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Um técnico de enfermagem do Hospital da Retauração (HR) foi preso em flagrante, nessa quinta (25), por falsificar receitas médicas para desviar remédios. A denúncia feita por servidores da unidade no Centro do Recife aponta que ele usava o carimbo de um médico que não trabalhava no local para retirar a medicação.

A direção do HR informou que os próprios servidores acionaram a Polícia Civil ao identificar que o plantonista de 25 anos usava a identidade do profissional para solicitar a retirada das substâncias.

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O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplac) como falsidade ideológica e peculato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e deu entrada no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Mais um golpe que desvia pagamentos feitos pelos Pix, agora em pagamentos feitos por computadores, foi identificado pela Equipe de Investigação e Análise da Kaspersky, empresa de segurança digital. A fraude, com versão similar em celulares, redireciona os valores para criminosos e o vírus infecta equipamentos de consumidores e empresas.

Segundo a Kaspersky, a técnica não é nova, mas é a primeira vez que é usada para esquemas fraudulentos de pagamentos envolvendo o Pix. Identificada em dezembro de 2022, a fraude já foi bloqueada mais de 10 mil vezes.

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O esquema anterior, também denunciado pela empresa de segurança, visava transações instantâneas realizadas pelo celular. Já o novo malware, nomeado de GoPix, infecta desktops e notebooks e usa uma técnica diferente para redirecionar pagamentos online.

Compras online

Segundo Fabio Assolini, diretor da Kaspersky para a América Latina, o novo golpe afeta também empresas públicas e privadas. "Verificamos que ele não atua em transferência entre indivíduos, mas apenas em pagamentos de compras online". Diz.

Nessa modalidade, o lojista gera uma cobrança via Pix para o pagamento. O mais comum é o cliente copiar e colar o código e é nesse momento que é feita a troca da chave para redirecionar o dinheiro para os golpistas.

A disseminação do GoPix ocorre por meio de anúncios maliciosos na internet, usando links patrocinados em buscas no Google feitas com erro de ortografia para WhatsApp Web. Por exemplo, se o usuário escreve WatsApp. Também houve fraudes usando o dos Correios, no mesmo esquema de links patrocinados.

"A infecção ocorre em etapas", afirma Assolini. Após a instalação do GoPix, o malware entra em um estágio de espera aguardando que a vítima realize um pagamento digital via Pix. Segundo ele, desde janeiro, a ameaça já foi bloqueada 10.443 vezes nos produtos da Kaspersky, somente em clientes brasileiros.

Como evitar o golpe

- Anúncios falsos: priorize resultados de buscas orgânicos e baixe apenas sites oficiais. A infecção ocorre quando o usuário acessa sites falsos

- Pagamento digital: revise o nome do destinatário do Pix para verificar se é o do vendedor. Muitas vezes são usados nomes de 'laranja' para receber o pagamento

- Segurança: Tenha um bom antivírus instalado, pois o GoPix consegue identificar alguns dos dispositivos e desviar o vírus para uma pasta compactada, por exemplo em formato zip

A Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu, no Paraná, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio de sua corregedoria, deflagraram, nesta quinta-feira (10), a Operação Spoliare, para desarticular esquema envolvendo servidores suspeitos de desviarem mercadorias apreendidas. De acordo com as corporações, a prática dos agentes públicos ocorria de forma regular. 

“O intuito é de obterem vantagens financeiras ilícitas, além de facilitar ações de particulares envolvidos com contrabando e descaminho”, diz nota conjunta. A investigação teve início com a Corregedoria da PRF e evoluiu para a instauração de um procedimento na Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público. 

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Foram expedidos sete mandados de prisão e 32 de busca. As ações ocorreram nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Céu Azul, Cascavel, Toledo, Telêmaco Borba, Curitiba e São Paulo (SP). As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. 

Dos sete mandados de prisão cautelares expedidos, quatro foram contra policiais rodoviários federais - um deles já aposentado -, e três particulares. Mais sete agentes rodoviários federais investigados serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, que pode resultar na pena de demissão. 

De acordo com as corporações, em fases anteriores da investigação, foi possível coletar provas de que os agentes públicos realizavam vendas dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos, ou contavam com auxílio de particulares para dar destinação ao material, normalmente enviado para o estado de São Paulo. 

Os servidores envolvidos responderão ainda por delitos funcionais, como crimes contra a administração pública, e, se condenados, estarão sujeitos a penas máximas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão. Já os particulares responderão criminalmente por suas condutas.

