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Militares, fardas, equipamentos de guerra, aviões que fazem desenhos com fumaça no ar. Assistir aos desfiles nas capitais do país, seja presencialmente, seja pela televisão, faz parte da programação de muitos brasileiros no dia 7 de setembro. Os desfiles marcam as comemorações oficiais da Independência do Brasil, praticamente desde a proclamação, em 1822, mas nem sempre tiveram o mesmo formato. Eles foram se transformando ao longo do tempo, assim como os significados que carregam e as disputas que representam.

“Os desfiles sempre ocorreram, mas não de maneira planejada, organizada e centralizada como conhecemos hoje. Havia desfiles por diversas razões e várias motivações, mas somente a partir da República [em 1889], que começam a ter a organização mais próxima do que conhecemos hoje. Foi com Getúlio Vargas, na década de 1930, que passaram a se constituir como ato de construção cívica, com uma grande participação militar, mas também com grande participação civil, principalmente nos estados e municípios”, explica o professor emérito do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) Eurico de Lima Figueiredo.

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O professor diz que os desfiles não são exclusividade do Brasil. A inspiração de Vargas, por exemplo, é o estadista e líder militar francês Napoleão Bonaparte. Vargas governou o Brasil em dois períodos: entre 1934 e 1945, quando o mundo passava pela Segunda Guerra Mundial, e 1951 e 1954. “Ele estava muito atento à necessidade de mantermos a integridade nacional, estava ligado à ideia de que tínhamos que cultivar nossa nação, nosso nacionalismo, até porque passa a cultivar, em relação aos Estados Unidos e Europa a ideia de que o Brasil poderia ter sua própria vontade”, diz.   Para o público nacional, era importante, segundo Figueiredo, cultivar a ideia de força.  “A ideia da força é atrativa para o imaginário. Você não se identifica com a fraqueza, você se identifica com a força. Essa força que nos representa no nosso imaginário”.

Celebrações e pompa

De acordo com a historiadora Adriana Barreto, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), os desfiles foram mudando ao longo dos anos. Segundo ela, o historiador Hendrik Kraay, que estudou a invenção do Grito do Ipiranga como dia da independência do Brasil, mostra que no ano seguinte, em 1823, a data de 7 de setembro já era oficialmente reconhecida com festejos no Rio de Janeiro.

Além disso, Barreto diz que o Condy Raguet, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, registrou que o 7 de setembro de 1823 foi celebrado na corte do Rio de Janeiro “com pompa militar, civil e religiosa”. “Mas, a gente precisa sempre ficar atento à historicidade dessas informações e fatos. Primeiro ponto: naquela época, todas as grandes festas cívicas eram celebradas recorrendo-se a elementos militares, civis e religiosos. Em todas elas, sempre tinha uma parada militar, tiros de artilharia e um Te Deum, um ofício de ação de graças. Outro ponto importante é o significado de 'militar' no início do século XIX”, ressalta.

Barreto explica que há um conjunto de palavras desse universo (tais como: militar, exército, forças armadas, bem como a maior parte das patentes de oficiais) que geram muitos problemas de interpretação. “Se a gente consulta um dicionário da época, a palavra militar nas primeiras décadas do século XIX só existia como adjetivo – por exemplo, “vida militar” e “ordens militares” – ou como verbo, “vitórias em que alguns militaram”. Ninguém se identificava 'eu sou um militar', como uma profissão. Já a palavra exército, no dicionário, tinha apenas uma definição: ‘grande número de tropas juntas’”, diz.

Dessa forma, de acordo com a historiadora, as paradas militares se referiam a um universo diferente do atual. O exército incluía as tropas de linha, as milícias e as ordenanças. As duas últimas se tratavam de cidadãos armados. As milícias ainda eram treinadas, mas as ordenanças, não. “Então, em uma “parada militar”, era possível encontrar um número grande de pessoas comuns, que exerciam vários ofícios e que, após a Constituição de 1824, foram definidas como cidadãos brasileiros”.

