retrocessos institucionais, orçamentários e normativos, observando-se falta de planejamento; descontinuidade de políticas relevantes; desarticulação com os sistemas de ensino estaduais e municipais e da rede federal de ensino; incapacidade de execução orçamentária; e omissões perante os desafios educacionais.

A recomposição dos investimentos e dos recursos para custeio das universidades e institutos federais, assim como a garantia das bolsas de estudo para estudantes e pesquisadores, é fundamental para a garantia de uma educação de qualidade, segundo a equipe de transição.

“O descaso com a educação atingiu diversos programas, como os de alimentação escolar, construção de creches e escolas, organização curricular, ampliação do tempo integral, iniciação à docência, entre outros. As poucas iniciativas adotadas foram tardias, beneficiaram um limitado número de estudantes e estiveram desconectadas das necessidades reais, como no caso da estratégia de formação de professores por meio de plataformas de educação a distância, sem coordenação nacional, incentivo e valorização dos educadores”, diz o texto.

Merenda será prioridade

Uma das prioridades, seguindo a bandeira de combater a fome no país, é a garantia de merenda escolar de qualidade. No Brasil, a educação básica deve ser ofertada em regime de colaboração com os estados e municípios. A gestão das escolas públicas cabe aos governos estaduais e municipais, mas o governo federal deve oferecer apoio.

Para a merenda, o governo federal repassa o equivalente a R$ 0,36 por aluno, chegando a R$ 1,07 para alunos do ensino integral, valores que não são reajustados desde 2017. Para a equipe de transição, o reajuste do valor da merenda é uma das questões emergenciais na educação. Além disso, deve ser priorizada a garantia de que cerca de um terço dos alimentos seja proveniente da agricultura familiar, como está previsto na Lei 11.947/2009.

Outra prioridade elencada pela equipe de transição é o apoio à educação infantil. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, até 2024, 50% das crianças com até 3 anos devem estar matriculadas em creches. Atualmente, conforme dados de 2019, essa porcentagem é de cerca de 38%.

A educação integral também deverá ser fortalecida. Segundo o PNE, pelo menos 50% das escolas públicas devem oferecer jornadas de sete horas diárias ou mais até 2024. Atualmente, de acordo com dados de 2020, essa oferta chega a 29,5% das escolas. Além disso, 25% dos alunos devem ser atendidos pela jornada integral. Esse índice é 12,9%.

Mais diálogo

O governo Lula pretende fortalecer os espaços de diálogo, em especial, com gestores estaduais e municipais, para garantir o regime de colaboração. O relatório aponta a importância da recriação de uma série de comitês e comissões que foram extintos desde 2019, como o Comitê Permanente de Planejamento e Gestão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Segundo a publicação, também constituem desafios a retomada de comissões paralisadas, a exemplo do Comitê Gestor do Programa Universidade Para Todos (CGProuni); o aperfeiçoamento de conselhos em funcionamento, como o Conselho de Acompanhamento e de Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb); e a criação de novos conselhos, como o Conselho Consultivo de Regulação, Avaliação e Supervisão da Educação Superior, com ampla participação de organizações que militam na área educacional.

Educação especial e escolas cívico-militares

O relatório aponta a necessidade de revogação de normas consideradas atrasadas e divergentes em relação um projeto de educação pública, gratuita, laica e democrática. “As normas educacionais mais recentes refletem esse movimento de ideologização, precarização e constrangimento da educação pública”, diz o texto.

Entre as medidas citadas está acabar com a política pública de educação especial que, de acordo com a equipe de transição, promove o isolamento social das crianças com deficiência. Para isso, a proposta é a revogação do Decreto nº 10.502/2020, que exclui as crianças com deficiência do convívio com as demais crianças nos ambientes escolares.

Outra proposta é avaliar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. A sugestão é que o presidente da República edite despacho orientando o ministro da Educação a avaliar os resultados da política pública prevista no Decreto 10004/2019, que instituiu o programa, sob critérios técnicos relativos ao custo-benefício, para definição sobre a dotação orçamentária e continuidade.