O nome da operação - Spoliare - faz alusão às condutas ilícitas praticadas pelos suspeitos. A palavra de origem latina significa “esbulhar da posse; privar de alguma coisa ilegitimamente, tirando-a por fraude ou violência; esbulhar da posse de alguma coisa; roubar”.

Um estudante da Universidade Mackenzie, de São Paulo, é acusada de desviar R$ 62 mil de uma associação atlética da instituição. A suspeita seria responsável pela tesouraria dos jogos universitários e o valor era destinado para a compra de camisas, bonés e canecas, que seriam vendidos para arrecadar fundos para a participação na competição universitária.

A advogada dos alunos lesados, Simone Haidamus afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que a jovem solicitava que os colegas transferissem os valores para uma conta pessoa, alegando que a pertencente à atlética estava bloqueada. O desvio só foi descoberto quando a atlética da faculdade trocou de gestão, em setembro de 2022.

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Ao ser descoberta, a acusada teria confessado o crime aos colegas. De acordo com a advogada dos demais alunos, mais de mil pessoas foram prejudicadas e, como eram todos amigos, foi proposto à jovem que ela pagasse o valor aos poucos. No entanto, no meio do processo, a estudante viajou para fazer um curso na Disney. 

O fato chamou atenção dos outros colegas, que registraram o caso do desvio de dinheiro no 4º distrito da Policia Civil de São Paulo. "Eles [os estudantes] ainda recebem cobranças de fornecedores que eles nem sabiam que existiam", afirmou a advogada ao veículo.

Diante da repercussão, a Mackenzie, por meio de nota, manifestou-se sobre o caso. No comunicado, a instituição ressalta que não tem responsabilidade no ocorrido. Confira a nota na íntegra: "As Associações Atléticas, cada uma com CNPJ próprio, promovem atividades esportivas em conformidade com seus respectivos regramentos. Neste sentido, a Universidade Presbiteriana Mackenzie não tem responsabilidade sobre a organização e realização do evento 'InterFau'. O nome apresentado pelo órgão de imprensa não mantém vínculo com esta universidade".

Se antes o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), conseguiu ficar afastado da investigação dos kits de robótica superfaturados para Alagoas, agora, um caderno com pagamentos encontrado com seu assessor aumentou a suspeita da Polícia Federal sobre seu envolvimento no esquema de desvio. Arquirrival político no estado, o senador Renan Calheiros (MDB) debochou da situação. 

"O rei Arthur está nu!", publicou Calheiros em relação à exposição de Lira após os desdobramentos da Operação Hefesto. O cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o motorista Wanderson de Jesus e Luciano Cavalcante, principal assessor do deputado, repercutiram na descoberta de uma lista de pagamentos, com detalhes de saldo, datas de repasses e destinatários. 

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O nome "Arthur" se repete entre os valores mais altos das anotações feitas a mão. Onze pagamentos, equivalente a um total de R$ 265 mil, feitos entre os meses de abril e maio deste ano, fazem referência ao primeiro nome do presidente da Câmara. 

No dia 17 de abril, a lista aponta um gasto de R$ 3.652 com "Hotel Emiliano = arthur", mesmo hotel de luxo onde o deputado costuma ficar quando vai a São Paulo. Os registros da Aeronáutica do mesmo dia confirmam que Lira viajou para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).  

Além da citação em outros itens, como "Fabio Engenheiro/Arthur", "materiais elétricos = Arthur", "pagamento irrigação = arthur", a suspeita ganha mais força com um repasse de R$ 4,8 mil para "telefone - D. Ivonete" - o nome da mãe de Lira é Ivanete - e em três envios de R$ 1 mil, R$ 4 mil e R$ 700 para "Álvaro", mesmo nome de um dos filhos do deputado. 

Em nota enviada à Revista Piauí, a assessoria defende a idoneidade do parlamentar: “Toda a movimentação financeira e pagamentos de despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seja realizada por ele e, às vezes, por sua assessoria, tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”. 

A operação foi deflagrada em 1º de junho para apurar a fraude em licitação e o desvio de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica superfaturados através dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Arthur Lira ainda não constava como investigado, mas as novas informações colocaram o parlamentar no centro do inquérito. 

Iniciado pela Justiça Federal de Alagoas, o caso deve subir para o Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação foi assumida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que já anulou outras duas denúncias contra o deputado. A relatoria do processo deve ser assumida pelo ministro Luís Roberto Barroso, contudo, ela pode ser redistribuída para algum dos colegas da Corte até outubro, quando Barroso assume a Presidência do STF após a aposentadoria de Rosa Weber. 

Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Federal em Pernambuco deflagrou uma nova fase da Operação Desnatura, que investiga desvios de recursos públicos em um programa de distribuição de leite para pessoas em vulnerabilidade, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado. A instituição informou que a ação é um desdobramento da Operação Lácteos, deflagrada em novembro de 2022, a partir de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

O programa afetado é o “Leite de Todos”, gerenciado pela secretaria desde 2014. De acordo com a investigação, empresários ligados a um grande laticínio do Estado e a uma empresa de Recife teriam desviado verbas do Governo Federal que deveriam ter sido destinadas à aquisição do leite cru fornecido por pequenos produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

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A PF também constatou, com base na análise pericial criminal elaborada em conjunto com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária/PE, a baixa qualidade leite adquirido, que teria sido adulterado,com redução do seu valor nutricional, afetando diretamente os destinatários, pessoas com risco de insegurança alimentar e alunos de escolas públicas.   

Durante a deflagração da primeira fase da investigação (Operação Lácteos), foram identificadas manobras de embaraço às investigações – obstrução à justiça, com descarte do “Leite da Merenda”, e suspensão do fornecimento do “Leite de Aquisição” nos centros de distribuição. 

Participam da operação 60 policiais federais, auditores da Receita e auditores da CGU, que atuarão nas análises das informações obtidas. Também serão cumpridos seis mandados de prisão preventiva, sendo três em em Recife, dois em Gravatá e um em Itaíba, além de 20 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Gravatá (4), Itaíba (2), Pesqueira (1), Recife (8), Passira (1), Ipojuca (2), Campina Grande/PB (1), e Rio de Janeiro-RJ (1).

Além disso, foi decretado o sequestro patrimonial no valor total de R$ 95.931.880,15, a fim de descapitalizar a organização criminosa e ressarcir os cofres públicos. Também foi determinada a suspensão cautelar da atividade econômica da cooperativa investigada e de todos os contratos firmados entre a empresa e o poder público, além da suspensão do contrato firmado entre a empresa sediada em Recife, também investigada, e a Secretaria de Educação e Esportes.

Na manhã desta sexta-feira (2), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da União de Vereadores de Pernambuco (UVP), no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife, e nos municípios de Timbaúba, na Mata Norte do estado, e Cumaru, no Agreste. A investigação objetiva para desarticular uma organização criminosa suspeita de praticar os crimes de peculato e apropriação indébita. 

As investigações da Operação Cimeiras II foram iniciadas em 2021, com o ex-presidente da UVP e vereador de Timbaúba, Josinaldo Barbosa (PTB), como principal alvo. Ele já havia sido afastado das atividades parlamentares em setembro do ano passado por suposto envolvimento com um esquema de desvio de dinheiro público na Câmara Municipal.  Na época, a Polícia Civil indicou que Josinaldo era acusado de exigir de servidores parte das verbas indenizatórias, prática conhecida como "rachadinha". 

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Outro investigado é o ex-tesoureiro da sua gestão e integrante do quadro de vereadores de Cumaru. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Timbaúba.  

A operação contou com 30 policiais civis e participação do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB/PCPE) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE). 

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu auditoria no Auxílio Taxista e identificou potencial pagamento indevido de R$ 1,3 bilhão feito a 246.722 beneficiários que não cumpriram os critérios de elegibilidade ao benefício ou requisitos previstos normativamente para o exercício da atividade.

Os valores equivalem a 75% dos créditos efetivados (R$ 1,8 bilhão) a 78% dos beneficiários (314.025), revelando potenciais falhas em controles internos na operacionalização do programa. A auditoria foi publicada nesta quinta-feira (1) no site do órgão.

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O Auxílio Taxista, pago no período de julho a dezembro de 2022, foi um benefício emergencial instituído pela Emenda Constitucional (EC) nº 123, de 14 de julho de 2022, para o enfrentamento do estado de emergência decorrente da elevação extraordinária e imprevisível do preço do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes. O valor pago por parcela foi de R$ 1.000.

Confira o relatório na íntegra

As análises realizadas a partir de cruzamentos de informações identificaram beneficiários que não cumpriam os critérios de elegibilidade ao Auxílio, bem como beneficiários que não estavam aptos ao seu recebimento em função da não observância de requisitos mínimos para sua habilitação. A maior parte das ocorrências se referem à validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e à condição de segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), requisitos a serem cumpridos para o regular exercício da profissão de taxista.

