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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (União Brasil-RJ) desistiu de concorrer ao comando do Executivo estadual. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 19, após reuniões com a legenda no Estado.

Em nota, a assessoria informou que ficou acertado que Garotinho não terá a obrigação de apoiar o governador Cláudio Castro (PL). Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o ex-governador acumulava atritos com Castro por causa de uma disputa por espaço em sua base eleitoral no interior.

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A principal condição do clã Garotinho para apoiar a reeleição de Castro era que o governador se afastasse politicamente do secretário de Governo, Rodrigo Bacellar. Trata-se de um político local, deputado estadual em primeiro mandato, com base eleitoral em Campos dos Goytacazes (RJ). Lá, é rival dos Garotinhos. A discórdia ganhou contornos de rixa pessoal e se tornou pública nas redes sociais.

Após anunciar desistência, Garotinho confirmou que decidirá até a próxima sexta-feira, 22, se será candidato a deputado federal, estadual ou a nenhum cargo.

Sua filha, a deputada Clarissa Garotinho foi anunciada como a pré-candidata ao Senado pelo União Brasil.

Na sexta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) rejeitou um recurso apresentado pela defesa de Garotinho e manteve, por unanimidade, uma condenação definida contra o político em 2016. Assim, de acordo com o Ministério Público Eleitoral do Rio, autor da ação, Garotinho havia voltado a ficar inelegível em razão da chamada Lei da Ficha Limpa. No mesmo dia, ele disse recorreria da decisão.

A menos de três meses das eleições, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz (PSD) desistiu da candidatura ao governo do Rio. Ele foi anunciado nesta quinta-feira, 14, como vice na chapa do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT). Apoiado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), na disputa, Santa Cruz não se viabilizou no partido. Também não cresceu nas pesquisas de intenção de voto, ficando com 2% a 3% das preferências.

O anúncio da pré-candidatura foi feito em redes sociais pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "É com muita alegria que anuncio a indicação do companheiro Felipe Santa Cruz (PSD) como vice de Rodrigo Neves ao governo do Rio".

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Durante encontro em um hotel no centro do Rio na manhã desta quinta, Neves afirmou que o Rio não pode "correr riscos". Era uma referência à candidatura do deputado Marcelo Freixo (PSB), que deve disputar votos com ele entre eleitores de esquerda.

"Essa aliança é a única possível para reunir os melhores quadros para reconstruir o Rio de Janeiro", disse Neves. "É a ponte da vitória. O Rio hoje é um carro em uma estrada esburacada à beira de um precipício. A gente não daria um carro numa condição boa para uma pessoa que nunca dirigiu, ainda mais nessa condição. Tenho muito respeito ao deputado Freixo como parlamentar, mas o Rio é o maior desafio de governança dos 27 Estados. Não pode mais correr riscos".

Padrinho político de Santa Cruz, Paes insistia na candidatura do ex-presidente da OAB ao governo. Era uma tentativa de fortalecer o PSD no Estado e criar musculatura política para as próximas eleições. Depois de meses sem que Santa Cruz avançasse, os dois decidiram abrir mão da cabeça de chapa. Tiveram apoio do diretório nacional do PSD na decisão.

"Há sempre uma leitura equivocada do quadro fluminense, tentando projetar uma disputa consolidada no cenário eleitoral nacional para o Estado do Rio de Janeiro, o que está longe de acontecer", disse Paes. "O cenário do Rio de Janeiro para candidatura majoritária está absolutamente aberto. Nós construímos essas duas candidaturas em conjunto. O PSD é um partido ainda sem identidade, mas entendemos que havia um caminho para a construção de uma candidatura".

Paes enviou uma mensagem a aliados comunicando a decisão, pouco antes do anúncio público. No texto, o prefeito diz que o Estado não pode ficar nas mãos de "uma turma que vem mostrando enorme incapacidade de nos dirigir e muito menos de um radical". Referia-se às candidaturas do governador Cláudio Castro (PL) e do deputado Marcelo Freixo (PSB) , respectivamente.

No início do ano, PDT, PSDB e PSD, encabeçados por Paes e pelo deputado federal Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, se reuniram para costurar uma aliança em torno do nome de Neves ou Santa Cruz. Um acordo chegou a ser firmado entre os partidos. Os partidos de Gilberto Kassab e de Carlos Lupi decidiram, no entanto, "em comum acordo", no início de abril, desfazer a aliança.

O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (PSDB) se aproximou de Freixo. Levou consigo a maioria dos tucanos. Com isso, o PSD ficou isolado, sem capilaridade nos municípios do interior do Estado e derrapando nas pesquisas. O ex-presidente da OAB ainda tentava se viabilizar como um palanque alternativo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio. O grupo de Paes chegou a procurar Lula. Mas a aproximação não avançou.

Para Santa Cruz, o processo de discussão da pré-candidatura do PSD foi importante para fortalecer o partido no Estado. "Esse foi um processo que fez o PSD mais forte sob a liderança de Paes. Peço que o Rodrigo olhe para os mais pobres, para a Baixada, São Gonçalo e zona oeste", afirmou Santa Cruz.