Comemorações e disputas   

Para o professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Pimenta, por se tratarem de comemorações oficiais, os desfiles, atualmente, não têm um apelo popular grande, principalmente porque estão costumeiramente associados com as Forças Armadas e por terem sido utilizados pelo regime autoritário durante a ditadura militar de 1964 a 1985.

“Eles [os desfiles] são um dispositivo de identidade, de reprodução do pertencimento dos indivíduos a uma coletividade. É por isso que os desfiles continuam existindo mesmo que eles não sejam muito populares, com algumas exceções. Existem desfiles que são bastante populares no Brasil, como o 2 de Julho na Bahia, que também rememora a Independência do Brasil. Este é um desfile tradicionalmente popular, mas o 7 de Setembro, não”, diz o professor.

Pimenta observou ainda que nos últimos anos no Brasil o dia 7 de Setembro vem sendo disputado por diferentes grupos políticos e setores da sociedade. “O que aconteceu nos últimos anos é que o governo de Jair Bolsonaro manipulou numa escala pouco comum esses desfiles para o seu próprio proveito. Lembrando que em 2021 o desfile foi cancelado e ocorreu um ato em favor do então presidente e em 2022 existiu esse desfile de forma praticamente privada, de campanha de sua tentativa de reeleição”, diz.

O professor defende que há outras formas de comemorar a independência. Para isso, segundo ele, seria necessário, em primeiro lugar, diminuir progressivamente o papel das Forças Armadas no evento, podendo até mesmo eliminá-las do desfile.

“Em segundo lugar, promovendo uma série de ações nos estados, valorizando as datas locais da Independência, como na Bahia, no Maranhão, no Pará, e articular isso tudo numa agenda de comemorações. E em terceiro lugar chamar diversos setores da sociedade com o maior número possível de representação popular”.

Adriana Barreto também diz acreditar que seja necessária uma mudança na relação das Forças Armadas com as estruturas de poder. "O que vemos hoje com clareza, após essa politização escancarada das Forças Armadas [ocorrida recentemente no governo de Jair Bolsonaro], é que essa relação precisa mudar, é viciosa e se reproduz geracionalmente. As Forças Armadas são parte da burocracia do Estado. A relação não pode ser de mundos (militares e civis) apartados e em oposição. Como burocracia, e burocracia armada, ela precisa estar rigorosamente submetida ao poder civil. A relação não pode ser horizontal, menos ainda de oposição. Do contrário, a sociedade pode se tornar refém daqueles que deveriam protegê-la, de seus próprios militares", defende.

O presidente Vladimir Putin prometeu nesta terça-feira (9) a "vitória" na guerra na Ucrânia, que segundo ele foi orquestrada pelo Ocidente para destruir a Rússia, em uma tentativa de traçar um paralelo com Segunda Guerra Mundial, no dia em que o país celebra a vitória contra a Alemanha nazista em 1945.

Ao mesmo tempo, o fundador do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que está na linha de frente na localidade de Bakhmut, aproveitou a data simbólica para denunciar a incapacidade das autoridades russas de derrotar a Ucrânia e acusou a hierarquia militar de querer "enganar" o presidente russo.

Mais de um ano após o início da ofensiva na Ucrânia, Putin insiste em apresentar o conflito como uma estratégia dos países ocidentais.

"A civilização está novamente em um ponto de inflexão. Uma guerra foi desencadeada contra nossa pátria", disse Putin na Praça Vermelha de Moscou, diante de milhares de soldados, políticos e várias autoridades de ex-repúblicas soviéticas.

O chefe de Estado falou diretamente para as tropas russas, em particular para as centenas de milhares de reservistas mobilizados: "Nada é mais importante agora que a tarefa militar de vocês. A segurança do país depende, hoje, de vocês. O futuro do nosso Estado e do nosso povo depende de vocês".

Putin voltou a acusar as potências ocidentais de utilizar a Ucrânia para provocar "o colapso e a destruição de nosso país".

"Pela Rússia, por nossas corajosas Forças Armadas, pela vitória! Hurra!", clamou, antes do início do desfile de milhares militares e tanques blindados.

A cerimônia anual tem o objetivo de enaltecer o poder russo, em particular quando a vitória de 1945 ocupa um lugar central no nacionalismo promovido por Putin.

