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Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpre 25 mandados de busca e apreensão decorrentes do inquérito que apura os crimes de peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro oriundo de corrupção, por meio de casas lotéricas em Pernambuco. A investigação indica que mais de R$ 175 milhões foram desviados dos cofres públicos pelo esquema comandado por empresários, policiais, políticos e servidores públicos.

A investigação, iniciada em abril de 2018, percebeu que um cartel de empresas de vigilância e serviços gerais, comandado por um oficial da Polícia Militar de Pernambuco, cresceu de forma suspeita a partir de 2013. A evolução atípica ocorreu mediante dispensas de licitações ou processos direcionados em contratos selados com órgãos municipais, estaduais e federais, aponta a PF.

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O inquérito indica que os agentes políticos firmaram uma parceria com as duas empresas e com dirigentes de algumas entidades públicas, com o objetivo de facilitar a contratação. Somadas, as duas empresas receberam dos cofres municipais R$ 54 milhões; do estado, R$ 105 milhões; e do Governo Federal, R$ 16 milhões, calcula Controladoria-Geral da União (CGU).

Com o dinheiro dos contratos em mãos, as empresas beneficiadas transferiam parte das quantias milionárias para cinco lotéricas de propriedade dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para lavar o dinheiro desviado, já que as autoridades descobriram que não geravam lucros reais aos sócios. As transferências somam mais de R$ 14 milhões.

Diante dos indícios de corrupção, 23 mandados de busca e apreensão são cumpridos na Região Metropolitana do Recife. Outros dois foram expedidos em Caruaru, no Agreste, e em Floresta, no Sertão pernambucano. Documentos e carros de luxo já foram apreendidos. Os suspeitos podem responder por lavagem de dinheiro, fraude licitatória, desvio de dinheiro público e corrupção ativa. 

Em denúncia, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou uma prática 'sorrateira' para enriquecer por meio de desvios do dinheiro público na Assembleia Legislativa (Alerj). Nesta semana, ele foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de 'rachadinha", que supostamente mantinha em seu gabinete.

O procurador Ricardo Martins indica que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitava usar dinheiro em espécie e "fazia pouquíssimo uso de serviços bancários como cartões de crédito e débito". O conteúdo do documento foi divulgado pela TV Globo. A investigação foca no valor gasto por Flávio com cartões, entre 2007 e 2009. Segundo o MP, ele gastou uma média de R$ 195 por mês.

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Entretanto, foi percebida uma série de transações bancárias - sem procedência comprovada - realizadas pelo senador e terceiros no mesmo período. Uma delas foi o investimento de R$ 90 mil em uma corretora de ações - que lhe rendeu uma dívida de mais de R$ 15,5 mil -, a compra de 12 salas comerciais em uma edifício na Barra da Tijuca e o registro de gastos no valor de R$ 262 mil.

"Os extratos bancários do ex-deputado não registraram nenhum débito que fosse compatível com as datas e valores dos recebimentos informados pelas imobiliárias", destaca o MP, que descobriu que as salas eram pagas com "cheques de terceiros e depósitos em espécie".

De acordo com a declaração do imposto de renda de 2008, Flávio teria levantado a aquisição de empréstimos de familiares e assessores que somariam R$ 230 mil, o que reforça a indício da prática ilegal.

Em nota, a defesa do senador disse que a denúncia do MP é uma "crônica macabra" e não tem provas para sustentá-la.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta (29), quatro ex-diretores e dois ex-funcionários da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pelo Porto de Santos (SP). O grupo é acusado de autorizar sem justificativa o pagamento de R$ 1,2 milhão à empresa de informática 'Domain Consultores Associados', em setembro de 2016. A transação foi enquadrada como suposto desvio de verba pública e baseia a primeira denúncia da Procuradoria no âmbito da Operação Tritão.

Segundo os procuradores, a Domain alegou falsamente ter sofrido em 2016 com variações cambiais ao adquirir produto importado para a Codesp e passou a exigir pagamentos da autarquia para balancear os supostos prejuízos. No entanto, análise feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que não houve desvalorização cambial que justificasse os repasses e tampouco a empresa de informática comprovou a aquisição de equipamentos ou a aplicação das taxas sobre as compras que foram usadas para calcular o suposto prejuízo.