Os trabalhos da CGU levaram em consideração os critérios de elegibilidade previstos na Portaria nº 2.162/2022 do extinto Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), que regulamentou a EC nº 123/2022, bem como em critérios subsidiários à atuação como taxista.

As situações relacionadas a pagamentos a beneficiários que não cumpriram os critérios da Portaria do Ministério dizem respeito a beneficiários: com CPF em situação cadastral diferente de regular; residentes no exterior; com indicativo de óbito; recebendo benefício previdenciário ou assistencial de espécie incompatível com o desempenho de atividade laboral; sem habilitação para dirigir ou com habilitação em categoria incompatível com o exercício da profissão; com habilitação para dirigir vencida.

As situações referentes a pagamentos a beneficiários que não cumpriram critérios subsidiários à atuação como taxista dizem respeito a beneficiários: recebendo Seguro-Defeso; recebendo Seguro-Desemprego; com habilitação para dirigir sem registro de exercício de atividade remunerada; e sem qualquer contribuição ao INSS nos doze meses anteriores ao início do pagamento do Auxílio.

O trabalho foi realizado em decorrência da natureza emergencial do Auxílio Taxista, considerando, ainda, a existência de riscos relevantes à execução do benefício, em função de sua natureza emergencial, da precariedade das fontes de informações utilizadas para a identificação dos beneficiários e da celeridade na definição de procedimentos operacionais para a sua execução, e sem a posterior adoção de medidas efetivas para o aprimoramento desses procedimentos.

Conclusões 

A partir das análises realizadas, foram identificadas oportunidades de melhoria nos controles internos implementados para a operacionalização do Auxílio Taxista, mediante aprimoramentos na regulamentação do benefício, bem como a partir de definição de procedimentos operacionais suficientes para a mitigação de riscos de pagamentos indevidos, que são potencializados em decorrência da fragilidade da fonte de informações de possíveis beneficiários e de o pagamento ser realizado sem que tenha ocorrido a solicitação pelo beneficiário.

Identificou-se também a necessidade de aperfeiçoamento da normatização relacionada ao pagamento do benefício e que esses aperfeiçoamentos fossem incorporados ao processamento da folha mensal de pagamentos, mediante ações pautadas em cruzamentos de dados com outras bases governamentais. Ainda quanto a procedimentos operacionais vinculados ao processamento do benefício, mais especificamente em relação à recepção e ao tratamento de denúncias a pagamentos potencialmente indevidos, ao processamento de devoluções e ao processamento de pagamentos por eventuais determinações judiciais, verificou-se a necessidade desses procedimentos serem normatizados pelo Ministério, o que não ocorreu.

Recomendações

Com relação aos resultados dos cruzamentos de dados, foram expedidas recomendações no sentido de avaliar, em conjunto com a empresa de processamento de dados (Dataprev), a ocorrência de pagamentos do Auxílio Taxista a beneficiários que não preenchiam os requisitos para sua qualificação como motorista de táxi.

Também houve recomendação no sentido de que, considerando o encerramento do calendário de pagamentos do benefício, sejam avaliadas as providências para apurações e ressarcimentos relacionados a pagamentos efetuados indevidamente a beneficiários que não preenchiam os requisitos de elegibilidade ao Auxílio.

Foram expedidas ainda recomendações propondo rever a normatização contida na Portaria MTP nº 2.162/2022; definir, junto à empresa de processamento de dados responsável pela geração das folhas de pagamento (Dataprev), responsabilidades de ambas as partes e formalizar os ajustes pactuados; e elaborar normatização contemplando procedimentos operacionais que definam a forma de tratamento de reclamações, denúncias, pagamentos potencialmente indevidos e concessões judiciais.

Da assessoria da CGU

No Recife, um homem e uma mulher foram presos por desvio da merenda da Escola de Referência em Ensino Médio Clotilde de Oliveira, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. A prisão aconteceu nesta quarta-feira (19) e foi realizada por agentes da Polícia Militar que chegaram até os acusados após receberem denúncias de populares.

No local, o militares encontraram o auxiliar de serviços gerais no estacionamento da escola, que confessou a prática de desvio. No porta-malas do carro do homem, foram encontradas várias caixas com mantimentos.

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O suspeito revelou também que teve ajuda de uma cozinheira da unidade. Ela admitiu sua participação e foi detida, confirmando que a prática do desvio era rotineira.