Mas em 2023, as celebrações acontecem à sombra dos reveses militares na frente de batalha, enquanto Kiev afirma que está preparando uma grande contraofensiva.

Na segunda-feira, 8 de maio, dia em que muitos países ocidentais celebram o fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu que a Rússia será derrotada "como o nazismo foi derrotado".

Ao romper com a tradição soviética do dia 9 de maio, Kiev recebeu nesta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para celebrar o Dia da Europa.

A União Europeia (UE) "não se deixará intimidar pela demonstração de força" exibida por Putin em Moscou, afirmou o chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, no Parlamento Europeu.

Na frente de batalha, após 15 meses de ofensiva na Ucrânia, o exército russo parece enfraquecido por baixas, reveses nos combates e tensões entre o Estado-Maior e os paramilitares do grupo Wagner.

- Acusações do grupo Wagner -

O fundador da milícia escolheu a data simbólica de 9 de maio para acusar a hierarquia militar de querer "enganar" Putin sobre a ofensiva.

Prigozhin também disse que os soldados do exército oficial fugiram de suas posições em Bakhmut, epicentro dos combates no leste da Ucrânia.

"Hoje (terça-feira), uma das unidades do ministério da Defesa fugiu de um de nossos flancos (...) Eles abandonaram suas posições, todos fugiram", acusou Prigozhin em um vídeo postado no Telegram.

"Por que o Estado não consegue defender o país?", questionou, antes de destacar que o que é exibido na televisão russa não corresponde à realidade.

As comemorações de 9 de maio acontecem com grandes medidas de segurança, depois de um aumento considerável dos ataques em território russo que Moscou atribui a Kiev.

Os ataques acontecem quando muitos consideram iminente uma ampla contraofensiva ucraniana, com o objetivo de tentar recuperar os territórios ocupados pela Rússia no sul e leste do país.

O ataque mais chamativo, mas que provoca muitas perguntas, aconteceu na semana passada, quando dois drones se aproximaram do Kremlin.

Moscou apresentou o ato como uma tentativa de assassinato de Putin. A Ucrânia negou qualquer envolvimento e sugeriu que a ação poderia ser obra de um movimento rebelde interno ou uma tentativa de provocação do governo russo.

Também foram registrados nas últimas semanas ataques contra instalações do sistema de energia da Rússia, sabotagens em ferrovias e a tentativa de assassinato do escritor nacionalista Zakhar Prilepin, que ficou ferido em uma explosão no sábado.

- Desfiles cancelados -

Os ataques provocaram o cancelamento de vários eventos e cerimônias programadas para 9 de maio em diversas cidades da Rússia, em particular nas áreas de fronteira com a Ucrânia e na península anexada da Crimeia.

Ao mesmo tempo, a Rússia prossegue com os bombardeios na Ucrânia.

A Força Aérea ucraniana afirmou nesta terça-feira que derrubou 23 mísseis de cruzeiro russos, de um total de 25 lançados durante a noite.

O comando militar de Kiev anunciou que derrubou 15 "objetivos aéreos inimigos" ao redor da capital, mas não relatou vítimas ou danos consideráveis.

A Coreia do Norte apresentou novas armas neste sábado, incluindo a nova geração do seu míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de carregar ogivas nucleares, durante o desfile militar que comemorou os 75 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que comanda o país. Em discurso, o líder norte-coreano Kim Jong Un disse que pode mobilizar seu exército e aparato nuclear em caso de ameaças ao país.

Kim evitou criticar os Estados Unidos diretamente, focando em questões internas, agradecendo os esforços que a população do país vem fazendo para superar os desafios enormes causados pela pandemia do novo coronavírus e as sanções norte-americanas que virtualmente bloqueiam a economia local para o resto do mundo.

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O líder norte-coreano também fez um aceno à vizinha Coreia do Sul, dizendo que tem esperança que os dois países retomem as negociações bilaterais após o fim da pandemia. As conversas estão suspensas desde o impasse com os EUA sobre o projeto nuclear de Pyongyang.