Elon Musk quer diversificar as fontes de receita do Twitter além da publicidade, mas nenhuma grande rede social conseguiu sobreviver sem anunciantes.

"O Facebook criou o modelo econômico", explica Jasmine Enberg, da consultoria Insider Intelligence, acrescentando que o serviço gratuito se sustenta pela venda de espaço publicitário.

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Esse modelo foi particularmente lucrativo para Meta (Facebook, Instagram) e Google, ou YouTube, capazes de personalizar os anúncios, detalhadamente, em larga escala. Mas "não é o único caminho", esclarece a analista.

Diante dos cortes de gastos dos anunciantes, afetados pela inflação, e da crescente regulamentação da coleta de dados pessoais, "todas as plataformas estão explorando novos métodos" para se financiarem.

A situação já era particularmente difícil para o Twitter, que é 90% dependente da publicidade, mas é uma rede que os anunciantes podem prescindir mais facilmente do que outras. O problema se tornou mais agudo desde a compra da rede pelo fundador da Tesla no final de outubro.

De acordo com a ONG Media Matters, que criticou o Twitter de Musk, metade dos 100 maiores anunciantes dessa rede anunciou que suspendeu, ou "aparentemente suspendeu", seus gastos com publicidade na plataforma.

Musk "não entendeu que o Twitter é uma marca em si. A plataforma tinha valor. Agora, as empresas não querem ser associadas" a essa rede, diz Sarah Roberts, especialista em redes sociais da Universidade da Califórnia-Los Angeles (UCLA).

- Cobrar dos usuários? -

As plataformas testam dois tipos de solução: cobrar dos usuários, ou dos criadores de conteúdo.

O site de fóruns Reddit tem um modelo híbrido com publicidade, assinatura paga e cupons que dão acesso a benefícios. Mas "é sempre difícil pedir dinheiro por algo gratuito", resumiu Carolina Milanesi, da Creative Strategies, "a menos que traga algo novo".

Desde o ano passado, o Twitter oferece uma assinatura paga com recursos adicionais. Musk queria aumentar o preço desse sistema para US$ 8 por mês nos Estados Unidos – valor semelhante às propostas mais baratas da Disney + e da Netflix – e incluir autenticação de conta.

O lançamento parcial desse sistema foi, no entanto, caótico e levou ao surgimento de tantos relatos falsos que acabou sendo suspenso.

"A ideia em si não é ruim, mas não encontrou o nível certo de preços", disse Enberg. "As vantagens podem não ser tão atraentes para conseguir a adesão de um número suficiente de pessoas. E a verificação de conta serve para garantir a integridade das contas e das conversas", por isso, "não deveria ser paga".

Os assinantes do "Blue Verified" – os usuários mais ativos da rede – estarão duas vezes menos expostos à publicidade, o que "reduzirá a qualidade e o tamanho da audiência" para os anunciantes, explica Enberg, da Insider Intelligence.

As plataformas mais novas tentam evitar completamente a publicidade, sem garantia de rentabilidade no longo prazo. No Discord, uma rede social de discussão ao vivo, os usuários podem assinar um serviço para acessar mais emoticons, por exemplo. A startup de grande sucesso BeReal espera se financiar por meio de compras no aplicativo, de acordo com o jornal Financial Times.

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Com o intuito de conscientizar a população sobre a importância do ensino e aprendizagem no Brasil, o Dia Nacional da Alfabetização foi instituído em 1966, como uma forma de homenagear a criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1930 – a partir do Decreto de Lei nº 19.402. A data é comemorada no dia 14 de novembro.

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 Aprender a ler e a escrever são habilidades básicas para a alfabetização. No entanto, engana-se quem acredita que são as únicas. O desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e autonomia na formação de conhecimento é elemento essencial nesse processo.