Foram recuperados 44kg de alimentos diversificados, como café, açúcar, cuscuz, feijão, achocolatados, creme de leite, óleo, entre outros produtos, um liquidificador e mil pratos descartáveis.

Diante dos fatos, os envolvidos, acompanhados pela diretora da escola, como testemunha, foram conduzidos à Central de Plantões da Capital, onde foram autuados em flagrante pelo crime de peculato.

Com informações da assessoria da Polícia Militar de Pernambuco

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Nesta quinta-feira (9), a Polícia Federal (PF) cumpriu 89 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal na terceira fase da operação que apura um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no Governo do Acre. A família do Gladson Cameli (PP) é investigada.  

A investigação começou em 2021 e teve continuidade nesta manhã com as ordens judiciais expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo é verificar o envolvimento de empresas e o superfaturamento de contratos com a gestão para desviar recursos destinados à Saúde, Educação e repasses do BNDES para obras e serviços de manutenção. 

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Além da PF, a Procuradoria-Geral da República, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União participam do operação. Mais de 300 policiais federais realizaram as buscas, inclusive nos gabinetes da Casa Civil e na Secretaria da Fazenda do Acre. 

Cameli foi proibido pela Justiça de deixar o país e fazer contato com os investigados, entre eles o pai Eládio e o irmão Gledson. O governador também terá que entregar o passaporte nas próximas 24h. 

O STJ também bloqueou R$ 120 milhões em bens dos investigados, acumulados em contas bancárias, aeronaves e imóveis de luxo. Além disso, solicitou o afastamento de 31 funcionários públicos.

A identidade dos alvos não foi cedida, mas houve o pedido de 57 entregas de passaporte e 70 quebras de sigilo bancário e fiscal. As atividades econômicas de 15 empresas foram suspensas. Desde 2019, elas receberam mais de de R$ 268,6 milhões em recursos públicos. 

Uma organização criminosa que fraudava o Auxílio Emergencial foi alvo de 47 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Pernambuco e em mais 11 estados. Segundo a operação da Polícia Federal (PF) desta terça-feira (7), mais de R$ 50 milhões podem ter sido desviados de 10 mil contas. 

Em Pernambuco, foram cumpridos quatro mandados de busca nas cidades de Paulista, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paudalho, onde moram alguns envolvidos. Celulares e equipamentos de informática foram apreendidos e encaminhados à coordenação da operação, na delegacia de Campinas, no interior de São Paulo. 

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As autoridades identificaram 37 envolvidos nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins e no Distrito Federal. Além das ordens da 9ª Vara Federal de Campinas, também foi autorizado o bloqueio de bens e valores. O grupo é investigado por furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas ultrapassam 22 anos de prisão.  

A investigação começou em agosto de 2020, com base nas informações da Caixa Econômica Federal sobre 91 benefícios fraudados, no valor total de R$ 54.600,00, desviados para duas contas de pessoa física e de pessoa jurídica em Idaiatuba, em São Paulo. No rastreamento das transações foi identificado que parte dos suspeitos estava em Goiás e Rondônia, sendo este último o local de residência de familiares da conta física em Idaiatuba. Depois foi constatado que 359 contas do Auxílio foram fraudadas.

A triplicação da BR-232 avançou mais um trecho no sentido interior e a partir desta quinta (23), terá um desvio no quilômetro 10. A mudança acontece após o viaduto do Metrorec, no limite entre os municípios do Recife e Jaboatão dos Guararapes. Este é o último trecho de interdição antes da conclusão da obra.

Para os motoristas que seguem pela BR-232 no sentido interior, o trânsito será desviado pela rua Dr. George Willian Butler, no bairro do Curado, logo após a fábrica da Gerdau Açonorte.

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O percurso segue à esquerda pela Avenida Prefeito Antônio Pereira, acessando a BR-408. Quem desejar retomar o acesso para a BR-232 deverá utilizar o retorno pelo viaduto em frente TIP, voltando pela BR-408, seguindo pela faixa local para acessar novamente a BR-232.

A intervenção ocorre para isolar o trecho de 1,7 quilômetro que irá receber o serviço de pavimentação em concreto. A previsão é que este serviço dure até o final do mês de março. O novo percurso já está devidamente sinalizado para melhor orientação dos usuários.

*Da assessoria 

Remédios contra a malária que deveriam estar sendo usados no povo yanomami estariam sendo desviados para garimpeiros que atuam ilegalmente no território indígena. A denúncia foi feita ao Ministério da Saúde (MS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e confirmada nesta segunda-feira (30) à imprensa.

