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O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco denunciou nove pessoas, entre elas um ex-deputado federal, pelo desvio de verbas do Ministério do Turismo para a realização de dois eventos na Zona da Mata. Uma empresa que agenciava as atrações, familiares do ex-parlamentar e um ex-servidor da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) estão entre os envolvidos.

A denúncia aponta que o ex-parlamentar solicitou R$ 600 mil à pasta, em 2010, para custear o ‘Festival da Juventude’ em Jaqueira, na Mata Sul, e o ‘Abraça Aliança’, no município homônimo na Mata Norte. Contudo, a suspeita é que o dinheiro tenha sido desviado através de contratos superfaturados com a empresa que agenciava as atrações contratadas para os eventos.

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Com os valores atualizados até dezembro de 2021, o prejuízo do sobrepreço dos cachês identificados pelo MPF e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) alcança R$ 900 mil aos cofres públicos.

O MPF não revelou quem é o ex-parlamentar denunciado, mas observou que parte do dinheiro foi transferido para contas bancárias de um irmão e de uma prima dele, que sacava as quantias na boca dos caixas eletrônicos e também são alvos da denúncia.

A verba seria direcionada ao Centro de Profissionais e Geração de Emprego (Ceproge), administrado por dois dos denunciados, o então presidente Diógenes Teixeira Peixoto, conforme o TCU, e um integrante do conselho fiscal.

A entidade ainda apresentou uma declaração emitida pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) com participação de um ex-servidor comissionado que intermediava a aplicação dos recursos federais.

O representante da empresa Neto e Mendonça Eventos Ltda. e os responsáveis por outras duas empresas que participaram do suposto esquema com a cotação de preços ainda maiores para direcionar a contratação também foram apontados pelo MPF.

Uma freira de 80 anos que desviou US$ 835.000 da verba de uma escola católica para gastar o dinheiro em apostas e turismo de luxo foi condenada nesta segunda-feira (7) a um ano de prisão, no estado americano da Califórnia.

Mary Margaret Kreuper optou por uma vida de pobreza quando fez seus votos religiosos, há seis décadas, mas, à frente de uma escola primária católica próxima a Los Angeles, desviou US$ 835.000 da verba escolar para gastar em apostas na cidade de Las Vegas, detalhou um tribunal da Califórnia.

Mary também usou parte do dinheiro para financiar viagens de luxo a Lake Tahoe, na divisa entre os estados da Califórnia e Nevada. "Sei que pequei, que infringi a lei, não tem desculpa", declarou a freira no tribunal, segundo o jornal "Los Angeles Times".

Mary foi condenada a 12 meses e um dia de prisão. Ela reconheceu que seus crimes violaram seus votos, "os mandamentos, a lei e toda a confiança sagrada" depositada nela pelos donos da escola.

A freira já havia admitido a fraude e lavagem de dinheiro durante uma audiência judicial no ano passado. O tribunal tomou conhecimento de como o dinheiro que havia sido enviado à Escola Católica Saint James para obras de caridade e matrículas de alunos foi desviado para contas secretas que Mary controlava.

Quando uma auditoria contábil estava prestes a revelar o esquema, a freira pediu a funcionários da escola que destruíssem os documentos que poderiam incriminá-la, informou ao tribunal.

O Los Angeles Times também reportou que, quando foi confrontada pela arquidiocese local, Mary argumentou que os padres recebiam salários maiores do que as freiras, e que ela achou que merecia um aumento.

Mark Byrne, advogado de Mary, argumentou que a freira havia se viciado em jogos de azar. "Isso não é desculpa para o que ela fez. É apenas uma explicação", assinalou ao jornal.

O juiz distrital Otis D. Wright II disse à freira que havia pensado muito em que decisão tomar, e reconheceu que a mesma havia sido uma excelente professora por muitos anos: "Mas em algum momento, você saiu completamente do rumo, e acho que você entende isso. Pelo menos, espero que sim."

A via temporária para desvio da cratera da Marginal do Tietê, São Paulo, foi liberada para trânsito nesta segunda-feira (7). O trecho deve funcionar até a liberação da pista com entrega estimada para 31 de março. O local é onde ocorreu o acidente na Linha 6-Laranja do Metrô na semana passada.

A nova pista de rolamento faz conexão da Rua Aquinos à Avenida Embaixador Macedo Soares (pista local Marginal Tietê).

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Podem circular pelos 10 metros de largura carros, caminhões, motocicletas e ônibus, que já estão com os itinerários alterados.

Além de auxiliar o trânsito afetado na Marginal do Tietê e contribuir para desafogar o tráfego intenso da Avenida Ermano Marchetti e Marquês de São Vicente , a pista emergencial tem por objetivo principal abrir um desvio para atender as linhas de ônibus da região e oferecer uma opção a esses locais. O trânsito na região do acidente continuará sendo monitorado 24 horas.

Acidente e interdição

Parte do asfalto da Marginal do Tietê cedeu no dia 1º de fevereiro após um desmoronamento em uma obra da Linha-6-Laranja do Metrô e provocou a interdição da via no sentido Ayrton Senna. O acidente ocorreu nas imediações da Ponte do Piqueri, na zona oeste de São Paulo, e, segundo o governo, foi causado pelo rompimento de uma coletora de esgoto.

O acidente e a interdição na Marginal do Tietê causaram transtornos na última terça-feira. No início da tarde do mesmo dia, houve a liberação total da pista expressa da Marginal do Tietê, mas outras faixas seguiram interditadas para avaliação de risco.

Em sua live dessa quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apontar que houve irregularidades nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) nos governos do PT, mas não apresentou provas e admitiu que os empréstimos foram feitos dentro da lei.

Bolsonaro fala sobre o assunto desde a campanha de 2018, quando prometeu uma auditoria no banco para constatar o suposto esquema das gestões passadas. Ele disse que ia expor os relatórios da estatal e comprovar os desvios na live dessa quinta (28), mas não cumpriu.