A agência de notícias estatal KCNA informou que o presidente da China, Xi Jinping, enviou uma carta à Kim parabenizando o aniversário do partido e também se comprometendo a continuar a "defender, consolidar e desenvolver" as relações bilaterais entre os dois países.

A Coreia do Norte realizou, neste sábado (10), um gigantesco desfile militar, segundo imagens veiculadas pela televisão, com milhares de soldados sem máscara em um país que fechou suas fronteiras há oito meses e onde, segundo seu líder Kim Jong Un, não há um único caso de coronavírus.

O esperado ato faz parte das comemorações do 75º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores no poder. O hermético regime comunista festejou o acontecimento depois de fechar suas fronteiras há oito meses para se proteger do coronavírus, do qual não notificou nenhum caso.

Em discurso ao público, Kim Jong Un comemorou que "nem uma única pessoa" tenha contraído o coronavírus no país e afirmou que deseja "boa saúde a todas as pessoas do mundo que estão lutando contra os males deste terrível vírus".

A emissora pública KCTV transmitiu imagens de esquadrões de soldados armados e veículos blindados, alinhados nas ruas de Pyongyang, prontos para desfilar pela Praça Kim Il Sung, em imagens noturnas.

Nem os participantes nem o público presente usavam máscara, mas havia muito menos cidadãos do que normalmente na praça.

A transmissão começou com a imagem de um cartaz de propaganda, apresentando três norte-coreanos com os símbolos da foice, martelo e pincel e o slogan "A maior vitória do nosso grande partido".

Em geral, os desfiles norte-coreanos são encerrados com um míssil que o governo quer destacar em seu arsenal, e os observadores tendem a prestar especial atenção a isso, em busca de qualquer pista sobre o desenvolvimento de armas do Norte.

"Continuaremos a fortalecer nosso Exército, para fins de autodefesa e dissuasão", declarou o líder norte-coreano em seu discurso.

De acordo com um comunicado dos chefes de Estado-Maior sul-coreanos, o desfile teria ocorrido no início desta manhã, quando "sinais de uma parada militar com pessoas e equipamentos foram detectados" na Praça Kim Il Sung em Pyongyang. As agências de inteligência sul-coreana e americana "acompanharam de perto o evento", acrescentaram.

"Grande passo"

Acredita-se que a Coreia do Norte continue desenvolvendo seu arsenal, supostamente para se proteger dos Estados Unidos, após o fracasso da cúpula de Hanói com o presidente americano Donald Trump em fevereiro do ano passado.

Analistas apostam que o país está desenvolvendo um novo míssil balístico submarino (SLBM) ou míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de atingir os Estados Unidos e escapar dos sistemas de defesa americanos.

A comemoração do aniversário do Partido dos Trabalhadores significa que a Coreia do Norte "tem uma necessidade política e estratégica de exibir algo grande", interpretou Sung-yoon Lee, um professor coreano da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.

A demonstração de armas mais avançadas "marcará um grande passo à frente na capacidade real de ameaça de Pyongyang", assegurou.

Ao contrário de outras ocasiões, a imprensa estrangeira não foi autorizada a assistir ao desfile e, como muitas embaixadas estão fechadas por causa do coronavírus, quase não havia observadores estrangeiros na cidade.

A embaixada russa em Pyongyang postou uma mensagem em sua página do Facebook pedindo aos diplomatas e outros representantes internacionais que não "se aproximem ou tirem fotos" das comemorações.

No final de dezembro, Kim ameaçou revelar uma "nova arma estratégica", mas analistas acreditam que Pyongyang tentará não arriscar suas chances com Washington antes da próxima eleição presidencial americana em novembro.

Ostentar suas armas estratégicas em um desfile militar "seria consistente com a promessa de Kim Jong Un", embora, por outro lado, não seja do interesse de "provocar os Estados Unidos testando uma arma estratégica", apontou Rachel Lee, ex-conselheira do governo americano sobre a Coreia do Norte.

Por sua vez, Harry Kazianis, do Centro de Interesses Nacionais, alertou para o risco de que a presença de milhares de pessoas se torne um "grande propagador" do coronavírus, se não forem tomadas "precauções extremas".