“No dia 18 de janeiro, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) enviou um ofício à Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Insumos Estratégicos (MS), para notificar o órgão a respeito de informações sobre a comercialização ilegal de um lote de medicamento (artesunato + mefloquina) produzido pelo instituto para o tratamento de malária. O medicamento em questão estaria sendo vendido por garimpeiro em localidade próxima ao território indígena yanomami”, informou a Fiocruz em nota.

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Segundo a fundação, o lote foi integralmente entregue ao Centro de Distribuição e Logística do MS, e a notificação por meio de ofício ocorreu como parte do protocolo interno, a fim de que o órgão esteja ciente e possa tomar as medidas que julgar cabíveis frente às informações compartilhadas.

As informações foram obtidas pela Fiocruz a partir denúncia. Questionado, o Ministério da Saúde informou que irá investigar junto aos órgãos competentes.

Dois boletins de ocorrência vão contar, no futuro, a história da formatura de uma das turmas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). No início da noite de terça-feira (10), um aluno do curso entrou em uma delegacia da capital paulista para registrar um BO contra uma de suas colegas. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, ele informou que a estudante, uma mulher de 25 anos, se apropriou da quantia aproximada de R$ 920 mil, que seria usada para a formatura dos futuros médicos no fim deste ano.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, a SSP informou que, ainda segundo a vítima, ele e os demais alunos descobriram a farsa somente na sexta-feira (6), quando a própria aluna teria contado para os colegas em um grupo no WhatsApp que o fundo para a formatura havia sido perdido.

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Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Desde julho do ano passado, a mesma aluna é investigada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de São Bernardo do Campo, por estelionato e lavagem de dinheiro.

Nas redes sociais, supostas cópias da conversa mostram que ela afirmou aos colegas que teria investido, em setembro de 2021, entre R$ 750 mil e R$ 800 mil em uma corretora que não deu retorno e aplicou um golpe.

Ela teria gastado o restante do valor com advogados para tentar reaver o dinheiro. A aluna também pede desculpas e diz que continuará tentando recuperar a quantia.

O caso foi registrado no 14.º DP, em Pinheiros, e, na sequência, enviado ao 16.º DP, na Vila Clementino, que abriu investigação.

Em comunicado a professores do curso a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, a diretoria da faculdade diz que foi informada que "a Comissão de Formatura e, portanto, os alunos aderentes à formatura da Turma 106.ª, foram vítimas de fraude após investimento do recurso arrecadado para organização das festividades de celebração, que ocorrerá ao final de 2023". "Os fatos estão sendo apurados, buscando-se identificar os responsáveis pela fraude e a Diretoria está apoiando na orientação aos alunos envolvidos."

O ex-presidente do Santos e policial civil Orlando Rollo foi preso na manhã dessa sexta-feira (18), acusado de desviar 700 quilos de cocaína do traficante de drogas Vinicyus Soares da Costa, mais conhecido como Evoque, que é ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além de Rollo, outros três agentes também foram presos na operação da Corregedoria da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações apontam que os policiais presos teriam pedido R$ 5 milhões para liberar a droga para o traficante Evoque. 

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Segundo o UOL, o caso começou em agosto deste ano, quando 900 quilos de cocaína foram apreendidos na Ilha de Barnabé, Baixada Santista, São Paulo. O carregamento teria como destino o Rio de Janeiro. Quando presos na sexta-feira (18), os policiais só apresentaram 168 quilos da droga e ainda não se sabe qual o destino dos 732 quilos que restam. 

A Polícia Federal aponta que a negociação para devolver a droga para Evoque foi conduzida pelo seu advogado João Manoel Armôa Júnior, 47 anos. Ele foi preso em setembro deste ano e, após perícia no seu celular, os investigadores identificaram Rollo e os demais policiais envolvidos que teriam desviado a carga. 

Os acusados passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão temporária decretada. Eles foram encaminhados para a Polícia Civil, em São Paulo. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito para investigar suposto esquema de enriquecimento ilícito que seria encabeçado pelo primo do prefeito de Barreiros, Carlinhos da Pedreira (PP), no município no Litoral Sul de Pernambuco. O principal suspeito estaria acumulando os cargos de secretário adjunto enquanto comandava ações da Secretaria de Obras, Transporte e Cultura, além de ter parte considerável da família dentro da gestão.  