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Os pedidos de pagamento da Domain foram travados três vezes pela área técnica da Codesp, que dizia que o pagamento tornaria o contrato menos favorável para a autarquia. Mesmo assim, a diretoria executiva da empresa do Porto de Santos autorizou R$ 1,6 milhões para a Domain - valor acima do solicitado e, segundo o MPF, sem justificativa aceitável. O pagamento ficou em R$ 1,2 milhão.

O Ministério Público Federal suspeita que o repasse acima do normal teria sido motivado com o objetivo de arcar com o pagamento de propina aos diretores da Codesp e os funcionários envolvidos na liberação da verba.

Os integrantes da diretoria executiva que foram denunciados são José Alex Botelho Oliva, ex-diretor-presidente da Codesp, Francisco José Adriano, ex-diretor de Administração e Finanças, Celino Ferreira da Fonseca, ex-diretor de Operações Logísticas, e Cleveland Sampaio Lofrano, ex-diretor de Relações com o Mercado e Comunidade. Segundo a Procuradoria, o grupo foi responsável pela aprovação do pagamento indevido.

Também foram denunciados o ex-superintendente jurídico da Codesp, Gabriel Nogueira Eufrásio, e seu assessor Frederico Spagnuolo de Freitas, responsáveis pela emissão de despachos e pareceres favoráveis ao pagamento de R$ 1,2 milhão à Domain.

O Porto de Santos é alvo de investigações ligadas à Operação Tritão, deflagrada em outubro de 2018 para apurar esquema de desvio de verbas públicas e fraudes em licitações da Codesp. A etapa mais recente foi a Operação Círculo Vicioso, lançada em novembro do ano passado e que mirou prejuízo de mais de R$ 100 milhões.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com a defesa dos acusados. O espaço está aberto a manifestações.

Na manhã desta quinta-feira (22), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) descobriu e desativou ligações clandestinas, que desviavam energia para um condomínio, em Olinda. Os prejuízos ainda serão calculados, mas a concessionária confirmou que nenhum dos 35 apartamentos possuía medidores.

A operação no residencial localizado no bairro de Ouro Preto, em Olinda, teve apoio da Polícia Civil e peritos do Instituto de Criminalística (IC). "Frequentemente nossos profissionais eram impedidos de entrar no prédio”, relata o gerente de Recuperação de Energia Gustavo Santos.

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As autoridades estão em busca do proprietário da edificação, pois todos os imóveis são alugados. Após identificar o desvio, as ligações foram retiradas.

Em nota, a companhia alerta, "o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento da concessionária, sem a necessidade de identificação".

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (24) dois mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar R$ 9 milhões em recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro. 

De acordo com a PF, investigações iniciadas em junho deste ano encontraram indícios de fraudes na contratação de um laboratório no município de Magé, na região metropolitana do Rio.

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Ainda segundo a Polícia Federal, foram identificadas irregularidades no processo de contratação do laboratório, como o direcionamento da escolha de empresa específica, fraudes no processo de chamamento público e na execução do contrato.

A investigação encontrou indícios da participação de pessoas ligadas à Secretaria Municipal de Saúde de Magé e de um vereador do município, que seria o proprietário do laboratório beneficiado no esquema.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco ofereceu a primeira denúncia contra dez pessoas que estão sendo investigadas por desvio de mais de R$ 2,5 milhões do Serviço Social Industrial (Sesi), liberados em contrato de patrocínio do projeto Relix Pernambuco, firmado entre o Departamento Regional do Sesi no estado e o Instituto Origami. A denúncia é decorrente da Operação Fantoche, deflagrada em fevereiro de 2019, em razão das fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.

Para a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, os denunciados Robson Braga de Andrade, na condição de diretor do Departamento Nacional do Sesi, Ricardo Essinger, então diretor Regional do Sesi em Pernambuco, e Ernane Aguiar Gomes, então superintendente do Sesi no estado, realizaram a liberação dos recursos do Relix Pernambuco 2014 sem nenhum tipo de avaliação financeira, pesquisa de mercado ou acompanhamento da execução orçamentária e financeira do projeto, possibilitando o enriquecimento ilícito de terceiros às custas de verba do Sistema S.