A coordenadora pedagógica Tiana Pontes diz que outros conhecimentos necessários para atingir a alfabetização completa tem a ver com o conceito de letramento – trabalhando os distintos usos da leitura e escrita nas práticas sociais. Tiana afirma que a educação básica é uma etapa extremamente importante na vida estudantil e é seguindo a idade correta para avançar nas etapas da educação – período em que as crianças entram no primeiro ano do ensino fundamental, por volta dos 6 anos de idade – que o aluno vai obter as aprendizagens essenciais previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Ela é decisiva para a vida acadêmica, porque vai, como a própria nomenclatura diz, dar o preparo básico daquilo que se espera de um estudante, de uma pessoa que brevemente vai entrar na esfera acadêmica”, enfatiza.

Para a pedagoga, alfabetizar letrando é dar ao aluno o significado daquilo que está aprendendo. “Em cada texto e em cada palavra que ele aprende, saber para que serve ou o que significa; é ensinar o aluno a não só decodificar e codificar as palavras, mas que ele também compreenda aquilo que lê aplicado ao ambiente que o cerca; entender os textos, entender as palavras dentro do contexto que é ensinado”, descreve.

Tiana cita que uma das atividades que desenvolve com os alfabetizandos é a de fazer com que eles observem a capa de um livro, tentem ler o título e, ao verem as ilustrações, façam a associação de que tipo de história está imersa naquela obra.

Dentro de casa, a vendedora Wilrilene Amaro, 28 anos, desenvolve atividades que contribuem para o processo de alfabetização da filha Amanda Amaro, 5, e tenta repassar conhecimentos por meio da interação, diálogo e também das brincadeiras. No dia a dia, ela aprende a importância de saber ler, escrever, conhecer números e cores, e de que forma isso vai ajudá-la futuramente.

 Sobre as principais dificuldades enfrentadas nessa fase, Wilrilene destaca a falta de atenção, já que Amanda ainda prefere brincar do que estudar. “Mesmo utilizando a ludicidade, é trabalhoso o processo de alfabetização, pois se algo desviar a atenção, ela perde a linha de raciocínio”, relata.

 Durante a pandemia, a vendedora conta que a escola oferecia suporte e enviava atividades para serem desenvolvidas diariamente. No entanto, cabia aos pais aplicarem os exercícios aos filhos e ensiná-los. Nessa época, embora tenha sido um processo difícil, Amanda aprendeu as vogais, algumas consoantes, números e a escrever o nome dela, graças à parceria entre escola e família.

Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2012 a 2021 – realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a nota técnica “Impactos da pandemia na alfabetização de crianças”, do Todos Pela Educação, mostra que a pandemia da covid-19 agravou o desenvolvimento da Educação Pública brasileira. Os números são correspondentes ao terceiro trimestre de cada ano e confirmam os efeitos negativos do período pandêmico. Segundo a nota, houve aumento de 66,3% na taxa de crianças de 6 e 7 anos que, segundo seus responsáveis, não sabem ler e escrever, passando de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021.

Para Tiana, a alfabetização, no Brasil, sempre teve o grande desafio de alcançar o número que se espera de alfabetizados. A pedagoga lembra que a alfabetização é uma das principais metas – a 5ª meta – do Plano Nacional de Educação (PNE) que completará o seu período de vigência em 2024 – o decênio de 2014/2024, instituído pela Lei nº 13.005/2014 definiu 10 diretrizes que devem guiar a educação nacional e estabeleceu 20 metas a serem cumpridas o período listado.

“Não é à toa que a alfabetização é uma das primeiras metas do Plano Nacional de Educação, como uma grande prioridade da educação básica. Um aluno que não está alfabetizado fica impedido, de certa forma, de conseguir desenvolver outras habilidades”, pondera.