O precário sistema de saúde neste país empobrecido teria dificuldade em lidar com um surto massivo, embora acredite que as medidas de prevenção pareçam improváveis.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, participa neste momento da celebração pelo Dia da Independência, em Brasília. O tradicional desfile de 7 de Setembro ocorre na Esplanada dos Ministérios, e tem participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e da primeira dama Michele Bolsonaro com a filha Laura. As autoridades acompanham da tribuna as festividades pelos 197 anos da proclamação da independência do Brasil, que devem terminar por volta das 11h.

Além do presidente da República e do presidente do Senado acompanhado da esposa e dos filhos, participam das comemorações o vice-presidente, Hamilton Mourão; o deputado federal Marcos Pereira, presidente em exercício da Câmara dos Deputados; os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, da Justiça, Sergio Moro; e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Silvio Santos e Edir Macedo também estão na tribuna.

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Participam do desfile cerca de 4,5 mil pessoas — 3 mil delas militares das Forças Armadas. O Fogo Simbólico da Pátria foi conduzido pelo atleta Altobeli Santos da Silva, terceiro sargento da Marinha e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em agosto.

Um dos destaques da programação, que tem transmissão ao vivo pela TV Brasil, é a Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. O grupo detém o recorde mundial de 47 militares em deslocamento em uma única moto. O evento será encerrado com um show acrobático da Esquadrilha da Fumaça. O percurso do desfile é de 2 quilômetros, do Palácio da Justiça ao Ministério da Economia.

As arquibancadas têm capacidade para até 20 mil pessoas sentadas, mas há 10 telões espalhados pela Esplanada com a transmissão do desfile.

*Da Agência Senado

 

 

O primeiro desfile em comemoração à Independência do Brasil na gestão do presidente Jair Bolsonaro, começou às 9h deste sábado. O presidente acompanha a apresentação ao lado da primeira-dama Michelle, dos filhos, além de diversos ministros e autoridades.

Bolsonaro chegou à tribuna de honra, montada na Esplanada dos Ministérios, no Rolls Royce presidencial, junto a um de seus filhos, o vereador carioca Carlos Bolsonaro. Ele foi recebido pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo; pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre; e pelo presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira. Em seguida, já posicionado na tribuna, Bolsonaro recebeu as honras militares da Guarda Presidencial.

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A esposa Michelle e a filha Laura chegarem antes e acompanharam a aproximação do presidente da tribuna. Outros dois filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro também estão na tribuna de honra. Conforme determina o protocolo, o início do desfile foi autorizado pelo presidente, após solicitação ao Comandante Militar do Planalto, o general Sergio da Costa Negraes, que conduz a apresentação.

Também estão na tribuna de honra presidencial o vice-presidente Hamilton Mourão, e boa parte dos ministros do governo, entre eles Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Abraham Weintraub (Educação).

Neste ano, o desfile conta com a participação de cerca de 4,5 mil pessoas e terá como tema a mensagem Vamos Valorizar o que é Nosso, mesmo conceito adotado pela Semana do Brasil, iniciativa lançada pelo governo federal para estimular o patriotismo e ações promocionais no comércio varejista.

Na primeira etapa do desfile de hoje, houve a execução do Hino Nacional seguido do Hino da Independência, interpretados pela fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas Dragões da Independência, com a participação do coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília.

Em seguida, houve a apresentação da tocha do Fogo Simbólico da Pátria, conduzida pelo atleta Altobeli Santos da Silva, acompanhado do grupamento em homenagem aos ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, que lutaram na Segunda Guerra Mundial, de ex-integrantes da Força de Paz, acompanhados pela banda do Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, além da Guarda de Honra composta por alunos do Colégio Militar de Brasília.

Na sequência, desfilam estudantes de escolas públicas do Distrito Federal, que somam 1,1 mil participantes, seguidos de apresentação do Exército, Força Aérea Brasileira (FAB), Marinha do Brasil, Força Nacional de Segurança, Corpo de Bombeiros Militar e Policia Militar, além de tropas motorizadas, com seus veículos de combate blindados. A expectativa é de que o desfile dure cerca de duas horas, com a saída de Bolsonaro e comitiva por volta das 11h.