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O MPF reforça que os denunciados Hebron Costa Cruz de Oliveira e Romero Neves Silveira Souza Filho, respectivamente presidente e diretor sociocultural do Instituto Origami, uma das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) cooptadas no esquema, utilizaram empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados na execução do Relix. As investigações ainda apontaram que a Aliança Comunicação e Cultura Ltda., cujos sócios são os irmãos Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, também denunciados pelo MPF, foi a principal destinatária dos recursos alocados no projeto, que foram repassados mediante a emissão de notas fiscais faturadas pela Aliança em favor do Instituto Origami.

Também consta na denúncia que uma parcela dos serviços referentes ao contrato de patrocínio firmado entre o Sesi e o Instituto Origami foi viabilizada mediante contratações realizadas por intermédio da empresa Alto Impacto Entretenimento Ltda., sob a gestão do também denunciado Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva, irmão de Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e de Lina Rosa Gomes Vieira da Silva. Nessa contratação, foi detectado sobrepreço e consequente superfaturamento referente ao valor contratado pelo Sesi. 

O MPF destaca ainda que, segundo as apurações, os irmãos Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva e Lina Rosa Gomes Vieira da Silva utilizaram, de forma deliberada, empresas para fins de difusão e consequente desvio dos recursos destinados à execução do Relix Pernambuco 2014, sob a forma de “taxa de administração” que seria cobrada por essas empresas – é o caso da Idea Locação de Estruturas e Iluminação, que, à época, estava sob o comando do denunciado Júlio Ricardo Rodrigues Neves.

Também é alvo da denúncia o então secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Luís de Carvalho Xavier, apontado como articulador para a implantação do Relix em Pernambuco, tendo sido o responsável por apresentar o projeto ao Sesi. Segundo o MPF, foi constatado que pessoa jurídica controlada pelo ex-secretário - SX Brasil Comunicação Digital Ltda. - foi subcontratada pela Aliança Comunicação e Cultura para o desenvolvimento de aplicativo do Relix, que as apurações indicaram ter sido realizado por outra empresa.

Caso sejam condenados pela Justiça Federal pela prática do crime de peculato, a pena aos denunciados pode chegar a 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa. O MPF também requer que seja decretada perda de eventual cargo ou função pública exercida pelos envolvidos, bem como a perda de bens acrescidos ao patrimônio em decorrência da prática criminosa e a reparação dos danos causados aos cofres públicos.

*Com informações da assessoria

Após o afastamento do prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Civil deu detalhes sobre as operações que apuram o envolvimento do gestor e servidores do município da Região Metropolitana do Recife (RMR) em lavagem de dinheiro, fraude licitatória, associação criminosa e outros crimes. Contratos superfaturados de aluguéis e coleta de lixo causaram o prejuízo acumulado de aproximadamente R$ 21 milhões.

Documentos apreendidos em 2018 apontam que o ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Paulista, Iranildo Domício de Lima, era beneficiado por Júnior Matuto através de uma empresa de fachada, que terceirizava o serviço da empresa Locar, responsável pela coleta de lixo do município.

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A Operação Chorume apurou que Júnior Matuto é ex-funcionário da Locar. Ele destinou dois servidores públicos lotados em seu próprio gabinete como motoristas particulares responsáveis pelos caminhões caçamba da empresa de fachada.

A auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) indicou que, mensalmente, a Prefeitura pagava cerca de R$ 300 mil a mais pelo recolhimento dos resíduos. Todo contrato rendeu uma perda de R$ 21 milhões aos cofres de Paulista.

O delegado Diego Pinheiro explica que a empresa apresentou determinado plano de negócio, mas outro plano, com outros valores, foi posto executado. "Havia em cláusula contratual que devia ter um comitê gestor com a função de fiscalizar o contrato. Mas observamos que esse comitê, formado pelo prefeito e seis secretários, só existia no contrato e no nome", esclareceu Pinheiro ao ressaltar a negligência na fiscalização dos contratos.