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Sem provas para basear sua denúncia, ele culpou o Congresso - o qual fazia parte no período - por liberar Projetos de Lei e Medidas Provisórias que permitiram as transações aos países estrangeiros. 

Após eleito, o chefe do Executivo gastou R$ 48 milhões do BNDES para a revisão de contratos. Porém, os indícios das irregularidades ainda não foram encontrados.

Ao lado do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, Bolsonaro assumiu que as regras de repasse nos últimos 20 anos eram legais. 

“Tudo foi legal. Não houve caixa-preta. Caixa-preta era aquele período, onde não podia se divulgar nada, inclusive os contratos com outros países por decisão judicial", confirmou.

Sem sustentar as acusações, restou a Bolsonaro atacar o ex-presidente Lula (PT).

“Vai acontecer o que aconteceu no passado. Não vai ser diferente. O que a gente tem informações aqui – eu não tenho provas – é que está tudo pronto para o futuro possível governo do Lula. Muitos desses atores do passado vão retornar. E vão voltar fazendo a mesma coisa ou até pior. Acho até que, se voltarem, vão voltar para nunca mais sair daqui [do poder]”, considerou.

Ele ainda citou o empréstimo do BNDES para a construção do Porto de Mariel, em Cuba. Segundo Bolsonaro, Lula teria aceito receber o pagamento em charutos. 

Na verdade, a negociação estipulou que se Cuba não conseguisse pagar o empréstimo teria que repassar ao Brasil os ganhos com as vendas de charutos.

Até setembro de 2018, Cuba pagou R$ 293 milhões da dívida, de acordo com a Folha de S. Paulo. Depois deixou de pagar e o banco acionou o seguro do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para cobrir a inadimplência.

Nesta quarta-feira (9), celebra-se o Dia Internacional de Combate à Corrupção. O Brasil registra vários casos de corrupção desde o seu "descobrimento". Confira agora os cinco maiores casos de desvio de dinheiro público.

5 - Banco Marka

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O caso teve início em janeiro de 1999, quando houve a maxidesvalorização do real. Os bancos Marka e FonteCindam, que haviam apostado na valorização da moeda nacional, com vários contratos em dólar, não tinham como cobrir o prejuízo. Sob o argumento de que a quebra desses bancos seria um risco sistêmico para o País, o Banco Central assumiu a posição dos dólares a preço abaixo do mercado. Para o Marka, a ajuda foi de cerca de R$ 1 bilhão; para o FonteCindam, de R$ 550 milhões, valores históricos.

O Banco Marka foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, onde descobriu-se que o banqueiro Salvatore Cacciola possuía informações internas do Banco Central. Isso provocou a demissão de diretores da instituição. O presidente do Banco Central na época, Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos de prisão e multa, já o banqueiro Salvatores foi condenado a 13 anos de prisão mais pagamento de multa por crimes como peculato. 

4- Máfia dos Vampiros da Saúde

Mais de R$ 2,3 bilhões teriam sido desviados do Ministério da Saúde, nos 14 anos de duração do esquema, que manipulava as compras mediante pagamento de propinas. O ministro da Saúde na época, Humberto Costa (PT), pediu a abertura de investigação sobre o fato e a Polícia Federal iniciou a Operação Vampiro em maio de 2004.

A operação ganhou esse nome porque o alvo principal da quadrilha era a compra dos hemoderivados. As fraudes teriam começado no Ministério da Saúde no início dos anos 90. O centro das fraudes era a Coordenadoria Geral de Recursos Logísticos. 

O então ministro Humberto Costa chegou a ser denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal por envolvimento na máfia dos vampiros, mas depois foi inocentado.

3- Operação Zelotes

Em março de 2015, a Polícia Federal deflagrou a Operação Zelotes para desarticular organizações criminosas que atuavam junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

Por meio de lobistas, empresários de renomadas empresas, como Bradesco, Gerdau, Santander e o Banco Safra, pagavam propinas para anular multas aplicadas pela Receita Federal. 

O grupo se utilizava de empresas interpostas para dissimular suas ações e o fluxo do dinheiro, que era lavado, retornava como patrimônio aparentemente lícito para estas empresas. Na época, a PF apontou desvios de R$ 19 milhões. 

O ex-presidente Lula (PT) chegou a ser indiciado, mas foi absolvido pelo juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal de Brasília. O caso ainda segue sendo investigado pela Polícia Federal

2- Banco Banestado

Por meio do Banco Banestado as pessoas enviavam dinheiro ilegal para os paraísos fiscais do exterior. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado foi instalada em 18 de julho de 2003 para investigar a remessa ilegal de dólares.

Conforme investigação da Polícia Federal, por meio da Operação Macuco, apurou-se a evasão de US$ 30 bilhões, entre os anos de 1996 e 2002, por meio das contas CC-5, criada pelo Banco Central para permitir que os brasileiros que moram no exterior pudessem trocar a moeda nacional por estrangeira de forma simples.

A CPI indiciou 91 pessoas por crime contra o sistema financeiro, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa.

1- Lava Jato

A Operação Lava Jato, uma das maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história recente do Brasil, teve início em março de 2014. Na época, quatro organizações criminosas que teriam a participação de agentes públicos, empresários e doleiros passaram a ser investigadas perante a Justiça Federal em Curitiba. A operação apontou irregularidades na Petrobras, maior estatal do país, e contratos vultosos, como o da construção da usina nuclear Angra 3. 

Até o início desse ano, só a Petrobras recuperou R$ 5,3 bilhões do total desviado pela rede de corrupção que adulterou as suas licitações por mais de uma década, causando um prejuízo de R$ 88 bilhões só para a estatal.

Vários políticos e donos de empreiteiras foram indiciados e presos pela Operação Lava Jato, que atualmente foi desmontada.

Após mais de seis anos de funcionamento ininterrupto, período em que as designações para atuação conjunta foram prorrogadas, em 2021 o trabalho foi incorporado pelos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos).

