Tópicos | Desastre prédios

Um grupo de dez grafiteiros fez um churrasco na tarde desta segunda-feira (6) na frente de dois amplos imóveis da São Paulo Previdência (SPPrev), autarquia do governo do Estado - um deles foi invadido em maio. "É a primeira ocupação artística da cidade", diz o artista Thiago de Sampaio Bender, de 34 anos. A SPPrev informou que registrou boletim de ocorrência contra a ocupação do imóvel localizado na Rua Domingos Barbieri, no Butantã, Zona Oeste da capital.

A tarde desta segunda-feira era considerada o Dia D para as intervenções do grupo por causa do BO. O imóvel da SP Prev onde os artistas assavam a carne, enquanto pintavam grafites coloridos nas paredes, abriga o movimento Ocupe - Oficinas Criativas de Ocupação Pública.

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Bender, que é morador do bairro, contou que o imóvel ficou por 12 anos sem uso, em processo de deterioração. Seguranças eram mantidos no local. Há 8 meses, Bender pediu para guardar nos galpões do prédio os materiais que usava em suas obras urbanas. Aos poucos, foi se apropriando "artisticamente" do espaço.

Começou a limpar o imóvel e plantou uma horta no jardim. As paredes da casa foram grafitadas com obras de diferentes artistas da cidade, que vieram de todas as regiões. Conforme o movimento ganhava corpo, os responsáveis pelo prédio começaram a se preocupar e pediram o imóvel de volta. Nesta segunda, era a data-limite para a saída dos artistas do edifício.

"Eles invadiram sem a nossa autorização. Vamos fazer um boletim de ocorrência e pedir ajuda da Polícia Militar para retirá-los daqui", disse um dos funcionários da SP Prev, que esteve no local observando o churrasco e as novas pinturas.

Coragem

Os artistas, contudo, prometem resistência. Bender tentou se respaldar com a declaração por escrito de 30 vizinhos confirmando que os artistas ocuparam o espaço há mais de dois anos. Ele tem planos de criar oficinas em parceria com duas escolas públicas do bairro no prédio. "Um processo de reintegração de posse leva uns quatro anos. Foi o que meu advogado disse. Vamos enfrentar com coragem", disse o artista.

O funcionário da SPPrev, que pediu para não ser identificado, foi registrar o BO na delegacia. Até a noite de hoje, a PM não havia ido ao local desocupar o imóvel. Em nota, a SPPrev informou que aguarda que sejam adotadas as medidas cabíveis para a resolução do caso. A SPPrev disse que os imóveis são herança do antigo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tarde desta sexta-feira (27) chegou a 11 o número de vítima fatais do desabamento dos três prédios, no centro do Rio de Janeiro, ocorrido na noite da última quarta-feira (25). A expectativa das equipes de buscas é encontrar os escombros do andar em que um grupo tinha aula no prédio de 20 andares. O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, informou que as buscas vão continuar por mais 48 horas na área.

Durante o primeiro dia de buscas, os agentes do Corpo de Bombeiros localizaram cinco corpos. Na madrugada desta sexta-feira, um corpo foi encontrado e, ao longo da manhã, outros três corpos foram resgatados. Agora à tarde os agentes do Corpo de Bombeiros resgataram mais dois corpos.

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De acordo com informações da Polícia Civil, quatro vítimas foram identificadas nesta manhã. Na relação de mortos, consta os nomes de: Celso Renato Braga Cabral, Cornélio Ribeiro Lopes, Margarida Vieira de Carvalho e Nilson de Assunção Ferreira. Outra vítima fatal, mas que não teve o nome confirmado pela Polícia, é o catador Moiséis Moraes da Silva, que teve o corpo encontrado por familiares.

Já o número de feridos no desastre chegou a seis. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde mais grave é o da mulher que teve uma lesão no couro cabeludo. Ela foi submetida a uma cirurgia nesta quinta-feira e foi transferida para um hospital particular.

Um inquério foi aberto pela Polícia Civil para apurar as responsabilidades pelo desabamento. Sete testemunhas e dois policiais que prestaram depoimentos foram ouvidos pelo titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, nesta quinta-feira (26).

Luto oficial – Em memória aos mortos da tragédia, o governador do Rio, Sérgio Cabral, decretou luto oficial de três dias no Estado. O decreto será publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira. A Prefeitura do Rio também informou que tomará a mesma medida.

Os três prédios, localizados no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Teatro Municipal, desabaram por volta das 21h no horário de Brasília (20h no Recife), nesta quarta-feira (25). Um dos edifícios tinha 20 andares e ficava situado na Avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na Rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção anexa ao Teatro Municipal.

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