O empresário Elon Musk, dono da Tesla, solicitou ao Twitter mais informações sobre contas usadas apenas como "spam" na rede social. Além disso, o executivo registrou na Securities and Exchange Comission (SEC) essa solicitação, que inclui uma ameaça de desistir da compra da empresa.

Musk anunciou anteriormente que compraria o Twitter, mas agora há dúvidas sobre se haverá de fato a conclusão do negócio.

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O empresário tem reclamado que a rede social não informaria claramente quantas contas de fato são de usuárias da plataforma e quantas seriam de perfis falsos, apenas para replicar conteúdo.

No documento registrado na SEC, Musk diz que enviou nesta segunda-feira uma carta ao Twitter para reiterar sua solicitação por dados e informações para saber ao certo o quadro sobre as contas falsas ou de spam na rede.

Na carta ao Twitter, Musk pressiona pelas informações e diz não entender a relutância da empresa em permitir que ele avalie de modo independente as estimativas da rede social sobre o tema.

Ele afirma que o Twitter resiste e que isso constitui uma "clara ruptura substancial" das obrigações da empresa e que, com isso, pode lançar mão de seu direito de não consumar o negócio.

Uma ala do PSDB vai sugerir que o partido considere o ex-governador Eduardo Leite (RS) e o senador Tasso Jereissati (CE) como opções na disputa presidencial, criando um novo impasse na sigla após a desistência de João Doria.

O pedido contraria um acordo firmado pelas cúpulas do PSDB, MDB e Cidadania de apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS) como cabeça de chapa, como defende o presidente da sigla tucana, Bruno Araújo. Tasso também é citado por parte do PSDB como candidato a vice da emedebista, de quem é próximo no Senado.

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Uma reunião que aconteceria nesta terça-feira, 24, e sacramentaria o apoio tucano à pré-candidatura de Simone foi cancelada. Pelo roteiro planejado por Araújo, a ideia seria reunir a Executiva do PSDB nesta terça e anunciar uma aliança com Simone, que também contaria com o endosso do Cidadania.

O principal argumento do grupo que resiste a uma aliança com Simone neste momento é que a candidatura dela possa ser rifada pelo MDB no período das convenções, que vai de julho a agosto, o que deixaria o PSDB à deriva nas vésperas do início da campanha. O MDB contém alas regionais que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Temos que esperar a homologação por parte da Executiva do MDB do nome da Simone. Amanhã (terça-feira) o MDB se reúne, delibera sobre essa questão, não deixando nenhuma dúvida quanto a sua candidatura para que depois a gente faça isso diante da Executiva (do PSDB)", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Beto Pereira (MS), ao Estadão.

Mesmo com o adiamento da reunião do PSDB, a Executiva do MDB vai confirmar, nesta terça-feira, 24, a pré-candidatura de Simone Tebet à Presidência. As alianças, porém, devem ser anunciadas mais adiante.

Simone ganhou o apoio do ex-presidente do MDB Romero Jucá (RR). "O MDB precisa ter a condição de colocar para a sociedade brasileira o que pensa e o que defende na economia, na política, nos programas sociais. Partido que não disputa eleição não forma time", disse Jucá.

O ex-senador comemorou a possibilidade de o PSDB e o Cidadania apoiarem a pré-candidatura de Tebet, embora haja divergências nesses partidos sobre os próximos passos. "O apoio do PSDB e do Cidadania é muito importante. Portanto, temos aí a construção de um caminho alternativo posto pela sociedade brasileira", afirmou.

Há consenso dentro das Executivas do MDB e do Cidadania por apoio a Tebet, mas um grupo do PSDB, composto pelos ex-presidentes do partido Aécio Neves e José Aníbal, ainda tenta fazer valer a ideia de candidatura própria tucana.

Aníbal citou Leite e Tasso como opções, mas admitiu que Tasso ainda precisa ser convencido a disputar o Planalto. Durante reunião do partido na semana passada, o senador disse que "não está no projeto de vida" ser candidato a presidente e nem a vice de Tebet. "Tasso tem muita resistência e até resistência da família, mas vamos esperar", afirmou Aníbal.

Já Araújo afirmou que o PSDB não deve ter candidato próprio à Presidência. "Claro que como presidente do PSDB eu gostaria muito que tivéssemos uma candidatura própria, mas há algo maior do que tudo isso, há algo maior que a vontade de João Doria, algo maior que minha vontade", disse em entrevista coletiva em São Paulo após o pronunciamento de Doria.

"O Brasil não precisa de mais divisão interna. O gesto de João Doria hoje nos obriga moralmente. Nos mostra que o projeto está acima de tudo, e quem fizer um movimento diferente desse está demonstrando que tem mais compromisso com si mesmo do que com um projeto de Brasil", completou.

Araújo chegou a ser escolhido coordenador da pré-campanha de Doria, mas passou a trabalhar contra a candidatura presidencial do paulista. A avaliação é que a rejeição de Doria atrapalharia os planos de reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e consequentemente tiraria um tucano do comando do maior Estado do País.

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) minimizou o peso de eventual aliança do PSDB com Simone e disse que a legenda deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou liberar os diretórios.