Conforme a denúncia recebida pela Promotoria de Justiça de Barreiros, Raphael Henrique Belo Sanguinetti é dono de carros e caminhões agregados à Prefeitura e recebe valores junto à empresa que contrata os automóveis da gestão. 

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Raphael Belo Sanguinetti também é investigado por empregar parte da família na Prefeitura. "Todos recebem altos salários e as maiores gratificações do município", ressaltou o documento. 

A denúncia descreve que Raphael era conhecido como o verdadeiro prefeito da cidade. Com o pedido para não ser identificada, uma ex-funcionária da Prefeitura de Barreiros comentou a atuação da família Belo Sanguinetti ao LeiaJá. "Enquanto o prefeito faz pose para foto, o primo e a esposa do primo é quem manda e desmanda na cidade e perseguem quem não concorda com isso. A esposa não faz a mínima questão de esconder que ela quem manda e só trabalha quem ela quer", afirmou.

A criminação investigada pelo MPPE cita a secretária de Educação da cidade, Onilda Belo, e o secretário de Esportes e Eventos, Zonari Sanguinetti, que seriam parentes do prefeito Carlinhos da Pedreira. A acusação também cita a esposa Andreza Sanguinetti como secretária adjunta da Secretaria de Saúde; a prima da esposa Andralina, como coordenadora de regulação da mesma pasta; a prima, Pollyana Sanguinetti, tem contrato com a Secretaria de Ação Social; e o irmão, Onildo Sanguinetti, também tem negócios com a Prefeitura. 

A Prefeitura de Barreiros foi procurada, mas não se posicionou sobre o caso até o momento.

 

Apontado como o maior esquema de desvio de dinheiro da história do Brasil pela ex-presidenciável Simone Tebet, o chamado orçamento secreto teve suas primeiras prisões de suspeitos nesta sexta-feira (14). A investigação aponta que uma pequena cidade do Interior do Maranhão recebeu R$ 591 por habitante em 2021, enquanto a média nacional é de R$ 15. Os registros do município com cerca de 12 mil habitantes também mostram que, só em 2020, 12.700 radiografias de dedo foram feitas.

A operação Quebra Ossos, da Polícia Federal (PF), prendeu os irmãos Roberto e Renato Rodrigues Lima por suspeita de participar de um grupo criminoso que desviava os repasses do Orçamento Secreto para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Maranhão. Diversas Prefeituras informaram que as unidades de saúde prestaram atendimentos e consultas que não existiram. Enquanto isso, recebiam a verba das emendas parlamentares sem transparência, publicou a Piauí.

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Os irmãos são donos da RR de Lima, uma empresa com contratos em várias cidades maranhenses que também são investigadas pela mesma prática. “Há prova robusta, em especial ancorada em análise técnica realizada pela CGU, de que a estrutura da pessoa jurídica, embora módica, tem sido utilizada pelo investigado Roberto Rodrigues para promover a inserção falsa de dados no SIA não apenas do município de Igarapé Grande, mas em dezenas de outras urbes do Estado do Maranhão, causando prejuízo de larga monta à União”, diz a decisão da Justiça Federal no Maranhão.

O Congresso descumpriu determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pela ampla publicidade das indicações das verbas do Orçamento Secreto e manteve o Sistema de Indicações Orçamentárias (Sindorc). Nesse formato, pessoas que não são deputados ou senadores são definidas como "usuários externos" e atuam como laranjas solicitações das emendas para resguardar os parlamentares de uma investigação.

Roberto é credenciado como um desses "usuários externos" e teria pedido R$ 69 milhões em emendas do relator só neste ano. Entre a solicitação de R$ 9,2 milhões aprovada pelo relator-geral, Hugo Leal (PSD-RJ), R$ 44 já foi encaminhada às Prefeituras.

A Justiça Federal expediu mandados para a PF cumprir na Secretaria de Saúde de Igarapé Grande, que tem em torno de 12 mil habitantes e teria desviado ao menos R$ 7 milhões por meio do Orçamento Secreto. A secretária municipal de Saúde, Raquel Inácia Evangelista, foi afastada e virou alvo de uma ordem de busca e apreensão junto com seu antecessor, Domingos Vinícius de Araújo Santos. O prefeito Erlânio Xavier é o atual presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e aliado do senador Weverton Rocha.

O nome da operação faz referência às 12,7 mil radiografias de dedo de mão feitas em 2020. Em todo o Brasil, o índice só perde para o das capitais São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. No ano passado, Igarapé Grande foi contemplada com a média de R$ 591 na saúde para cada morador. A média nacional é de R$ 15 por habitante.