Fortalecimento do combate à corrupção

O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a indução à melhoria nos processos internos dos órgãos públicos, por meio de fiscalizações, impacta positivamente a prevenção à corrupção ao reforçar as linhas de defesa das instituições. E mesmo a expectativa de controle gerada pela atuação do Tribunal ajuda a coibir eventuais malfeitos.

Nos últimos anos, o TCU aprimorou as ferramentas utilizadas no combate a esse mal que assola o País e prejudica o bem-estar dos brasileiros. O Tribunal passou a incorporar a detecção de fraude e corrupção nas rotinas de auditoria; aumentou o esforço de auditoria em processos com indícios de corrupção; e intensificou a cooperação com órgãos da rede de controle, como Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Transparência, Advocacia-geral da União, entre outros.

Para sistematizar esta atuação, em janeiro de 2016 foi criada a Secretaria Extraordinária de Operações Especiais em Infraestrutura (SeinfraOperações), para atuar em fiscalizações na área de infraestrutura que tenham objeto conexo à Operação Lava Jato ou a outras operações que exijam intercâmbio com instituições de controle. 

Em 2017, o TCU passa a contar com uma secretaria específica para o combate à fraude e corrupção, a Secretaria de Relações Institucionais de Controle no Combate à Fraude e Corrupção (Seccor), que tem como responsabilidade a articulação com os demais órgãos da rede de controle, além de sistematizar e articular a atuação do Tribunal no combate à fraude e corrupção.

Um dia após a filiação de Jair Bolsonaro ao PL, nessa quinta-feira (2), um dos deputados mais influentes na sigla, Josimar Maranhãozinho, foi alvo de mais uma operação da Polícia Federal (PF) em menos de um ano. Ele foi flagrado em seu escritório com pilhas de dinheiro, apontadas como recursos desviados da Saúde na pandemia. As informações são do Crusoé

Suspeito de se beneficiar pela falta de transparência dos milhões de reais distribuídos pelas emendas do Orçamento Secreto, a PF instalou câmeras no escritório de Maranhãozinho, em São Luís, capital do Maranhão, e descobriu que o local funcionava como ‘cofre’ de dinheiro em espécie.

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Mesmo com a pressão popular e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso se une para tentar impedir que os parlamentares que receberam as emendas sejam revelados.

Dinheiro do combate à pandemia

A ação autorizada pelo ministro do STF, Ricardo Lewandowski, identificou uma circulação atípica de pessoas no escritório, que passavam para deixar altas quantias após saques fracionados em uma agência do Banco do Brasil.

Há indícios de que os valores são federais e deveriam ser destinados para que Prefeituras do Maranhão adquirissem medicamentos, produtos hospitalares e destravassem obras paradas.

Entretanto, um esquema de lavagem de dinheiro foi montado e Maranhãozinho passou a ser investigado no STF por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitação.

Toma lá, dá cá

Para conseguir as emendas, Maranhãozinho é suspeito de participar do esquema de compra e venda de emendas parlamentares no Congresso. Ao menos R$ 15 milhões foram liberados para o deputado em abril. 

Ele precisavam pagar ao seu grupo de deputados para que os recursos fossem destinados às cerca de 60 prefeituras controladas por ele. A PF também encontrou planilhas de pagamento e extratos bancários dos municípios em seu escritório.

Empresas suspeitas

Após a verba chegar às Prefeituras, empresas que faziam parte do esquema eram contratadas sem licitação e devolviam o dinheiro lavado, em espécie. Elas seriam escolhidas pelo próprio Maranhãozinho. 

Algumas são de fachada e chegaram a ter o próprio deputado no quadro recente de sócios. Uma das empresas identificada está no nome de duas empregadas domésticas do deputado. 

Bancando eleições no Maranhão

As imagens foram feitas em outubro do ano passado, dias antes das eleições municipais. Assessores e pessoas ligadas aos seus candidatos aliados movimentavam o escritório para recolher envelopes com dinheiro para financiar campanhas, e assim, garantir o controle sobre bases políticas para alcançar seu projeto de assumir o Governo do Estado em 2022.

Enriquecimento dentro do PL

Representante do novo partido de Bolsonaro, Maranhãozinho é próximo do presidente da sigla Valdemar Costa Neto, que foi preso em 2012 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por participar da prática semelhante do mensalão.

Em 10 anos na política, Josimar registrou um salto de 3.000% em seu patrimônio declarado. Em 2008, o deputado informou que tinha R$ 463 mil. Em 2018, adquiriu até um avião e declarou R$ 14,5 milhões.

Até o ex-motorista virou político

O sucesso de Maranhãozinho fez com que conseguisse eleger a esposa Detinha como deputada estadual, a irmã Josinha para a Prefeitura de Zé Doca – um dos locais que mais recebia recurso federal – e até seu ex-motorista Auricélio, que chegou à Prefeitura do município de Maranhãozinho.



Maranhãozinho se defendeu nas redes sociais

Em seu perfil no Twitter, o deputado indicou que as pilhas de dinheiro têm origem lícita e disse estar tranquilo em relação às investigações.

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A Neoenergia Pernambuco identificou, nesta segunda-feira (22), um desvio de energia elétrica na unidade da Cafeteria DeltaExpresso, na rua Serinhaém no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

As equipes técnicas da concessionária estiveram no estabelecimento comercial para inspecionar a ligação do local, quando se depararam com a irregularidade. 

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A Neoenergia aponta que análises da área de inteligência da empresa apontaram indícios prévios de irregularidades na medição de energia elétrica do estabelecimento, o que motivou a ida dos técnicos ao local. 

Na ocasião, o medidor foi substituído e o cliente regularizado. O volume de energia recuperada com esta ação foi de 17.749,31 kWh, quantidade que seria suficiente para abastecer, aproximadamente, 150 residências por 30 dias. Toda energia não medida será cobrada do cliente, conforme determinações da legislação do setor elétrico.

A Neoenergia Pernambuco reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento da concessionária, sem a necessidade de identificação.