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--> Prefeito de Paulista é afastado do cargo por 170 dias

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Escaparate, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Essa é a terceira fase da Operação Impunitas, que mira organização criminosa instalada na agência do Banco do Nordeste de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. Um ex-gerente da instituição é apontado como líder da organização cujas fraudes resultaram em prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 10 milhões.

Nesta manhã, a operação teve finalidade de cumprir um mandado de prisão preventiva, um mandado de busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias de 11 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de bens e afastamento de sigilo fiscal de nove pessoas físicas e jurídicas, além da intimação de oito pessoas identificadas como supostos "laranjas". Os mandados estão sendo cumpridos em Surubim, no Agreste, e região.

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O caso é investigado desde março de 2019. As duas primeiras fases da Operação impunitas resultaram no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, além do bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados. As ações culminaram na identificação do ex-gerente da agência do Banco do Nordeste em Santa Cruz do Capibaribe como líder e no indiciamento de 30 pessoas por envolvimento nas práticas criminosas.

Segundo a Polícia Federal, o ex-gerente foi responsável por atos de gestão fraudulenta que facilitaram o acesso dos demais integrantes da organização a altas somas de valores em espécie decorrentes de operações de créditos ilegítimas, subsidiadas por documentos produzidos com essa finalidade e sem qualquer relação com a realidade dos fatos. A maior parte dos valores disponibilizados pelo banco eram destinados ao líder do grupo e seus comparsas mais próximos.

As análises das quebras dos sigilos bancários dos investigados apontaram que, entre 2016 e 2020, eles movimentaram valores na ordem de R$ 379,4 milhões, o que, segundo a PF, demonstra a capacidade operacional dos investigados.

Do dinheiro obtido de forma fraudulenta, pelo menos R$ 19,9 milhões tiveram origem no Fundo Constitucional de Desenvolvimento ao Nordeste. Esse recurso deveria ser destinado ao desenvolvimento do Nordeste, por meio de concessão de créditos a micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. A investigação da PF constatou que o gerente, após ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), continuava a praticar os mesmos crimes, desta vez, na agência do Banco Itaú, também em Santa Cruz do Capibaribe.

Os novos delitos vieram à tona por meio do recebimento de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os dados apontam que de 1 de outubro de 2019 a 8 de abril de 2020, ou seja, após o término das duas primeiras fases, o suspeito movimentou R$ 4.012.208 com fracionamento de valores entre contas de sua titularidade e de novas empresas de fachada, com finalidade de dissimular a origem ilícita. As investigações continuam para apurar a participação de terceiros e práticas de outros crimes. 

Nesta sexta-feira (10), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o depoimento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, investigado por possíveis irregularidades nos gastos para combater a Covid-19. 

Quem atendeu o pedido foi o ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ. A defesa do governador alegou que não teve acesso a todas as informações da investigação. Segundo o G1, os advogados argumentaram que fizeram vários pedidos para que a Procuradoria Geral da República (PGR) juntasse ao processo todos os dados, e isso não teria sido atendido até essa quinta-feira (9).

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Na decisão favorável para Witzel, o ministro do STJ alegou que "não há muito o que fazer a essa altura", porque se for ouvir o Ministério Público Federal sobre o que está sendo alegado pela defesa do governador do Rio de Janeiro, Wilson teria que comparecer à Polícia Federal. Além disso, Noronha aponta que se o pedido da defesa fosse negado e, por um acaso, a falta de dados apontada fosse comprovada, poderia provocar vícios às investigações.

Benevolência 

Nessa quinta-feira, foi o próprio Noronha quem atendeu o pedido que concedeu que Fabrício Queiroz e sua esposa, que está foragida da polícia, possam cumprir a prisão em casa. O casal é investigado pelo esquema de "rachadinhas" atribuídas pelos investigadores ao gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco obteve, na Justiça Federal, a condenação dos empresários Paulo Sérgio Oliveira Pinto e Alberto Jorge Arcoverde Filho, proprietários respectivamente das empresas Jato Clean Limpadora e Desentupidora e WC Locação e Serviços, pelo envolvimento em fraudes com recursos federais, oriundos do Ministério da Integração Nacional. A verba deveria ter sido destinada ao auxílio das mais de 80 mil pessoas desabrigadas em decorrência das enchentes ocorridas em Pernambuco, em 2010. Esta foi a primeira sentença  proferida nos processos instaurados pelo MPF no âmbito da Operação Torrentes.