A pedagoga relata que, com a pandemia, a educação sofreu um grande impacto na esfera da alfabetização e que os alunos passaram muito tempo sem o acompanhamento diário dos professores e a rotina de sala de aula. “Eles tiveram uma progressão de série mesmo estudando em home office ou, podemos dizer, estudo híbrido, ou tendo pequenos acompanhamentos ali de professores particulares que, apesar de terem sim a sua contribuição, não conseguiram suprir a dinâmica da escola em si”, explica.

“Com a pandemia tivemos um agravo na situação da alfabetização, porque os estudantes prosseguiram com a falta dessa habilidade. O grande desafio da alfabetização nos últimos anos é recuperar as aprendizagens que foram estagnadas nesse período; a alfabetização está dentro dessa perspectiva de recuperação de aprendizagens”, complementa Tiana.

A coordenadora finaliza alertando sobre as consequências da não alfabetização ou alfabetização tardia. Para a pedagoga, a leitura e a escrita são a base da aquisição de conhecimento e a ausência dessas habilidades acarretam a limitação do indivíduo em qualquer disciplina do componente curricular, gerando um impacto negativo no desenvolvimento cognitivo.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro, com apoio de Karoline Lima (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

Não é novidade que Luana Piovani adora colocar a boca no trombone quando o assunto é Pedro Scooby. Desta vez, a atriz opinou sobre a decisão do surfista de sair de Portugal para voltar a morar no Brasil por conta da gravidez da atual esposa, Cintia Dicker.

"Sabe aquela sensação de ano novo, de força, vontade de vencer e de certeza de que tudo o que vai acontecer na sua vida vai ser para o bem? Foi essa sensação que acordou comigo hoje", começou nos Stories.

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Piovani tem três filhos com Scooby - Dom, Bem e Liz - e acredita que a mudança fará bem para todos os envolvidos.

"Pedro e Cintia [atual esposa do atleta] vão embora de Portugal, ela está grávida, vai ter a Aurora no Brasil e aparentemente eles ficam lá por no mínimo seis meses e o máximo a gente não sabe quanto. Converso com o Pedro, mas não temos uma relação tanto de amizade, não sei quais são os planos e o que ele pretende. Deus me deu essa sensação hoje de manhã e eu entendi que a missão é minha e que eu vou vencer. Vencer como sempre venci todos os desafios que apareceram na minha vida. Sei que as coisas vão se ajeitar. Agora o Pedro paga pensão, eu cuido das crianças, ele vem matar a saudade quando puder e a gente vai levando", declarou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta segunda-feira (31) a enfrentar os desafios que terá para governar pela terceira vez o Brasil, um país dividido, mas o primeiro problema é o silêncio do presidente derrotado no segundo turno, Jair Bolsonaro.

Os brasileiros ainda não ouviram uma mensagem do presidente de extrema-direita, que não se pronunciou publicamente após o anúncio dos resultados nem fez uma ligação telefônica para Lula.

A vitória do político de esquerda estabeleceu sua "ressurreição" política, como o próprio Lula, de 77 anos, descreveu sua volta ao poder.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) derrotou Bolsonaro por uma margem apertada, com 50,9% dos votos contra 49,1% do atual presidente, de 67 anos.

Consciente dos desafios que enfrentará a partir de 1º de janeiro de 2023, quando retornará ao Palácio do Planalto, Lula reconheceu em seu discurso após a vitória que governará "em uma situação muito difícil".

"Mas tenho fé que, com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente. E a gente possa inclusive restabelecer a paz entre as famílias, os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos".

- Oposição "forte" -

Bolsonaro permanece em silêncio no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília. Durante a campanha, ele divulgou mensagens contraditórias sobre o reconhecimento de uma eventual derrota.

Apenas alguns aliados do presidente no Congresso admitiram a derrota nas redes sociais, área em que o bolsonarismo está em atividade permanente.

"Estou metade alegre e metade preocupado porque a partir de amanhã eu tenho que começar a me preocupar em como a gente vai começar a governar o país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas", afirmou Lula no domingo à noite.

A transição pode representar um desafio para Lula, explicou Paulo Calmon, professor de Ciência Política da Universidade de Brasília.