"O que significa o apoio do PSDB? O PSDB acabou de 'cristianizar' o candidato que legitimamente ganhou as prévias", declarou Renan ao Estadão, numa referência à desistência do ex-governador de São Paulo João Doria, após ser abandonado pelo partido. "Não tem nenhuma vinculação com essa questão de PSDB, de Doria. O MDB gostaria muito de ter um candidato competitivo, de modo a ajudar a alavancar os palanques estaduais. Qual o desafio? Mudar a fotografia das pesquisas. Se isso não acontecer, não se justifica a candidatura", completou ele.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o grupo que rejeita uma aliança com Tebet é minoritário e que uma aliança será anunciada formalmente amanhã.

"Nós tivemos uma reunião e fizemos um indicativo. Esse gesto de João Doria tem a ver com o indicativo que foi feito, ele julgou que ser a favor do Brasil neste momento é retirar a candidatura dele. Não fez isso para nada, não, para que a gente continuasse discutindo candidato", disse Freire ao Estadão.

Sobre a possibilidade de o PSDB ou o Cidadania indicarem o candidato a vice, o dirigente afirmou que o assunto ainda vai ser melhor debatido. "Quem é que está com vice? O único que tem é Lula e que fez por pressões internas mal esclarecidas. Temos tempo", declarou. O PSDB e o Cidadania vão formar uma federação, o que significa que precisam ter a mesma posição em todas eleições nacionais, estaduais e municipais por quatro anos, além de precisarem agir como uma bancada só no Congresso.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou, nesta segunda-feira (23), as redes sociais para ironizar João Doria (PSDB), que desistiu da candidatura à presidência da República. "Comunico que estou abrindo mão da disputa do cinturão do pesos médios no UFC. Boa tarde a todos!", escreveu o Chefe do Executivo. 

Em seguida, ele falou sobre os investimentos do Governo Federal, em 2021, nos esportes e publicou um vídeo. "Em 2021, nosso governo investiu no esporte com ações, programas e obras de infraestrutura, auxiliando atletas em todas as frentes. Foram mais de 1083 obras e cerca de R$2 bilhões em investimentos nos esportes. Também estamos garantindo a segurança alimentar e nutritiva do mundo", disse.

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A desistência do ex-governador João Doria (PSDB) de concorrer à Presidência da República aumenta as chances do pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencer as eleições presidenciais em primeiro turno. A avaliação é do cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes. Em parceria com o banco Genial, a Quaest tem produzido pesquisas de intenção de voto nacionais e estaduais.

Na avaliação do pesquisador, é possível analisar a saída de Doria da disputa presidencial a partir de três pontos de vista: político, simbólico e numérico. "Politicamente, Lula aumenta as chances de vitória no primeiro turno com o voto útil, pois o eleitor do Doria rejeita mais Bolsonaro do que Lula", defende Nunes. Nos cálculos da Quaest, 77% dos eleitores do ex-governador paulista rejeitam o presidente e 62% rechaçam o petista.

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Já do ponto de vista simbólico, seria a oportunidade de a terceira via se unir e apresentar um candidato único, acredita Felipe Nunes. O tucano retirou sua pré-candidatura nesta segunda-feira, diante da dificuldade de conquistar apoio no PSDB, que prefere apoiar a senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. Em pesquisas qualitativas, ela apresenta rejeição menor.

"Simbolicamente, a terceira via aumenta as chances de organizar sua tropa para tentar viabilizar uma opção fora da polarização. A coordenação das elites é fundamental para que os eleitores possam tomar decisões eleitorais. Até aqui, a terceira via mais atrapalhou do que ajudou o eleitor", destaca o diretor da Quaest.

Já do ponto de vista numérico, lembra Felipe Nunes, o ex-governador de São Paulo sempre registrou baixa intenção de voto nas pesquisas. "Numericamente, não tem mudança significativa porque Doria sempre apareceu com pouco voto (de 3% a 5%). Mas Ciro (Gomes, do PDT) tem o maior potencial entre esses eleitores (54%). Lula tem potencial de 36% e Bolsonaro de 19%", afirma o cientista político. "(Simone) Tebet é muito desconhecida", acrescenta.

A pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) afirmou que o ex-governador João Doria, do PSDB, "sempre foi aliado", após o tucano desistir de ser o nome indicado pela chamada terceira via para concorrer ao Planalto nesta segunda-feira, 23. A senadora disse, ainda, que tem "pressa" para unir o País.

"Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo. O Brasil é maior do que qualquer projeto individual Vamos trabalhar para unir todo o centro democrático", afirmou por meio de nota divulgada à imprensa logo após o anúncio do ex-governador.

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Tebet disse, ainda, que gostaria de manter a aliança ao redor de seu nome com PSDB e Cidadania; as cúpulas das legendas já fecharam um acordo em torno do nome da senadora, mas ainda devem formalizar a escolha junto às direções partidárias, o que deve ocorrer nos próximos dias.

"Vamos unir o país e tratar de sua reconstrução moral, institucional e política. O povo tem pressa e precisamos semear esperança", destacou a senadora.