De acordo com as investigações, em 2011, os dois empresários, atendendo a pedido dos demais envolvidos, apresentaram, em processo licitatório da Casa Militar, proposta com valor bem superior ao que cobravam normalmente, para locação de banheiros químicos e cabines com chuveiros. Com isso, viabilizaram que a empresa FJW da Cunha Filho Alimentos, também participante do esquema criminoso, fosse a escolhida para celebrar o contrato com a Camil, apesar de essa empresa também ter apresentado proposta com sobrepreço. A verba pública desviada foi de R$ 242 mil, em valores de fevereiro de 2019.

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Em contrapartida, a WC Locação e Serviços foi subcontratada pela empresa FJW da Cunha Filho Alimentos para prestar o mesmo serviço de locação de banheiros químicos e cabines de chuveiro por preço bem inferior ao que fora estabelecido com a Camil por meio da dispensa de licitação  irregular. A Jato Clean também havia participado de esquema fraudulento similar, em 2010, contribuindo para que outra empresa, do grupo do empresário Ricardo Padilha, fosse escolhida ilicitamente para celebrar com a Camil um outro contrato para locação de banheiros químicos, sendo subcontratada em troca.

A Justiça Federal acatou a argumentação do MPF na ação penal e condenou Paulo Sérgio Oliveira Pinto a três anos e seis meses de prisão pela dispensa indevida de licitação, e a outros cinco anos pelo desvio da verba pública. As penas imputadas a Alberto Jorge Arcoverde Filho foram quatro anos de prisão pela dispensa indevida de licitação e seis anos pelo desvio dos recursos públicos. Ambos foram condenados também a reparar o dano causado ao erário e ao pagamento de multa.

Outras pessoas que contribuíram para a fraude na licitação também já foram denunciadas pelo MPF: os policiais militares Waldemir José Vasconcelos de Araújo e Laurinaldo Félix Nascimento, que ocupavam, na Casa Militar do Governo de Pernambuco, respectivamente, os postos de secretário-executivo e presidente da Comissão Permanente de Licitação; o coronel reformado Roberto Gomes de Melo Filho, então coordenador administrativo da Camil; e os empresários Ricardo José Padilha Carício, Rafaela Carrazzone da Cruz Padilha e Italo Henrique Jaques, bem como Taciana Santos Costa, sócia da FJW da Cunha Filho Alimentos e de outras empresas participantes do esquema ilegal identificado pelas investigações.

Histórico – A Operação Torrentes, deflagrada em 2017, apontou a atuação de grupo criminoso que, nos últimos anos, praticou fraudes na execução de ações de auxílio à população afetada pelas chuvas. A atuação conjunta do MPF, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal já levou à identificação de várias irregularidades em outras licitações e contratos. Ao todo, as investigações resultaram no oferecimento pelo MPF de 12 denúncias à Justiça Federal.

As empresas ligadas ao esquema foram contratadas várias vezes para fornecimento de produtos e serviços em auxílio às vítimas das chuvas, como colchões, cobertores e água mineral. Os agentes públicos envolvidos desviaram parte dos recursos repassados pela União, mediante fraudes em licitações, prática de sobrepreço, celebração de aditivos irregulares, pagamento por mercadores não recebidas e serviços não prestados, entre outras irregularidades.

Da assessoria do MPF

Após a operação da Polícia Federal (PF), que nessa terça-feira (16) começou a investigar o desvio de recursos públicos voltados ao enfrentamento da Covid-19 em Pernambuco, as prefeituras de Paulista e do Cabo de Santo Agostinho, ambas na Região Metropolitana do Recife (RMR), garantiram que a negociação ocorreu dentro da legalidade. A fornecedora de materiais hospitalares AJS Comércio e Representações é apontada como uma empresa fictícia e não passou por licitação para fechar acordos que ultrapassam R$ 9 milhões.