O Superior Tribunal Militar (STM) manteve a condenação de nove pessoas, entre oficiais do Exército e civis, por desvio de recursos públicos do Hospital Militar de Área de Recife, na área central da capital, entre os anos de 2011 e 2012. Entre os acusados estão três coronéis, dois tenentes-coronéis, dois majores, quatro ex-tenentes temporários do Exército e sete civis do ramo de fornecimento de medicamentos e de informática.

Uma série de crimes foi identificada, como estelionato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documentos e subtração ou inutilização de livro, processo ou documento que resultaram em prejuízos aos cofres públicos. O esquema criminoso teria desviado mais de R$ 4 milhões da unidade de saúde.

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Somadas, as penas para os réus superam os 50 anos de prisão. Na primeira instância, 12 réus foram condenados e seis absolvidos. Todos os oficiais superiores faziam parte da direção e gestão do hospital.

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar (MPM), nos últimos meses do ano de 2011 e início de 2012, uma tenente temporária do Exército, integrante do HMAR, cumprindo orientação de um dos tenentes-coronéis, sem atribuição para tanto, confeccionou “Partes Requisitórias” de medicamentos e material de informática, que nunca fizeram parte efetivamente do patrimônio do Hospital Militar, sendo que, muitas vezes as condutas eram realizadas após a emissão das notas de empenho.

Ainda de acordo com a Promotoria, a prova de que os materiais indicados jamais foram entregues se deu pela inclusão tardia na carga de materiais do quartel. Também não foram localizadas solicitações de uso ou documento similar que demonstrassem a saída das unidades que faltavam. A emissão das notas de empenho fraudulentas indicadas na denúncia teria sido realizada por um dos majores, chefe da Seção de Aquisições, Licitações e Contratos, que também se omitiu quando tinha o dever legal de agir para frear as irregularidades verificadas. Outro major, fiscal administrativo, teria confeccionado o Boletim Interno, assinado por um dos coronéis. Outro réu teria feito o registro tardio da irreal inclusão no patrimônio dos bens falsamente indicados nas notas fiscais, além de ter conferido e endossado a aquisição fictícia de medicamentos, por meio da aposição do seu visto.

Os promotores informaram que dois dos coronéis, nos versos das notas fiscais, autorizaram os pagamentos de todos os materiais adquiridos ficticiamente, sem que nunca tivessem ingressado no patrimônio do HMAR. O outro tenente-coronel também teria contribuído com a sua omissão dolosa, para a consumação do estelionato.

O comportamento dos acusados teria causado um prejuízo à União de R$ 4.414.330,15. Ainda de acordo com o MPM, para corroborar a empreitada delituosa e dar aparência de legalidade, foram elaborados vários documentos falsos, entre eles, ofícios solicitando "apoio de estoque" e cartas de crédito, bem como o registro de notas fiscais falsas.

Em agosto do ano passado, no julgamento de primeiro grau, a juíza federal da Justiça Militar da União, Maria Socorro Leal, decidiu por condenar 12 dos réus, sendo 7 oficiais do Exército e 5 civis. Para a magistrada, todos tinham consciência do esquema de vendas fictícias beneficiando as empresas privadas, no sentido de permitir o pagamento por mercadorias que não foram entregues ao HMAR ou entregues parcialmente, ou de permitir a substituição por produtos diferentes dos licitados e constantes nas notas de empenho

Os cinco civis tiveram penas fixadas entre 3 e 5 anos de reclusão. A pena mais alta foi aplicada à ex-tenente do Exército, indicada como uma das líderes do esquema, com pena superior a 11 anos de reclusão. Os dois tenentes-coronéis receberam pena superior a 7 anos de reclusão; um dos coronéis foi apenado em 8 anos de reclusão; um ex-tenente foi apenado em 5 anos de reclusão e do dois ex-tenentes tiveram penas de mais de 2 anos e 7 meses de reclusão. Foram absolvidos pela juíza federal da JMU três civis, dois coronéis e um major, todos por não existir prova suficiente para a condenação.

Na quinta-feira (18), em um julgamento que ultrapassou mais de 7 horas, a Corte apreciou os recursos de apelação interpostos pelos advogados dos acusados. O relator do caso, ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, decidiu apenas pela absolvição de dois ex-tenentes do Exército, pelo fundamento de não existir prova suficiente para a condenação e ainda um dos empresários, também por falta de provas. Nos demais casos, o ministro-relator manteve íntegra a sentença proferida no primeiro grau, na Auditoria de Recife. Por unanimidade, os demais ministros do STM acompanharam o voto do relator.

Com informações da assessoria.

Em menos de um ano, uma nave espacial da Nasa vai colidir deliberadamente contra um asteroide para desviar sua trajetória. Descrita como uma "defesa planetária", essa missão deveria preparar a humanidade em caso de ameaça de impacto.

O cenário lembra o filme "Armageddom", no qual Bruce Willis e Ben Affleck salvam o planeta de um grande asteroide que se projeta em direção à Terra.

No entanto, a agência espacial americana está desenvolvendo um experimento nada ficcional. Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade.

"Não queremos estar em uma posição na qual um asteroide se dirige para a Terra; devemos testar essa técnica", disse Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa, na quinta-feira.

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 23 de novembro às 22h20 no horário local.

Dez meses depois, a nave alcançará seu alvo, que estará a 11 milhões de quilômetros da Terra. É o mais perto que chegará do planeta azul.

- Objetivo duplo -

Na verdade, é um objetivo duplo. O principal é o grande asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24.000 km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material.

Mas "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida", disse Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa.

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.

A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador.

Mas quanto exatamente? Os cientistas não sabem e é justamente isso o que querem investigar.

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida".

- Caixa de ferramentas -

Um pequeno satélite também estará na viagem. Se desacoplará da nave principal 10 dias antes do impacto e usará seu sistema de propulsão para desviar levemente sua própria trajetória.

Três minutos depois da colisão, sobrevoará Dimorphos, para observar o efeito do impacto e possivelmente a cratera na superfície.

O custo total da missão é de 330 milhões de dólares. Se o experimento for bem-sucedido, "acreditamos que essa técnica poderia fazer parte de uma caixa de ferramentas, que estamos começando a criar, para desviar um asteroide", explicou Lindley Johnson.