"Lula deve ter cuidado, primeiro com um "terceiro turno': com qualquer desafio que Bolsonaro e seus aliados possam criar, como (Donald) Trump nos Estados Unidos, para deslegitimar sua vitória e mobilizar seu eleitorado contra ele", afirmou à AFP.

Lula teve dois milhões de votos a mais que Bolsonaro, a vitória mais apertada em um segundo turno na história da democracia brasileira, após uma campanha polarizada e tensa.

Marco Antônio Teixeira, cientista político da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que o presidente eleito terá que trabalhar para "ampliar a legitimidade do governo", com a presença no Executivo de "setores não petistas".

Ele citou nomes como a terceira candidata com mais votos no primeiro turno, a senadora Simone Tebet, que apoiou Lula no segundo turno. Também deverá dialogar com governadores bolsonaristas.

"Assim, pode aumentar sua legitimidade e ampliar o apoio entrando em setores bolsonaristas. É preciso unir o país", acrescentou Teixeira.

Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, chega ao poder com o apoio dos mais vulneráveis, grupo que possui uma memória afetiva da bonança sob sua administração.

Ele fez várias promessas para melhorar a economia, incluindo aumentar do salário mínimo e reforçar os programas sociais.

Adriano Laureno, da consultoria Prospectiva, disse que o resultado de Bolsonaro, que foi o segundo colocado mais bem votado na história do país, significa que que Lula terá uma oposição "forte, organizada, inclusive nas ruas".

- Promessas -

Durante a campanha, o líder do PT destacou as conquistas socioeconômicas de seus dois primeiros mandatos, como a saída da pobreza de mais de 30 milhões de brasileiros graças a iniciativas sociais financiadas com o 'boom' das commodities.

O terceiro mandato de Lula não contará com o mesmo cenário favorável: embora a economia dê sinais de melhora, com crescimento, menos inflação e mais emprego, está longe da prosperidade dos anos 2000 e enfrenta um mundo em risco de recessão global.

Se não forem atendidas, as expectativas podem voltar como um bumerangue, afirmam os analistas.

"É um governo que começa com muita dificuldade na parte econômica. Vai assumir num cenário internacional complicado, numa possível recessão, com juros muito altos no Brasil e mais essa bomba fiscal para lidar" (400 bilhões de reais), afirmou Laureno.

- Governabilidade -

No Congresso, onde os conservadores são maioria, com vários aliados de Bolsonaro eleitos em 2 de outubro, ele pode enfrentar uma oposição legislativa mais complicada que a de seus mandatos anteriores.

O Partido Liberal de Bolsonaro terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 99 representantes.

"A questão da governabilidade será um desafio. Lula vai precisar começar a formar uma equipe ministerial com outros partidos para garantir que assuma a presidência numa posição legislativa mais forte", resume Laureno.

Enquanto o mundo diz adeus a Elizabeth II, Charles assume o trono diante de um cenário desafiador, se tornando a peça central de um complicado quebra-cabeça para manter a unidade do Reino Unido e preservar a monarquia. Mas não tem sido fácil ser rei.

Em apenas dez dias como líder da família real britânica, ele já teve de lidar com manifestações contra a monarquia e ameaças de países da comunidade britânica que desejam virar repúblicas. Charles III vem demonstrando irritação com funcionários e com as especulações sobre seu estado de saúde, após uma foto de suas mãos se tornar assunto nacional.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, uma das primeiras tarefas será conter o burburinho separatista da Escócia e evitar um referendo sobre a reunificação das Irlandas. "Se a Escócia se tornar independente durante o reinado de Charles, ele continuará sendo rei. No entanto, seria um golpe no seu prestígio", disse Robert Hazell, professor da University College London.

Outro foco de atenção será a integridade da Commonwealth, associação de 56 países dos quais 14 ainda têm o monarca da Casa de Windsor como chefe de Estado. Durante seu reinado, a rainha cultivou relações pessoais amigáveis com muitos líderes da comunidade britânica, mas Charles não tem o carisma e o prestígio da mãe.