Tanto Doria quanto Tebet não abriam mão de representar o grupo na eleição presidencial. Vencedor das prévias do PSDB, o tucano era o candidato natural do partido, mas pressões internas o afastaram da cúpula da legenda e aumentaram o interesse da sigla em apoiar a emedebista.

Como mostrou o Estadão, Tebet foi beneficiada por uma série de fatores, inclusive ser mulher e ter menor rejeição que o tucano.

Após contratar pesquisas internas que mostravam esse maior potencial de crescimento da senadora, os dirigentes do grupo rifaram Doria e endossaram o nome de Tebet às urnas. O tucano ameaçou judicializar a questão, mas acabou desistindo de concorrer ao Planalto.

"Me retiro da disputa com o coração ferido e a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido e missão bem realizada. Com boa gestão e sem corrupção", afirmou, em pronunciamento emocionado nesta segunda-feira.

A desistência, contudo, não leva ao apoio automático do PSDB à Tebet. O partido ainda precisa referendar a decisão dos dirigentes e o grupo do deputado Aécio Neves (MG) defende que a legenda escolha outro tucano para disputar a Presidência: Eduardo Leite ou Tasso Jereissati. O movimento seria possível com a desistência de Doria, que desobriga o PSDB a homologar o nome escolhido nas prévias do partido.

No início da tarde desta segunda-feira (23), o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a retirada do seu nome da disputa pela Presidência da República.

“Entendo que não sou o candidato da cúpula do PSDB, e aceito. Sempre busquei e continuarei buscando o consenso, ainda que ele seja contrário a mim. Saio de coração ferido e de alma leve”, disse Doria, que tinha ao seu lado durante o discurso o presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

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A retirada do nome de Doria acontece em um momento onde os tucanos, juntamente com o MDB e o Cidadania, devem apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet como alternativa para a terceira via das eleições presidenciais.

Mesmo ganhando as prévias do partido em novembro de 2021, contra o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, o ex-governador nunca foi consenso dentro do partido e causou rupturas entre os tucanos.

“Seguirei como observador sereno do meu País, sempre com a disposição de lutar a guerra para a qual eu fui chamado. Que Deus proteja o Brasil”, complementa João Doria.

Confira o pronunciamento na íntegra

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O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), desistiu da candidatura ao Senado na chapa do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). A vaga será ocupada pelo deputado federal Cacá Leão (PP), filho de João Leão. Com a mudança, o vice vai disputar a cadeira de Cacá na Câmara dos Deputados.

A decisão já foi comunicada a ACM e à direção nacional do PP. O anúncio oficial será feito em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, dia 3.

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A desistência foi motivada por questões de saúde. Leão tem 76 anos, idade considerada avançada para suportar o ritmo de uma campanha majoritária que deve visitar grande parte dos 417 municípios baianos.

Com a saúde fragilizada, Leão precisou ser atendido por equipes médicas em diversas ocasiões após passar mal durante eventos oficiais como vice-governador. No último fim de semana, ele voltou a se sentir mal em uma agenda de pré-campanha no interior do Estado e foi socorrido pela sua segurança.

Pessoas próximas ao vice-governador alertaram que ele deveria adotar um estilo de vida mais tranquilo para aguentar o ritmo de campanha, mas se depararam com a indisciplina dele. Cresceu então a preocupação de que episódios relacionados à saúde de Leão ficassem mais recorrentes e respingassem na chapa de ACM Neto.

A desistência foi uma forma de se antecipar a possíveis problemas mais à frente, com a campanha na rua. Cacá tem 42 anos e menos limitações de saúde para enfrentar a corrida eleitoral. A opção por ele também mantém alguém da família Leão, que detém o controle do PP na Bahia, na majoritária.

O partido aposta na figura de ACM, líder nas pesquisas de intenção de voto, para tornar o deputado mais conhecido do eleitorado e levá-lo ao Senado.

Indicado para a Presidência da Petrobras, Adriano Pires, desistiu oficialmente de assumir o comando da empresa depois de o governo Bolsonaro receber informações de que o nome dele não passaria no "teste" de governança da empresa. Ele enviou nesta segunda-feira, 4, uma carta ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em que oficializa a desistência em assumir a presidência da petroleira.

No documento, Pires agradece a indicação e reafirma o "compromisso de continuar nessa luta" pelo desenvolvimento do mercado de óleo e gás. Diz que não poderia conciliar o cargo com as atividades de consultoria que já desempenha, atualmente, para empresas do setor.

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A desistência vem depois de o Estadão revelar que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que Pires fosse impedido de assumir o cargo enquanto não houvesse uma investigação do governo (Controladoria-Geral da União e Comissão de Ética) e da Petrobras sobre a atuação dele no setor privado. Ele foi indicado pelo governo como o terceiro presidente da Petrobras. Antes do general Silva e Luna (que ainda está no cargo), o comando era de Roberto Castello Branco.

Como sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pires tem contratos de longo prazo com petroleiras e empresas de gás, como a Cosan. Ele teria que abrir mão dos negócios. Segundo fontes, Pires achou que daria simplesmente para passar para o filho, o que não é permitido pelas regras de governança da estatal. Com o impedimento, ele decidiu abrir mão do comando da Petrobras. Na carta ao ministro, disse que não teria como concluir esse processo em "tão pouco tempo".