"A estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra", disse.

Atualmente são conhecidos 27.000 asteroides próximos ao planeta azul.

Dias atrás, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu investigar militares do Exército e da Aeronáutica por supostas irregularidades em licitação para a compra de móveis de escritório, no valor de R$ 120 milhões. Agora, levantamento do Estadão nos dados do TCU mostra que este caso está longe de ser isolado: o tribunal fez pelo menos 278 auditorias envolvendo possíveis prejuízos para os cofres públicos em órgãos das Forças Armadas nos últimos 20 anos, desde 2001.

O número se refere às chamadas Tomadas de Contas Especiais (TCEs) em unidades militares e no Ministério da Defesa, e não é pequeno: as 278 apurações encontradas pelo levantamento do Estadão representam cerca de 10% dos 2.743 processos do tipo abertas no período, excluindo as relacionadas a prefeituras ou governos estaduais. Além de outros ministérios e órgãos da União, o universo de 2,7 mil TCEs inclui associações privadas, partidos políticos e até entidades do Sistema S - que o TCU fiscaliza ao receberem recursos federais.

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A compilação de processos no tribunal mostra uma imagem das Forças bem diferente da alardeada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos militares do governo, segundo a qual Exército, Marinha e Aeronáutica seriam imunes à corrupção. As investigações incluem desde suspeitas de fraudes em obras até o desvio de combustível de navios da Marinha, como numa apuração envolvendo o roubo de mais 100 mil litros de óleo diesel da antiga corveta Frontin, afundada em um exercício militar em 2016. A lista inclui ainda dezenas de casos de pagamentos indevidos de pensões.

A TCE é um tipo de processo administrativo usado em casos que envolvem prejuízo aos cofres públicos. Pode ser instaurada pelo próprio órgão onde ocorreu o problema ou pelo TCU, que é quem a julga. No caso das Forças Armadas, a maioria dos processos ainda está em andamento: das 278 apurações abertas desde 2001, só 77 são consideradas encerradas pelo tribunal. Ou seja: ao menos 201 investigações do tipo ainda estão em curso. E a punição também não é muito comum: desde 2010, apenas 73 militares foram punidos pelo Tribunal com multas e com a obrigação de reparar o dano, segundo dados compilados pelo TCU a pedido da reportagem.

Segundo um ministro do TCU ouvido pelo Estadão, o número relativamente baixo de militares punidos se deve a uma certa "deferência" que existia na Corte em relação aos fardados - muito por causa do prestígio que Exército, Marinha e Aeronáutica tinham na administração pública. Este prestígio, porém, estaria se "esvaindo", na opinião do auditor.

Outro Poder

Ao contrário do que o nome sugere, o Tribunal de Contas não integra o Poder Judiciário: ele é ligado ao Poder Legislativo, com a missão de auxiliar o Congresso na tarefa constitucional de vigiar o Executivo. Tem o poder de aplicar multas e determinar o ressarcimento dos danos. Quem é condenado - seja militar ou civil - pode recorrer no próprio TCU e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns tipos de irregularidades apuradas nas TCEs também podem ser punidas pela Justiça, inclusive com prisão.

Desde o começo de 2001, o Tribunal de Contas da União fez 27.657 Tomadas de Contas Especiais. Mais da metade (15.708) são de municípios. Nos casos mais antigos há registros incompletos: nem sempre o objeto do processo está discriminado de forma explícita.

Procurado, o Ministério da Defesa disse em nota que "as Forças Armadas vêm atuando no sentido de buscar, por meio de processos de Tomada de Contas Especial (TCE), a apuração de irregularidades e responsabilidades com a reparação de possíveis danos ao Erário" e que a instituição é "comprometida com a legalidade, moralidade e transparência de todos os atos administrativos".

Nos casos em questão, informou o ministério, "a Administração Militar iniciou procedimento administrativo" e "quaisquer irregularidades serão apuradas e tomadas as medidas julgadas cabíveis, conforme as decisões proferidas pelo Judiciário e pelo TCU".

Óleo diesel e comida

A complexa logística das Forças Armadas significa que elas estão sujeitas a problemas que dificilmente ocorrem em outras áreas do serviço público. Por exemplo: no ano passado, o 22.º Depósito de Suprimento do Exército, localizado em Barueri (SP), instaurou uma apuração para investigar a "subtração de gêneros alimentícios" do almoxarifado, entre 2016 e maio de 2018. O valor do prejuízo foi estimado em R$ 171,8 mil.

O extravio não é só de alimentos: uma das tomadas de contas apurou o roubo de óleo diesel da antiga corveta Frontin da Marinha, reformada em 2014. O fato ocorreu em 2012. Alegando que o diesel estocado no navio estaria contaminado por água do mar, o seu chefe de máquinas autorizou a retirada de 118,5 mil litros do óleo - o capitão de corveta agiu sem o conhecimento do superior e não fez qualquer análise para comprovar se o óleo estava contaminado.

O diesel foi levado por uma empresa de transportes e nunca foi recuperado. Ao se defender, o militar disse que "o precário estado de conservação" do navio tornava problemas deste tipo comuns. "Ao tomar conhecimento da contaminação do óleo (...) decidiu proceder à remoção do combustível contaminado de modo discreto, com a intenção de preservar a boa imagem do navio e da Marinha", narra o TCU.

As alegações da defesa não foram aceitas e o capitão de corveta foi condenado a ressarcir a União em R$ 316 mil, além de pagar multa de mais R$ 40 mil. Outras cinco pessoas envolvidas também foram multadas.

Pensões

Em número de casos, o tipo de problema mais comum investigado pelo TCU é o pagamento indevido de pensões: pelo menos 52 das 278 apurações identificadas pelo Estadão são sobre o tema. Há de tudo: desde filhas que continuaram recebendo após a morte dos beneficiários até o caso de uma mulher que recebeu pensão como viúva de um servidor da Defesa sem nunca ter sido casada com o mesmo.