Tradicionalmente, um dos pontos altos do desfile é a passagem da Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília com 47 militares se equilibrando em uma única moto. O evento vai terminar com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça que, durante 25 minutos, fará acrobacias aéreas no céu da capital.

A previsão de custos para o desfile do 7 de setembro este ano é de R$ 971,5 mil, segundo a licitação pública realizada pelo Palácio do Planalto, e incluiu ampliação do número de banheiros químicos e telões. As arquibancadas montadas na Esplanada dos Ministérios têm capacidade de receber até 20 mil pessoas sentadas. Além disso, outra parte do público costuma acompanhar nos arredores da Esplanada, onde há ao menos 10 telões distribuídos em diferentes pontos. A estimativa é que cerca de 30 mil pessoas acompanhem o evento. 

Brasília tem sol com algumas nuvens. Segundo a meteorologia, não há previsão de chuva para hoje. A temperatura máxima pode chegar a 28°C, e a umidade relativa do ar na capital deve variar entre 35% e 80%, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

 

A cerimônia de abertura do desfile cívico militar no Rio de Janeiro começou às 9h10 e, segundo estimativas do Comando Militar do Leste (CML), cerca de 5,2 mil pessoas entre militares e representantes de instituições civis passarão pela pista da Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

O governador do Rio, Wilson Witzel, passou em carro blindado do Exército e foi aplaudido ao acenar para as pessoas que acompanham o evento nas arquibancadas. Não há estimativa oficial de público, mas as arquibancadas e a pista junto às grades estão lotadas.

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O tradicional Fogo Simbólico da Pátria foi carregado pelo atleta militar Felipe Almeida Wu (terceiro sargento do Exército), medalha de ouro na modalidade pistola de ar 10 metros, nos Jogos Militares de 2015 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Ele passou o fogo simbólico para o presidente da Liga de Defesa Nacional, Pedro Ernesto que acendeu a pira olímpica.

O Hino da Independência foi entoado pelo Coro do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

O início oficial do desfile foi às 9h30, depois de o general Willian Jorge Abraão, da primeira divisão do Exército e comandante oficial do desfile, pedir permissão para a passagem dos desfilantes. Em seguida, 21 motociclistas das Forças Armadas passaram pela avenida. Além do governador do Rio e do comandante do Comando Militar do Leste, general Júlio César de Arruda, outras autoridades participam da cerimônia.

 

Centenas de pessoas acompanham as apresentações das bandas marciais e fanfarras, muitos, inclusive, vestem verde e amarelo e portam a bandeira nacional exibindo o chamado espírito de patriotismo.

O desfile iniciou por volta das 8h30. Antes disso, o governador Paulo Câmara (PSB), o Comandante Militar do Nordeste (CMNE), general do Exército Marco Antônio Freire Gomes fizeram a tradicional revista das tropas e em seguida hastearam as bandeiras do Brasil, de Pernambuco e do Recife - esta pelo presidente da Câmara Municipal, Eduardo Marques (PSB).

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No palanque de autoridades, além do governador e de representantes militares, também acompanham o desfile o deputado estadual Marco Aurélio (PRTB) e o vereador do Recife, Ricardo Antunes (PSC).

Verde e amarelo

Diversas famílias assistam ao desfile na capital pernambucana. Acompanhada das duas filhas, a operadora de caixa, Guglielma Arabele, disse que estava acompanhando o desfile porque era um evento importante para a educação das crianças. “Acho importante para a criação das nossas filhas é muito bom para o conhecimento”, salientou. 

Até o momento não foi registrada nenhuma manifestação política no local.

A Esplanada dos Ministérios está pronta para a celebração dos 197 anos da proclamação da Independência do Brasil. Para a abertura do desfile cívico-militar, a partir das 9h, está prevista a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, que acompanhará o desfile, previsto para se encerrar às 11h.

Este ano desfilarão mais de 4,5 mil pessoas, sendo 3 mil militares das Forças Armadas. Entre as atrações estão a passagem do Fogo Simbólico que será conduzido pelo atleta Altobeli Santos da Silva (3º sargento da Marinha do Brasil), o desfile de alunos de escolas do Distrito Federal e a Pirâmide Humana, do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.