Com o alerta da Petrobras apontado conflito de checagem, os patrocinadores da indicação de Pires no governo foram retirando o apoio. "O cara é um conflito ambulante", resumiu uma fonte do Palácio do Planalto. Alinhado com o ministro das Minas e Bento Albuquerque, a indicação de Pires também é vista com restrições por integrantes da equipe econômica que participaram das negociações da lei do gás. Na votação da Medida Provisória que permitiu a privatização da Eletrobras, Pires se aproximou de lideranças do Centrão, entre eles, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que teria pavimentado o acesso dele e de Pires ao gabinete de Bolsonaro. Hoje, Lira defendeu o nome de Pires e criticou quem viu conflito de interesse. "Tem que ser arcebispo para ser diretor da Petrobras", ironizou.

Em reuniões com representantes do Ministério da Economia, Pires defendeu os interesses das empresas ao patrocinar os "jabutis" (medidas estranhas ao projeto, como a exigência na contratação de térmicas) que foram colocados na nova legislação, o que irritou os negociadores do Ministério da Economia. É muito lembrado com ironia artigo escrito por ele que diz tratar de um completo equívoco técnico chamar de "jabutis" as modificações feitas pelos parlamentares, porque as mudanças mais se pareciam com "corujas", que representam sabedoria, inteligência e visão.

Na época da escolha de Pires para o comando da Petrobras, o sentimento foi de perplexidade no time do ministro da Economia, Paulo Guedes. O maior conflito de interesse de Pires é a ligação com o empresário Carlos Suarez, dono de distribuidoras de gás, e Rubens Ometto, da Cosan.

Após indicação de Pires, funcionários da Petrobras comemoram a desistência com a avaliação de que governança estava sendo suficiente para impedir nomeações que possam complicar os rumos da empresa. Em nota, o Ministério de Minas e Energia afirmou que ainda não recebeu "nenhum comunicado oficial" da desistência.

Além de Pires, o empresário Rodolgo Landim já tinha comunicado o governo na madrugada de sábado para domingo que decidiu recusar a indicação para presidir o conselho de administração da Petrobras porque também recebeu avisos de que não passaria no teste de governança. Landim havia sido indicado para o cargo em 28 de março, junto com o nome de Pires para a presidência da estatal. Em carta endereçada ao ministério, Landim, que também é presidente do Flamengo, afirma que, "apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso País, e da enorme honra para mim em exercer este cargo", decidiu abrir mão da indicação e concentrar-se na administração do time.

Uma eventual saída de Sérgio Moro (União Brasil) da lista de pré-candidatos à Presidência pode ajudar a reconfigurar composições políticas no campo da terceira via, mas, segundo pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos meses, a distribuição de seu potencial eleitorado não consegue romper o cenário polarizado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Análise da XP Política com base nas duas últimas pesquisas do Ipespe aponta que, na prática, a desistência do ex-juiz distribuiria poucos pontos porcentuais. Nas pesquisas de intenção de votos, o ex-juiz aparecia com, no máximo, 9% das intenções de votos.

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Dos pré-candidatos, quem mais herdaria as intenções de votos de Moro seria Ciro Gomes (PDT), com 17%. Depois, Jair Bolsonaro, de quem Moro foi ministro, com 15%. O pré-candidato do PSDB, João Doria, ficaria com 12%. O resultado seria tímido, se comparado com o eleitorado total. Ciro, por exemplo, subiria apenas 1,4 ponto porcentual sem Moro na disputa. Bolsonaro ganharia 1,3, e Doria, 1. Isso acontece porque, segundo a XP Política, 40% deste eleitorado migraria para o não voto quando o ex-juiz é retirado da simulação, sobrando um contingente enxuto de eleitores para os concorrentes.

BOLSONARO

O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda afirmou que o grande beneficiado pela saída de Moro é Bolsonaro. Para ele, o resultado da distribuição de votos consolida Ciro Gomes na terceira posição, mas a quantidade de eleitores que apoiariam outros nomes é muito pequena comparada ao ganho indireto do presidente. "Saiu um competidor do eleitorado centro-direita, que é original do Bolsonaro, e sobretudo saiu alguém que ia empunhar a bandeira da Lava Jato contra ele na campanha eleitoral", disse. O especialista também aponta que, agora, Bolsonaro tem campo livre para ele mesmo empunhar a bandeira lavajatista contra Lula.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira corrobora que os ganhos serão pouco significativos e entende que o menor beneficiado com a distribuição deve ser Lula. "O eleitor de Moro tende a ser antilulista. Quem não ganha é o Lula, mas pode ser que Bolsonaro pegue a maior parte e outra se distribua entre os demais candidatos", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após abrir mão da candidatura à Presidência da República, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) disse nesta sexta-feira, 1º, que "não desistiu de nada" e não será candidato a deputado federal nas eleições deste ano.

A possibilidade vinha sendo cogitada como alternativa após Moro trocar o Podemos pelo União Brasil com a condição de que não disputasse o Palácio do Planalto. Em pronunciamento, o também ex-juiz federal negou que vá concorrer a uma vaga na Câmara para obter foro privilegiado.