Dentre as suspeitas, a PF apura o contrato de R$ 600 mil selado entre a AJS e a Prefeitura de Paulista. Entretanto, a gestão do município argumenta que o carregamento de máscaras, álcool gel, álcool 70° e luvas foi negociado por R$ 40 mil. Questionada sobre o pagamento integral, a administração não confirmou se ainda deve à empresa.

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Em nota, a Prefeitura de Paulista explica que parte do material foi repassado para que a secretaria de Educação viabilizasse a entrega dos kits alimentação. O resto dos itens adquiridos ainda não foi entregue, mas foi informado que há um planejamento para o recebê-los.

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, também na Região Metropolitana do Recife, destaca que a negociação não trouxe prejuízo aos cofres públicos. A gestão afirma que avaliou os valores praticados no mercado antes de adquirir R$ 509 mil em equipamentos de proteção individual. Todo lote já foi recebido e é utilizado por profissionais de Saúde do município, aponta a nota.

A Prefeitura de Olinda já havia se pronunciado e reiterou o compromisso com a investigação.

Após ser um das prefeituras investigadas pela Polícia Federal (PF), que apura o desvio de recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19, a Prefeitura de Olinda emitiu um comunicado garantindo que o investimento de R$ 282 mil foi negociado no valor do mercado. De acordo com a gestão, o valor ainda não foi pago, mas os materiais já foram entregues.

Em nota, a Prefeitura de Olinda reafirmou ainda o compromisso com as investigação. Acompanhe o comunicado na íntegra:

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“A Prefeitura de Olinda reafirma a legalidade dos processos da Secretaria de Saúde, a qual tem desempenhado um trabalho incontestável em favor da população nessa Pandemia. A Prefeitura recebeu a operação da Polícia Federal deflagrada em diversos municípios do estado, dentre eles, Olinda. Os valores dos produtos recebidos somam o montante de R$282mil, sendo que o material foi contratado no preço de mercado, foi efetivamente entregue e o valor da compra ainda nem foi pago. A Prefeitura apoia toda forma de investigação e apuração e se coloca à disposição, não apenas da Polícia Federal, como também de todos os órgãos de fiscalização e controle.”

Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal cumpre 35 mandados de busca e apreensão para investigar o envolvimento de prefeituras de municípios Pernambucanos com o desvio de recursos destinados ao combate à Covid-19 no Estado. Os contratos com a fornecedora de materiais hospitalares, AJS Comércio e Representação Ldta., somam cerca de R$ 9 milhões. No entanto, a empresa de fachada é regida por um grupo econômico que já é favorecido em contratações públicas milionárias há uma década.

A prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está entre os alvos da operação. O LeiaJá entrou em contato com a gestão em busca de um posicionamento, que disse, em nota, ter feito o contrato no valor do mercado.  

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A empresa funcionava com nome de laranjas e não passou pelo processo de licitação para fechar os contratos emergenciais no contexto da pandemia. Os verdadeiros donos seriam um grupo de empresários que já prestava serviços gráficos aos municípios.

Em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), a investigação aponta que o dinheiro público era sacado em espécie, remetido para contas de 'laranjas' ou de empresas fantasmas. Após o repasse, a quantia era retirada de forma fracionada para não chamar atenção da CGU.

Com o dinheiro em mãos, parte dos valores retornavam como propina para os políticos envolvidos na contratação. Diante da suspeita, o inquérito investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e dispensa indevida de licitação.

O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) e seu ex-secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, foram indiciados por peculato e desvio pela Polícia Civil do Estado. Eles são acusados de não repassar descontos de crédito consignado na folha de pagamento de servidores públicos às instituições financeiras. Pimentel governou o Minas de 2015 a 2018. Segundo as investigações, o valor total não repassado foi de R$ 924 milhões, em operações envolvendo pelo menos 280 mil servidores.

As denúncias sobre a retenção dos recursos começaram a surgir no final de 2017, por parte de sindicatos. Servidores tiveram os nomes enviados ao serviço de proteção ao crédito.

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O governo Pimentel foi marcado por grave crise econômica. O delegado responsável pelo inquérito, Gabriel Ciriaco Fonseca, afirmou ter ficado constatado que o governador e o secretário imputaram a falta do repasse dos recursos à crise financeira.