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), foi afastado por 180 dias após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por um desvio de R$ 54 milhões em um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa. 

A investigação apura os supostos desvios de recurso público desde 2019. Os valores teriam sido usados para pagar dívidas pessoais e adquirir bens para a família do gestor. Ao todo, 31 mandados são cumpridos pela Polícia Federal na Assembleia Legislativa, na sede do governo, na casa de Dantas e de alguns familiares, e no hotel em São Paulo onde ele está hospedado após o afastamento.  

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Foram apreendidos R$ 110 mil em espécie na casa do governador, R$ 14 mil com ele no hotel e R$ 150 mil na casa de um cunhado. O STJ também determinou o sequestro de R$ 54 milhões em bens. 

A investigação indica que, além de Dantas, a principal beneficiária do esquema era a esposa, a prefeita da cidade de Batalha, Marina Thereza Dantas. A irmã do gestor também é investigada. O grupo é suspeito de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. 

 Paulo Dantas é candidato à reeleição. No primeiro turno, o candidato saiu na frente com 34,05%. Ele disputa o cargo no segundo turno com Rodrigo Cunha (União), que recebeu 27,16% dos votos. 

A Polícia Federal desencadeou, nesta quarta-feira (21), a segunda fase da Operação Literais, que investiga crimes contra a administração pública relacionados a contratos de aquisição de livros e kits escolares por órgãos municipais e estaduais em Pernambuco, Maranhão e Roraima. 

As fraudes constatadas na investigação até o momento mostram um prejuízo ao erário público que ultrapassa o patamar de R$ 10 milhões. A PF aponta que foram solicitadas medidas para bloquear bens e contas de pessoas e empresas investigadas para uma possível recuperação do dinheiro.

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Até o momento, 21 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Em Pernambuco são 11 em Recife, um na cidade de Surubim e um em Aliança. Também são cumpridos três em São Luiz, três em São Paulo e dois em Boa Vista.

A polícia aponta irregularidades em processos administrativos que resultaram na contratação direta indevida de empresas pernambucanas por diversos órgãos públicos em todo o país. 

Há indicativos de fraude nas documentações que constam nos processos administrativos e que demonstram uma suposta vantagem na contratação direta das empresas envolvidas, além da prática de sobrepreço em alguns contratos - e até mesmo pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e intermediários. 

A polícia também apura um possível direcionamento na liberação de recursos, por parte do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação, em 2018, para parcerias com outros órgãos públicos visando a contratação de empresas que integram a organização criminosa. 

Estão sendo apurados os delitos de contratação direta indevida, peculato, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas desses crimes, somadas, podem chegar a 47 anos de prisão. 

A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro do ano passado, onde foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul. Cerca de R$ 100 mil em espécie foram apreendidos.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca na manhã desta terça-feira (13) em endereços de São Paulo e Santa Catarina, para investigar uma organização criminosa que invadiu 465 contas da Caixa Econômica Federal e furtou valores do auxílio emergencial com 519 transações fraudulentas, entre elas 508 saques.

Os investigadores apontam que a ação dos fraudadores contra uma das grandes apostas do governo Jair Bolsonaro para tentar a reeleição causou um prejuízo de cerca de R$ 500 mil.

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A ofensiva foi batizada Operação Money Leak e fez diligências nas cidades de Ribeirão Pires (SP) e Florianópolis (SC) por ordem da 9ª Vara Federal de Campinas. De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação, traduzida do inglês como 'vazamento de dinheiro', faz referência 'às saídas ilícitas de recursos do Auxílio Emergencial por meio de crimes cibernéticos'.

Os desvios sob suspeita ocorreram entre 23 de maio e 16 de junho de 2020. Segundo a PF, a maioria dos saques efetuados pela organização criminosa se deu na região metropolitana de Campinas, no interior paulista.

Além disso, foram identificadas, entre as operações fraudadas: o pagamento de boleto bancário, oito transações por comércio eletrônico e duas transferências para contas da Caixa.

A Polícia indica que os investigados podem responder por supostos crimes de furto mediante fraude e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de prisão.

Os materiais apreendidos nas diligências executadas na manhã desta terça-feira, 13, serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas, para que sejam apuradas todas as fraudes praticadas pelo grupo sob suspeita, além de identificados outros possíveis envolvidos nos crimes.

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