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"Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Não tenho necessidade de foro ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal", afirmou. Questionado sobre se pretende disputar algum cargo eletivo, Moro não respondeu e encerrou o pronunciamento sem atender a imprensa.

O ex-ministro defendeu, ainda, uma candidatura única da chamada terceira via e pediu "gestos de desprendimento" daqueles que se colocam como alternativa à polarização eleitoral entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro.

"Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático. Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país", disse.

Moro pediu "atos de desprendimento", de Luiz Felipe d'Avila (Novo), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante), e de lideranças partidárias, para "fazer prosperar essa articulação democrática". Ele atribuiu ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, os esforços de liderar a união da terceira via.

Ao anunciar a filiação ao novo partido, ontem, Moro disse que abria mão, "neste momento", da pré-candidatura à Presidência. Ao trocar de sigla, ele também mudou o domicílio eleitoral, do Paraná para São Paulo, como revelou o Broadcast Político. "Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", afirmou, em nota.

Moro chegou a ser apresentado como pré-candidato à Presidência quando se filiou ao Podemos, em novembro passado, mas enfrentava resistências no partido, sobretudo dos deputados, que não estavam dispostos a ceder parte do fundo eleitoral para a campanha ao Planalto. O ex-ministro da Justiça aparecia em terceiro lugar na disputa presidencial, com cerca de 8% das intenções de votos.

O ex-ministro Henrique Meirelles (PSD) deixou nesta sexta-feira, 1, a Secretaria da Fazenda de São Paulo, e anunciou que desistiu de disputar o Senado em Goiás e abriu caminho para ser candidato a vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes.

Pela articulação em curso, Meirelles pode deixar o PSD e migrar para o MDB, partido que fechou com Rodrigo Garcia e tem a prerrogativa de indicar o vice. Mas a inesperada mudança de planos de José Luiz Datena, que deixou o União Brasil para concorrer ao Senado pelo PSC na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou em aberto por ora o futuro político do ex-ministro da Fazenda.

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O prazo para Meirelles definir seu futuro político termina hoje à meia-noite e as conversas nos bastidores são intensas.

Garcia disse aos aliados que sua preferência seria ter uma vice mulher, caso não vinguem as conversas com o ex-secretário da Fazenda. No MDB, o prefeito Ricardo Nunes indicou a secretaria de Cultura, Aline Torres, que é militante negra e feminista.

O governador, no entanto, tem preferência por Meirelles, considerado por ele um quadro "técnico" confiável e gabaritado. Como não pode disputar a reeleição, Rodrigo Garcia, caso vença, deve passar o cargo para seu vice por pelo menos 8 meses em 2026 para disputar outro mandato.

Se permanecer no PSD, Meirelles pode fazer a ponte com Gilberto Kassab, presidente do partido, que lançou na disputa pelo governo o prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth. Com a vaga do Senado aberta, Ramuth poderia ser a opção.

Após o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que desistiria da pré-candidatura presidencial e ficaria no cargo, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, enviou uma carta aos principais líderes do partido na qual defendeu o resultado das prévias pela primeira vez.

"Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a Presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido", escreveu Bruno Araújo, se dirigindo ao presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi. "O governador tem a legenda para disputar a Presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro."

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Mais cedo, Doria surpreendeu aliados e assessores ao anunciar que desistiria da candidatura à Presidência e permaneceria no cargo de governador. Com o movimento, o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que assumiria o posto, deixou o cargo de secretário de Governo e estava reunido com aliados para definir o seu futuro político.

Ao longo da última semana, aliados de Doria se mobilizaram contra o que chamavam de tentativa de "golpe" contra sua pré-candidatura e cobravam do presidente nacional do PSDB um posicionamento contundente em defesa do resultado das prévias presidenciais tucanas realizadas no ano passado, em meio às movimentações de Eduardo Leite, que anunciou na segunda-feira que deixará o governo gaúcho e continuará no partido.

Leia a íntegra da carta de Bruno Araújo:

Exmo. Sr. Presidente Marco Vinholi,

Cc Presidentes e Diretórios estaduais do PSDB Governadores do PSDB Bancada Câmara dos Deputados Bancada Senado Federal Bancada de Deputados estaduais Executiva Nacional

Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a Presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o Governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro. O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país.

 

O governador João Doria foi às redes sociais na manhã desta quinta-feira (31), mas não comentou o assunto do dia envolvendo seu nome - sua desistência da corrida presidencial. Em vez disso, falou sobre a carta que o Ministério da Defesa, chefiado por Walter Braga Netto, publicou ontem à noite para celebrar o aniversário do golpe militar.

No documento, Braga Netto qualifica o regime como um "marco histórico da evolução política brasileira" e diz que o golpe agiu para "restabelecer a ordem e impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil", ainda que não haja nenhuma evidência histórica para tal afirmação.

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"Inacreditável a afirmação do Ministro da Defesa que o Golpe de 64 fortaleceu a democracia. Esse foi o período mais sombrio e antidemocrático da nossa história! Pessoas foram presas, torturadas e mortas. A imprensa censurada e a liberdade cerceada. Inaceitável!", escreveu o tucano.