Em um dos casos, a filha de uma pensionista continuou recebendo o benefício em nome da mãe durante 16 anos, de janeiro 2001 a agosto de 2017, depois do falecimento da titular da pensão. O prejuízo ao Erário, de acordo com o TCU, foi de R$ 2,1 milhões. A apuração foi instaurada pelo próprio Exército por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM), ao perceber a irregularidade - o caso aconteceu no 2.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, na cidade gaúcha de São Borja.

Para continuar recebendo o benefício, a filha da pensionista não só omitiu a morte da mãe ao Exército, mas também apresentou à perícia uma "terceira pessoa, como sendo aquela (a própria mãe)".

Em outro caso parecido, a fraude foi descoberta quando a filha da ex-pensionista Ismênia Mendes da Silva, já falecida, tentou levar uma outra pessoa que não sua mãe à Seção de Servidores Inativos do Exército para fazer a chamada prova de vida. Como as digitais eram diferentes, o golpe malogrou. Condenada, a filha recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro de 2017, o ministro Luiz Fux, do STF, aceitou o recurso da defesa e livrou a ré da punição.

No começo deste mês, a União divulgou, por determinação do TCU, os gastos com pensões de dependentes de militares: ao longo de 2020, foram R$ 19,3 bilhões. Nada menos que 137,9 mil filhas de militares recebem o benefício - elas perfazem 60% do total de pensionistas. Os dados também mostraram que as pensões nas Forças são, em média, maiores que as dos civis. O benefício médio dos 226 mil pensionistas militares foi de R$ 5,8 mil em fevereiro de 2021, último mês para o qual há dados divulgados. Em fevereiro, a lista incluiu também 77 pensionistas que recebem acima do teto do funcionalismo público, de R$ 39,3 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (8), que o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), desviou R$ 260 milhões do Amazonas. A afirmação baseia-se na investigação do Ministério Público na operação "Maus Caminhos", deflagrada em 2016 para apurar desvios na área da Saúde no Estado. O parlamentar é um dos suspeitos de participar do esquema, mas nunca foi condenado.

O presidente fez a declaração enquanto se defendia novamente das acusações de superfaturamento na compra de doses da vacina indiana Covaxin. Citou parâmetros técnicos do Ministério da Saúde e os trabalhos de órgãos de controle como impeditivos à corrupção na aquisição dos imunizantes.

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"A Controladoria Geral da União, que tem um ministro à frente dela, faz um pente fino na maioria dos contratos. E depois ainda tem o Tribunal de Contas da União. Como é que você vai fazer uma sacanagem dessa? Só na cabeça de um cara que desvia do seu estado R$ 260 milhões, como o Omar Aziz desviou, que pode falar isso", disparou em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro criticou os trabalhos da comissão por não se restringirem a um único tema. Afirmou que o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), é alvo de 17 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro. "A CPI era CPI da cloroquina, virou CPI do ministério paralelo, CPI do Orçamento secreto publicado no Diário Oficial da União."

Em seguida, o presidente, questionado por um apoiador, voltou a defender o voto impresso. Dessa vez, aventou a possibilidade de não haver eleições, caso a alteração do sistema eleitoral não ocorra. "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não fazemos eleições", disse.

O médico e ex-secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de desviar R$ 642,5 mil em recursos federais na compra de 250 camas hospitalares destinadas a hospitais de emergência contra Covid-19. Outros quatro suspeitos, entre empresários e gestores públicos, são investigados desde julho do ano passado.

A denúncia do procurador da República João Paulo Holanda Albuquerque inclui o ex-diretor executivo de Administração e Finanças da Secretaria de Saúde do município, Felipe Soares Bittencourt, e a ex-gerente de Conservação de Rede da Secretaria de Saúde, Mariah Simões da Mota Loureiro Amorim Bravo.

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Os suspeitos do setor privado são os empresários Jones Marco de Arruda Moura e Renata Deud Salomão Rameh Sarmento, administradores da Delta Med Distribuidora de Medicamentos. Todos serão acusados de falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude em licitação e desvio de recursos.

"As apurações indicaram que a Delta Med foi contratada por meio de processo fraudulento de dispensa de licitação, com utilização de documentos públicos e particulares falsos e que contou com a anuência e homologação do então secretário de Saúde do Recife, para a aquisição de 250 camas hospitalares, que foram entregues em modelos com características, qualidade e funções inferiores em relação ao que havia sido previsto no contrato, bem como sem os colchões adquiridos", aponta o requerimento.

Segundo o MPF, o relatório que resultou na escolha da Delta Med foi elaborado e assinado por Felipe Bittencourt e Maria Simões só 30 dias após a contratação, quando uma parte significativa do contrato já havia sido executado.

As camas não correspondiam às especificações técnicas exigidas e, mesmo assim, Jailson Correia e Felipe Bittencourt autorizaram o pagamento integral.

As investigações apontam que o empresário Jones Moura, que atuava junto com Renata Sarmento, foi o principal responsável pelas decisões da Delta Med, durante a fraude na dispensa de licitação e na execução do contrato. Ele teria utilizado documentos falsos e forneceu camas com características inferiores ao que havia sido negociado.

A Delta Med não apresentou as certidões de regularidade previdenciária e trabalhista, nem documentos comprobatórios de capacidade técnica, destaca o órgão. A empresa também não apresentou licença de funcionamento sanitário, nem autorização expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como previsto no próprio termo de dispensa.

Operação Apneia

O trio Jailson de Barros Correia, Felipe Soares Bittencourt e Mariah Simões também são alvos de denúncia oferecida pelo MPF em maio, no âmbito da Operação Apneia, deflagrada no ano passado para investigar desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). A denúncia recai sobre a contratação da microempresa Juvanete Barreto Freire (Brasmed Veterinária) para o fornecimento de ventiladores pulmonares (respiradores) para o enfrentamento da pandemia.

O valor total desses contratos foi de R$ 11,5 milhões, embora o faturamento anual da microempresa perante a Receita Federal fosse de R$ 50 mil. A empresa também não demonstrou capacidade técnica e operacional para o fornecimento dos ventiladores.