"Mas temos em decisões judiciais que essa questão envolvendo empréstimos consignados não se trata de verba pública, que pode ser afetada por crise financeira." Segundo ele, do total não repassado, cerca de R$ 500 milhões só foram pagos pelo atual governo.

Pimentel disse, em nota, que não conhece o inquérito e sequer foi ouvido. "E, o que é mais absurdo, estou sabendo disso pela imprensa. Infelizmente, essa prática se tornou corriqueira no País, o que certamente deve contribuir muito para o fenômeno definido pelos cientistas políticos como 'criminalização da política'. Levou o Brasil à triste situação de hoje: elegeu-se um presidente que opera abertamente contra o Estado Democrático de Direito." A reportagem não localizou Bicalho.

A pena por peculato é de dois a 12 anos de prisão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta quarta-feira (18), uma operação liderada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpre mandados de busca e apreensão sob suspeita de lavagem de dinheiro e peculato (desvio) em endereços ligados aos ex-assessores e parentes do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). A ação investiga o ex-chefe de segurança Fabrício Queiroz, um dos supostos operadores da prática de "rachadinha" - quando o assessor devolve parte do salário ao parlamentar.

Os mandados são referentes aos supostos crimes ocorridos na época em que Flávio ainda era deputado e mantinha um gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Além de Queiroz, são investigados nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-companheira do pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e mãe do irmão mais novo Jair Renan.

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Todos esses parentes da ex-companheira do pai integraram o gabinete de Flávio entre 2003 e 2018, são eles: o ex-sogro de Jair José Procópio Valle, a ex-cunhada Andrea Sequeira Valle, o primo Francisco Diniz, a prima Daniela Gomes, a prima Juliana Vargas, o tio Guilherme dos Santos Hudson, a tia Ana Maria Siqueira Hudson, a tia Maria José de Siqueira e Silva, a tia Marina Siqueira Diniz.

A força-tarefa foi iniciada em 31 de julho de 2018, após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado para ao MP pela suspeita diante da movimentação atípica de Queiroz. Segundo o documento, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, ele movimentou R$ 1,2 milhão. No entanto, o caso foi paralisado de julho até novembro deste ano e aguardava a liberação do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o compartilhamento das informações necessárias para a investigação.

Nesta terça-feira (17), a Polícia Federal prendeu Clebel de Souza Cordeiro (MDB), prefeito de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. Segundo a PF, o político estaria desviando água da transposição do Rio São Francisco para o seu sítio. 

No início da noite desta terça (17), a Polícia Federal confirmou que maiores informações só podem ser repassadas na quarta-feira (18), já que o procedimento ainda está em andamento.

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O presidente do PSL, Luciano Bivar, foi indiciado pela Polícia Federal pelas supostas candidaturas laranjas do partido em Pernambuco. Além dele, também foram indiciadas as candidatas Érika Santos, Mariana Nunes e Maria de Lourdes Paixão - sendo esta a segunda candidata do PSL que mais recebeu dinheiro do Fundo Partidário (R$ 380 mil) - atrás apenas de Bivar, que recebeu um montante de R$ 1,8 milhão.

"As investigações concluíram que o representante do Partido Social Liberal em Pernambuco teria ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do Fundo Partidário, através de três candidatas fictícias", diz a Polícia Federal.

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De todos os envolvidos, apenas dois compareceram para os interrogatórios da polícia. As outras duas pessoas, apesar de terem sido intimadas, não foram. A PF não detalhou os nomes de quem foi e quem não foi. 

"Com a coleta de tais elementos finda a parte instrutória da referida investigação, estando o inquérito apto à elaboração de relatório final das diligências realizadas e das provas coletadas, a fim de ser encaminhado ao Ministério Público Eleitoral da 6ª Zona Eleitoral de Recife/PE para as providências que entender cabíveis", pontua a Polícia Federal.

Lidiane Leite da Silva, que ficou conhecida no Brasil como a "prefeita ostentação", foi condenada a seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por ter desviado R$ 3,5 milhões em contratos superfaturados para a execução de obras de infraestrutura em estradas vicinais da zona rural de Bom Jardim, cidade do Maranhão que ela governava.