Doria e Braga Netto dividem a lista de assuntos mais comentados do Twitter nesta quinta-feira. Após as declarações do ministro, usuários retomaram trechos do discurso de Ulysses Guimarães quando da promulgação da Constituição. A expressão "ódio e nojo pela ditadura" foi uma das mais repetidas na plataforma durante a madrugada.

Já Doria aparece nos trending topics por ter desistido da corrida presidencial. O tucano deve anunciar hoje à tarde, às 16h, que irá permanecer no governo de São Paulo. Até o momento, ele não se pronunciou sobre o assunto. A desistência acentua a crise interna que o PSDB enfrenta desde a realização das prévias, no passado.

O ex-ministro Sérgio Moro informou à presidente do Podemos, Renata Abreu, que deixará o partido. Ele foi convidado a ir para o União Brasil para ser candidato a deputado federal. Moro foi apresentado como pré-candidato presidencial, mas enfrentava resistências no Podemos, sobretudo dos deputados federais, que resistem a ceder a quantia do fundo eleitoral para a campanha ao Palácio.

"Saiu oficialmente, comunicou a presidente do partido, Renata Abreu, agora cedo", disse ao Estadão o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). "Ele está querendo um partido com estrutura financeira, que o Podemos não tem. O Podemos tem uma coisa melhor que estrutura financeira, tem credibilidade, tem um Álvaro Dias no quadro como líder", afirmou Kajuru.

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Moro tem aliados no União Brasil, como os deputados Júnior Bozzella (SP) e Kim Kataguiri (SP), mas uma ala de caciques oriundos do DEM, comandada pelo secretário-geral da legenda, ACM Neto, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, não querem tê-lo como candidato a presidente.

Segundo o Estadão ouviu de integrantes do partido, a condição imposta a eles para Moro entrar na sigla foi ser candidato a deputado federal. A reportagem tentou entrar em contato com o ex-juiz por meio da assessoria, mas não obteve retorno.

Reviravolta

O ex-juiz da Lava Jato esteve com o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, na segunda-feira (28), e os dois debateram sobre a possibilidade de unificar as candidaturas de terceira via. O União Brasil, partido que foi originado da fusão do PSL com o DEM, mantém diálogos constantes com o PSDB e o MDB para tentar apresentar uma candidatura única alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outra reviravolta importante dentro do grupo aconteceu com a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de desistir de participar da eleição presidencial. O paulista inclusive manifestou o desejo de sair da legenda. Doria tem sido alvo de uma forte oposição interna no PSDB, que quer que Eduardo Leite (PSDB), recentemente saído do governo do Rio Grande do Sul, seja a opção presidencial. No MDB, a pré-candidatura apresentada é a da senadora Simone Tebet (MS). A aliados, a parlamentar se mostrou otimista com a crise tucana e vê chance de o MDB liderar a candidatura da terceira via.

Salah Abdeslam, o principal acusado no julgamento sobre os atentados jihadistas que mataram 130 pessoas em 13 de novembro de 2015 em Paris, quebrou seu silêncio nesta quarta-feira (30) para reafirmar que "desistiu" de usar seu cinto de explosivos nessa noite.

"Não segui adiante, desisti do meu cinto, não por covardia, não por medo, e sim porque não quis, isso é tudo", disse Abdeslam em resposta a uma advogada da parte civil, Claire Josserand-Schmidt.

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O único membro sobrevivente dos comandos jihadistas estava há quase duas horas em silêncio diante das perguntas do tribunal, da Promotoria e dos primeiros advogados da parte civil, quando decidiu dar algumas respostas.

A advogada o questionou sobre suas declarações anteriores, quando sugeriu em fevereiro que havia "voltado atrás" e que desistiu de detonar seu cinto de explosivos na noite de 13 de novembro.

Algo que agora foi confirmado por Abdeslam.

Claire Josserand-Schmidt o perguntou por que disse então aos seus familiares que o cinto não funcionou. "É uma mentira, então?" disse a advogada. "Sim, é isso", respondeu o acusado.

"Me envergonhava por não ter seguido adiante. Tinha medo de como os outros [jihadistas] iriam olhar para mim. Tinha 25 anos. Isso é tudo, é o fato de eu ter vergonha, apenas", disse francês de 32 anos, que depois voltou a ficar calado.

O julgamento começou em setembro e até agora já compareceram sobreviventes, parentes das vítimas e investigadores, seguidos dos interrogatórios dos acusados.

Depois de 14 anos na boleia de um caminhão, o motorista Waltuir Inácio da Silva Júnior decidiu abandonar as estradas. A alta do diesel, anunciada semana passada pela Petrobras, foi a gota d'água para o caminhoneiro de 38 anos.

Segundo ele, não há nenhuma condição de continuar no setor. Sem o repasse dos aumentos dos combustíveis, o que sobra não dá para pagar as contas do dia a dia. "Vou fazer qualquer outra coisa, mas não serei mais caminhoneiro. Vou vender picolé, pipoca, qualquer coisa, mas não faço mais isso", diz ele, que vem de uma família de caminhoneiros. "Todos já desistiram, só faltava eu."