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal de Pernambuco cumpre 16 mandatos da Operação Quinta Parcela, que desarticulou uma quadrilha responsável por fraudes no recebimento do auxílio emergencial do Governo Federal em torno de R$ 60 mil. As apreensões ocorreram em quatro cidades do interior do Estado.

"A operação começou em virtude da verificação por meio do banco de dados - a Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE) - criado pela Polícia Federal e Caixa Econômica, onde foram identificados indícios de fraudes na concessão de alguns benefícios", pontua o delegado Márcio Tenório que liderou o cumprimento de 11 mandatos de busca e apreensão e cinco de prisão temporária. No entanto, apenas quatro foram cumpridos pois um dos investigados ainda não foi localizado. A Justiça também solicitou o sequestro de bens e contas bancárias de oito pessoas físicas.

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As investigações começaram em dezembro do ano passado e a operação desta quinta (29) conta com mais de 60 agentes federais, divididos nos municípios de Paudalho, Caruaru, Lagoa do Carro e Palmares. Pelo menos oito suspeitos receberam os repasses de 96 contas fraudadas entre maio e junho do ano de 2020.

Eles serão autuados pelos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e constituir/integrar organização criminosa, informas à Polícia. Caso condenados, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

Outras Operações com a mesma finalidade são realizadas no Pará, Tocantins, Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com a participação de aproximadamente 140 Policiais Federais.

O Ministério Público Federal pediu ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região a prisão preventiva de Sebastião Figueiroa de Siqueira e Waldemir Silva de Oliveira, investigados na Operação Casa de Papel, que apura a prática de crimes contra a Administração Pública em diversas prefeituras de Pernambuco.

As prefeituras do Recife, Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Olinda teriam contratado, sem licitação, a empresa AJS Comércio e Representação Ltda. para fornecer materiais médico-hospitalares para enfrentamento da Covid-19, cujos gastos somam aproximadamente R$ 9 milhões. A empresa seria de fachada e não teria condições de realizar o contrato acordado com os municípios.

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De acordo com o parecer do MPF, a prisão preventiva foi motivada após análise parcial dos materiais apreendidos na deflagração da referida Operação, especialmente na perícia dos aparelhos celulares dos investigados. "Ficou evidenciado que eles tiveram prévio conhecimento de diligências sigilosas, ainda em andamento, e atuaram para ocultar provas que poderiam indicar a prática das atividades criminosas investigadas", aponta o Ministério Público Federal.

A prisão preventiva dos suspeitos já tinha sido negada em primeira instância após o Juizo apontar ausência de contemporaneidade da medida, já que a ocultação de provas apontada teria ocorrido em junho de 2020. Além disso, foi afirmado que não existiriam laudos periciais que comprovassem um "hackeamento" dos sistemas informatizados da investigação. 

Nesse novo pedido, o MPF assevera que há vários indícios nos autos, verificados no cumprimento das diligências investigativas, de que Waldemir e Sebastião - e pessoas relacionadas a eles - teriam conhecimento prévio das ações policiais e estariam, não só se preparando, mas atuando para alterar os elementos de prova.

O parecer ressalta que as evidências ocultadas em junho de 2020 ainda não foram encontradas e analisadas, e também não se sabe como se deram os vazamentos de informação. Por isso, há probabilidade de reiteração e persistência na prática de atividades ilícitas por parte dos investigados, podendo virem novamente a embaraçar o trabalho de investigação.

Diante dessas razões, o MPF confirma a contemporaneidade da ameaça à ordem pública, requerendo reforma da decisão em primeiro grau, com a consequente prisão preventiva dos investigados, para impedir a continuidade do risco à investigação criminal e para a desestruturação do esquema criminoso.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação contra o desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. A investigação iniciada há quatro anos calcula o prejuízo de R$ 7,9 milhões. O repasse federal era destinado para garantir o fornecimento de remédios e a compra de materiais hospitalares.

Sem revelar a identidade, um denunciante afirmou que a Prefeitura favorecia uma distribuidora nos contratos da Saúde entre 2013 e 2016. No mesmo período, foi constatado que a empresa realizou diversas transações financeiras com outras empresas do grupo empresarial de um dos prefeitos do município à época. A PF não revelou o nome do suspeito.

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Os alvos da Operação Desmame são ex-prefeitos, empresários, servidores e ex-servidores da Administração. Há suspeitas da prática de crime de fraude à competitividade em processos licitatórios, desvio de recursos públicos praticado por prefeitos e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a 26 anos de prisão.

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 50 agentes federais nos municípios de Olinda, Recife e Timbaúba.

Pelo menos um funcionário responsável pelas vacinas da Covid-19 na Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte (MG), foi afastado de sua função, assim que a direção da instituição foi notificada sobre o possível extravio de imunizações e foi constatada a falta de seis doses da Coronavac na última segunda-feira (25).

Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), gestora da maternidade, o sumiço do produto foi observado após recontagem das vacinas. Imediatamente a polícia foi acionada e iniciada a apuração de responsabilidades.

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O caso foi encaminhado ao Núcleo de Correição Administrativa da Fhemig. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, responsável pela distribuição das doses na capital mineira, também foi notificada.

Por enquanto, a Fhemig não dará mais detalhes sobre o ocorrido. Em nota, disse que não se pronunciará sobre o afastamento para não comprometer as investigações que estão em andamento. "Internamente, não houve afastamento da unidade, apenas da função", acrescentou.

Uma nova comissão de vacinação na MOV foi constituída para dar continuidade ao plano de vacinação dos trabalhadores iniciado em 20 de janeiro, após o recebimento das vacinas.

Até sexta-feira (29), cerca de 700 servidores efetivos e terceirizados tinham sido imunizados. A vacinação não terminou porque tem profissionais retornando de férias na próxima semana. A maternidade recebeu, até o momento, 983 unidades da Coronavac, número suficiente para a primeira dose, mas já está garantido o lote para a segunda dose.