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O grupo possui recorde mundial por ter apresentado 47 militares em deslocamento em uma única moto. Encerrando o desfile, a Esquadrilha da Fumaça fará o show acrobático no céu de Brasília, informou a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

 

O desfile cívico militar de 7 de setembro, neste sábado, na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, começa às 9h, com a chegada do fogo simbólico da Pátria, pelas mãos de atletas olímpicos.

A pira será acesa por um representante da Liga de Defesa Nacional, instituição criada em 1916 em defesa do Serviço Militar Obrigatório, e logo depois tem início as apresentações, com a participação de cerca de 5,2 mil pessoas, entre militares e representantes de mais de 20 instituições civis.

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A expectativa do Comando Militar do Leste é de que as arquibancadas fiquem lotadas e o público participe e se emocione com a passagem das bandas, tropas militares, dos alunos das escolas da rede pública, de representantes da União dos Escoteiros do Brasil e da Cruz Vermelha, dos veteranos da 2ª Guerra Mundial e dos muitos equipamentos militares. São carros de combate, blindados, viaturas e motocicletas, além de tropas a cavalo. Pelo ar, vão passar helicópteros e aviões militares.

O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Carlos Cinelli, disse que está tudo pronto para mais uma edição do desfile, que acontece na avenida Presidente Vargas desde 1947: "A população pode esperar um desfile muito bonito e muito sincronizado."

Ele chama a atenção, no entanto, para uma questão de segurança sobre o uso de drones que estão proibidos, na área do desfile. "Como nós teremos o emprego de aeronaves, tanto aviões como helicópteros das nossas Forças Armadas e forças auxiliares, está proibido qualquer uso de drone, de qualquer natureza e para qualquer finalidade, na área do desfile", disse Cinelli.

O desfile deve durar duas horas e a parte terrestre será encerrada pela cavalaria. Depois, o show fica por conta das aeronaves militares.

 

Confrontos entre policiais e manifestantes na avenida Champs-Elysées, em Paris, mancharam o tradicional desfile militar de 14 de julho, que marca o feriado nacional francês da Queda da Batilha.

Após o desfile militar marcado este ano pela cooperação militar europeia defendida por Emmanuel Macron, que presidiu as festividades na presença de vários líderes europeus, incluindo Angela Merkel, dezenas de manifestantes do movimento dos "coletes amarelos" tentaram criar obstáculos e queimaram lixo na famosa avenida.

A polícia de choque dispersou com gás lacrimogêneo os manifestantes. Um total de 152 pessoas foram presas à margem do desfile militar, antes dos incidentes violentos, segundo informou a polícia parisiense.

Esta foi a primeira vez que os "coletes amarelos" protestaram na Champs-Elysées desde 16 de março.

- Cooperação militar -

Antes da confusão, face ao Brexit e a uma reconfiguração dos laços transatlânticos sob a era Trump, o presidente francês defenseu seu projeto de defesa europeia, considerando crucial para o Velho Continente melhorar a sua autonomia estratégica, em complemento da Otan.

Emmanuel Macron, que participou de seu terceiro desfile desde sua eleição em maio de 2017, abriu as festividades ao percorrer a avenida Champs-Elysées a bordo de um "carro de comando", antes de passar em revista as tropas ao lado do chefe de Estado-Maior.

Vaias foram ouvidas por parte de alguns "coletes amarelos" que conseguiram se misturar na multidão.

O presidente então ocupou seu assento na tribuna presidencial instalada na Place de la Concorde, onde vários líderes europeus esperavam por ele, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel.

Em frente à multidão reunida no coração da capital, o campeão mundial francês de jet-ski Franky Zapata ofereceu um impressionante espetáculo futurista voando, com uma arma na mão, várias dezenas de metros acima da Champs-Elysées em seu "Flyboard Air", que ele mesmo inventou.

Esta plataforma voadora propulsada por jatos de ar é de interesse das forças especiais francesas. O "Flyboard" permitirá "testar diferentes usos, como uma plataforma de logística voadora ou uma plataforma de assalto", disse neste domingo a ministra dos Exércitos Florence Parly à France Inter.