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Mineiro de Juiz de Fora, Júnior conta que está finalizando as últimas viagens e até o fim da semana deixará a profissão. Por ora, não deve vender o caminhão por falta de demanda. Mas afirma que terá de se desfazer de alguma coisa para pagar as dívidas na praça.

"Hoje pago a conta que tem mais tempo de atraso. As demais continuam na lista de espera. Quando sobra um dinheiro, eu quito."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2021, 62% dos consumidores desistiram de uma compra pela web ou aplicativo em razão de uma experiência ruim durante o processo de aquisição de um serviço ou produto. Ou seja, em média, a cada três pessoas que decidem comprar algo, duas desistem por uma experiência negativa. O principal motivo apontado pelos ouvidos pela pesquisa é o valor alto do frete, seguido dos preços elevados e a falta de credibilidade da empresa.

Os dados, adiantados ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, são do anuário da CX Trends 2022, realizado pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, uma pesquisa que informa tendências de "experiência do consumidor" (CX, na sigla em inglês). Outros pontos de atenção são a quantidade de etapas que os clientes precisam percorrer em um site ou aplicativo para concluir a compra, a quantidade de informações pessoais exigidas e a necessidade de realizar um cadastro no site para a conclusão da compra.

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A pesquisa mostra que 66% dos participantes realizaram pagamentos por Pix. "Notamos que os consumidores priorizam meios que entregam algum tipo de facilidade. O Pix, por exemplo, foi disponibilizado para o público em novembro de 2020 e já conquistou seu espaço. Além disso, 63% das pessoas afirmaram que pretendem continuar utilizando a forma de pagamento em 2022. Uma inovação que oferece simplicidade e agilidade de forma gratuita tinha tudo para dar certo", afirma Rodrigo Ricco, CEO da Octadesk.

Para o relatório, mais de dois mil consumidores foram entrevistados a fim de acelerar o conhecimento sobre a experiência do cliente e oferecer insights para que as empresas possam crescer cada vez mais, de maneira saudável e relevante para o mercado, segundo a Octadesk.

No final de fevereiro, as pessoas que acompanhavam mais um dia da 22ª edição do Big Brother Brasil ficaram chocadas com a saída de Tiago Abravanel. O ator e cantor não aguentou algumas situações do reality show e acabou deixando o confinamento. Assim como fez o neto do apresentador Silvio Santos, relembre seis participantes que desistiram de encarar o BBB.

Dilson - BBB 3

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A primeira pessoa que decidiu sair do Big Brother Brasil foi Dilson Walkarez. O empresário e ex-lutador resolveu jogar tudo para o alto durante sua passagem pelo BBB 3. Em 2015, ele declarou ao site Uol: "A pessoa surta, entra em uma angústia horrível e foi isso que aconteceu comigo. Minha mãe estava passando por um problema de saúde antes de eu entrar na casa e ai eu pirei lá dentro".

Leonardo - BBB 9

Leonardo também saiu do reality show. Na época, o rapaz estreou o temido Quarto Branco no BBB 9. Leo acabou apertando o botão, sendo automaticamente eliminado do jogo. "Não desisti pelo Quarto Branco, que é uma tortura, como todo mundo falava. Na verdade, dá para aguentar. Não é esse bicho de sete cabeças todo. Hoje em dia, eu aguentaria ficar lá 100 horas", contou, em 2020, em entrevista ao jornal carioca Extra.

Kleber Bambam - BBB 13

Kleber Bambam foi o primeiro vencedor do Big Brother Brasil. Após 11 anos de sua consagração como campeão da primeira edição, ele integrou o elenco do BBB 13. Embora sabendo como o esquema do programa funcionava, Bambam pediu para sair. Antes de abandonar a atração, Kleber Bambam afirmou que não aguentaria a pressão. Ele chegou a dizer que outras pessoas mereciam ganhar o prêmio.

Tamires - BBB 15

Dois anos após a saída de Bambam, outra pessoa também optou em deixar a atração. A dentista Tamires saiu do BBB 15 logo depois de uma festa. "Não tinha noção [sobre o BBB], eu me inscrevi pelo site, não conhecia ninguém famoso. Pedi para sair, porque estava mal pelos julgamentos das pessoas", explicou ela ao site Uol.

Alan - BBB 16

A mesma edição que expulsou Ana Paula Renault foi a mesma que abriu as portas para a desistência de Alan Marinho. Pouco antes de Alan entrar no BBB 16, segundo o jornal Extra, o pai dele havia sido diagnosticado com um nódulo no pulmão. Quando soube do estado de saúde do patriarca da família, o potiguar pediu para sair do programa. O pai de Alan faleceu pouco tempo depois da saída do filho.

Lucas Penteado - BBB 21

Considerada uma das melhores edições, o BBB 21 também foi marcado por uma desistência. O ator Lucas Penteado, após uma festa, optou em deixar o reality show. Quando Lucas entrou no confessionário para ir embora, os participantes ouviram da direção: "Vocês agora são 18, lembrem-se do que vieram fazer aqui".

Fotos: Reprodução/Instagram/TV Globo

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