Repúblicas

"Vários países da Commonwealth indicaram que pretendem avançar para ter presidentes como chefes de Estado, incluindo a Austrália", afirmou Robert Blackburn, professor de direito constitucional no King's College London.

Seguindo o exemplo de Barbados, que se tornou república no ano passado, outros países do Caribe - como Jamaica, Antígua e Barbuda - devem seguir o mesmo caminho.

Segundo Blackburn, o novo reinado pode oferecer as condições para uma reavaliação da monarquia moderna em todo o mundo, talvez até mesmo no Reino Unido. "A conduta de Charles III será um fator determinante nisso", disse.

"O princípio fundamental da monarquia constitucional é a doutrina da responsabilidade ministerial, segundo a qual o monarca segue o conselho ministerial. Portanto, é vital que ele se abstenha de discursos ou ações que criem polêmica, devendo obedecer a orientação sobre os limites em que pode expressar suas opiniões."

Manifestações

Especialistas acreditam que a monarquia pode nunca mais funcionar tão bem quanto sob Elizabeth II. Ela governou por 70 anos, tornando-se a monarca que reinou por mais tempo na história britânica, sendo adorada e respeitada dentro e fora do Reino Unido. Ocupar esse vácuo não será fácil.

Nos últimos dias, foram registradas várias manifestações contra a monarquia, com a resposta dura da polícia e crítica de ativistas. Em Londres, Edimburgo e Oxford, alguns manifestantes foram intimidados e alguns chegaram a ser presos.

Custos

Para manter a monarquia relevante, Charles também terá de fazer ajustes não apenas no comportamento tradicional que acompanha a instituição, mas cortando gastos que pesam no bolso do contribuinte - principalmente em um momento de crise econômica.

Analistas esperam que Charles torne a monarquia uma instituição mais enxuta, cortando gastos com a redução no número de membros graúdos da realeza. Para Blackburn, a Casa de Windsor cumpre a função de ser um símbolo do Estado, uma força unificadora e um processo conveniente para legitimar várias formas de negócios do governo. "No entanto, a monarquia em uma democracia continua sendo uma anomalia."

Já Hazell acredita que a família real representa estabilidade, continuidade e tradição, mas também deve acompanhar as mudanças na sociedade. "O apoio à monarquia tem sido forte e estável há muito tempo, mesmo em períodos difíceis. E é provável que esse cenário continue assim", afirmou.

"Charles já mostrou que tem consciência da necessidade de manter a monarquia relevante, visitando Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte na primeira semana de reinado. Ele encontrará outras maneiras de manter a monarquia relevante, e terá a ajuda do príncipe William e da geração mais jovem."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Rio de Janeiro recebe em setembro deste ano a 5ª edição do Hacking.Rio. O evento é autointitulado o maior hackathon da América Latina, tipo de competição que reúne programadores de computação para tentar solucionar desafios propostos.

Na edição deste ano, que acontece de 1º a 4 de setembro, o Hacking.Rio tentará buscar soluções para desafios relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). As inscrições seguem abertas até 10 de agosto e podem ser feitas por meio do site da Hacking.Rio.

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“Nossa primeira edição do Hacking.Rio foi em 2018, com ‘hackers do bem’, desenvolvedores, programadores, designers, para a gente desenvolver uma solução inovadora para um problema real da sociedade, do mercado. Nessa 5ª edição, os desafios são relacionados aos 17 ODS da ONU”, explica a fundadora do Hacking.Rio, Lindalia Junqueira.

Podem participar equipes, mentores, instituições de ensino e comunidades tech do Brasil e do exterior.

Formato híbrido

Este ano, pela primeira vez depois do início da pandemia de Covid-19, o Hacking.Rio será realizado em formato híbrido, com participação presencial e on-line. As equipes terão 42 horas para apresentar suas soluções aos desafios propostos.