O Ministério Público denunciou outras seis pessoas e, por estarem envolvidas nas fraudes, também foram condenadas. De acordo com o UOL, além dos pedidos de prisão, os réus terão que devolver o valor de R$ 3.588.193,27 e terão ainda que reparar os danos causados aos cofres de Bom Jardim. Os condenados tiveram os seus direitos políticos suspensos.

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Vaidosa, Lidiane Rocha, de 29 anos, exibia nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão para uma cidade de 40 mil habitantes à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que candidatou-se pela coligação "A esperança do povo".

Com a proximidade do recebimento da 1º parcela do 13º salário, no final do mês de novembro, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), alerta a população que o dinheiro da pessoa idosa deve ser utilizado por ela e/ou para seu benefício. Só neste ano, de janeiro a outubro, o CIAPPI já recebeu 577 denúncias de violência financeira contra esta população, um aumento de 422 casos comparado ao mesmo período do ano de 2018.

A maioria das vítimas deste tipo de violação são agredidas pelos membros da própria família. Segundo levantamento de 2019, feito pelo programa, dos 577 violentados, 94,11% (543) sofreram com este tipo de crime no ambiente intrafamiliar, já 5,89% (34), no âmbito extrafamiliar. Ainda de acordo com as informações levantadas, as pessoas idosas que mais passam por essas violações têm a faixa etária de 80 anos, em primeiro lugar, seguido de 70 anos e 75 anos. As mulheres aparecem à frente sendo as maiores vítimas 70,36%, já os homens são 29,64%.

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De acordo com o Secretário de Justiça, Pedro Eurico, é importante que pessoas próximas às pessoas idosas fiquem atentas e denunciem caso desconfiem de qualquer irregularidade. “Um vizinho, um enfermeiro, um médico, um amigo, qualquer um que desconfie que o idoso está sofrendo algum tipo de violação tem o dever de alertar às autoridades competentes” reforça.

O CIAPPI informa que reter recursos da pessoa idosa para uso próprio, pela família ou vizinhos, e a realização de empréstimos sem autorização, constitui crime com pena prevista pelo Estatuto do Idoso. O dinheiro deve ser usado para gastos com remédios, vestuário, alimentação e lazer, para a pessoa idosa. 

*Da assessoria

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quarta-feira (13), a Operação Outline, que investiga desvios de recursos da obra de requalificação da BR-101, no trecho do contorno viário da Região Metropolitana do Recife, que se encontra em fase final de execução. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nos bairros de Boa Viagem, Candeias, Graças, Casa Forte, Pina, Santo Amaro e Guabiraba.

 De acordo com a PF, o valor total do contrato firmado para a execução dos serviços ultrapassa os R$ 190 milhões. A maior parte dos recursos é oriunda de repasse do Governo Federal para o Estado de Pernambuco, sob gestão do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PE).

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 Relatórios de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) indicam que a obra, principalmente o asfalto, vem sendo executada com material de baixa qualidade e pouca durabilidade, o que pode estar afetando trechos já entregues da obra.

 Também foi constatado que, durante quase a metade da execução do contrato, apenas um servidor do DER-PE teria atuado como fiscal dos serviços, algo que, segundo a polícia, é incomum em obras dessa envergadura. Posteriormente, uma empresa integrante do próprio consórcio contratado para execução passou a atuar como supervisora da obra.

 A PF solicitou quebras de sigilo bancário de pessoas e empresas suspeitas, obtendo evidências de que parte dos recursos repassados pelo DER-PE para a empresa executora da obra pode ter sido desviada para pagamento de propina a servidores públicos. Segundo a PF, o valor desviado está estimado em R$ 2 milhões, mas ainda será realizada perícia de engenharia para calcular o valor, que pode ser maior.

 Nesta manhã, os policiais estão recolhendo documentos e arquivos digitais que passarão por perícia e subsidiarão as investigações que estão em andamento. Estão sendo investigados os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em dispensa de licitação e lavagem de dinheiro. As penas somadas ultrapassam os 20 anos de reclusão. O DER-PE foi procurado, mas não se posicionou sobre o caso até a publicação da matéria.

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