Conforme a Polícia Civil de Minas Gerais, foi instaurado um inquérito policial para apurar o extravio das seis doses de vacina da maternidade. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro.

Denúncias relacionadas ao processo de vacinação, como o descumprimento da ordem prioritária de imunização, podem ser feitas pelo Canal Coronavírus, da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG).

O prefeito de Palmares, Altair Júnior (MDB), dois diretores da Administração e uma empresa foram acusados de desviar mais de meio milhão de reais em recursos públicos destinados a promoção de eventos esportivos no município da Mata Sul de Pernambuco. Nesta quinta-feira (17), a Polícia Civil cumpriu 11 mandados em três cidades para apurar os crimes de formação de quadrilha, peculato e falsificação de documentos.

"Confirmamos que houve desvio de verbas da Prefeitura de Palmares através de convênios firmados entre a Secretaria de Esportes e a Liga Desportiva de Palmares, que é uma empresa privada que tinha a obrigação de fomentar o esporte na cidade", reforçou o delegado Diego Pinheiro, que deu início às investigações em janeiro deste ano, após receber denúncias anônimas e da Câmara Municipal.

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Os diretores executivo de Finanças e de Esportes de Palmares seriam os operadores do esquema de desvio, que envolvia um empresário de Água Preta. "Era bem simples. O dinheiro da Prefeitura era emitido através de cheques diretamente do diretor executivo de finanças para o diretor de esportes, em nome da Liga Desportiva. Esse diretor procurava o presidente da Liga, bem como o tesoureiro, endossavam os cheques, e o diretor ia no banco e sacava esse dinheiro. Tudo isso, segundo o próprio diretor de esportes, a mando do prefeito", revelou o delegado.

Os eventos da Liga Desportiva, que justificariam os convênios firmados entre 2017 e 2018, não chegaram a ser realizados. Por isso, a prestação de contas foi falsificada em documentos e batizou a investida policial como operação Fim de Jogo.

Ao longo da manhã, 70 agentes apreenderam um revólver municiado calibre 30, R$ 10 mil, celulares, computadores, extratos bancários e documentos, em residências e centros administrativos do Recife, Palmares e Água Preta.

 Segundo às autoridades, os crimes em si não cabem prisão, pois são fatos antigos. O afastamento de Altair Júnior (MDB) não chegou a ser solicitado, tendo em vista que seu mandato encerra ao fim do mês.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta terça-feira (15) uma operação integrada, com o objetivo de combater o crime de furto de água em Lagoa dos Gatos, município no Agreste do estado. De forma conjunta, atuaram também o Instituto de Criminalística, a Polícia Militar e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Seis alvos de busca e apreensão foram descobertos responsáveis por desviar 20% de toda a água direcionada do Sistema Adutor do Cajueiro à cidade.

O Sistema Adutor do Cajueiro é responsável pelo abastecimento dos municípios de Belém de Maria, de Lagoa dos Gatos e de Cupira, e as ligações clandestinas identificadas prejudicaram o abastecimento regular de água nessas cidades. Nas três cidades, o serviço contempla cerca de 53 mil pessoas.

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A operação ‘Cajueiro’, com as ações desencadeadas, terá capacidade de aumentar em 20% o volume de água entregue nessas cidades.

A ação foi articulada através da 14ª Delegacia Seccional de Polícia - 14ª DESEC, sob a presidência dos Delegados Jeová Miguel e Gustavo Garcia, com o apoio do 4º Batalhão de Polícia Militar. Dentre os alvos investigados, há endereços residenciais, incluindo um conjunto habitacional com aproximadamente 150 imóveis, e também empresariais, como parques aquáticos e esportivos.

As investigações continuam, com a supervisão da Chefia de Polícia. Nessa investida, participaram 60 agentes policiais, entre civis e militares. O relatório policial não mencionou se foram realizadas prisões. As diligências foram acompanhadas pela COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento.

 

 

Políticos de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, é investigada pela Polícia Federal (PF) por fraude em licitações e desvio de dinheiro público, que deveria custear obras estruturais e a construção de unidades básicas de saúde. Na manhã desta terça-feira (15), sete mandados de busca e apreensão serão cumpridos na Prefeitura e na residência dos suspeitos.

O esquema fraudulento consistia em realizar a licitação com a vitória já indicada a uma empresa de fachada, sem estrutura logística capaz de operar nas obras contratadas, orçadas em torno de R$ 3 milhões. O recurso da execução era repassado a pessoas ligadas ao ex-vice-prefeito Francisco de Sá Sampaio, a um secretário do município e a um vereador eleito, que não tiveram as identidades reveladas pela PF.

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De olho na organização criminosa desde o início do ano passado, as autoridades cumprem sete mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas localizadas em Salgueiro, no Sertão, e em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Caso condenados, os envolvidos podem ser punidos com até 16 anos de prisão.

O padre Robson de Oliveira e mais 17 pessoas se tornaram réus nesta quinta-feira (10) pelos crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo desvio de R$ 120 milhões doados à organização religiosa Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

A juíza Placidina Pires aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás e ressaltou que tomou a decisão "diante da existência de elementos probatórios acerca da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria".

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A investigação do MP-GO foi tornada pública em agosto desse ano e chegou a ser paralisada após uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que afirmou que, como se tratava de uma entidade privada, não cabia uma investigação de desvio de finalidade do uso do dinheiro arrecadado dos fiéis.

No entanto, no dia 4 de dezembro , o presidente do TJ-GO, Walter Carlos Lemes, autorizou que a investigação fosse retomada e a juíza Pires determinou nesta quinta que o material apreendido volte para o MP.

Segundo a denúncia dos promotores, o padre Robson comandava uma organização criminosa que desviava o dinheiro dos fiéis, que deveria ser usado na construção da basílica católica na cidade de Trindade, para empresas particulares e na compra de uma casa de mais de R$ 1 milhão.

A defesa do religioso continua afirmando que ele é inocente e que está "tranquilo" com o andamento do processo porque não há nenhuma "ilegalidade". 

Da Ansa

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