Os vencedores receberão o prêmio máximo de R$ 25 mil. Já os que ficarem em segundo e terceiro lugares terão premiações de R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.

Os pais de duas meninas que morreram asfixiadas nos Estados Unidos entraram com uma ação contra o TikTok, acusando o algoritmo da rede social de incitar suas filhas a participar do perigoso "desafio do apagão", que incentiva o sufocamento até o desmaio.

“O TikTok deve prestar contas por ter conduzido essas duas jovens a conteúdos letais", declarou nesta semana o advogado Matthew Bergman, cujo escritório é especializado em defender vítimas de abusos relacionados às redes sociais. “O TikTok investiu bilhões de dólares na criação de produtos desenhados para distribuir conteúdo perigoso, sabendo que o mesmo pode causar a morte de usuários", ressaltou.

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O aplicativo, do grupo chinês ByteDance, não respondeu à tentativa de contato feita pela AFP. No passado, lembrou que esse "jogo" surgiu antes das redes sociais.

O "desafio do apagão", em que as pessoas prendem a respiração até desmaiarem, a fim de experimentarem sensações fortes, causa acidentes todos os anos, sendo que alguns deles resultam em morte.

A denúncia apresentada em Los Angeles no fim de junho está relacionada ao caso de Lalani Walton, 8, e Arriani Arroyo, 9. Lalani foi encontrada por sua madrasta "pendurada em sua cama com um laço em volta do pescoço". "Ela achou que, se publicasse um vídeo fazendo o desafio, tornaria-se famosa, de forma que decidiu tentar", explica a denúncia.

Arriani, por sua vez, usou a coleira de seu cão para tentar se asfixiar. Em ambos os casos, o escritório de Matthew Bergman questiona a seção em que o algoritmo do aplicativo sugere vídeos baseados nas preferências do usuário.

A denúncia menciona alguns dos desafios publicados pelos usuários da plataforma. "O alcance dos danos causados pelo vício no TikTok é aterrorizante. Vai desde a distração às custas da educação, dos esportes e da socialização até a perda de sono, depressão grave, ansiedade, automutilação e morte acidental ligada ao desafio do apagão ou suicídio", ressaltam os advogados na denúncia.

Em janeiro de 2021, a Itália bloqueou temporariamente o acesso ao TikTok para usuários cuja idade não é garantida, após a morte de uma menina que havia participado do desafio do apagão.

A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pela consultoria KPMG indica que, no geral, a governança corporativa é conhecida e valorizada entre empreendedores da agropecuária. De acordo com o estudo, 85% consideram a governança importante ou muito importante para seu negócio. Apesar disso, a adoção das chamadas boas práticas ainda enfrenta desafios.

Dos empreendimentos rurais pesquisados, 55% não contam com acordo de sócios formalizado, por exemplo. A maior barreira para os produtores rurais é a falta de informações e de referências de boas práticas para o agronegócio, citada por 35% dos entrevistados. Logo em seguida, aparecem o receio de criar burocracia (33%), o receio de aumentar os custos (32%) e a descentralização do poder de decisão (28%).

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Entre as práticas de governança adotadas pelos empreendimentos, aparecem a existência de uma diretoria executiva (56%), a realização de assembleia ou reunião anual dos sócios (55%), o estabelecimento de políticas de remuneração dos sócios (58%) e a prestação de contas formal aos sócios ou conselho (53%).

Segundo Luiz Martha, gerente de Pesquisa e Conteúdo do IBGC, a sondagem traz uma surpresa positiva em relação às práticas já adotadas pelos empreendimentos. No entanto, ele afirma que ainda há um amadurecimento a ser atingido. "Apesar de 79% afirmarem existir instâncias de tomada de decisão, em 47% dos casos a decisão é tomada apenas pelo principal sócio, consultando ou não outros sócios. Talvez o sistema esteja implementado, existam estruturas, mas ainda não estão em prática 100%", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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