Entre a multidão, Thomas, um engenheiro de 39 anos, carrega seu filho de 5 anos nos ombros com a bandeira francesa na mão. "Estávamos em Paris e decidimos estender nossa estada, para que as crianças pudessem ver o desfile. Para ensinar a elas o respeito, que vejam aqueles que lutam por nós", disse ele à AFP.

Para esta edição de 2019, a França convidou uma dúzia de parceiros europeus de seu Exército para participar do tradicional desfile militar.

"Este ano haverá muitos militares de Exércitos europeus. Este será um belo símbolo da defesa europeia que estamos construindo, que, como vocês sabem, é uma prioridade do meu mandato", disse no sábado o chefe do Estado francês.

"Agir juntos não significa renunciar ou diminuir a soberania nacional, nem, é claro, renunciar à Aliança Atlântica", ressaltou.

- Parcerias europeias -

Além da chanceler alemã, que tem preocupado a opinião pública após três episódios de tremores, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, estão entre os 11 convidados europeus do presidente francês.

Eles foram convidados para almoçar no Palácio do Eliseu após o desfile.

A primeira-ministra britânica Theresa May é representada pelo vice-primeiro-ministro David Lidington.

Os nove países que participam ao lado da França na Iniciativa Europeia de Intervenção (IEI) - nascida há um ano sob a liderança de Macron, com o objetivo de desenvolver uma "cultura estratégica compartilhada" - foram representados no desfile: Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Estônia, Espanha, Portugal e Finlândia, todos representados em Paris pelos seus chefes de Estado, de Governo ou Ministro da Defesa.

O desfile aéreo, aberto com fumaça nas cores da bandeira francesa, teve a participação do avião de transporte alemão A400M e de um espanhol C130. Entre os helicópteros que fecharão o desfile estarão dois Chinooks britânicos. O Reino Unido, que atualmente fornece ao Wxército francês três helicópteros de carga pesada no Sahel, acaba de estender seu compromisso até junho de 2020, para a grande satisfação de Paris, que carece enormemente desse tipo de equipamento.

No total, cerca de 4.300 militares, 196 veículos, 237 cavalos, 69 aviões e 39 helicópteros foram mobilizados para o evento organizado na famosa avenida no coração da capital francesa.

Aviões de combate sobrevoaram Pequim neste domingo (23) enquanto milhares de soldados da China, Rússia e outros países ensaiavam uma apresentação para o desfile militar do próximo mês, quando se comemora o fim da Segunda Guerra Mundial. A parada de 3 de setembro deve mostrar a capacidade crescente do Exército de Libertação do Povo em um momento que Pequim reivindica direitos territoriais no Mar da China Meridional e no Mar da China Oriental.

O centro da cidade ficou fechado ao público durante o ensaio, mas imagens publicadas pela mídia estatal mostraram um transportador de mísseis chinês circulando na Praça de Tiananmen e tropas com bandeiras de Cuba, Fiji, Quirguistão, Mongólia e Paquistão. Mais de 10 mil soldados chineses com mais de 500 veículos e 200 aeronaves participaram do ensaio, de acordo com a agência oficial chinesa Xinhua.

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O exército planeja mostrar sete tipos de mísseis de alcance médio, curto e longo no desfile, disse a Xinhua. Cerca de 84% das armas que participarão do evento não foram mostradas ao público antes, disse a agência oficial ao citar os militares. Outros países participantes são a Bielorrússia, Casaquistão e México.

A China afirma que o desfile comemora o 70º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial e demonstra seu compromisso com a paz. Mas o evento ocorre num momento em que outros governos expressaram preocupação sobre a atitude hostil de Pequim em disputas territoriais.

Os integrantes da delegação mexicana incluem 75 oficiais e cadetes das academias aérea, terrestre e naval no país, de acordo com a Xinhua. "Com este ato, queremos ajudar o México a se tornar um ator com responsabilidade global", disse o comandante da delegação, José Carlos Luna Loaeza, citado pela agência de notícias oficial da China. Fonte: Associated Press.

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